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II Encontro REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES PESO DA RÉGUA PARTILHAR PARA INOVAR Odília Baleiro 17 Março 2012

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Page 1: Peso da régua.  2012

II Encontro REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES

PESO DA RÉGUA

PARTILHAR PARA INOVAR

Odília Baleiro 17 Março 2012

Page 2: Peso da régua.  2012

A Rede em rede(s)

1995. Grupo de trabalho: lançar a Rede• Surge com base no conceito de rede• Programa conjunto – ME/MC -Sistema complexo de parcerias, ligações e sinergias… os Nós da Rede - o valor da colaboração

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Estudos e programas …

• Lançamento da Rede de Leitura Pública em 1986

• SIM-SIM, Inês, Ramalho, Glória – Como lêem as nossas crianças? Caracterização do nível de literacia da população escolar portuguesa. Lisboa: Ministério da Educação/ Gabinete de estudos e Planeamento, 1993. (Segundo Sim-Sim (1993: 7), o conceito de literacia diz respeito à “capacidade de compreender e usar todas as formas e tipos de materiais escritos requeridos pela sociedade e usados pelos indivíduos que a integram.”

• BENAVENTE, Ana (coord.), A Literacia em Portugal, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,1996.

• Grupo de trabalho criado pelos despachos conjuntos nº 43/ME/MC95 de 29 de Dezembro e nº 5 ME/MC/96, de janeiro: lançar a rede

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Estudos mostravam…

• Elevado nível de analfabetismo

• Baixos índices de literacia da população portuguesa

• Ausência de hábitos de leitura da população portuguesa

• Poucas oportunidades para o uso de bibliotecas e outros equipamentos culturais – escassez de estruturas

1996 – Lançamento do Programa RBE com o objetivo de criar bibliotecas escolares no ensino básico e secundário

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Desafios emergentes - o desenvolvimento tecnológico no século XXI …

“ a revolução da tecnologia da informação e a reestruturação do capitalismo introduziu uma nova forma de sociedade – sociedade em

rede(… )que está a estabelecer-se no planeta de formas diversas e com consequências bastante diferentes para a vida das pessoas (…). Tal como aconteceu com as mudanças estruturais anteriores, esta

transformação oferece tantas oportunidades como levanta desafios” In Manuel Castells

“A revolução digital que vem ocorrendo no presente modificou tudo de uma vez, os suportes de escrita, as técnicas de reprodução e disseminação e as maneiras de ler. Tal simultaneidade é inédita na história da humanidade “

Roger Charlier

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Desafios emergentes - literacias complexas

•Existência de novos cenários para as práticas de aprendizagem e leitura exigem um outro sujeito leitor, que domine alfabetizações múltiplas e complexas na sociedade atual• literacias críticas/complexas

• Individual e coletivo/social- ao nível das organizações

• Aprendizagem ativa/aquisição de competências emergentes

•Aquisição de hábitos de leitura em suportes muito diversos

•Formação ao longo da vida

•Desenvolvimento de comportamentos colaborativos

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Lançar a Rede… conceito

O relatório que dá origem ao Programa RBE, afirma …

“para maximizar e coordenar os recursos tecnológicos a nível nacional, tendo em conta a experiência de outros países – e algumas a nível nacional – pelas bibliotecas públicas- se recomenda a criação nas bibliotecas municipais de Serviços de Apoio às Bibliotecas Escolares” (SABE)

Recomenda:• colaboração formal e/ou informal entre as Bibliotecas da Rede Nacional de Rede de Leitura Pública• construção de parcerias/redes colaborativas para maximização de recursos – escolas/bibliotecas municipais• envolvimento de outras instituições locais/regionais (autarquias , CFAE, associações…)

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Construir a rede …A consolidação da rede dentro do ME/MCO alargamento da rede a outras instituições da sociedade civilA procura de novas parceriasProcurar colaboração a nível nacional e internacional

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Ministério da Educação /Cultura

CM/BM

SABE

1996. A construção da RBE. Operacionalização …

Programas: PNL, PTE

Administração local/regional

DR

Programa RBE

Coordenadores Interconcelhios (CIBE)

Escolas/BE/PB

MEC: universidade(s) DGE, DEGRHE

Instituições: FCG, INE; PORDATA, AGECOP, UNESCO, SIBS …

CM/Redes municipais de bibliotecas

CFAE

PB

CM/ESCOLAS: redes concelhias

FLAD

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Estudo PNL

Segundo os professores, o PNL está a criar uma política de leitura na escola em que convergem as várias iniciativas individuais e que engloba os vários agentes, procurando-se assim esforços para em conjunto se alcançarem os objetivos pretendidos. Com o impacto da implementação dos programas e projetos do PNL na BE ou programas e projetos do PNL na BE, ou por eles potenciados, são referidos, em primeiro lugar, a requisição domiciliária crescente de documentos e o maior número de utilizadores da BE, tanto alunos como professores. O trabalho de articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas tem também vindo a ser incrementadoDe acordo com os resultados do Inquérito PNL às Escolas, há um aumento progressivo do envolvimento das bibliotecas escolares nas atividades do PNL.

Fonte CIES –IUL (Inquérito PNL às escolas 2008 -2010)

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Estudos PNLBalanço geral do PNL segundo a perceção dos professores, 2009/2010

Page 12: Peso da régua.  2012

Estudo RBE

Rede de Bibliotecas Escolares – Impactos:

as BE são um importante elemento de inovação nas escolas, tendo produzido impactos relevantes na promoção da leitura de crianças e jovens, na difusão de novas literacias

a RBE constituiu, nos anos mais recentes, uma estrutura de suporte fundamental para a concretização, nas escolas, do Plano Nacional de Leitura

Fonte: CIES.IUL, 2010

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Evolução do envolvimento das bibliotecas escolares nas atividades realizadas no âmbito do PNL, segundo a perceção dos professores

Fonte: CIES-IUL, Inquérito PNL às Escolas, 2007, 2008 e 2010

2006/07 2007/08 2009/100

10

20

30

40

50

60

Anos lectivos

%

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Estudo PISA

O PISA define literacia de leitura como a capacidade do indivíduo para compreender, usar, refletir sobre e compreender, usar, refletir sobre e apropriar-se de textos escritos, de forma a alcançar os seus objetivos, desenvolver o próprio conhecimento e potencial e participar na sociedade (OCDE,2010).(OCDE,2010).

Nestes sentido, o principal objetivo do PISA é mostrar em que medida os alunos, no final da escolaridade obrigatória, estarão preparados para fazer face às novas exigências da sociedade.

Page 15: Peso da régua.  2012

Leitura e LiteraciaDesempenho médio no domínio da leitura em Portugal e na OCDE (PISA)

Fonte: PISA 2009 (OCDE, 2010).

Page 16: Peso da régua.  2012

Leitura e Literacia

Níveis de desempenho em leitura em Portugal (PISA)

Fonte: PISA 2009 (OCDE, 2010)

Page 17: Peso da régua.  2012

Quinze anos depois… realidade e práticas (1)

•Os resultados alcançados pela RBE explicam-se tanto pelos seus parâmetros de conceção como pelo seu modelo de operacionalização, cujas vertentes fundamentais são: …

1. a ação colaborativa

2.as parcerias

3.os coordenadores interconcelhios (CIBE)

4. os professores bibliotecários (PB)

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Quinze anos depois… realidade e práticas (2) Encontros/seminários/formações A(s) semana(s) de… Projeto(s) sobre…

Ideias com mérito Concurso nacional de leitura A ler + Ler, é para já MLM Todos juntos podemos ler educação especial Ler em português (internacional) Boas práticas Atividades ….

Page 19: Peso da régua.  2012

Qual o papel …

- das bibliotecas, do professor bibliotecário, dos professores em geral?- que caminho(s)…?

A Unesco considera a “Literacia um direito humano”. A educação básica desempenha um papel crucial!

Literacy for all. Voice for all, learning for all”. Década para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2012)

AASL (2007) elaborou os “Standards for the 21st Century Learner”, focando o desenvolvimento de competências nos alunos para o uso de recursos e ferramentas centradas em quatro questões que facultem o direito a informar-se e pensar criticamente, de forma a poder construir o conhecimento; a tirar conclusões, tomar decisões informadas e produzir novo conhecimento; a procurar o conhecimento pessoal e estético.

AASL (American Association of School Librarians)

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Segundo Castells, (2001)

O que caracteriza a atual revolução tecnológica não é a centralidade de conhecimentos e informação, mas a aplicação desses conhecimentos e dessa informação para geração de conhecimentos e de dispositivos e de processamento/comunicação da informação, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso.

Os estudos confirmam o papel decisivo desempenhado pelos meios de inovação no desenvolvimento da Revolução da Tecnologia da Informação: concentração de conhecimentos científicos/ tecnológicos, instituições, empresas e mão de obra qualificada são as forjas da inovação da Era da Informação.

Mão de obra qualificada para a sociedade contemporânea… Como fazer?

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Todd (2001; 2003) salienta três aspetos fundamentais “…que a biblioteca escolar proporciona: informação, educação e lazer para TODOS. São espaços privilegiados na escola facilitadores do acesso a recursos de informação e tecnológicos indispensáveis no mundo moderno, facultando a todos, sem exceção, o acesso ao seu uso individual ou em grupo, afirmando que “a informação é o coração da aprendizagem com sentido”.

“Se é a escola que educa… a biblioteca deve servir para reforçar esta unidade leitora. A leitura poderia ser o grande sistema circulatório que manteria vivo o organismo educativo”.

(José António Marina, A Magia de Leer. Barcelona:Plaza Janés, 2005)

"This Media and Information Literacy Curriculum for Teachers is an important resource for Member States in their continuing work towards achieving the objectives of the Grünwald Declaration (1982), the Alexandria Declaration (2005) and the UNESCO Paris Agenda (2007) – all related to MIL.

(Media and Information Literacy Curriculum for Teachers. Paris : UNESCO, 2011, http://unesdoc.unesco.org/images/0019/001929/192971e.pdf)

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”( …) a literacia … é uma questão de inclusão e de cidadania na sociedade da informação de hoje (…) evitando ou diminuindo os riscos de exclusão da vida comunitária”

Recomendações:

2- Que se garanta a formação (técnica e pedagógica) de professores, responsáveis de bibliotecas e centros de recursos e outros agentes educativos, estudando-se as possibilidades de prossecução das atividades de formação já iniciadas e programadas pelo Plano Tecnológico da Educação e de adaptação e divulgaçãodo currículo proposto pela UNESCO para agentes educativos — entre outras medidas formativas indispensáveis;6 — Que se estabeleçam parcerias nos planos local, nacional e internacional,entre entidades preocupadas com a educação para a literaciamediática, designadamente bibliotecas, e os próprios media, e se apoieminiciativas relativas aos media promovidas por essas entidades (porexemplo com a criação de Um Dia Com Media nas escolas no dia 3 deMaio, consagrado internacionalmente à Liberdade de Imprensa)

Recomendação nº 6/2011 do CNE. MEC. sobre Educação para a Literacia Mediática

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“… não somos seres finalizados, mas sim um leque de possibilidades inesgotáveis” (Heidegger)

Que futuro? Centrar a discussão nas agendas educativas sobre o papel das tecnologias, da informação no currículo de TODOS os professores… na vida das crianças e jovens. Congregar e inovar nas parcerias para consolidar a(s) rede(s) com TODOS!