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Perda de carga em labirintos sob pressão Code: 05.002 Castro, A.L.P. 1,2 Rico, E. A. M. 2 ; Martinez, C. B. 2,3 ; Coelho, S. A. 2 ; Ferreira Junior, A. G. 2 1 Universidade Federal de Ouro Preto; 2 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); 2 Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica, Centro de Pesquisas Hidráulicas, Escola de Engenharia da UFMG. 3 Programa de Pós- Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos. 21/11/2017 1

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Page 1: Perda de carga em labirintos sob pressão - MDP · • Os labirintos são os interstícios formados pelos pares de anéis de desgaste fixo e móvel que tem a função de vedação

Perda de carga em labirintos sob

pressão

Code: 05.002

Castro, A.L.P. 1,2 Rico, E. A. M.2; Martinez, C. B. 2,3; Coelho, S. A. 2; Ferreira Junior, A. G. 2

1Universidade Federal de Ouro Preto; 2Universidade Federal de Minas Gerais

(UFMG); 2Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica, Centro de

Pesquisas Hidráulicas, Escola de Engenharia da UFMG. 3Programa de Pós-

Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

21/11/2017 1

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Desenvolvimento de uma equação para o cálculo da perda de carga em labirintos do tipo simples de turbinas hidráulicas.

Objectives

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• Usinas Hidrelétricas -> Barragem, Sistema de

captação e adução da água, casa de força e

vertedouro.

• Os principais componentes das turbinas Francis são:

o rotor, o distribuidor a caixa espiral.

• O rotor é a parte rotativa da turbina constituída de:

cubo, pás, coroa, anéis de desgaste superior e inferior

e entre os anéis de desgaste os labirintos inferior e

superior

Introduction

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Introduction

21/11/2017 4 Figura 1– Localização dos labirintos

FONTE - KIMURA, 2005

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• Os labirintos são os interstícios formados pelos

pares de anéis de desgaste fixo e móvel que tem a

função de vedação sem contato, por onde passa

uma pequena vazão, a qual resulta em um aumento

das forças tangenciais (KIMURA, 2005; GUINZBURG, 1993).

• A largura de um labirinto varia de 0,5 a 2 mm, o que

resulta em valores de velocidade elevados

(PFLEIDER & PETERMANN, 1979; MANCINTYRE, 1983). .

Introduction

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O aumento da rotação (ω) influencia a carga (hc) em função

da equação apresentada a seguir:

ℎ𝑐 =𝜔2. 𝑟2

2𝑔

Onde:

r: raio;

g: aceleração da gravidade.

Introduction

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Na situação de rotor parado tem-se que a diferença entre a

pressão (ΔP) na entrada (Pe) e a pressão de saída (Ps).

Assim tem-se:

∆𝑃= 𝑃𝑒 − 𝑃𝑠

No entanto quando o rotor está em movimento ter-se-á a

seguinte situação:

∆𝑃= 𝑃𝑒 − 𝑃𝑠 − (𝜔2.𝑟2

2𝑔)

Introduction

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Assim a medida que a rotação aumenta a diferença de

pressão (∆𝑃) tende a diminuir.

Como a vazão pelo labirinto respeita a relação de carga

versus perda de carga interna ter-se-á uma redução na vazão

escoada.

Dependendo dessa rotação pode-se ter até mesmo uma

situação de injeção de ar no sistema.

Introduction

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Para o cálculo da perda de carga e os demais cálculos

necessários em labirintos foi utilizada uma metodologia com

base nos estudos de Idelcik (1960) e Pfleider e Petermann

(1979).

𝑄 = 𝜇. 𝐴 2∆𝑃/𝜌

Onde:

Q: vazão;

µ: Coeficiente de vazão que considera as resistências no labirinto;

A: seção de passagem do labirinto;

∆p: diferença de pressão entre ambos os lados do labirinto;

ρ - a massa específica do fluido.

Methodology

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Methodology

21/11/2017 10 Figura 2– Labirinto superior de uma turbina Francis

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Methodology

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Figura 3– Detalhes de um labirinto superior de uma turbina Francis

FONTE – Adaptado de KIMURA, 2005

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Em um labirinto de seção lisa, o coeficiente de vazão é calculado

de acordo com o efeito Lomakin conforme equação (Pfleider e

Petermann, 1979).

𝜇 =1

𝑍𝛼2 + 𝜆

∑𝐿𝑆2𝑠

Z – número de canais;

α - coeficiente de contração de jato fluido;

λ - coeficiente de resistência em função do número de Reynolds;

Ls – Largura da seção do labirinto;

S– largura do labirinto

Methodology

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A obtenção do coeficiente de contração de jato fluido varia com a mudança do número de Reynolds e pode ser obtido conforme a figura a seguir.

Figura 4.3 – Coeficiente α para labirintos em anel cilíndrico com uma só gaxeta de

vedação em função do número de Reynolds

FONTE - PFLEIDER E PETERMANN, 1979.

Methodology

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O valor do número de Reynolds em um escoamento é obtido por:

𝑅𝑒 =2.𝑆.𝑈

𝛾

Onde:

Re= número de Reynolds;

S= largura do labirinto;

U= Velocidade tangencial existente no labirinto em função da

rotação da máquina

Methodology

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Dividindo a figura 1 em duas partes teremos uma parcela

chamada de “A” e uma parcela chamada de “B” que será

desmembrada abaixo.

- Parcela A

Figura 4 - Parcela “A”

Methodology

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- Parcela “B”

Figura 5– Parcela “B”

Methodology

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Cálculo da Parcela “A”

Sabe-se que Vazão (Q) é resultado da multiplicação da velocidade do

escoamento (V) e a área que esse escoamento percorre (A), portanto:

𝑄 = 𝑉. 𝐴

A velocidade pode ser calculada, de acordo com a equação a seguir, onde

δ é a espessura do canal do labirinto e r é o raio.

𝑉 =𝑄

2𝜋.𝑟𝐴.𝛿𝐴

O diâmetro hidráulico (Dh), razão entre a área e o perímetro, pode ser

calculado por:

𝐷ℎ =2𝜋.𝑟𝐴.𝛿𝐴

4𝜋.𝑟𝐴+2𝛿𝐴

Results

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Cálculo da Parcela “B”

𝑄 = 𝑉. 𝐴

Aárea S, pode ser calculada conforme vemos abaixo:

𝑆 = 𝛿𝐵 . 𝜋. 𝑟𝐴 + 𝑟𝐵

A velocidade do escoamento para essa seção será calculado por:

𝑉 =𝑄

𝛿𝐵.𝜋. 𝑟𝐴+𝑟𝐵

O diâmetro hidráulico para a parcela B pode ser enfim calculado por:

𝐷ℎ =𝛿𝐵.𝜋. 𝑟𝐴+𝑟𝐵

𝛿𝐵+2𝜋. 𝑟𝐴+𝑟𝐵

Results

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Ao final de todas essas etapas temos enfim a equação de perda

de carga em função da variação de pressão no labirinto.

𝑃𝑒 − 𝑃𝑎𝑡𝑚 −𝜔2. 𝑟𝑎2−𝑟𝑏2

2.𝑔= 𝛼1.

𝑓.𝐿𝑎.𝑄

2𝜋.𝑟𝑎.𝛿𝑎

2

2.𝑔.𝜋.𝑟𝑎.𝛿𝑎

2𝜋.𝑟𝑎+𝛿𝑎

+ 𝛼2.𝑓.𝐿𝑏.

𝑄

𝜋.𝛿𝑏(𝑟𝑎+𝑟𝑏)

2

2.𝑔.𝜋.𝛿𝑏.(𝑟𝑎+𝑟𝑏)

2(𝜋.(𝑟𝑎+𝑟𝑏)+𝛿𝑏

Onde:

f: coeficiente de atrito.

Results

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A equação desenvolvida resulta na perda de carga em função da variação de pressão, do coeficiente de atrito e da largura do labirinto em estudo e permitirá a análise de diferentes cenários o ponto de vista energético.

Discussion e Conclusions

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Os autores manifestam seus agradecimentos à ANEEL, à CEMIG, à ELETROBRAS-FURNAS, a FAPEMIG ao CNPq, CAPES, ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Minas Gerais e ao Programa de Pós-Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Universidade Federal de Minas Gerais, pelo suporte financeiro para a realização desse trabalho.

Acknowledgments

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