O sangue a aacutegua e o vinho poema em trecircs cacircnticosPedro TamenBPMP X7-2-5[2]

Daniel na cova dos leotildees Pedro TamenBPMP U7-8-4[41]

Poema para todos os diasPedro TamenBPMP F3-6-165

Poemas a isto Pedro TamenBPMP X7-2-5[20]

Primeiro livro de LapinovaPedro TamenBPMP X7-2-5[9]

Agora estar Pedro TamenBPMP B8-16-24[72]

Pedro Tamen foi um dos mais notaacuteveis poetas portugueses da segunda metade do seacuteculo passado e um brilhante tradutor A par da sua atividade literaacuteria teve um importante papel na dinamizaccedilatildeo de diversos projetos culturais integrando uma geraccedilatildeo de intelectuais que afrontaram o conservadorismo vigente na vida portuguesa da deacutecada de 1960

Fez parte do movimento cineclubista foi editor da revista progressista de inspiraccedilatildeo cristatilde O Tempo e o Modo fundou e dirigiu a coleccedilatildeo Ciacuterculo de Poesia da editora Moraes Esteve na primeira direccedilatildeo da Associaccedilatildeo Portuguesa de Escritores com Joseacute Gomes Ferreira como presidente e foi administrador da Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian onde teve o pelouro das belas-artes

Estreou-se na poesia em 1956 com a obra Poema para Todos os Dias tendo publicado quase uma dezena de tiacutetulos entre eles O Livro do Sapateiro que lhe valeu em 2010 o Grande Preacutemio de Poesia da Associaccedilatildeo Portuguesa de Escritores e em 2011 o Preacutemio Literaacuterio Casino da PoacutevoaCorrentes drsquoEscritas

Brilhante tradutor literaacuterio encarava a traduccedilatildeo como um viacutecio e no caso das cerca de trecircs mil paacuteginas da obra de Proust Em Busca do Tempo Perdido por muitos considerada insuperaacutevel o viacutecio tornou-se um ldquofenoacutemeno de possessatildeordquo afirmou em entrevista

ldquoAgrave margem de escolas e movimentos a sua poesia afirma-se como das mais cultas e inovadoras surgidas a partir da segunda metade dos anos 1950rdquo regista o Dicionaacuterio Cronoloacutegico de Autores Portugueses

O mar eacute longe mas somos noacutes o ventoe a lembranccedila que tira ateacute ser eleeacute doutro e mesmo eacute ar da tua bocaonde o silecircncio pasce e a noite aceitaDonde estaacutes que neacutevoa me perturbamais que natildeo ver os olhos da manhatildecom que tu mesma a vecircs e te conveacutem Cabelos dedos sal e a longa peleonde se escondem a tua vida os daacutee eacute com matildeos solenes fugitivasque te recolho viva e me concedoa hora em que as ondas se confundeme nada eacute necessaacuterio ao peacute do mar

in Daniel na Cova dos Leotildees

copy Ana Baiatildeo

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