pela diversidade_contra a discriminacao
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Uma iniciativa da União Europeia
Novas competênciaspara lutar contra a discriminação
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UE. Oferecem protecção contra a discriminação
directa e indirecta e contra o assédio. Determi-
nam que os Estados-Membros garantam que
qualquer pessoa que se sinta discriminada possa
intentar processos judiciais ou fazer uso de qual-
quer outro tipo de procedimento administrativo.
As disposições prevêem ainda a obrigação de
serem impostas sanções dissuasivas e efectivas.
As vítimas de discriminações podem beneficiar do
apoio de uma ONG ou de um sindicato. Os Esta-
dos-Membros deverão designar órgãos de pro-
moção da igualdade de tratamento para ajudaras vítimas de discriminações em razão da raça ou
da origem étnica.
Além disso, tendo por objectivo apoiar estas alte-
rações legais, a União Europeia lançou um Pro-
grama de acção relativo ao combate à discrimi-
nação e às respectivas causas, no sentido de
aumentar a sensibilização quanto a este proble-
ma e às medidas adoptadas pela União para o
ultrapassar. Este Programa, que decorrerá até
2006, financia estudos que visam melhorar a
compreensão da discriminação e avaliar a eficáciadas medidas promotoras da igualdade de trata-
mento; financia também redes de pessoas e enti-
dades da UE que tenham a intenção de partilhar
informações, especialmente sobre boas práticas.
No âmbito do Programa de acção, lancei uma
campanha em toda a UE para informar as pesso-
as sobre os seus novos direitos e obrigações e
para aumentar a sensibilização relativa às questõ-
es sobre a diversidade e a discriminação, de um
modo geral.
O objectivo fundamental da nova legislação e do
programa de acção é não só a luta contra a dis-
criminação como a sua prevenção. Estou convic-
ta de que se afastarmos os obstáculos que as pes-
soas enfrentam no trabalho e nos outros
domínios da vida quotidiana, poderemos tirar
pleno partido do maior potencial de que dispõe a
Europa – a sua população. O nosso objectivo é
aproveitar o potencial de todos em benefício pró-
prio, em benefício da sociedade e da economia e
fazer da União Europeia um lugar onde todos
possam viver e trabalhar melhor.
Anna Diamantopoulou
Comissária Europeia para o Emprego e Assuntos Sociais
Anna Diamantopoulou
Comissária Europeia
para o Emprego
e Assuntos Sociais
Prefáciode Anna Diamantopoulou,
Membro da Comissão
É com o maior prazer que informo que em todaa União Europeia vão passar a vigorar novosdireitos em matéria de tratamento equitativo no
local de trabalho e noutros locais.
A legislação europeia aprovada em 2000 proíbe
toda e qualquer discriminação em razão da reli-
gião ou convicções, deficiência, idade ou orienta-
ção sexual e bem assim a discriminação em razão
da raça ou origem étnica, não só no âmbito do
emprego, como ainda noutras áreas como a
educação, da segurança social, os cuidados de
saúde e o acesso a bens e serviços, incluindo a
habitação.
Os Estados-Membros deverão transpor as novasdisposições para os respectivos ordenamentos
jurídicos até ao final de 2003, embora possam
requerer um período adicional de três anos no
máximo para adequar os respectivos sistemas
jurídicos às novas disposições em matéria de
combate à discriminação em razão de deficiência
ou idade.
As referidas disposições estabelecem direitos apli-
cáveis a todas as pessoas em todos os países da
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Qual o significado de«discriminação»?
> As novas disposições abrangem tanto a
discriminação directa como a indirecta.
> Existe discriminação directa quando, numa
situação comparável, uma pessoa é tratada
de forma menos favorável do que outra em
razão da raça ou origem étnica, religião ou
convicções, deficiência, idade ou orientação
sexual.
> Exemplo de discriminação directa: um anún-
cio de emprego refere que «as pessoas com
deficiência não devem concorrer».
> No entanto, dado a discriminação adoptar
normalmente formas mais subtis, também se
incluiu a discriminação indirecta. Esta ocorre
quando uma disposição, critério ou prática
aparentemente neutros possa ocasionar uma
Perguntas frequentes>> A União assenta nos princípios da liberdade, da democracia,do respeito pelos direitos do Homem e pelas liberdade funda-
mentais(…) princípios que são comuns aos Estados-Membros A Comunidade Europeia luta desde há bastante tempo contra
a discriminação. Com efeito, aquando da sua criação uma das
tarefas mais urgentes era a reconciliação de um continente
dividido por conflitos nacionalistas e étnicos. Durante muitos
anos, o objectivo foi prevenir a discriminação em razão da
nacionalidade e do sexo. O ano de 1997 constituiu uma vira-gem decisiva por força das alterações substanciais que os
Estados-Membros decidiram introduzir no Tratado. Na sequên-
cia da entrada em vigor do Tratado de Amsterdão, a Comuni-
dade dispôs de novas competências no combate à discrimina-
ção em razão da raça ou origem étnica, religião ou convicções,
deficiência, idade ou orientação sexual, tendo sido alargado o
poder para o combate à discriminação em razão do sexo.
Que formas de
discriminação são
abrangidas pela nova
legislação?
> A nova legislação proíbe a discriminação em
matéria de emprego e formação em razão da
raça ou origem étnica, orientação sexual, reli-
gião ou convicções, idade e deficiência. Asdisposições relativas à discriminação em razão
da raça ou origem étnica abrangem também
outras áreas, como a educação, a segurança
social, os cuidados de saúde, o acesso a bens
e serviços e a habitação.
Quem está protegido
contra a discriminação?
> Todas as pessoas que se encontrarem noterritório da União estão protegidas contra
qualquer tipo de discriminação baseada nos
motivos referidos supra.
Os novos direitos e obrigaçoesao abrigo da nova legislação europeia para combater a discriminação
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Anne-Sophie Parent,
Presidente,
Plataforma Social
«Os empregadores que investem em locais de
trabalho isentos de discriminação e numa for-
ça de trabalho marcada pela diversidade estão
a fazer a escolha certa. São eles que ganham
com um ambiente de trabalho humano e coma experiência de trabalhadores que reflectem
a diversidade dos consumidores e clientes dos
seus serviços. A discriminação destrói vidas,
marginaliza indivíduos e impede o desenvolvi-
mento de um ambiente de trabalho positivo
assente na inclusão, no respeito e no espírito
de equipa. Na qualidade de coligação de ONG
sociais europeias com raízes em partes diver-
sas da sociedade civil, a Plataforma Social está
também agudamente consciente da necessi-
dade de acabar com os casos de discriminação
múltipla em que os indivíduos são vítimas dediscriminação por mais do que um motivo.»
desvantagem para pessoas em razão da raça
ou origem étnica, religião ou convicções,
deficiência, idade ou orientação sexual, a
não ser que a referida disposição, critério ou
prática possa ser justificada objectivamente
por uma finalidade legítima.
> Como exemplo de discriminação indirecta,
pode mencionar-se a exigência de todas as
pessoas que solicitam um posto de trabalho
serem testadas relativamente a uma língua
em especial, apesar de esta língua não ser
necessária para aquele trabalho. O teste
pode constituir uma discriminação em rela-
ção às pessoas cuja língua materna não seja
a do teste.
O que sucede em
caso de assédio e
de retaliação?
> As novas disposições proíbem o assédio que
atenta contra a dignidade de uma pessoa em
razão da raça ou origem étnica, religião ouconvicções, deficiência, idade ou orientação
sexual e cria um ambiente intimidatório, hostil,
degradante, humilhante ou ofensivo.
> A retaliação também está proibida. Há retalia-
ção quando uma pessoa é tratada mal ou de
forma diferente por ter apresentado uma quei-
xa relativa a discriminação ou apoiado um cole-
ga que apresentou uma queixa deste tipo.
Quais as implicaçõesdestas novas medidas
para os empregadores?
> As novas disposições afectam todos os empre-
gadores do sector público e privado. A directi-
va abrange ainda as condições de acesso ao
trabalho independente (por exemplo, as con-
dições do exercício de determinadas activida-
des comerciais ou profissões liberais). Todos os
empregadores deverão analisar as suas práti-
cas de emprego de forma a garantirem que
não são discriminatórias, directa ou indirecta-
mente, por exemplo, no que se refere aos
procedimentos de recrutamento, aos critérios
de selecção, à remuneração e às promoções,
ao despedimento ou ao acesso à formação
profissional. As novas disposições anti-discri-
minatórias aplicam-se a todas as fases do con-
trato de trabalho, desde o recrutamento do
trabalhador até ao termo do contrato.
Que obrigações têm
os empregadores em
relação às pessoas com
deficiência?
> Os empregadores têm o dever de «adaptação
razoável» relativamente aos candidatos ou tra-
balhadores com deficiência. Isto significa que
os empregadores devem tomar as medidas
adequadas para permitir que as pessoas com
deficiência acedam ao emprego ou à forma-
ção, excepto se essas medidas implicarem um
encargo desproporcionado para o emprega-
dor. A «adaptação razoável» pode incluir, por
exemplo, o acesso para uma cadeira de rodas,a adequação das horas de trabalho, a adapta-
ção do equipamento de escritório ou, muito
simplesmente, a redistribuição das tarefas
entre os membros de uma equipa. Para deter-
minar se o encargo é desproporcionado deve-
rão ser tidos em conta, nomeadamente, os
custos financeiros em causa ou de outro tipo,
a dimensão e os recursos financeiros da
empresa e a possibilidade de poder ser obtida
uma subvenção pública ou apoio de outro tipo.
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O que ganham as
empresas com estas
novas disposições?
> Pode observar-se que os bons empresários da
União Europeia estão a começar a interessar-
se pela diferença por razões comerciais e não
simplesmente para dar cumprimento à legisla-
ção. As medidas de diversificação da mão-de-
obra podem significar muitas vantagens para
as empresas. Podem fazer parte de uma estra-
tégia empresarial mais ampla para criar capitalhumano e fomentar a criatividade e a inova-
ção. A diversidade confere às empresas um
«carácter vanguardista» nos seus negócios
com os clientes, fornecedores, accionistas e
outras partes interessadas nos mercados mul-
ticulturais e globais da actualidade. O compro-
misso com a diversidade pode ainda favorecer
a reputação das empresas e a sua imagem. A
«resistência à discriminação» pode ajudar as
empresas a evitar custos relativos a litígios,
bem como grandes movimentos de pessoal e
elevadas taxas de absentismo. Pode ainda sig-
nificar o acesso dos empregadores a fontes
não tradicionais de mão-de-obra, o que os
ajudará a atrair e conservar trabalhadores de
elevada qualidade.
Existem excepções
à proibição geral de
discriminação?
> A nova legislação permite algumas excepções
limitadas de acordo com o princípio de igual-
dade de tratamento, por exemplo, no sentido
de preservar a ética das entidades religiosas
ou permitir a introdução de medidas para
integrar os jovens trabalhadores ou trabalha-dores mais idosos no mercado de trabalho.
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Roger Briesch, Presidente,
Comité Económico
e Social Europeu
Jim O‘Hara, vice-
presidente da TMG
e director-geral da Intel Ireland, afirmou-se encantadopor lhe ter sido atribuído o Prémio da Diversidade da
UE, «É com grande agrado que registo o facto de tan-
tos dos nossos trabalhadores reconhecerem o bom
trabalho por nós realizado para fazer da Intel Ireland
uma empresa inclusiva. Fiquei particularmente conten-
te por termos recebido este prémio da diversidade em
concorrência com 1000 outras empresas de renome
em toda a Europa. Cada um de nós é de alguma for-
ma único e a nossa intenção é criar um ambiente que
acolha e enalteça cada uma das nossas diferenças.»
«O Comité Económico e Social Europeu apoia determinadamente os
esforços da UE para construir uma sociedade e locais de trabalho mar-
cados pela diversidade e pela não discriminação.
Estou profundamente convicto de que é essencial que todos os que
residem nos Estados-Membros possam beneficiar de um nível mínimo
de protecção e de direitos a vias de recurso jurídicas contra casos de
discriminação, facto que reforçaria a coesão social e económica na
União.
Estou confiante que um diálogo reforçado entre empresas, sindicatos
e outros agentes sociais e económicos, assente em boas práticas,
poderia provar que a igualdade de tratamento no emprego e na vida
profissional pode melhorar os desempenhos económicos e a inclusão
social. O Comité está em boas condições para ajudar a promover este
diálogo.»
Pat Cox, Presidente do
Parlamento Europeu
«Todos somos intervenientes na sociedade. Se
alguns se defrontam com obstáculos ao
emprego, ao ensino e ao processo decisório, é
a sociedade que deixa de dar resposta aos
indivíduos em termos de valores e visão. NaUE, devemos a nós próprios a adopção de
medidas que tornem a igualdade de participa-
ção uma realidade para todos. Aqueles que,
até à data, têm sido marginalizados da socie-
dade e da economia constituem recursos reais
que é preciso valorizar e encorajar. É tempo de
os nossos locais de trabalho reflectirem a nos-
sa realidade.»
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Jim O’Hara, vice presidente
da TMG e Director Geral
da Intel Irland
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Como podem as
vítimas de discriminação
apresentar uma queixa?
> A legislação determina que os Estados-
Membros dêem às vítimas de discriminaçãoo direito de apresentar uma queixa por via
judicial ou administrati va e que sejam aplica-
das as sanções adequadas aos responsáveis
dessas discriminações.
> As disposições prevêem ainda a partilha
do ónus da prova nos processos cíveis e
administrativos; isto tornará mais fácil a
prova para as pessoas que foram vítimas
de discriminação.
Com que apoio
podem contar as vítimas
de discriminação?
> A legislação relativa à aplicação do princípio
da igualdade de tratamento das pessoas
sem distinção da origem racial ou étnica,
estabelece que os Estados-Membros devem
designar órgãos de promoção da igualdade
de tratamento, que proporcionarão assistên-cia independente às vítimas da discrimina-
ção, realizarão inquéritos e estudos e publi-
carão relatórios independentes e recomen-
dações. As vítimas de discriminação podem
contar também com o apoio de uma organi-
zação não-governamental ou um sindicato
que possua um interesse legítimo.
E em relação à
igualdade entre
mulheres e homens?
> A discriminação em razão do sexo está
abrangida por uma legislação especial. Tal justifica-s e pelo fac to de esta problemática
ter uma grande tradição a nível europeu,
que remonta ao início da Comunidade Euro-
peia. A legislação europeia nesta matéria é
abundante, podendo obter-se apoio finan-
ceiro através do Programa Comunitário para
a Igualdade entre Homens e Mulheres
(2001–2005). Para mais informações sobre
este assunto consultar:
http://europa.eu.int/comm/employment_
social/equ_opp/index_en.htm
John Monks,
Secretario Geral CES(Confederação Europeia
de Sindicatos)
Georges Jacobs,
Presidente de UNICE(União das Confederações da Indús-
tria e dos Empregadores da Europa)
«No seu Congresso de Helsínquia de 1999, a
CES assumiu um compromisso determinado
de fazer campanha contra toda e qualquer
forma de discriminação. Os sindicatos em
toda a Europa estão actualmente a trabalhar para garantir a correcta integração no direito
nacional das duas directivas relativas à igual-
dade de tratamento e a devida aplicação do
princípio de igualdade de tratamento no local
de trabalho. Para o movimento sindical, as
políticas relativas à diversidade devem andar a
par de uma participação sindical activa. No
que lhes diz respeito, os sindicatos devem pro-
mover a igualdade de tratamento nas suas
próprias fileiras e em todos os seus órgãos e
estruturas de tomada de decisão.»
«A discriminação radica-se em sentimentos irra-
cionais. É incompatível com raciocínios de natu-
reza económica. Na economia global de hoje, o
êxito das empresas depende da sua capacidade
de resposta a situações e a necessidades dosconsumidores cada vez mais diversificadas. Ser
capaz de atrair uma mão-de-obra multifacetada
e de gerir a diversidade constitui, pois, um patri-
mónio valioso.»
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Quando é que a nova
legislação entrará em
vigor?
> Os Estados-Membros devem transpor as
novas disposições para os respectivos orde-
namentos jurídicos até 19 de Julho de 2003
no que diz respeito às disposições relativas àaplicação do princípio da igualdade de trata-
mento entre as pessoas sem distinção da ori-
gem racial ou étnica, e até 2 de Dezembro
de 2003 no que se refere às disposições
relativas aos princípio da igualdade de trata-
mento sem distinção da orientação sexual,
da religião ou convicções, da deficiência e
da idade. Os Estados-Membros também
poderão solicitar um período adicional máxi-
mo de três anos para adequar os respectivos
sistemas jurídicos às novas disposições para
combater a discriminação em razão da defi-ciência ou idade.
O que irá acontecer
com o alargamento
da UE?
> Todos os novos Estados-Membros deverão
transpor as disposições europeias de lutacontra a discriminação para os respectivos
ordenamentos jurídicos antes de integrarem
a União Europeia.
Existe um financiamento
comunitário disponível
para projectos
que visam combatera discriminação?
> O Programa de Acção comunitário (2000–
2006) dispõe de um orçamento de cerca de
100 milhões de euros. O objectivo geral do
programa consiste em provocar uma mudan-
ça de carácter prático das atitudes e práticas
discriminatórias. O programa tem três áreas
prioritárias: reforçar a análise da natureza da
discriminação, apoiar os agentes implicados
no combate à discriminação e aumentar asensibilização sobre a discriminação e os
benefícios da diversidade. Para mais infor-
mações sobre este programa consultar o
sítio internet da Comissão:
http://europa.eu.int/comm/employment_
social/fundamental_rights/index_en.htm
Sir Albert Bore,
Presidente Comité
das Regiões
«O Comité das Regiões rejeita toda e qual-
quer forma de discriminação e acredita firme-
mente que o combate à discriminação se faz
através de uma mudança de atitudes e valo-
res. A rejeição de todas as formas de discrimi-nação é uma condição essencial para que a
União Europeia se desenvolva, transforman-
do-se num espaço de liberdade, segurança e
justiça. As autoridades locais e regionais têm
um papel importante a desempenhar neste
contexto, na medida em que operam ao nível
das bases e estão em estreito contacto com o
cidadão comum, fomentando a sensibilização
e a compreensão relativamente à discrimina-
ção múltipla. Por conseguinte, o Comité das
Regiões apelou às autoridades locais e regio-
nais, bem como a outras instâncias veiculado-ras de informação, para que participem
empenhadamente no Programa de Acção pois
são elas as entidades mais bem colocadas
para conduzir campanhas de sensibilização
sobre o pacote anti-discriminação.»
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Quais têm sido
as acções da UE para
promover o debate
sobre a diversidade e
a discriminação?
> No âmbito do programa de acção comunitá-
rio, a UE iniciou, em estreita colaboração
com os sindicatos, os empregadores, as
ONG e as administrações nacionais, uma
importante campanha de informação em
todos os Estados-Membros para salientar os
benefícios da diversidade, não só no local de
trabalho como noutras áreas. Para mais
informações sobre esta campanha consultar:
http://www.stop-discrimination.info/
Onde pode ser encon-
trada mais informação
sobre a política de
combate à discriminação
na UE?> Pode ser obtida mais informação no sítio:
http://europa.eu.int/comm/employment_
social/fundamental_rights/index_en.htm
ou solicitando essa informação por e-mail
para o seguinte endereço:
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Directiva 2000/43/CE que aplica o
princípio da igualdade de trata-
mento entre as pessoas, sem dis-
tinção de origem racial ou étnica
> Como o título indica, esta directiva aplica o
princípio da igualdade de tratamento entre as
pessoas, sem distinção da sua origem racial
ou étnica.
> Protege contra a discriminação no emprego
e na formação, na educação, na segurança
social, nos cuidados de saúde e no acesso a
bens e serviços.
> Define as expressões: discriminação directae indirecta, assédio e retaliação.
> Dá às vítimas de discriminação o direito de
apresentar uma queixa por via judicial ou admi-
nistrativa e prevê a imposição de sanções à par-
te demandada responsável pela discriminação.
> Estabelece a partilha do ónus da prova entre
o demandante e o demandado nos processos
cíveis e administrativos.
> Prevê a criação em todos os Estados-Mem-bros de um órgão de promoção da igualdade
de tratamento, que proporcionará assistência
independente às vítimas da discriminação em
razão da origem racial ou étnica.
Directiva 2000/78/CE que estabe-
lece um quadro geral de igualdade
de tratamento no emprego e na
actividade profissional
> Aplica a igualdade de tratamento das pes-
soas no emprego e na formação sem distinção
da sua religião ou convicções, orientação
sexual ou idade.
> Inclui disposições idênticas às da directiva
que aplica o princípio da igualdade de trata-
mento entre as pessoas, sem distinção de ori-
gem racial ou étnica no que diz respeito às
definições da discriminação, direitos de repa-
ração e partilha do ónus da prova.
> Determina que os empregadores efectuem
as adaptações razoáveis para responder às
necessidades das pessoas com deficiência
aptas para desempenhar o trabalho em ques-
tão.
> Permite excepções limitadas ao princípio da
igualdade de tratamento, por exemplo, para
respeitar a ética das entidades religiosas ou
tornar possível a realização de programas
especiais para promover a integração de jovens trabalhadores ou trabalhadores mais
idosos no mercado de trabalho.
www.stop-discrimination.info
As directivas
Impressão
Editor
Comissão Europeia
Direcção Geral do Emprego e dos Assuntos
1049 Bruxelas – Bélgica
Concepção & Layout
MEDIA CONSULTA
Wassergasse 3
D-10179 Berlin
www.media-consulta.com
Impressão
Druckhaus Schöneweide, Berlin/Alemanha
O texto integral das duas directivas pode ser encontrado no sítio:
http://europa.eu.int/comm/employment_social/fundamental_rights/legis/legln_en.htm