períodos da história da filosofia.ppt

37
Períodos da história da filosofia.

Upload: nexustecinfo

Post on 01-Oct-2015

26 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Perodos da histria da filosofia.

  • De um modo geral, os estudos filosficos tm como espinha dorsal o estudo da histria da filosofia. Para se estabelecer uma sequncia histrica da filosofia podem-se usar diferentes critrios.Normalmente, a periodizao feita a partir de uma correlao com os perodos histricos, polticos e culturais. Desse modo, fala-se em:Filosofia AntigaFilosofia MedievalFilosofia Moderna Filosofia Contemporanea

  • Filosofia AntigaA filosofia um saber especfico e tem uma histria que j dura mais de 2.500 anos. A filosofia nasceu na Grcia antiga- costumamos dizer - com os primeiros filsofos, chamados pr-socrticos. Mas a filosofia no compreendida hoje apenas como um saber especfico, mas tambm como uma atitude em relao ao conhecimento, o que faz com que seus temas, seus conceitos e suas descobertas sejam constantemente retomados.

  • A histria da filosofia coloca em perspectiva o conhecimento filosfico e apresenta textos e autores que fundamentam nosso conhecimento at hoje.A histria da filosofia na Antiguidade pode ser dividida em trs grandes perodos: o perodo pr-socrtico, a Grcia clssica e a poca helenstica.

  • Pr-socrticos

    Os filsofos que viveram antes da poca de Scrates, como Parmnides e Herclito, investigaram a origem das coisas e as transformaes da natureza. De seus textos s restaram fragmentos. O conhecimento especulativo no perodo pr-socrtico no se distinguia dos outros conhecimentos, como a astronomia, a matemtica ou a fsica.Tales de Mileto foi o primeiro pensador que podemos chamar de filsofo. Como outros pr-socrticos, Tales dedicou-se a caracterizar o princpio ou a matria de que feito o mundo. Sustentou que este princpio era a gua.

  • A Grcia clssica

    No perodo clssico, a filosofia vinculou-se a um momento histrico privilegiado - o da Grcia clssica. Nesse perodo, que compreende os sculos 5 a.C. e 4 a.C., a civilizao grega conheceu seu apogeu, com o esplendor da cidade de Atenas. Essa cidade-estado dominou a Grcia com seu poderio militar e econmico.Adotando a democracia como sistema poltico, Atenas assistiu a um florescimento admirvel das cincias e das artes. Foi esse perodo histrico que deu origem ao pensamento dos trs maiores filsofos da Antiguidade: Scrates, Plato e Aristteles.

  • Scrates no deixou uma obra escrita, mas conhecemos seu pensamento atravs das obras de seu discpulo Plato. Este no escreveu uma obra sistemtica, organizada de forma lgica e abstrata, mas sim um rico conjunto de textos em forma de dilogo, em que diferentes temas so discutidos. Os dilogos de Plato esto organizados em torno da figura central de seu mestre - Scrates.

  • Plato e Aristteles

    O conhecimento resultado do convvio entre homens que discutem de forma livre e cordial. No livro "A Repblica", por exemplo, temos um grupo de amigos que incluem o filsofo Scrates, dois irmos de Plato - Glauco e Adimanto - e vrios outros personagens, que sero provocados pelo mestre. O dilogo vai tratar de assuntos relacionados organizao da sociedade e natureza da poltica. A palavra poltica vem do grego polis, que significa cidade ou Estado.Aristteles - ao contrrio de Plato - criou uma obra sistemtica e ordenada. A filosofia aristotlica cobre diversos campos do conhecimento, como a lgica, a retrica, a potica, a metafsica e as diversas cincias. No livro "A Poltica", Aristteles entende a cincia poltica como desdobramento de uma tica, cuja principal formulao encontra-se no livro "tica a Nicmaco".

  • Helenismo

    O perodo helenstico corresponde ao final do sculo 3 a.C. (perodo que se sucede morte de Alexandre Magno, em 323 a.C.) e se estende, segundo alguns historiadores, at o sculo 6 d.C. As preocupaes filosficas fundamentais voltam-se para as questes morais, para a definio dos ideais de felicidade e virtude e para o saber prtico.

  • Filosofia MedievalCom a dissoluo do Imprio Romano, as invases brbaras e o desaparecimento das instituies, os centros de difuso cultural tambm se desagregaram. Os chamados "pais da igreja" foram os primeiro filsofos a defender a f crist nos primeiros sculos, at aproximadamente o sculo 8. Os padres da igreja foram os filsofos que, nesse perodo, tentaram conciliar a herana clssica greco-romana, com o pensamento cristo. Essa corrente filosfica conhecida como patrstica. A filosofia patrstica comea com as epstolas de So Paulo e o evangelho de So Joo. Essa doutrina tinha tambm um propsito evangelizador: converter os pagos nova religio crist.

  • Surgiram ideias e conceitos novos, como os de criao do mundo, pecado original, trindade de Deus, juzo final e ressurreio dos mortos. As questes teolgicas, relativas s relaes entre f e razo, ocuparam as reflexes dos principais pensadores da filosofia crist.

  • Santo Agostinho e a interioridade

    Santo Agostinho (354-430) foi o primeiro grande filsofo cristo. Uma de suas principais formulaes foi a ideia de interioridade, isto , de uma dimenso humana dotada de conscincia moral e livre arbtrio. As ideias filosficas tornam-se verdades reveladas (reveladas por Deus, atravs da Bblia e dos santos) e inquestionveis. Tornaram-se dogmas. A partir da formulao das ideias da filosofia crist, abre-se a perspectiva de uma distino entre verdades reveladas e verdades humanas. Surge a distino entre a f e a razo. O conhecimento recebido de Deus torna-se superior ao conhecimento racional. Em decorrncia desta prpria dicotomia, surge a discusso em torno da possibilidade de conciliao entre f e razo.

  • Escolstica e Tomas de AquinoA partir do sculo 12, a filosofia medieval conhecida como escolstica. Surgem as universidades e os centros de ensino e o conhecimento guardado e transmitido de forma sistemtica. Plato e Aristteles, os grandes pensadores da Antiguidade, tambm foram as principais influncias da filosofia escolstica. Nesse perodo, a filosofia crist alcanou um notvel desenvolvimento. Criou-se uma teologia, preocupada em provar a existncia de Deus e da alma.

  • O mtodo da escolstica o mtodo da disputa. A disputa consiste na apresentao de uma tese, que pode ser defendida ou refutada por argumentos. Trata-se de um pensamento subordinado a um princpio de autoridade (os argumentos podem ser tirados dos antigos, como Plato e Aristteles, dos padres da igreja ou dos homens da igreja, como os papas e os santos). O filsofo mais importante desse perodo So Toms de Aquino, que produziu uma obra monumental, a "Suma Teolgica", elaborando os princpios da teologia crist.

  • Filosofia ModernaNo perodo do Renascimento (sculos 15 e 16), o mundo assistiu a profundas transformaes no campo da poltica, da economia, das artes e das cincias. O Renascimento retomou valores da cultura clssica (representada pelos autores gregos e latinos), como a autonomia de pensamento e o uso individual da razo, em oposio aos valores medievais, como o domnio da f e a autoridade da Igreja.

  • No campo poltico, o principal autor do Renascimento foi Maquiqvel, autor de "O Prncipe". Maquiavel elaborou uma teoria poltica fundamentada na prtica e na experincia concreta. Durante o perodo medieval, o poder poltico era concebido como presente divino e os telogos elaboraram suas teorias polticas baseados nas escrituras sagradas e no direito romano.

  • Uma outra obra representativa desse momento filosfico o Elogio da Loucura, de Erasmo de Rotend. Ao elaborar uma obra ao mesmo tempo literria e filosfica, Erasmo usa a palavra para afirmar valores humanos e denunciar a hipocrisia, ridicularizando papas, filsofos ou prncipes. As mudanas dessa poca de crise prepararam o caminho para o despontar do racionalismo clssico.

  • Racionalismo clssicoO sculo 17 foi um dos perodos mais fecundos para a histria da filosofia. Marcado pelo absolutismo monrquico (concentrao de todos os poderes nas mos do rei) e pela Contra-Reforma (reafirmao da doutrina catlica em oposio ao crescimento do protestantismo), essa poca acolheu as grandes criaes do esprito cientfico, como as teorias de Galileu Galilei e o experimentalismo de Francis Bacon.

    Recusando a autoridade dos filsofos que o antecederam, Ren Descartes foi o maior expoente do chamado "racionalismo clssico" - uma poca que deu ao mundo filsofos to brilhantes como Blaise Pascal, Thomas Hobbes, Baruch Espinoza, John Locke e Isaac Newton.

  • Embora sempre tenha sido objeto da reflexo dos filsofos, o problema do conhecimento tornou-se mais agudo a partir do sculo 17. Com os filsofos modernos (em oposio aos filsofos medievais e os da Antiguidade), a teoria do conhecimento tornou-se uma disciplina filosfica independente. O pensamento passou a voltar-se para si mesmo. O pensamento (sujeito do conhecimento) passou a ser tambm o seu objeto. Em outras palavras: o homem comeou a pensar nas suas prprias maneiras de pensar e entender o mundo.

  • Racionalismo e empirismoOs filsofos formularam basicamente duas respostas diferentes para a questo do conhecimento - o racionalismo e o empirismo. Para os racionalistas, como Ren Descartes, o conhecimento verdadeiro puramente intelectual. A experincia sensvel precisa ser separada do conhecimento verdadeiro. A fonte do conhecimento a razo. Para os empiristas, como John Locke e David Hume, o conhecimento se realiza por graus contnuos, desde a sensao at atingir as ideias. A fonte do conhecimento a experincia sensvel.

  • O iluminismoNo sculo 18, a razo vista tambm como guia para a discusso do problema moral (o problema da ao humana) e o filsofo entendido como aquele que faz uso pblico da razo, ao usar sua liberdade de pensar diante de um pblico letrado. Immanuel Kant foi um filsofo de grande reputao, um dos maiores pensadores da filosofia do Iluminismo (movimento cultural do sculo 17 e 18, caracterizado pela valorizao da razo como instrumento para alcanar o conhecimento).

  • Como autntico representante da filosofia do sculo 18, era defensor incondicional do papel da razo no progresso do homem. Ao buscar fundamentar na razo os princpios gerais da ao humana, Kant elaborou as bases de toda a tica que viria a seguir.

  • A formulao do famoso "imperativo categrico" guiou seu pensamento no campo da moral e dos costumes. Kant criou duas obras magistrais, a "Crtica da Razo Pura"(1781) e "Crtica da Razo Prtica" (1788). O Iluminismo foi tambm a filosofia que norteou a Revoluo Francesa, e teve em filsofos como Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Denis Diderot seus grandes expoentes.

  • Filosofia ContemporneaO mundo em que vivemos, das telecomunicaes, da internet, dos programas espaciais, da fsica quntica, ou da medicina de alta tecnologia parece no ter lugar para a filosofia. Onde est a filosofia? O filsofo Bertrand Russel pensou nessa questo:A filosofia, como todos os outros estudos, visa em primeiro lugar ao conhecimento. O conhecimento a que ela aspira o tipo de conhecimento que d unidade e sistematiza o corpo das cincias, e que resulta de um exame crtico dos fundamentos de nossas convices, preconceitos e crenas.

  • Estamos mergulhados num mundo que no cessa de colocar novas questes para a filosofia. Por isso mesmo, no fcil reconhecer o que a filosofia contempornea. Estamos perto demais. Percebemos a filosofia do passado com mais clareza e mais coeso do que percebemos a filosofia que se faz hoje.Chamamos de filosofia contempornea aquela que teve incio no sculo 19, atravessou o sculo 20 e chegou at os dias de hoje.

  • A filosofia contempornea fundamenta-se em alguns conceitos que foram elaborados no sculo 19. Um desses conceitos o conceito de histria, que foi formulado pelo filsofo G.W.F. Hegel. A filosofia de Hegel relaciona-se com as ideias de totalidade e de processo. Passamos a entender o homem como um ser histrico, assim como a sociedade.

  • Uma das consequncias dessa percepo a ideia de progresso. O filsofo Auguste Comte foi um dos principais tericos a pensar essa questo. Tanto a razo quanto o saber cientfico caminham na direo do desenvolvimento do homem (o lema da bandeira brasileira, ordem e progresso, inspirado nas ideias de Comte).As utopias polticas elaboradas no sculo 19, como o anarquismo, o socialismo e o comunismo, tambm devem muito ideia de desenvolvimento e progresso, como caminho para uma sociedade justa e feliz.

  • Progresso descontnuoA ideia de que a histria fosse um movimento contnuo e progressivo em direo ao aperfeioamento sofreu duras restries durante o sculo 20.No sculo 20, porm, formou-se a noo de que o progresso descontnuo, isto , no se faz por etapas sucessivas. Desse modo, a histria universal no um conjunto de vrias civilizaes em etapas diferentes de desenvolvimento. Cada sociedade tem sua prpria histria. Cada cultura tem seus prprios valores.Essa viso de mundo possibilitou o desenvolvimento de vrias cincias como a etnologia, a antropologia e as cincias sociais.

  • Cincia e tcnicaA confiana no saber cientfico foi outra das atitudes filosficas que se desenvolveram no sculo 19. Essa atitude implica que a natureza pode ser controlada pela cincia e pela tcnica. Mas no apenas isso, o desenvolvimento da cincia e da tcnica passa a ser capaz de levar ao progresso vrios aspectos da vida humana. Surgiram disciplinas como a psicologia, a sociologia e a pedagogia.

    No sculo 20, a filosofia passou a colocar em cheque o alcance desses conhecimentos. Essas cincias podem no conseguir abranger a totalidade dos fenmenos que estudam. E tambm muitas vezes no conseguem fundamentar e validar suas prprias descobertas.

  • O triunfo da razoA ideia de que a razo, cincia e o conhecimento so capazes de dar conta de todos os aspectos da vida humana tambm foi pensada criticamente por dois grandes filsofos: Karl Marx e Sigmund Freud.

    No campo poltico, Marx tornou relativa a ideia de uma razo livre e autnoma ao formular a noo de ideologia - o poder social e invisvel que nos faz pensar como pensamos e agir como agimos.

    No campo da psique, Freud abalou o edifcio das cincias psicolgicas ao descobrir a noo de inconsciente - como poder que atua sem o controle da conscincia.

  • Teoria crtica

    A ideia de progresso humano como percurso racional sofreu um duro golpe com a ascenso dos regimes totalitrios, como o nazismo, o fascismo e o stalinismo. O desencanto tomou o lugar da confiana que existia anteriormente na ideia de uma razo triunfante.

  • Para fazer face a essa realidade, um grupo de intelectuais alemes elaborou uma teoria que ficou conhecida como teoria crtica. Um dos principais filsofos desse grupo Max Horkheimer. Ele pensou que as transformaes na sociedade, na poltica e na cultura s podem se processar se tiverem como fim a emancipao do homem e no o domnio tcnico e cientfico sobre a natureza e a sociedade.

  • Esse pensamento distingue a razo instrumental da razo crtica. O que seria a razo instrumental? Aquela que transforma as cincias e as tcnicas num meio de intimidao do homem, e no de libertao. E a razo crtica? a que estuda os limites e os riscos da aplicao da razo instrumental.

  • ExistencialismoO filsofo Jean-Paul Sartre tambm pensou as questes do homem frente liberdade e ao seu compromisso com a histria. Utilizando tambm as contribuies do marxismo e da psicanlise, o filsofo elaborou um pensamento sistemtico que pe em relevo a noo de existncia em lugar da essncia.

  • FenomenologiaO estudo da linguagem cientfica, dos fundamentos e dos mtodos das cincias tornou-se um foco de ateno importante para a filosofia contempornea. O filsofo Edmund Husserl props filosofia a tarefa de estudar as possibilidades e os limites do prprio conhecimento. Husserl desenvolveu uma teoria chamada fenomenologia.

  • Filosofia analtica

    As formas e os modos de funcionamento da linguagem foram estudados pelo filsofo Ludwig Wittgenstein. A filosofia analtica uma disciplina que se vale da anlise lgica como mtodo e entende a linguagem como objeto da filosofia. Bertrand Russel e Quine tambm estudaram os problemas lgicos das cincias, a partir da linguagem cientfica.

    Embora tenha se desdobrado em disciplinas especializadas, a filosofia ainda - como sempre foi - uma atitude filosfica.