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Ano

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARABA

CAMPUS I

CENTRO DE EDUCAO

CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

CAIO OLIVEIRA VIEIRA

O PERCURSO DE GILWELL E A CARTOGRAFIA: UMA VISO TERICO-

PRTICA JUNTO AO MOVIMENTO ESCOTEIRO

CAMPINA GRANDE, PB

2017

CAIO OLIVEIRA VIEIRA

O PERCURSO DE GILWELL E A CARTOGRAFIA: UMA VISO TERICO-

PRTICA JUNTO AO MOVIMENTO ESCOTEIRO

Trabalho de Concluso de Curso apresentada ao Programa de Graduao em Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual da Paraba, como requisito parcial obteno do ttulo de Licenciado em Geografia. Orientador: Prof. Dr. Joo Damasceno.

CAMPINA GRANDE, PB

2017

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, o

principal protagonista de nossas vidas. Aos

meus pais, noiva e amigos que me

acompanharam em todos os momentos.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeo a Deus. Graas a Ele, tive a oportunidade de ingressar na

Graduao e conseguir percorrer todo este processo dentro da Universidade.

Aos meus pais Linete e Arivan, que sempre estiveram presentes nesta caminhada, que

sempre me apoiaram em todas as minhas decises, desde as mais fceis quelas mais difceis.

E obrigado por terem aceitado a minha escolha.

minha tia Lindalva pelos conselhos e apoio prestado.

minha famlia, que me deu todo o suporte durante a minha vida, amou-me, educou-

me e me ensinou preciosidades, como por exemplo, o respeito e a perseverana.

minha companheira Deysyanne por caminhar comigo nesta trajetria me dando

fora sempre nas minhas dificuldades.

Aos amigos e colegas da UEPB que caminharam ao meu lado nesta jornada, dividindo

felicidades e angstias.

Ao meu grande amigo Rosevnio, pelo apoio durante a construo desse material

Ao movimento escoteiro, por todos esses anos de ensinamentos, na grande

contribuio na formao de carter pessoal.

Ao professor, que com grande dedicao, amizade, compreenso e esforo, transmitiu

seus conhecimentos e experincias de vida. Fao esta meno com profundo sentimento de

gratido ao professor Joo Damasceno, que me orientou na formao do presente estudo.

Muito obrigado! o mnimo que posso dizer a todos que, mesmo indiretamente,

contriburam para a concluso do curso de Geografia e cumprir mais uma etapa da minha

vida.

RESUMO

Este trabalho refere-se s contribuies e colaboraes do movimento escoteiro para o ensino de Cartografia. Para isso, foi realizada uma pesquisa participante no Movimento Escoteiro. Esta pesquisa ocorreu no ano de 2016, em Campina Grande-PB, com jovens do Grupo Escoteiro Aldo Chioratto e discute metodologias adquiridas na sala de aula da universidade, servindo assim para o processo de construo do conhecimento cartogrfico. O objetivo deste trabalho investigar as contribuies do escotismo para o ensino de Cartografia, atravs das estratgias de aprendizagem utilizadas pelo movimento, voltadas para a compreenso do espao fsico. Para cumprir tal objetivo analisamos a histria do escotismo; a fundamentao terica do projeto e do mtodo educativo da instituio educacional; e as prticas educativas realizadas. Uma das intervenes didticas que foram realizadas foi a observao e aplicao de uma atividade escoteira que apresentou significativa eficincia para a mediao de contedos cartogrficos. Aps a prtica do percurso de Gilwell realizada, notamos um bom desempenho dos jovens, que conseguiram construir e relacionar o conhecimento aprendido com a prtica.

Palavras-chave: Movimento Escoteiro. Cartografia. Percurso de Gilwell. Mapas. Geotecnologias.

ABSTRACT

This work refers to the contributions and collaborations of the Scout Movement in the teaching of Cartography. For this, it was made a participant research in the Scout Movement. This research was carried out in Campina Grande-PB in 2016, with young people from the Scout Group Aldo Chioratto and it discusses methodologies acquired in the university classroom, thus contributing for the process of construction of cartographic knowledge. The goal of this work is to investigate the contributions of the Scout Movement in the teaching of cartography through learning strategies used by the movement, directed to an understanding of the physical space. To fulfill that goal, we analize the history of the Scout Moviment; the theoretical foundation of the project and method of education; as well as the educational practices carried out. One of the didactic interventions that were carried out was the observation and application of a scout activity wich showed significant eficiency for mediation of cartographic contents. After the practice of the gilwell course, we noticed a good performance in young people, who were able to build and relate the knowledge acquired with the practice.

Key words: Scout Movement. Cartography. Gilwell course. Maps. Geothecnology.

LISTA

UEB - Unio do Escoteiros do Brasil

BP - Baden Powell

GPS - Global Positioning system

UNESCO - Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura

ACI Associao cartogrfica internacional

NAVSTAR-GPS Navigation Satellite with Time And Ranging

SPS Standard Positioning Service

PPS Precise Positioning Service

AS Anti-Spoofing

AS Disponibilidade seletiva

SUMRIO

INTRODUO ..................................................................................................................... 09

1. OS ESTUDOS DE CARTOGRAFIA ...................................................................... 11

1.1 O Conceito de Cartografia .................................................................................... 11

1.2 Estudos sobre Geotecnologias e Mapas Mentais .................................................. 12

1.2.1 Sensoriamento Remoto ............................................................................. 14

1.2.2 GPS (global positioning system) .................................................................. 15

2. MOVIMENTO ESCOTEIRO E SUA HISTRIA ............................................... 17

2.1 O Movimento Escoteiro ........................................................................................ 17

2.2 Da Histria s Regras de Organizao: Formando Jovens para o Mundo ............ 19

2.3 Movimento Escoteiro no Brasil ............................................................................ 21

3. MATERIAL E MTODO ........................................................................................ 25

3.1 O Percurso de Gilwell ........................................................................................... 26

3.2 Mapas mentais e o Percurso de Gilwell ................................................................ 28

4. RESULTADOS E DISCUSSO .............................................................................. 29

CONSIDERAES FINAIS ............................................................................................... 40

REFERNCIAS .................................................................................................................... 42

9

INTRODUO

Acreditar na formao dos jovens dentro do movimento escoteiro o primeiro passo

para analisar a importncia do assunto. A pesquisa sobre essa temtica tem seus diferentes

conceitos e suas contribuies, remetendo a muitos questionamentos e algumas respostas

sobre a necessidade ou no do movimento na construo social do indivduo.

Tendo participado de atividades relativas ao Grupo Escoteiro Santos Dumont 17 PB,

por um tempo de 15 anos, e no qual passei a ser denominado Chefe aproximadamente 4

anos, isto , uma denominao universal do escotismo para adultos que trabalham no

movimento. Com isso, buscou-se as motivaes necessrias para a fundamentao desta

pesquisa de campo visando aprofundar as relaes entre o movimento e a educao aplicada

na cartografia.

Assim, este trabalho tem por objetivo compreender a importncia da insero da

educao cartogrfica junto ao movimento escoteiro, destacando a formao do jovem como

elemento principal para a concretizao desses conhecimentos na vida escoteira. Inseridos

nesse objetivo principal, destacamos trs objetivos especficos. So eles:

. Apresentar princpios tericos referentes ao movimento escoteiro

internacionalmente e nacionalmente desde da sua criao, abarcando tambm o espao e as

ferramentas para ingressar neste movimento.

. Entender a importncia de trabalhar a cartografia fora do ambiente escolar trazendo

os jovens para conhecer o verdadeiro trabalho de campo e montagem de mapas.

. Identificar as potencialidades e tambm alguns desafios que os jovens possam ter na

captao de dados e criao dos seus prprios mapas.

A nfase nas potencialidades do movimento escoteiro ocorre devido ao fato do mesmo

apresentar inmeros instrumentos para o desenvolvimento pessoal do jovem, salientando que

um processo de aprendizagem contnua, adentrando desde o seu carter pessoal at mesmo o

desenvolvimento fsico do participante.

importante ressaltar que este trabalho busca a valorizao do estudo do espao como

elemento que deve ser inserido no movimento escoteiro desde os seus primeiros anos, pois se

10

estabelece como um saber to importante que vem possibilitando o conhecimento do mundo

com o uso das novas tecnologias.

Quanto organizao deste trabalho monogrfico o mesmo constitudo por quatro

captulos distintos, mas complementares, os quais buscam de forma incessante expor os

principais conceitos relativos ao processo de educao do movimento escoteiro com a

insero da cartografia.

Inicialmente, falamos sobre os conceitos de cartografia, mostrando os estudos sobre as

novas geotecnologias, demonstrando a utilizao dos softwares para a construo de

representaes espaciais ou mapas.

Em seguida, abordamos os conceitos formadores do movimento, sua histria, um

pouco de suas diretrizes, um breve histrico da sua fundao at sua chegada no Brasil,

tambm abordando a utilizao do movimento como processo educacional.

No terceiro captulo apresentado o percurso metodolgico da pesquisa de campo.

Destacamos no mesmo, a caracterizao da rea de estudo juntamente com os procedimentos

metodolgicos de onde se enquadram o estudo do percurso de Gilwell na cartografia.

J o quarto e ltimo captulo, ressaltamos os resultados da pesquisa, mostrando todo o

processo de coleta de dados e montagem do mapa junto com os jovens abrindo assim as

discusses sobre as experincias vividas em o seu desenvolvimento.

Portanto, este trabalho mais do que aprofundar os conceitos tericos referentes ao

movimento escoteiro, se prope a aumentar o relacionamento entre prtica do movimento e o

estudo da cartografia aliados lado a lado.

11

1 OS ESTUDOS DA CARTOGRAFIA

1.1 O Conceito de Cartografia

O conceito de Cartografia tem suas origens diretamente ligadas aos questionamentos

levantados pelo homem, na curiosidade de conhecer o mundo que ele habita. A respeito do

nome Cartografia, tinha-se a ideia inicial de traado de mapas, para em seguida, conter a

cincia, a tcnica e a arte de representar a superfcie terrestre.

O conceito da Cartografia, hoje aceito sem maiores contestaes, foi estabelecido em

1966 pela Associao Cartogrfica Internacional (ACI), e posteriormente, ratificado pela

Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura UNESCO no

mesmo ano. Isto ,

A Cartografia apresenta-se como o conjunto de estudos e operaes cientficas, tcnicas e artsticas que, tendo por base os resultados de observaes diretas ou da anlise de documentao, se voltam para a elaborao de mapas, cartas e outras formas de expresso ou representao de objetos, elementos, fenmenos e ambientes fsicos e scio-econmicos, bem como a sua utilizao.

O surgimento dos primeiros mapas ocorreram no sculo VI a.C. pelos gregos que, em

decorrente das suas expedies de navegao, assim criaram o principal centro de

conhecimento geogrfico do mundo ocidental. O mais antigo mapa j encontrado foi

confeccionado na Sumria, em uma pequena tbua de argila, representando um Estado.

A confeco de um mapa normalmente comea a partir da reduo da superfcie da

Terra em seu tamanho. Antigamente a Cartografia era usada para delimitar territrios de caa

e pesca. Na Babilnia, os mapas do mundo eram impressos em madeira, mas foram

Eratosthenes de Cirene e Hiparco (sculo III a.C.) que construram as bases da cartografia

moderna, usando um globo como forma e um sistema de longitudes e latitudes.

Dentro da cartografia existem subdivises que so chamadas de representaes

cartogrficas, ou seja, Mapa, Carta e Planta. Vejamos:

O Mapa a representao no plano, em sua maioria dado em escalas pequenas, dos

aspectos geogrficos, naturais, culturais e artificiais de uma rea tomada na

superfcie, delimitada por elementos fsicos, poltico-administrativos.

12

A Carta a representao no plano, em escala mdia ou grande, podendo conter

aspectos artificiais e naturais de uma rea tomada de uma superfcie, subdividida em folhas

delimitadas por linhas convencionais - paralelos e meridianos - com a finalidade de

possibilitar a avaliao de pormenores, com grau de preciso

compatvel com a escala.

A Planta um caso particular de carta. A representao se restringe a uma rea muito

limitada e a escala grande, consequentemente o n de detalhes bem maior. Assim,

CARTOGRAFIA - no sentido lato da palavra no apenas uma das ferramentas bsicas do desenvolvimento econmico, mas a primeira ferramenta a ser usada antes que outras ferramentas possam ser postas em trabalho (ONU, Departament of Social Affair. MODERN CARTOGRAPHY - BASE MAPS FOR WORLDS NEEDS. Lake Success).

1.2 Estudos sobre Geotecnologias e Mapas Mentais

Dentro das vivncias atuais, a sociedade vem adentrando cada vez mais na utilizao

de novas tecnologias. Sendo assim, de grande importncia a utilizao das geotecnologias

para o ensino. A Geografia vem crescendo com o decorrer do tempo, como consequncia dos

grandes avanos tecnolgicos, principalmente quando se aborda a utilizao das

geotecnologias.

Segundo Fitz (2005 apud CORREA, et al, 2010, p.93),

[...] geotecnologias, estas entendidas como sendo as novas tecnologias ligadas s geocincias e s outras correlatas. As geotecnologias trazem, no seu bojo, avanos significativos no desenvolvimento de pesquisas, em aes de planejamento, em processos de gesto e em tantos outros aspectos questo espacial.

Diante do exposto, as Geotecnologias utilizadas nos meios digitais so de grande

contribuio para o ensino e aprendizagem. Um grande exemplo desses meios so a utilizao

do Google Earth para estudo das localidades onde moram ou at mesmo em outros lugares

mais distantes.

13

J os Mapas mentais seria como representaes dadas espontaneamente atravs do

mundo vivido ao qual traz em si uma percepo do ambiente a ser observado. Assim, nos

apresenta Pontuschka (2009, p. 314) que as cartas mentais so instrumentos eficazes para

compreender os valores que os indivduos atribuem aos diferentes lugares.

Segundo Nogueira (2006, p. 126),

Esses autores consideram os mapas mentais as imagens espaciais que

esto nas cabeas dos homens, no s dos lugares vividos, mas tambm dos lugares distantes, construdos pelas pessoas valendo-se de universos simblicos, sendo produzido por acontecimentos histricos, economia, social e econmicos divulgados.

Como base na fala de Nogueira, os mapas mentais permitem nos aproximar mais da

vivncia do sujeito, que atravs dos desenhos conseguem transcrever para o papel toda

imaginao, tornando possvel a efetuao de uma anlise mais profunda desses desenhos

cartogrficos e, demostrando algum significado social geralmente representados em lugares

como: as igrejas; algum lugar de manifestao cultural, como as praas e as reas de lazer.

Podendo tambm analisar a relao dessa pessoa com o espao, de acordo com os pontos

desenhados.

Atualmente, os mapeamentos so construdos por meios bem mais modernos do que

no seu surgimento, pode-se citar meios como as fotografias areas que so realizadas por

avies e o sensoriamento remoto por satlite. Tendo ainda os recursos dos computadores,

onde os mesmos auxiliam os gegrafos para que possam obter maior preciso nos clculos,

criando mapas que chegam a ter preciso de at 1 metro.

Os Mapas mentais podem ser entendidos como processos grficos de organizao do

pensamento, pois por meio deles que podemos juntar vrias ideias, transformando assim de

um modo visualmente organizado, podendo ser em tela de computador ou folha de papel.

O crebro humano um caldeiro de criatividade e tudo que ele precisa das ferramentas corretas para que esta criatividade seja liberada, ou melhor aproveitada (BUZAN, 1994, p.91).

Diante do exposto acima, Buzan (2002) exemplifica a questo pensando nos contedos

que tambm so recebidos de forma desordenada. Cada informao que entra em nosso

crebro pode ser representada como uma esfera central da qual dezenas de ganchos so

14

irradiados. Cada gancho representa uma associao e cada associao tem seu prprio arranjo

infinito de ligaes e conexes.

Quando nos perguntamos sobre as construes acerca de um mapa mental, podemos

compreender que este geralmente pode variar de pessoa pessoa. Isto dependo muito no nvel

de detalhamento deste mapa bem como o desejo do seu construtor em expressar o seu

desenho, ou seja, a transferncia das informaes armazenadas na memria, ao qual poder

ser detalha ou no.

Diante disso, qualquer pessoa est apta a criar um mapa mental. O mapa torna-se

apenas uma representao de imagens armazenadas na mente do elemento. Inclusive este

indicado como trabalho com crianas desde os primeiros anos da escola, por conta que o

mesmo estimula a criao de diviso territorial com ele, para que os mesmos saibam que

escola e casa so locais diferentes.

Grande exemplo de mapas mentais so as pinturas rupestres. Ou seja, as pessoas que

viviam naquela poca j vinham mostrando lugares vividos, modos de viver, enfim,

representando toda aquela vivncia que tinham atravs dessas pinturas em rochas.

1.2.1 Sensoriamento Remoto

No decorrer das dcadas, o nosso planeta Terra comeou a ser olhado e

vistoriado por sensores imageadores que capturam tudo que est presente na

superfcie terrestre. O sensoriamento remoto consiste na transmisso a partir de um satlite de

informaes sobre a superfcie do planeta ou da atmosfera. Quase toda coleta de dados fsicos

para os especialistas feita por meio de sensoriamento remoto, com satlites especializados

que tiram fotos da Terra em intervalos fixos. Hoje uma das mais bem-sucedidas tecnologias

de coleta automtica de dados para o levantamento e monitorao dos recursos terrestres em

escala global. Isto ,

Sensoriamento remoto uma tcnica de obteno de imagens dos objetos da superfcie terrestre sem que haja um contato fsico de qualquer espcie entre o sensor e o objeto (MENESES; ALMEIDA, 2012, p. 3).

Este sensoriamento remoto teve como origem em torno dos anos de 1960, pois foi

nestes anos que ocorreu um grande desenvolvimento da rea espacial, que ficou conhecida

15

como a dcada da corrida espacial. Nesse mesmo perodo onde foi visto o mais rpido

desenvolvimento de foguetes lanadores de satlites, que acabou possibilitando colocar no

espao satlites utilizado para vrias finalidades. Os satlites meteorolgicos foram os

primeiros e foi atravs deles que, quase que sem querer, que o sensoriamento remoto deu os

seus primeiros passos, embora as imagens ainda com pouca nitidez, foram capturadas

algumas feies da superfcie da Terra, que pela primeira vez, demonstrando ser possveis de

serem vistas do espao.

J na metade da dcada de 1960 esses equipamentos comearam a ser testados em

aeronaves como programas de simulao. Tais equipamentos comeam a ser chamados de

sensores imageadores, em razo do processo de cobertura do terreno ser feito na forma de

varredura linear do terreno e no por um mecanismo de tomada instantnea de rea e sim em

quadro, como feito com cmeras fotogrficas.

1.2.2 GPS (global positioning system)

O Sistema de Posicionamento Global, conhecido por GPS (Global Positioning

System) ou NAVSTAR-GPS (Navigation Satellite with Time And Ranging), um sistema

que visa ser o principal sistema de navegao do exrcito americano, por conta da sua

exatido proporcionada nos receptores de GPS, onde esse mecanismo teve uma emerso

grande na comunidade que utiliza nas mais variadas aplicaes civis (navegao,

posicionamento geodsico e topogrfico, etc.). A base para navegao consiste basicamente

na conexo entre o usurio e quatro satlites. Com noes das coordenadas dos satlites num

sistema de referncia apropriado.

Assim,

O GPS um sistema de abrangncia global, tal como o nome sugere. A concepo do sistema permite que um usurio, em qualquer local da superfcie terrestre, tenha a sua disposio, no mnimo, quatro satlites que podem ser rastreados. Este nmero de satlites permite o posicionamento em tempo real, conforme ser visto adiante. Para os usurios da rea de Geodesia, uma caracterstica muito importante da tecnologia GPS, em relao aos mtodos de levantamento convencionais, a no necessidade de intervisibilidade entre as estaes. Alm disto, o GPS pode ser usado sob quaisquer condies climticas (Silva, Thiago,2010 p. 3).

16

No GPS existe dois tipos de servios, os quais so conhecidos como SPS (Standard

Positioning Service) e PPS (Precise Positioning Service). O SPS um servio de

posicionamento simples e bsico que estar disponvel para todos os usurios do globo, sem

cobrana de qualquer taxa, este servio proporciona capacidade de obter quase exatido

mostrando a localizao desejada em uma margem de erro dentro de 100 e 140 m. J o PPS

proporciona melhores resultados, a sua margem de erro entre 10 a 20 m, mas restrito ao

uso militar e usurios autorizados. Tendo noo que o sistema global, podendo colocar em

risco aspectos de segurana. Desta forma, a limitao ao nvel de exatido no SPS garantida

pela AS (Anti-Spoofing), que um processo de criptografia do cdigo P, visando proteger

informaes. Existe tambm o auxlio da SA (disponibilidade seletiva) controlando algumas

imagens que so vistas, tendo como exemplo alguns monumentos como as Esttua da

Liberdade, o Cristo Redentor, no so mostrados os mesmo apenas a sombra deles.

Atualmente, h uma grande quantidade de receptores disponveis no mercado, com os

mais variados preos, configuraes e para as mais diversas aplicaes. O GPS um sistema

que tem como objetivo determinar as coordenadas espaciais de pontos relativos a um sistema

de referncia mundo. Os pontos podem ser localizados em qualquer lugar do planeta. Eles

podem permanecer esttico ou em movimento e essas observaes podem ser feitas a

qualquer hora do dia.

17

2 O MOVIMENTO ESCOTEIRO E SUA HISTRIA

2.1 O MOVIMENTO ESCOTEIRO

O Movimento Escoteiro foi fundado em 1907, pelo ex-general Robert Baden-Powell

(BP) logo aps se afastar do exrcito na Inglaterra. Embora fosse militar, o mesmo no quis

levar para o Movimento Escoteiro essas caractersticas, mas aproveitou tcnicas que seriam

necessrias no desenvolvimento dos jovens, afim de criar um movimento educacional.

Assim, um movimento escoteiro voltado aos jovens, sendo essa a principal engrenagem do

movimento, mas sempre aliado experincia dos adultos voluntrios.

Atualmente, o Escotismo alcana mais de 40 milhes de membros em 216 pases e

territrios e um movimento com fundo educacional que, por meio de suas atividades,

incentiva os jovens a assumirem seu prprio crescimento, a se envolverem com a comunidade

onde vivem, formando verdadeiros cidados. Por meio da pro atividade e da preocupao com

o prximo e com o meio ambiente, so engajados a construir um mundo melhor, mais justo e

mais fraterno.

Nessa perspectiva da Unio dos Escoteiros do Brasil - U.E.B (2002), afirma que,

[...] desejamos que os jovens que tenham sido Escoteiros faam o seu melhor possvel para ser: um homem ou mulher de reto carter, de limpo pensamento, autntico de forma de agir, leal, digno de confiana. Capaz de tomar suas prprias decises, respeitar o ser humano, a vida e o trabalho honrado, alegre, e capaz de partilhar sua alegria, Leal ao seu pas, mas construtor da paz, em harmonia prximo. Integrado ao desenvolvimento da sociedade, capaz de dirigir, acatar as leis, de participar, consciente de seus direitos, sem se descuidar de seus deveres. Forte de carter, criativo, esperanoso, solidrio e empreendedor. Amante da natureza e capaz de respeitar sua integridade com os povos (UEB, 2002).

O movimento escoteiro se baseia em alguns princpios que contribui para a educao

do jovem, baseando-se assim, nos valores da Promessa e na Lei Escoteira, tendo como base a

realizao individual e a participao construtiva em sociedade. O Escotismo tem o

direcionamento ao aprendizado pela prtica, pela ao, valorizando a autonomia baseado na

autoconfiana do jovem. Desse modo, so realizados exerccios tericos - com o objetivo de

adquirir conhecimento embora prefira-se fazer com que todos aprendam com a prtica. Os

18

jovens devem ser incentivados a desenvolverem suas habilidades e gostos pessoais, cabendo

ao Escotista criar oportunidade para tal.

Os jovens escoteiros devem cumprir com a Promessa Escoteira e as leis que esto

citadas no Projeto Educativo. Vejamos:

1. O Escoteiro tem uma s palavra; sua honra vale mais que sua prpria vida. 2. O Escoteiro leal. 3. O Escoteiro est sempre alerta para ajudar o prximo e pratica diariamente uma boa ao. 4. O Escoteiro amigo de todos e irmo dos demais escoteiros. 5. O Escoteiro corts. 6. O Escoteiro amigo de animais e plantas. 7. O Escoteiro obediente e disciplinado. 8. O Escoteiro alegre e sorri nas dificuldades. 9. O Escoteiro econmico e respeita o bem alheio. 10. O Escoteiro limpo de corpo e alma (UEB, 204, p. 34).

As atividades so semanais, em sua maioria aos sbados tarde, iniciando com

hasteamento das bandeiras: Nacional, Estado e do Grupo. Logo aps orao e alguns avisos,

caso se faa necessrio. Assim se finaliza o I.B.O.A. (abreviatura de Inspeo, Bandeira,

Orao e Avisos). Dando incio as atividades, cada seo se desloca para seu chefe especfico,

pois no movimento cada seo delimitada pela idade dos jovens para melhor aplicao das

atividades. No ramo lobinho, crianas de seis anos e meio at dez anos, concentrando sua

nfase educativa no processo de socializao da criana; j o ramo escoteiro, de onze anos at

quatorze anos, tem foco na criao e ampliao da autonomia e no ramo snior, de quinze at

dezessete anos, possui nfase no processo de autoconhecimento. Por fim, o ramo Pioneiro, de

dezoito a vinte e um anos trabalha o processo de integrao do jovem com a sociedade,

privilegiando a expresso da cidadania, auxiliando-o a colocar em prtica a Lei e Promessa

Escoteira num contexto mais amplo de mundo. Para se juntar ao Movimento Escoteiro como

jovem preciso ter entre 6,5 e 21 anos, a partir da a atuao se d como adulto voluntrio,

sem limite de idade.

Cada Ramo possui tambm algumas subdivises, que no caso do ramo lobinho so as

matilhas e nos outros ramos so as patrulhas'. A funo destas so de facilitar a organizao

das atividades, estimulando o trabalho em equipe, as escolhas de cada integrante das matilhas

e patrulhas, efetuando uma mistificao dos integrantes para que haja o estimulo para o

19

crescimento pessoal. Na prtica para cada matilha existe um primo e nas patrulhas um

monitor, que apresentam a funo de responsveis na liderana de suas respectivas equipes.

2.2 Da Histria s Regras de Organizao: Formando Jovens para o Mundo

No h como retratar a histria do Movimento Escoteiro sem antes conhecer um

pouco da histria de seu fundador Robert Stephenson Smyth Baden-Powell. Este nasceu em

Londres/ Inglaterra, em 22 de fevereiro de 1857. Aos 19 anos B-P colou grau na Escola

Charterhouse e imediatamente aceitou a oportunidade de ir ndia como subtenente do

regimento da Guerra da Crimia. As promoes de B-P na carreira militar eram quase

automticas tal a regularidade com que ocorriam at que, rapidamente tornar-se reconhecido.

No ano de 1899, Baden-Powell foi promovido a Coronel, onde recebeu ordens de organizar

dois batalhes de carabineiros e marchar para Mafeking, uma cidade no corao da frica do

Sul. Ento, aps essa batalha o mesmo foi promovido ao posto de major-general tornando-se

um exemplo para todos os seus companheiros, considerado como salvador dos adultos e das

crianas. (UEB,2010, p.1)

Em 1901 ele regressou da frica do Sul para a Inglaterra e descobriu, surpreso, o

quanto sua fama pessoal deu popularidade ao livro que o mesmo escreveu para militares: Aids

to Scouting (Ajudas Explorao Militar). O Movimento Escoteiro , assim, fundado em

1907 pelo ex-general Robert Baden-Powell, que se utilizou dos aprendizados que o tornaram

coronel aos 33 anos e lhe garantiram a fama de Impisa (O lobo que nunca dorme em

portugus). O incio disso tudo aconteceu por meio do livro que continha informaes para os

militares sobre seguir pistas, explorao e meios e mtodos que se referiam vida em campo.

Portanto, ao retornar da guerra Mafeking, na frica, cidade que defendeu por 217 dias at

alcanar a vitria, B-P passou a ser tratado como um heri. (UEB,2010, p.1)

No dia 1 de agosto de 1907, ele levou 20 rapazes para a Ilha de Brownsea, no Canal da

Mancha, para realizar o primeiro acampamento escoteiro do mundo essa era a forma que B-

P havia encontrado para testar suas ideias. Ao longo de oito dias, ele aplicou

diversos ensinamentos sobre vida em equipe e ao ar livre, acampamentos, fogueiras, jogos,

rastreamento, deduo e observao, tcnicas de primeiros socorros, alimentao e boas

aes. Ele havia pensado em tudo para que os jovens pudessem voltar para suas casas mais

independentes e com novas habilidades (UEB, 2016). Previamente, Baden-Powell escreveu

20

algumas cartas para amigos do exrcito e suas esposas, que tinham jovens filhos entre 11 a 14

anos de idade, em uma dessas cartas continham expresses como podemos perceber a seguir:

Proponho-me a realizar um acampamento de 18 rapazes selecionados, para aprender Escotismo durante uma semana das frias de agosto. O acampamento, por permisso generosa de C. Van Raalte, Esq., ser realizado na ilha de Brownsea,em Poole. Estava cuidadosamente planejado o fornecimento de alimentos, a cozinha e as medidas sanitrias (Baden-Powell, 1907).

Assim, logo depois que enviou o convite, o efetivo inicialmente para o seu

acampamento pretendido de 18 se elevou a 21 jovens, pois muitos jovens tinham o desejo de

acampar com o heri de Mafeking. B.P. decidiu levar como seu auxiliar um sobrinho de 9

anos, rfo de pai. E tambm convidou seu companheiro de armas, o Major Kenneth McLaren

para seu Assistente. Na noite de 31 de julho de 1907, os jovens que foram convidados a

participar do primeiro acampamento escoteiro e se juntaram na Ilha de Brownsea. No

primeiro dia, B.P. dividiu os jovens e entregou a cada um dos rapazes as fitas com cores

diferentes para identificar s patrulhas sendo elas: Maaricos amarelo; Corvos vermelhos;

Lobos azul e Touro verde. Depois disso, Robert tambm distribuiu aos membros das

patrulhas deveres (lenhador, cozinheiro, enfermeiro e etc.) e cargos (Monitor e Submonitor).

Como foi informado por B.P, j havia uma programao montada para todo

acampamento: 1 de agosto - formao das patrulhas, distribuio dos deveres, adestramento

dos monitores. 2 de agosto - tcnica de acampamento, construo de abrigos, fazer colches,

ns, acender o fogo, cozinhar, jogos para a sade e resistncia fsica, fogo de conselho. 3 de

agosto observao, seguir rastros, deduo, treinando a viso, atividade noturna. 4 de

agosto - artes mateiras, atividades prticas da natureza, desenho da natureza, observao de

estrelas, tocaia. 5 de agosto cavalheirismo, prtica do altrusmo, jogos em equipe. 6 de

agosto - salvamento de vidas, torneios de salvamento. 7 de agosto patriotismo, jogos de

combate, fogo de conselho. 8 de agosto - sumrio de todo o adestramento. Na manh

seguinte os rapazes voltaram aos seus lares. (Baden-Powell, 1907)

O acampamento da ilha de Brownsea tornou-se histria e a ilha voltou ao seu normal.

Baden Powell foi terminar de escrever o seu livro Escotismo para Rapazes, e com seu

esquema testado pelo sucesso, livro que iria influenciar a juventude em torno do mundo pelos

anos seguintes.

21

No incio do ano seguinte, Baden-Powell lanou as seis edies do guia Escotismo

para Rapazes, ao qual no imaginava que ali estaria fundando o maior movimento

educacional de jovens do planeta, percorrendo por diversos pases para conseguir tornar do

Escotismo uma grande fraternidade mundial. Diante do grande crescimento dos grupos

direcionados para a formao de jovens, buscando criar uma identidade particular,

caminhando com a prtica fsica, surge ainda no sculo XIX, o movimento escoteiro,

considerado na poca, uma alternativa as organizaes militares. No incio, a finalidade do

movimento era auxiliar para formao de uma juventude desenvolvida moralmente e com

virtudes patriotas, contribuindo efetivamente para o desenvolvimento da nao. Contudo, a

diferena do escotismo em relao aos outros grupos a ausncia da rigidez disciplinar

presente na instruo militar. Nesta perspectiva, Sabota (2014, p. 27) afirma que,

[...], em 1912, cerca de 120 mil escoteiros j realizavam atividades em diversas naes, levando a Coroa Inglesa a reconhecer a utilidade do movimento e dando-lhe o status de uma importante organizao prestadora de servios educacionais para o estado, visto que a prpria prtica desenvolveu em parte da populao jovem inglesa o esprito nacionalista de desenvolvimento.

O Escotismo comeou a crescer, a introduzir meninas (em 1909) e, em 1920, com o

fim da Primeira Guerra Mundial, reuniu cerca de 8 mil jovens em Londres para o primeiro

Jamboree Mundial - o maior evento escoteiro do mundo. Com todo esse crescimento mundial

do movimento em 1920, mais precisamente em agosto, na Inglaterra ocorreu o primeiro

acampamento mundial do movimento escoteiro, como nome de Jamboree onde havia mais

de 20 mil jovens de 32 naes que j praticavam o escotismo (dados estes importantes para a

compreenso da magnitude do crescimento da atividade).

2.3 O Movimento Escoteiro no Brasil

No Brasil h rumores que o Escotismo surge no dia primeiro de dezembro de 1909, no

Rio de Janeiro. Foi publicada uma reportagem cujo o ttulo Scouts e a Arte de Scrutar

ocupava trs pginas e apresentava 7 fotografias, na revista Ilustrao Brasileira. A matria

foi preparada na Inglaterra pelo Primeiro Tenente da Marinha de Guerra Eduardo Henrique

Weaver, onde se encontrava a servio. Na poca, juntamente com o Tenente Weaver, se

dispunha numeroso contingente de Oficiais e Praas da Marinha preparava-se para

guarnecer os novos navios da esquadra brasileira em construo. Um grupo de suboficiais se

22

entusiasmaram com o revolucionrio mtodo de educao complementar imaginado por B-P,

dentre eles estava o Suboficial Amlio Azevedo Marques que fez com que seu filho Aurlio

ingressasse num dos Grupos Escoteiros locais. Assim, o jovem Aurlio Azevedo Marques foi

o primeiro Escoteiro Brasileiro (UEB).

Logo mais, retornando para o Brasil, os militares trouxeram consigo uniformes

escoteiros ingleses. O Encouraado "Minas Gerais", navio onde estava embarcada a maioria

dos militares interessados em trazer para o Brasil o Movimento Escoteiro, chegara ao Rio de

Janeiro em 17 de abril de 1910. Contudo, apenas no dia 14 de junho desse mesmo ano, no Rio

de Janeiro, reuniram-se formalmente todos interessados pelo escotismo que desembarcaram

dos navios que haviam chegado ao Brasil. Naquele local foi oficialmente fundado o Centro de

Boys Scouts do Brasil. O evento foi informado aos jornais, os quais publicaram a carta

recebida da Comisso Diretora. (UEB, 2011, p.2)

Em nosso pas, os vocbulos Escoteiro e Escotismo, tem os mesmos significados das

palavras adotadas por B-P. Os dicionrios brasileiros acrescentaram o verbete Escoteiro, com

o significado: membro de associao de meninos ou adolescentes organizadas segundo o

sistema de Baden-Powell. Tendo assim a viso que escoteiro era quem viajava livre,

desembaraado, sem comitiva. Foi tambm adotado o termo Escoterismo, que caiu em desuso

pouco mais tarde. Em todo o Brasil, passaram a despontar vrias organizaes escoteiras,

algumas delas influenciadas pela atuao da ABE; outras tantas, por iniciativa prpria.

Existem trs vertentes do Escotismo, mas conhecida como modalidades, diferenciando

somente no foco de suas atividades, mas preservando os valores. So eles: a Modalidade

Bsica, Modalidade do Ar e Modalidade do Mar.

A Modalidade Bsica, caracterizada pelo escoteiro tpico, sendo a modalidade com o

maior nmero de integrantes, apresenta grande flexibilidade de atividades e com formao

geralmente mais voltada para a atividade excursionista, campismo e montanhismo. Os

acampamentos exigem inmeras tcnicas escoteiras, dentre elas a que se destaca a pioneira,

uma forma de suprir a necessidade de mveis e como um modo de proteo, normalmente

constitudas por troncos de madeira e unidas atravs de amarras.

O Escotismo Modalidade do Ar vem desenvolver nos jovens, alm dos valores da

Modalidade Bsica, o gosto pelo aeromodelismo, aeroplanos, pelos problemas de aeroportos,

aeronavegao, aero propulso, pelo paraquedismo e pelos esportes areos, incentivando o

23

culto das tradies da aeronutica do pas. As nfases educativas das Modalidades do Mar e

do Ar so sugeridas aos Ramos Escoteiro e Snior. No Ramo Lobinho o desenvolvimento nas

Modalidades do Mar e do Ar ocorrem sob forma de atividades especiais, especialidades, etc.

No Ramo Pioneiro se reflete em Projetos de Equipes de Interesse.

O que caracteriza o Escotismo Modalidade do Mar que eles realizam suas atividades

preferencialmente na gua, onde quer que exista gua em quantidade e profundidade

suficientes para que uma embarcao possa navegar, seja ela de que tipo for. Sendo assim,

podem existir Escoteiros do Mar, seja esta gua de mar, de rio, lago, lagoa ou pantanal.

Procurando desenvolver nos jovens o gosto pela vida na gua, pelas artes e tcnicas

marinheiras, pela navegao vela e a motor, pelas viagens e transportes martimos, pela

pesca, pelo estudo da oceanografia, pela explorao e pelos esportes nuticos, incentivando o

culto das tradies da marinha. A gama de atividades que podem ser realizadas enorme,

indo da tradicional navegao a remo at mergulho.

Mesmo com todas essas modalidades, o movimento tem um s propsito que consiste

em contribuir para que os jovens assumam aos poucos o prprio fortalecimento individual,

com maior foco no desenvolvimento comportamental e no crescimento pessoal dos jovens.

Atualmente, o movimento passa por algumas problemticas, principalmente na captao de

jovens entre 15 e 17 anos (Ramo Snior), visto que o movimento preza por condutas e

comportamentos conservadores, podendo dizer que visa por jovens mais sociveis, que

buscam conviver em famlia, dedicar aos estudos e bom comportamento, at mesmo porque

os membros s podem participar das atividades do movimento aps a avaliao prvia das

notas escolares e comportamento em casa.

Quando se define o Escotismo como um espao para o jovem, isto que se tem em

mente, e este espao inclui uma srie de caractersticas que o diferencia dos outros espaos

onde um jovem se desenvolve. No espao Escoteiro, todos devem ter um papel a ser

desempenhado, uma responsabilidade a ser encarada como contribuio na realizao de um

projeto, na execuo de uma atividade e na vida do grupo. Desta maneira, cada um ser

reconhecido e desenvolver a autoconfiana que permitir sua afirmao futura, para assumir

novo papis, etc. Uma das primeiras funes deste espao Escoteiro permitir que se

assumam funes essenciais ao crescimento. Considerando as suas caractersticas especficas,

24

outros espaos, como o espao familiar ou o espao escolar no permitem que se faa o

mesmo com tanta amplitude (UEB, 2009, p. 10).

Dentro do movimento tambm existem algumas msticas como a saudao, o aperto

de mo e o distintivo escoteiro, cada um com seus significados. Na saudao escoteira, todos

os jovens do movimento fazem a saudao uns aos outros quando se encontram, a saudao

tambm pode ser utilizada para cerimnias como desfiles, e hasteamentos e arreamento da

bandeira nacional. O aperto de mo - que por muitos estranhado pois efetuado com a

mo esquerda, - existe um significado peculiar, advindo de uma das experincias em uma das

tribos na frica visitada por B.P, onde ao estender sua mo direita para um chefe da tribo, o

indgena lhe estendeu a esquerda para cumpriment-lo, logo depois o chefe da tribo explicou

que os grandes guerreiros se cumprimentam com a mo esquerda largando para este ato o

seu escudo, mostrando a sua coragem e a confiana que depositam no outro. E por fim, o

distintivo escoteiro, que apresenta a flor-de-lis smbolo escoteiro que aponta o norte nos

mapas e bssolas, por isso se torna distintivo escoteiro visto que aponta para direo certa,

para o alto, vem mostrar o caminho a ser cumprindo.

25

3. MATERIAL E MTODO

Para uma melhor fundamentao desse trabalho fora utilizado alguns recursos

(materiais) bem como escolhido um mtodo para ancorar nossa pesquisa frente ao

pensamento do terico proposto.

Os procedimentos utilizados para a fundamentao deste trabalho foram, em primeira

etapa, os estudos bibliogrficos para aprimoramento do assunto, juntamente com

conhecimentos adquiridos em sala de aula (Universidade).

Logo aps, foi executado uma abordagem com o grupo de cinco pessoas, dos quais um

era o chefe que orientava as propostas de atividades e, os demais eram os jovens que

executavam tais propostas. Estes iriam efetuar a proposta da atividade de percurso de Gilwell

(ao qual descreveremos a frente) e, em seguida, a execuo da atividade prtica em

consonncia ao que viram na apresentao terica.

As pesquisas que embasaram este trabalho foram a Pesquisa bibliogrfica, esta

podemos dizer, teve peso mximo para a fundamentao do mesmo. Uma boa parte das

bibliografias pesquisadas foram em cima de bibliografias escoteiras, das quais so

disponibilizadas seja em via impressa (livros) como em mdia digital (site da UEB).

Por outro lado, a Pesquisa de Campo veio para somar e complementar a

fundamentao deste, visto que as discusses e os resultados se deram a partir da

aplicabilidade das atividades tericas em via prtica. Esta por sua vez, se deu no municpio de

Lagoa Seca Paraba.

26

Figura 1 Mapa de Localizao da Cidade de Lagoa Seca PB

Fonte: Caio Oliveira (2016)

Quando pensamos o mtodo ao qual possamos ancorar nossa pesquisa, escolhemos o

pensamento de Gilwell por trazer um enriquecimento maior para o trabalho, visto a proposta

desse terico para a rea cartogrfica.

Desse terico utilizamos um percurso ao qual recebe seu nome, isto , O Percurso de

Gilwell. Sobre este podemos apresentar os seguintes tpicos:

3.1 Percurso de Gilwell

Esse tipo de percurso, assim falando, consiste em conseguir dados de um local

percorrido e transferir o mesmo para o papel, fazendo com isso um mapa cartogrfico.

27

Este percurso tem incio partindo de um ponto chamado estao inicial, onde a pessoa

que est fazendo deve ir anotando os detalhes de interesse os azimutes e medindo as

distncias entre um ponto e outro atravs de passos duplos.

Antes de iniciar o percurso deve-se saber de que se trata cada procedimento a ser

tomado e eles so: Estao: cada parada que faz para tirar novo azimute, que so os pontos

fixos a serem anotados dentro da coleta de dados. Passos: Nmero de passos duplos que so

passos contados apenas com uma perna para medio entre dois azimutes. Metros: Distncia

em metros entre estaes, essa medio feita atravs dos passos duplos, que antes das

atividades so mdios qual o tamanho desses passos atravs de um pequeno clculo, os jovens

contam a quantidade de passos dados entre uma distncia medida com fita mtrica,

geralmente 10 metros, e calculam quantos passos deram, sabendo assim quanto mede cada

passo. Observaes ou azimutes: Anote os pontos de interesse que esto sua direita ou

esquerda devem ser anotados os pontos fixos, como casas, igrejas, fbricas, comrcios, lagos,

etc, importante a escolha de pontos que permaneceram ali por um bom tempo.

Para a montagem do mapa, deve primeiro efetuar logo aps converso dos passos

entre um azimute e outro, em metros, procedimento efetuado geralmente antes das atividades,

os jovens j calculam o tamanho dos seus passos e assim iniciar o desenho do mapa. Em um

papel quadriculado deve-se desenhar em um dos lados, seguindo as linhas verticais, uma seta

com a letra "N" na parte superior do papel. Isso vai determinar que todas as linhas verticais

esto na posio norte-sul. Logo aps deve-se escolher na folha um ponto de partida que ser

a estao 0. Com o vrtice de um transferidor dobre o ponto inicial e o raio de 0 em cima ou

paralelo a linha vertical, que marcamos os nmeros de graus que foram obtidos na caminhada.

Agora ser definido a escala que ser feito o mapa, delimitando a distncia entre um ponto e

outro e a direo determinada nos graus capturados com a bssola. Deste modo marca-se todo

o itinerrio com um ponto e logo aps desenha-se a linhas entre um ponto e outro, assim

deve-se desenhar todos os smbolos conforme as anotaes. tambm anotar a escala que

foi utilizada para confeccionar o esboo cartogrfico.

28

3.2 Mapas Mentais e o Percurso de Gilwell

Mapas mentais entende-se que so imagens que as pessoas tm de lugares conhecidos.

Onde as representaes podem ser do espao vivido pelo indivduo no cotidiano, como por

exemplo, os lugares do seu dia-a-dia ou visitados no passado; de localidades distantes.

Os Mapas mentais tambm podem ser entendidos como processos grficos de

organizao do pensamento, pois por meio deles podemos juntas vrias ideias,

transformando assim de um modo visualmente organizado podendo ser em tela de

computador ou folha de papel.

Buzan (2002) exemplifica a questo pensando nos contedos que tambm so

recebidos de forma desordenada. Cada informao que entra em nosso crebro pode ser

representada como uma esfera central da qual dezenas de ganchos so irradiados. Cada

gancho representa uma associao e cada associao tem seu prprio arranjo infinito de

ligaes e conexes.

Tendo em vista que os mapas mentais como se fora visto seria a reconstruo de algo

que j existe no imaginrio do indivduo, encontramos no Percurso de Gilwell uma mesma

caracterstica, isto , no momento que h a coleta de dados em campo, o indivduo est

observando toda paisagem que lhe rodeia para que seja transferida para o papel.

Assim, pode-se fazer uma grande semelhana entre os dois tipos de atividades, pois os

mapas mentais so criados a partir de lembranas que so transcritas para o papel e quase da

mesma forma dar-se com o percurso de Gilwell, tendo como diferencial que nessa atividade

escoteira os jovens vo at a campo e anotam os pontos que sero transferidos para ao papel,

sendo assim logo aps os jovens efetuarem o trabalho de campo com suas anotaes fazendo

o pr-mapa com desenhos dos azimutes.

29

4. RESULTADOS E DISCUSSO

importante afirmar que os dados mais relevantes ao interesse do tema aqui

trabalhado foram mostrados de forma a enfatizar a necessidade de todo processo de educao

cartogrfica no movimento escoteiro, cujo objetivo foi o de estudar o espao significativo

para a formao dos cidados.

Em relao ao planejamento inicial, podemos dizer que o mesmo sofreu algumas

mudanas no desenvolver da pesquisa. A primeira mudana esteve ligada ao pblico de

trabalho, isto , inicialmente estava programado para trabalhar com jovens do 17 PB Grupo

de escoteiros Santos Dumont. Mas, devido alguns ajustes de calendrio, as atividades foram

realizadas juntos aos jovens do ramo snior do 32 PB grupo de escoteiros Aldo Chioratto,

ambos situados na cidade de Campina Grande.

Este planejamento inicial surgiu aps algumas observaes durante as atividades

aplicadas nas reunies semanais do grupo Escoteiro Aldo Chioratto, demostrando assim uma

carncia muito grande na aplicao de atividades voltadas para as reas de desenvolvimento

fsico e intelectual. Muitas vezes, por falta de formao especfica dos adultos para aplicao

das mesmas. O movimento Escoteiro j tem um grande direcionamento de possibilitar o

contato dos jovens com a natureza. o caso do Percurso de Gilwell no qual esses jovens saem

das atividades tradicionais aplicadas em sede, mas que agora eles podem produzir seu prprio

caminho a ser seguido, atravs de observaes e depois da transferncia das mesmas para o

papel, isto , a criao de mapas cartogrficos.

Subsequente a esse desafio de mudanas de grupos, propomos aos jovens a

aplicabilidade da atividade a partir do Percurso de Gilwell, que tem como princpio a

estimulao dos jovens por atividades ao ar livre, possibilitando que os mesmos j

entendessem como seria o trabalho no local ao qual iriam fazer as coletas de dados.

As atividades executadas no grupo Aldo Chioratto foram todas programadas com

antecedncia, geralmente efetuadas a partir do calendrio trimestral das atividades a serem

executadas, at mesmo para que haja toda uma preparao para as formaes de jovens.

Identificamos que a atividade de percurso de gilwell est inclusa nas literaturas indicadas pela

UEB para aplicao de atividades ao ar-livre.

30

As formaes para a elaborao dos mapas cartogrficos se deram durante as reunies

executadas nos sbados tarde, que antecederam a atividade. Com materiais disponibilizados

nas literaturas (Guia do Desafio Snior 2015) e atravs de alguns materiais recolhidos via

internet.

Quando pensamos sobre a viso dos jovens diante do trabalho planejado e executado,

percebemos que esta atividade veio trazer para os mesmos uma nova percepo de mundo e,

at mesmo, de se situar em lugares desconhecidos. Para isso, tiveram como base que o

Percurso de Gilwell tem como foco a construo de um mapa aps a observao de um local

interiormente presenciado.

O objetivo da construo do mapa para os jovens foi a aplicao de suas tcnicas de

orientao. A princpio a prpria aprendizagem de utilizao dos instrumentos bsicos para

localizao e tambm o conhecimento de mundo.

Figura 2 Incio das Atividades tericas

Fonte: Caio Oliveira (2016)

31

Figura 3 - Atividade Terica

Fonte: Caio Oliveira (2016)

As formaes para a elaborao dos mapas cartogrficos se deram durante as reunies

executadas nos sbados tarde, que antecederam a atividade. Com materiais disponibilizados

nas literaturas (Guia do Desafio Snior 2015) e atravs de alguns materiais recolhidos via

internet.

Aps a execuo da atividade, onde os jovens estavam em campo coletando dados, os

mesmos efetuaram os procedimentos necessrios para a criao e elaborao dos mapas,

utilizando bssola, caneta e papel para anotaes.

32

Figura 4 Coleta de Dados da Atividade em Campo

Fonte: Caio Oliveira (2016)

Outro ponto a ressaltar sobre a pesquisa foi relevncia de retratar o estudo da

cartografia no movimento escoteiro. Antes da efetivao dos trabalhos com os jovens,

buscou-se a interao deles com os instrumentos utilizados no campo atravs de atividades

efetuadas em sede. Estas atividades geralmente so de cunho mais terico, visto sempre as

questes plausveis para a formao e direcionamentos do que podem ser encontrados numa

atividade extra sede (atividade de campo).

Isto nos possibilitou conhecer toda a dinmica de desenvolvimento e compreenso dos

jovens sobre o assunto proposto. Essa etapa foi muito importante, pois o Percurso de Gilwell

era visto antes por eles como uma atividade com grau de dificuldade relevante. Pois

entendiam que os materiais utilizados e a produo de mapas eram coisas que no so do

33

vosso dia-a-dia. Visto que esto acostumados as atividades ao ar livre voltadas para o

acampamento e jogos mais radicais. Portanto, ficaram com medo da utilizao da bssola por

se tratar de equipamento de difcil manuseio pois os mesmos no tinham a prtica e a

transferncia dos dados para o papel, pois os clculos pareciam ser complicados.

Mas, a partir do momento que adentramos com toda preparao recebida e

direcionada pela universidade e fizemos todo o acompanhamento na dinmica da elaborao,

estes jovens comearam a adquirir confiana para buscar atingir os objetivos almejados na

atividade proposta a eles.

O momento ao qual se fez a aplicabilidade da atividade em campo se deu no dia 12 de

novembro de 2016, no perodo da tarde entre 13h s 16h na rea do Convento Ipuarana,

localizado no municpio de Lagoa Seca Paraba, sob uma temperatura de aproximadamente

27.

Quanto s discusses, foram levantadas algumas questes, dentre elas: Qual seria o

verdadeiro objetivo na utilizao do percurso de gilwell na construo de mapas

cartogrficos? Se o percurso de gilwell vem sendo trabalhado h tempo no movimento

Escoteiro, qual o fundamento terico utilizado pelo grupo Aldo Chioratto? Como o

movimento Escoteiro direciona o percurso de gilwell a ser trabalhado com os jovens visto que

muitos esto inseridos cada vez mais nos mbitos tecnolgicos?

Essas e outras questes condensaram muitos momentos da pesquisa, e de certa forma,

nos possibilitou adquirir mais maturidade, j que estvamos lidando com jovens em estgio de

amadurecimento e criao de novas responsabilidades at mesmo pessoais.

Desta forma, os resultados desse estudo confirmam a importncia do trabalho

cartogrfico no movimento escoteiro, quebrando assim todas as barreias que existiam para

aplicao do percurso de Gilwell junto a este movimento. Ressaltando a necessidade dos

chefes e formadores dos jovens, antes de qualquer tipo de abordagem, domine os

conhecimentos tericos e metodolgicos do assunto proposto por eles junto aos seus grupos.

Assim, fica evidente que, para a efetivao de qualquer prtica no movimento, precisa-

se superar diversos desafios que perpassam desde a falta de conhecimento sobre os assuntos

(teoria), at mesmo o medo de errar (colocar a teoria na prtica). Outro ponto tambm

34

atribudo a tais desafios a ausncia da pesquisa por novos conhecimentos de alguns chefes

que atriburam essa deficincia falta de tempo para estudos especficos.

Por isso, identificamos como um dos resultados, o aprendizado de alguns chefes no

que se refere utilizao de elementos do cotidiano para o trabalho com cartografia, pois a

grande maioria dos participantes perceberam que para fazer um bom trabalho no necessria

uma infinidade de conhecimentos tericos. Mas sim associar esta teoria junto ao cotidiano

deles, tendo uma maior observao aos objetos, lugares, os quais, muitas vezes, passam

despercebidos.

Por outro lado, foi perceptvel a desmistificao dos jovens frente a aplicabilidade do

percurso de gilwell numa atividade extra sede no qual puderam utilizar recursos prprios e

chegarem a construir em forma de grupos seus mapas cartogrficos.

Figura 5 Coleta dos Dados concluda

Fonte: Caio Oliveira (2016)

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Figura 6 Coleta de Dados concluda

Fonte: Caio Oliveira (2016)

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Figura 7 Coleta de Dados Concluda

Fonte: Caio Oliveira (2016)

Figura 8 Construo do Mapa Cartogrfico

Fonte: Caio Oliveira (2016)

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Figura 9 Construo do Mapa Cartogrfico

Fonte: Caio Oliveira (2016)

38

Figura 10 Mapa Cartogrfico concludo

Fonte: Caio Oliveira (2016)

Vale ressaltar tambm, que muitas dessas questes foram respondidas ao longo da

pesquisa e que muitas outras acabaram surgindo, principalmente no que corresponde o uso de

tecnologias e a elaborao dos mapas. Assim, outros resultados surgiram visto a utilizao do

Programa QGis para efetuao de um mapa digital. Com isso, despertamos para esta juno

entre o tradicional e as novas tecnologias.

39

Figura 11 Mapa do Percurso de Gilwell

Fonte: Caio Oliveira (2016)

Espera-se com este estudo ter contribudo para um despertar sobre as questes do

conhecimento geogrfico e tambm sobre o trabalho do movimento escoteiro. Tendo em vista

que os dados que aqui emergiram podem suscitar novas investigaes sobre a temtica e um

enriquecimento terico e prtico na rea da cartografia.

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CONSIDERAES FINAIS

Diante da complexidade deste tema, por abarcar tantos conceitos distintos, notrio

que esta monografia no consegue contemplar a magnitude do pensamento sobre o espao e

sua representao. No entanto, buscou-se ao mximo entender suas

definies, objetivos e caractersticas.

A partir da convivncia com o Movimento Escoteiro algumas contribuies foram

observadas, no s para o estudo de cartografia, mas para o crescimento pessoal do jovem. A

primeira delas refere-se quantidade de atividades que este Movimento Escoteiro realiza,

despertando os diferentes interesses tcnicos e profissionais de seus membros. Isso leva para a

ideia de unir tambm valores pessoais como o desenvolvimento autnomo, despertando-lhe

para aprender o contedo de acordo com seus interesses e necessidades.

Foi possvel tambm perceber o uso de diversas estratgias de ensino durante as

atividades de campo, proporcionando importantes momentos de construo e socializaes de

conhecimentos entre os indivduos.

Com essa pesquisa, outros apontamentos podem ser levantados no que condizem a

respeito dos nmeros reduzidos de discusses sobre a importncia dos estudos de novas

tecnologias cartogrficas na formao de jovens escoteiros. Essas discusses encontram

obstculos ainda na busca de referncias bibliogrficas que abordem o tema dentro do

movimento.

Sobre isso, cabe salientar que os pressupostos tericos presentes aqui, foram

totalmente significativos, no que tange os estudos relacionados ao movimento. Pois, o mesmo

propiciou reflexes mais crticas acerca da temtica e nos possibilitou maior compreenso

sobre o estudo do movimento escoteiro bem como os conhecimentos cartogrficos.

A partir dos conhecimentos apreendidos e aqui esboados, podemos conceber que a

aprendizagem de cartografia, na perspectiva do movimento escoteiro

permitem no s a aquisio de conceitos sobre esse assunto, mas um verdadeiro pensar e agir

sobre a vivncia em campo. Por esse motivo, a pesquisa de campo, etapa prtica deste

41

trabalho, foi um elemento chave, pois proporcionou aes cujo sentido, foi colocar a teoria

apresentada aos jovens em prtica.

Dado o exposto, podemos afirmar que esta monografia, mais que um trabalho de

concluso de curso, um material que poder servir como embasamento para novos estudos

nesta linha de pensamento.

42

REFERNCIAS

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43

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