ppllaannoo ddee … marcelo barbosa ... somos uma instituição pública de educação superior que,...

131
ESTADO DE ALAGOAS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS U UN NE EA AL L SEDE DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Luís Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS Sítio Eletrônico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142 1 P P L L A A N N O O D D E E D D E E S S E E N N V V O O L L V V I I M M E E N N T T O O I I N N S S T T I I T T U U C C I I O O N N A A L L P D I 2005-2010 ARAPIRACA 2005

Upload: ngohanh

Post on 27-Feb-2018

217 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    1

    PPLLAANNOO

    DDEE

    DDEESSEENNVVOOLLVVIIMMEENNTTOO

    IINNSSTTIITTUUCCIIOONNAALL

    PDI

    2005-2010

    ARAPIRACA 2005

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    2

    FUNDAO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS FUNESA

    Diretora-Presidente

    Ana Cristina de Lima Moreira

    Vice-Presidente

    Rubens Pessoa de Barros

    Chefe de Gabinete

    Jos Adelson Lopes Peixoto

    Diretor para Assuntos Acadmicos

    Cristina Maria Bezerra de Oliveira

    Diretor Administrativo/Financeiro

    Heldio Siqueira Cardeal

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA FUNDAO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    E-mail www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    http://www.funesa.al.gov.br/

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    3

    UNIDADES ACADMICAS DA INSTITUIO

    CAMPUS I ARAPIRACA

    FFPA - FACULDADE DE FORMAO DE PROFESSORES DE ARAPIRACA

    Diretor

    Edel Guilherme Silva Pontes

    Vice-Diretor

    Jacinta de Ftima Matos Gomes

    FAJEAL - FACULDADE DE ADMINISTRAO, CINCIAS CONTBEIS, JURDICAS E SOCIAIS DE ALAGOAS

    Diretor

    Lus Geraldo Rodrigues de Gusmo

    Vice-Diretor

    Valdemir da Silva

    CAMPUS II SANTANA DO IPANEMA

    ESSER ESCOLA SUPERIOR DE CINCIAS HUMANAS, FSICAS E

    BIOLGICAS DO SERTO Diretor

    Eraldo Saturnino de Almeida

    Vice-Diretor

    Divanir Maria de Lima

    CAMPUS III PALMEIRA DOS NDIOS

    ESPI - ESCOLA SUPERIOR DE CINCIAS HUMANAS E ECONMICAS DE PALMEIRA DOS NDIOS

    Diretor

    Jean Marcelo Barbosa de Oliveira

    Vice-Diretor

    Lauro Lopes Pereira Neto

    CAMPUS IV SO MIGUEL DOS CAMPOS (em processo de implantao)

    Coordenador Responsvel pela implantao da Unidade Marcio Ferreira da Silva

    CAMPUS V UNIO DOS PALMARES (em processo de implantao)

    Coordenador Responsvel pela implantao da Unidade

    Jairo Jos Campos da Costa.

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    4

    ELABORAO FINAL DESTE DOCUMENTO

    Diretoria Para Assuntos Acadmicos

    Cristina Maria Bezerra de Oliveira

    Coordenador de Pesquisa e Extenso

    Janesmar Camilo de Mendona Cavalcante

    Coordenador de Ps-Graduao

    Luziano Pereira Mendes de Lima

    Coordenao Geral da Elaborao e da Redao Final deste PDI

    Elcio de Gusmo Verosa

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    5

    SUMRIO

    APRESENTAO 07 SIGLAS 09 TABELAS, FIGURAS E GRFICOS 11 1. PERFIL INSTITUCIONAL 13

    1.1. HISTRICO DA INSTITUIO 14 1.2. CONTEXTUALIZAO REGIONAL 23

    1.2.1. CARACTERIZAO DAS UNIDADES EXISTENTES 40

    1.3. MISSO 53

    1.4. PRINCPIOS E FINALIDADES QUE REGEM A IES 53

    1.5. REAS DE ATUAO ACADMICA 55

    1.6. RESPONSABILIDADE SOCIAL DA IES 60 1.7. DIRETRIZES ACADMICAS GERAIS PARA O ENSINO,

    A PESQUISA E A EXTENSO 62

    1.8. OBJETIVOS E METAS GERAIS 65

    1.8.1. NO CAMPO DO ENSINO DE GRADUAO 65 1.8.2. NO CAMPO DA PS-GRADUAO E PESQUISA 70

    1.8.3. NO MBITO DAS POLTICAS DE EXTENSO 80

    2. PLANEJAMENTO, PERFIL E GESTO INSTITUCIONAL 82 2.1. OBJETIVOS E METAS ESPECFICOS PARA O PLANEJAMENTO

    E A GESTO INSTITUCIONAIS 82

    2.2. ORGANIZAO ACADMICA E ADMINISTRATIVA 86

    2.2.1.ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E INSTNCIAS DE DECISO 86

    2.2.2. RGOS COLEGIADOS 86

    2.2.3. ORGANIZAO ADMINISTRATIVA 87

    2.2.4. ORGANIZAO E GESTO DE PESSOAL: 89

    2.2.4.1. CORPO DOCENTE ACESSO, CARREIRA 89 REGIME DE TRABALHO, TITULAO E REMUNERAO;

    2.2.4.2. CORPO TCNICO-ADMINISTRATIVO - ACESSO, CARREIRA,

    REGIME DE TRABALHO, NVEL DE FORMAO E REMUNERAO 90

    2.3. CORPO DISCENTE: 92 2.3.1. POLTICA DE ATENDIMENTO ACADMICO E APOIO AO ESTUDANTE 92

    3. ORGANIZAO ACADMICA GERAL DA INSTITUIO 93 3.1. ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA 93

    3.1.1. DIRETRIZES POLTICO-PEDAGGICAS GERAIS DA INSTITUIO 93 3.1.2. DIRETRIZES POLTICO-PEDAGGICAS GERAIS DA INSTITUIO

    PARA A FORMAO DE PROFESSORES 94 3.1.3. POLTICA DE ESTGIO PRTICO-PROFISSIONAL E DE ATIVIDADES

    CORRELATAS NOS CURSOS DE BACHARELADO 105

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    6

    3.2.OFERTA ATUAL DE CURSOS E PROGRAMAS DE ENSINO DE

    GRADUAO E PS-GRADUAO 108

    3.3.OFERTA PROJETADA DE CURSOS E PROGRAMAS DE ENSINO

    DE GRADUAO E PS-GRADUAO 108

    4. INFRA-ESTRUTURA 110 4.1 - ESPAO FSICO, EQUIPAMENTOS E CONDIES DE FUNCIONAMENTO

    DISPONVEIS E PROGRAMADOS 110

    4.2 ADEQUAO DA INFRA-ESTRUTURA PARA O ATENDIMENTO

    AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS 116

    ESTRATGIAS E MEIOS PARA COMUNICAO INTERNA E EXTERNA 117

    CRONOGRAMA DE EXPANSO DA INFRA-ESTRUTURA PARA

    O PERODO DE VIGNCIA DO PDI 118

    5. ASPECTOS FINANCEIROS E ORAMENTRIOS 118

    5.1 DEMONSTRAO DA SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, INCLUINDO OS PROGRAMAS DE EXPANSO PREVISTOS NO PDI. 118

    5.1.1 ESTRATGIA DE GESTO ECONMICO-FINANCEIRA 119

    5.1.2 PLANOS DE INVESTIMENTO 120

    6. AVALLIAO E ACOMPANHAMENTO DO

    DESENVOL-VIMENTO INSTITUCIONAL 121 6.1 PROJETO DE AVALIAO E ACOMPANHAMENTO DAS

    ATIVIDADES ACADMICAS DE ENSINO, PESQUISA E

    EXTENSO, PLANEJAMENTO E GESTO 121

    CRONOGRAMA DE IMPLANTAO DO PDI DA INSTITUIO 130

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 131

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    7

    APRESENTAO

    Sonho de geraes e resposta, ainda que tardia, s demandas da gente

    alagoana do interior por continuidade de sua escolarizao, a FUNESA representa

    hoje uma caminhada acidentada, porm resistente e confiante, de geraes de

    viventes de uma Alagoas sofrida mas denodada e combativa.

    Primeiro como FUNEC, agora como FUNESA e, no futuro, como UNEAL,

    somos uma Instituio Pblica de Educao Superior que, renascida das cinzas,

    avana por todo o territrio alagoano, na certeza de que somente atravs de suas

    aes firmes e qualificadas ser possvel alavancar o desenvolvimento com bem

    estar que o nosso estado h muito vem exigindo.

    Tributrios do pioneirismo de alagoanos do interior como Jos Djalma, Jos

    Mendes, Luiz Torres, Yeda Fernandes, Erasmo Soares de Arajo, Izabel Torres de

    Oliveira (Da. Bezinha), Deusdete Barbosa da Silva, Maria Madalena Barros de

    Menezes, Oliveiros Nunes Barbosa e de tantos e tantas que, sob a Coordenao do

    Padre Tefanes Augusto de Arajo Barros, plasmaram a primeira IES no interior

    de Alagoas, e devedores da resistncia de dezenas de sonhadores e sonhadoras que

    no deixaram fenecer a semente plantada nos idos dos anos de 1970, chegamos ao

    Sculo XXI, apoiados na disposio de muitos/as mais, contando, graas

    sensibilidade e clarividncia do Governador Ronaldo Lessa, com as condies

    humanas e estruturais bsicas para a afirmao da UNEAL como mola propulsora

    privilegiada do progresso no interior do estado.

    Nesse sentido, este PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

    PDI, o primeiro a ser formulado para a Instituio com horizonte de mdio

    prazo, representa o ponto em que nos encontramos, de uma IES madura na sua

    viso do que seja fazer Educao Superior no mundo atual e pronta para crescer

    com qualidade acadmica, com gesto democrtica e com viso poltica racional,

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    8

    seja no sentido do bom uso de seus recursos, seja na consolidao e ampliao da

    legitimidade de quem financiada pelos recursos pblicos.

    com essa viso e com disposio de trabalhar e reavaliar

    permanentemente o nosso trabalho que estabelecemos este PDI e o

    disponibilizamos para a sociedade, abertos permanentemente ao dilogo e ao

    acolhimento da opinio pblica para um projeto que, objeto da participao ampla

    da comunidade acadmica, destina-se, em ltima instncia, s demandas da

    sociedade. Que esse PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL seja,

    portanto, nosso manual de consulta diria e a referncia permanente e primeira do

    nosso agir a palavra de ordem publicizada para todos os alagoanos e todas as

    alagoanas, cujos fiis depositrios so os gestores da UNEAL, e cujas testemunhas

    categorizadas e legalmente constitudas so a COORDENAO DE EDUCAO

    SUPERIOR E PROFISSIONAL CESEP/SCDH/AL e o nosso CONSELHO

    ESTADUAL DE EDUCAO.

    Arapiraca (AL), em janeiro de 2006.

    Ana Cristina de Lima Moreira

    Diretora-Presidente da FUNESA

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    9

    SIGLAS ABRUEM Associao Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais ANDE Associao Nacional de Educao ANFOPE Associao Nacional pela Formao dos Profissionais do Ensino ANPEd Associao Nacional de Pesquisa e Ps-Graduao em Educao ANPUH Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Histria ARGONAUTAS Pesquisa em Histria de Alagoas CBE Conferncia Brasileira de Educao CEE Conselho Estadual de Educao CESEP Coordenadoria de Educao Superior e Ensino Profissionalizante CNE/CP Conselho Nacional de Educao/Conselho Pleno COFINS Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social CONAES Comisso Nacional de Avaliao da Educao Superior CONSU Conselho Universitrio CPA Comisso Prpria de Avaliao CPMF Contribuio Provisria sobre Movimentaes Financeiras CRUB Conselho dos Reitores das Universidades Brsileiras CSLL Contribuio sobre Lucro Lquido CSU Centro Social Urbano CURA Conselho de Curadores DAA Departamento de Assuntos Acadmicos DCNs Diretrizes Curriculares Nacionais DOE Dirio Oficial do Estado EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria ENADE Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes ESAG Escola Superior de Administrao e Negcios do Agreste ESMIC Escola Superior de So Miguel dos Campos ESPI Escola Superior de Cincias Econmicas de Palmeira dos ndios ESSER Escola Superior de Cincias Humanas, Fsicas e Biolgicas do Serto FAJEAL Faculdade de Administrao, Cincias Contbeis, Jurdicas e Sociais de Alagoas FAPEAL Fundao de Amparo Pesquisa de Alagoas FEJAL Fundao Educacional Jaime de Altavilla FFPA Faculdade de Formao de Professores de Arapiraca FORUMDIR Frum de Diretores de Faculdades/Centros de Educao das Universidades Pblicas

    Brasileiras FORUNIV Frum Universitrio FPE Fundo de Participao dos Estados FPM - Fundo de Participao dos Municpios FUNDEF Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorizao dos Profissionais da

    Educao FUNEC Fundao Educacional do Agreste Alagoano FUNESA _ Fundao Universidade Estadual de Alagoas HIDROGEO Ncleo de Pesquisa em Hidrologia e Geomorfologia IBE Instituto Brasileiro de Economia IBGE Instituto Brasisleiro de Geografia e Estatstica IES Instituio de Educao Superior IETS Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade INEP Instututo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira INSS Instituto Nacional de Seguridade Social IOF Imposto sobre Operaes Financeiras IPI Imposto sobre Produtos Industrializados ITR Imposto Territorial Rural LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional MEC Ministrio da Educao NDI Ncleo de Desenvolvimento Institucional NEAR Ncleo de Estudos Argonautas

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    10

    NEHA Ncleo de Estudos Histricos e Antropolgicos NEPE Ncleo de Estuddos e Pesquisas Estatsticas NEPEF Ncleo de Estudos Polticos e Estratgicos NUPECH Ncleo de Pesquisa em Ecologia Humana NUPRQQUI Ncleo de Pesquisa em Qumica Orgnica e Fisocoqumica NUPURB Ncleo de Pesquisas Urbanas ONU Organizao das Naes Unidas PDI Plano de Desenvolvimento Institucional PDV Programa de Demisso Voluntria PEE/AL Plano Estadual de Educao de Alagoas PGP Programa de Graduao de Professores PIA Populao em Idade Ativa PIB Produto Interno Bruto PNE Plano Nacional de Educao SBPC Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia SCDH Secretaria Coordenadora de Desenvolvimento Humano SEBRAE Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SINAES Sistema Nacional de Avaliao da Educao Superior UFAL Universidade Federal de Alagoas UNESA Universidade Estadual de Alagoas UNESCO Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e Cultura

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    11

    TABELAS

    TABELA 1 SITUAO FUNCIONAL DA FUNESA ANTES E DEPOIS DO PDV

    TABELA 2 ALAGOAS RENDA DAS PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS/2003 TABELA 3 POPULAO TOTAL E EM IDADE DE ESCOLARIDADE UNIVERSITRIA DAS MICRORREGIES EM

    QUE SE ENCONTRA A FUNESA

    TABELA 4 NMERO DE ESTUDANTES INSCRITOS NO VESTIBULAR, NMERO DE VAGAS E DE MATRICULADOS NO 1 ANO E NMERO DE ALUNOS MATRICULADOS NOS CURSOS DE GRADUAO DA FUNESA NO ANO DE 2005.

    TABELA 5 - POPULAO TOTAL E EM IDADE DE ESCOLARIDADE UNIVERSITRIA ESTIMADA EM 2004 DAS MICRORREGIES EM QUE A FUNESA SE ENCONTRA EM FUNCIONAMENTO OU COM PRESENA PLANEJADA

    6TABELA 7 NMERO DE ESTUDANTES MATRICULADOS NOS CURSOS DE GRADUAO DA FUNESA NO ANO DE 2005, POR CAMPUS, E NMERO DE FORMADOS EM 2004.

    TABELA 8 QUADRO SINPTICO DA OFERTA DO PROGRAMA DE GRADUAO DE PROFESSORES PGP -

    2005 TABELA 9 OFERTA DE CURSOS DE PS-GRADUAO NOS LTIMOS 3 ANOS TABELA 10 NCLEOS DE PESQUISA EM FUNCIONAMENTO - 2005

    TABELA 11 ATIVIDADES INSTITUCIONAIS DE EXTENSO EM FUNCIONAMENTO NOS LTIMOS TRS ANOS OU PLANEJADAS PARA 2006

    TABELA 12 QUADRO DOCENTE ESTVEL POR CONCURSO NA FUNESA, EM 2005, POR CATEGORIA E

    CARGA HORRIA TABELA 13 OBJETIVOS GERAIS E METAS PARA A GRADUAO DA UNEAL NOS PRXIMOS 5 ANOS TABELA 14 - CRONOGRAMA FSICO DE EXECUO DAS METAS DA UNEAL PARA A GRADUAO NOS

    PRXIMOS 5 ANOS, POR SEMESTRE TABELA 15 - PESQUISAS CONCLUDAS NOS LTIMOS 3 ANOS, PELOS DOCENTES DA FUNESA, OU EM

    DESENVOLVIMENTO NESTE ANO DE 2005

    TABELA 16 - PESQUISAS EM DESENVOLVIMENTO NA FUNESA EM 2005 COM APOIO DA FAPEAL TABELA 17 QUADRO DOCENTE ESTVEL NA FUNESA, EM NMEROS ABSOLUTOS, EM 2005, POR

    TITULAO:

    TABELA 18 OBJETIVOS GERAIS E METAS PARA A PESQUISA E A PS-GRADUAO DA UNEAL NOS PRXIMOS 5 ANOS

    TABELA 19 - CRONOGRAMA FSICO DE EXECUO DAS METAS DA UNEAL PARA A PESQUISA E PS-

    GRADUAO NOS PRXIMOS 5 ANOS, POR SEMESTRE TABELA 20 OBJETIVOS GERAIS E METAS PARA A EXTENSO DA UNEAL NOS PRXIMOS 5 ANOS TABELA 21 - CRONOGRAMA FSICO DE EXECUO DAS METAS DA UNEAL PARA A PESQUISA E PS-

    GRADUAO NOS PRXIMOS 5 ANOS, POR SEMESTRE TABELA 22 OBJETIVOS GERAIS E METAS PARA O PLANEJAMENTO E A GESTO DA UNEAL NOS PRXIMOS

    5 ANOS TABELA 23 CRONOGRAMA FSICO DE EXECUO DAS METAS; O PLANEJAMENTO E A GESTO DA UNEAL

    NOS PRXIMOS 5 ANOS TABELA 24 - QUADRO DE CARGOS COMISSIONADOS E FUNES GRATIFICADAS TABELA 25 - QUADRO DE CARGOS DE SERVIDORES TCNICO-ADMINISTRATIVOS PARA PROVIMENTO

    EFETIVO IMEDIATO MEDIANTE CONCURSO PBLICO TABELA 26 CARGOS DE PROVIMENTO MEDIANTE CONCURSO APS O CREDENCIAMENTO DA INSTITUIO TABELA 27 - CRONOGRAMA DE IMPLANTAO DE POLTICAS DE APOIO AO ESTUDANTE NO PERODO 2005 -

    2010 TABELA 28 CURSOS DE GRADUAO POR CAMPUS, TURNO E SITUAO DE REGULARIDADE DE CADA

    CURSO JUNTO AO SISTEMA ESTADUAL

    TABELA 29 - INFRA-ESTRUTURA FSICA DISPONVEL PARA A ADMINISTRAO, O ENSINO E A PESQUISA NA FUNESA

    TABELA 30 INFRA-ESTRUTURA ACADMICA LABORATRIOS E E BIBLIOTECAS EXISTENTES NA FUNESA

    TABELA 31 RECURSOS ORIUNDOS DO TESOURO ESTADUAL EM 2005 TABELA 32 RECURSOS PRPRIOS EM 2005 TABELA 33 - PREVISO ORAMENTRIA E CRONOGRAMA DE EXECUO DOS RECURSOS DO TESOURO

    PARA O PERODO 2006-2010 TABELA 34 - PREVISO ORAMENTRIA E CRONOGRAMA DE EXECUO DOS RECURSOS PRPRIOS PARA

    O PERODO 2006-2010

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    12

    FUGURAS

    FIGURA 1 - REGIO DE ABRANGNCIA DAS ATIVIDADES DA FUNESA EM 2005 FIGURA 2-UNIDADES DA FUNESA EXISTENTES EM 2005 E COM IMPLANTAO PROGRAMADA PARA OS

    PRXIMOS 5 ANOS

    GRFICOS GRFICO 1 INCREMENTO DO NMERO DE MESTRES NO PERODO 2001-2005 E PROJEO AT 2010. GRFICO 2 PERCENTUAL DE INCREMENTO DO NMERO DE DOUTORES AT 2008, CONSIDERANDO-SE

    APENAS OS DOCENTES J EFETIVOS NA FUNESA

    GRFICO 3 TITULAO DO CORPO DOCENTE DA FUNESA, EM 2005, POR PERCENTUAIS

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    13

    1. PERFIL INSTITUCIONAL

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    14

    1.1 HISTRICO DA INSTITUIO

    A FUNDAO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS,

    considerada toda a sua trajetria, da instituio que lhe serviu de bero at os

    dias atuais, conta j com 35 anos de existncia, o que bastante significativo

    para os padres alagoanos, tendo-se em conta a existncia relativamente

    breve, em termos histricos, da Educao Superior no Brasil e,

    particularmente, em Alagoas.

    A semente do ensino superior no interior do territrio alagoano foi

    lanada pelas mos de pioneiros arapiraquenses em 1970 e tomou sua forma

    primeira atravs da Fundao Educacional do Agreste Alagoano FUNEC,

    criada precisamente em 13 de outubro de 1970, por fora da Lei Municipal n

    719/70, objetivando o progresso material, cultural e social da Regio

    Geo-Educacional da qual o municpio de Arapiraca centro, bem como a

    manuteno de estabelecimentos de ensino de qualquer grau compatveis

    com as necessidades.

    Criada a FUNEC, foram autorizados, em 27 de abril de 1971, por

    Decreto Presidencial, os cursos de formao de professores em Letras,

    Estudos Sociais e Cincias, dando corpo FACULDADE DE FORMAO DE

    PROFESSORES DE ARAPIRACA, a primeira a existir no interior do Estado.

    Eram trs Cursos de Licenciatura de curta durao, que tiveram seu

    reconhecimento por meio do Decreto Federal N 79.866, de 27 de junho de

    1977.

    Em pleno funcionamento os cursos j devidamente reconhecidos, em

    21 de agosto de 1978, atravs da Lei Estadual N 3.943, o Governador Divaldo

    Suruagy, sensibilizado com o pleito dos corpos discente, docente e da

    comunidade, autoriza a doao do prdio do Grupo Escolar Costa Rgo,

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    15

    situado na Rua Governador Luiz Cavalcante, s/n, bairro Alto do Cruzeiro,

    Arapiraca, para que nele funcionasse a unidade mantida pela FUNEC.

    Em 1985 catorze anos aps o incio de suas atividades acadmicas

    o MEC, atravs da Portaria 145, de 26 de fevereiro, autoriza o funcionamento

    das licenciaturas plenas em Letras, com habilitao em Portugus/Ingls e

    Portugus/Francs, em Estudos Sociais, com habilitao em Educao Moral e

    Cvica e em Cincias, com habilitao em Biologia, Fsica, Matemtica e

    Qumica. Estavam, assim, plenificadas, no mbito da formao em nvel de

    graduao, as atividades de ensino da Faculdade de Formao de Professores

    de Arapiraca, o que lhe abria horizontes para novos vos.

    Em 01 de dezembro de 1989, o Curso de Letras (com habilitao em

    Portugus x Francs e Portugus x Ingls e suas respectivas literaturas em

    nvel de licenciatura plena) reconhecido, atravs da portaria ministerial n

    660. A Instituio, porm, tinha uma forte amarra para seu pleno

    desenvolvimento embora em processo de ampliao, encontrava-se tolhida

    por um obstculo difcil de transpor, que era a ausncia de gratuidade, em meio

    a uma demanda submetida a dificuldades econmicas e financeiras

    caractersticas do estado de Alagoas e que vinham alcanando Arapiraca e

    rea circunvizinha de onde provinha significativa parte de seus alunos j desde

    a dcada de 1970, sobretudo com a decadncia da cultura do fumo, que era

    sua principal fonte de riqueza.

    Frente s dificuldades de auto-financiamento enfrentadas desde o

    incio de seu funcionamento, via anuidades pagas pelos alunos, e em resposta

    s reivindicaes da sociedade de Arapiraca e seu entorno, o Governo

    Estadual, atravs da Lei n 5.119, de 12 de janeiro de 1990, publicada no DOE

    de 13 de janeiro de 1990, torna a FUNEC uma instituio regida e mantida pelo

    Poder Pblico Estadual, cujo novo estatuto seria aprovado pelo Decreto

    Governamental N 34.928, de 29 de maio de 1991. Em 22 de outubro de 1991,

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    16

    j estadualizada, a FUNEC tem nomeada, por ato governamental, a sua

    primeira Diretoria.

    J dentro da nova realidade institucional, o curso de Estudos Sociais,

    com habilitao em Moral e Cvica, reconhecido pela Portaria Ministerial n

    718, de 19 de maio de 1992, e o curso de Cincias, habilitao em Biologia,

    Matemtica e Qumica, tem tambm seu reconhecimento pela Portaria

    Ministerial n 1.441, de 1 de outubro de 1992. Estamos numa realidade legal

    em que toda a Educao Superior do Pas, independentemente de sua

    vinculao administrativa, continua, como historicamente sempre foi, tendo sua

    superviso e regulao feitas pelo Poder Pblico Federal.

    Dadas as possibilidades de ampliao de suas atividades, por conta

    da gratuidade dos seus cursos e a possibilidade de financiamento pblico de

    suas atividades pelo Governo Estadual, este, por meio da Lei N 5.384, de 06

    de agosto de 1992, cria, vinculada FUNEC, a Escola Superior de

    Administrao e Negcios do Agreste ESAG, com o curso de Administrao

    de Negcios. O Regimento Interno da nova escola foi aprovado pelo seu

    Conselho de Administrao em reunio realizada no dia 06 de maio de 1993 e

    autorizado pela Portaria Ministerial, publicada no Dirio Oficial da Unio, em 15

    de outubro de 1993.

    Buscando adequar-se s mudanas parciais por que est passando

    a Educao Nacional, a IES pleiteia e obtm, do Conselho Estadual de

    Educao, em 06 de agosto de 1993, atravs da resoluo 003/93, extino do

    Curso de Estudos Sociais e o surgimento, em seu lugar, das licenciaturas

    plenas em Histria e Geografia.

    Os esforos de ampliao da IES, j expressos pelo surgimento, em

    1992, ainda em Arapiraca, de outra unidade dentro do conglomerado de

    escolas de nvel superior que comeam a surgir, iro avanar para o serto,

    em 1994, com a criao da Escola Superior de Cincias Humanas Fsicas e

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    17

    Biolgicas do Serto ESSER, pela Lei N 5.600/94, de 10 de janeiro de 1994.

    Nela deveriam ser institudos os Cursos de Pedagogia e Zootecnia. E esses

    cursos so autorizados atravs do Decreto Federal de 26 de abril de 1995,

    respaldado pelo parecer do Conselho Estadual de Educao de Alagoas N

    109/94, de 08 de novembro de 1994, sendo o curso de Pedagogia estendido

    Faculdade de Formao de Professores de Arapiraca - FFPA, com 50 vagas.

    Neste mesmo ano de 1994, cria-se a Escola Superior de Cincias

    Humanas e Econmicas de Palmeira dos ndios - ESPI, atravs da Lei N.

    5.606, de 26 de janeiro, com os cursos de Cincias Econmicas e Pedagogia.

    Entretanto, esses cursos, por no terem obtido autorizao, no entram em

    funcionamento, sendo implantados, por razes tcnicas, em seu lugar, os

    cursos de Letras, com habilitaes em Portugus/Ingls e Portugus/Francs,

    Estudos Sociais, com habilitaes em Histria e Geografia, e Cincias, com

    habilitaes em Biologia, Qumica, Matemtica e Fsica, instituindo-se, na

    verdade, uma extenso dos cursos da Faculdade de Formao de Professores

    de Arapiraca. A habilitao em Fsica, em virtude da demanda ter se revelado

    insuficiente para justificar seu funcionamento, acabou sendo suspenso.

    Em 26 de abril de 1995, coroando os anseios dos sertanejos, o

    Presidente da Repblica, Fernando Henrique Cardoso, atravs de Decreto,

    autoriza o funcionamento dos cursos de Pedagogia e Zootecnia da ESSER.

    Enquanto isso, a ESAG, na busca de seu crescimento, obtm

    autorizao para funcionamento do curso de Cincias Contbeis, por meio da

    Portaria Ministerial, publicada no D.O.U. de 27 de abril de 1995 e, procurando

    maior adequao de sua denominao s atividades de ensino em expanso,

    por conta dos cursos em funcionamento e a funcionar, a partir de 18 de

    dezembro de 1998 passar a denominar-se de FAJEAL Faculdade de

    Administrao, Cincias Contbeis, Jurdicas e Sociais do Estado de Alagoas,

    atravs da Lei Estadual n 6.086/98.

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    18

    A FUNEC, em 1995, atravs da Lei Estadual N 5.762, de 29 de

    dezembro, publicada no Dirio Oficial do Estado de 30 de dezembro do mesmo

    ano, ter seu nome alterado para Fundao Universidade Estadual de Alagoas

    FUNESA. quela altura, a Instituio parecia ter todas as condies legais,

    acadmicas e de financiamento para avanar rumo ao que seu nome indicava,

    ou seja, a transio da situao acadmica de faculdades integradas para o

    status de instituio universitria capaz de desenvolver, de forma indissocivel,

    o ensino, a pesquisa e a extenso de que as regies onde estava instalada

    necessitavam. Infelizmente, por fora do agravamento de uma severa crise

    poltica que j vinha se abatendo sobre o Estado de Alagoas cuja face mais

    perversa era a progressiva reduo da capacidade da mquina estadual

    pblica de fazer frente a seus encargos financeiros fez sentir seus efeitos

    tambm sobre a FUNESA.

    Assim, por conta do que ficou conhecido como a crise fiscal do

    estado de Alagoas, engendrada desde o acordo com os usineiros, celebrado

    pelo Governo Fernando Collor de Melo (1987-1990) e agravada nos governos

    Geraldo Bulhes (1991-1994) e Divaldo Suruagy (1995-1997), que leva o

    Tesouro Estadual bancarrota, a FUNESA no apenas no desfrutou do

    financiamento pblico de que necessitava para o seu desenvolvimento como

    Universidade, como foi uma das instituies estaduais que mais sofreu com o

    programa de demisso voluntria criado pelo Governo Estadual, mais

    conhecido como PDV, para contornar a crise de indigncia do Errio Pblico.

    Sendo, pela sua prpria natureza, uma instituio cujas atividades demandam

    intenso aporte de mo-de-obra, no havendo qualquer restrio para se aderir

    ao PDV e encontrando-se os servidores sem os seus salrios, j extremamente

    defasados, por praticamente um ano inteiro, o Programa de Demisso

    Voluntria, levado a efeito nos anos de 1996 e 1997, atingiu a FUNESA com

    um impacto tal sobre os servidores tcnico-administrativos que somente poder

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    19

    ser aquilatado se observarmos os dados sumariados na tabela a seguir:

    TABELA 1 SITUAO FUNCIONAL DA FUNESA ANTES E DEPOIS DO PDV

    QUADRO DE SERVIDORES DA FUNESA

    PERMANENTES ANTES DO PDV

    PERMANENTES DURANTE O

    PDV

    PERMANENTES APS O PDV

    COM VNCULO

    PRECRIO

    SERVIDORES

    PERMANENTES

    1995 1996/1997 1998 2002 2003

    DOCENTES 25 51 51 144 209

    SERVIDORES 22 04 04 80 04

    FONTE: DEPARTAMENTO DE ASSUNTOS ACADMICOS/FUNESA

    Dentre os efeitos mais perversos do PDV possveis de serem apontados,

    alm da diminuio drstica do quadro docente e tcnico-administrativo estvel

    da IES, importa aqui ressaltar, juntamente com a perda de profissionais de

    grande experincia e com muitos anos na instituio, a admisso de

    professores em carter emergencial atravs do que estamos denominando

    de contratos precrios, porque, na verdade, seus salrios, alm de muito

    baixos, no garantiam qualquer regularidade de remunerao, vinculando os

    docentes IES como horistas e pagando-os com uma periodicidade to

    irregular que chegava at a deix-los por seis meses sem qualquer valor

    remuneratrio.

    Isso, evidentemente, teve repercusses graves no funcionamento

    regular e harmnico na instituio, merc da disparidade de salrios entre os

    professores do quadro permanente, que ainda se encontravam em exerccio, e

    a maioria horista, que, com o PDV, passara a representar o contingente mais

    significativo do corpo docente necessrio ao funcionamento e expanso da

    IES que havia se dado muito recentemente.

    Nesse quadro, a FUNESA passou a ter um ritmo letivo extremamente

    irregular, com carncia de docentes em reas como Biologia, Qumica e

    Matemtica, por exemplo, sem falar no absentesmo de muitos horistas que,

    no dependendo somente daquele bico, davam prioridade a atividades mais

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    20

    seguras e/ou rentveis, alm das greves freqentes que passaram a ocorrer

    em toda a rede pblica estadual para recebimento de salrios devidos por

    meses a fio e s quais os docentes da FUNESA, tambm precisando de

    receber a remunerao que lhes era vital para a sobrevivncia, aderiam,

    inclusive com a compreenso e o apoio da maioria dos estudantes.

    Como se tudo isso j no representasse o caos total, alguns

    professores aprovados em concurso pblico da IES, em outubro de 1994,

    tendo outro vnculo empregatcio com o Poder Pblico Estadual e deste tendo

    se desligado voluntariamente, via PDV, tiveram que lutar junto Procuradoria

    Geral do Estado para conseguir suas nomeaes para a FUNESA no incio de

    1997, o que, se no resolvia o quadro de precariedade de vnculo do corpo

    docente, ao menos o minorava j que, agregados instituio em carter

    permanente, a ela podiam se dedicar com maior integralidade.

    Diante desse quadro aqui apenas delineado, d para imaginar os

    prejuzos sofridos pela FUNESA, cujas repercusses incidiram, de forma

    dramtica, tambm no campo administrativo, j que esse passou a se

    desenvolver tambm precariamente e de forma descontnua. Quanto aos

    danos acadmicos, bastante dizer que at recentemente tivemos um ano

    letivo inteiro perdido por conta das repercusses do PDV que, na verdade, foi

    apenas a expresso mais visvel do descalabro poltico-administrativo que por

    vrios anos se abateu sobre os alagoanos.

    Mesmo diante de todos esses entraves, porm, integrantes da

    Instituio remanescentes do PDV ou recm-chegados pela via do contrato

    precrio no esmoreceram em sua luta por retomar os ideais de fazer da

    FUNESA a Universidade a que a populao do interior de Alagoas tinha direito.

    Assim foi que, ainda em meio ao rescaldo da crise desencadeada pelo PDV,

    docentes, discentes e servidores tcnico-administrativos do quadro permanente

    ou no que, em meio a toda crise, continuaram apostando na instituio,

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    21

    fizeram acontecer, de agosto a setembro de 1999, assemblias que iriam

    definir Estatuto e Regimento Geral para a FUNESA que esperam ver renascer

    das cinzas, e Conselho Universitrio Provisrio que aprovaria as propostas

    oriundas da comunidade universitria. Encontra-se Alagoas, nesse momento,

    animada por novos ventos polticos soprados desde 1997, que haviam

    culminado com a alterao do grupo poltico no Governo Estadual justamente

    nesse ano de 1999.

    Enquanto isso, se, por conta da crise da IES, era impossvel, no

    perodo acima retratado, um crescimento orgnico por dentro da Instituio, foi

    buscado, em 1998, e conseguido do Conselho Estadual de Educao,

    autorizao para o funcionamento de uma extenso da FFPA em Unio dos

    Palmares, atravs da oferta do curso de licenciatura em Letras, com habilitao

    em Portugus/Ingls (25 vagas) e Portugus/Francs (25 vagas), sendo

    firmado, para tanto, convnio com a Prefeitura daquele Municpio, j que a

    FUNESA enfrentava srios problemas de financiamento e de pessoal. Em

    1998, ainda, autorizada a funcionar na cidade de So Miguel dos Campos,

    tambm extenso da FFPA, expressa pelo funcionamento tambm do Curso de

    Letras, com as mesmas habilitaes e quantidade de vagas autorizadas para

    Unio dos Palmares. Idntico convnio foi firmado com o municpio para que a

    atividade pudesse se dar. A esta altura as atividades da Instituio, por fora

    da LDB Lei N0.9.394/96, j se encontravam sob a superviso e poder

    regulador do Conselho Estadual de Educao, com o qual a FUNESA tambm

    vai enfrentar problemas, dessa vez de natureza acadmica, j que a falta de

    regularidade de seu funcionamento seria motivo suficiente para a rejeio dos

    seus pedidos de reconhecimento ou renovao de reconhecimento de seus

    cursos, se aquela corte educacional, a partir de 2001, tambm no se tivesse

    engajado na luta pela recuperao da educao superior do sistema.

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    22

    Aqui, a criao da COORDENADORIA DE EDUCAO SUPERIOR

    E ENSINO PROFISSIONALIZANTE CESEP, no seio da SECRETARIA DE

    ESTADO DE CINCIA, TECNOLOGIA E EDUCAO SUPERIOR (Lei 6.145,

    de 13 de janeiro de 2000), a par da alterao qualitativa que ir sofrer o

    Conselho Estadual de Educao, em 2001, tero um papel significativo na

    potencializao das lutas da comunidade acadmica da FUNESA pela sua

    reinstitucionalizao. que, no sendo mais a regularidade das IES e dos

    cursos de educao superior um fato permanente, por fora da LDB de 1996,

    mas um ato a ser renovado periodicamente mediante avaliao institucional e

    das condies de funcionamento de cada curso, a crise da FUNESA, j grave

    por conta da precariedade de seu quadro funcional e das restries de

    financiamento da sua manuteno e de investimentos em seu aperfeioamento

    e crescimento, agrava-se ainda mais, j que ela tem de enfrentar, sobretudo

    nos anos de 1999 a 2001, outro grave problema, desta vez de credibilidade,

    que tanto mais se aprofunda, quanto mais comeam a surgir e se firmar,

    inclusive em Arapiraca, IES e cursos regularizados e, portanto, aptos a emitir

    diplomas com validade nacional por conta da chancela dos poderes pblicos,

    enquanto os cursos mantidos pela FUNESA no podiam ter seus diplomas

    registrados portanto vlidos porque emitidos por IES com funcionamento

    irregular do ponto de vista das normas do seu sistema de ensino.

    Como nica Instituio Pblica e Gratuita de Educao Superior

    presente em trs regies importantes do interior alagoano a mais de 100

    quilmetros da capital -, a FUNESA no poderia permanecer na crise em que

    se encontrava, existindo como se estivesse praticamente entregue a sua

    prpria sorte, tendo como responsveis por ela quase que somente o empenho

    de seus docentes, servidores e discentes. do esforo feito em 1999 que, em

    2000, ser realizado o FRUM UNIVERSITRIO mais conhecido como

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    23

    FORUNIV, do qual a Instituio ir tirar foras para se reinstituir e chegar ao

    ponto em que hoje se encontra.

    Procurando cumprir seu papel dentro do Estado, imprimindo um novo

    rumo em sua trajetria de importantes servios prestados a Alagoas, ao tempo

    em que vai conseguindo, com o apoio da Coordenadoria da Educao Superior

    e Ensino Profissionalizante e do Conselho Estadual de Educao, que se

    reinstitui em 2001, regularizar seus cursos, a FUNESA encaminha aos rgos

    superiores do Estado, desde ento, anteprojeto de lei solicitando a

    transformao de suas unidades em uma Universidade.

    Insistindo nesse intento, juntamente com as iniciativas legais at seu

    credenciamento pelo CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAO, a FUNESA,

    com o apoio deste e a sensibilidade do Executivo Estadual, tem avanado em

    pontos bsicos e estratgicos para sua reinstituio: feito o concurso para

    docentes e j preenchidos de forma permanente os quadros necessrios ao

    funcionamento, no somente de seus cursos, mas tambm ao reforo da

    extenso e desenvolvimento regular de suas pesquisas, via aumento de carga

    horria de seus docentes com mestrado e doutorado, a IES persegue e busca

    estabelecer formalmente, atravs deste PDI, sua identidade acadmica e sua

    autonomia para agir, a par da democratizao e descentralizao de suas

    aes, para responder aos desafios dos novos tempos vividos pelo Brasil e por

    Alagoas e que a Educao Superior pblica e gratuita poder ajudar a vencer.

    1.2.CONTEXTUALIZAO REGIONAL

    Estudo desenvolvido pelo INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA,

    atravs do CENTRO DE POLTICAS SOCIAIS, com base em dados de

    Pesquisas Domiciliares, PNAD 1976-99 e CENSOS 1970, 1980, 1990 e 2000 e

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    24

    que, at muito recentemente, era o estudo mais atual sobre a realidade

    econmica de Alagoas, apresentava, alm de registros administrativos, um

    retrato tanto quanto possvel fiel da realidade alagoana nos tempos atuais.

    Enfocando as questes macroeconmicas e de poltica industrial entrelaadas

    com os aspectos sociais da vida de seus habitantes, procurando considerar os

    impactos sobre pobreza e bem-estar em Alagoas, esse estudo, mesmo

    equivocado em algumas das polticas que recomenda, traz um importante

    quadro da realidade que vale a pena aqui apresentar, ainda que

    esquematicamente, como pano de fundo que justifica a importncia e a

    natureza de um plano de desenvolvimento que se pretende para a

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS UNEAL, nos prximos 5 anos.

    Abordando condies de vida do povo e das mesoregies em que vivem,

    o estudo referido inclui

    a construo de um amplo acervo de indicadores geo-referenciados a partir de bases primrias de dados, com vistas a um Plano de aes sociais para o Estado e [...] a formao de um arcabouo conceitual e analtico que capta os canais de operao de diferentes polticas pblicas e suas interaes, assim como um Sistema de metas sociais.

    Esse estudo faz um diagnstico que situa bem o lugar da educao no

    contexto de um projeto de desenvolvimento para ALAGOAS, dentro do qual se

    prope inserir a UNEAL. Quanto ao perfil de ocupao, por exemplo, em

    Alagoas, a indigncia por setor de atividade revela que as famlias cujos chefes

    se encontram vinculados aos setores agrcola este o mais presente nos

    espaos onde atua a FUNESA - e de construo, so mais pobres do que

    aquelas vinculadas aos servios e ao setor pblico.

    Quanto ao acesso a servios, 32 % da populao de Alagoas (46% dos

    pobres) no tm acesso a gua encanada. 10% da populao (versus 6% dos

    pobres) dispem de esgoto atravs da rede principal. O restante - 90% - utiliza

    mtodos alternativos. 90% da populao (85% dos pobres) possuem acesso

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    25

    eletricidade. E um total de 70% da populao tem o seu lixo coletado direta ou

    indiretamente.

    Segundo o mesmo estudo,

    de uma maneira geral, o aspecto que salta mais aos olhos da anlise dos gastos sociais a alta parcela referente a polticas compensatrias continuadas como parcela dos gastos sociais devotados previdncia social e benefcios aos servidores pblicos. No nosso entender aconselhvel mudar a nfase das polticas sociais executadas para polticas de carter mais estrutural e duradouro.

    Esta situao reconhecida e inclusive sustentada como tese central do

    estudo recentemente publicado por Carvalho (2005). Configurando-se como o

    mais atual e completo estudo sobre a realidade scio-econmica de Alagoas, o

    trabalho de Ccero Pricles de Carvalho, feito com base nos estudos do IBGE,

    do IETS (Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade), do Ministrio do

    Trabalho, do Banco do Nordeste e de acadmicos alagoanos, ainda que

    otimista em termos das perspectivas que se abrem para a pobreza em nosso

    estado com a massiva participao dos recursos federais, apresenta elementos

    preocupantes frente ao desejvel para a sociedade alagoana, qual seja, uma

    poltica de desenvolvimento sustentvel e socialmente justo.

    Buscando caracterizar esquematicamente a restrio do

    desenvolvimento de Alagoas, mesmo no contexto do Nordeste, Carvalho

    (2005:8) diz que

    a economia alagoana, hoje, pode ser caracterizada como um conjunto produtivo marcado por trs fortes ausncias: a) falta-lhe um amplo mercado interno, decorrente de uma economia popular articulada que atenda demanda regional, que aumente e distribua a renda, incorporando, dessa maneira, a maioria da populao no processo de produo/consumo; b) faltam-lhe plos dinmicos capazes de substituir importaes e realizar exportaes (para o exterior e para outros estados), promovendo o crescimento regional; e c) falta-lhe um setor pblico (Estado e municpios) com capacidade de investimento.

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    26

    Segundo os dados atualizados por Carvalho em seu trabalho todos

    referentes aos anos de 2004 e 2005 Alagoas tem 62% de sua populao

    considerada pobre e metade de seus habitantes considerados alvo do

    Programa Fome Zero. Dentre os nove estados do Nordeste, Alagoas

    apresentava, em 2002, a 3. menor renda per capita, assim mesmo muito mal

    distribuda, como se pode ver pela tabela a seguir, referente a 2003:

    TABELA 2 ALAGOAS RENDA DAS PESSOAS DE 10 ANOS E MAIS/2003

    CLASSE NMERO %

    Sem Rendimento 225.730 19.9

    At um Salrio Mnimo 563.144 49.7

    Mais de 1 a 2 SMs 184.520 16.3

    Mais de 2 a 5 SMs 108.973 9.6

    Mais de 5 a 10 SMs 30.223 2.7

    Mais de 10 SMs 20.513 1.8

    TOTAL 1.133.203 100 FONTE: IBGE/PNAD (2004)

    A desigualdade na distribuio de renda, medida pelo ndice de GINI,

    que se expressa numa escala de zero (perfeita igualdade) a um (desigualdade

    extrema), no caso alagoano, segundo Carvalho, apresentava 0,563, em 2003,

    maior que o apresentado em 2001, que era de 0,549, com um agravante, j

    que dentre os 1.850.000 pobres revelados pelo IETS em 2003, com base em

    dados do IBGE,

    1.450.000 so mestios (pardos, na expresso do IBGE) ou negros. Esses nmeros mostram, primeiro, a permanncia das marcas ainda no superadas do perodo colonial e, segundo, a necessidade de polticas especficas para essa maioria marginalizada.

    Ainda segundo Carvalho, no seu intento de explicar a situao scio-

    econmica de Alagoas, o atraso do estado tem traduo

    na rea rural, com ausncia de um universo de pequenas unidades produtivas com acesso ao crdito, assistncia tcnica e facilidade de comercializao (que) implica a falta de

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    27

    uma produo suficiente de alimentos voltada para o abastecimento interno e de insumos para uma diversificada agroindstria. Nas cidades, a pequena produo manufatureira o pequeno negcio industrial e comercial sofre das mesmas carncias que a agricultura familiar. O resultado da combinao dos problemas no mundo rural e na parte urbana a pobreza e a falta de dinmica econmica. Este fenmeno pode ser verificado nos bairros perifricos da capital e, principalmente, nas cidades do interior, mesmo naqueles poucos municpios que tm feiras, as pequenas feiras semanais.

    Em ltima instncia, a economia de Alagoas tem sua fragilidade gerada

    e mantida por trs fatores assim configurados:

    a) de um lado, um PIB que se distribui da seguinte forma 11% na agropecuria, 23% na indstria e 66% nos servios;

    b) um setor de servios que se concentra em atividades sazonais, a saber, o setor sucroalcooleiro e o turismo;

    c) um setor de exportaes cuja base encontra-se centralizada em trs derivados da cana-de-acar (acar, lcool e melao) e dois produtos qumicos (dicloretano e policloreto de vinila)

    A partir desse panorama, em Alagoas, de uma fora de trabalho de

    1.100.000 pessoas, das quais 900.000 encontram-se ocupadas, apenas 250

    mil possuem carteira assinada. Para os demais, que sobrevivem como

    autnomos ou simplesmente como desocupados, ao sabor da sazonalidade

    dominante em sua economia, restam os benefcios provenientes da Seguridade

    Social ou as polticas compensatrias quase todas do Governo Federal que

    configuram aquilo que Carvalho chama de federalizao do desenvolvimento

    de Alagoas

    Tentando exemplificar a importncia que tm tido os programas e os

    recursos federais para a realidade alagoana, Carvalho afirma que

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    28

    enquanto Alagoas arrecada 960 milhes de ICMS durante um ano [...], a Previdncia Social injeta 1,5 bilho na economia do Estado, pagando, mensalmente, benefcios no valor total de 120 milhes de reais a 316.000 pessoas. Em mdia, cada um desses beneficiados possui famlia com quatro ou cinco pessoas, isso quer dizer que mais de um milho de alagoanos dependem, direta ou indiretamente, dos benefcios pagos pelo INSS. Dois outros programas assistenciais o Bolsa Famlia e o Programa de Erradicao do Trabalho Infantil transferem, mensalmente, 18 milhes de reais para um total de 250 mil famlias pobres ou miserveis, beneficiando mais de um milho de pessoas. (p. 59).

    Sobre essa particularidade do que representa o INSS para Alagoas,

    Carvalho mostra, por exemplo, que

    o municpio de Inhapi recebeu, em 2003, R$ 3,5 milhes e recolheu apenas 41 mil reais, ou seja, recebeu o equivalente a 84 anos de contribuio. Mas esse municpio no est s: So Jos da tapera e Girau do Ponciano receberam o equivalente a 30 anos; Mata Grande e Maribondo a 28 anos; Murici, a 20; Taquarana, a 24 anos e Canapi a 40 anos de contribuio [...] A implantao, desde 1988, do benefcio aos trabalhadores do campo fez com que quase todos os municpios rurais, como a maioria dos existentes em Alagoas, fossem transformados em recebedores lquidos de transferncias do INSS.

    J quanto s transferncias federais diretas para o estado e municpios,

    Carvalho mostra que

    Alagoas recebe, por ano (e todos os meses), mais recursos de Braslia que o arrecadado e enviado pela Receita Federal em Alagoas. Traduzindo: tudo o que a Unio arrecadou em Alagoas (R$ 485.491.711,00), em 2004, de impostos (Imposto de Renda, Imposto sobre Produtos Industrializados, Imposto de Exportao, IOF, ITR), e contribuies (Cofins, CSLL, CPMF, etc) foi bem menos do que Alagoas recebeu de Braslia (R$1.018.627.343,75) a ttulo de transferncias constitucionais (FPE, FUNDEF, LEI KANDIR, etc.)

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    29

    No intuito de mostrar a dimenso dessa transferncia de recursos na

    dinmica econmica de Alagoas - que ele com muita propriedade denomina

    renda sem produo, - Carvalho faz um paralelo cujo valor explicativo para a

    falta de auto-sustentabilidade da economia alagoana vale a pena aqui

    reproduzir. Diz ele que

    basta comparar os recursos do Bolsa Famlia com a massa salarial gerada no corte da cana. Alagoas colhe 25 milhes de toneladas de cana-de-acar, e cada tonelada de cana cortada paga ao trabalhador R$ 2,40. Se toda a cana-de-acar do Estado fosse colhida manualmente, a renda gerada numa safra seria de R$ 60 milhes de reais, uma massa salarial e anual correspondente a menos de uma tera parte que o Programa Bolsa Famlia paga aos beneficirios em Alagoas (que R$ 16,5 milhes por ano).

    Sem deixar de reconhecer a urgncia imperiosa dessas polticas

    compensatrias para um grande nmero de alagoanos que vivem na indigncia

    e at uma sada a curto prazo, tanto o IBE quanto Carvalho afirmam que sem

    polticas estruturais, Alagoas no suplantar nunca a situao de desvantagem

    econmica e social frente ao conjunto dos estados brasileiros, e a educao

    a principal dentre todas as polticas capazes de dar aos alagoanos

    perspectivas de um futuro com desenvolvimento sustentvel, como se pode

    observar no que vem a seguir.

    Em Alagoas, na Populao em Idade Ativa (PIA), observamos 4.6 anos

    mdios de estudos, contra 6.3 para o Brasil, observando-se a mesma situao,

    para as outras categorias: desempregados (5.5 e 7.0), inativos (4.1 e 5.6) e

    ocupados (4.5 e 6.2).

    Se compararmos o rendimento mdio entre os trabalhadores brasileiros

    e os trabalhadores alagoanos, observamos que estes apresentam um menor

    nvel de renda (R$ 266 contra R$ 450), o que j era esperado, por apresentar

    um nvel educacional inferior.

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    30

    A insero do trabalhador pouco qualificado no mundo do trabalho, seja

    no emprego formal, seja no informal, , por vrias razes, cada vez mais

    problemtica (ganhos de produtividade, globalizao, etc.). A prioridade da

    poltica de emprego, portanto, seria a de procurar elevar substancialmente a

    qualidade do trabalhador e, neste aspecto, a educao desempenha um papel

    central.

    Segundo o estudo do IBE, a renda domiciliar per capita do Brasil

    superior aos nveis encontrados em Alagoas (257 reais contra 136 reais).

    Procurando fornecer uma fotografia da pobreza em Alagoas, isto , identificar

    quem so os grupos mais vulnerveis da populao local e sua importncia

    relativa na determinao da pobreza, o estudo conclui, entre outros pontos,

    que, como sempre, a mais significante correlao (inversa) de pobreza a

    educao do chefe de domiclio.

    Ainda conforme o estudo, a renda per capita de um domiclio chefiado por

    algum que tenha terminado o segundo grau na mdia onze vezes maior do

    que em um domiclio chefiado por algum com escolaridade entre 0 e 1 ano de

    estudo. E na realidade alagoana, 43% da populao vivem em domiclios

    cujos chefes tm at 1 ano de estudo, a maioria situada nas pequenas cidades

    e na zona rural, que so rea de influncia da FUNESA.

    Segundo podemos observar, a influncia da educao formal bastante

    determinante em relao ao rendimento. A variao da taxa de retorno da

    educao (isto , quanto aumenta o salrio dos que esto ocupados por ano

    adicional de estudo) maior medida em que se aumentam os anos de estudo

    completos. Em outras palavras, o incentivo a continuar estudando para quem

    tem educao acima da mdia maior em relao queles que possuem baixa

    escolaridade. Para cada ano adicional de estudo, a renda de cada trabalhador

    desta regio aumentar a uma taxa de 13%. No Brasil esta estatstica

    levemente superior, correspondendo a 17.6%, de acordo com os anos de

    estudos completos. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia, difcil

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    31

    imaginar um investimento, seja pblico ou privado, com taxas de retorno to

    altas quanto o investimento de aumentar a escolaridade de um trabalhador que

    j possui um nvel relativamente alto de escolarizao. Estas consideraes

    tendem a se tornar cada vez mais importantes num mundo globalizado, em que

    a demanda por mo de obra qualificada tende a crescer a taxas significativas.

    Entretanto, para que polticas governamentais possam se beneficiar das altas

    taxas de retorno observadas para altos nveis de escolaridade, preciso elevar

    paulatinamente o nvel de qualificao da fora de trabalho, o que justifica o

    fortalecimento e a ampliao da oferta de Educao Superior, se Alagoas

    pretende romper com o atraso econmico e social crnico em que se encontra.

    Se, tanto em nvel nacional como regional, a nfase da poltica

    educacional recente a educao bsica, com a universalizao do Ensino

    Fundamental e a progressiva e inevitvel universalizao do Ensino Mdio, faz-

    se indispensvel, a par da busca de qualidade para toda a educao bsica,

    investir na Educao Superior, seja pelas razes j apontadas, seja porque

    desta depende a melhoria daquela.

    A abertura da economia nacional ocorrida na ltima dcada teve um

    impacto menor para o Estado de Alagoas do que para o Brasil como um todo,

    pois o percentual de ocupados do estado na indstria ainda relativamente

    baixo em relao mdia brasileira. Por outro lado, a proporo de

    empregados agrcolas alta em Alagoas em comparao ao Brasil e,

    diferentemente do que se imagina, continua em crescimento.

    Considerando a evoluo social da populao alagoana, que um outro

    importante elemento a se ter em conta na configurao de uma sociedade

    moderna, tendo por base, como feito pelo estudo em questo, quatro

    categorias de tamanho de aglomerados populacionais, a saber: rea rural (at

    20 mil habitantes) e rea urbana subdividida em urbana pequena (20 a 50 mil

    habitantes), urbana mdia (de 50 a 200 mil habitantes) e urbana grande (mais

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    32

    de 200 mil habitantes), veremos que a rea de influncia da FUNESA deixa de

    fora a ltima sub-categoria.

    J o problema do trabalho no Brasil no se restringe quantidade de

    postos de trabalho disponveis mas deve incluir a qualidade dos postos de

    trabalho, com o grau de precariedade expresso pela taxa de informalidade

    calculada, computando a soma das parcelas de trabalhadores autnomos, dos

    empregados sem carteira e dos trabalhadores no-remunerados (os sem-

    pagamento). Nesse aspecto, a taxa de crescimento da informalidade em

    Alagoas, ao contrrio da taxa de desemprego, apresentou, nos ltimos anos,

    uma taxa de crescimento anual de 6.1% contra o que ocorreu no Brasil, em que

    esta estatstica correspondeu a 0,8%. As reas urbanas apresentaram maior

    crescimento em relao rural: em especial, a rea urbana grande, com 9.1%,

    contra 3.9% na rea rural, merc do xodo que busca maior nvel educacional,

    aliado alternativa de emprego e renda.

    Segundo o IBE, de uma forma geral, a anlise da evoluo dos

    indicadores sociais mostra que a crise recente afetou, principalmente, as

    cidades com maior densidade populacional tanto em Alagoas quanto no Brasil.

    Em Alagoas, as cidades urbanas grandes (ou seja, cidades urbanas com mais

    de 200 mil habitantes) foram as mais afetadas pela crise, apresentando o maior

    aumento da taxa de desemprego, maiores quedas nas rendas do trabalho e de

    todas as fontes, e conseqentemente a maior taxa de variao da pobreza. Por

    outro lado, as cidades com menor densidade populacional apresentaram no

    s melhores resultados nas rendas auferidas do trabalho, como de todas as

    fontes, com queda da proporo de pobres. E aqui que a influncia da

    FUNESA, que j vem se fazendo presente h anos, pode se intensificar ainda

    mais.

    A FUNESA nasceu, como j assinalado, como uma instituio

    voltada ao desenvolvimento, no interior do Estado de Alagoas, de cursos para

    formao de professores. Estvamos na dcada de 70, cujas polticas pblicas

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    33

    de educao, com a criao do Ensino Fundamental antigo 1 Grau de 8

    anos contnuos, comeavam a demandar professores e diretores de escolas

    com formao que os preparassem para atuar alm das quatro sries iniciais

    o antigo Curso Primrio que era do que se dispunha como escolarizao

    pblica na maioria dos municpios de Alagoas. Nesse sentido, a FUNEC que

    foi a origem da FUNESA por mais de duas dcadas cumpriu qualitativa e

    quantitativamente, com a maior legitimidade, seu papel de formadora dos

    docentes das redes Estadual, Municipal e Privada de Ensino, sobretudo da

    regio do Agreste e de parte do Serto do Estado.

    Diversificada sua abrangncia, porm, em termos de formao

    acadmica e de alcance regional, a partir da dcada de 1990, as demandas

    que passaram a lhe ser dirigidas tomaram natureza diversa, que ia alm do

    simples ensino de nvel superior para o exerccio de uma determinada

    profisso. esse o desafio posto FUNESA desde a ltima dcada e meia e

    ao qual, saindo da crise, ela procura responder. Hoje a FUNESA encontra-se

    presente, de forma estrategicamente estabelecida, em trs regies do territrio

    alagoano, como se pode ver pelo mapa a seguir:

    FIGURA 1 - REGIO DE ABRANGNCIA DAS ATIVIDADES DA FUNESA EM 2005

    FONTE: DAA/FUNESA, 2005.

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    34

    Segundo a localizao geogrfica dos campi em atividade ou dos campi

    em vias de implantao na FUNESA, expressa no mapa anteriormente

    apresentado, possvel perceber o significado sociocultural hoje j alcanado

    pela IES. Se explicitarmos esse alcance atravs da enumerao dos

    municpios das microrregies atendidas, ainda que o alcance da Instituio v

    para alm dessa forma de organizao geo-econmica, teremos a enumerao

    que segue:

    REGIO 02 ARAPIRACA onde se encontram a FFPA e a FAJEAL - compreende, alm da prpria Arapiraca, Campo Grande, Coit do Nia, Crabas, Feira Grande, Girau do Ponciano, Lagoa da Canoa, Limoeiro de Anadia, So Sebastio e Taquarana;

    REGIO 07 PALMEIRA DOS NDIOS onde est situada a ESPI - que,

    alm deste municpio, inclui tambm Belm, Cacimbinhas, Estrela de Alagoas, Igaci, Mar Vermelho, Maribondo, Minador do Negro, Paulo Jacinto, Quebrangulo e Tanque dArca;

    REGIO 09 SANTANA DO IPANEMA onde funciona a ESSER - que

    engloba os municpios de Carneiros, Dois Riachos, Maravilha, Ouro Branco, Palestina, Po de Acar, Poo das Trincheiras, So Jos da Tapera e Senador Rui Palmeira;

    REGIO 10 SO MIGUEL DOS CAMPOS, que inclui Anadia, Boca da

    Mata, Campo Alegre, Coruripe, Junqueiro, Roteiro e Teotnio Vilela e na qual passar a funcionar o CAMPUS IV, no prximo ano de 2006, com os curso de Letras e Cincias Contbei, na nova estrutura da IES;

    REGIO 12 - UNIO DOS PALMARES, que inclui So Jos da Laje,

    Ibateguara, Colnia Leopoldina, Joaquim Gomes, Branquinha, Santana do Munda, Ch Preta, Capela, Pindoba e Cajueiro e na qual funcionar o CAMPUS . SERRA DOS QUILOMBOS

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    35

    Se transformarmos esse alcance atual da FUNESA em nmeros,

    teremos o quadro que segue:

    TABELA 3 POPULAO TOTAL E EM IDADE DE ESCOLARIDADE UNIVERSITRIA DAS MICRORREGIES EM QUE SE ENCONTRA A FUNESA

    MICRORREGIO

    TOTAL DE

    MUNICPIOS

    POPULAO RESIDENTE

    ESTIMADA EM 2004

    POPULAO RESIDENTE EM

    IDADE UNIVERSITRIA EM

    2001*

    02 ARAPIRACA 10 391.818 52.242

    07 PALMEIRA DOS NDIOS 11 175.323 24.216

    09 SANTANA DO IPANEMA 11 174.068 18.612

    10 - SO MIGUEL DOS CAMPOS

    08 212.137 30.522

    12 SERRA DOS QUILOMBOS 09 143.643 22.041

    TOTAL 40 953.346 125.592

    FONTE: IBGE Censo 2000

    Se considerarmos que Alagoas tinha uma populao total estimada pelo

    IBGE para 2004 de aproximadamente 2.800.000 habitantes, distribuda em um

    total de 102 municpios e se a isso agregarmos o fato de que a FUNESA, como

    nica IES pblica e gratuita atuando no interior do Estado, j atende a mais de

    um tero de seus municpios, fcil argumentar o quanto ela pode no futuro

    representar para os alagoanos, apenas em termos da oferta de ensino

    superior. Ainda com uma ao restrita em termos de ensino, por conta das

    dificuldades a que foi submetida, a FUNESA, no entanto, apresenta hoje o

    seguinte quadro de cursos, demanda e matrculas anuais:

    * A populao em idade universitria est sendo considerada aquela compreendida entre os 18 e os 24 anos, ainda que no seja esse unicamente o contingente de alagoanos que busca a educao superior.

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    36

    TABELA 4 NMERO DE ESTUDANTES INSCRITOS NO VESTIBULAR, NMERO DE VAGAS E DE MATRICULADOS NO 1 ANO E NMERO DE ALUNOS MATRICULADOS NOS CURSOS DE GRADUAO DA FUNESA NO ANO DE 2005.

    CAMPUS

    CURSO INSCRITOS NO

    VESTIBULAR

    VAGAS NO 1 ANO

    MATRICULA NO 1 ANO

    ARAPIRACA

    Histria 363 40 40

    Geografia 244 40 40

    Letras: Portugus e suas respectivas literaturas

    224 20 20

    Letras: Francs e suas respectivas literaturas 35 10 10

    Letras: Ingls e suas respectivas literaturas 49 20 20

    Pedagogia 349 40 40

    Matemtica 278 40 40

    Qumica 159 30 30

    Cincias Biolgicas 348 30 30

    Administrao de Negcios 572 50 50

    Cincias Contbeis 401 50 50

    PALMEIRA DOS

    NDIOS

    Pedagogia 269 40 40

    Histria 205 40 40

    Geografia 155 40 40

    Letras: Portugus e suas respectivas literaturas

    98 25 25

    Letras: Ingls e suas respectivas literaturas 36 25 25

    Matemtica 135 30 30

    Qumica 71 30 30

    SANTANA DO

    IPANEMA

    Pedagogia 294 40 40

    Zootecnia 194 40 40

    TOTAL GERAL 7.770 680 680

    FONTE: FUNESA/DEPARTAMENTO DE ASSUNTOS ACADMICOS

    Ainda com um grande potencial de crescimento na rea de graduao

    nos campi j estabelecidos, como se pode ver pelos dados acima, seja pela

    populao das reas em que se encontra, seja por representar a nica opo

    da maioria dos alagoanos, em grande parte empobrecidos, que habita o interior

    de Alagoas e que somente pode freqentar uma IES gratuita como se pode

    notar pelo preenchimento integral das vagas oferecidas no vestibular -, o

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    37

    alcance da FUNESA toma vulto mais significativo ainda quando consideradas a

    demanda e a projeo de expanso de seu ensino para mais quatro

    microrregies do estado, cujos plos so Penedo, Delmiro Gouveia, Unio dos

    Palmares e Matriz do Camaragibe.

    Projetada a expanso de suas atividades acadmicas para os

    prximos cinco anos perodo coberto por este PDI -, a implantao dos novos

    campi da FUNESA busca, alm do mais, cobrir todo o territrio do Estado de

    Alagoas, como se pode observar no mapa a seguir:

    FIGURA 2 - UNIDADES DA FUNESA EXISTENTES EM 2005 E COM IMPLANTAO PROGRAMADA

    PARA OS PRXIMOS 5 ANOS1

    FONTE: DAA/FUNESA, 2005

    Observada a abrangncia de atuao projetada pela FUNESA para os

    prximos cinco anos e considerada a ampliao do nmero de municpios a

    1 O mapa inclui municpios por microrregio no considerados quando definimos as reas de

    influncia dos campi em funcionamento ou em processo de implantao. Isso se deu tendo em vista que, enquanto a lgica de criao das regies tem natureza scio-econmica e ecolgica, a nossa lgica para definir reas de influncia dos campi considerou tambm critrios de facilidade de acesso e/ou proximidade geogrfica de outro campus que no aquele que serve de plo da microrregio.

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    38

    serem atendidos com sino superior, frente ao conjunto de sua populao,

    teremos total o quadro a seguir:

    TABELA 5 - POPULAO TOTAL E EM IDADE DE ESCOLARIDADE UNIVERSITRIA ESTIMADA EM 2004 DAS MICRORREGIES EM QUE A FUNESA SE ENCONTRA EM FUNCIONAMENTO OU COM PRESENA PLANEJADA

    MICRORREGIO TOTAL DE MUNICPIOS

    POPULAO TOTAL ESTIMADA

    POPULAO RESIDENTE EM IDADE

    UNIVERSITRIA

    MICRORREGIES J ATENDIDAS PELA FUNESA

    40 391.818 138.1512

    01 ALAGOANA DO SERTO DO SO FRANCISCO

    03 74.149 9.178

    08 PENEDO 05 121.210 16.171

    12 SERRA DOS QUILOMBOS 07 143.643 20.037

    06 MATA ALAGOANA2 07 106.785 16.224

    TOTAL 62 837.605 205.922

    FONTE: IBGE Projeo sobre o Censo de 2000.

    Com uma mdia inferior a 6 % de matrculas de jovens de 18 a 24 anos

    na Educao Superior, o incremento do nmero de estudantes nesse nvel de

    ensino em Alagoas, que poderia ser proporcionado com o crescimento da

    FUNESA j justificaria o investimento que o Governo Estadual vem fazendo

    para mant-la e faz-la crescer. com o dbito histrico para com as populaes

    adultas excludas do Ensino Superior e

    Mas Alagoas precisa tambm do desenvolvimento incrementoda

    pesquisa e da extenso universitrias que a consolidao e ampliao da

    FUNESA podero proporcionar.

    n eC, referindo-se a Alagoas

    6

    F

    2 Nessa microrregio no foram considerados todos os municpios, em vista da sua disposio geogrfica suigeneris em termos espaciais, que faz com que alguns ncleos habitacionais sejam mais prximos dos plos de outras. Assim, na MICRORREGIO DA MATA ALAGOANA foram considerados, apenas, CAMPESTRE, FLEXEIRAS, JACUPE, JUNDI, PORTO CALVO e MATRIZ DO CAMARAGIBE, j que este ltimo o municpio planejado para ser o plo da regio.

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    39

    1.2.1. CARACTERIZAO DAS UNIDADES EXISTENTES E SUA INSERO REGIONAL

    I CAMPUS DE ARAPIRACA

    O campus encontra-

    se situado na sede do municpio

    de Arapiraca, que se encontra

    no centro do estado e possui

    uma populao de

    aproximadamente 186.466

    habitantes. Sendo o segundo

    maior municpio de Alagoas,

    com 614 Km, Arapiraca SEDE PRPRIA DA UNIVERSIDADE E DO CAMPUS

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    40

    funciona como plo no somente para o Agreste, mas tambm para o Serto e

    o baixo So Francisco. Sua economia depende prioritariamente da agricultura

    (principal atividade), de algumas indstrias, da pecuria e do comrcio. Alm

    disso o centro cultural e formador de profissionais para os municpios

    circunvizinhos, por possuir uma unidade da FUNESA que, contando da sua

    origem, ali se encontra h mais de 30 anos e que oferece dez cursos de nvel

    superior.

    Por sua situao estratgica do ponto de vista geogrfico, Arapiraca

    se afirmou economicamente e se expandiu a partir da feira livre local, onde os

    agricultores de toda a regio circunvizinha negociavam seus produtos para a

    populao urbana. A partir da dcada de 40, a produo de fumo tomou um

    grande impulso, aumentando consideravelmente o comrcio, acompanhando

    passo a passo o desenvolvimento de Arapiraca e levando-a ao apogeu

    econmico. Desse modo, na dcada de 80 Arapiraca assumia a condio de

    plo regional e segunda cidade de Alagoas. Com o declnio da cultura do fumo,

    porm, que se intensificou nesse perodo, intensificou-se igualmente o xodo

    rural e os camponeses, com a falncia da agricultura, sem encontrar outra

    alternativa, refugiaram-se nos centros urbanos da regio, inclusive de

    Arapiraca, aumentando as favelas e cortios. O inchao destes centros

    urbanos, desprovidos de uma poltica eficiente de desenvolvimento, resulta na

    ocorrncia de srios problemas na infra-estrutura e saneamento bsico.

    Fica, assim, evidenciado um grande espao de produo econmica

    e cultural a ser intensivamente explorado, ao mesmo tempo em que, hoje, tal

    realidade acaba agravando os problemas sociais que envolvem a regio.

    Em relao a outros municpios, porm, Arapiraca detm ainda o

    maior nmero de estabelecimentos geradores de movimentao econmica,

    assim distribudos: 2057 industriais e comerciais; 06 Agncias Bancrias; 08

    Hospitais, 16 Postos de Sade, 13 Laboratrios de Anlises Clinicas; 03

    Farmcias de Manipulao; 17 Escolas de Informtica; 15 Pr-escolas, 125

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    41

    Escolas de Ensino Fundamental, 11 Escolas do Ensino Mdio, 03 Centros de

    Ensino Superior.

    Embora Arapiraca apresente, proporcionalmente, dados econmicos

    bastante destacados, o municpio tem enfrentado srios problemas sociais,

    habitacionais e de infra-estrutura urbana, devido ao declnio do setor agrcola.

    Certamente que a soluo de tais problemas passa por definies polticas e

    econmicas em nvel nacional, porm, grande parte deles tem determinaes

    locais que precisam ser equacionadas, principalmente, por processos de

    modernizao que j comeam a evidenciar-se, como a diversificao de

    novas culturas nas reas de olericultura (com 90% da produo estadual),

    milho, feijo, mandioca e algodo.

    Por se tratar de um centro cultural e principalmente educacional,

    diariamente alunos deslocam-se dos municpios vizinhos para Arapiraca, em

    nibus cedidos pelas prefeituras, a fim de cursar a escola bsica, o curso

    superior ou ps-graduao, assim como cursinhos pr-vestibulares.

    II CAMPUS DE SANTANA DO IPANEMA

    Estabelecido na sede do

    municpio de Santana do Ipanema,

    cujo nome oriundo da palavra

    indgena ypanema, que significa

    gua ruim, imprestvel, encontra-se

    a uma altitude de 250 m. acima do

    nvel do mar. A cidade abriga 41.399

    habitantes, sendo 23.935 na zona

    urbana (de acordo com o censo de

    2000 do IBGE), com densidade demogrfica de 89,32 hab/km, apresenta um

    IDH de 0,378, uma taxa de mortalidade infantil de 103,71% e taxa de

    SEDE PRPRIA

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    42

    crescimento anual de 2,01% ao ano. Localizado ao norte do Estado, na

    chamada zona fisiogrfica sertaneja a 210 km de distncia da capital, com

    rea de 210,6 metros acima do nvel do mar, polo da Microregio 09, que

    compreende os municpios de Carneiros, Dois Riachos, Maravilha, Ouro

    Branco, Palestina, Po de Acar, Poo das Trincheiras, So Jos da Tapera e

    Senador Rui Palmeira e que tinha uma populao total em 2003 de mais de 74

    mil habitantes. Limitando-se com os municpios de Olho Dgua das Flores,

    Olivena e Dois Riachos, Santana do Ipanema tem sua rea de influncia

    ainda mais alargada. Servida pela BR 316, que a interliga a Macei, via

    Palmeira dos ndios, Santana como freqentemente chamada tem

    acesso fcil a Arapiraca, sede da FUNESA, de onde dista 105 quilmetros.

    A cobertura vegetal do municpio de Santana do Ipanema e seu entorno

    do tipo caatinga hipoxerfila e hiperxerfila, na depresso sertaneja, e a

    caatinga hipoxerfila e floresta subcaduciflia no planalto do Borborema e

    macios residuais. A sua altitude mdia de 251 m. O clima do tipo tropical e

    semirido com vero seco e estao chuvosa no inverno. A temperatura

    mdia 25C, variando de 18C a 38C, a evapotranspirao potencial gira em

    torno de 1.300mm /ano e a umidade relativa do ar em torno de 70%. O principal

    rio o Rio Ipanema, tendo na sua bacia hidrogrfica Lagoa do Junco, Lagoa do

    Gravat, Lagoa do Davi e do Pedro. Os crregos em destaque so Riacho

    Tapera, Camonga, Salubrinho, Bode, Joo Gomes e Senhoral.

    O tipo de solo slicoargiloso de terras muito frteis. Existem no

    municpio 50% apenas de residncias atendidas com abastecimento de gua;

    quanto pavimentao, tem 40% de logradouros revestidos; 100% de

    drenagem pluvial e 100% de iluminao pblica.

    As principais atividades que geram emprego so agricultura do milho,

    feijo e algodo, a pecuria do gado de leite, corte, caprino, suno e aves e,

    como atividade secundria, o comrcio. Apenas 35% da populao

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    43

    economicamente ativa trabalham regularmente, enquanto 65% vivem a maior

    parte do ano desempregadas. No perodo de safra, que dura apenas 3 meses,

    70% desta populao so requisitadas para o trabalho do campo. A maioria da

    populao da regio vive da agricultura de subsistncia e outra parcela se

    distribui em trabalhos avulsos, autnomos, aposentados, empregados e

    desempregados. Santana do Ipanema apresenta, em relao sade,

    cobertura de 75% do Programa de Sade da Famlia, tendo 8 unidades

    instaladas para desenvolver aes de cunho preventivo e curativo - 05 na zona

    rural e 03 na zona urbana. Possui um hospital regional por ser plo do Serto,

    bem como um servio de segurana no mesmo nvel.

    Tratando-se de educao, cultura e recreao, a cidade precisa muito

    avanar nessa perspectiva, uma vez que no dispe de cinemas e espaos

    recreativos como parques ou instalaes desportivas. As Bibliotecas

    apresentam uma carncia muito grande de obras atualizadas, que respondam

    s inquietudes tcnicocientificas existentes.

    nesse contexto que existe hoje a ESSER como um elemento

    preponderante da construo do fazer pedaggico e conseqentemente como

    uma mola propulsora do desenvolvimento da regio, j que nela estudam

    moradores de mais de 26 municpios. Da fundao desta unidade da FUNESA

    no serto de Alagoas at o presente, j foram diplomados 98 pedagogos e 53

    zootecnistas. Do ano de 1996 at hoje ingressaram no curso de Zootecnia da

    ESSER 358 alunos, oriundos de 26 municpios de Alagoas e dos estados da

    Bahia, Pernambuco e Sergipe, enquanto no curso de Pedagogia foram

    matriculados 365 alunos. A instituio conta atualmente com 350 alunos

    regularmente matriculados no segundo semestre de 2005, nos dois cursos.

    A organizao bsica dos cursos de Zootecnia e Pedagogia est

    fundamentada em um regime acadmico seriado semestral, com 40 vagas

    anuais em apenas uma entrada, com durao mnima de 4,5 e mxima de 7

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    44

    anos para o curso de Zootecnia e 4 anos, no mnimo, para o curso de

    Pedagogia.

    Com sede prpria, localizada no Bairro de Bebedouro, tem um acesso

    fcil atravs da BR 316 que corta todo o permetro urbano da cidade,

    facilitando a chegada dos inmeros discentes e docentes oriundos dos

    municpios circunvizinhos. O prdio em que funciona a ESSER apresenta uma

    boa estrutura fsica, com ajustes a serem feitos medida que forem sendo

    expandidos os seus programas. Nascida de uma composio sui generis para

    os padres da FUNESA j que mantm um curso de formao de

    profissionais da educao e outro que forma para um dos ramos da

    agropecuria o desafio que se pe hoje para o que vir a ser, na nova

    estrutura da instituio, o CAMPUS DE SANTANA DO IPANEMA a

    ampliao do leque de cursos para formar os professores demandados pela

    regio, com a ampliao da Educao Bsica, a par do desenvolvimento

    institucional e regular de programas e projetos de ps-graduao, pesquisa e

    extenso requeridos pelo meio scio-econmico em que se encontra e que se

    apresenta vivel graas regularizao do corpo docente e ampliao de sua

    carga horria.

    III CAMPUS DE PALMEIRA DOS NDIOS3

    Localizada na regio agreste, distante

    133Km da capital do estado de Alagoas,

    Palmeira dos ndios faz limite com os

    municpios de Estrela de Alagoas, Igaci,

    Belm, Tanque DArca, Paulo Jacinto,

    Quebrangulo, Mar Vermelho, Minador do

    3 A sede prpria da ESPI encontra-se em processo de concluso, estando a IES, no momento, em funcionamento em dois prdios - Colgio PIO XII e Colgio CRISTO REI - locados para tal fim at que se concluam as suas instalaes prprias. Ver contratos de locao anexados a este PDI e planta completa do prdio prprio em construo.

  • ESTADO DE ALAGOAS

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS

    UUUNNNEEEAAALLL

    SEDE DA ADMINISTRAO CENTRAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS Rua Governador Lus Cavalcante, s/n, Bairro Alto do Cruzeiro - ARAPIRACA ALAGOAS

    Stio Eletrnico www.funesa.al.gov.br FONE/FAX: (0XX82) 3530.3382/3142

    45

    Negro, Cacimbinhas e Bom Conselho (este ltimo localizado no Estado de

    Pernambuco). Seu clima tropical, com temperaturas variando entre 34C

    (mxima) e 20C (mnima), encontrando-se a sede do municpio 290 metros

    acima do nvel do mar. Seus limites se estendem por 461 km2, com pouco mais

    de 69.000 habitantes, dentre os quais 45.183 so eleitores. Sua economia se

    funda n