pedro da vinha costa reuniu com coletividades

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1 Pedro da Vinha Costa reuniu com coletividades Esclarecimentos acerca da Lei da Cabimentação Com a finalidade de esclarecer as coletividades acerca da Lei dos Compromissos, o líder do PSD concelhio, Pedro da Vinha Costa, tem reunido com as instituições. A última reunião ocorreu no Centro Cultural de Leça do Balio, na semana passada, estando presentes os dirigentes de clubes desportivos e de Ranchos Folclóricos. Pedro da Vinha Costa afirmou que tem efetuado reuniões com as instituições, porque a política nem sempre é feita só com verdade. A Lei 8/2012 não impede nenhuma Câmara Municipal de atribuir subsídios. Há 308 Municípios e a única que aparece a fazer este estardalhaço é a Câmara de Matosinhos. Segundo o social- democrata, o país é obrigado a fazer um conjunto de esforços e sacrifícios para reduzir a despesa por forma a equilibrar as contas públicas. Num país onde todos nos queixamos que o Estado paga tarde e a más horas, a nova lei vem definir que o Estado não pode assumir compromissos para os quais não tem dinheiro desde logo assegurado para pagar. E estabelece a obrigação de se fazer previsões a três meses das receitas e não é preciso que o Estado tenha o dinheiro naquele momento. O que é preciso é que tenha a certeza e de que vai ter dinheiro para pagar a despesa. Tendo essa certeza faz aquilo que se chama a cabimentação da despesa. A lei também estipula que quem tiver pagamentos em atraso a 31 de Dezembro, não pode utilizar, para efeitos da cabimentação da despesa, a previsão total da receita de capital. Só pode utilizar 75% da receita efetivamente cobrada nos dois anos anteriores, expurgada das receitas extraordinárias. Os restantes 25% destinam-se para cumprir os pagamentos em atraso. Para Pedro da Vinha Costa, o presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, só pode utilizar 75% da receita se tem pagamentos em atraso, mas não há nada que o obrigue a cortar no apoio às coletividades. Pode cortar noutras despesas. Há umas despesas que são mais fundamentais do que outras. Deve cortar naquilo que é supérfluo e continuar a gastar no que é imprescindível. Tem de se ver o que a Câmara considera ser essencial e o que é supérfluo. A Câmara considera que é supérfluo apoiar as coletividades? E os Bombeiros? Considera que é supérfluo apoiar as IPSS? E as associações desportivas, que garantem a atividade de milhares de crianças no Concelho? Ou considera que é supérfluo trocar de automóveis ou fazer uma despesa de 26

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Pedro da Vinha Costa reuniu com coletividades

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Page 1: Pedro da Vinha Costa reuniu com coletividades

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Pedro da Vinha Costa reuniu com coletividades

Esclarecimentos acerca da Lei da

Cabimentação

Com a finalidade de esclarecer as

coletividades acerca da Lei dos

Compromissos, o líder do PSD concelhio,

Pedro da Vinha Costa, tem reunido com as

instituições. A última reunião ocorreu no

Centro Cultural de Leça do Balio, na

semana passada, estando presentes os

dirigentes de clubes desportivos e de

Ranchos Folclóricos.

Pedro da Vinha Costa afirmou que tem

efetuado reuniões com as instituições,

porque “ a política nem sempre é feita só

com verdade. A Lei 8/2012 não impede

nenhuma Câmara Municipal de atribuir

subsídios. Há 308 Municípios e a única que

aparece a fazer este estardalhaço é a

Câmara de Matosinhos”.

Segundo o social- democrata, “ o país é

obrigado a fazer um conjunto de esforços e

sacrifícios para reduzir a despesa por forma

a equilibrar as contas públicas. Num país

onde todos nos queixamos que o Estado

paga tarde e a más horas, a nova lei vem

definir que o Estado não pode assumir

compromissos para os quais não tem

dinheiro desde logo assegurado para

pagar. E estabelece a obrigação de se fazer

previsões a três meses das receitas e não é

preciso que o Estado tenha o dinheiro

naquele momento. O que é preciso é que

tenha a certeza e de que vai ter dinheiro

para pagar a despesa. Tendo essa certeza

faz aquilo que se chama a cabimentação da

despesa”.

A lei também estipula que “quem tiver

pagamentos em atraso a 31 de Dezembro,

não pode utilizar, para efeitos da

cabimentação da despesa, a previsão total

da receita de capital. Só pode utilizar 75%

da receita efetivamente cobrada nos dois

anos anteriores, expurgada das receitas

extraordinárias. Os restantes 25%

destinam-se para cumprir os pagamentos

em atraso”.

Para Pedro da Vinha Costa, o presidente da

Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto,

“só pode utilizar 75% da receita se tem

pagamentos em atraso, mas não há nada

que o obrigue a cortar no apoio às

coletividades. Pode cortar noutras

despesas. Há umas despesas que são mais

fundamentais do que outras. Deve cortar

naquilo que é supérfluo e continuar a

gastar no que é imprescindível. Tem de se

ver o que a Câmara considera ser essencial

e o que é supérfluo. A Câmara considera

que é supérfluo apoiar as coletividades? E

os Bombeiros? Considera que é supérfluo

apoiar as IPSS? E as associações

desportivas, que garantem a atividade de

milhares de crianças no Concelho? Ou

considera que é supérfluo trocar de

automóveis ou fazer uma despesa de 26

Page 2: Pedro da Vinha Costa reuniu com coletividades

2 milhões em aquisição de serviços, como

aconteceu no ano passado? Ou considera

que é supérfluo contratar 23 funcionários

para preencher 17 lugares no Front Office,

por 1 milhão e 50 mil euros durante dois

anos? Essa é a questão em que a Câmara

tem de optar”.

Vinha Costa considera que “isto vai

terminar em Junho, se é que não termina

antes. O que o presidente da Câmara quis

fazer foi, única e exclusivamente, pôr as

associações do Concelho a reclamar contra

o Governo, para ele poder dizer que sabe

fazer oposição ao Governo. Para o

demonstrar aos camaradas de Partido,

agora que está envolvido nas eleições para

a Federação do PS Porto. Tem todo o

direito de fazer oposição ao Governo, mas

não tem o direito de instrumentalizar o

movimento associativo que só vale

enquanto for apartidário”.

Lamentou que a Câmara tenha prometido

os subsídios e que agora diga que os não

pode atribuir, o que causou “muitos

problemas às associações. Mas essa

situação não tem a ver com a lei mas sim

com a vontade de Guilherme Pinto”.

Os responsáveis dos clubes referiram que

estavam a contar com subsídios relativos a

2011 e que na reunião com a Câmara lhes

foi dito que não iam receber o dinheiro.

Manifestaram-se aflitos, devido aos

investimentos que tinham realizado no

início da época contando com as verbas

prometidas.

Fonte: Jornal de Matosinhos