Percy Jackson & Annabeth Chase

Eu estava comemorando aniversário de namoro de um mês com Annabeth no Central Park... Eu acho.

Eram três horas da tarde quando chegamos e montamos um piquenique debaixo de uma árvore cujo não sabia o nome, e não queria saber também, porque se eu porventura quisesse, teria de chamar Grover e... Ah, bem, era um momento entre Percy e Annabeth.

Eu peguei alguns mirtilos da cesta de palha, e mostrei para Annabeth.-Um... Mirtilos são minhas frutas favoritas – eu disse um pouco constrangido.- Porque são as únicas frutas azuis, certo? – ela sorriu sinceramente, estava muito

bonita aquele dia.- Também. Elas me lembram de você. - Estou tão gorda assim?- Não nesse sentido sabe-tudo! – eu disse pondo as mãos nas bochechas dela e ela

corou. - Então me explique cabeça-de-alga! – ela disse dando um sorriso esperto.- Bom, os mirtilos são azedos se você estiver com pressa...- Além de me chamar de gorda está me chamando de azeda! – ela me cortou.- Calma! São azedos na pressa, mas quando se trata de deixa-los um bom tempo na

boca, são doces e... Deixam-me feliz. – Eu disse um pouco envergonhado.Annabeth ficou totalmente corada e deu um sorriso tímido.

- Perseu Jackson. –Ela disse como se fosse minha mãe me pegando no flagra ao aprontar – Se aprendeu a vencer a dislexia, onde leu isso?

- Não posso ser romântico de vez em quando? – eu disse abraçando-a e finalmente beijando seus lábios.

Uns poucos minutos depois, olhei para o lado, com Annabeth deitada ao meu lado de olhos fechados, aspirando o ar.

E então lembrei do meu mergulho no Rio Estige... A sua parte boa, quando vira meu ponto fraco, Annabeth no barco, chamando por mim... Eu nunca admitira isto em voz alta, mas eu realmente gostava dela. Mais que isso, amava. Sim.

Por motivos desconhecidos, olhei do outro lado dela. Eu não pude acreditar. O quê uma górgona estava fazendo por lá?

Eu me levantei, tentando parecer mais natural possível, mas eu me esqueci que minha namorada é filha de Atena.

- O que foi Percy? – Ela me perguntou expressiva olhando para meus olhos.- Desculpe Annabeth, me desculpe mesmo. - eu disse com raiva – tem uma górgona

ali, e eu não quero saber o quê exatamente ela está procurando.- Ah, não se preocupe Percy, é só não incomodá-la. – ela disse um pouco triste -

vamos, me ajude a levantar, vamos voltar para o acampamento.Eu de má vontade ajudei-a se levantar. Guardamos nossas coisas e fomos para um

orelhão do lado oposto que estava a górgona. - Ligarei para minha mãe. Vai ser rápido – eu disse com pressa.Quando minha mãe atendeu, com aquele pequeno tom desesperado, perguntou o que

aconteceu, depois que expliquei ela me ofereceu carona, mas tive que recusar, porque a

górgona estava no sentido de casa.Pegamos um taxi, e no caminho estava mau-humorado ainda. Annabeth estava calma,

porém, sua mágoa era visível. Então peguei a sua mão, combati meu mau-humor e dei um beijo na sua testa.

- Não fique triste, por favor.- Só se pudermos continuar nosso piquenique no acampamento – Annabeth disse

jogando um olhar melancólico para mim.- Não se preocupe, nos faremos isso. Prometo.Ela sorriu e me beijou. Seu beijo me fazia lembrar de tantas coisas que passamos

juntos. Seu sorriso, sua voz, sua inteligência (só as vezes). Tudo isso me lembrava ela. Momentos felizes que toda pessoa deveria viver.

Quando estávamos perto do acampamento, Annabeth pediu para que o taxista parasse, e sempre as mesmas frases... Tem certeza que quer parar aqui? Não tem mais nada por ali. Aqui pode ser perigoso para duas crianças. Mas sem responder nenhuma das perguntas, eu dei uma gorjeta generosa ao homem.

Como era final da tarde, estava começando a escurecer, com o céu laranja, dando para ver o sol se pondo no horizonte do acampamento. Sentamos-nos na beira da praia, com a cesta e tudo, com um piquenique na praia. Ah sim, um luau de dois.

Senti um calor quente subindo dentro de mim, mas não aquele calor de batalhas. Um calor tão diferente, tão aconchegante e ao mesmo tempo dava medo.

- Eu te amo Annabeth. – eu disse por fim, e aquele calor se prendia cada vez mais em mim. Ela pareceu surpresa, me encarou por um tempo e sorriu.

- Eu te amo também Percy – Ela disse com aquele sorriso sincero e encostou a cabeça no meu ombro, ainda sorrindo, como se estivesse sonhando. E notei que eu também sorria.