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SIC PEDIATRIA PEDIATRIA VOL. 2

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Page 2: PEDIATRIA VOL. 2...Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Ana Thamilla Fonseca Graduada pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro (UNI - SA). Residente em Pediatria

Autoria e colaboração

Adriana Prado LombardiGraduada em Medicina e especialista em Pediatria pela Fa-culdade de Ciências Médicas da Universidade São Francisco. Especialista em Neonatologia pela Maternidade de Campi-nas. Pós-graduada em Homeopatia pela Escola Paulista de Homeopatia.

José Roberto Vasconcelos de AraújoGraduado em Medicina e especialista em Pediatria pela Uni-versidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Título de espe-cialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Membro da Sociedade Médica de Pediatria. Médico pediatra atuante em Emergência e Enfermaria do Hospital do Complexo Hos-pitalar Ouro Verde, e em Unidade Básica de Saúde, em Cam-pinas.

Marcelo HigaGraduado em Medicina pelo Centro Universitário Lusíada (UNILUS). Especialista em Alergologia e Imunologia pelo Ins-tituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Maria Teresa Luis LuisGraduada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Pon-tifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especia-lista em Pediatria pelo Hospital Municipal Infantil Menino Je-sus. Especialista em Nutrologia Pediátrica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Título de especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Ana Thamilla FonsecaGraduada pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro (UNI-SA). Residente em Pediatria pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).

Danniella Corrêa Netto Pedroso Lenharo Graduada pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB). Especialista em Pediatria e em Neonato-logia pelo Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICr-FMUSP). Título de especialis-ta em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Juliana Tiemi Saito KomatiGraduada em Medicina pela Faculdade Evangélica do Para-ná. Especialista em Pediatria pela Secretaria de Estado da Saúde – Hospital Infantil Cândido Fontoura. Especialista em Gastroenterologia Pediátrica pelo Departamento de Pedia-tria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Mestre em Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria pela UNIFESP. Título de especialista em Pediatria pela Associação Médica Brasileira (AMB), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).

Kátia Tomie KozuGraduada pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS). Especialista em Pediatria pelo Hospital Brigadeiro. Es-pecialista em Reumatologia Pediátrica pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universi-dade de São Paulo (HC-FMUSP). Mestranda em Pediatria pelo HC-FMUSP.

José Paulo LadeiraGraduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Clínica Médica, em Medicina Intensiva e em Medicina de Urgência pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Médico plantonista das Unidades de Terapia Intensiva do Hospital Sírio-Libanês e do Hospital Alemão Os-waldo Cruz.

Rodrigo Antônio Brandão NetoGraduado pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universida-de Católica de Campinas (PUC-Campinas). Especialista em Clíni-ca Médica, em Emergências Clínicas e em Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde é médico assistente da discipli-na de Emergências Clínicas.

Bianca Mello LuizGraduada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). Espe-cialista em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Gabriel Fernando Todeschi VarianeGraduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Pediatria pela Irmanda-de da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Título de especialista em Pediatria (TEP) pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Especializando em Neonatologia pelo Serviço de Neonatologia do Departamento de Pediatria da ISCMSP. Instrutor do Curso de Suporte Avançado de Vida em Pediatria – PALS (Pediatric Advanced Life Support) –, treinado e creden-ciado pela American Heart Association.

Raphael RotoGraduado em Medicina e residente em Pediatria pela Universi-dade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Thalita Feitosa CostaGraduada em Medicina e especialista em Pediatria pela Univer-sidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Eva Fabiana Angelo SendinGraduada pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAME-CA). Especialista em Dor e Cuidados Paliativos pelo Instituto da

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Apresentação

Os desafios da Medicina a serem vencidos por quem se decide pela área são tantos e tão diversos que é impossível tanto determiná-los quanto mensurá-los. O período de aulas práticas e de horas em plantões de vários blocos é apenas um dos antecedentes do que o estudante virá a enfrentar em pouco tempo, como a maratona da escolha por uma especialização e do ingresso em um programa de Residência Médica reconhecido, o que exigirá dele um preparo intenso, minucioso e objetivo.

Trata-se do contexto em que foi pensada e desenvolvida a Coleção SIC Principais Temas para Provas, cujo material didático, preparado por profis-sionais das mais diversas especialidades médicas, traz capítulos com inte-rações como vídeos e dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamen-tos, temas frequentes em provas e outros destaques. As questões ao final, todas comen tadas, proporcionam a interpretação mais segura possível de cada resposta e reforçam o ideal de oferecer ao candidato uma preparação completa.

Um excelente estudo!

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Índice

Capítulo 1 - Aleitamento materno ................ 151. Introdução ...................................................................16

2. Aleitamento materno .............................................. 17

3. Fisiologia da amamentação .................................. 19

4. Técnicas de amamentação ....................................20

5. Difi culdades e complicações da amamentação .......................................................... 23

6. Contraindicações ..................................................... 24

Resumo ............................................................................ 28

Capítulo 2 - Alimentação complementar ... 291. Introdução de novos alimentos .......................... 30

2. Alimentação no 2º ano de vida .............................33

3. Suplementação de vitaminas e ferro ............... 34

Resumo .............................................................................37

Capítulo 3 - Defi ciências e excessos de vitaminas ........................................................... 391. Introdução ..................................................................40

2. Vitamina A .................................................................40

3. Vitamina D ................................................................. 43

4. Vitamina E ................................................................. 46

5. Vitamina K ..................................................................47

6. Vitamina B1 (tiamina) ..............................................47

7. Vitamina B2 ...............................................................48

8. Vitamina C ................................................................. 49

Resumo ............................................................................ 50

Capítulo 4 - Desnutrição energético--proteica ............................................................. 511. Introdução .................................................................. 52

2. Defi nição ..................................................................... 52

3. Epidemiologia............................................................ 52

4. Etiologia .......................................................................53

5. Quadro clínico ............................................................53

6. Diagnóstico ............................................................... 54

7. Desnutrição grave .................................................... 59

8. Tratamento ................................................................ 63

9. Síndrome de recuperação nutricional .............. 66

Resumo .............................................................................67

Capítulo 5 - Anemias carenciais .................... 691. Introdução .................................................................. 70

2. Anemia ferropriva ................................................... 70

3. Anemia megaloblástica ...........................................76

Resumo ............................................................................80

Capítulo 6 - Obesidade na criança e no adolescente ........................................................811. Defi nição ..................................................................... 82

2. Epidemiologia............................................................ 82

3. Etiopatogenia ............................................................ 83

4. Diagnóstico ................................................................84

5. Complicações e riscos agravantes ..................... 95

6. Tratamento ............................................................... 98

Resumo ..........................................................................100

Capítulo 7 - Doença diarreica ......................1011. Defi nição ................................................................... 102

2. Classifi cação quanto à duração ......................... 102

3. Fisiopatologia .......................................................... 102

4. Doença diarreica aguda ....................................... 103

5. Diarreia persistente .............................................. 116

6. Diarreia crônica ....................................................... 117

Resumo .......................................................................... 120

Capítulo 8 - Desidratação na infância ........ 1211. Introdução .................................................................122

2. Fatores de risco na infância .................................122

3. Fisiopatologia ...........................................................122

4. Classifi cação .............................................................124

5. Quadro clínico (desidratação isonatrêmica) ...125

6. Tratamento (desidratação isonatrêmica) .......129

7. Desidratação hiponatrêmica e hipernatrêmica .........................................................133

Resumo ...........................................................................135

Questões:Organizamos, por capítulo, questões de instituições de todo o Brasil.

Anote:O quadrinho ajuda na lembrança futura sobre o domínio do assunto e a possível necessidade de retorno ao tema.

QuestõesCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

2015 - FMUSP-RP1. Um homem de 22 anos, vítima de queda de moto em ro-dovia há 30 minutos, com trauma de crânio evidente, tra-zido pelo SAMU, chega à sala de trauma de um hospital terciário com intubação traqueal pelo rebaixamento do nível de consciência. A equipe de atendimento pré-hos-pitalar informou que o paciente apresentava sinais de choque hipovolêmico e infundiu 1L de solução cristaloide até a chegada ao hospital. Exame físico: SatO2 = 95%, FC = 140bpm, PA = 80x60mmHg e ECG = 3. Exames de imagem: raio x de tórax e bacia sem alterações. A ultrassonografia FAST revela grande quantidade de líquido abdominal. A melhor forma de tratar o choque desse paciente é:a) infundir mais 1L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e en-caminhar para laparotomiab) infundir mais 3L de cristaloide, aguardar exames labo-ratoriais para iniciar transfusão de papa de hemácias e encaminhar para laparotomiac) infundir mais 3L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encaminhar para laparotomiad) infundir mais 1L de cristaloide, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encami-nhar o paciente para laparotomia

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - SES-RJ2. Para avaliar inicialmente um paciente com traumatis-mo cranioencefálico, um residente utilizou a escala de Glasgow, que leva em conta:a) resposta verbal, reflexo cutâneo-plantar e resposta motorab) reflexos pupilares, resposta verbal e reflexos profundosc) abertura ocular, reflexos pupilares e reflexos profundosd) abertura ocular, resposta verbal e resposta motora

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFES3. A 1ª conduta a ser tomada em um paciente politrau-matizado inconsciente é:

a) verificar as pupilasb) verificar a pressão arterialc) puncionar veia calibrosad) assegurar boa via aéreae) realizar traqueostomia

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFG4. Um homem de 56 anos é internado no serviço de emergência após sofrer queda de uma escada. Ele está inconsciente, apresenta fluido sanguinolento não coa-gulado no canal auditivo direito, além de retração e movimentos inespecíficos aos estímulos dolorosos, está com os olhos fechados, abrindo-os em resposta à dor, e produz sons ininteligíveis. As pupilas estão isocóricas e fotorreagentes. Sua pontuação na escala de coma de Glasgow é:a) 6b) 7c) 8d) 9

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFCG 5. Um homem de 20 anos foi retirado do carro em cha-mas. Apresenta queimaduras de 3º grau no tórax e em toda a face. A 1ª medida a ser tomada pelo profissional de saúde que o atende deve ser:a) aplicar morfinab) promover uma boa hidrataçãoc) perguntar o nomed) lavar a facee) colocar colar cervical

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2014 - HSPE6. Um pediatra está de plantão no SAMU e é acionado para o atendimento de um acidente automobilístico. Ao chegar ao local do acidente, encontra uma criança de 5 anos próxima a uma bicicleta, sem capacete, dei-tada no asfalto e com ferimento cortocontuso extenso no crânio, após choque frontal com um carro. A criança está com respiração irregular e ECG (Escala de Coma de Glasgow) de 7. O pediatra decide estabilizar a via aérea

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Comentários:Além do gabarito o�cial divulgado pela instituição, nosso

corpo docente comenta cada questão. Não hesite em retornar ao conteúdo caso se sinta inseguro. Pelo

contrário: se achá-lo relevante, leia atentamente o capítulo e reforce o entendimento nas dicas e nos ícones.

ComentáriosCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

Questão 1. Trata-se de paciente politraumatizado, ins-tável hemodinamicamente, com evidência de hemope-ritônio pelo FAST. Tem indicação de laparotomia explo-radora, sendo que a expansão hemodinâmica pode ser otimizada enquanto segue para o centro cirúrgico.Gabarito = D

Questão 2. A escala de coma de Glasgow leva em con-ta a melhor resposta do paciente diante da avaliação da resposta ocular, verbal e motora. Ainda que a avaliação do reflexo pupilar seja preconizada na avaliação inicial do politraumatizado, ela não faz parte da escala de Glasgow.Gabarito = D

Questão 3. A 1ª conduta no politraumatizado com rebai-xamento do nível de consciência é garantir uma via aérea definitiva, mantendo a proteção da coluna cervical.Gabarito = D

Questão 4. A pontuação pela escala de coma de Glasgow está resumida a seguir:

Abertura ocular (O)

Espontânea 4

Ao estímulo verbal 3

Ao estímulo doloroso 2

Sem resposta 1

Melhor resposta verbal (V)

Orientado 5

Confuso 4

Palavras inapropriadas 3

Sons incompreensíveis 2

Sem resposta 1

Melhor resposta motora (M)

Obediência a comandos 6

Localização da dor 5

Flexão normal (retirada) 4

Flexão anormal (decor-ticação) 3

Extensão (descerebração) 2

Sem resposta (flacidez) 1

Logo, o paciente apresenta ocular 2 + verbal 2 + motor 4 = 8.Gabarito = C

Questão 5. O paciente tem grande risco de lesão térmica de vias aéreas. A avaliação da perviedade, perguntando-se o nome, por exemplo, é a 1ª medida a ser tomada. Em caso de qualquer evidência de lesão, a intubação orotra-queal deve ser precoce.Gabarito = C

Questão 6. O tiopental é uma opção interessante, pois é um tiobarbitúrico de ação ultracurta. Deprime o sistema nervoso central e leva a hipnose, mas não a analgesia. É usado para proteção cerebral, pois diminui o fluxo sanguí-neo cerebral, o ritmo metabólico cerebral e a pressão in-tracraniana, o que é benéfico para o paciente nesse caso.Gabarito = A

Questão 7. Seguindo as condutas preconizadas pelo ATLS®, a melhor sequência seria:A: via aérea definitiva com intubação orotraqueal, man-tendo proteção à coluna cervical.B: suporte de O2 e raio x de tórax na sala de emergência.C: garantir 2 acessos venosos periféricos, continuar a infusão de cristaloides aquecidos e solicitar hemoderi-vados. FAST ou lavado peritoneal caso o raio x de tórax esteja normal.D: garantir via aérea adequada e manter a oxigenação e a pressão arterial.E: manter o paciente aquecido.Logo, a melhor alternativa é a “c”. Gabarito = C

Questão 8. O chamado damage control resuscitation, que deve ser incorporado na próxima atualização do ATLS®, está descrito na alternativa “a”. Consiste na contenção precoce do sangramento, em uma reposição menos agressiva de cristaloide, mantendo certo grau de hipo-tensão (desde que não haja trauma cranioencefálico as-sociado), e no uso de medicações como o ácido tranexâ-mico ou o aminocaproico.Gabarito = A

Questão 9. O tratamento inicial de todo paciente poli-traumatizado deve sempre seguir a ordem de priorida-des proposta pelo ATLS®. A 1ª medida deve ser sempre garantir uma via aérea pérvia com proteção da coluna cervical. Nesse caso, a fratura de face provavelmente in-viabiliza uma via aérea não cirúrgica, e o paciente é can-didato a cricotireoidostomia. Após essa medida, e garan-

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Capítulo 9 - Cardiopatias congênitas .......... 1371. Circulação fetal........................................................ 138

2. Apresentação clínica ............................................140

3. Avaliação da criança com cardiopatia congênita.................................................................... 141

4. Lesões cardíacas congênitas acianóticas ....... 142

5. Lesões cardíacas congênitas cianóticas .........153

Resumo ...........................................................................163

Capítulo 10 - Hipertensão arterial na infância ..............................................................1651. Introdução ................................................................ 166

2. Pressão arterial normal em crianças ............... 166

3. Conclusão ..................................................................176

Resumo ...........................................................................177

Capítulo 11 - Parada cardiorrespiratória ...1791. Introdução ................................................................ 180

2. Suporte básico de vida ..........................................181

3. Desfibrilador externo automático ................... 184

4. Suporte avançado de vida .................................. 184

5. Acesso vascular .......................................................187

6. Medicações ...............................................................187

Resumo .......................................................................... 190

Capítulo 12 - Arritmias cardíacas na emergência pediátrica ................................... 1911. Introdução .................................................................192

2. Eletrocardiograma .................................................192

Resumo .......................................................................... 198

Capítulo 13 - Insuficiência respiratória e choque ...............................................................199

1. Insuficiência respiratória .................................... 200

2. Choque ......................................................................202

Resumo .......................................................................... 210

Capítulo 14 - Infecção do trato urinário ..... 211

1. Introdução .................................................................212

2. Epidemiologia...........................................................212

3. Etiologia .....................................................................212

4. Fatores de risco .......................................................213

5. Quadro clínico ......................................................... 214

6. Diagnóstico ...............................................................215

7. Tratamento ............................................................... 216

8. Seguimento ............................................................. 218

9. Refluxo vesicoureteral ..........................................219

10. Prevenção ..............................................................220

Resumo ...........................................................................221

Capítulo 15 - Endocrinologia Pediátrica .... 223

1. Baixa estatura .........................................................224

2. Puberdade precoce ............................................... 227

Resumo ..........................................................................230

Capítulo 16 - Distúrbios de diferenciação sexual .................................................................231

1. Distúrbio de diferenciação do sexo ..................232

Resumo ..........................................................................240

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Cardiopatias congênitas

Os defeitos cardíacos congênitos podem ser dividi-dos em 2 grandes grupos, baseados na presença ou na ausência de cianose, e, em seguida, subdivididos con-forme a vascularização pulmonar (normal, aumentada ou diminuída) observada na radiografi a de tórax. As cardiopatias congênitas acianóticas podem ser divi-didas entre as que apresentam carga excessiva de volume, mais comuns (por exemplo, comunicação inter-ventricular, comunicação interatrial e persistência do canal arterial), e as que provocam aumento da carga pressórica (estenose da artéria pulmonar, estenose aórtica e coarctação da aorta). Já as cianóticas podem ser divididas conforme a fi siopatologia: com fl uxo pul-monar diminuído (por exemplo, tetralogia de Fallot, anomalia de Ebstein e outras) ou aumentado (transpo-sição dos grandes vasos, truncus arteriosus e outros). Para cada uma das cardiopatias, observam-se diferen-tes manifestações clínicas com tratamentos específi cos exemplifi cados ao longo do capítulo.

9Adriana Prado LombardiJosé Roberto Vasconcelos de AraújoMarcelo HigaMaria Teresa Luis Luis

Ana Thamilla FonsecaDanniella Corrêa Netto Pedroso LenharoPascale Gonçalves Massena

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1. Circulação fetalPara compreender a dinâmica das cardiopatias congênitas, é impor-tante recordar alguns aspectos da circulação fetal (Figura 1).

O sangue oxigenado retorna da placenta pela veia umbilical. Cerca de metade do sangue proveniente da placenta passa através dos sinusoi-des hepáticos, enquanto o restante é desviado do fígado e segue pelo ducto venoso para a veia cava inferior. Caminhando por essa veia, o sangue penetra no átrio direito do coração. Como ela também contém sangue desoxigenado oriundo dos membros inferiores, do abdome e da pelve, o sangue que entra no átrio direito não é tão oxigenado quanto aquele presente na veia umbilical, mas ainda tem bom teor de oxigênio. A maior parte do sangue que penetra no átrio direito é dirigida pela crista dividens, para o orifício (forame) oval, chegando, então, ao átrio esquerdo. O restante do sangue da veia cava inferior (cerca de 5 a 10% que passam para o ventrículo direito) é levado aos pulmões pelas ar-térias pulmonares e deles volta, sem ser oxigenado, ao átrio esquerdo. Uma parte desse sangue, entretanto, é desviada para a aorta, antes de alcançar os pulmões por meio do ducto arterioso ou ducto arterial. No átrio esquerdo, o sangue proveniente do pulmão e aquele desviado por intermédio do forame oval se misturam e, do átrio, chegam ao ventrí-culo esquerdo e à aorta ascendente. As artérias do coração, da cabeça, do pescoço e dos membros superiores recebem sangue com maior teor de oxigênio do que o restante do corpo. Cerca de 40 a 50% do san-gue da aorta descendente passam pelas artérias umbilicais e retornam à placenta para reoxigenação. O restante suprirá as vísceras e a me-tade inferior do corpo. Como os pulmões do feto não são funcionantes, oferecem grande resistência à circulação proveniente do ventrículo di-reito; dessa forma, as paredes desse ventrículo são praticamente da mesma espessura que as do esquerdo.

Figura 1 - Circulação fetal

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Distúrbios de diferenciação sexual

A diferenciação sexual é um tema importante dentro da Endocrinologia Pediátrica. Alguns hormônios são fundamentais nesse processo, principalmente o hormô-nio antimülleriano e a testosterona. Quando presentes e com ação efetiva, determinam a genitália masculina e, quando ausentes, a genitália feminina. Alterações cromossômicas podem levar a disconcordância sexual entre genótipo e fenótipo, caracterizando os distúrbios de diferenciação sexual, abordados neste capítulo.

16Daniela Mayumi Takamune

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1. Distúrbio de diferenciação do sexo

A - Diferenciação sexual normalO desenvolvimento genital nos sexos feminino e masculino é idêntico nas 7 primeiras semanas após a fertilização, apresentando gônadas in-diferenciadas, ductos de Wolff, ductos de Müller e rudimentos genitais externos (tubérculo genital, saliências labioescrotais, pregas urogeni-tais e seio urogenital). Após esse período, o sexo genético (XX ou XY) determina o sexo gonadal (ovários ou testículos) que, por sua vez, de-termina o sexo fenotípico (genitais internos e externos).

Nos indivíduos do sexo masculino, na presença do gene SRY (Sex-deter-mining Region on the Y chromosome), que se encontra no braço curto do cromossomo Y, as gônadas indiferenciadas se diferenciam em testí-culos, contendo células de Sertoli e células de Leydig.

A partir da 7ª semana gestacional, as células de Sertoli iniciam a produ-ção do hormônio antimülleriano, que é responsável pela regressão dos ductos de Müller ipsilateralmente ao testículo que o produziu.

Na 8ª semana gestacional, as células de Leydig iniciam a produção de testosterona, que estabiliza e diferencia os ductos de Wolff em epidí-dimo, canal deferente, vesícula seminal e ducto ejaculatório. Esse de-senvolvimento é ipsilateral ao testículo que produziu a testosterona. O estímulo da produção de testosterona é feito pela HCG na 1ª metade da gestação e pelo LH fetal na 2ª metade.

A testosterona é convertida pela enzima 5-alfarredutase do tipo 2 em diidrotestosterona (DHT), que induz a diferenciação do tubérculo ge-nital, pregas genitais, saliências labioescrotais e seio urogenital res-pectivamente em glande e corpos cavernosos, corpo esponjoso, bolsa

escrotal e uretra peniana. O orifício uretral externo desloca-se progres-sivamente em direção à glande. A descida testicular da posição intra--abdominal para escrotal ocorre da 28ª à 32ª semana gestacional. Esses dois processos dependem da ação dos andrógenos.

Na ausência do SRY, como ocorre nos indivíduos do sexo feminino, as gônadas indiferenciadas se diferen-ciam em ovários. Não há produção do hormônio antimülleriano, permi-tindo o desenvolvimento dos ductos de Müller em trompas uterinas, corpo e colo de útero e porção superior da vagina. Também não há produção de testosterona ou DHT, então os ductos de Wolff regridem a resquícios em-brionários e os rudimentos do genital externo (tubérculo genital, pregas ge-nitais, saliências lábio escrotais e seio urogenital) se diferenciam em clitóris, pequenos lábios, uretra e porção in-ferior da vagina.

Figura 1 - Diferenciação sexual normalFonte: adaptada de Menino ou menina? Distúrbios da diferenciação do sexo, 2ª edição, 2010.

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QUESTÕES

Cap. 1 - Aleitamento materno .......................................... 5

Cap. 2 - Alimentação complementar ............................. 6

Cap. 3 - Defi ciências e excessos de vitaminas ............8

Cap. 4 - Desnutrição energético-proteica.................... 9

Cap. 5 - Anemias carenciais ............................................. 11

Cap. 6 - Obesidade na criança e no adolescente ......12

Cap. 7 - Doença diarreica ................................................. 14

Cap. 8 - Desidratação na infância ................................. 18

Cap. 9 - Cardiopatias congênitas ................................. 20

Cap. 10 - Hipertensão arterial na infância .................23

Cap. 11 - Parada cardiorrespiratória ............................26

Cap. 12 - Arritmias cardíacas na emergência pediátrica ...........................................................28

Cap. 13 - Insufi ciência respiratória e choque ............30

Cap. 14 - Infecção do trato urinário .............................33

Cap. 15 - Endocrinologia pediátrica..............................35

Cap. 16 - Distúrbios de diferenciação sexual ............36

COMENTÁRIOS

Cap. 1 - Aleitamento materno ........................................ 37

Cap. 2 - Alimentação complementar ...........................39

Cap. 3 - Defi ciências e excessos de vitaminas ......... 40

Cap. 4 - Desnutrição energético-proteica..................42

Cap. 5 - Anemias carenciais ............................................43

Cap. 6 - Obesidade na criança e no adolescente .....45

Cap. 7 - Doença diarreica .................................................47

Cap. 8 - Desidratação na infância .................................53

Cap. 9 - Cardiopatias congênitas ..................................55

Cap. 10 - Hipertensão arterial na infância .................59

Cap. 11 - Parada cardiorrespiratória .............................61

Cap. 12 - Arritmias cardíacas na emergência pediátrica ...........................................................63

Cap. 13 - Insufi ciência respiratória e choque ........... 64

Cap. 14 - Infecção do trato urinário .............................69

Cap. 15 - Endocrinologia pediátrica...............................71

Cap. 16 - Distúrbios de diferenciação sexual ............72

Índice

Page 12: PEDIATRIA VOL. 2...Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Ana Thamilla Fonseca Graduada pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro (UNI - SA). Residente em Pediatria

Pe

diat

ria -

Ques

tões

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QuestõesPediatria

Aleitamento materno

2016 - SANTA CASA-SP - PEDIATRIA1. Com relação às recomendações da Anvisa para estoca-gem nos bancos de leite humano, podemos afi rmar que:a) após degelado, o leite humano pasteurizado conge-

lado pode ser mantido em refrigeração por até 48 horas

b) o leite humano pasteurizado congelado pode ser es-tocado por até 6 meses

c) o leite ordenhado cru congelado pode ser estocado por um período máximo de 30 dias

d) após descongelado, o leite humano cru pode ser man-tido em refrigeração por até 48 horas

e) o leite humano pasteurizado liofi lizado embalado a vácuo pode ser estocado à temperatura ambiente por, no máximo, 6 meses

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2016 - PUC-SP - PEDIATRIA 2. Dona Joana, mãe de um recém-nascido, pergunta ao pediatra o que fazer para ter bastante leite. Teve de ofe-recer complemento para o 1º fi lho a partir do 1º mês de vida, pois a criança não ganhava peso adequadamente. Como o pediatra deve orientá-la?a) estimular o bebê a mamar completamente em uma

mama, antes de oferecer a outrab) mamadas curtas e frequentesc) trocar de mama a cada 5 minutosd) acordar o bebê a cada 2 horas para mamar

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2016 - UNIRIO - ACESSO DIRETO/PEDIATRIA3. A Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) é uma estratégia ampla em prol do aleitamento materno. Cabe à instituição que deseja obter o título praticar os “Dez passos para o sucesso do aleitamento materno”, que in-clui:a) incentivar a oferta de ambas as mamas em todas as

mamadas sob livre demandab) auxiliar as mães a iniciar o aleitamento materno nas 2

primeiras horas após o nascimento

c) informar todas as gestantes atendidas sobre as van-tagens e o manejo da amamentação

d) permitir fórmulas infantis somente para os recém-nascidos expostos à transmissão vertical do HIV

e) permitir a entrada de acompanhante no centro obstétrico e na sala de parto, como prática de hu-manização

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2016 - AMRIGS - ACESSO DIRETO/PEDIATRIA 4. Após o nascimento do recém-nascido, os hormônios responsáveis pela secreção e expulsão do leite materno dos alvéolos mamários são:a) prolactina e ocitocinab) estrogênio e progestogênioc) lactogênio e ocitocinad) gonadotrofi na coriônica e progestogênioe) prolactina e lactogênio

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2015 - AMRIGS - PEDIATRIA5. Considere as assertivas a seguir, com relação ao leite humano:I - A concentração de gordura no leite aumenta no de-correr da mamada, sendo maior no fi nal.II - O colostro apresenta mais proteínas e gorduras do que o leite maduro.III - A concentração de IgA no leite materno aumenta ao longo do 1º mês de vida, permanecendo relativamente constante a partir de então. Está(ão) correta(s):a) apenas Ib) apenas IIc) apenas IIId) I, IIe) I, II, III

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2015 - AMRIGS - PEDIATRIA6. O leite materno da mãe de um recém-nascido prema-turo difere do leite materno da mãe de um a termo, pois apresenta:a) maior concentração de lactoseb) menor concentração de proteínas

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ComentáriosPediatria

Aleitamento materno

Questão 1. Com relação ao armazenamento do leite de-ve-se proceder da seguinte maneira:- Coletar o leite em recipiente de vidro, de boca larga e

esterilizada;- Para armazenar o leite coletado, utilizar, preferencial-

mente, vidros transparentes com tampas plásticas re-sistentes ao calor, para que possam ser esterilizadas em água fervente durante mais ou menos 20 minutos;

- Identifi car os frascos com o dia em que foi feita a coleta; - Armazenar por um período de 24 horas na geladeira, 15

dias no congelador ou no freezer; - Estando o leite pasteurizado, pode ser armazenado por

6 meses no freezer;- Antes de oferecer ao bebê: retirar do freezer e descon-

gelar em banho-maria. Não se deve deixá-lo em tem-peratura ambiente. Após descongelado, manter em refrigeração por até 24 horas.

Gabarito = B

Questão 2. O aleitamento materno é fundamental para o desenvolvimento biológico e emocional do ser huma-no. Nenhum outro alimento é capaz de associar todos os aspectos benéfi cos ao recém-nascido. A mãe também é globalmente benefi ciada, porém é importante ressaltar que o sucesso depende, também, de orientação e acom-panhamento adequados. As técnicas para o aleitamento materno envolvem:- Amamentar em livre demanda;- Oferecer um seio a cada mamada, esvaziando-o por

completo, e complementar com a outra mama após es-vaziar completamente a 1ª. Neste caso, deve-se iniciar cada mamada por aquela que terminou. Isso estimula a produção do leite, além de favorecer a sucção do leite posterior, mais rico em gorduras, o que garante a sacie-dade e o ganho ponderal;

- A mãe deve estar sentada, com as costas apoiadas, em posição o mais confortável possível e que permita o adequado posicionamento do bebê.

Gabarito = A

Questão 3. Por iniciativa da OMS/UNICEF/Ministério da Saúde, será denominado de Hospital Amigo da Criança a Maternidade/Hospital que cumpre os 10 passos a seguir:

1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento, que deveria ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de cuida-dos de saúde.2. Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitan-do-a para implementar esta norma.3. Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento.4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento na 1ª meia hora após o nascimento.5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus fi -lhos.6. Não dar a recém-nascidos nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tal procedi-mento seja indicado pelo médico.7. Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e bebês permaneçam juntos – 24 horas por dia.8. Encorajar o aleitamento sob livre demanda.9. Não dar bicos artifi ciais ou chupetas a crianças ama-mentadas ao seio.10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, para onde as mães deverão ser encaminha-das por ocasião da alta, no hospital ou ambulatório.Gabarito = C

Questão 4. Os hormônios responsáveis pela secreção e expulsão do leite materno dos alvéolos mamários são a prolactina e a ocitocina.Gabarito = A

Questão 5. Questão conceitual sobre as principais carac-terísticas do leite materno. Em resumo: o colostro é rico em imunoglobulinas, especialmente IgA (afi rmativa III in-correta), proteínas e vitamina K. Menores concentrações de lipídios (afi rmativa II incorreta), minerais e lactose são produzidas em pequeno volume e apenas nos primei-ros dias após o parto. O leite de transição é produzido entre 7 e 14 dias após o parto e possui características intermediárias entre o colostro e o leite maduro, o qual é produzido a partir de 15 dias pós-parto, podendo ser dividido em 3 fases durante a mamada: aquela em que o leite é aquoso, rico em imunoglobulinas e outros fatores de proteção; aquela composta predominantemente por proteínas; e a última, em que o leite é rico em gorduras (afi rmativa I correta), que auxiliam na saciedade e contri-buem para o ganho ponderal. Gabarito = A