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PERÍCIA, AVALIAÇÃO E LEGISLAÇÃO AGRÍCOLA Licenciamento Ambiental Prof. Ivan Furmann

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PERCIA, AVALIAO E LEGISLAO AGRCOLA

Licenciamento AmbientalProf. Ivan Furmann

Prazos da Licena (Resoluo 237/97 do CONAMA)LP At 5 anos no podendo ser inferior ao tempo para elaborao de programas tcnicos. LI At 6 anos LO - De 4 a 10 anos tendo que ser renovada com 120 dias antes do prazo final de caducidade. (caso o ente licenciante no se manifeste a tempo, estar automaticamente renovada enquanto no ocorrer o parecer) (artigo 14, 4., da LC 140/2011)Veremos adiante mas j adiantando se a atividade poluidora e no tem licena ambiental trata-se de crime ambiental.Prazo para avaliao pelo rgo ambientalLP/LI/LO 6 meses indo para 12 meses caso exista necessidade de EIA/RIMA e/ou Audincia Pblica.O prazo pode ficar sobrestado (parado) caso exista uma exigncia do rgo licenciador que no foi cumprida em sua integralidade.Competncia supletiva em caso de demora. Resoluo CONAMA 237/1997 norma geral sobre licenciamento ambiental entretanto existem outras resolues especficas e supletivas. Licenciamento - FundamentosArtigo 10 da Lei 6.938/1981 (caput)a construo, instalao, ampliao e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradao ambiental dependero de prvio licenciamento ambiental, Prvia condio para o exerccio das atividades econmicas poluidoras. Licenciamento - PublicidadeTodos os documentos a princpio devem ser pblicos resguardando segredos industriais.Artigo 2 da Resoluo aponta o rol de atividades que necessitam de licenciamento.ROL QUE ESTUDAMOS NA AULA PASSADA. Porm um rol no taxativo. possvel que outras atividades sejam tambm objeto de licenciamento dependendo o potencial poluidor.(No site da Fatma existem documentos especficos que explicam como funciona cada pedido de licenciamento)Licenciamento EspecificidadesCdigo Florestal no artigo 35 abre excees ao Licenciamento (reflorestamento e plantio) mas estabelece o controle do transporte (art.36). At mesmo rgos pblicos precisam de licena ambiental para seus empreendimentos. Ex. Prefeitura com o objetivo de instalar uma usina de reciclagem.Licenciamento Atribuio de Competncias-Tema que gera conflitos entre os rgos do SISNAMA. Parcialmente resolvido com a Lei Complementar 140/2011Dois so os principais critrios definidores da competncia material: 1 - critrio da dimenso do impacto ou dano Ambiental.2 - critrio da dominialidade do bem pblico afetvel (ver art. 20 da Constituio Federal).*** - critrio da atuao supletivaLicenciamento Competncia

Artigo 2., da Lei Complementar 140/2011, diferenciou a atuao supletiva (substituio) da atuao subsidiria (colaborao).Considera-se atuao supletiva a ao do ente da federao que se substitui ao ente federativo originariamente detentor das atribuies previstas na LC 140/2011.J a atuao subsidiria a ao do ente da federao que visa a auxiliar no desempenho das atribuies decorrentes das competncias comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuies previstas na citada Lei Complementar, operando-se atravs de apoio tcnico, cientfico, administrativo ou financeiro, sem prejuzo de outras formas de cooperao.Competncias Federais (Unio)Lei Complementar 140/2011, as competncias licenciatrias da Unio, exercidas atravs do IBAMA, esto listadas no artigo 7, inciso XIV:Art. 7 So aes administrativas da Unio:(...)XIV promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades:a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em pas limtrofe;b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econmica exclusiva;c) localizados ou desenvolvidos em terras indgenas;d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservao institudas pela Unio, exceto em reas de Proteo Ambiental APAs;e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;f) de carter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Foras Armadas, conforme disposto na Lei Complementar 97, de 9 de junho de 1999;g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estgio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicaes, mediante parecer da Comisso Nacional de Energia Nuclear CNEN; ouh) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposio da Comisso Tripartite Nacional, assegurada a participao de um membro do Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA, e considerados os critrios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento.Competncias MunicipalAs competncias dos Municpios para licenciar esto arroladas no artigo 9. da LC 140/2011:Art. 9 So aes administrativas dos Municpios: (...)XIV observadas as atribuies dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos:a) que causem ou possam causar impacto ambiental de mbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critrios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; oub) localizados em unidades de conservao institudas pelo Municpio, exceto em reas de Proteo Ambiental APAs.Competncias EstadualAs competncias dos estados para o licenciamento ambiental foram elencadas de maneira remanescente s federais e municipais (por excluso), nos moldes do artigo 8., XIV, da LC 140/2011:Art. 8. So aes administrativas dos Estados: (...)XIV promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradao ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7 e 9..Manejo de Vegetao Competncia* terras devolutas ou florestas pblicas federais* critrio da dominialidade do bem pblico afetvel* unidades de conservao, adotou-se o critrio do ente federativo instituidor* regra geral, com arrimo no artigo 8., XVI, da LC 140/2011, competir aos Estados e ao Distrito Federal licenciar a supresso e o manejo de vegetao em imveis rurais(Nosso caso FATMA)Problemas com falta de regulamentao de conflito de competnciasImagine o licenciamento da transposio do Rio So Francisco. Fcil de encontrar soluo?E se for um pequeno dano ambiental em uma reserva indgena? municipal ou federal? No existe regra especfica para o caso. Em questes ambientais ao contrrio de outras reas prevalece a idia de extenso do dano. Caso das barracas na Orla de Salvador.Carnicicultura? ETAPAS DO LICENCIAMENTO Artigo 10 da Resoluo CONAMA 237/1997:I Definio pelo rgo ambiental competente, com a participao do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessrios ao incio do processo de licenciamento correspondente licena a ser requerida;II Requerimento da licena ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade;III Anlise pelo rgo ambiental competente, integrante do SISNAMA, dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realizao de vistorias tcnicas, quando necessrias;IV Solicitao de esclarecimentos e complementaes pelo rgo ambiental competente, integrante do SISNAMA, uma nica vez, em decorrncia da anlise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiterao da mesma solicitao caso os esclarecimentos e complementaes no tenham sido satisfatrios;V Audincia pblica, quando couber, de acordo com a regulamentao pertinente;VI Solicitao de esclarecimentos e complementaes pelo rgo ambiental competente, decorrentes de audincias pblicas, quando couber, podendo haver reiterao da solicitao quando os esclarecimentos e complementaes no tenham sido satisfatrios;VII Emisso de parecer tcnico conclusivo e, quando couber, parecer jurdico;VIII Deferimento ou indeferimento do pedido de licena, dando-se a devida publicidadeTambm existe a Necessidade de certido da prefeitura sobre o uso do Solo.Portal Nacional de Licenciamento Ambiental http://pnla.mma.gov.br/

Impacto ambiental artigo 1. da Resoluo CONAMA 1/1986 (...) qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I a sade, a segurana e o bem-estar da populao; II as atividades sociais e econmicas; III a biota; IV as condies estticas e sanitrias do meio ambiente; V a qualidade dos recursos ambientaisImpacto ambiental Avaliao de Impacto Ambiental (AIA)Nos EUA comeou a ser utilizado em 1970. CONAMA definiu os estudos ambientais como todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados localizao, instalao, operao e ampliao de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsdio para a anlise da licena requerida (artigo 1., III, da Resoluo 237/1997).Estudo de Impacto Ambiental EIAArtigo 225, 1., IV, da CRFB - exigir, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se dar publicidadeNatureza prvia do EIA luz dos Princpios da Preveno e da Precauo, pois dever ser realizado antes do incio da atividade poluidora, assim como o seu carter pblico, a fim de permitir o pleno acesso da comunidade sobre o seu contedo, visando conferir real eficcia aos instrumentos de participao popular.Estudo de Impacto Ambiental EIAResoluo CONAMA 01/1986Apenas ser exigvel o EIA-RIMA se for significativa, efetiva ou potencialmente, a degradao ambiental esperada, devendo ser a questo avaliada pelo rgo ambiental competente.H casos em que a legislao presume a existncia de significativa degradao ambiental, em que dever ser elaborado o prvio EIA-RIMA, conforme lista exemplificativa do artigo 2., da Resoluo CONAMA 01/1986:Estudo de Impacto Ambiental EIAI Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;II Ferrovias;III Portos e terminais de minrio, petrleo e produtos qumicos;IV Aeroportos, conforme definidos pelo inciso I, artigo 48, do Decreto-Lei 32, de 18.11.66;32V Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissrios de esgotos sanitrios;(...)VI Linhas de transmisso de energia eltrica, acima de 230KV;VII Obras hidrulicas para explorao de recursos hdricos, tais como: barragem para fins hidreltricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigao, abertura de canais para navegao, drenagem e irrigao, retificao de cursos dgua, abertura de barras e embocaduras, transposio de bacias, diques;VIII Extrao de combustvel fssil (petrleo, xisto, carvo);IX Extrao de minrio, inclusive os da classe II,33 definidas no Cdigo de Minerao;X Aterros sanitrios, processamento e destino final de resduos txicos ou perigosos;Xl Usinas de gerao de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primria, acima de 10MW;XII Complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroqumicos, siderrgicos, cloroqumicos, destilarias de lcool, hulha, extrao e cultivo de recursos hdricos);XIII Distritos industriais e zonas estritamente industriais ZEI;XIV Explorao econmica de madeira ou de lenha, em reas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir reas significativas em termos percentuais ou de importncia do ponto de vista ambiental;XV Projetos urbansticos, acima de 100 ha ou em reas consideradas de relevante interesse ambiental a critrio da SEMA e dos rgos municipais e estaduais competentes;XVI Qualquer atividade que utilize carvo vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia;XVII Projetos Agropecurios que contemplem reas acima de 1.000 ha ou menores, neste caso, quando se tratar de reas significativas em termos percentuais ou de importncia do ponto de vista ambiental, inclusive nas reas de proteo ambiental;XVIII Empreendimentos potencialmente lesivos ao patrimnio espeleolgico nacional.Conceito jurdico indeterminado significativa degradao ambiental(qual o sentido da expresso? Como pensar no interesse social por detrs do termo) A princpio pressupem-se que inexiste discricionariedade administrativa na interpretao concreta de impacto ambiental significativo para fins de o ente ambiental exigir ou no o EIA-RIMA. Contedo mnimo do EIA. 1) o diagnstico ambiental da rea de influncia do projeto; 2) a anlise dos impactos ambientais e suas alternativas; 3) A definio das medidas mitigadoras dos impactos negativos; 4) a elaborao do programa de acompanhamento; 5) o monitoramento dos impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parmetros a serem considerados.Portaria Conjunta 259/2009, lavra do Ministrio do Meio Ambiente e do IBAMA (apontar alternativas tecnolgicas)Diretrizes: contemplar todas as alternativas tecnolgicas e de localizao de projeto, confrontando-as com a hiptese de no execuo do projeto; identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantao e operao da atividade; definir os limites da rea geogrfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada rea de influncia do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrogrfica na qual se localiza; considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantao na rea de influncia do projeto, e sua compatibilidade.Competir ao proponente arcar com os custos de confeco do EIA-RIMA. (estudo pago por quem quer o empreendimento)O EIA ser elaborado por uma equipe multidisciplinar contratada pelo empreendedor, com habilitao tcnica nos respectivos Conselhos de Classe, devendo o estudo abordar todas as questes exigidas pelo rgo ambiental, constantes do Termo de Referncia (documento tcnico que coloca os termos e condies de cada rea de atuao).As concluses no EIA no vinculam a deciso administrativa (lembre-se autorizao e no licena), porm o ato precisa ser fundamentado pela equipe tcnica do rgo de licenciamento.(http://www.fatma.sc.gov.br/conteudo/rimas)RIMA o documento que conter as concluses do EIA, devendo ser apresentado em linguagem objetiva e adequada sua compreenso pela populao, inclusive podendo ter ilustraes, sendo de acessibilidade pblica, ressalvado o sigilo industrial. obrigatrio que o RIMA contenha, ao menos: a) os objetivos e justificativas do projeto, sua relao e compatibilidade com as polticas setoriais, planos e programas governamentais; b) a descrio do projeto e suas alternativas tecnolgicas e locacionais;c) a sntese dos resultados dos estudos de diagnsticos ambientais da rea de influncia do projeto;d) a descrio dos provveis impactos ambientais da implantao e operao da atividade; e) a caracterizao da qualidade ambiental futura da rea de influncia, comparando as diferentes situaes da adoo do projeto e suas alternativas, bem como com a hiptese de sua no realizao; f) a descrio do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relao aos impactos negativos, mencionando aqueles que no puderam ser evitados, e o grau de alterao esperado;g) o programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos; h) recomendao quanto alternativa mais favorvel (concluses e comentrios de ordem geral)Audincia Pblica:Artigo 2., da Resoluo CONAMA 09/1987, ratificando a natureza pblica do procedimento, a critrio do rgo licenciador, poder ser realizada audincia pblica no EIA-RIMAA audincia pblica tem por finalidade expor aos interessados o contedo do produto em anlise e do seu referido RIMATambm ocorrer a audincia pblica se for solicitado por entidade civil, pelo Ministrio Pblico ou por, no mnimo, cinqenta cidados.Sem a audincia a licena invlida.