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Peças Roscadas ( http://demnet.ubi.pt/~humberto/ensino/estebi/richard/ 1 de 47 15-08-2008 11:30 Richard George Fernandes Peças Roscadas (Roscas, Generalidades, Definições) NE E 03-051//E 27-005 As peças roscadas são de utilização frequente em mecânica. As roscas podem ter utilizações muito diferentes: - Provocar um esforço de pressão entre duas peças para as imobilizar mutuamente; - Transformar um movimento de rotação num movimento de translação (por exemplo: um parafuso micrométrico). De modo geral, uma peça roscada não deve trabalhar ao corte. Se houver esforços deste tipo, é de incluir um casquilho protector. (figuras seguintes) 1. CARACTERÍSTICAS DE UMA ROSCA 1 - Diâmetro nominal Macho - diâmetro d do vértice do fio

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Richard George Fernandes

Peças Roscadas (Roscas, Generalidades, Definições)NE E 03-051//E 27-005

As peças roscadas são de utilização frequente em mecânica. As roscas podem ter utilizações muito diferentes:

- Provocar um esforço de pressão entre duas peças para as imobilizar mutuamente;

- Transformar um movimento de rotação num movimento de translação (por exemplo: um parafuso micrométrico).

De modo geral, uma peça roscada não deve trabalhar ao corte. Se houver esforços deste tipo, é de incluir um casquilho protector. (figuras seguintes)

1. CARACTERÍSTICAS DE UMA ROSCA

1 - Diâmetro nominal

Macho - diâmetro d do vértice do fio

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Fêmea - diâmetro D do fundo do fio

2 - Passo

É a distância ( medida num plano que contém o eixo) entre dois pontos homólogos de dois perfis consecutivos do mesmo fio de rosca.

As roscas podem ser:

- de passo grosso (ou normal), para uso geral ;

- de passo fino: pequeno avanço por volta e pequena profundidade. São usadas em casos especiais: roscagem de tubos ou regulação fina. Para osmesmos diâmetros, exigem tolerâncias mais severas.

3 - Sentido da Hélice

A rosca pode ser direita ou esquerda.

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4 - Número de fios

Na mesma espiga podem ser abertos vários fios de rosca.

2. DEFINIÇÕES

Parafuso -

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peça constítuida por uma espiga (haste) roscada a todo o comprimento ou não, com cabeça ou sem cabeça ( e neste caso diz-se "parafuso degolado" ,"espiga roscada" , etc.), mas sempre com dispositivo de imobilização ou de movimentação.

Porca - peça furada com rosca fêmea, com dispositivo de movimentação e destinada a entrar numa rosca macho.

Perno roscado - (parafuso com porca, cavilha roscada, etc.): conjunto formado por um parafuso com cabeça e uma porca, destinado normalmente a fazer aperto entreas faces interiores da porca e da cabeça do parafuso.

Espigão - haste roscada em ambas as extremidades, destinada a fazer aperto entre a face de uma peça em que é implantada por roscagem e a face interior deuma porca aplicada à extremidade livre.

3. DESIGNAÇÃO DAS CLASSES DE QUALIDADE (parafusos e espigões)

As classes de qualidade são designadas por dois números:

O primeiro - ( resistência mínima à tracção ) /10

O segundo - 10 x relação entre o limite mínimo de elastecidade e a resistencia mínima à tracção.

Classes de qualidade normalizada : 3.6 - 4.6 - 5.6 - 6.6 - 6.9 - 8.8 - 10.9 - 12.9 - 14.9

4. PERFIL ISO

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O perfil ISO é definido pela fig: tem por base um triângulo equilátero de lado igual ao passo e com a base paralela ao eixo da rosca.

As roscas usadas em parafusos, pernos, etc. estão resumidas nos quadros segundo os passos (NF E 03-014). As secções da espiga são as secçõesnominais utilizadas no cálculo de resistência.

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1 - Rosca normal (passo grosso)

Designação: p. ex., M8 (diâmatro 8 mm) sem indicação do passo.

2 - Rosca fina

Designação: p.ex., M8 x 1 (diâmetro 8 mm, passo 1 mm).

A designação da rosca será eventualmente seguida da indicação da tolerância.

Por analogia com a técnica de tolerâncias de peças lisas : a classe de tolerância de uma rosca de diâmetro e passo dados é designada por um símbolo que inclui:

- para tolerância nos flancos : um número e uma letra de desvio ;

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- para tolerância no fundo : um número e uma letra de desvio ;

Exemplo : M 10-5 g (macho), M 10-4 H 5 H (fêmea).

Qualidade média 6 H na fêmea, 6 g no macho.

5. ROSCA GÁS COM ESTANQUECIDADE

Este tipo de rosca é utilizado em montangens onde se pretenda estanquecidade (tubos e junções).

- Rosca exterior cónica ;

- Rosca fêmea cilíndrica ;

- Dimensões : v. quadro

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O comprimento da roscagem exterior cónica (comprimento útil ) deve ser, pelo menos, igual a a + 1.

O comprimento n da rosca cilíndrica (fêmea) deve ser, pelo menos, igual a 0,8. (amin + 1).

O comprimento m maior ou igual a amax + 1 .

Designação :

Exemplo:

- rosca exterior cónica G - 2 1/2 J, NF E 03-004.

- rosca cilíndrica G - 2 1/2 J, NF E 03-004

6. ROSCA GÁS SEM ESTANQUECIDADE

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Este tipo de rosca não proporciona estanquecidade. Para dimensões ver quadro acima.

Designação :

Exemplo :

- rosca exterior cilíndrica G 2 1/2 A, NF E 03-005.

As letras A ou B para as roscas exteriores e H para as fêmeas indicam tolerância.

7. ROSCAS TRAPEZOIDAIS SIMÉTRICAS

Os perfis do macho e da fêmea são definidos a partir do triângulo ABC (fig. 5). Estes perfis podem transmitir esforços consideráveis (fusos de tornos,etc.).

Os fundos são livres. O valor de a em função de p vem no quadro 6.

Peças Roscadas (Representação das peças roscadas)

NF E 04-012/E 27-004

1. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

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Para porcas ou parafusos hexagonais, as dimensões a, b, h são dadas nas páginas seguintes em função de d (diâmetro nominal).

2. REPRESENTAÇÃO DAS PEÇAS ROSCADAS

Roscas visíveis

Nas roscas visíveis o vértice dos fios de rosca é dado por um traço grosso contínuo eo fundo é dado por um traço fino contínuo.

Roscas invisíveis

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Nas roscas invisíveis tanto o vértice como o fundo da rosca são dados por traços interrompidos curtos, de espessura média.

Peças roscadas representadas em corte

Neste caso o tracejado vai até ao traço que representa os vértices da rosca.

Vistas de topo das roscas

Rosca visível - o fundo da rosca é dado por uma porção de circunferência (cerca de 3/4) a traço fino continuo.

Rosca invisível - o chanfro da extremidade não se representa.

Limites da parte utilizável da rosca

O limite é indicado com um traço grosso contínuo, ou por um traço interrompido curto de espessura média, conforme a rosca é visível ou invisível

Montagem de peças roscadas

No desenho destas reuniões de peças, aplica-se as convenções anteriores - mas as roscas exteriores devem sempre esconder as roscas interiores e nãopodem ser escondidas por elas.

3. REPRESENTAÇÃO DAS PEÇAS DE ROSCA ESQUERDA

Quando há peças de rosca esquerda e a parte roscada não é visível por quem trabalha com elas, é costume marcá-las como se vê na fig

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Peças Roscadas ( Montagem de Conjuntos Roscados, Dimensões)

NF E 27-025/E 27-040/E 27-041

1. MONTAGEM

1.1 Furos lisos

O quadro nº dá o diâmetro do furo liso onde tenha de passar um parafuso, perno , etc.

1.2 Implantação

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A implantação j define o comprimento de rosca a embeber na montagem:

- parafusos : 0,5 d < j < 1,5 d

- espigões : 1,5 d < j < 2 d

1.3 Furos roscados

De um modo geral, para melhor trabalho de acabamento mecânico, os furos roscados devem ser feitos de fora a fora.

No caso contrário, deve-se fazer:

p = j + 3 ou 4 passos

p = j + 8 ou 9 passos

2. ANILHAS

As anilhas são utilizadas para melhor assentamento ou para travagem do elemento roscado.

3. CAMAS E CAIXAS

- A cama melhora o encosto da cabeça ou da anilha;

- A caixa permite embeber a cabeça

4. CHANFROS E CONTRAPUNÇOADOS

Para facilidade de montagem, recomenda-se a sua utilização nos furos.

5. COMPRIMENTOS

Os comprimentos da espiga e da parte roscada aplicam-se a parafusos e espigões.

6. DESIGNAÇÃO

A designação comporta o nome do elemento roscado, a forma da cabeça (símbolo), eventualmente a forma da extremidade, e a letra M seguida dodiâmetro, do comprimento e do número de referência da norma.

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Exemplo :

Parafuso QP de ponta cavada, M 12-50 NF E 27-110. Se o passo não for o normal, será também assinalado.

Peças Roscadas (Parafusos)

NF E 27-113/E 27-311

1. PARAFUSOS DE CABEÇA HEXAGONAL OU QUADRADA

Os parafusos de cabeça hexagonal são os mais utilizados, dada a facilidade e eficácia do seu aperto;

Para desenhar, escolherse-á:

y = 1,15a

z = 0,58a

Os parafusos de cabeça quadrada são frequentemente montados em ranhuras em T.

Designação ;

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Exemplo :

parafuso H, M 18-90, NF E 27-311

2. PARAFUSOS DE CABEÇA DE EMBEBER, CHATA OU DE TREMOÇO, PARA METAIS

Este tipo de parafuso é usado para melhor acabamento (no aspecto estético).

A centragem imposta por este tipo de cabeça pode representar um inconveniente na montagem.

Esta forma permite embeber as cabeças dos parafusos em espessuras pequenas, como por exemplo em chapas.

Para aplicação em furos não contrapunçados.

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3. PARAFUSOS DE CABEÇA DE QUEIJO PARA METAIS

A cabeça tem, geralmente uma ligeira inclinação na face lateral (0 a 5 º ).

Designação:

Exemplo:

parafuso C, M 12-50, NF E 27-115.

4. PARAFUSOS DE CABEÇA LARGA BOLEADA PARA METAIS

O raio Rmax da cabeça, especificado pela norma NF E 27-113, é da ordem de 0,4 d .

Designação:

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Exemplo:

parafuso CL, M 8-30, NF E 27-116.

5. PARAFUSOS DE SEXTAVADO INTERIOR (CABEÇA DE QUEIJO)

São como mostra a fig. 3. Pode-se embeber a cabeça do parafuso numa caixa apropriada ou, sendo ela recartilhada por fora, pode por vezes sermanobrada à mão.

Cmax = d.

Os comprimrntos da parte roscada serão, normalmente, escolhidos no quadro que dou a seguir.

Designação:

Exemplo:

parafuso CHc M 12-60, NF E 27-161

Peças Roscadas

Parafusos de ponta chata, de ponta-de-bico, de ponta cavada e de ponta-de-mama.

NF E 27 - 110/E 27 - 162

Conforme a extremidade que apresentam, os parafusos podem ser utilizados como:

- parafusos de pressão ( por ex ., os de ponta chata );

- parafusos de guiamento ( por ex ., os deponta-de-mama );

- parafusos de travagem ( por ex., os de ponta-de-bico );

Asua aplicação limita-se a montagens que não exijam grande precisão nem grande resistência.

Comprimrnto de rosca :

- os parafusos sem cabeça têm rosca em toda a extenção.

- os parafusos ponta-de-mama com cabeça também são roscados a todo comprimento e levam uma gola junto á cabeça.

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- todos os outros parafusos são roscados até a proximidade da cabeça.

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Peças Roscadas

Parafusos para chapa

1. GENERALIDADES

Os parafusos para chapa têm rosca de perfil triangular. Existem em dois tipos, conforme a ponta:

- tipo P ( ponta afiada )

- tipo SP ( ponta chata )

Também são utilizados para aparafusar em materiais plásticos, se bem que para este efeito sejam preferíveis roscas de perfil arredondado.

2. MONTAGEM

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Em metal ( chapa ), auto-roscante :

- espessuras pequenas, parafuso sempre mais comprido.

Em plástico :

- roscar o furo quando d é grande ; há auto - roscagem quando dp maior ou igual que d2min.

3. PARAFUSO PARA CHAPA DE FENDA ( cabeça de queijo larga )

4. PARAFUSO PARA CHAPA ( cabeça chata de embeber )

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5. PARAFUSO PARA CHAPA DE FENDA ( cabeça de tremoço de embeber )

6. PARAFUSO PARA CHAPA DE CABEÇA HEXAGONAL

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Parafusos para madeira

1. GENERALIDADES

O perfil teórico da rosca basea-se num triângulo equilátero

1.1 - Montagem

- os parafusos para madeira são auto-roscantes.

- a montagem faz-se em furo cego.

2. PARAFUSO PARA MADEIRA, DE CABEÇA HEXAGONAL

3. PARAFUSO PARA MADEIRA DE CABEÇA QUADRADA

4. PARAFUSO PARA MADEIRA DE CABEÇA ESFÉRICA

5. PARAFUSO PARA MADEIRA DE CABEÇA DE EMBEBER CHATA

6. PARAFUSO PARA MADEIRA DE CABEÇA DE EMBEBER DE TREMOÇO

Parafusos de regulação, de bloqueamento para anilhas basculantes, de cabeça canelada etc.

1. PARAFUSOS DE REGULAÇÃO

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2. PARAFUSOS DE BLOQUEAMENTO

3. APOIOS PARA PARAFUSO DE BLOQUEAMENTO

4. PARAFUSOS PARA ANILHAS BASCULANTES

5. PARAFUSO DE CABEÇA CANELADA

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Porcas para manobrar com chave

1. PORCAS HEXAGONAIS (símbolo H)

São as mais vulgares.

- são fáceis de manobrar com chave;

- o aperto é eficaz ;

- a porca Hm serve de contra-porca;

2. PORCAS QUADRADAS (símbolo Q)

- dão aperto muito eficaz;

- exigem demasiado espaço para a rotação;

- existem também com cabeça mais larga (símbolo QL)

3. PORCAS COM BASE DE ANILHA (sem símbolo especial)

Evitam o emprego de uma anilha separada, evitando o risco de esta se perder nas desmontagens.

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4. PORCAS DE CASTELO (símbolo HK)

Estas porcas são utilizadas nas montagens em que o travamento em rotação se faz com troço de fenda.

- segurança perfeita

- existem também com castelo saliente

5. PORCAS DE APOIO ESFÉRICO (sem símbolo especial)

São utilizadas raramente, com anilhas de caixa esférica, para aperto em superficies inclinadas.

6. PORCAS DE MAMA (sem símbolo especial)

São de furo cego. Protegem as roscas dos parafusos e podem evitar ferimentos.

7. PORCAS COM FREIO INCORPORADO

Há dois tipos:

- travamento por deformação da rosca

- trvamento por freio incorporado

- resistência térmica de -40ºC a +100ºC

- depois da montagem, o freio frica inutilizado;

- existe também com passo fino.

Porcas para manobrar à mão

1. PORCAS DE ORELHAS

Estas porcas são utilizadas para :

- binários de aperto médios;

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- ocupar pouco espaço;

- utilização sem chave.

2. PORCAS DE CABEÇA RECORTADA

Servem para parafusos de bloqueamento.

3. PORCAS DE "CHAVE VIOLINO"

Também servem para parafusos de aperto.

4. PORCAS DE CABEÇA DE MARTELO

Servem como porcas de bloqueamento ou como cabeças de parafuso de bloqueamento.

5. PORCAS DE CRUZ OU DE QUATRO BRAÇOS

Servem também para bloqueamento.

6. PORCAS DE CABEÇA CANELADA

Este tipo de porcas serve para peças de regulação ou de afinação manual.

Espigões

Existem dois tipos de espigões, no entanto, o espigão com gola é raro.

A parte a embeber é roscada até ao fundo.

- os comprimentos j e x serão escolhidos, conforme as espessuras a apertar.

Utilizam-se quando :

- são frequentes as desmontagens;

- existe grande espessura na peça-base;

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- o posicionamento é grosseiro.

Pernos

1. PERNOS DE CARPINTARIA

2. PERNOS DE CABEÇA DE TREMOÇO COM GOLA QUADRADA

3. PERNOS DE CABEÇA DE EMBEBER, CHATA OU DE TREMOÇO

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4. PERNOS DE CABEÇA DE QUEIJO

5. PERNOS DE CABEÇA DE TREMOÇO

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6. PERNOS DE CABEÇA DE EMBEBER, CHATA OU DE TREMOÇO

7. PERNOS DE APERTO REGULADO

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Anilhas

Uma anilha é uma peça com forma de coroa circular, de pequena espessura, que se destina a ser interposta entre uma porca e a cabeça a apertar.

1. ANILHAS PLANAS

São utilizadas, essencialmente, para aumentar a superficie de apoio ou para funcionar como obstáculo.

1.1 TOLERÂNCIAS

2. ANILHAS DE APOIO ESFÉRICO

Estas anilhas são utilizadas com as porcas de apoio esférico.

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3. ANILHAS DE TAÇA

Servem para apoio dos parafusos de embeber quando não há contrapunçoado.

São obtidas por estampagem ou por corte mecânico.

4. ANILHAS RASGADAS

Este tipo de anilha evita que, para a retirar, se tenha de desapertar completamente a porca ou parafuso.

São úteis em caso de desmontagens frquentes e rápidas.

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5. ANILHAS BASCULANTES

Também estas anilhas evitam o total desaperto do parafuso ou porca; e têm a vantagem adicional de não estar sujeitas a extravio durante asdesmontagens frequentes e rápidas.

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6. ANILHAS DE CUNHA

Servem para compensar a inclinação das abas dos perfis.

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Freios para parafusos e porcas

.1. PORCA E CONTRA-PORCA

Bloqueia-se a contra-porca sobre a porca principal. O sistema obtido é muito volumoso e o bloqueamento não é fácil de realizar.

2. PORCAS DE FREIO INCORPORADO

Há dois tipos: de deformação da rosca e de anel de poliamido

3. PORCAS DE CASTELO

É uma porca de formato especial, imobilizada em rotação por meio de um troço transversal. Eficácia absoluta.

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4. PORCAS DE ENTALHES

Associadas às respectivas anilhas de travamento, dão sistemas perfeitamente eficazes.

Têm a vantagem de ser reguláveis e a desvantagem de exigir entalhes no veio

5. FREIOS DE CHAPA

Uma aba do freio é dobrada sobre uma das faces da porca e a outra sobre uma face da peça. Boa eficácia, possibilidade de obtenção de váriostamanhos de aba. O comprimento c das abas é um mínimo.

6. ANILHAS GROWER

Estas anilhas são fabricadas a partir de um fio de aço de mola. São apertadas entre a peça e o elemento roscado a travar

7. ANILHAS DENTADAS

Estas anilhas dão excelente travamento, graças aos seus muitos dentes.

Com porcas hexagonais de pequena base de apoio, recomenda-se o uso exclusivo de anilhas de dentes interiores.

8. ANILHAS "BELLEVILLE"

Funcionam como molas e evitam que as porcas se desapertem mesmo quando submetidas a vibrações

São excepcionalmente eficazes.

Volantes, Manivelas, Chaves

1. PUNHOS DE MANIVELAS

São utilizados, essencialmente, em volantes e alavancas de manobra. Podem ser montado com ou sem movimento de rotação sobre o seu próprioeixo.

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2. MANIVELAS CON CONTRA-PESO

3. VOLANTES

4. CHAVES DE BOCAS, SIMPLES

A boca da chave tem uma inclinação de 15º em relação ao cabo o que permite utilizá-la em menor espaço.

5. CHAVES DE BOCAS DUPLAS

Estas chaves existem em duas sèries, devendo a escolha ser feita, de preferência, na série principal.

Ao realizar montagens, as dimensões dos parafusos e porcas serão escolhidas de modo a limitar o número de chaves a utilizar.

Construções Rebitadas

A ligação obtida com a rebitagem é permanente e indesmontável.

1. OBSERVAÇÕES

Na rebitagem a frio não há alterações do material por motivos térmicos.

A preparação é demorada.

A estanquecidade é possível mas difícil.

Há corrosão electrolitica do tipo pilha.

2. MONTAGEM

A montagem dos rebites depende :

- da disposição das chapas

- do diâmetro dos furos

- do diâmetro dos rebites

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- do passo

- da distância entre o bordo da chapa e o eixo do primeiro rebite

- dos comprimentos dos rebites

3. TIPOS DE CRAVAÇÃO

- Cravação com cabeças salientes

- Cravação com cabeças embebidas

em chapa espessa ;

em chapa fina ;

- Cravação com rebites furados

- Cravação cega ( acessível de um só lado)

4. REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA E DESIGNAÇÃO

5. TIPOS DE REBITES

- Rebites de cabeça cilíndrica chata

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- Rebites de cabeça de tremoço

- Rebites de cabeça esférica

- Rebites de cabeça de embeber ( 90º ; 60º ; 120º ; )

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Cavilhas

1. DEFINIÇÕES

Uma cavilha serve para imobilizar uma peça em relação a outra ou para realizar o posicionamento relativo de duas peças.

2. MONTAGEM

As cavilhas trabalham ao corte. Os contrapunçoados e outros acabamentos mecânicos devem ser executados de pois da montagem.

De um modo geral, os furos devem ser de fora a fora.

3. CAVILHAS CILÍNDRICAS SEM TÊMPERA

As cavilhas não temperadas classificam-se em três tipos: A, B e C por ordem decrescente de precisão.

4. CAVILHAS DE POSICIONAMENTO CÓNICAS

5. CAVILHAS CÓNICAS

Estas cavilhas, de uso fácil, conservam-se no lugar por aderência. Os furos cónicos devem ser mandrilados depois de montadas as peças

6. CAVILHAS CILÍNDRICAS OCAS

Estas cavilhas são obtidas a partir de folha e existem em duas espessuras.

7. CAVILHAS DE TROÇO

Uma vez colocado o troço, a posição fica assegurada. Servem para travar porcas de castelo.

Chavetagem

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1. CHAVETAGEM LONGITUDINAL FORÇADA

É uma ligação completa, realizada por aderência, e com obstaculização ao deslizamento.

2. CHAVETAGEM LONGITUDINAL COM CHAVETAS PARALELAS

È uma ligação em rotação. Permite deslocamentos no sentido axial desde que sejam lentos e pouco frequentes.

3. CHAVETAS DISCOIDES

Estas chavetas são utilizadas na transmissão de binários pequenos.

4. VEIOS DENTADOS

Os veios dentados no topo permitem a calagem de um órgão de comando em diversas posições. ex: torneiras.

5. ESTRIAS RADIAIS

As estrias radiais são utilizadas para ligações sem grande precisão. ex: alavancas de comando.

6. CANELADO POR ENVOLVENTES

Os canelados com perfis envolventes são utilizados para transmissão de esforços grandes a grandes velocidades e permitem o deslocamento axial do veio no cuboou vice-versa.

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Molas

1. SOLICITAÇÕES

- á flexão

- á torsão

2. MONTAGEM

- Ao montar molas concêntricas, os sentidos de enrolamentos devem ser inversos um do outro.

- As molas de compressão compridas têm de ser guiadas

- As indicações a dar nas encomendas devem referir as normas

3. MATERIAIS

- Matérias plásticas e borracha

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Soldadura

1. PRINCÍPIO

A junta de soldadura (cordão) é obtida por fusão local e gradual das peças a unir, constituidas pelo mesmo metal ou liga. O metal a fornecer ao processo,geralmente indispensável, tem composição aproximadamente igual. Obtém-se assim a soldadura autogénea , que apresenta, praticamente, resistência igual à domaterial das peças.

2. SOLDADURA A GÁS

O meio de aquecimento que provoca a fusão do metal é a chama de um maçarico - em geral o maçarico oxi-acetilénico. O uso de decapantes evita a oxidação dosmetais durante a operação de soldadura.

3. SOLDADURA ELÉCTRICA POR ARCO (tipos)

- arco com eléctrodo revestido

- arco sob protecção de um gás inerte com eléctrodo de tungsténio

- arco sob protecção de um gás inerte com electrodo fusível

- arco sob protecção de um gás activo com electrodo fusível

- soldadura a plasma

4. POSSIBILIDADES DE SOLDADURA

A soldadura autogénea por fusão aplica-se, em princípio, a todos os metais e lligas desde que se escolha o procedimento mais adequado.

5. DEFORMAÇÕES

As deformações das uniões obtidas por soldadura são variáveis - consoante os processos utilizados.

6. CONCEPÇÃO DAS CONSTRUÇÕES SOLDADAS

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- procurar formas simples ;

- levar em linha de conta as deformações devidas à retracção e colocar os cordões de soldadura, de preferência, em planos neutros.

- assegurar a acessibilidade da junta para a realização da operação de soldadura ;

- facilitar o posicionamento das peças para a operação de soldadura

- evitar concentrações de soldaduras

- não soldar entre si peças com massas muito diferentes

- dar sobre-espessuras para acabamento

Uma construção soldada é acabada depois da soldadura e não antes dela.

Os outros tipos de soldas, são o de por resistência, fricção, bombardeamento elctrónico e a laser

7. APLICAÇÕES

Construção mecânica soldada, caldeiraria , estruturas metálicas, estaleiros de construção naval, industrias automóvel, eléctrica química, nuclear,aeronáutica, espacial etc.

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Soldadura com soldas

1. PRINCIPIO

Trata-se de um processo de união heterogénea. As peças a unir são aquecidas em presença de um metal ou liga diferente, cuja temperatura de fusão éinferior à do metal de base.

Quando se atinge a temperatura de fusão de solda, o cordão forma-se por capilaridade. As soldaduras fazem-se sempre por encaixe ou sobreposição.O metal de base nunca funde e não participa na formação do cordão, cuja adesão se realiza por ligeira infiltração entre os grânulos do metal de base epor difusão.

O aquecimento das peças pode ser feito a gás, num forno, por imersão, por banho de sais, por indução eléctrica, por resistência eléctrica, por raiosinfra-vermelhos, com ferro de soldar etc.