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Participação e planejamento socioambiental de campus universitário: Plano Diretor Plano Diretor Socioambiental Participativo do Campus Socioambiental Participativo do Campus “Luiz de Queiroz” “Luiz de Queiroz” Foto aérea do Campus “Luiz de Queiroz” Prof. Dr. Miguel Cooper Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Universidade de São Paulo E-mail: [email protected]

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Participação e planejamento socioambientalde campus universitário: Plano Diretor Plano Diretor

Socioambiental Participativo do Campus Socioambiental Participativo do Campus “Luiz de Queiroz”“Luiz de Queiroz”

Foto aérea do Campus “Luiz de Queiroz”

Prof. Dr. Miguel CooperEscola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Universidade de São PauloE-mail: [email protected]

O que é o Plano Diretor?

O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento local. Sua principal finalidade é orientar a

atuação do poder público e da iniciativa privada na construção dos espaços urbano e rural na oferta dos

serviços públicos essenciais, visando assegurar melhores condições de vida para a população.

Ministério das Cidades, 2004

PARTICIPATIVOPARTICIPATIVO

A participação da sociedade desde a etapa de elaboração do Plano Diretor é fundamental para legitimar as decisões e diretrizes nele contidas e para assegurar o apoio político necessário à continuidade do desenvolvimento do plano e de sua implementação.

Foto aérea do Campus “Luiz de Queiroz”

A elaboração do PDSP foi desenvolvida entre 2005 a 2009, e contou com a metodologia participativa considerada fundamental para legitimar as decisões e diretrizes nele contidas .

Envolvimento de 320 pessoas e cerca de 50 grupos (laboratório e grupos de pesquisa e extensão do campus)

Universidade de São PauloCampus “Luiz de Queiroz”

Visa articular ações e ordenar a gestão ambiental do campus (TACs);

PLANO DIRETOR SOCIOAMBIENTAL PARTICIPATIVO DO CAMPUS “LUIZ DE QUEIROZ” - PDSP

SAF

Lab.Hidrologia Florestal

PET-Ecologia

Participantes do Plano Diretor Socioambiental

DVATCOM

DVINFRA

ACOM

GEPCPZ

GEA

LEI-CENA

LEA/LCF

LARGEA - LCF

PANGEA

LMQ - LCF

Objetivos do Plano DiretorObjetivos do Plano DiretorI) Integração das atividades socioambientais do

Campus; II) Estimular a participação de pessoas nas ações

existentes e possibilitar a criação de grupos que incrementem a percepção e melhoria dos aspectos socioambientais no Campus;

III) Realizar o levantamento, ordenamento, coordenação e monitoramento do planejamento socioambiental do Campus;

IV) Definir diretrizes e instrumentos para orientar a Política Socioambiental do Campus “Luiz de Queiroz”.

Universidade de São PauloCampus “Luiz de Queiroz”

Assessores

Estrutura organizacional para elaboração do Plano

1ª Etapa: Diagnóstico Socioambiental Participativo

2ª Etapa: Levantamento e Ordenamento das

Diretrizes e Prioridades de Atuação

3ª Etapa: Modelos de Gestão e Formas de

Implementação

Etapas para Elaboração do PlanoEtapas para Elaboração do Plano

Universidade de São PauloCampus “Luiz de Queiroz”

ETAPA 1: Diagnósticos

1ª Etapa: Diagnóstico Socioambiental Participativo

• Inventário da Situação Ambiental do Campus; Identificação das problemáticas e potencialidades socioambientais.

• Confrontamento destas para determinar alternativas e soluções.

• Sistematização geral dos dados e elaboração do Relatório Geral para as instâncias do Campus

• Apresentado e debatido em uma espécie de audiência pública, com apresentação dos dados à comunidade (interna e externa: ministério público, órgãos financiadores, outros).

Etapas para Elaboração do PlanoEtapas para Elaboração do Plano

GT Águas

1) Corpos d`água e reservatórios – condições de rios, nascentes e lagoas existentes no Campus

2) Águas Tratadas – avaliação da qualidade e quantidade de água utilizada no Campus: ETA; laboratórios; irrigação; caixas d`água.

Diagnóstico das ações ou projetos em andamento relacionados com o tema águas

no campus “Luiz de Queiroz”

I Corpos d’água: divisão da área do Campus em microbacias

Figura 1. Limites das microbacias do campus “Luiz de Queiroz”

Rodovia “Luiz de Queiroz”

Rodovia Piracicaba - Limeira

Estrada do Monte Alegre

Bacia do Piracicamirim

Córrego Monte Olimpo

Rio Piracicaba

Córrego na Fazenda Areão

II Águas Tratadas: captação de água, tratamento, distribuição e efluentes

GT Uso do Solo• Levantar diagnóstico sobre o uso do solo no Campus

• Divisão do Campus em 5 grandes sub-áreas

• Mapas de Solos

• Mapa de Adequação Ambiental do Campus

• Mapa do Uso do Solo do Campus

• Banco de Dados dos Usos do Solo do Campus

• Consulta aos Deptos e grupos de estagio responsáveis

Resíduos domésticos não recicláveis

200t/ano

20ton/ano

Lâmpadas fluorescentes 4.300un./ano

Resíduos orgânicos3.214t/ano

Resíduos químicos600t/ano

Resíduos de construção civil957t/ano

Resíduos recicláveis 72t/ano

GT RESÍDUOSCLASSIFICAÇÃO e RESULTADOS

20ton/anoPilhas e baterias

100kg/anoResíduos de serviços de saúde

0,45t/ano

Embalagens de agrotóxicos0,5t/ano

Resíduos de serviços de transporte

1,77t/ano

Resíduos radioativos (CENA)Enviados para a Comissão

Nacional de Energia Nuclear

Tipo de ResíduosExiste Programa de Gerenciamento?

Sim Parcial Não

Resíduos orgânicos – restos de origem animal XResíduos orgânicos – restos de origem vegetal XResíduos orgânicos – domiciliares XResíduos domésticos não recicláveis XResíduos recicláveis (papel, plásticos, vidros e metais) XLâmpadas fluorescentes XResíduos de construção civil XResíduos químicos na ESALQ XResíduos químicos no CENA XResíduos de serviços de saúde XResíduos radioativos no CENA XResíduos biológicos no CENA XEmbalagens de agrotóxicos XResíduos de serviços de transporte XPilhas e baterias no CENA XPilhas e baterias no Ciagri, ESALQ e PCLQ xCartuchos de impressora PCLQ X

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO

GT Fauna

• Levantamento de fauna existente no Campus

• Principais problemas: cães e gatos; capivaras

(rc = riqueza de espécies encontrada no Campus) *: Dados não publicados

Grupo rc

Mamíferos de pequeno porte 05

Mamíferos de grande e médio porte 11

Mamíferos voadores 12*

Aves 191*

Répteis 12*

Anfíbios 19*

Peixes 126*

GT Fauna• Levantamentos de fauna existente no Campus

• Problemas: Cães e gatos errantes

• Problemas: Capivaras

GT Emissão de Carbono

• Avaliar a quantidade de Gases de Efeito Estufa, principalmente CO2, que as atividades de transporte e pecuária do campus emitem por ano.

Atividade Fonte tCO2/ano %Transporte Veículos oficiais 358,1 18,3

Usuários – emissões internas 73,63 3,8Usuários – emissões externas 754,14 38,5

Subtotal - Transportes 1.185,87 60,6Pecuária Leite 191,1 9,8

Corte 578,5 29,5Suína 1,9 0,1

Subtotal - Pecuária 771,5 39,4TOTAL 1.957,37 100,0

Emissões estimadas para o ano base 2005.

PÚBLICO-ALVO

Alunos de graduação e pós-graduação,docentes, funcionários (inclusive terceiriz.),

conveniados e demais usuários do Campus“Luiz de Queiroz”

DIMENSÃO DA AMOSTRA

190 entrevistas

DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA POR CATEGORIA

Categoria Total de questionários aplicadosFuncionários 40

Docentes 35

Estudantes de graduação 53

Estudantes de pós-graduação 40

Conveniados/demais usuários do Campus 22

Total 190

Plano Diretor Socioambiental Participativo do Campus Luiz de Queiroz

GT Percepção e Educação Ambiental

1%

18%

21%

26%

27%

27%

33%

35%

36%

38%

44%

48%

53%

78%

NS/NR

resíduos

ar

prédios

outros

solo

rio

pessoas

lagos/lagoas

animais domésticos

tudo

matas

animais silvestres

árvores

O que faz parte do meio ambiente no Campus?(resposta espontânea de múltiplas opções)

28,50%

28,50%

38%

66%

Todos

Usuários ecomunidade

Diretoria daESALQ

Prefeiturado Campus

2

2

12

55

119

ns/nr

nada

pouco

mais oumenos

muito

Quem é responsável pela solução dos problemas citados?

(resposta espontânea de múltiplas opções)

Você se interessa por meio ambiente?

(resposta induzida de única opção)

GT NAC - NORMATIZAÇAO AMBIENTAL E CERTIFICAÇÃO

- Diagnóstico da existência de normatizações e certificações nos laboratórios do Campus, incluindo o levantamento de interesse em adequação através dessas ferramentas.

- Questionário direcionado aos Deptos/setores e serviços do campus

- Criação de um selo interno da ESALQ, aplicado às diversas atividades realizadas no Campus e atestará sua adequação ambiental, propagando iniciativas neste sentido.

ETAPA 2: Diretrizes

Etapas para Elaboração do PlanoEtapas para Elaboração do Plano

2ª Etapa: Levantamento de Diretrizes e Prioridades

• Definição de diretrizes para os temas prioritários e suas estratégias

• Construção de 32 diretrizes pelos Grupos de Trabalho

• Aquelas que foram comuns a mais de um GT, tornaram-se diretrizes prioritárias na implementação do plano

• Ordenadas e colocadas num fluxograma, onde se relacionavam entre si

• Realizada de uma segunda “audiência pública” aberta a toda a comunidade universitária e demais interessados para retorno dos resultados sobre diretrizes e suas interligações.

ETAPA 2 - Elaboração das Diretrizes

- Baseadas no diagnósticos

- Objetivos, Metas, Grandeza orçamentária, Possíveis parceiros

- Relações com outros GTs

- Construção de 32 diretrizes

Diretrizes

Diretrizes GT Resíduos

Criação de um sistema de gestão compartilhada e integrada de resíduospara o Campus “Luiz de Queiroz”.

I. Integrar e fortalecer todas as ações voltadas a temática de resíduos nocampus.

II. Garantir recursos humanos e financeiros para a implantação emanutenção do sistema de gestão de resíduos

OBJETIVOS

DIRETRIZ GERAL

RESÍDUOS QUÍMICOS DA ESALQ

Implantação e institucionalização do programa de gerenciamento de resíduos químicos.

DIRETRIZ

OBJETIVOSI. Fazer com que o gerenciamento de resíduos químicos seja assumido

como expressão de alta prioridade acadêmica e administrativa, emtodos os níveis hierárquicos, por meio de um processo de melhoriacontínua.

II. Viabilizar técnica e economicamente a Implantação e Manutenção dosProgramas de Gerenciamento de Resíduos Químicos das Unidades.

RESÍDUOS DOMICILIARES, RECICLÁVEIS E NÃO RECICLÁVEIS

Fortalecer ações educativas e institucionalizar procedimentos paraminimização de resíduos sólidos.

DIRETRIZ

I. Fortalecer a gestão compartilhada e integrada de resíduos sólidosdomiciliares e aumentar a responsabilidade e comprometimento dosgeradores em todas as escalas.

II. Criar procedimentos e favorecer infra-estrutura para minimização egestão adequada dos resíduos domiciliares.

III. Criar e fortalecer Interface com a comunidade externa e parceiros.

OBJETIVOS

RESÍDUOS ORGÂNICOS

Implantação de um programa de gerenciamento e uma unidade detratamento de resíduos orgânicos.

DIRETRIZ

I. Construir uma composteira para os resíduos orgânicos do Campus.

II. Envolver ensino e grupos de estágios no processo de implantação emonitoramento da compostagem.

III. Implementar um sistema de biodigestor para resíduos da Zootecnia edomiciliares.

OBJETIVOS

RESÍDUOS ELETRO-ELETRÔNICOS

Estimular discussões e práticas de gerenciamento destes resíduos junto aos órgãos reguladores, geradores e usuários.

OBJETIVOPromover fóruns de discussões entre os elos envolvidos na produção euso destes resíduos.

DIRETRIZ

LAMPADAS FLUORESCENTES

Fortalecer os procedimentos e processos educativos existentes noCampus.

OBJETIVO

Estimular a continuidade do gerenciamento para as lâmpadas geradas noCampus.

DIRETRIZ

RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Implantação de um programa de gerenciamento e institucionalização deprocedimentos para resíduos de construção civil.

DIRETRIZ

OBJETIVOS

I. Implantar procedimentos e infraestrutura para monitoramento econtrole efetivo de resíduos gerados.

II. Qualificar os funcionários envolvidos no setor de obras e serviçosgerais do campus.

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE

Implantação de um programa de gerenciamento e institucionalização deprocedimentos para resíduos de serviços de transporte.

DIRETRIZ

OBJETIVOS

I. Implantar procedimentos e infraestrutura para monitoramento econtrole efetivo de resíduos gerados.

II. Qualificar os funcionários envolvidos no setor de transporte doCampus.

PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS

DIRETRIZDifundir e institucionalizar os procedimentos para produtos fitossanitários.

OBJETIVOAdequar os geradores de embalagens aos procedimentos previstos na legislação.

RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAUDE

DIRETRIZDifundir e institucionalizar os procedimentos para resíduos de serviços desaúde.

I. Fortalecer ações para minimizar resíduos de serviço de saúde eencaminhamento adequado.

II. Melhorar a triagem de resíduos que são potencialmente passíveis decontaminação e devem ser tratados adequadamente.

III. Continuar a parceria com a Prefeitura Municipal responsável pelacoleta, transporte e tratamento dos RSS.

OBJETIVOS

RESÍDUOS BIOLÓGICOS INFECTANTES

Fortalecer procedimentos existentes e continuar com os procedimentosprevistos na legislação específica.

OBJETIVO

DIRETRIZ

Institucionalizar e difundir os procedimentos para resíduos biológicosinfectantes gerados nos laboratórios de pesquisa.

RESÍDUOS RADIOATIVOS DO CENA

I. Fortalecer procedimentos existentes e continuar com osprocedimentos previstos na legislação específica.

II. Garantir recursos financeiros para manutenção do sistema ecumprimento das diretrizes de proteção radiológicas do ConselhoNacional de Energia Nuclear (CNEN).

OBJETIVOS

DIRETRIZCriar um sistema integrado de gerenciamento de rejeitos radioativos.

ETAPA 3: Gestão

Etapas para Elaboração do PlanoEtapas para Elaboração do Plano3ª etapa: Modelos de Gestão e Formas de Implementação

• Articular os objetivos e estratégias com instrumentos de planejamento e política do Campus “Luiz de Queiroz” (democratizar as decisões)

• Sistema de Gestão do Plano (estabelecer a estrutura participativa e o processo para a sua implementação e monitoramento)

• Elaboração dos Indicadores de Sustentabilidade

• Monitoramento: compreende avaliações, atualizações e ajustes sistemáticos (baseados nos indicadores de sustentabilidade)

• Definição das instâncias de discussão e decisões do monitoramento, como os conselhos, sua composição e suas atribuições.

• Determinação dos meios e a sistemática para revisá-lo.

ETAPA 3: Sistema de Gestão do Plano Diretor Socioambiental

QUESTÕES QUE FORAM DESENVOLVIDAS:

• Qual será o tempo de validade/renovação do Plano Diretor?

• A quem ele estará ligado?• Quais as formas de monitoramento?• Quais os indicadores do Plano Diretor (macro)?• Como se dará a composição das instâncias e grupos?• Qual o tempo de “mandato”?• Quais serão as fontes de financiamento? Quem irá buscá-

las?• Quais os mecanismos de parcerias?• Como funcionará o envolvimento da comunidade e/ou

gestão participativa?

COMISSÃO ASSESSORA DE MEIO AMBIENTEESALQ/CENA/CIAGRI/CCLQ

ESTRUTURA DE GESTÃO:GESTOR SOCIOAMBIENTAL, SECRETARIA E

ESTAGIÁRIOS

GT ÁGUAS

GT RESÍDUOS/EMISSÃO DE GASES GT USO DO SOLO/FAUNA

GT EDUCAÇÃO E NORMATIZAÇÃO

GRUPOS DE ESTÁGIO, EXTENSÃO E PESQUISA LIGADOS AS TEMÁTICAS DO PLANO

COMISSÃO DEÉTICA AMBIENTAL

(ESALQ-CENA)

CONSELHO GESTOR DO CAMPUS ”LUIZ DE

QUEIROZ”

GESTÃO DO PLANO DIRETOR

Indicadores de Sustentabilidade

Indicadores são parâmetros que servem para o monitoramento da sustentabilidade de um modelo de

desenvolvimento adotado (MALHEIROS, 2007).

Indicadores Macro: Referentes à mensuração das ações de sustentabilidade no âmbito institucional procurando mensurar o comprometimento da instituição com o Plano Diretor Socioambiental;

Indicadores Micro: Elaborados para mensurar a implementação das diretrizes específicas criadas pelos Grupos de Trabalho.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

1) Os Principais Sucessos

2) Os Principais Desafios

3) Sustentabilidade do Plano

Contato: [email protected]

Documento disponível no site www.esalq.usp.br