pegadas na areia - colégio rudolf steiner de minas gerais · ilustraÇÕes alunos do 5° ano de...

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PEGADAS NA AREIA

Certa noite sonhei,eu andava ao longo do mar com meu Senhor,

e ante meus olhos surgiucomo intermitências de luz minha vida.

Para cada etapa, parecia-me,eu descobria na areia

pegadas de dois viandantes.Umas eram minhas, as outras do Senhor.

Quando, depois, o último quadroDeslizou por nós, olhei para trás

e constatei que muitas vezessomente de um as pegadas viam-se na areia.

Elas marcavam as fases da minha vidaque me tinham sido mais difíceis.

Isso me deixou confuso, dirigi-meao Senhor e perguntei:

“Quando tudo lhe entreguei, Senhor,o que eu possuía, para seguir-te,

tu disseste que estarias sempre junto a mim.Mas nas a�ições mais fundas que passei

só vejo um par de pegadas na areia.Por que não estiveste junto a mim

Quando tanto precisei de ti?”

O Senhor tomou minha mão e disse:“Amada criança, nunca te deixei sozinha,

principalmente nos tempos em que sofriase a dúvida te agredia.

Onde vês na areia um par de pegadas apenas,foi onde eu te carreguei.”

Poema de origem Irlandesa de autor desconhecido

O ensino de história deve começar quando a criança torna-se capaz de se desprender do momento especí�co em que ela vive e de desenvolver imagens do tempo, através de uma certa concretude pictórica. O momento apropriado situa-se entre 11 e 12 anos.

Assim, os alunos do 5º ano vêm a conhecer imagens históricas da antiga Índia, antiga Pérsia, Mesopotâmia, Egito e Grécia. Esta época conta histórias de deuses poderosos, nobres heróis e grandes aventuras. Histórias de lugares distantes de tempos remotos bem no começo da história da humanidade.

Na Índia seu povo não era dado ao trabalho com a terra, mas sim a meditar e a contemplar. Mesmo o gentil Sidarta, que se tornou Buda, deixou o palácio de seu pai e se tornou um eremita um mendigo em vez de

camponês. Os antigos indianos nunca poderiam ter sido os primeiros camponeses ou lavradores, naturalmente eles plantavam, mas aprenderam isso mais tarde com os persas.

Os persas eram bem diferentes. Eles queriam fazer da terra seu lar. Transformaram as plantas silvestres e domesticaram os animais selvagens para que fossem úteis ao homem. Como camponeses e lavradores, eles viviam em cabanas de madeira agrupadas em aldeias,

mas ainda eram nômades. Mais tarde, na Babilônia, as pessoas se sentiam muito mais à vontade na

terra. Elas construíam cidades, observavam as estrelas, mediam o tempo. Quanto mais gostavam da terra, menos queriam deixá-la. Assim a terra começou a se transformar em um lar para a humanidade.

Esta época continua no segundo semestre!

Letícia Giacomello

uma certa concretude pictórica. O momento apropriado

Assim, os alunos do 5º ano vêm a conhecer imagens históricas da antiga Índia, antiga Pérsia, Mesopotâmia, Egito e Grécia. Esta época conta histórias de deuses poderosos, nobres heróis e grandes aventuras. Histórias de lugares distantes de tempos remotos bem no começo da história

Na Índia seu povo não era dado ao trabalho com a terra, mas sim a meditar e a contemplar. Mesmo o gentil Sidarta, que se tornou Buda, deixou o palácio de seu pai e se tornou

Os persas eram bem diferentes. Eles queriam fazer da terra seu lar. Transformaram as plantas silvestres e domesticaram os animais selvagens para que fossem úteis ao homem. Como camponeses e lavradores, eles viviam em cabanas de madeira agrupadas em aldeias,

mas ainda eram nômades. Mais tarde, na Babilônia, as pessoas se sentiam muito mais à vontade na

terra. Elas construíam cidades, observavam as estrelas, mediam o tempo. Quanto mais gostavam da terra, menos queriam deixá-la. Assim a terra começou a se transformar em um lar para a humanidade.

Esta época continua no segundo semestre!

Informativo Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais. Reg: 81294. Rua Nossa Senhora de Fátima, 190, Jardinaves, Nova Lima, MG, (31) 3286 5264

CONSELHO EDITORIAL Selma Santos, Anna Göbel, Lin Tomich, Lourdinha Greco.

JORNALISTA RESPONSÁVEL Andrea Gallo-MTB 23775 ILUSTRAÇÕES Alunos do 5° ano de 2015

FOTOGRAFIAS Patrícia RochaCAPA Lousa 5° ano - professora Letícia Giacomello

FORMATAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Morena Tomich IMPRESSÃO Bigráfica Editora TIRAGEM 1.500 exemplares

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Pais de alunos, escolas Waldorf e instituções comerciais e educacionais

www.polen.org.br

O nosso querido poeta Carlos Drummond de Andrade nos faz re�etir em sua linda e simples poesia Verbo Ser como ele era: um

devorador de livros... ou um “ser” que gostava de ler... ou para crescer foi obrigado a ler...ou simplesmente lia por prazer...

Então, hoje com essa grande diversidade do mundo moderno contemporâneo pais, professores, bibliotecários, trabalhos comunitários e outros trabalhos sociais, se preocupam com a formação de leitores.

Dedicar-se à leitura exige aprendizagem contínua, esforço, concentração e vontade própria. O hábito de leitura é um processo ao longo da vida. E como superar os desa�os do professor, dos pais, da escola e principalmente da Biblioteca, no papel essencial de “formar leitores autônomos que gostem de ler”?

Convido a todos, para quem ainda não conhece Verbo Ser, a lê-la e também a uma re�exão!

Lourdinha Greco - Bibliotecária

Devido à grande procura pela Educação Infantil no ano de 2014, a equipe pedagógica apoiada pela Associação Pedagógica Itacolomi decidiu implantar para este ano de 2015 o Turno da tarde com 2 salas, – 1 maternal e 1 jardim de infância. Com alegria, estruturamos e adequamos os espaços e a logística para receber e acolher as crianças.

Ao pensarmos em turno da tarde, sempre nos vem uma pergunta: mas a criança pequena não deveria estar em casa, descansando nesse horário? A resposta é, sim, deveria. Em seguida surge uma outra: como ajudar as crianças e famílias que tanto precisam desse turno, devido às circunstâncias profissionais, falta de ajudantes adequadas, entre outras tantas dificuldades?

Como resposta a esta segunda pergunta entendemos ser um desafio para a Pedagogia Waldorf que, por um lado preza pela saúde integral da criança e por outro lado se vê inserida no mundo que clama por alternativas e segurança para os filhos. A 1ª solução que encontramos foi de oferecer professores experientes, uma escola silenciosa no turno da tarde que acalenta os pequenos e amplia suas possibilidades de passeios contemplativos por todos os seus espaços e a 2ª foi de criar uma ação junto aos pais, conscientizando-os

da necessidade de criar em casa uma rotina apoiadora no turno da manhã e no retorno da escola, permitindo que a criança não chegue tão cansada na escola o que acarretaria um desgaste físico e emocional.

Que desafio!

A orientação dada pelos professores é que a rotina da casa deve acontecer de forma a criar um ritmo entre brincar , descansar e dormir.

Listamos algumas das indicações feitas:

*Ao chegar da escola a criança deve tomar banho, comer e logo ser conduzida para o sono (19h às 19:30h)

*Ao acordar, deve comer, fazer um pequeno passeio, brincar dentro de casa, almoçar às 11h e dormir até 12:30h.

Hoje, apesar de estarmos na fase da adaptação, já é possível perceber a confiança dos pais e a alegria nas crianças, que dia-a-dia dão passos mais seguros e confiantes rumo ao seu pleno desenvolvimento.

Da professora do Maternal da tarde (O turno do sol alto)Maria Nazarete Paganotti

Os professores do Ensino Médio da Pólen Escola Waldorf tem se dedicado muito para que esta nova etapa da escola se desenvolva de acordo com as necessidades dos alunos desta idade. Encontros dentro e fora da escola; participação em palestras com renomados professores portadores de uma longa experiência na pedagogia Waldorf; até o nome da escola se adequou a esta nova etapa que é o ensino médio: agora a Polén se chamará Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais.

Todo este movimento surge para cumprir a proposta de uma educação mais humana, em que seres humanos são reconhecidos como seres portadores de pensamento, re�exão e vontade.

O currículo Waldorf, do maternal ao Ensino Médio, nos foi legado por Rudolf Steiner para atender as necessidades naturais das crianças e jovens de cada época. Nosso tempo atual exige mais do que nunca duas posturas: a capacidade de julgar, condição que possibilita o exercício da liberdade, e a capacidade de agir no mundo. Para isso, o currículo

da pedagogia Waldorf se sustenta nos trabalhos manuais, através das artes e do artesanato, visando o movimento e o envolvimento do corpo inteiro [e não só da cabeça] no processo de aprendizagem, e com isso fortalecer a vontade de ação. Também se baseia na maneira de construir conteúdos que atenda ao quesito de ultrapassar a simples, porém importante, capacidade de ensinar cada matéria, ou seja, o especialista em cada disciplina, em um primeiro momento, fornece as respostas peculiares de sua área, contudo trata-se apenas do primeiro passo rumo a um pensar que contemple, mais do que fornecer respostas, a capacidade de formular perguntas.

Trabalhos manuais e artísticos e uma construção de conteúdos que ultrapasse a esfera da especialidade de cada saber; este é um dos legados de Steiner para que possamos formar seres humanos com humanidade e também portarem uma capacidade de julgar que, de fato, forneça autonomia e sobretudo, com a vontade fortalecida para então, agir no mundo e quem sabe transformá-lo. 

Arthur, meu �lho está na Pólen desde o jardim. 2015 é o 11º ano da família na escola. Ele é muito feliz aqui. A Pólen é sua casa, é seu ambiente.

Quando procuramos a Pólen, Marcelo e Eu viemos em busca de uma escola que aceitasse nosso �lho e que oferecesse a ele o desenvolvimento

de suas potencialidades de que estávamos certos que eram muitas.

Arthur nasceu prematuro, eu tive descolamento de placenta e por esta razão ele teve uma lesão cerebral que afetou seus movimentos do tronco e membros inferiores. Seu desenvolvimento físico foi todo próprio e diferente dos demais. Sua inteligência foi preservada. Quando completou cinco anos procuramos uma escola em que ele se sentisse bem, não discriminado e que pudesse oferecer a ele um espaço de crescimento não só físico e cognitivo, mas, sobretudo espiritual. Tínhamos claro que “o crescer” para Arthur seria muito mais difícil e desafiador. Afinal, o mundo em geral não facilita em nada para quem é diferente. Fomos convencidos em várias escolas a não colocar nosso filho lá porque ele traria muito trabalho e exigiria muito de professores e auxiliares. O que vimos nesse momento é que a “inclusão” de que tanto se fala não é uma prática muito comum em grande parte das escolas.

Um colega de trabalho me indicou a Pólen. Conhecendo minha apreensão no

momento de busca por escolas, sugeriu que eu conhecesse a Escola. Acredito que sua sugestão teve uma mão por trás que foi a mão de Deus. Ela nos trouxe até a Pólen e sua presença nos trouxe firmeza para estar aqui e cada dia mais assumir a Pólen como nossa escolha e nosso ambiente.

Na Pólen, Arthur aprendeu de seu modo a subir em árvores, a cair sem se machucar, a andar com seus tutores na terra e nos declives, a pular corda, a lutar artes marciais e lutas romanas, a caminhar, a entrar em grutas, a fazer teatro.

O resultado hoje é que Arthur faz parte da primeira turma de Ensino Médio da Pólen. Cresceu e se desenvolveu aqui e faz da Pólen a sua casa. Vejo meu filho num desabrochar constante, descobrindo suas capacidades, ciente de suas limitações mas, sobretudo, se enxergando no mundo, se posicionando. Minha expectativa é que ele queira estar aqui até o final do ensino médio.

Cada dia que passa vejo como ele está bem, é feliz e se transforma em um homem bom, puro, afetuoso, capaz de estabelecer relações �rmes sem perder a capacidade de crítica e visão da realidade e do mundo. E a Escola Pólen muito contribuiu.

Só tenho a agradecer!

Cristiana Maria Arreguy Corrêa, mãe do Arthur do 10°ano

No processo de formação continuada do Grupo de Ciências Waldorf do Brasil aconteceu de 11 a 23 de janeiro o VIII Curso de Ciências - Antropologia Geral e aprofundamento na metodologia das aulas de ciências nas Escolas Waldorf em Geografia do 6º ao 12º ano. O Curso ocorreu em 7 dias em Brasília e 7 dias no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.

O palestrante principal foi o geógrafo Dr. Hans-Ulrich Schmutz, que apresentou suas aulas do 6° ao 12° ano. Após as palestras organizamos grupos de estudo e de prática pedagógica. Os professores se dividiam em áreas do conhecimento para trabalhos artísticos com o professor Mathias, da Escola Rudolf Steiner de São Paulo, e debates específicos de cada matéria, com a Geografia do Brasil conduzida pelo professor Leandro A. Martins, a prática Antropológica da Química com a professora Isabel Schievenin, a astronomia do Ensino Fundamental com o grupo de professores de classe. O Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais foi representado pelo professor de geografia do Ensino Médio, Aquiles Araújo, que apresentou palestras dia 21 e 22 de janeiro sobre métodos de análise ambiental e caracterização do PARNA Chapada dos Veadeiros.

NOTÍCIAS DO ENSINO MÉDIO

O professor de matemática, Roberto Melo, participou de um curso em São Paulo com o professor Peter

Guttenhofer, da Alemanha.

O Colégio Rudolf Steiner recebeu o professor Dieter Gerth durante a semana de 03 a 07/03. Ele é professor

de Física e Matemática no ensino médio da Escola Waldorf de Weimar, Alemanha.

Os professores Mayra e Roberto participaram do Curso de Matemática nos

dias 20 a 22 de março na Escola Rudolf Steiner de São Paulo.

e a capacidade de agir no mundo. Para isso, o currículo

BA Z AR DE NATAL 2014

RECEPÇ ÃO 1° ANO ALVORADA DE MIC AELALVORADA DE MIC AELALVORADA DE MIC AEL

É com alegria que começamos o ano de 2015 e com ele queremos anunciar a mudança do nome de nossa escola que, neste ano, passará a se chamar Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais.

Essa mudança é fruto de um longo e profundo trabalho cuidado pelo Grupo de Ensino Religioso Cristão Livre e pelo Núcleo Pedagógico da Escola, em um primeiro momento, e por todas as demais instâncias no fechamento do processo que aconteceu em dezembro do ano passado.

Em um breve histórico do processo podemos resumir o caminho dessa mudança da seguinte forma:

Desde 2009 um forte desejo de mudança do nome da escola foi se manifestando de várias formas, em diversas ocasiões e por vários membros atuantes na escola; foi se con�rmando depois como uma necessidade da própria instituição, como fortalecimento da sua identidade em fase de amadurecimento e estruturação.

Sabemos tratar-se de uma decisão de extrema importância e responsabilidade e, para tanto, vários passos foram feitos, inclusive consultas e pedidos de orientação para o processo e caminhos de percepção do novo nome.

Sentimos que era chegada a hora de criarmos um espaço para que nossos corações se abrissem para a real necessidade da nossa querida escola e da sua identidade. Assim organizamos um encontro para darmos o passo de�nitivo com relação à escolha do novo nome.

Esse encontro contou com a presença de representantes do Núcleo Pedagógico, do grupo de Ensino Religioso Cristão Livre, das fundadoras da Pólen, do Núcleo do Conselho de Pais e da diretoria da API. Assim, resguardamos a intimidade e solenidade necessárias ao momento e, ao mesmo tempo, contamos com a

presença de representantes de todas as instâncias da escola.

Agora, já consolidado o novo nome, chegou a hora de o apresentarmos à comunidade.

O primeiro passo foi apresentá-lo aos nossos alunos, razão de ser da nossa escola. Uma Alvorada – encontro de todos os alunos do Ensino Fundamental e Médio, em

comemoração ao aniversário de Rudolf Steiner (27/02), foi realizada.

Nesta sexta-feira comemorativa, os alunos puderam conhecer a biogra�a de Rudolf Steiner e ouvir da fundadora da escola, Mariana Matta Machado, a história da Pólen que começou como jardim de infância e, logo em seguida, conheceram o novo nome. Aconteceram apresentações de várias turmas e as três instâncias, também representadas no evento, puderam se unir em torno dos alunos e dessa nova etapa que se anuncia.

Agora o grupo de Ensino Religioso Cristão Livre, junto com as demais instâncias da escola, vai preparar uma pequena solenidade para, depois da Páscoa, consolidarmos o novo nome com toda a comunidade.

Sabemos da responsabilidade que essa mudança nos traz mas estamos dispostos a trabalhar ainda mais para que

o Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais possa carregar a Pedagogia Waldorf e a Antroposo�a com �delidade e compromisso desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.

Vamos, fraternalmente, construir essa nova etapa de nossa escola!

Cordialmente,

Grupo de Ensino Religioso Cristão Livre e Núcleo Pedagógico da Pólen Escola Waldorf, agora Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais.

O que acontece na Ressurreição e o que se processa no evento pascal, sempre permanece um enigma. Com os sentidos e o pensamento terreno não somos capazes de penetrá-lo. E, contudo, todos os anos se comemora esse evento. Cada ano, por dezenas e centenas de anos, um vislumbre, uma intuição perpassa as almas. Mesmo sendo pouco, todavia isso ocorre. E mesmo que nossa aproximação nos pareça ínfima e insuficiente, pelo menos em nossa alma gostamos de ser penetrados, tocados pela Ressurreição. Alguma coisa, um ligeiro sopro se aviva em nós.

A Ressurreição é uma vivência e uma experiência que temos e fazemos somente do lado de lá da sepultura, para além da transitoridade física. Também aquilo que o Ressurreto diz e atua é realidade proveniente de lá.

Quando o construtor de violinos confecciona um instrumento, ele pode escolher para isto a madeira morta. Mas o que ele imagina e o que lhe dá motivação é o som do violino a se desdobrar, e o vibrar musical. Este é o seu objetivo. Ele parte do som. Nesse som do instrumento ressurge a vida. A realidade da futura música dá forma e vida à madeira morta, que aliás, nunca está totalmente morta. Talvez as muitas comemorações da festa da Ressurreição na vida de uma pessoa tenham, pelo menos, o efeito de manter algo vivo nela quando morta, como acontece com a madeira: mesmo tendo sido cortada já há muito tempo, ela tem ainda em si uma certa vida, ela ainda “trabalha”.

Cautelosamente e sempre de novo, devemos introduzir-nos nesta ordem de indagações: como são as vivências

da alma depois da morte, como ela experimenta sua nova configuração, como entra em uníssono com o sacrifício de Cristo, como ela se torna um instrumento que o construtor re-forma, no qual pode soar a melodia da Vida dos ciclos dos tempos? Que as crianças procurem e achem ovos de Páscoa. Elas podem e devem voltar ao pré-nascimento. Elas vão à origem e procuram a Vida onde elas mesmas receberam sua vida terrena – procuram-na e acham-na no ovo.

Na juventude, até ao meio da vida, a pessoa há de procurar ideais. Ela pode também, trazer para as realidades sociais, para os campos da morte os sempre revitalizantes arquétipos, as imagens primordiais imortais. Ela deve ir e marchar em prol da Vida, da Verdade, da Amizade, da Paz, contra a Morte.

Na terceira idade, a pessoa há de deixar que o futuro configure sua vida. Ela pode se exercitar – ou melhor: antecipar – a busca pelo Ressurreto. Não é à beira da sepultura que O achará, mas deve partir em busca da Galiléia mais alta e de lá partir para o mundo. O que achará é a revitalização da alma, verá como o Eu começa a luzir, como o túmulo vazio se torna local de sacrifício.

O homem pode reconhecer-se como madeira endurecida, como moribundo, mas essa madeira vai cantar no coro do futuro – para além da sepultura, mas também já agora com vistas ao que vem de lá.

Helgo Bockemuehl – Abril 1998 (Páscoa – A Comunidade de Cristãos - Edições Moiras)

A Escola de Pais na Pólen surgiu a partir da iniciativa de alguns pais, no final de 2013, baseada na experiência da Escola Waldorf Rudolf Steiner de São Paulo, com a intenção de fomentar o conhecimento e incentivar a troca de vivências entre os pais da escola.

Para que fomentar o conhecimento e incentivar essas trocas? Na medida que nossos filhos vieram ao nosso encontro, assumimos uma grande responsabilidade na condução do destino daqueles que em nós depositaram sua confiança. Estamos verdadeiramente preparados para esta tarefa? Será que não possuímos nenhuma dúvida neste processo de educar? Nossos filhos estão “de olho” em nossos comportamentos, atitudes éticas e morais. Afinal, somos suas maiores referências! Portanto nossa intenção é de estimular o autodesenvolvimento, um caminho de auto-educação.

“Nossa intenção… não é de forma alguma a de supri-los com receitas pedagógicas, mas encorajá-los a um estudo independente e ao fortalecimento da autoconfiança no que tange à lida com os filhos.” (Dra. Ana Paula Cury)

Desta forma, gostaríamos de convidar todos a participarem deste movimento em prol de uma educação responsável, frequentando as palestras e dividindo suas experiências, lembrando que estamos juntos nesta jornada!

Dr. Cláudio Diláscio, pela Escola de Pais

CORAL “Porque cantar(...), é igual a não se esquecer que a vida é que tem razão”

O conselho e a escola de pais convidam a todos os pais a participarem do coral.

Às sextas-feira de 7:30 às 8:30 ¬ Local: Na própria escolaRegente: Mariana Matta Machado

(formada pela Escola do Desvendar da Voz, baseada na Antroposofia)

CONTRIBUIÇÃO MENSAL: R$ 60,00 ¬ VENHA FAZER UMA AULA EXPERIMENTAL!

Palestra do prof. Dieter Gerth na Escola de Pais

Minha aventura pelo maravilhoso mundo da Pólen começou quando eu tinha 9 anos.

Era o longínquo ano de 2008 e minha porta de entrada se abria pelo 4° ano, turma da professora Denise.

Dali em diante, a estrada de tijolinhos amarelos me conduziria até o presente, levando-me por um caminho permeado por poesia, música e teatro.

Nesta terra do agora, me criei entre amigos que nem a distância e nem o tempo podem separar, pois fomos um. Um mesmo Violinista no Telhado, um mesmo passado, as mesmas histórias. Fomos o mesmo aplauso e a mesma euforia ao �nal de cada apresentação de biogra�a, fomos as mesmas lágrimas de saudade e nostalgia quando tudo isto chegou ao �m.

Desse ponto em diante, minha jornada levou-me à Fundação Torino onde, por seis meses, aprofundei-me na belíssima língua italiana. Com um pouco de medo do que agosto me reservaria, qual foi minha surpresa ao perceber, depois de uma semana de aulas, que meu medo fora em vão, pois eu conseguira dominar a língua e me destacava em várias matérias.

Confesso a vocês, que eu poderia ter sido feliz naquele lugar, mas faltava algo, eu sentia falta de sair da sala e estar ao ar livre, de ouvir passarinhos cantando no meio da Alvorada. Eu sentia falta da poesia, que na Pólen sempre esteve no ar.

A Pólen foi, em primeiro lugar, a melhor escolha que meus pais �zeram pra mim. Hoje, �co feliz em dizer que ando novamente por aqui, entre vocês, desfrutando da melhor escolha que Eu �z para mim.

Ana Carolina, 10º ano

O Conselho de Pais é a instância constituída pela O Conselho de Pais é a instância constituída pela comunidade de pais da Pólen através do qual estes se fazem presentes e participam da escola. O CP compõe o tripé de sustentação da escola ao lado da API (Associacão Pedagógica Itacolomi) e do Corpo

Pedagógico, essencial para a estruturação de uma escola Waldorf.escola Waldorf.

As reuniões do CP são mensais e acontecem toda terceira quarta-feira de cada mês. Lá os pais, além de conhecerem melhor as necessidades da escola e as demandas do Corpo Pedagógico e da API, também se organizam para

colaborar com iniciativas que venham a trazer melhorias para a escola.

As reuniões são abertas a todos os pais. Mas, cada turma, no início do ano, escolhe seus representantes, titular e suplente, que se comprometem a comparecer às reuniões e serem a ponte entre a escola e o coletivo de pais.

Vamos aproveitar o momento de renovação que a Páscoa nos propõe e repensar a nossa participação na escola, que tanto precisa dos pais!!

Com carinho, Coordenação do Conselho de Pais ([email protected])

Conheça o Regimento Interno do CP da Pólen através do site da escola: www.polen.org.br

Clara e Elisa, 10º ano

MARÇO27 a 31 – 11º Módulo do curso de Pedagogia Waldorf

30 a 31 – Semana Santa/Recesso

ABRIL01 a 03 – 11º Módulo do curso de Pedagogia Waldorf

01 a 03 – Semana Santa/Recesso

05 – Páscoa

20 e 21 – Tiradentes/Recesso

25 – Sábado com Arte

MAIO

01 – Dia do Trabalhador/Recesso10 – Dias das Mães30 – Sábado Letivo - Palestra Escola de Pais

JUNHO

04 e 05 – Corpus Christi/Recesso13 – Festa da Lanterna27 – Festa de São João E. Infantil