pdm estudo das atividades económicas

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P P D D M M | Direcção de Projecto do Plano Director Municipal Loures, Fevereiro 2012 Revisão do Plano Director Municipal de Loures Estudo das Atividades Económicas Loures Bucelas Lousa Fanhões Frielas Santo Antão do Tojal São Julião do Tojal Unhos Camarate Sacavém Santa Iria da Azóia Bobadela São João da Talha Portela Apelação Prior Velho Santo António dos Cavaleiros Moscavide

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PPDDMM

| Direcção de Projecto do Plano Director Municipal

Loures, Fevereiro 2012

Revisão do Plano Director Municipal de Loures Estudo das Atividades Económicas

Loures

Bucelas

LousaFanhões

Frielas

Santo Antão do Tojal

São Julião do Tojal

Unhos

Camarate

Sacavém

Santa Iria da Azóia

Bobadela

São João da Talha

Portela

Apelação

Prior Velho

Santo António dos Cavaleiros

Moscavide

Plano Diretor Municipal

Revisão do Plano Diretor Municipal de Loures

ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

1

Introdução

O estudo que agora se apresenta visa dar uma breve caraterização das atividades económicas no

concelho, a sua evolução em termos de tendências e uma avaliação da execução destas, na

vigência do PDM, no sentido de poder ser feita uma leitura crítica das novas áreas de expansão,

numa perspetiva quantitativa e qualitativa, com tradução ao nível espacial e enquadrada numa

estratégia municipal.

Pretende-se assim fazer uma abordagem estratégica dos eixos e pólos de atividades económicas

a considerar, face ao existente e como parte integrante do Modelo Estratégico adotado para a

Revisão do PDM.

Apresentam-se também dados quantitativos das áreas ocupadas por atividades económicas e

das que se propõe ocupar, relativamente ao PDM em vigor e à Proposta da Revisão,

comparativamente.

Salienta-se que este estudo será desenvolvido numa vertente do ordenamento do território,

traduzindo as razões das opções tomadas enquanto área integrada na AML.

Neste estudo das atividades económicas serão referenciadas algumas análises realizadas sobre

a dinâmica económica concelhia, nomeadamente aquelas que constam em documentos

anteriores: Relatório de Enquadramento e Avaliação (Julho de 2003) e Programa Base (Julho de

2004 e revisto em Março de 2006). Ao mesmo tempo, procurou-se efetuar a atualização da

informação estatística, proveniente quer do INE quer da própria Autarquia.

Os contributos da Divisão de Desenvolvimento Económico e Promoção do Emprego (DDEPE) -

Departamento de Atividades Económicas e Turismo da Câmara Municipal de Loures foram

essenciais na análise das dinâmicas económicas concelhias1.

1 Vários documentos foram elaborados pelos técnicos da DDEPE e cedidos à DPMOT. Algumas partes dos documentos

estão integradas no presente capítulo.

Plano Diretor Municipal

Revisão do Plano Diretor Municipal de Loures

ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

2

Neste capítulo procuraram-se complementar as análises já efetuadas no âmbito dos Documentos

de Caracterização e Diagnóstico, apresentando dados mais atualizados no sentido de permitir

uma leitura mais consistente da estrutura empresarial e da dinâmica sócio- económica do

concelho.

1. Desenvolvimento Económico do Município de Loures: Estrutura e Tendências 1.1. Tecido Empresarial

A distribuição sectorial das empresas no município de Loures revela que, das 20 275 empresas, o

comércio e a reparação ocupam a maior fatia, com 24%, seguidas pelas empresas ligadas a

outras atividades de serviços (atividades associativas e reparação de bens de uso pessoal e

doméstico, serviços pessoais) com 21,7%. Em terceiro lugar, surgem as empresas de atividades

de consultoria, cientificas, técnicas e similares (imobiliárias, serviços prestados a empresas) com

10,8%.

Comparativamente aos concelhos da AML, e fundamentalmente à média da Grande Lisboa, o

concelho de Loures apresenta-se com números expressivos nas indústrias transformadoras, na

construção, no comércio e reparação e com um défice nas atividades de consultoria técnicas e

cientificas e nas atividades de saúde e de apoio social. Já ao nível das outras atividades e

serviços, apresenta uma ligeira superioridade percentual relativamente à média da Grande

Lisboa.

Plano Diretor Municipal

Revisão do Plano Diretor Municipal de Loures

ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

3

Quadro nº 1 - Empresas dos Municípios por Atividade Económica (CAE – Rev.32)

Fonte: INE, Anuários Estatísticos de Lisboa e Vale do Tejo, 2008

Fonte: INE, Anuários Estatísticos de Lisboa e Vale do Tejo, 2008

2 Classificação Portuguesa das Atividades Económicas (CAE-Rev.3), Lisboa, INE, 2007.

G. Lisboa Amadora Cascais Lisboa

Loures

Indústrias Transformadoras

10 069 3,8% 626 3,6% 905 3,3%

2 404

2,5%

1 103

5,4%

Construção 19 157 7,4% 1 726 10% 2 024 7,5%

4 517

4,6%

1 760

8,6%

Comércio e Reparação 51 487 20% 3 820 22% 4 536 17% 17 593 18,2%

4 873

24%

Transporte e Armazenagem 7 717 3% 427 2,4% 387 1,4% 2 571 2,6%

779

3,8%

Alojamento e Restauração 15 458 6% 1 061 6,1% 1 585 6% 6 069 6,2%

1 197

6%

Act. Consultoria, Científicas e Técnicas 38 539 15% 1 910 11% 4 284 16% 18 533 19,2%

2 200

10,8%

Act. de Saúde e Apoio Social 20 974 8% 1 129 6,5% 2 370 8,8% 8 968 9,3%

1 372

6,7%

Outras Act. e Serviços 50 210 19,4% 4 120 23,7% 5 067 19% 16 100 16,7%

4 405

21,7%

Mafra

Odivelas

Oeiras

Sintra

V.F.Xira

Indústrias Transformadoras 610 6,8% 714 4,7% 571 2,5%

2 477

6,3%

659

5,2%

Construção 1 202 13,5% 1 583 10,6% 1 172 5,1%

4 075

10,4%

1 098

8,8%

Comércio e Reparação 2 328 26,2% 3 311 22,2% 3 842 16,8% 8 412 21,6%

2 772

22,2%

Transporte e Armazenagem 247 2,7% 513 3,4% 299 1,3% 852 2,1%

454

3,6%

Alojamento e Restauração 528 6% 848 5,6% 976 4,2% 2 355 6%

839

6,7%

Act. Consultoria, Científicas e Técnicas 922 10,3% 1 426 9,5% 4 240 18,5% 3 859 10&%

1 165

9,3%

Act. de Saúde e Apoio Social 519 5,8% 1 117 7,4% 2 287 10% 2 405 6,1%

807

6,4%

Outras Act. e Serviços 1 261 14,2% 3 395 22,7% 4 526 19,8% 8 609 22,1%

2 727

22%

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

4

Gráfico nº 1 - Empresas do Município por Atividade Económica (CAE – Rev.3

3)

Fonte: INE, Anuários Estatísticos de Lisboa e Vale do Tejo, 2008

No plano do emprego, a atividade dominante situa-se ao nível do comércio e reparação, detendo

17 556 de empregos oferecidos (24%). Destaca-se igualmente o sector das indústrias

transformadoras que absorve 10 009 de empregados (14%). As empresas ligadas à construção

conseguem recolher mais de 8 000 trabalhadores (12%).

Gráfico nº2 – Pessoal ao Serviço nas Empresas do Município de Loures por Atividade Económica (CAE – Rev.3)

Fonte: INE, Anuários Estatísticos de Lisboa e Vale do Tejo, 2008

3 Classificação Portuguesa das Atividades Económicas (CAE-Rev.3), Lisboa, INE, 2007.

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

5

Quadro nº 2 - Trabalhadores por Conta de Outrem nos Estabelecimentos do Município,

segundo Sector de Atividade (CAE – Rev.3)

Fonte: INE, Anuários Estatísticos de Lisboa e Vale do Tejo, 2008

Acompanhando a tendência nacional e, em particular a da Grande Lisboa, o sector terciário

absorve a grande maioria (66,8%) dos trabalhadores por conta outrem nos estabelecimentos do

município de Loures. A terciarização, entendida como a migração de ativos dos sectores primário

e secundário para o sector terciário, a par da desindustrialização, são realidades patentes no

território municipal. Assumem particular interesse no sector terciário as seguintes atividades:

comércio por grosso e a retalho; restauração; bancos; serviços prestados a empresas;

transportes, armazenagem e comunicações.

Acrescente-se que dos 40 365 trabalhadores, 25,5% possui habilitações ao nível do 3º ciclo do

ensino básico (10 320 pessoas), 24,2% detém o ensino secundário e 19,5% com o 1º ciclo do

ensino básico. Uma percentagem significativa de trabalhadores apresenta níveis de escolaridade

mais elevados: 10% de indivíduos com licenciatura (3 744), mestrado (246) e doutoramento (29)4.

4 INE, Anuários Estatísticos de Lisboa e Vale do Tejo, 2008

Total Primário Secundário Terciário

G. Lisboa 587 690 1265 0,2% 109 265 18,5% 477 160 81%

Amadora 29 745 12 0,04% 8 308 28% 21 425 72%

Cascais 37 013 83 0,2% 8 248 22,2% 28 682 77,5%

Lisboa 293 574 356 0,1% 26 088 8,8% 267 130 91%

Loures 40 365 156 0,3% 13 232 32,7% 26 977 66,8%

Mafra 16 662 175 1% 3 474 20,8% 11 602 69,6%

Odivelas 16 700 15 0,08% 4 350 26% 11 053 66%

Oeiras 65 856 22 0,03% 10 646 16% 55 188 83,8%

Sintra 60 647 224 0,3% 23 072 38% 37 351 61,5%

Vila Franca Xira 27 128 131 0,4% 9 245 34% 17 752 65,4%

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

6

Gráfico nº3 – Trabalhadores por Conta de Outrem nos Estabelecimentos do Município de

Loures, segundo Escalão de Pessoal da Empresa (%)

Fonte: INE, Anuários Estatísticos de Lisboa e Vale do Tejo, 2008

Quadro nº 3- Empresas do Município, segundo Escalão de Pessoal ao Serviço Fonte: INE, Anuários Estatísticos de Lisboa e Vale do Tejo, 2008

O perfil produtivo de Loures é caracterizado pela concentração de emprego em estabelecimentos

de pequena dimensão: 95% das empresas do Município possuem menos 10 de trabalhadores, ao

passo que 3%, que correspondem a 739 empresas, têm entre 10 a 49 trabalhadores. Apenas 158

empresas reúnem escalão de pessoal ao serviço na ordem dos 50 a mais de 250 trabalhadores.

Total

Menos de 10 10-49 50-249

250 ou Mais

G. Lisboa 258 198 247 149 96% 9 372 3% 1 677 1%

413

0,1%

Amadora 17 308 16 727 96% 490 2% 91 1%

18

0,1%

Cascais 26 665 25 786 96% 772 3% 107 0,4%

13

0,04%

Lisboa 96 121 91 227 95% 4 103 4% 791 1%

238

0,2%

Loures 20 251 19 378 95% 739 3% 134 1%

24

0,1%

Mafra 8 873 8 522 96% 312 3% 39 0,4%

5

0,05%

Odivelas 14 899 14 454 97% 417 2% 28 0,1%

2

0,01%

Oeiras 22 756 21 695 95% 823 3% 238 1%

61

0,2%

Sintra 38 905 37 439 96% 1 288 3% 178 0,4%

37

0,09%

Vila Franca Xira 12 420 11 921 96% 428 3% 71 1%

15

0,1%

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

7

Quadro nº 4 - Indicadores de Mobilidade do Município de Loures

Fonte: DDEPE/SIPE com base nos Censos de 2001 (INE); Adaptado pela DPMOT (Dezembro de 2011)

A análise dos indicadores de mobilidade demonstra uma relativa incapacidade de absorção da

totalidade dos ativos residentes. O número de postos de trabalho que se contabilizava, em 2001,

perfazia 69 137, face aos munícipes residentes com emprego (98 785). A taxa de terciarização,

em 2001, representava 73% da população ativa residente. Todavia, as caraterísticas atrás

enunciadas não são suficientes para atrair a maioria da mão-de-obra local (57,5%), indo esta

trabalhar para concelhos limítrofes.

A capacidade de atração de emprego de Loures é demonstrada pela capacidade de

absorção/entrada diária de residentes em outros concelhos (cerca de 27 200), oriundos sobretudo

da Área Metropolitana de Lisboa, mais concretamente dos municípios de Lisboa, Vila Franca de

Xira, Odivelas, Sintra Amadora, Mafra e Oeiras. Em termos de empregabilidade, as entradas

quotidianas no Município representam mais de 50% (21 647 pessoas). No entanto, um número

ainda maior de indivíduos (aproximadamente 57 000) saía de Loures para trabalhar nos

municípios vizinhos, particularmente em Lisboa e em sectores ligados ao comércio e reparação.

Em suma, estes indicadores evidenciam que a capacidade de fixação da população residente

empregada é medida pelo grau de localização do emprego: 42,5% dos empregados no Município

residia e trabalhava em Loures, ao passo que 57,5% se distribuem pelos concelhos contíguos,

localizados especialmente na AML.

Indicadores de Mobilidade

M

ovim

en

tos P

en

du

lare

s

da P

op

ula

ção

(N

º)

População Residente Empregada

98 785 pessoas residentes no município de Loures têm emprego

(dentro ou fora do município)

Entradas

27 148 pessoas trabalham em Loures mas residem noutros

municípios

Saídas

56 796 pessoas residem em Loures mas trabalham noutros

municípios

Saldo de Emprego

O saldo de emprego é negativo (-29 648 pessoas), traduzindo um

município fornecedor de mão-de-obra

Emprego 69 137 postos de trabalho gerados no município

Im

po

rtân

cia

do

s

Mo

vim

en

tos

Pen

du

lare

s (

%)

Taxa de Mobilidade Extra Regional

57,5% da população residente empregada sai do município para

trabalhar

Taxa Bruta de Atração

39,3% dos postos de trabalho do município são preenchidos por

população não residente no município

Grau de Atratividade / Repulsão

Taxa de atração de 70% explicada por um Nº de postos de trabalho

gerados no município inferior à população residente empregada

Grau de Localização do Emprego

42,5% da população trabalha em Loures e reside em Loures

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

8

1.2. Dinâmicas Evolutivas

Por forma a aferir a dinâmica urbanística, considerou-se o licenciamento de obras ao nível da

construção nova afeta às atividades económicas (não incluindo obras de alteração ou de

reconstrução). Da análise da tabela, constata-se que tem sofrido oscilações ao longo dos anos,

sendo os anos mais proeminentes os de 2007, 2008 e 2005, todos com valores superiores a 100

mil metros quadrados (10 ha).

Quadro nº 5 - Obras Concluídas (Atividades Económicas)

Ano

Construção Nova

(m2)

2001

2 567

2002

78 573

2003

30 699

2004

71 694

2005

111 332

2006

98 527

2007

167 500

2008

132 842

2009

24 936

2010

33 225

Fonte: I.N.E., Estatísticas das Obras Concluídas (Anual); Inquérito aos Projetos de Obras de Edificação e de Demolição de Edifícios (Anual)

Gráfico nº4 - Obras Concluídas (Atividades Económicas)

Fonte: I.N.E., Estatísticas das Obras Concluídas (Anual); Inquérito aos Projetos de Obras de Edificação e de Demolição de Edifícios (Anual)

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Revisão do Plano Diretor Municipal de Loures

ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

9

Ressalve-se que os dados recolhidos pelo INE junto da Autarquia, através dos inquéritos a serem

preenchidos e devolvidos até ao dia 15 do mês seguinte ao da emissão do alvará, deverão ser

entendidos com alguma cautela, uma vez que existem diversas dificuldades inerentes ao

preenchimento da aplicação informática cedida pelo INE, pelo que existirão algumas imprecisões

por defeito.

O quadro seguinte demonstra a distribuição dos licenciamentos por áreas/usos, concluindo-se

que a finalidade das áreas de construção se destina, em primeiro lugar, aos serviços comerciais.

As áreas vocacionadas para uso geral5 surgem em segundo lugar, seguidas pelas de indústria e

as de serviços não mercantis.

Quadro nº 6 - Obras Concluídas (Atividades Económicas), por Usos (m

2)

Fonte: I.N.E., Estatísticas das Obras Concluídas (Anual); Inquérito aos Projetos de Obras de Edificação e de Demolição de Edifícios (Anual)

5 O que não se enquadra nos diversos destinos da obra, acaba por ser identificado como Uso Geral. A título de exemplo:

uma habitação com um piso térreo e que prevê a construção de parqueamento autónomo, este insere-se na categoria Uso Geral; uma habitação que prevê a construção de um anexo, não adstrito à habitação, também se enquadra no Uso Geral.

Usos

Anos Agric. e Pesca Indústria Turismo

Serviços Comerciais

Serviços Transp.

Comunic.

Serviços Não

Mercantis

Uso

Geral

Área Total

2001 - 1 137 - -

- -

1 430

2 567

2002 - 51 947 - 13 117

4 648

8 514

347

78 573

2003 - 4 327 - 6 336

-

7 624

12 412

30 699

2004 - 14 623 - 33 431

-

3 732

19 908

71 694

2005 - 7 521 - 36 174

578

7 331

59 728

111 332

2006 963 3 673 530 56 861

8 220

5 347

22 933

98 527

2007 423 8 444 9 318 146 824

-

1 650

841

167 500

2008 49 14 607 - 109 787

-

4 349

4 050

132 842

2009 153 4 908 - 17 684

- -

2 191

24 936

2010 - 7 331 19 930 2 059

-

3 905 -

33 225

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

10

Gráfico nº5 - Licenciamento de Obras - Construção Nova por Usos

Fonte: I.N.E., Estatísticas das Obras Concluídas (Anual); Inquérito aos Projetos de Obras de Edificação e de Demolição de Edifícios (Anual)

A análise por anos permite verificar que, em 2002, o licenciamento de obras com fins industriais

sobressai, com 51 947m2, em relação aos restantes usos. Nos anos 2004, 2006 a 2009, a

construção de edifícios para serviços comerciais destaca-se, em particular nos anos 2007 e 2008.

Uma possível justificação para este aumento das áreas de serviços comerciais poderá estar

relacionada com a construção do Loures Shopping, cuja inauguração foi em Outubro de 2005. De

acordo com as declarações prestadas por técnicos do Departamento de Planeamento e Gestão

Urbanística (DPGU) da Autarquia, as licenças/autorizações de utilização continuaram a ser

processadas após a abertura daquele espaço comercial. Em 2010, as áreas vocacionadas para

turismo sobrepuseram-se em relação às restantes, o que poderá ser justificado pela edificação

equiparada à operação de loteamento do Hotel-Magna Metrópolis, na freguesia de Frielas, entre

outras.

De forma a complementar os dados anteriormente apresentados, far-se-á referência aos dados

que constam nos relatórios anuais de atividade do Departamento de Administração Urbanística

(DAU, 2002-2003) e Departamento de Gestão Urbanística (DGU, 2004-2010). Estes dados

incidem sobre a evolução da área de construção afeta a atividades económicas presente em

novos processos de construção, da área de construção afeta a atividades económicas em novos

processos de loteamento e da área de construção de atividades económicas licenciadas.

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

11

Gráfico n.º 6 - Área de construção de atividades económicas

em novos processos de construção, 1999-2009 (ha)

14,10 14,07

11,43

9,81

22,75

21,31

19,54

31,59

18,41

13,47

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

Fonte: DPGU/ (2002- 2010), adaptado pela DPMOT (Dezembro 2011)

Os dados constantes do Gráfico n.º 6 referem-se à área de construção de atividades económicas

constante de novos pedidos de licenciamento, autorização ou comunicação prévia. Permitem

verificar a dinâmica das intenções de construção afeta ao uso de atividades económicas e

oferecem, indiretamente, uma visão da dinâmica da procura de solos que possam ser afetos a

este uso.

Entre 1999 e 2009 a área de construção média anual de atividades económicas requerida em

novos processos foi de 16,82 ha, oscilando entre um máximo de 31,59 ha em 2006 e um mínimo

de 8,58 ha em 2009. Distingue-se um primeiro período entre 1999 e 2002 de tendência

decrescente, um grande salto de 2002 para 2003, no qual a área de construção mais que

duplicou, e novo período de tendência decrescente entre 2003 e 2009, apenas interrompido pelo

valor excecional de 2006.

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

12

Gráfico n.º 7 - Área de construção de atividades económicas

em novos processos de loteamento, 1999-2010 (ha)

Fonte: DPGU/ (2002- 2010), adaptado pela DPMOT (Dezembro 2011)

No Gráfico n.º 7 observa-se uma outra faceta da dinâmica das áreas de atividades económicas: a

intenção de constituição de lotes a afetar total ou parcialmente a estes usos em novos processos

de loteamento.

A área de construção média anual fixou-se em 5,25 ha, observando-se o valor máximo de 11,42

ha em 2000 e o mínimo de 0,81 ha em 2006. Há um contraste claro entre o período 1999-2003,

com um valor médio de 9,02 ha, e o período 2004-2009, no qual este valor médio baixa para 2,12

ha. Ainda assim, entre o valor mínimo de 2006 e o ano mais recente da série assistiu-se a um

crescimento constante.

As áreas constantes deste gráfico são sempre muito inferiores às do gráfico anterior, situação que

se torna particularmente notória a partir de 2004. Tal pode indiciar um peso reduzido da

construção de áreas de atividades económicas em lotes decorrentes de operações de

loteamento, relativamente à que ocorre em parcelas existentes em áreas já consolidadas ou a

parcelas de origem rústica.

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

13

Gráfico n.º 8 - Área de construção de atividades económicas licenciadas, 2008-2010 (ha)

Fonte: DPGU/ (2002- 2010), adaptado pela DPMOT (Dezembro 2011)

O Gráfico n.º 8 refere-se a uma série mais curta (2008-2010) mas distingue-se dos dois anteriores

por incidir sobre obras licenciadas ou de outro modo autorizadas, quer no que respeita à

construção quer no que respeita à utilização. Por outro lado, apresenta sempre valores mais altos

do que os verificados nos dados do INE, já que abrangem a totalidade das licenças e outras

alterações, incluindo a legalização de edifícios e usos já existentes. Salienta-se aqui o valor

particularmente baixo da área de licenças e comunicações prévias de 2010.

Os dados recolhidos permitem concluir que tem existido nos últimos anos uma dinâmica

constante de construção de atividades económicas, com valores médios anuais de pretensões de

área de construção próximos dos 17 ha, ainda que com significativas oscilações anuais e uma

tendência decrescente nos anos mais recentes, não acompanhada pelas intenções de produção

de solo urbanizado neste período, nas quais a área de construção prevista tem crescido.

Para ilustrar a natureza da dinâmica das pretensões de instalação de atividades económicas em

Loures podem enumerar-se as mais relevantes que foram apresentadas ao longo do ano de

2010:

• Retail Park – Bogaris, situado numa parcela adjacente ao Hospital de Loures (8 000 m2,

freguesia de Loures);

• Conjunto de armazéns, situado nos antigos terrenos da Fábrica do Souto (3 400 m2,

freguesia da Bobadela);

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14

• Complexo industrial e de serviços (23 400 m2, freguesia de São Julião do Tojal);

• Edifício de serviços associados à indústria farmacêutica (31 900 m2, freguesia de Santa

Iria da Azóia);

1.3 Atividade Municipal

No intuito de desenvolver estratégias de apoio que permitam a promoção e desenvolvimento do

tecido empresarial do Município, a Autarquia, através do Departamento de Atividades Económicas

e do Turismo/Divisão de Desenvolvimento Económico e Promoção do Emprego, tem criado

alguns serviços, nomeadamente o Serviço de Informação e Apoio ao Investimento (SIAI); Serviço

de Informação e Pesquisa Económica (SIPE); Serviço de Apoio à Criação de Empresas e

Emprego (SACE). Estes serviços têm por missão promover uma estratégia de desenvolvimento

socioeconómico do Município, implementando uma cultura organizacional assente num serviço

público de proximidade.

De acordo com os dados fornecidos pela DDEPE/SIAI, o investidor tipo pretende instalar-se na

Zona Norte do concelho de Loures (Frielas, Loures, Lousa (Tocadelos), Santo Antão do Tojal e S.

Julião do Tojal); pretende empregar entre 5 a 99 pessoas, o que significa criar uma pequena ou

média empresa; pretende uma área compreendida entre 10 000 m2 a 60 000 m

2 6.

A intervenção da Autarquia passa também pelo apoio a outras áreas específicas fundamentais,

como sejam a Inovação e o Empreendedorismo, a desenvolver nas empresas, em conjunto

com o IAPMEI. O Projeto Transnacional Interreg IVC, Innohubs7 (Centro de Inovação Local) é um

bom exemplo, na medida em que um dos objetivos prevê a identificação e a partilha de boas

práticas de apoio e promoção do empreendedorismo e de PME’s inovadoras. No domínio da

inovação, este Projeto visa a criação de centros de inovação interligados ao tecido produtivo local.

A Internacionalização/Exportação, com especial relevo para os Países de Língua Oficial

Portuguesa, tem sido uma aposta, em articulação com a Agência para o Investimento e Comércio

Externo de Portugal (AICEP), a Associação de Empresas Portuguesa (AEP) e a Associação

Portuguesa das Mulheres Empresárias (APME). As missões empresariais, os protocolos de

cooperação institucional e económica, os encontros de divulgação de “novos mercados”, são

alguns dos exemplos dinamizados.

Outros projetos têm sido implementados pela Autarquia: Cadastro das Atividades Económicas,

com o objetivo de efetuar o levantamento de todas as empresas existentes no Município. Trata-se

6 Dados referentes ao período compreendido entre 2004 a 2010.

7 Além de Loures, os restantes parceiros são: Getafe (Espanha); Ballerup (Dinamarca); Nacka (Suécia); North Down

(Irlanda do Norte) e Pernik (Bulgária).

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15

de uma ferramenta essencial para o conhecimento integral do tecido empresarial, estando

disponível aos cidadãos através do portal das atividades económicas da CMLoures.

As Infopédias Setorias é um projeto que visa tratar, sistematizar e divulgar conteúdos relevantes

ao nível sectorial (agroalimentar, transportes e logística, indústria química e farmacêutica, artes

gráficas e novas tecnologias).

O dossier Loures Sente as Freguesias permite sistematizar um conjunto de dados

socioeconómicos sobre as freguesias do Município de Loures, no intuito de promover o diálogo

entre o tecido empresarial e as autarquias locais.

As Infofreguesias (“Bucelas Capital do Arinto”, “Portulla de Excelência” e “Viver S. João”)

oferecem uma representação visual da realidade socioeconómica das freguesias de Bucelas,

Portela e S. João da Talha.

O Portal/Georreferenciação, e no âmbito do apoio ao investidor, permite a disponibilização e

atualização de informação, nomeadamente no que diz respeito aos zonamentos industriais,

loteamentos e instalações com aptidão para o exercício de atividades económicas.

De acordo com as informações prestadas pelo Serviço de Informação e Apoio ao Investimento

(SIAI) da CMLoures, e atendendo à tipologia de atendimentos efetuados ao longo de 2010, é

possível aludir que a maior percentagem de processos que deram entrada referem-se a

investimentos de raiz (76%), o que significa a procura de terrenos e instalações aptas para

atividades económicas, sobretudo indústrias. Os pedidos de relocalização e ampliação de

instalações também assumem alguma expressão numérica (12%, para cada um deles).

Relativamente às pretensões para Novos Investimentos /Ampliação de instalações, constata-se

alguma dinâmica na Zona Norte, pelo que o SIAI encaminha estes promotores para as zonas de

dominante industrial do PDM, em virtude de existirem espaços vocacionados para o efeito.

Ainda que a zona oriental esteja condicionada e com um índice de ocupação elevado, a freguesia

de Camarate continua a ser alvo de grande procura, justificada pela localização privilegiada, mas

condicionada pelo perímetro de segurança do Aeroporto e pelas AUGI.

Acrescente-se que 67% dos novos investimentos destinam-se à indústria (áreas química,

cofragem, reciclagem e outras) e 33% ao comércio e serviços.

Estes dados reiteram a importância dada ao acréscimo das áreas de atividades económicas,

veiculada pela proposta de revisão do PDM. Na verdade, o Município de Loures continua a ser

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16

procurado não só por pessoas que aqui desejam residir, mas também por investidores que

pretendem investir neste território.

2. Loures no Contexto da Área Metropolitana de Lisboa

O território municipal, com os seus recursos e potencialidades, desempenha uma função

determinante na competitividade nacional.

Loures insere-se na 1ª coroa envolvente da cidade de Lisboa, onde, no presente, se equaciona a

modernização de todas as infraestruturas e equipamentos que irão fazer o futuro da capital, como

metrópole europeia. Torna-se de grande importância avaliar quais as medidas e ações

estratégicas a propor para o concelho, de modo a reforçar as suas especificidades e

centralidades intra-metropolitanas, maximizar os seus recursos, contribuir para a correção de

assimetrias e permitir o desenvolvimento económico e o bem-estar das populações.

A contextualização das linhas básicas de desenvolvimento económico a propor, implica que a

mesma se opere a dois níveis, embora interrelacionados:

� O nível regional, ou seja, atendendo à envolvente externa, em primeiro lugar, a AML, e,

em segundo, outros concelhos adjacentes, com os quais Loures compete e se

interrelaciona quotidianamente no quadro das linhas estratégicas definidas no PROTAML;

� O nível local, correspondendo ao território concelhio, com as suas diversidades,

assimetrias e dinâmicas socioeconómicas.

Inicia-se este capítulo com uma breve descrição da Visão Estratégica para a Região conforme o

enunciado agora na Alteração do PROTAML.

As opções estratégicas de base económica para a AML orbitam em torno de quatro vetores que

refletem as vantagens competitivas regionais, os grandes investimentos públicos em termos de

infraestruturas em curso e projetadas – NAL, Alta Velocidade Ferroviária e plataformas logísticas

– e as dinâmicas de crescimento dos polos especializados em ID.

De modo muito sucinto, podemos dizer que as opções estratégicas de base económica

perspetivam uma aposta forte nos transportes e logística; em conhecimento/investigação,

inovação e indústrias criativas; na economia do mar, e no desenvolvimento de clusters

emergentes da saúde e do turismo.

Relativamente às dinâmicas populacionais e ao sistema económico, podemos assinalar grandes

desequilíbrios ao nível da AML, ressaltando dinâmicas de crescimento muito diferenciadas entre a

Península de Setúbal e a Grande Lisboa, com tradução na desarticulação entre locais de

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17

emprego e habitação, gerando deslocações pendulares incomportáveis para uma AML eficaz e

energeticamente eficiente.

Neste sentido, do ponto de vista do ordenamento do território, é necessário encontrar um caminho

que seja capaz de resolver os problemas de desarticulação funcional – que impõem um custo de

contexto que não é negligenciável – em benefício da qualidade de vida, quer privilegiando as

centralidades existentes, otimizando a sua diversidade funcional e promovendo as sinergias

decorrentes da economia das aglomerações no que concerne à localização de novas

infraestruturas. Propõe, ainda incentivos para a reconversão de algumas atividades económicas

para segmentos de mercado com vantagens comparativas à escala internacional, onde seja

possível criar mais valor acrescentado e, logo, fomentar o emprego e o rendimento (Alteração do

PROTAML).

Podemos ainda observar um fenómeno de “descapitalização”, ou seja, perca de população na

cidade de Lisboa com franca expansão das aglomerações metropolitanas, evidenciando assim

um ciclo de metropolização, em Portugal, de expansão das respetivas coroas suburbanas. Ao

nível Ibérico, a realidade é inversa, existe um decréscimo das áreas metropolitanas mas as suas

cidades-centro registaram um crescimento. Estes fenómenos de decréscimo populacional das

cidades centro deverão ser invertidos, assim como o fomentar de políticas que promovam a

consolidação das centralidades do sistema urbano metropolitano, da sua hierarquização e

articulação física e funcional.

Importa assim realizar uma leitura da distribuição espacial dos principais polos de atividades

económicas e projetar as tendências de desenvolvimento futuro, em linha com as opções

estratégicas já identificadas no documento da Alteração ao PROTAML e do Modelo Estratégico,

que fundamenta a nova Proposta de Revisão do PDM para o concelho.

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18

Figura nº1 – Grandes Concentrações Económicas

Fonte: Alteração ao PROTAML, 2011

Como se pode observar na figura acima, as grandes concentrações económicas do concelho de

Loures encontram-se predominantemente localizadas a Nascente Sul da CREL, ou seja, na

Unidade Espaço Urbano Norte Poente.

Para esta Unidade no domínio das atividades económicas, e no que se refere ao concelho de

Loures, temos como Diretrizes e Medidas:

� Promover as áreas de atividades económicas estruturantes como motores de

desenvolvimento, nomeadamente: a centralidade de Alverca / Bobadela em articulação

com a área de atividades do MARL e com a plataforma Logística de Lisboa Norte, como

espaços privilegiados para a implantação de atividades ligadas à indústria e logística.

� Libertar os espaços ribeirinhos das ocupações pesadas com edificação contínua e

promover a criação de corredores ecológicos de ligação ao interior e de espaços de

recreio e lazer no eixo Sacavém – Vila Franca de Xira.

� Aproveitar as áreas industriais desativadas/abandonadas, para fomentar a criação de

polos culturais alternativos.

� Avaliar e contextualizar os espaços agricultados, especialmente os de elevado valor

produtivo, ou potencialmente agricultáveis bem como os espaços florestais, no processo

de ordenamento urbano.

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19

Existem ainda duas subunidades que especificam os seus objetivos: UT3D Carriche/Prior

Velho/Unhos e UT3E Várzea de Loures-Vialonga, respetivamente e que preconizam a promoção

de um ordenamento integrado face às diferentes problemáticas que apresentam.

A área a Norte da CREL integra a Unidade Norte Agro-Florestal, unidade predominantemente

rural e para a qual se quer promover a produção agrícola, florestal e pecuária como motor de

desenvolvimento sustentável deste território.

Por seu lado, a Norte dos concelhos de Amadora, Odivelas e Loures, com a melhoria das

infraestruturas de acessibilidade, aparecem também oportunidades de fixação de novas

atividades, embora seja um território pautado de zonas de transição menos articuladas do ponto

de vista espacial, caracterizado por uma baixa densidade de ocupação e maior presença das

atividades agrícolas. O desenvolvimento estará assim, neste caso, mais dependente das

dinâmicas locais, podendo os municípios reforçar as potencialidades de sinergias comuns e evitar

concorrências desnecessárias.

E ainda sobre a AML norte: “Já na margem Norte as dinâmicas de crescimento económico são

mais complementares, com um elevado número de interdependências municipais. Nas áreas

urbanas imediatamente adjacentes a Lisboa, ressaltam as articulações estruturadas entre os

parques empresariais de comércio e serviços (Miraflores) Linda-a-Velha, Carnaxide, Alfragide,

Serra de Carnaxide e Venda Nova – Falagueira) e nos sectores industriais e de logística (Prior

Velho, Camarate e Sacavém), que beneficiam de uma alta densidade residencial, de diversidade

sociocultural e de várias modalidades de transporte público”.

O eixo de Vila Franca de Xira é marcado pelas conhecidas barreiras físicas criadas pelas

principais infraestruturas em direção ao Norte do país, sendo o território privilegiado da logística,

em crescimento e renovação com a criação da plataforma de Castanheira do Ribatejo. Os

esforços desenvolvidos no sentido da qualificação do espaço urbano poderão ser compensados

com a atração de atividades de menor impacte ambiental e maior capacidade tecnológica que

reconvertam as antigas unidades industriais.

Em termos genéricos, podemos dizer que importa aprofundar a sociedade de informação e da

dinamização das indústrias ligadas à I&D, criando condições favoráveis para o seu

desenvolvimento. Parafraseando o documento de Alteração ao PROTAML: “nos concelhos de

maior tradição industrial, a mão-de-obra qualificada constitui um importante ativo que, se

acompanhada por uma política de apoio à investigação, pode conduzir ao empreendedorismo e a

projetos de inovação tecnológica que proporcionem a renovação do tecido industrial e a

emergência de novas atividades competitivas”.

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20

Figura nº2 - Carta Estratégica das Atividades Económicas

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21

3. Espacialização das Áreas de Atividades Económicas

3.1. Linhas Orientadoras e Potencialidades por UOPG

A diversidade territorial do concelho de Loures faz com que as linhas estratégicas para o seu

desenvolvimento socioeconómico tenham orientações diversas, em função das diferentes

realidades em que se enquadram e que, em termos operativos, coincidem com as 5 grandes

UOPG para o concelho: UOPG A a E, dando resposta às grandes preocupações estratégicas de

desenvolvimento municipal, que correspondem às suas unidades territoriais fundamentais e que

cobrem a totalidade da área do município:

UOPG A – Norte Rural;

UOPG B – Várzea e Costeiras;

UOPG C – Loures;

UOPG D – Eixo Logístico;

UOPG E – Oriental.

Figura nº 3 – Unidades Operativas de Planeamento e Gestão

Fonte: DPMOT, Carta da Programação Estratégica, 2011

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22

UOPG A – Norte Rural

Identificação:

Área norte do município, de cariz maioritariamente rural, em que predominam espaços agrícolas e

florestais. Integra a parte ocidental da freguesia de Loures, uma faixa a norte das freguesias de

Santo Antão do Tojal e São Julião do Tojal e a totalidade das freguesias de Lousa, Fanhões e

Bucelas.

Objetivos:

Objetivo geral

Concretizar a Rede Ecológica Metropolitana, mediante a conciliação da vocação ambiental e dos

valores identificados com o usufruto lúdico e pedagógico e com as atividades económicas de

produção agrícola e florestal. Deverão ser promovidos sistemas e práticas agrícolas e florestais

multifuncionais, fundados em princípios de uso e gestão sustentável, designadamente, na

conservação dos recursos naturais e da biodiversidade, a par do desenvolvimento turístico e

económico e da fixação da população.

Nestas áreas pretende-se a reestruturação, requalificação e contenção das unidades industriais e

logísticas em áreas sensíveis ambientalmente promovendo o crescimento harmonioso dos

núcleos urbanos tradicionais, de modo a travar a degradação do património construído,

arqueológico e paisagístico e a reduzir os riscos naturais, promovendo a coesão territorial, o

equilíbrio da paisagem e do ambiente, no município e na região.

Pretende-se, ainda, a salvaguarda das áreas agrícolas de suporte à produção de qualidade

reconhecida ou certificada, criando condições para expandir em área e incrementar

economicamente a produção distintiva da região, em sinergia com as unidades agroindustriais

locais e o turismo.

No sentido de concretizar os objetivos acima enunciados, está atualmente em curso o projeto

EUROSCAPES, incluído no programa INTERREG IV – C. Trata-se de um projeto que prevê a

elaboração de um Plano de Gestão de Paisagem (natural e cultural), a ser implementado na zona

norte do concelho de Loures (Bucelas, Fanhões, Loures, Lousa, S. Julião do Tojal e Santo Antão

do Tojal).

Esta estratégia vai ao encontro das Diretrizes e Medidas contidas nas Normas Orientadoras do

PROTAML, já que uma parte significativa desta área integra a Unidade Parque dos Vulcões e

para a qual se preconiza promover a elaboração de um estudo inter-municipal que pondere a

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

23

delimitação de um Parque Metropolitano que protagonize uma intervenção âncora para o

desenvolvimento e afirmação deste território.

Ainda na UOPG Norte e mais especificamente no que concerne à estruturação da rede urbana,

pretende-se:

� A afirmação dos perímetros urbanos sedes de freguesia - Lousa, Fanhões e Bucelas –

como aglomerados geradores de centralidades, através do reforço da sua capacidade

polarizadora ao nível da dotação de equipamentos e na aquisição de bens e serviços;

� A consolidação de Bucelas como centro estruturante do espaço rural devido às condições

que oferece para ancorar iniciativas turísticas relacionadas com a mais-valia da região

demarcada de vinho, designadamente o enoturismo e a gastronomia, em articulação com

outras atividades turísticas associadas ao património cultural e à natureza;

� A criação de pequenas áreas a colmatar para atividades económicas de expressão local

como bolsas de reforço de atividades já existentes, nomeadamente na Serra da Alrota, na

Freixeira, Casais do Forno e ainda em Fanhões, essenciais para a manutenção e criação

de emprego, assegurando projetos de enquadramento paisagístico que implementem

zonas tampão (buffers) que minimizem os respetivos impactos visuais na paisagem rural;

� A concretização dos Percursos Culturais e de Recreio que deverão fazer a articulação dos

Valores Naturais e Culturais e Promoção das Rotas Temáticas, nomeadamente a Rota

dos Vinhos e a Rota Histórica das Linhas Defensivas de Torres Vedras como projetos

exemplares que potenciam o desenvolvimento integrado das regiões.

Verificam-se, ainda, nesta Zona, duas áreas destinadas à concretização de atividades

económicas que se apresentam com objetivos bastante diferenciados e sendo ambas

compromissos existentes:

a) Cabeço da Rosa, restruturação das antigas instalações da construtora do Tâmega e para

onde foi elaborado um pólo de emprego terciário de influência municipal e supra

municipal com a criação de espaços qualificados de emprego terciário, associando

escritórios, serviços, hotelaria e recreio e lazer, ancorados na CREL.

Pretende-se que este plano contribua para a preservação e valorização da estrutura

ecológica urbana e para a recuperação e regeneração de valores ambientais

degradados;

b) Plano de Tocadelos – através do qual se pretende a Requalificação urbanística da Zona

Industrial de Tocadelos e sua envolvente, tendo em conta a minimização dos impactes

da expansão urbana prevista, atendendo aos objetivos do corredor estruturante primário

da Rede Ecológica Metropolitana definida pelo PROTAML, concretizando a estrutura

ecológica municipal, que desempenhará funções de harmonização e equilíbrio dos

diferentes usos urbanos;

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

24

Pretende-se que seja elaborado um estudo de enquadramento paisagístico das

atividades industriais existentes nesta unidade, implementando uma zona tampão (buffer)

que minimize o impacte visual destas atividades na paisagem rural envolvente,

nomeadamente com a paisagem compartimentada de Casaínhos localizada a nascente

desta unidade.

Considera-se, assim, que a Zona Norte poderá protagonizar uma mais-valia concelhia, onde a

componente ambiental e paisagística é privilegiada e o desenvolvimento económico poderá

ancorar-se em valores naturais e patrimoniais, podendo impulsionar o Turismo,

fundamentalmente o Turismo da Natureza e o Turismo Cultural, atendendo às potencialidades

existentes e aos vários projetos intermunicipais implementados ou em desenvolvimento como é o

caso das Rotas dos Vinhos, da Rota Histórica das Linhas Defensivas de Torres Vedras e do

Parque Metropolitano dos Vulcões, enunciado agora na Alteração ao PROTAML. Esta realidade

qualificada poderá atrair, para além do Turismo, valências com a componente de ID nas temáticas

relativas à aos valores a atividades aqui instaladas.

Quadro nº7 - Área de Atividades Económicas na UOPG A

UOPG B – Várzea e Costeiras

Identificação:

Área correspondente à várzea de Loures, abrangendo a planície aluvial do rio Trancão e a

confluência deste com os seus principais afluentes, e às costeiras, compreendendo as vertentes

contíguas à várzea de Loures a Sul e Nascente.

Solo Urbanizado

Total de Área

(ha)

Consolidadas de Indústria e Terciário 50,34

Consolidadas Turísticas 6,51

Indústria e Terciário a Reestruturar 46,43

Mistas a Reestruturar 10,60

Total 113,88

Solo Urbanizável

Indústria e Terciário 148,33

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25

Objetivos:

Objetivo geral

Criação de um parque periurbano de nível supramunicipal, de mediação entre o rural e o urbano,

diferenciador do território relativamente a toda a AML, valorizando a várzea de Loures enquanto

entidade central, de identidade e coesão concelhia, que garanta os usos do solo que melhor

compatibilizam as funções de produção agrícola com as de conservação da natureza, de

regulação ambiental e biodiversidade e de recreio e lazer da população

Conjugação do desenvolvimento das atividades relacionadas com as funções de produção

agrícola, de recreio e de conservação da natureza e biodiversidade, prevendo:

� a localização de um centro de apoio à atividade agrícola da várzea de Loures;

� formas de fruição pela população relacionadas com as explorações agrícolas: hortas

urbanas, atividades agrícolas variadas e mercados de agricultura biológica;

� a aferição dos percursos culturais e de recreio propostos pelo Plano Verde e eventual

proposta de novos percursos;

� a reconversão das quintas devolutas, das estruturas tradicionais associadas à atividade

agrícola e de áreas com usos marginais.

A várzea de Loures é já uma realidade de sucesso na produção intensiva de frescos

(horticultura).Esta área integra-se maioritariamente no perímetro hidroagrícola da Várzea

(enquadrada pela Associação de Beneficiários da Várzea de Loures) e caracteriza-se por um

regime de exploração intensivo de elevada produtividade destinado à venda em grosso

predominantemente às grandes superfícies.

No âmbito do projeto NATURBA, está a ser desenvolvido um plano para o Parque da Várzea –

Costeiras de Loures que integra os objetivos acima elencados, concretizando-se num plano de

gestão para a proteção dos amplos espaços de cultivo e de produção agrícola, combinando esta

vertente com a preservação da flora e fauna de habitats naturais (Paul das Caniceiras) com

atividades de lazer nomeadamente a visitação com fins pedagógicos, os percursos, e ainda com

a promoção de uma marca no sentido de afirmar a identidade da várzea e garantia de uma maior

vitalidade económica.

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26

Quadro nº 8 - Área de Atividades Económicas na UOPG B

UOPG C – Loures

Identificação:

Área correspondente à cidade de Loures e envolvente, integrando os perímetros urbanos que

mantêm com esta uma relação funcional mais direta, destacando-se Frielas, Pinheiro de Loures,

Guerreiros, Moninhos, Tojalinho, Murteira, Mato Antão e Murteira/Mato Antão/Casal da Serra.

Objetivos:

1-Objetivo geral

Consolidação da cidade de Loures enquanto entidade alargada que protagonize uma unidade

territorial de excelência, polarizadora e competitiva ao nível regional, valorizando-a através da

concretização integrada de equipamentos estruturantes, de novos espaços de atividades

económicas, de habitação qualificada e de uma estrutura ecológica contínua que promova a

articulação das várias centralidades existentes e propostas.

Pretende-se assim criar as condições para que Loures se possa afirmar na construção de uma

nova entidade, capaz de potenciar um ”projeto de território” com as seguintes linhas orientadoras:

� Afirmação da cidade de Loures através da dotação de equipamentos de nível

supramunicipal e municipal que lhe confira centralidade ao nível metropolitano;

� Promoção de novas acessibilidades, nomeadamente a implementação de TPSP, e

fortalecimento das existentes, garantindo um ou mais interfaces nas áreas mais centrais e

promovendo uma gestão da mobilidade que vise a transferência modal do TI para TP;

� Promoção da compactação e da multifuncionalidade através da concretização dos

espaços a colmatar, das áreas de urbanização programada habitacionais e da criação de

novas áreas de atividades económicas, promovendo espaços de incubação onde

coexistam indústrias e serviços que fomentem a inovação;

Solo Urbanizado

Total de Área

(ha)

Consolidadas de Indústria e Terciário 13,02

Indústria e Terciário a Reestruturar 5,11

Mistas a Reestruturar 29,36

Total 47,49

Solo Urbanizável

Indústria e Terciário 17,74

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

27

� Criação de uma estrutura ecológica valorizadora e agregadora das várias áreas urbanas

dando coesão ao elemento perímetro urbano e promovendo a qualidade de vida dos

espaços públicos.

Mais especificamente e relativamente às áreas de atividades económicas, pretende-se

fundamentalmente o reforço de algumas áreas já existentes, orientando-se para a estruturação e

expansão de alguns clusters. Temos, assim, na área mais a Norte Nascente a execução do polo

de atividades económicas de Sete Casas/Fanqueiro como reforço e desenvolvimento das

atividades já aí instaladas através da:

� Promoção e qualificação das áreas industriais a restruturar e da concretização de uma

área de ciência e tecnologia preferencialmente ligada à indústria farmacêutica;

� Concretização de áreas de urbanização programada de atividades económicas,

nomeadamente com a criação de um Parque municipal de atividades económicas,

promovendo assim um novo polo devidamente articulado e infraestruturado, garantindo

ganhos de escala e gerador de uma “economia de aglomeração”.

No eixo Odivelas/Loures pretende-se a criação de uma área de usos mistos com maior

densidade, suportada em áreas habitacionais com forte concentração de comércios e serviços,

localizados nos principais eixos viários (nova área proposta no PU de Santo António dos

Cavaleiros) e criação de uma nova área de Ciência e Tecnologia (PP Correio–Mor), com serviços

de referência e empresas com uma forte componente em ID e ciência e tecnologia em torno do

hospital. Espera-se que este equipamento - o hospital de Loures, funcione como âncora para a

atração de atividades complementares que estruturem agrupamentos produtivos na área da

Saúde.

Frielas, pela grande acessibilidade que apresenta, é uma freguesia já com inúmeras pré-

existências de atividades económicas relativamente às quais se preconiza a sua valorização e

minimização dos riscos existentes, nomeadamente o de inundações e o geotécnico e a sua

qualificação em termos de equipamentos e espaços verdes. A implantação do IKEA veio reforçar

a atratividade desta área, sendo uma empresa âncora com um histórico de boas práticas que

poderá ser uma mais-valia para o tecido económico envolvente.

Os grandes objetivos para esta área são:

� garantir o equilíbrio deste polo de atividades económicas com os usos habitacionais e

grandes infraestruturas existentes;

� colmatação das áreas consolidadas e a concretização de remates do perímetro urbano no

domínio das atividades económicas;

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

28

� valorização e consolidação do núcleo antigo de Frielas, através de intervenções

qualificadoras dos espaços públicos e dos equipamentos que tirem partido da sua

localização privilegiada junto à várzea;

� promoção de soluções de minimização dos riscos de inundação e riscos geotécnicos

como já foi referido.

Quadro nº 9 - Área de Atividades Económicas na UOPG C

UOPG D – Eixo Logístico

Identificação:

Área correspondente ao eixo logístico do MARL e envolvente poente, abrangendo os perímetros

de atividades económicas e os perímetros urbanos dos Tojais, Pintéus, Zambujeiro, A-das-

Lebres, Manjoeira e São Roque.

Objetivos:

Objetivo geral

Consolidação do polo de logística misto dos Tojais, através do desenvolvimento urbano suportado

essencialmente em princípios de compactação, reestruturação e programação das atividades

económicas estruturantes como motores de desenvolvimento, associada ao fortalecimento da

rede de transportes e circulação, reforçando as aglomerações urbanas de estruturação local,

Santo Antão do Tojal e São Julião do Tojal.

Solo Urbanizado

Total de Área

(ha)

Consolidadas de Indústria e Terciário 81,47

Consolidadas Terciárias 18,56

Consolidadas Turísticas 20,94

Indústria e Terciário a Reestruturar 44,51

Mistas a Reestruturar 7,28

Total 172,76

Solo Urbanizável

Indústria e Terciário 100,20

Ciência e Tecnologia 51,35

Centro de Gestão de Resíduos 15,65

Total 167,2

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

29

Objetivos estratégicos:

a) Consolidação do perímetro urbano dos Tojais, que integram as sedes de freguesia de

Santo Antão do Tojal e São Julião do Tojal, reforçando o seu papel de centralidade local

integrador dos aglomerados de menor nível hierárquico;

b) Reestruturação e qualificação do tecido industrial e terciário existente, através de

intervenções estruturadoras e de modernização que o integrem num “eixo de atividades”,

atrativo a novos investimentos, e promovam a sua visibilidade associada a uma nova

imagem;

c) Definição da rede de infraestruturas locais e sua articulação com a rede existente,

conferindo à Via de Cintura, em articulação com a CREL, o papel de vertebrador da

estruturação e organização do território;

d) Concretização das áreas de urbanização programada para Industria e Terciário, dando

preferência às que se encontram na proximidade do MARL e Business Park, aproveitando

desta forma a dinâmica por estas gerada;

e) Criação de condições para a implementação de um ramal de ligação à A1 em TPSP, de

apoio ao MARL.

Quadro nº 10 - Área de Atividades Económicas na UOPG D

UOPG E – Oriental

Identificação:

Área correspondente ao perímetro urbano de Sacavém, estendendo-se do núcleo central de

Sacavém para Norte ao longo do Tejo e da A1 até ao município de Vila Franca de Xira,

integrando ainda uma 1ª coroa que faz fronteira com Lisboa e que integra as freguesias de

Moscavide Portela, Camarate e Prior Velho e ainda mais a Norte os perímetros urbanos de

Apelação e Unhos.

Solo Urbanizado

Total de Área

(ha)

Consolidadas Terciárias 1,37

Consolidadas de Indústria e Terciário 201,65

Indústria e Terciário a Reestruturar 18,55

Total 221,57

Solo Urbanizável

Indústria e Terciário 145,48

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

30

Objetivos:

Objetivo geral

Consolidação da cidade de Sacavém enquanto centralidade estruturadora do eixo Sacavém-Vila

Franca de Xira e da parte oriental do município de Loures, através do reequilíbrio da ocupação,

da supressão de carências sócio-urbanísticas, da consolidação dos perímetros urbanos e do

reforço da identidade local.

Pretende -se atingir este objetivo através de:

a) Reequilíbrio da forte densidade residencial existente mediante a concretização de uma

rede coerente de espaços públicos, de uma estrutura ecológica urbana com forte

componente de fruição pública e do reforço da rede de equipamentos;

b) Afirmação dos núcleos centrais da unidade, reforçando o seu papel polarizador das redes

de equipamentos e de transportes e integrando funcionalmente as AUGI envolventes;

c) Reforço e consolidação do dinamismo económico existente e reconversão das atividades

económicas obsoletas, privilegiando as atividades económicas de menor impacte

ambiental, mais inovadoras e de maior capacidade tecnológica;

d) Reordenamento da estrutura urbana e das atividades económicas em torno do espaço do

Aeroporto, atendendo ao programa a desenvolver no âmbito da deslocalização da

infraestrutura aeroportuária;

e) Concretização de uma área de atividades diversificada (saúde desportiva, ensino

universitário, formação profissional, investigação, empresas de base tecnológica ou

dedicadas à biotecnologia, serviços de apoio e “incubadoras” de empresas), com a

possibilidade de integrar uma rede nacional e internacional de parques de ciência e

tecnologia.

Temos ainda objetivos muito específicos para a zona com mais concentração de atividades

económicas desta unidade territorial, cordão industrial ao longo da A1 (plataforma da Bobadela)

que a seguir enunciamos:

a) Promoção de uma imagem mais qualificada através da reestruturação, reabilitação e

modernização do tecido empresarial da plataforma ribeirinha.

b) Reestruturação da rede viária local, com especial relevância para a EN10, devendo

garantir a circulação ordenada de pesados e ligeiros e as ligações necessárias de

distribuição aos aglomerados urbanos envolventes;

c) Criação de uma estrutura de ação local de apoio ao investidor e criação de redes de

cooperação empresarial;

d) Promoção da reconversão de edifícios industriais devolutos para novas ocupações e

libertação da Frente Ribeirinha com usos obsoletos;

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

31

e) Reabilitação patrimonial e valorização ambiental do Estuário do Tejo, devendo contribuir

para a atração do turismo empresarial;

f) Promoção da ligação das margens do Rio Trancão, devendo contribuir para a

continuidade do espaço verde de recreio e lazer do Parque das Nações;

Na franja adjacente a Lisboa, existem territórios de boa acessibilidade, que usufruem da

proximidade com a capital, assim como do grande interface de transportes – Gare do Oriente com

a futura ligação de TGV (porta para a internacionalização), boa conectividade com a outra

margem, através da Ponte Vasco da Gama, atualmente a existência do aeroporto a escassos

quilómetros, o que valoriza grandemente esta faixa territorial, sendo, no entanto, necessário

contrariar o estigma da exclusão social e a tendência de desregramento urbanístico, promoção de

espaços de qualidade arquitetónica e de espaços verdes, através de ações integradas de

reabilitação ou mesmo de regeneração de vastas áreas deste território tirando partido da grande

diversidade cultural existente.

Como se pode ler no PROTAML: ”Nas áreas urbanas imediatamente adjacentes a Lisboa,

ressaltam as articulações estruturadas entre os parques empresariais de comércio e serviços

(Miraflores) Linda-a-Velha, Carnaxide, Alfragide, Serra de Carnaxide e Venda Nova – Falagueira)

e nos sectores industriais e de logística (Prior Velho, Camarate, e Sacavém), que beneficiam de

uma alta densidade residencial, de diversidade sociocultural e de várias modalidades de

transporte público.”

Nas freguesias de Camarate e Prior Velho preconiza-se elaborar um Plano de Estrutura que

equacione o reordenamento da estrutura urbana e das atividades económicas em torno do

espaço do Aeroporto, atendendo aos impactos que a deslocalização da infraestrutura

aeroportuária poderá ter na manutenção e viabilidade económica de algumas empresas que

dependem desta infraestrutura, assim como do efeito potenciador de um eventual centro de

negócios nesta área.

Para esse efeito e em conformidade com o PROTAML, deverão os municípios de Loures e Lisboa

promover um estudo que identifique e pondere as várias soluções de uso e ocupação da área

afeta ao aeroporto da Portela, avaliando os impactos da deslocalização da infraestrutura

aeroportuária.

Existem ainda alguns Planos em elaboração, assim como Áreas de reabilitação urbana que

poderão alterar a marca deste território alterando assim em muito o seu valor estratégico.

Na faixa mais a Nascente temos Moscavide, freguesia com grande pujança comercial e

apresentando agora novas potencialidades face às sinergias decorrentes da Expo e que deverá

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

32

caminhar no sentido da qualificação e reabilitação preservando o valor daquela entidade

urbanística e arquitetónica.

Quadro nº 11 - Área de Atividades Económicas na UOPG E

3.2. Evolução das Áreas de Atividades Económicas (PDM em vigor e Proposta de Revisão)

Pretende-se neste capítulo, apresentar uma comparação relativa ao PDM em vigor e à Proposta

de Revisão ao nível da respetiva ocupação (área de implantação) face aos usos dominantes

destes dois documentos.

Quadro nº 12 - Quadro Comparativo

Ao nível das áreas de atividades económicas podemos observar os seguintes números:

� No PDM em vigor (1994) estavam classificadas como Áreas Urbanizadas de Atividades

Económicas um total de 412 hectares (Áreas Consolidadas a Manter e Beneficiar

292,99ha e Áreas a Restruturar 119,28ha) e em Solo Urbanizável um total de 467,28

Solo Urbanizado

Total de Área

(ha)

Consolidadas de Indústria e Terciário 203,04

Consolidadas Terciárias 16,07

Consolidadas Turísticas 31,74

Indústria e Terciário a Reestruturar 67,37

Mistas a Reestruturar 25,16

Terciárias a Reestruturar 34,51

Total 377,89

Solo Urbanizável

Ciência e Tecnologia 27,30

Indústria e Terciário 7,28

Total 34,58

PDM em vigor (ha)

Proposta revisão

(ha)

Áreas Consolidadas 292,99 632,86

Áreas a Restruturar 119,28 254,41

Áreas Urbanizáveis 467,28 495,59

Total - Atividades Económicas 879,55 1382,86

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

33

hectares, sendo portanto o total das áreas afetas ao uso dominante de atividades

económicas de 879,55 hectares.

Na Proposta da Revisão temos os seguintes números:

� No Solo Urbanizado, um total de 887,27 hectares em que 632,86 ha dizem respeito às

Áreas Consolidadas e 254,41 ha são a Restruturar por se apresentarem muito

desqualificadas ou com uma tipologia pouco adequada a novas exigências

programáticas.

Gráfico nº 9 - Comparação das Áreas Urbanizadas e Urbanização Programada

No âmbito da Revisão do PDM, e na consequente delimitação dos perímetros urbanos, foram

ajustados os limites das classes, categorias e subcategorias de espaço à realidade existente,

subsistindo agora um maior rigor e uma maior atualização das bases cartográficas e ortofotos, o

que permitiu uma maior aderência ao terreno e, sempre que possível, fazendo com que os limites

destas áreas coincidissem com limites físicos identificáveis no terreno. Neste caso, foi consultada

uma base georreferenciada das atividades económicas (em elaboração), complementada por

trabalho de campo, no sentido de identificar o seu uso dominante e o nível de consolidação que

apresentavam para posteriormente proceder à sua classificação.

Pelas razões que acabámos de referir, e através de posterior avaliação, podemos concluir que o

Solo Urbanizado para atividades económicas apresenta uma ocupação que ronda os 90%, ou

seja, apresenta 10% de áreas a colmatar.

Assinala-se, no entanto, da existência de áreas subocupadas e que poderiam sofrer alguma

densificação na sua restruturação. Todavia, face à imponderabilidade destas dinâmicas optou-se

por não construir cenários que poderiam não ser concretizados.

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

34

Refere-se ainda que principalmente nas áreas urbanas mais consolidadas, existem inúmeras

atividades económicas que estão disseminadas num tecido multifuncional que apresenta no

entanto uma dominante habitacional pelo que foram classificadas como Espaços Residenciais.

Deste modo, em termos genéricos, podemos dizer que de 1994 para o ano de 2011, existem

aproximadamente mais 500 ha de áreas ocupadas afetas a atividades económicas

(diferença entre o que foi considerado como consolidado em 1994 e o que agora foi identificado

na Revisão).

Deste diferencial podemos considerar que 10% são áreas a colmatar, o que perfaz 50 ha. Para

fundamentar os dados apresentados, expõe-se, em anexo, uma carta com as áreas de atividades

económicas identificadas com cor sobre ortofotomapa, de modo a poder ser feita a leitura da

ocupação/colmatação destas áreas (figura nº 4).

A proposta de Solo Urbanizável para atividades económicas é agora de 495,59 hectares, muito

aproximada ao que foi estimado em 1994 (467,28ha), o que se considera ser uma área razoável,

na medida em que a nova proposta apresenta uma forte aposta na qualificação e expansão das

atividades económicas, fundamentada nos Pontos Fortes que a seguir se enunciam:

Pontos Fortes

As boas acessibilidades rodoviárias existentes e com possibilidade de serem muito fortalecidas

por um TPSP, com interfaces com a ferrovia e com o metro pesado (fora do concelho), conforme

enunciado na atual Alteração do PROTAML.

A proximidade com a capital - Lisboa e a sua integração na concentração de atividades terciárias

da área metropolitana.

A diversidade territorial e paisagística aliada a um património natural e arquitetónico, agora

potenciada nos diferentes objetivos das UOPG.

A consolidação das duas cidades, Loures e Sacavém com a concretização de alguns planos de

pormenor que irão qualificar e promover a Inovação e Conhecimento, através da atração de

novos residentes e/ou trabalhadores com qualificações superiores.

A existência de equipamentos estruturantes como o MARL e agora o novo Hospital,

equipamentos com capacidade de polarizar em seu redor inúmeras atividades complementares

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

35

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36

ou derivadas que possam consubstanciar clusters ou afirmarem-se como âncoras de

desenvolvimento.

O Aeroporto de Lisboa - num cenário 1, a atual situação como potencial porta para o mundo e

com as condicionantes inerentes a esta realidade; no cenário 2 - relocalização do aeroporto e

libertação de terrenos que poderão ser fundamentais numa estratégia de valorização duma área

atualmente muito desqualificada.

A existência de uma Frente Ribeirinha, com grande extensão e potenciadora de valores

paisagísticos e naturais que explorados conferem uma qualidade ambiental única com impactos

positivos na implantação de novas atividades económicas na sua proximidade.

Novos projetos assentes na valorização do sistema natural/preservação da paisagem e ruralidade

/Turismo da Natureza que poderão protagonizar novas vivências e novos clusters da denominada

Atratividade Distintiva.

A proposta plano da revisão do PDM, ao estabelecer um acréscimo significativo de áreas

destinadas às atividades económicas, procura contribuir para a diversificação e desenvolvimento

de atividades económicas criadoras de riqueza e de emprego permitindo fixar população e

aproveitar recursos endógenos transformando-os em fatores de competitividade. Trata-se de

dinamizar e revitalizar o tecido económico, bem como atrair e fixar empresas no território

municipal.

Os eixos determinantes para o investimento e competitividade no Município de Loures que se

operacionalizam nas respetivas UOPG assentaram fundamentalmente nos seguintes vetores de

desenvolvimento:

� Existência de solos férteis com potencialidades para a atividade agrícola. Loures integra a

grande horta urbana de Lisboa;

� Existência de produção vinícola de excelência. A área geográfica correspondente à

Denominação de Origem “Bucelas” abrange a totalidade da freguesia de Bucelas e parte

das freguesias de Fanhões (lugares de Fanhões, Ribas de Cima, Ribas de Baixo, Barras

e Cocho) e de Santo Antão do Tojal (lugares de Pintéus, Manjoeira e Arneiro);

� Localização excelente de Loures face à AML, enquanto polo dinamizador da Grande

Lisboa;

� Interatividade entre regiões e agentes que se consubstancia nas principais vias de

comunicação/acessibilidades (CRIL, CREL, Eixo Norte/Sul e Via de Cintura) entre

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

37

Loures e o resto do País (proximidade ao Aeroporto Internacional, à Rede Ferroviária e

ao Porto de Lisboa);

� Localização do Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL). O MARL, além de ser

uma plataforma logística de base alimentar, é uma estrutura polivalente e multifuncional

de produtos e agentes económicos do sector alimentar e não alimentar;

� Espaços qualificados para receção de atividades económicas, através de políticas de

atratividade para os investidores, numa visão de inovação e de empreendedorismo;

� Potencial humano com um bom nível de qualificação;

� Potencialidades turísticas induzidas pelo património arquitetónico, cultural e natural;

� Adoção de estratégias regionais e sectoriais com vista à consolidação do tecido

empresarial local, através de concertação de parcerias (Instituto de Apoio às Pequenas

e Médias Empresas e Inovação (APMEI), Agência para o Investimento e Comércio

Externo de Portugal (AICEP)), agentes determinantes para a prossecução dos objetivos

estratégicos definidos pelo Município;

� Políticas de desenvolvimento global, articuladas com sistemas de apoio ao nível nacional

e europeu, com reflexos em termos de desenvolvimento territorial (QREN, INTERREG,

outros programas de financiamento);

� Facilidade de circulação de bens, de pessoas, de serviços e de comunicações.

Paralelamente, aposta-se no papel de Loures no quadro alargado da AML, e na existência de

projetos ‘âncora’, de grande dimensão, lançados com adequadas políticas de investimento e

exploração que poderão funcionar como um contributo decisivo para acelerar o processo de

crescimento económico e potenciando assim o desenvolvimento concelhio.

Em suma, verificada uma dinâmica constante no que se refere a pretensões e licenciamentos

para atividades económicas e tendo-se enquadrado as áreas de atividades económicas propostas

nas diferentes “unidades territoriais” que estão traduzidas nas diferentes UOPG, com objetivos

concretos relativamente ao sistema urbano que integram, constata-se:

� A Zona norte (UOPG A) – com 148,33 ha em solo urbanizável, polarizada por duas

grandes áreas - Tocadelos e Cabeço da Rosa, dando assim resposta à grande pressão

que se vem sentindo;

� A várzea de Loures (UOPG B),com um número de 17,74ha sem novas apostas nesta

área; Loures cidade alargada (UOPG C) com 167ha justificados pela necessidade de

consolidação de algumas destas áreas; o eixo dos tojais (UOPG D), unidade que

concentra a maior aposta em novas atividades económicas e para a zona Oriental (UOPG

E), 34ha de solo urbanizável, número diminuto compreensível pela grande ocupação já

registada e onde atualmente se verifica principalmente a reconversão de usos e a

modernização das atividades aí existentes.

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38

A aposta em dois grandes projetos que têm como objetivo a preservação de paisagens

identitárias de Loures e a promoção dos seus potenciais produtos: o Euroscapes para a Zona

Norte e o Naturba para a Várzea de loures reforçam um caminho que terá que ser percorrido no

sentido da valorização ambiental do território de Loures e que poderá ser um fator de atratividade

concelhia. Por outro lado, a aposta numa reforçada centralidade da cidade de Loures através da

sua modernização e maior urbanidade poderão ser fatores propícios à incubação de mais

Inovação e Conhecimento.

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

39

Índice

Introdução ……………………………………………………………………………………………………1

1. Desenvolvimento Económico do Município de Loures: Estrutura e Tendências ……………… 2

1.1. Tecido Empresarial ……………………………………………………………………………………2

Quadro nº 1 - Empresas dos Municípios por Atividade Económica (CAE – Rev.3) …………………3

Gráfico nº 1 - Empresas do Município por Atividade Económica (CAE – Rev.3) ……………………4

Gráfico nº 2 – Pessoal ao Serviço nas Empresas do Município de Loures por Atividade Económica

(CAE – Rev.3) ………………………………………………………………………………………………4

Quadro nº 2 - Trabalhadores por Conta de Outrem nos Estabelecimentos do Município, segundo

Sector de Atividade (CAE – Rev.3) ………………………………………………………………………5

Gráfico nº3 – Trabalhadores por Conta de Outrem nos Estabelecimentos do Município de Loures,

segundo Escalão de Pessoal da Empresa (%)…………………………………………………..………6

Quadro nº 3- Empresas do Município, segundo Escalão de Pessoal ao Serviço ……...……………6

Quadro nº 4 - Indicadores de Mobilidade do Município de Loures ……………………………………7

1.2. Dinâmicas Evolutivas …………………………………………………………….……………………8

Quadro nº 5 - Obras Concluídas (Atividades Económicas) …………………………………….………8

Gráfico nº4 - Obras Concluídas (Atividades Económicas) ……………………….…………….………8

Quadro nº 6 - Obras Concluídas (Atividades Económicas), por Usos (m2) ………………….…….…9

Gráfico nº5 - Licenciamento de Obras - Construção Nova por Usos ……………………….…….…10

Gráfico n.º 6 - Área de construção de atividades económicas em novos processos de construção,

1999-2009 (ha) ……………………….…………………………….………………………………...……11

Gráfico n.º 7 - Área de construção de atividades económicas em novos processos de loteamento,

1999-2010 (ha) ……………………….…………………….………………………………………...……12

Gráfico n.º 8 - Área de construção de atividades económicas licenciadas, 2008-2010 (ha)...…...13

1.3. Atividade Municipal...………………………………………………………………………………...14

2. Loures no Contexto da Área Metropolitana de Lisboa...…………………………………………..16

Figura nº1 – Grandes Concentrações Económicas...………………………………….……….……..18

Figura nº2 - Carta Estratégica das Atividades Económicas...………………………………………..20

3. Espacialização das Áreas de Atividades Económicas ...……………………………………..…..21

3.1. Linhas Orientadoras e Potencialidades por UOPG ...……………………………………….…..21

Figura nº 3 – Unidades Operativas de Planeamento e Gestão .....…………………………………..21

Quadro nº7 - Área de Atividades Económicas na UOPG A .....………………………………..……..24

Quadro nº 8 - Área de Atividades Económicas na UOPG B .....………………………………….…..26

Quadro nº 9 - Área de Atividades Económicas na UOPG C .....………………………………….…..28

Quadro nº 10 - Área de Atividades Económicas na UOPG D .....………………………….…….…..29

Quadro nº 11 - Área de Atividades Económicas na UOPG E .....……………………………..….…..32

3.2. Evolução das Áreas de Atividades Económicas (PDM em vigor e Proposta de Revisão) ......32

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ESTUDO DAS ATIVIDADES ECONÓMICAS

40

Quadro nº 12 - Quadro Comparativo ..............................................................................................32

Gráfico nº 9 - Comparação das Áreas Urbanizadas e Urbanização Programada ..........................33

Figura nº 4 ......................................................................................................................................35

Áreas de Actividades Economicas

Plano Director Municipal

Câmara Municipal de LouresDirecção de Projecto do Plano Director Municipal

Proposta de Revisão do PDM - Ordenamento

PDM

Figura nº 4

Sistema de Coordenadas Hayford-GaussPonto CentralDatum 73

Data da Informação Janeiro 2012Data de Edição Janeiro 2012

Ficha TécnicaDirectora de ProjectoArquitecturaSociologia

Ângela Ferreira, Arq.Manuela CarneiroElisa Santos

LegendaSolo Urbano

Solo Urbanizado, Espaços de Actividades Economicas, Consolidadas TerciáriasSolo Urbanizado, Espaços de Actividades Economicas, Consolidadas TurísticasSolo Urbanizado, Espaços de Actividades Economicas, Consolidadas de Indústria e TerciárioSolo Urbanizado, Espaços de Actividades Economicas, Indústria e Terciário a ReestruturarSolo Urbanizado, Espaços de Actividades Economicas, Mistas a ReestruturarSolo Urbanizado, Espaços de Actividades Economicas, Terciárias a Reestruturar