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Edição Nº 35 - 25/03/2015 PCdoB na Câmara Informativo semanal da Bancada PCdoB completa 93 anos de história Maurício Grabois assina a Constituinte de 1946. Convite para ato pela legalidade do PCdoB. Em maio de 1985, João Amazonas protocola pedido de legalização do PCdoB no TSE. Partido celebra 30 anos de atuação parlamentar no Congresso Nacional desde a redemocratização de 1985

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Partido celebra 93 anos de história e 30 anos de atuação parlamentar no Congresso Nacional desde a redemocratização de 1985

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PCdoB na Câmara - 93 anos! Março de 2015 | Número 35 1

Edição Nº 35 - 25/03/2015

PCdoB na CâmaraInformativo semanal da Bancada

PCdoB completa 93 anos de história

Maurício Grabois assina a Constituinte de 1946.

Convite para ato pela legalidade do PCdoB. Em maio de 1985, João Amazonas protocola pedido de legalização do PCdoB no TSE.

Partido celebra 30 anos de atuação parlamentar no Congresso Nacional desde a redemocratização de 1985

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Março de 2015 | Número 35 PCdoB na Câmara - 93 anos!2

P A L A V R A D A L Í D E RJandira Feghali. Médica, deputada pelo Rio de

Janeiro e líder do PCdoB na Câmara dos Deputados

A luta pela democracia nos une

No mês em que celebramos o aniver-sário do PCdoB, é impossível não lembrar os inúmeros militantes do

Partido Comunista do Brasil que perderam suas vidas no combate à Ditadura Militar. Na trincheira entre a opressão e a liber-dade, a coragem se fazia sempre presente nestes homens e mulheres de ideias pro-gressistas. Seus nomes até hoje ecoam em nossos 93 anos de História com profunda admiração e respeito.

Há mais de 12 anos o Brasil vive novos rumos com um governo comprometido com o combate às desigualdades, com o desenvolvimento, a geração de emprego e com políticas sociais universais. Tem sido uma experiência inédita, e os resultados in-dicam o êxito dessas políticas. O PCdoB tem orgulho de participar deste projeto, contri-buindo para os avanços e somando-se às justas reivindicações da sociedade. Somos um partido que já enfrentou preconceitos

e arbitrariedades, mas soube manter a co-erência e, acima de tudo, lutar pela demo-cracia. Esta postura é uma responsabilida-de constante e se fortaleceu em momentos difíceis dessas décadas de trajetória.

Nosso partido se mobiliza para refor-çar pilares na melhor distribuição de renda e na emancipação do cidadão enquanto ser humano. É o salto civilizacional que uma so-ciedade precisa alcançar, melhorando sua economia, saúde, educação e cultura de forma concreta e não utópica. São aspec-tos sociais de todas as esferas de governo e que, repetidamente, se mostram como os mais caros anseios da população.

Certamente, o PCdoB ficará firme no combate à sanha das trevas que tentam ressurgir no Brasil e no Mundo. Neste em-bate ideológico contra forças reacionárias, nosso partido manterá sua postura, im-pedindo retrocessos, e na luta para que novas conquistas sejam alcançadas, na

garantia das liberdades individuais e de todos os demais direitos assegurados em nossa Constituição.

Perto de completar uma centena de anos, as bandeiras comunistas ainda inspirarão muitos corações e mentes na busca por um país melhor. É um senti-mento energizante que ultrapassa as bar-reiras do tempo, aflorando Brasil afora. Como a História mostrou, nosso partido se fez necessário no passado e se mostra capacitado para o futuro, porque ele tem ideias sobre o que lutar.

Prosseguimos, com coragem e deter-minação. Atentos e dispostos a denunciar as ações reacionárias contra o povo brasi-leiro. A luta pela democracia nos une e nos anima. Encoraja-nos a continuar no bom combate, uma justa homenagem aos bra-vos comunistas que perderam suas vidas para que o país vivesse dias melhores e ple-nos de liberdade.

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PCdoB comemora 30 anos de legalidade contínua!

Deputada Luciana SantosVice-presidente nacional do PCdoB

Hoje o PCdoB tem uma bandeira firme de defesa da constitucionalidade da

eleição da presidenta Dilma Rousseff. Precisamos fazer valer também as conquistas

históricas deste ciclo iniciado pelo presidente

Luiz Inácio Lula da Silva

O Partido Comunista do Brasil nas-ceu como organização política nacional dos trabalhadores em 25 de março de 1922 no Rio de Janei ro. É hoje o partido com a maior traje tória de contribuições na luta pela de mocracia, pelos direitos dos operários e dos trabalhadores rurais, nas lutas pela emancipação das mulhe-res, pela liber dade religiosa e nas grandes batalhas em defesa da soberania da pá-tria, da Petrobras, da siderurgia na-cional, contra as guerras e pela paz na cena política brasileira.

Poucos dias antes das eleições pa ra a Assembleia Constituinte de 1946, o Partido obteve o registro legal para con correr com legenda própria. Era o dia 10 de novembro e as eleições seriam reali zadas em 2 de dezembro de 1945. Mesmo as-sim, os comunistas receberam 10% dos votos nacionais e elegeram uma bancada de 14 deputados federais e um senador, Luiz Carlos Prestes. A Bancada da Câmara dos Deputados foi lidera da por Maurício Grabois (RJ) e contava entre seus membros com um dos depu tados mais vota-dos na antiga capital da República, João Amazonas, também pe lo Rio de Janeiro. Na Carta aprovada pe-la Constituinte, muitas foram as contribui ções dos comunistas por avanços sociais e democráticos. Esse período de legalidade, no entanto, durou apenas dois anos e em 1947, o Par-tido foi con denado novamente à ilegali-dade e seus representantes no Congres-so Nacional foram cassados de maneira infame, por meio de um tribunal manipu-lado pelas forças reacionárias.

Em 1º de abril de 1964, um golpe militar depôs o presidente João Goulart,

pondo fim a um governo democrático que sustentava a realização de reformas progressistas, que teriam dado uma nova dinâmica ao desenvol vimento nacional. Após as duas décadas de repressão que se seguiram a partir do golpe, com as pri-sões, exílio e mortes de muitos membros de sua direção central, já na campanha pela Constituinte de 1988 os comunistas elege ram uma bancada pequena, mas

reconhecida por todas as forças políticas como ativa e combativa. Ao lado de ou-tros deputados progressis tas, conseguiu incluir na Carta Magna vários artigos que ampliavam a democracia, a soberania e os direitos po pulares. Entre suas conquis-tas está o voto aos 16 anos – bandeira levantada pela en tão recém-criada União

da Ju ventude Socialista (UJS), diri gida pe-los comunistas.

Nestes 30 anos, o partido pôde se apre sentar publicamente, com o seu nome, símbolos e programa. Inclusive, dispon do de direito à inserção de pro-gramas nacionais de rádio e TV. Chegou a ter dois senadores; elegeu inúmeros prefeitos, inclusive em capitais. Desen-volveu trabalho estratégico à frente do

Ministério do Esporte sob o coman-do de Orlando Silva e, recentemente, pela primeira vez, um governador de estado, Flávio Dino, no Maranhão. O PCdoB ocupou pos tos importantes no Executivo e atualmente comanda o Ministé rio da Ciência, Tecnologia e Ino vação, com Aldo Rebelo.

Atualmente, a principal luta do PCdoB é pela Reforma Políti-ca, com financiamento público das cam panhas, aperfeiçoamento do sistema proporcional e maior par-ticipação das mulheres nos Parla-mentos e Executivos. Luta por uma reforma democráti ca da mídia, pois sabe que uma democracia forte precisa de mídia livre, não monopo-lizada pelo capital financeiro. Prega reforma tributária que de sonere o trabalho e a produção, voltando-se contra as grandes fortunas e o ca-pital especulativo -rentista. Por fim, o PCdoB luta para manter a insti-tucionalidade democrática, contra

aqueles que que rem um novo golpe – da mesma forma como tentaram em 2005 – e defende a retomada de um cresci-mento econômico mais robusto, como forma de manter as conquistas sociais já alcançadas durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e luta para ampliá-las.

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“No Estado Democrático de Direito, a nenhuma maioria, organizada em torno de qualquer ideário ou finalidade – por mais louvável que se mostre –, é dado tirar ou restringir os direitos e liberdades fundamen-tais dos grupos minoritários dentre os quais estão a liberdade de se expressar e de se fazer representar nas decisões que influem nos destinos da sociedade como um todo, enfim, de participar plenamente da vida pública, inclusive fiscalizando os atos de-terminados pela maioria.” Assim, o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou seu voto, em 2006, para acabar com a cláusula de barreira imposta na Lei 9.096/95, a Lei dos Partidos Políticos. Por unanimidade, o Plenário do Su-premo declarou a inconstitucionali-dade dos dispositivos que interferiam na representatividade de partidos menores no Parlamento.

Nove anos depois, na retomada das discussões sobre a reforma política no Congresso, o tema volta à tona e ameaça

a existência de partidos históricos como o PCdoB. A justificativa para a retomada da cláusula de desempenho, por legendas como o PMDB e PSDB, é diminuir a pulve-rização de partidos na Casa. Hoje, dos 32 partidos legalmente registrados no Tribu-nal Superior Eleitoral (TSE), 28 têm repre-sentantes na Câmara.

Com a aprovação da regra, a ideia é que só poderia eleger deputado, o partido que obtivesse determinado percentual de

votos em uma quantidade mínima de es-tados. Caso não alcançasse tal percentual, o partido ainda perderia o acesso ao fundo partidário e ao tempo no rádio e na TV.

Para o deputado Daniel Almeida

(PCdoB-BA), membro da comissão especial que analisa o tema, a fragmentação não é a principal “mazela” enfrentada hoje. “A corrupção eleitoral, as campanhas caras, o financiamento empresarial das campa-nhas não estão relacionados ao número de partidos existentes. Não é possível excluir a possibilidade da participação de uma cor-rente que tem a história que tem o PCdoB. Que tem programa, ideologia, proposta para a sociedade. A possibilidade de maior

participação popular é o caminho que nós temos que percorrer para aprofundar a democracia”, defende o parlamentar.

Já o vice-líder do governo na Câmara, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) acredita que o partido serve de medidor do grau de de-mocracia no Brasil. “A existência de

um partido comunista legalizado, com plena condição de funcionamento, é indicativo de que há real democracia no país. O PCdoB tem um papel fundamental na história po-lítica brasileira e deve continuar existindo.”

REFORMA POLÍTICA

Democracia não deve ser ditadura da maioria

Aos 93 anos de existência, PCdoB agora luta para garantir a continuidade da sua representação no Parlamento. Propostas em análise no Congresso querem impor, novamente, cláusulas de barreira para impedir acesso de legendas e reduzir a participação popular.

Deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE)

O tamanho do partido não mede seu caráter ideológico. O que mede é sua história, suas

lutas. Temos 30 anos ininterruptos de vida do Parlamento, somos um partido vivo.

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Na tentativa de im-pedir o avanço da propos-ta restritiva, a Bancada do PCdoB apresentou a emenda 27 à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 352/13, que teve a tramitação acele-rada na Casa. O objetivo é impossibilitar a constitucionalização do financiamento de empresas nas campanhas eleitorais e dimi-nuir as restrições da cláusula de barreira. A ideia é garantir também a possibilidade de coligação das legendas e o acesso ao fundo

partidário e tempo de rádio e TV, além do sistema proporcional – atualmente em vigor nas eleições brasileiras.

Democracia não deve ser ditadura da maioria

Para a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), cláusulas de barreira não im-pedem os partidos de aluguel. Na prática, segundo ela, acontecerá “a inviabilização do funcionamento parlamentar. Muitos parti-dos deixarão de ocupar vagas no Parlamen-to. E pra nós, que somos o partido mais an-

tigo do país, é inaceitável. O tamanho do partido não me-de seu caráter ideológico. O que mede é sua história, suas lutas. Temos 30 anos ininter-ruptos de vida do Parlamen-to, somos um partido vivo e estaríamos sem representa-ção por conta da cláusula de

barreira”, critica a deputada, que este ano assumirá a presidência nacional da legenda.

Na análise do ministro Marco Aurélio,

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 352/13, em análise na Comissão Especial da Reforma Política, é vista como uma ANTIRREFORMA por muitos partidos, entre eles, o PCdoB. O texto quer, por exemplo, constitucionalizar o financiamento empresarial de campanhas eleitorais – ponto fortemente combatido pela sociedade civil.

PEC 352/13 NÃO!

a diversidade partidária não deveria ser entendida como ameaça, “mas como fator de crescimento”. Conforme ele, o desafio do Estado mo-derno “não é elidir as mino-

rias, mas reconhecê-las e, assim o fazendo, viabilizar meios para assegurar-lhes os di-reitos constitucionais”.

“Democracia que não legitima esse convívio não merece tal status, pois, na verdade, revela a face despótica da inflexi-bilidade, da intransigência, atributos que, normalmente afetos a regimes autoritários, acabam conduzindo à escravidão da minoria pela maioria”, argumentou o ministro do Su-premo, que reforçou que a democracia não é a ditadura da maioria.

Para a líder do PCdoB na Câmara, depu-tada Jandira Feghali (RJ), o partido tem rele-vante participação nas conquistas do povo brasileiro. “Temos um papel grandioso na definição estratégica e na firmeza ideológica. Entendemos que uma reforma política não pode calar essa voz.”

Deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP)

A existência de um partido comunista legalizado, com plena condição de

funcionamento, é indicativo de que há real democracia no país.

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A direção que levantou o PCdoB depois da Ditadura Militar: Renato Rabelo, Dyneias Aguiar, Rogerio Lustosa, João Amazonas, João Batista Lemos e Ronald de Freitas.

Líderes políticos de diferentes legendas e representantes de setores importantes da sociedade reconhecem a contribui-

ção estratégica dada pelo PCdoB ao longo da história do país.

“Fiel às suas origens, o PCdoB lutou contra a Ditadura Militar e é hoje uma for-ça a contribuir com o aperfeiçoamento da democracia. Tem um papel fundamental na luta contra a desigualdade e na busca pela participação popular em todos os níveis”, avalia o ex-presidente da Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB), Marcelo Lavenère.

Jurista renomado, La-venère foi um dos autores da denúncia que levou ao im-peachment do ex-presidente da República Fernando Collor de Mello. Lavenère repre-senta, atualmente, a Confederação Nacio-nal dos Bispos do Brasil (CNBB) na Coalizão

PCdoB é referência de partido no Brasil

Saiba maisO projeto de iniciativa popular (PL 6316/13) é apoiado pelo PCdoB e tem como principal proposta o fim do financiamento empresarial de campanhas eleitorais para evitar distorções e corrupção provocadas por modelo atual.

pela Reforma Política Democrática e Elei-ções Limpas.

À frente do Democratas na Câmara dos Deputados, o deputado Mendonça Filho (PE) destaca que o aniversário de 93 anos da legenda renova a importância da sigla para a democracia brasileira. “É novamente hora de sairmos em defesa dos direitos dos tra-balhadores, bandeira que tem norteado os caminhos do PCdoB ao longo das últimas nove décadas”.

No Parlamento, o historiador e de-putado Chico Alencar, líder do PSOL na Câ-mara, considera o PCdoB como digno do nome que carrega por seu “lastro histó-rico, ideológico e projeto de socie-dade. O PCdoB, além dessas vir-

tudes, tem uma atuação permanentemente sensível aos interesses populares. Estamos juntos em muitas lutas!”.

História de combatesNa vida política recente do Brasil, o PCdoB esteve nas ruas durante as cam-panhas pelas Diretas Já! (1984) e no Fo-ra Collor (1992). Em meados dos anos 1990, lutou contra as políticas neoli-berais privatistas do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

É diante dos grandes desafios que o PCdoB se agiganta. Nas ruas nos organizamos, nelas travamos nossas lutas e

alcançamos vitórias, e será em luta que daremos uma resposta ao que estamos chamando de conspirata-conservadora-revanchista. Eles querem guerra, e nós iremos guerrear.

Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB

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Renato RabeloBaiano de Ubaíra, José Renato Rabelo nas-ceu em 1942. Iniciou sua trajetória política no movimento estudantil, fazendo parte da Ação Popular (AP). Elegeu-se presi-dente da União dos Estudantes da Bahia (UNE-BA) e vice-presidente da UNE. Exila-do na França durante a Ditadura, retornou ao Brasil depois da Anistia, sendo um dos principais responsáveis pela legalização do PCdoB após a redemocratização. As-sumiu a presidência do partido em 2001, onde permanece até hoje.

Gilse CosenzaGilse Maria Westin Cosenza nasceu em 1943 em Paraguaçu (MG). Militante de destaque da Juventude Estudantil Católica (JEC), da Juventude Universitária Católica (JUC) e da Ação Popular (AP). Foi presa durante o Re-gime Militar, tendo sofrido torturas físicas e psicológicas. Em São Paulo, assumiu a pre-sidência da União Brasileira de Mulheres (UBM) e dirigiu a Comissão Nacional de Mu-lheres do PCdoB. De volta a Minas Gerais, foi presidente do PCdoB em Belo Horizonte. Atualmente é membro do Comitê Estadual do PCdoB na capital mineira.

Haroldo LimaLiderança estudantil de destaque e funda-dor da Ação Popular (AP), Haroldo Borges Rodrigues Lima, nasceu em 1939, em Cae-tité (BA). Participou da reunião do Comitê Central que resultou na Chacina da Lapa, em 16 de dezembro de 1976. Foi preso no dia seguinte e sofreu diversos tipos de tortura. Saiu da prisão em 1979, após a Anistia. Como deputado federal, Haroldo Lima liderou a Bancada do PCdoB na Cons-tituinte. No governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP) por sete anos.

HomenagemNa comemoração dos seus 93 anos, o PCdoB na Câmara escolheu três importantes militantes para homenagear. Conheça um pouco da história de Gilse Cosenza, Haroldo Lima e Renato Rabelo.

Eu me sinto irmão dos companheiros do PCdoB. Sou testemunha do profundo amor que vocês têm ao nosso país e ao nosso povo. Em mais de 30 anos de fraterno convívio e de tantas lutas compartilhadas, aprendi a admirar a notável

contribuição do partido para o progresso econômico, político e social do Brasil. Nesse período, não houve uma única causa democrática ou igualitária que o partido não

tenha abraçado com entusiamo. Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Presidenta Dilma Rousseff

Ao longo de toda sua história, o PCdoB tem sacudido velhas estruturas na luta por um Brasil soberano, independente, autossuficiente e por um país livre da miséria e da desigualdade. O PCdoB

contribuiu decisivamente para o sucesso do governo Lula e agora está me ajudando a governar.

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Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados

Praça dos Três Poderes, Câmara dos Deputados, Anexo II,Sala T-12, Brasília-DF, 70160-900 - Tel: 55 (61) 3215-9732.

Líder: Deputada Jandira Feghali (RJ). Vice-líderes: Luciana Santos (PE), Chico Lopes (CE) e Rubens Pereira Júnior (MA).

Assessoria de Comunicação: Marciele Brum (coordenadora), Christiane Peres (jornalista), Richard Silva (foto e vídeo), Iberê Lopes (estagiário de comunicação/artes), Wellington Pereira (publicitário). Com colaboração da Fundação Maurício Grabois.

Tel. (61) 3215-9738 www.pcdobnacamara.org.br - [email protected]

PEDIENTE

/pcdobnacamara @AssessorPCdoB /pcdobcamara /user/liderancapcdob /pcdob-na-camara

Eleita para a legislatura 2015-2019, a Bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados conta com 13 parlamentares que defendem grandes transformações no Brasil, como as reformas agrária, da comunicação, política, urbana e tributária.

PCdoB defende mudanças profundas no país

O PCdoB não é um partido de ocasião. Poucos partidos no mundo completam 93 anos. Isso demonstra que o PCdoB tem um programa, um propósito, sendo essencial nas lutas do povo

brasileiro por mais democracia e desenvolvimento.

Aliel Machado (PR)

A história da democracia brasileira se confunde com a trajetória do PCdoB. O PCdoB sempre esteve nas instituições

sociais de representatividade como as de mulheres, de jovens negros e de trabalhadores.

O PCdoB tem sua digital impressa nas principais lutas do povo, especialmente neste momento em que temos um maior

acúmulo de direitos sociais. O nosso partido reafirma o seu compromisso com a manutenção da legalidade democrática.

Alice Portugal (BA)

Carlos Eduardo Cadoca (PE)

PCdoB: Nove décadas de lutas pela democracia, pelas causas sociais e igualdade de direitos. Estamos prontos para os desafios

do presente e do futuro.

Chico Lopes (CE)

Nós passamos por todos os processos históricos nesses últimos tempos. Queremos mais democracia, mais participação e mais

distribuição de renda. Esse é o papel dos comunistas.

Davidson Magalhães (BA)

No momento em que o país vive um debate sobre reforma política, o PCdoB é um exemplo do que é um partido político,

vinculado com a luta do povo e enraizado na sociedade brasileira.

João Derly (RS)

A luta política travada pelo PCdoB em defesa do trabalhador e da democracia aproximou-me do partido. O partido contribuiu

muito na consolidação da política pública para o esporte.

Jô Moraes (MG)

Num momento em que há uma crise de representatividade e as pessoas não acreditam em partidos e em políticos, temos uma militância de toda uma vida num partido quase secular.

Rubens Pereira Jr. (MA)

O partido mais antigo constituído no Brasil celebra 93 anos ainda com muita juventude, garra e energia. Continua sendo bastante ousado e inovador. É uma vitória da

democracia a existência de um partido como o nosso.

Wadson Ribeiro (MG)Daniel Almeida (BA)

Mais do que nunca a luta por democracia, por liberdade e por fortalecer e valorizar os trabalhadores e seus direitos está

presente. Essa é a trajetória do nosso partido.