pela diversidade_contra a discriminacao

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  • 8/18/2019 Pela Diversidade_contra a Discriminacao

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    Uma iniciativa da União Europeia

    Novas competênciaspara lutar contra a discriminação

    K E  - 5  2  - 0   3  -1  4  2  -P  T -D

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    UE. Oferecem protecção contra a discriminação

    directa e indirecta e contra o assédio. Determi-

    nam que os Estados-Membros garantam que

    qualquer pessoa que se sinta discriminada possa

    intentar processos judiciais ou fazer uso de qual-

    quer outro tipo de procedimento administrativo.

    As disposições prevêem ainda a obrigação de

    serem impostas sanções dissuasivas e efectivas.

    As vítimas de discriminações podem beneficiar do

    apoio de uma ONG ou de um sindicato. Os Esta-

    dos-Membros deverão designar órgãos de pro-

    moção da igualdade de tratamento para ajudaras vítimas de discriminações em razão da raça ou

    da origem étnica.

    Além disso, tendo por objectivo apoiar estas alte-

    rações legais, a União Europeia lançou um Pro-

    grama de acção relativo ao combate à discrimi-

    nação e às respectivas causas, no sentido de

    aumentar a sensibilização quanto a este proble-

    ma e às medidas adoptadas pela União para o

    ultrapassar. Este Programa, que decorrerá até

    2006, financia estudos que visam melhorar a

    compreensão da discriminação e avaliar a eficáciadas medidas promotoras da igualdade de trata-

    mento; financia também redes de pessoas e enti-

    dades da UE que tenham a intenção de partilhar

    informações, especialmente sobre boas práticas.

    No âmbito do Programa de acção, lancei uma

    campanha em toda a UE para informar as pesso-

    as sobre os seus novos direitos e obrigações e

    para aumentar a sensibilização relativa às questõ-

    es sobre a diversidade e a discriminação, de um

    modo geral.

    O objectivo fundamental da nova legislação e do

    programa de acção é não só a luta contra a dis-

    criminação como a sua prevenção. Estou convic-

    ta de que se afastarmos os obstáculos que as pes-

    soas enfrentam no trabalho e nos outros

    domínios da vida quotidiana, poderemos tirar

    pleno partido do maior potencial de que dispõe a

    Europa – a sua população. O nosso objectivo é

    aproveitar o potencial de todos em benefício pró-

    prio, em benefício da sociedade e da economia e

    fazer da União Europeia um lugar onde todos

    possam viver e trabalhar melhor.

    Anna Diamantopoulou

    Comissária Europeia para o Emprego e Assuntos Sociais

    Anna Diamantopoulou

    Comissária Europeia

    para o Emprego

    e Assuntos Sociais

    Prefáciode Anna Diamantopoulou,

    Membro da Comissão

    É com o maior prazer que informo que em todaa União Europeia vão passar a vigorar novosdireitos em matéria de tratamento equitativo no

    local de trabalho e noutros locais.

    A legislação europeia aprovada em 2000 proíbe

    toda e qualquer discriminação em razão da reli-

    gião ou convicções, deficiência, idade ou orienta-

    ção sexual e bem assim a discriminação em razão

    da raça ou origem étnica, não só no âmbito do

    emprego, como ainda noutras áreas como a

    educação, da segurança social, os cuidados de

    saúde e o acesso a bens e serviços, incluindo a

    habitação.

    Os Estados-Membros deverão transpor as novasdisposições para os respectivos ordenamentos

     jurídicos até ao final de 2003, embora possam

    requerer um período adicional de três anos no

    máximo para adequar os respectivos sistemas

     jurídicos às novas disposições em matéria de

    combate à discriminação em razão de deficiência

    ou idade.

    As referidas disposições estabelecem direitos apli-

    cáveis a todas as pessoas em todos os países da

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    Qual o significado de«discriminação»?

    > As novas disposições abrangem tanto a

    discriminação directa como a indirecta.

    > Existe discriminação directa quando, numa

    situação comparável, uma pessoa é tratada

    de forma menos favorável do que outra em

    razão da raça ou origem étnica, religião ou

    convicções, deficiência, idade ou orientação

    sexual.

    > Exemplo de discriminação directa: um anún-

    cio de emprego refere que «as pessoas com

    deficiência não devem concorrer».

    > No entanto, dado a discriminação adoptar

    normalmente formas mais subtis, também se

    incluiu a discriminação indirecta. Esta ocorre

    quando uma disposição, critério ou prática

    aparentemente neutros possa ocasionar uma

    Perguntas frequentes>> A União assenta nos princípios da liberdade, da democracia,do respeito pelos direitos do Homem e pelas liberdade funda-

    mentais(…) princípios que são comuns aos Estados-Membros A Comunidade Europeia luta desde há bastante tempo contra

    a discriminação. Com efeito, aquando da sua criação uma das

    tarefas mais urgentes era a reconciliação de um continente

    dividido por conflitos nacionalistas e étnicos. Durante muitos

    anos, o objectivo foi prevenir a discriminação em razão da

    nacionalidade e do sexo. O ano de 1997 constituiu uma vira-gem decisiva por força das alterações substanciais que os

    Estados-Membros decidiram introduzir no Tratado. Na sequên-

    cia da entrada em vigor do Tratado de Amsterdão, a Comuni-

    dade dispôs de novas competências no combate à discrimina-

    ção em razão da raça ou origem étnica, religião ou convicções,

    deficiência, idade ou orientação sexual, tendo sido alargado o

    poder para o combate à discriminação em razão do sexo.

    Que formas de

    discriminação são

    abrangidas pela nova

    legislação?

    > A nova legislação proíbe a discriminação em

    matéria de emprego e formação em razão da

    raça ou origem étnica, orientação sexual, reli-

    gião ou convicções, idade e deficiência. Asdisposições relativas à discriminação em razão

    da raça ou origem étnica abrangem também

    outras áreas, como a educação, a segurança

    social, os cuidados de saúde, o acesso a bens

    e serviços e a habitação.

    Quem está protegido

    contra a discriminação?

    > Todas as pessoas que se encontrarem noterritório da União estão protegidas contra

    qualquer tipo de discriminação baseada nos

    motivos referidos supra.

    Os novos direitos e obrigaçoesao abrigo da nova legislação europeia para combater a discriminação

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    Anne-Sophie Parent,

    Presidente,

    Plataforma Social

    «Os empregadores que investem em locais de

    trabalho isentos de discriminação e numa for-

    ça de trabalho marcada pela diversidade estão

    a fazer a escolha certa. São eles que ganham

    com um ambiente de trabalho humano e coma experiência de trabalhadores que reflectem

    a diversidade dos consumidores e clientes dos

     seus serviços. A discriminação destrói vidas,

    marginaliza indivíduos e impede o desenvolvi-

    mento de um ambiente de trabalho positivo

    assente na inclusão, no respeito e no espírito

    de equipa. Na qualidade de coligação de ONG

     sociais europeias com raízes em partes diver-

     sas da sociedade civil, a Plataforma Social está

    também agudamente consciente da necessi-

    dade de acabar com os casos de discriminação

    múltipla em que os indivíduos são vítimas dediscriminação por mais do que um motivo.»

    desvantagem para pessoas em razão da raça

    ou origem étnica, religião ou convicções,

    deficiência, idade ou orientação sexual, a

    não ser que a referida disposição, critério ou

    prática possa ser justificada objectivamente

    por uma finalidade legítima.

    > Como exemplo de discriminação indirecta,

    pode mencionar-se a exigência de todas as

    pessoas que solicitam um posto de trabalho

    serem testadas relativamente a uma língua

    em especial, apesar de esta língua não ser

    necessária para aquele trabalho. O teste

    pode constituir uma discriminação em rela-

    ção às pessoas cuja língua materna não seja

    a do teste.

    O que sucede em

    caso de assédio e

    de retaliação?

    > As novas disposições proíbem o assédio que

    atenta contra a dignidade de uma pessoa em

    razão da raça ou origem étnica, religião ouconvicções, deficiência, idade ou orientação

    sexual e cria um ambiente intimidatório, hostil,

    degradante, humilhante ou ofensivo.

    > A retaliação também está proibida. Há retalia-

    ção quando uma pessoa é tratada mal ou de

    forma diferente por ter apresentado uma quei-

    xa relativa a discriminação ou apoiado um cole-

    ga que apresentou uma queixa deste tipo.

    Quais as implicaçõesdestas novas medidas

    para os empregadores?

    > As novas disposições afectam todos os empre-

    gadores do sector público e privado. A directi-

    va abrange ainda as condições de acesso ao

    trabalho independente (por exemplo, as con-

    dições do exercício de determinadas activida-

    des comerciais ou profissões liberais). Todos os

    empregadores deverão analisar as suas práti-

    cas de emprego de forma a garantirem que

    não são discriminatórias, directa ou indirecta-

    mente, por exemplo, no que se refere aos

    procedimentos de recrutamento, aos critérios

    de selecção, à remuneração e às promoções,

    ao despedimento ou ao acesso à formação

    profissional. As novas disposições anti-discri-

    minatórias aplicam-se a todas as fases do con-

    trato de trabalho, desde o recrutamento do

    trabalhador até ao termo do contrato.

    Que obrigações têm

    os empregadores em

    relação às pessoas com

    deficiência?

    > Os empregadores têm o dever de «adaptação

    razoável» relativamente aos candidatos ou tra-

    balhadores com deficiência. Isto significa que

    os empregadores devem tomar as medidas

    adequadas para permitir que as pessoas com

    deficiência acedam ao emprego ou à forma-

    ção, excepto se essas medidas implicarem um

    encargo desproporcionado para o emprega-

    dor. A «adaptação razoável» pode incluir, por

    exemplo, o acesso para uma cadeira de rodas,a adequação das horas de trabalho, a adapta-

    ção do equipamento de escritório ou, muito

    simplesmente, a redistribuição das tarefas

    entre os membros de uma equipa. Para deter-

    minar se o encargo é desproporcionado deve-

    rão ser tidos em conta, nomeadamente, os

    custos financeiros em causa ou de outro tipo,

    a dimensão e os recursos financeiros da

    empresa e a possibilidade de poder ser obtida

    uma subvenção pública ou apoio de outro tipo.

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    O que ganham as

    empresas com estas

    novas disposições?

    > Pode observar-se que os bons empresários da

    União Europeia estão a começar a interessar-

    se pela diferença por razões comerciais e não

    simplesmente para dar cumprimento à legisla-

    ção. As medidas de diversificação da mão-de-

    obra podem significar muitas vantagens para

    as empresas. Podem fazer parte de uma estra-

    tégia empresarial mais ampla para criar capitalhumano e fomentar a criatividade e a inova-

    ção. A diversidade confere às empresas um

    «carácter vanguardista» nos seus negócios

    com os clientes, fornecedores, accionistas e

    outras partes interessadas nos mercados mul-

    ticulturais e globais da actualidade. O compro-

    misso com a diversidade pode ainda favorecer

    a reputação das empresas e a sua imagem. A

    «resistência à discriminação» pode ajudar as

    empresas a evitar custos relativos a litígios,

    bem como grandes movimentos de pessoal e

    elevadas taxas de absentismo. Pode ainda sig-

    nificar o acesso dos empregadores a fontes

    não tradicionais de mão-de-obra, o que os

    ajudará a atrair e conservar trabalhadores de

    elevada qualidade.

    Existem excepções

    à proibição geral de

    discriminação?

    > A nova legislação permite algumas excepções

    limitadas de acordo com o princípio de igual-

    dade de tratamento, por exemplo, no sentido

    de preservar a ética das entidades religiosas

    ou permitir a introdução de medidas para

    integrar os jovens trabalhadores ou trabalha-dores mais idosos no mercado de trabalho.

    8

    Roger Briesch, Presidente,

    Comité Económico

    e Social Europeu

    Jim O‘Hara, vice-

    presidente da TMG

    e director-geral da Intel Ireland, afirmou-se encantadopor lhe ter sido atribuído o Prémio da Diversidade da

    UE, «É com grande agrado que registo o facto de tan-

    tos dos nossos trabalhadores reconhecerem o bom

    trabalho por nós realizado para fazer da Intel Ireland

    uma empresa inclusiva. Fiquei particularmente conten-

    te por termos recebido este prémio da diversidade em

    concorrência com 1000 outras empresas de renome

    em toda a Europa. Cada um de nós é de alguma for-

    ma único e a nossa intenção é criar um ambiente que

    acolha e enalteça cada uma das nossas diferenças.»

    «O Comité Económico e Social Europeu apoia determinadamente os

    esforços da UE para construir uma sociedade e locais de trabalho mar-

    cados pela diversidade e pela não discriminação.

    Estou profundamente convicto de que é essencial que todos os que

    residem nos Estados-Membros possam beneficiar de um nível mínimo

    de protecção e de direitos a vias de recurso jurídicas contra casos de

    discriminação, facto que reforçaria a coesão social e económica na

    União.

    Estou confiante que um diálogo reforçado entre empresas, sindicatos

    e outros agentes sociais e económicos, assente em boas práticas,

     poderia provar que a igualdade de tratamento no emprego e na vida

     profissional pode melhorar os desempenhos económicos e a inclusão

     social. O Comité está em boas condições para ajudar a promover este

    diálogo.»

    Pat Cox, Presidente do

    Parlamento Europeu

    «Todos somos intervenientes na sociedade. Se

    alguns se defrontam com obstáculos ao

    emprego, ao ensino e ao processo decisório, é

    a sociedade que deixa de dar resposta aos

    indivíduos em termos de valores e visão. NaUE, devemos a nós próprios a adopção de

    medidas que tornem a igualdade de participa-

    ção uma realidade para todos. Aqueles que,

    até à data, têm sido marginalizados da socie-

    dade e da economia constituem recursos reais

    que é preciso valorizar e encorajar. É tempo de

    os nossos locais de trabalho reflectirem a nos-

     sa realidade.»

    9

     Jim O’Hara, vice presidente

    da TMG e Director Geral

    da Intel Irland

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    Como podem as

    vítimas de discriminação

    apresentar uma queixa?

    > A legislação determina que os Estados-

    Membros dêem às vítimas de discriminaçãoo direito de apresentar uma queixa por via

     judicial ou administrati va e que sejam aplica-

    das as sanções adequadas aos responsáveis

    dessas discriminações.

    > As disposições prevêem ainda a partilha

    do ónus da prova nos processos cíveis e

    administrativos; isto tornará mais fácil a

    prova para as pessoas que foram vítimas

    de discriminação.

    Com que apoio

    podem contar as vítimas

    de discriminação?

    > A legislação relativa à aplicação do princípio

    da igualdade de tratamento das pessoas

    sem distinção da origem racial ou étnica,

    estabelece que os Estados-Membros devem

    designar órgãos de promoção da igualdade

    de tratamento, que proporcionarão assistên-cia independente às vítimas da discrimina-

    ção, realizarão inquéritos e estudos e publi-

    carão relatórios independentes e recomen-

    dações. As vítimas de discriminação podem

    contar também com o apoio de uma organi-

    zação não-governamental ou um sindicato

    que possua um interesse legítimo.

    E em relação à

    igualdade entre

    mulheres e homens?

    > A discriminação em razão do sexo está

    abrangida por uma legislação especial. Tal justifica-s e pelo fac to de esta problemática

    ter uma grande tradição a nível europeu,

    que remonta ao início da Comunidade Euro-

    peia. A legislação europeia nesta matéria é

    abundante, podendo obter-se apoio finan-

    ceiro através do Programa Comunitário para

    a Igualdade entre Homens e Mulheres

    (2001–2005). Para mais informações sobre

    este assunto consultar:

    http://europa.eu.int/comm/employment_

    social/equ_opp/index_en.htm

     John Monks,

    Secretario Geral CES(Confederação Europeia

    de Sindicatos)

    Georges Jacobs,

    Presidente de UNICE(União das Confederações da Indús-

    tria e dos Empregadores da Europa)

    «No seu Congresso de Helsínquia de 1999, a

    CES assumiu um compromisso determinado

    de fazer campanha contra toda e qualquer 

    forma de discriminação. Os sindicatos em

    toda a Europa estão actualmente a trabalhar  para garantir a correcta integração no direito

    nacional das duas directivas relativas à igual-

    dade de tratamento e a devida aplicação do

     princípio de igualdade de tratamento no local 

    de trabalho. Para o movimento sindical, as

     políticas relativas à diversidade devem andar a

     par de uma participação sindical activa. No

    que lhes diz respeito, os sindicatos devem pro-

    mover a igualdade de tratamento nas suas

     próprias fileiras e em todos os seus órgãos e

    estruturas de tomada de decisão.»

    «A discriminação radica-se em sentimentos irra-

    cionais. É incompatível com raciocínios de natu-

    reza económica. Na economia global de hoje, o

    êxito das empresas depende da sua capacidade

    de resposta a situações e a necessidades dosconsumidores cada vez mais diversificadas. Ser 

    capaz de atrair uma mão-de-obra multifacetada

    e de gerir a diversidade constitui, pois, um patri-

    mónio valioso.»

    11

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    Quando é que a nova

    legislação entrará em

    vigor?

    > Os Estados-Membros devem transpor as

    novas disposições para os respectivos orde-

    namentos jurídicos até 19 de Julho de 2003

    no que diz respeito às disposições relativas àaplicação do princípio da igualdade de trata-

    mento entre as pessoas sem distinção da ori-

    gem racial ou étnica, e até 2 de Dezembro

    de 2003 no que se refere às disposições

    relativas aos princípio da igualdade de trata-

    mento sem distinção da orientação sexual,

    da religião ou convicções, da deficiência e

    da idade. Os Estados-Membros também

    poderão solicitar um período adicional máxi-

    mo de três anos para adequar os respectivos

    sistemas jurídicos às novas disposições para

    combater a discriminação em razão da defi-ciência ou idade.

    O que irá acontecer

    com o alargamento

    da UE?

    > Todos os novos Estados-Membros deverão

    transpor as disposições europeias de lutacontra a discriminação para os respectivos

    ordenamentos jurídicos antes de integrarem

    a União Europeia.

    Existe um financiamento

    comunitário disponível

    para projectos

    que visam combatera discriminação?

    > O Programa de Acção comunitário (2000–

    2006) dispõe de um orçamento de cerca de

    100 milhões de euros. O objectivo geral do

    programa consiste em provocar uma mudan-

    ça de carácter prático das atitudes e práticas

    discriminatórias. O programa tem três áreas

    prioritárias: reforçar a análise da natureza da

    discriminação, apoiar os agentes implicados

    no combate à discriminação e aumentar asensibilização sobre a discriminação e os

    benefícios da diversidade. Para mais infor-

    mações sobre este programa consultar o

    sítio internet da Comissão:

    http://europa.eu.int/comm/employment_

    social/fundamental_rights/index_en.htm

    Sir Albert Bore,

    Presidente Comité

    das Regiões

    «O Comité das Regiões rejeita toda e qual-

    quer forma de discriminação e acredita firme-

    mente que o combate à discriminação se faz 

    através de uma mudança de atitudes e valo-

    res. A rejeição de todas as formas de discrimi-nação é uma condição essencial para que a

    União Europeia se desenvolva, transforman-

    do-se num espaço de liberdade, segurança e

     justiça. As autoridades locais e regionais têm

    um papel importante a desempenhar neste

    contexto, na medida em que operam ao nível 

    das bases e estão em estreito contacto com o

    cidadão comum, fomentando a sensibilização

    e a compreensão relativamente à discrimina-

    ção múltipla. Por conseguinte, o Comité das

    Regiões apelou às autoridades locais e regio-

    nais, bem como a outras instâncias veiculado-ras de informação, para que participem

    empenhadamente no Programa de Acção pois

     são elas as entidades mais bem colocadas

     para conduzir campanhas de sensibilização

     sobre o pacote anti-discriminação.»

    13

    Quais têm sido

    as acções da UE para

    promover o debate

    sobre a diversidade e

    a discriminação?

    > No âmbito do programa de acção comunitá-

    rio, a UE iniciou, em estreita colaboração

    com os sindicatos, os empregadores, as

    ONG e as administrações nacionais, uma

    importante campanha de informação em

    todos os Estados-Membros para salientar os

    benefícios da diversidade, não só no local de

    trabalho como noutras áreas. Para mais

    informações sobre esta campanha consultar:

    http://www.stop-discrimination.info/ 

    Onde pode ser encon-

    trada mais informação

    sobre a política de

    combate à discriminação

    na UE?> Pode ser obtida mais informação no sítio:

    http://europa.eu.int/comm/employment_

    social/fundamental_rights/index_en.htm

    ou solicitando essa informação por e-mail

    para o seguinte endereço:

    [email protected]

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    Directiva 2000/43/CE que aplica o

    princípio da igualdade de trata-

    mento entre as pessoas, sem dis-

    tinção de origem racial ou étnica

    > Como o título indica, esta directiva aplica o

    princípio da igualdade de tratamento entre as

    pessoas, sem distinção da sua origem racial

    ou étnica.

    > Protege contra a discriminação no emprego

    e na formação, na educação, na segurança

    social, nos cuidados de saúde e no acesso a

    bens e serviços.

    > Define as expressões: discriminação directae indirecta, assédio e retaliação.

    > Dá às vítimas de discriminação o direito de

    apresentar uma queixa por via judicial ou admi-

    nistrativa e prevê a imposição de sanções à par-

    te demandada responsável pela discriminação.

    > Estabelece a partilha do ónus da prova entre

    o demandante e o demandado nos processos

    cíveis e administrativos.

    > Prevê a criação em todos os Estados-Mem-bros de um órgão de promoção da igualdade

    de tratamento, que proporcionará assistência

    independente às vítimas da discriminação em

    razão da origem racial ou étnica.

    Directiva 2000/78/CE que estabe-

    lece um quadro geral de igualdade

    de tratamento no emprego e na

    actividade profissional

    > Aplica a igualdade de tratamento das pes-

    soas no emprego e na formação sem distinção

    da sua religião ou convicções, orientação

    sexual ou idade.

    > Inclui disposições idênticas às da directiva

    que aplica o princípio da igualdade de trata-

    mento entre as pessoas, sem distinção de ori-

    gem racial ou étnica no que diz respeito às

    definições da discriminação, direitos de repa-

    ração e partilha do ónus da prova.

    > Determina que os empregadores efectuem

    as adaptações razoáveis para responder às

    necessidades das pessoas com deficiência

    aptas para desempenhar o trabalho em ques-

    tão.

    > Permite excepções limitadas ao princípio da

    igualdade de tratamento, por exemplo, para

    respeitar a ética das entidades religiosas ou

    tornar possível a realização de programas

    especiais para promover a integração de jovens trabalhadores ou trabalhadores mais

    idosos no mercado de trabalho.

    www.stop-discrimination.info

    As directivas

    Impressão

    Editor

    Comissão Europeia

    Direcção Geral do Emprego e dos Assuntos

    1049 Bruxelas – Bélgica

    Concepção & Layout

    MEDIA CONSULTA

    Wassergasse 3

    D-10179 Berlin

    www.media-consulta.com

    Impressão

    Druckhaus Schöneweide, Berlin/Alemanha

    O texto integral das duas directivas pode ser encontrado no sítio:

    http://europa.eu.int/comm/employment_social/fundamental_rights/legis/legln_en.htm