paul singer: a luta em prol do cooperativismo e economia solidária

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Paul Singer: A luta em prol do cooperativismo e economia solidária 2014: O ano da Agricultura Familiar pág. 8 Ministério do Trabalho concede registro sindical ao SINCOTRASP pág. 9 STF declara inconstitucional a contribuição previdenciária sobre serviços de cooperativas de trabalho pág. 11 Julho 2014 - Ano 12 - N° 22

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Page 1: Paul Singer: A luta em prol do cooperativismo e economia solidária

Paul Singer: A luta em prol do cooperativismo e economia solidária

2014: O ano da Agricultura Familiarpág. 8

Ministério do Trabalho concede registro sindical ao SINCOTRASP

pág. 9

STF declara inconstitucional a contribuição previdenciária sobre serviços de cooperativas

de trabalhopág. 11

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Ano

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- N° 2

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Page 2: Paul Singer: A luta em prol do cooperativismo e economia solidária

O EasyCOOP é o mais abrangente e flexível sistema para gestão de cooperativas do mercado. Com o EasyCOOP, a cooperativa pode modificar as suas regras e tratar as suas exceções sem o risco de quebrar as regras impostas. Uma vez que o sistema já é utilizado por mais de 300 cooperativas em todo o país, dos mais variados segmentos e portes, foi estruturado para se adaptar facilmente a ambientes diferenciados. O nosso software atende a entidades de todos os tamanhos e ramos do cooperativismo.

Page 3: Paul Singer: A luta em prol do cooperativismo e economia solidária

Sumário

Equipe

Paul Singer, a liderança da Economia Solidária

Deliberação 12 da JUCESP é revogada em São Paulo

Unicopas é criada para fortalecer o cooperativismo solidário

2014: O ano da Agricultura Familiar

Ministério do Trabalho concede registro sindical ao SINCOTRASP

STF declara inconstitucional a contribuição previdenciária sobre serviços de cooperativas de

trabalho

Palestra sobre Tributação das Cooperativas ocorre na Faculdade de Direito da USP

Prefeitura de São Paulo e Ministério do Trabalho firmam acordo para projetos de economia solidária

Prepare sua cooperativa para a implantação do e-Social

Coopernotas

Galeria de fotos

Cooperativas Culturais são isentadas do PIS/COFINS

Edição n° 22 - Julho - 2014Editorial

A Revista Easycoop é uma publicação do InstitutoNacional de Desenvolvimento e Valorização do Ser Humano

Endereço: Alameda dos Jurupis, 1005 - 10º andar - Moema - São Paulo/SP CEP 04088-003 - Telefone: +55 11 5533-2001

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Jornalista ResponsávelManoel Paulo MTB 49.639/SP

Editora-chefeSandra Campos

Redação e ReportagemThomas Lagoa

RevisãoDaniel Wendell

Editoração, Projeto Gráfico e FinalizaçãoManoel Paulo

Contato: [email protected]

Olá, como vai?!

O cooperativismo brasileiro vive um mo-mento com grandes conquistas que ser-virão para o fortalecimento do setor.

A primeira ocorreu em São Paulo. Depois da Junta Comercial obrigar as cooperati-vas a se filiarem a uma ONG para conse-guir registrar-se na Junta, criou-se em São Paulo um movimento para a derrubada da famigerada Deliberação 12. Depois de muita luta, o então secretário Rodrigo Gar-cia revogou a deliberação e assim per-mitindo que as cooperativas continuassem o seu trabalho de forma honesta e com tranquilidade.

Outro assunto vem do âmbito federal, refere-se as cooperativas culturais que agora estão isentas de pagar PIS/COFINS. Isso se deve principalmente ao trabalho do deputado federal João Dado que levantou essa bandeira e brigou até o fim até lei foi sancionada pela presidente Dilma Roussef.

Você acha que acabou? O Superior Tri-bunal Federal, declarou inconstitucional a contribuição previdenciária sobre serviços das cooperativas de trabalho. Este fato e os outros citados, mostra o quanto o coop-erativismo tem crescido e se fortalecido no Brasil.

Mas a luta não pode parar. O próximo é a aprovação da Lei Geral do Cooperativ-ismo, que está sendo discutida no Senado Federal.

Um grande abraço e ótima leitura!

Sandra CamposEditora-chefe

Page 4: Paul Singer: A luta em prol do cooperativismo e economia solidária

Paul Singer, a liderança da Economia SolidáriaPaul SInger, nascido na Áustria em 1932, chegou ao Brasil com oito anos de idade e aqui construiu uma vida em que sempre se preocupou com aqueles mais necessitados. Hoje, é o grande responsável pelo desenvolvi-mento da Economia Solidária no país à frente da Secretaria Nacional de Economia Solidária, que é vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego. Confira a entrevista que o professor Paul Singer concedeu para a revista EasyCoop.

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EasyCoop: Como o senhor iniciou o trabalho em prol da economia solidá-ria?

Paul Singer: Eu comecei em 1996. Basicamente em um momento de enorme desemprego em São Paulo. 1,6 milhão de desempregados, essa era a notícia que havia e estávamos em campanha para prefeito com a Luiza Erundina, que era novamente candidata, mas ela acabou não ga-nhando.

Quando eu vi na televisão que 1,6 milhão de pessoas estavam desempre-gadas em uma única cidade, a maior do país, eu achei que estava na hora de fazermos alguma coisa.

A ideia que me veio à cabeça, necessitava da vitória da Luiza Erundi-na nas eleições, e nós acreditávamos nessa possibilidade. Ela como prefeita eleita poderia intervir na situação ca-dastrando todos os desempregados

(os que quisessem evidentemente) e depois organiza-los em cooperativas que produzissem bens e serviços que eles fossem necessitar. As pessoas ten-do dinheiro iriam comprar onde fosse mais barato, e nem todas as coopera-tivas conseguiriam vender mais barato. Foi quando pensamos na moeda so-cial, que é o que estamos usando hoje, mas ideia me veio em 1996.

Eu levei essa ideia ao comitê e to-dos gostaram. Na época, o candidato a vice-prefeito era o atual ministro da Casa Civil, Aloisio Mercadante.

Aloisio além de candidato a vice--prefeito era coordenador de progra-ma da Luiza Erundina. Ele disse para mim: “Tudo bem, nós gostamos da ideia e vamos colocar no programa, mas como você vai chamar isso?”. Eu disse que não tinha pensado nisso, só como tudo funcionaria. Então o Aloiso perguntou para mim, porque não cha-mar de economia solidária. Foi uma

boa ideia a dele.

EasyCoop: Então, o nome foi dado pelo o Aloisio Mercadante?

Paul Singer: Eu aceitei na hora porque foi justamente o que eu que-ria. Pensei na ideia sozinho, mas disse a ele que aceitei a sugestão. Desde então passou a se chamar economia solidária.

A proposta foi para o programa da Luiza. Para ajudar na campanha e para divulgar a ideia, eu escrevi um artigo para a Folha de São Paulo sobre Economia Solidária.

EasyCoop: E foi ali a primeira vez que surgiu a palavra economia solidária.

Paul Singer: Pelo menos de minha parte, sim. Na realidade quem come-çou a falar de economia da solidarie-dade, que é muito parecido, foi Luis Razeto.

Luis Razeto é um importante pro-fessor, no Chile, da Universidade Boli-variana. Ele escreveu vários livros so-bre economia da solidariedade nos anos 80. Até então eu não sabia so-bre o professor Razeto, fui saber sobre ele depois que comecei a falar sobre economia solidária com um amigo meu, o Cláudio Nascimento, que já estava mais tempo nessa discussão sobre as cooperativas. Ele que me fa-lou e me emprestou vários livros deste professor.

O artigo que publiquei no jornal Folha de São Paulo, teve um sucesso estrondoso, eu não esperava por isso. Comecei a receber muitos contatos di-zendo que o que eu estava propondo já estava sendo feito. Nos EUA tinham os bancos comunitários que emitiam moedas sociais, clubes de trocas, en-fim, havia todo um movimento para combater o desemprego. O desem-prego não era somente brasileiro, era mundial. Era uma tremenda crise dos anos 80 e 90.

EasyCoop: O senhor acha que a economia solidária já é uma realida-

Paul Singer, Secretário Nacional de Economia Solidária

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Paul Singer, a liderança da Economia Solidária

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de? E o que ela pode contribuir para a inclusão social?

Paul Singer: Acho que a econo-mia solidária é uma realidade no Bra-sil. Hoje, está contribuindo muito para a inclusão social. Temos centenas e milhares de pessoas ainda em situa-ção de pobreza e com os recursos do nosso próprio orçamento, do Governo Federal e também do Ministério de De-senvolvimento Social para o programa “Brasil Sem Miséria”, nós estamos traba-lhando com as comunidades mais po-bres urbanas. O Ministério do Trabalho ficou responsável pela inclusão produ-tiva e urbana.

EasyCoop: Hoje, quais são os pro-jetos que o Ministério do Trabalho tem para a economia solidária?

Nós estamos trabalhando com os mais pobres das cidades: os catadores de materiais recicláveis. São pessoas extremamente pobres, muitos deles moram nas ruas, outros moram nos li-xões que é ainda pior, porque terão que sair deles que por lei, até agosto, todos deverão ser desativados e substi-tuídos por aterros sanitários. Isso para os catadores é um drama, pois eles vivem do lixão. Eles terão que sair de lá, mas o governo vai dar uma oportunidade para que eles continuem trabalhando como catadores, mas organizados em cooperativas.

EasyCoop: Inclusive São Paulo as-sinou um convênio com as Senaes (Secretaria Nacional de Economia Solidária).

Paul Singer: A ideia é essa. Inclusi-ve estamos oferecendo para fazer um centro de economia solidária em São Paulo, assim como outras cidades já têm, como Salvador, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em São Paulo, a ex--prefeita Marta Suplicy iria fazer, mas acabou o seu mandato. Depois veio o José Serra e não foi feito o Centro de Economia Solidária na cidade. Agora suponho que faremos.

EasyCoop: O senhor não nasceu no Brasil. Como foi a sua chegada ao país ainda menino?

Paul Singer: Eu cheguei ao Brasil, em 1940, no que fiz 8 anos. Chega-mos de navio em Santos. Na verdade viemos fugidos da Áustria. Nós saímos de lá para não morrer. O Hitler estava colocando os judeus onde podia. Os

campos de concentração tinham mui-tos judeus.

Eu tenho uma recordação de in-fância ainda na Áustria. A nossa famí-lia tinha uma mercearia e na época os não judeus ficaram proibidos de comprar dos judeus. Só podiamos fa-zer comércio entre nós. Lembro-me que me colocaram em uma escola para judeus em Viena e isso foi para mim uma situação nova. Não existia muitas escolas judias. Fui alfabetizado em alemão.

Ao chegar ao Brasil, em 1940, por sorte nossa, tínhamos parentes aqui que nos receberam generosamen-te. Eu tinha uma irmã da minha mãe e tinha primos mais ou menos com a mesma idade que eu, que também fa-lavam alemão. Isto para mim foi vital, pois eu não falava nenhuma palavra em português. 15 dias depois eu fui matriculado na escola onde meus pri-mos estudavam.

Eu lembro até hoje que eu estava sentado na sala de aula e eu não en-tendia nada do que estava aconte-cendo. Uma certa altura, as crianças se levantaram e foram embora e eu fiquei lá na cadeira, pois eu não sabia o que fazer. Foi quando o meu primo chegou e disse que quando todos sa-íssem eu também poderia sair, pois era o momento do recreio.

EasyCoop: Como foi, quando o se-nhor decidiu começar a trabalhar?

Paul Singer: Minha família era re-lativamente pobre. Minha mãe era costureira, formada em uma boa es-cola em Viena. Ela casou novamen-te. Meu pai tinha morrido na Áustria. O senhor com que a minha mãe se casou também era um refugiado da guerra e trabalhou no chão de fábri-ca. Ele ganhava um pouco mais do que um salário mínimo e eu comecei a trabalhar com 16 anos, como auxi-liar de escritório.

EasyCoop: Eu queria que o senhor contasse para os nossos leitores, a história de quando você voltava do trabalho e participava de um grupo na sede do Partido Socialista, em que você lia muito.

Paul Singer: Nessa época eu já es-tava na Escola Estadual Presidente Roosevelt, que fica na Praça D. Pedro II. A escola está lá até hoje.

Eu já falava português e tinha um grande interesse em política por cau-sa de redemocratização do Brasil em 1945. Na época, os professores ao in-vés de darem aula de geografia, latim, entre outras disciplinas, começaram a falar sobre constituição. Para nós foi uma surpresa. Ninguém falava de po-lítica conosco e de repente os profes-sores começaram a falar, obviamente eu fiquei ultra interessado. Eu descobri mais tarde que um dos meus colegas era do Partido Comunista. Nessa épo-ca eu tinha 13 anos.

Então comecei a ter inclinações de esquerda pelo ambiente que o país vivia na época. Não houve nenhuma pessoa diretamente responsável, isso ocorreu espontaneamente. Uma das coisas que me lembro e que você lem-brou também era quando saíamos da escola. Os ônibus e bondes estavam muito cheios. Em vez de tentar pegar uma condução que estava lotada eu subia na sede do Partido Socialista, que ficava na Praça da Sé. Eu acho que alguém tinha me levado lá, eu

não entraria lá de cara, sendo que nin-guém me conhecia.

Na sede do Partido Socialista ti-nham um monte de jornais e em mui-tas línguas, principalmente em espa-nhol e inglês. Eu lia inglês também. Eu ficava ali entre 18h e 20h lendo aque-les jornais. Eu aprendi muito. Eu tenho essa mania até hoje de ler, principal-mente jornal, pois quero saber o que acontece no Brasil e no mundo. Isso foi parte da minha vida até me for-mar no ginásio.

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Paul Singer, a liderança da Economia Solidária

EasyCoop: Gostaria que o senhor contasse a histórica greve de traba-lhadores em 1953, da qual você parti-cipou.

Paul Singer: Na época eu era me-talúrgico e trabalhava na fábrica Atlas Elevadores. A greve também envolveu os tecelões, os gráficos, os marceneiros, tinham cerca de oitos categorias. Nós demoramos um pou-co para entrar na greve. Um dia está-vamos trabalhando, mas a greve já ti-nha começado. As trabalhadoras em tecelagem vieram nos chamar para participarmos. No primeiro momen-

to ninguém foi, mas estávamos no processo e discutindo com os com-panheiros para entrarmos. A nossa reivindicação era receber a inflação que tinha sido de 35% no ano ante-rior. Esta reivindicação era de todos. Não lembro quanto tempo durou a greve, eu sei que foram várias sema-nas. A cidade praticamente parou, a prefeitura tentou tirar os grevistas das ruas, pois teria a repressão da polícia, então os grevistas aceitaram ir para o estádio do Juventus, na Mooca. Eu passei praticamente o mês intei-ro lá no estádio, revezando com ou-tros companheiros. Tinham milhares de companheiros ali. Em vez de um estádio de futebol era uma reunião dos grevistas e nós estávamos basi-camente no microfone, lendo as notí-cias das fábricas que paravam.

Essa foi a minha primeira grande experiência política da minha vida e estava com apenas 21 anos na época.

EasyCoop: O senhor está no Minis-tério do Trabalho há 11 anos. Nos conte como se deu a sua entrada e como foi criada a Secretaria Nacional da Eco-nomia Solidária?

Paul Singer: É uma longa história. Depois do artigo que publiquei na Fo-lha de São Paulo, eu descobri que exis-tia um movimento de Economia Soli-dária e quem realmente tinha dado o

chute inicial foi a Cáritas. A economia solidária surgiu em um momento de crise. O que aconteceu, é que eu des-cobri que havia um movimento, eu di-ria bastante aguerrido, lutando contra o desemprego, defendendo os traba-lhadores com o apoio dos sindicatos, coisa que eu não sabia. A CUT apoia-va a Economia Solidária e depois criou a Agência de Desenvolvimento Soli-dário. Mas já nesta época, de alguma maneira fui descobrindo mais sobre a Economia Solidária.

Na época, a CUT promoveu um debate sobre Economia Solidária. Foi aí que eu conheci o Cláudio Nasci-mento e outros companheiros que estavam nesse segmento. Fui entran-do no movimento e os conhecendo. Eu era professor universitário e fazia

parte da CETRAB (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e pude usar o máximo de recursos que consegui para difundir e apoiar o movimento. Me tornei um militante e de repente virei líder da economia solidária. Sin-ceramente, não sei se tenho méritos para tanto.

Quando o Lula ganhou as eleições em 2002, ele já estava comprometido com a Economia Solidária. Já estava no programa do PT. Quando ele foi eleito, o movimento o cobrou, já que estava no programa. Então disseram que gostariam de uma secretaria em

Brasília. Isso foi muito discutido. Tivemos várias plenárias de Economia Solidária até a posse do presidente. No final foi aprovado e o Lula aceitou e concor-dou com a ideia de colocar a secreta-ria no Ministério do Trabalho e Empre-go. Essa é a história.

A última pergunta. Todos nós temos um sonho e queria saber quais são os seus sonhos?

Paul Singer: Meu sonho é continuar o que estou fazendo. Tenho uma equi-pe que está comigo há 11 anos. São pessoas que eu gosto muito. Nós for-mamos uma certa cultura trabalhando juntos. Hoje, na secretaria, já aprende-mos os caminhos. Existem muitas leis, regras que fomos aprendendo grada-tivamente ao longo dos anos.

Paul Singer em sua casa concedendo entrevista para Sandra Campos

Page 7: Paul Singer: A luta em prol do cooperativismo e economia solidária

É oficial! A Deliberação 12 da JU-CESP está revogada! A informação foi confirmada em reunião que ocor-reu na sede da Secretaria do Desen-volvimento Econômico do Estado de São Paulo.

O ato contou com a participação da presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores Cooperados (FE-TRABRAS), Sandra Campos, do então secretário de Desenvolvimento Econô-mico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Rodrigo Garcia, o presidente em exer-cício da Jucesp – Junta Comercial do Estado de São Paulo, Humberto Dias, e o procurador-chefe da Jucesp, Nelson Lopes, e representantes de dezenas de cooperativas paulistas.

A Deliberação 12 fazia com que a JUCESP exigisse que as cooperativas possuíssem registro em uma ONG. A no-tícia surge como uma conquista para a sociedade cooperativista, pois o prin-cípio primordial do cooperativismo é a livre adesão. Os direitos constitucionais dos cooperados têm que ser respeita-dos. Nesse caso, foram.

A presidente da FETRABRAS, Sandra Campos ficou imensamente satisfeita com essa conquista, após tanta luta: “A Deliberação prejudicou muito as

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Deliberação 12 da JUCESP é revogada em São Paulo Secretário Rodrigo Garcia confirma revogação da Deliberação 12 da Jucesp em evento realizado em São Paulo

cooperativas. 56 mil de anuidade é um valor muito alto. Que bom que o secre-tário estudou e fez a lição de casa. Nós só temos a agradecer”, afirmou.

Quem esteve presente no evento foi o presidente do SINCOTRASP (Sindi-cato das Cooperativas de Trabalho do Estado de São Paulo), Daniel Wendell, que fez questão de deixar claro seu agradecimento às cooperativas e ao secretário Rodrigo Garcia: “Agradeço à todas as lideranças cooperativistas que aqui estão pela ajuda em nossa luta e também ao secretário que abriu as portas ao diálogo e, sabiamente, buscou ouvir o outro lado, no caso o nosso e tomou providências de forma centrada para que aquilo fosse resol-vido de maneira técnica, sem politica-gem e sem beneficiar A ou B. Simples-mente o que era justo”, frisou.

Seguindo pelo mesmo caminho, a presidente da Federação Nacional do Transporte Escolar (FENATRESC), Lur-dinha Rodrigues, se mostrou aliviada com uma situação que, segundo ela, era como se fosse um ditadura: “Com muito orgulho eu participo desse mo-mento. Na última vez que eu estive em uma plenária dessa, eu discutia o direi-to que o cooperado tem em se asso-ciar. E não ser uma obrigatoriedade.

Hoje, estou aqui e acabou esse terror. A ditadura terminou. O secretário está virando o grande político das coopera-tivas”, desabafou.

No final da reunião, o presidente em exercício da JUCESP, Humberto Dias, assinou o documento que con-firma a tão sonhada revogação da Deliberação 12. Um momento de muita comemoração para todos os presentes.

O então secretário de Desenvol-vimento Econômico, Ciência, Tecno-logia e Inovação do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, frisa que o fato determinante para essa revogação, foi o trabalho desenvolvido por Sandra Campos, presidente da FETRABRAS, junto com as cooperativas de São Pau-lo: “Hoje, 17 de março, nós pudemos assistir a revogação da Deliberação 12. Nós entendemos que essa revogação vem ao encontro da demanda das cooperativas no estado de São Paulo. Eu quero registrar aqui o trabalho da Sandra Campos que foi uma batalha-dora incansável, trazendo documentos e argumentos, dando sua contribuição como presidente da FETRABRAS. Ela foi fundamental em todo esse processo e hoje, nós celebramos ao seu lado essa decisão”, finalizou o secretário.

Dirigentes de cooperativas junto com o então secretário Rodrigo Garcia no anúncio da revogaçaõ da Deliberação 12

Page 8: Paul Singer: A luta em prol do cooperativismo e economia solidária

2014: O ano da Agricultura FamiliarA ONU institui o ano de 2014 como o ano da agricultura familiar. Confira o que é agricultura familiar

A ONU declarou 2014 como o ano internacional da Agricultura Familiar (AIAF 2014). Em reunião realizada em dezembro, a Assembleia Geral da enti-dade chegou à decisão.

Mas afinal, o que é Agricultura Fa-miliar? Ela inclui todas as atividades agrícolas de base familiar e está ligada a diversas áreas do desen-volvimento rural. A agricultura familiar consiste em um meio de organização das produções agrícola, florestal, pesqueira, pastoril e aquícola que são gerenciadas e operadas por uma família e predominantemente depen-dente de mão-de-obra familiar, tanto de mulheres quanto de homens.

Em nível nacional, existem alguns fatores que são fundamentais para o bom desenvolvimento da agricultura familiar, tais como: condições agro-ecológicas e as características territo-riais; ambiente político; acesso aos mer-cados; o acesso à terra e aos recursos naturais; acesso à tecnologia e serviços de extensão; o acesso ao financiamen-to; condições demográficas, econômi-cas e socioculturais; disponibilidade de educação especializada; entre outros. Ela tem um importante papel socio-econômico, ambiental e cultural.

O fato inédito chega como reconhe-

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cimento do papel que a Agricultura Fa-miliar exerce para o cidadão no mundo. O alcance alimentício que chega para a população é graças aos agricultores e agricultoras que estão sempre suando para produzir cada alimento, com quali-dade e precisão.

A proposta é que aconteça uma lon-ga discussão e uma cooperação mundi-al para que ocorra uma conscientização e entendimento maior das dificuldades e desafios passado pelos pequenos produ-tores. A ideia é que sejam encontradas novas maneiras de apoiar a Agricultura Familiar no que for.

Hoje em dia o setor é responsável por 70% dos alimentos consumidos. Segun-do o Censo Agropecuário de 2006 – o mais recente feito no país -, são forneci-dos pela agricultura familiar os principais alimentos consumidos pela população brasileira: 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de fei-jão, 46% de milho, 38,0% de café, 34% de arroz, 58% de leite, 59% do plantel de suínos, 50% do plantel de aves, 30% dos bovinos, e 21% do trigo.

Mas qual é o benefício em ser o ano da Agricultura Familiar? A resposta é simples: visibilidade para a categoria e para os pequenos produtores. Esse foco mostrará e confirmará para as

pessoas o seu papel na erradicação da fome e pobreza, provisão de segu-rança alimentar e nutricional, melhora dos meios de subsistência, gestão dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável, particularmente nas áreas rurais. Ou seja, apenas coisas boas para os agricultores.

Nos dias atuais, existem mais de 500 milhões de propriedades agrícolas fa-miliares. Elas representam mais de 98% das explorações agrícolas. Com essa visi-bilidade toda, há a possibilidade desses números aumentarem ainda mais.

Há agricultores espalhados pelo mundo inteiro. Eles trabalham em uma parcela significativa das terras agrícolas mundiais. A Ásia possui 85% dos profis-sionais, América do Norte e Central, 83%, A Europa possui 68%. 62% estão na África, onte o setor é a espinha dorsal do continente. Por fim, a América do Sul possui apenas 18%. Comparado com as outras, uma diferença considerável.

Talvez você não tenha parado para analisar a importância que a Agricul-tura Familiar tem em sua vida. Com certeza você já consumiu algo vindo dela. Quem sabe com a visibilidade que é desejada alcançar esse ano pela ONU, isso não muda...

Page 9: Paul Singer: A luta em prol do cooperativismo e economia solidária

Ministério do Trabalho concede registro sindical ao SINCOTRASPDepois de cinco anos de espera, o SINCOTRASP é reconhecido pelo Ministério do Trabalho e Empre-go, que deferiu o pedido de registro sindical à entidade

Um sindicato para ser oficializado precisa ter uma certificação do Minis-tério do Trabalho, que é chamado de registro sindical.

Este registro é o que garante que a entidade sindical esteja apta a tra-balhar em prol de uma cateogria. Foi isso que o SINCOTRASP (Sindicato das Cooperativas de Trabalho no Estado de São Paulo) conquistou.

O SINCOTRASP desde sua funda-ção, em 20 de abril de 2009, tem lu-tado para conseguir o registro sindi-cal para representar as cooperativas de trabalho no estado de São Paulo com o reconhecimento do Ministé-rio do Trabalho e Emprego. Esse dia chegou!

Conforme publicado no Diário Ofi-cial da União do dia 14 de março de 2014 nos despachos do Secretário de Relações do Trabalho, está o comuni-cado com a concessão do registro sin-dical para o SINCOTRASP.

O presidente do SINCOTRASP, Daniel Wendell, conta que esse momento não representa somente a vitória da sindicato, mas das cooperativas de trabalho no es-tado de São Paulo. “Fundamos o sindica-to para ajudar as cooperativas paulistas. Com o registro sindical temos o dever de

lutar ainda mais por elas. Esse é o objetivo do sindicato”, disse o presidente.

O registro vem no momento certo, visto que as cooperativas estão lutan-do por seus direitos. Nessa batalha, o SINCOTRASP está ativo e com grandes conquistas, como as liminares contra a Deliberação 12 da Jucesp, o recolhi-mento da COFINS e contra licitações que exigem que cooperativas sejam filiadas em uma ONG.

“Estamos felizes por este momento. Ser reconhecido pelo Ministério do Tra-balho e Emprego nos traz ainda mais força para continuarmos lutando pelo cooperativismo paulista. Esse reconhe-cimento foi uma bênção Divina que há muito aguardávamos”, falou Daniel so-bre a alegria em ter o sindicato recon-hecido pelo Ministério.

O diretor do SINCOTRASP, Fábio Santana fala que o sindicato lutará ainda mais e conclama a todos que estejam juntos com o sindicato para fortalecer a luta em prol do coopera-tivismo paulista: “Temos muito o que conquistar, mas o registro sindical veio para dar crédito à luta do sindicato e contamos com as cooperativas para que possamos nos fortalecer e ter mais armas, para sempre defendermos o cooperativsmo paulista”, frisou.

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Agora, como um sindicato comple-to, que está de acordo com a legisla-ção sindical brasileira, o SINCOTRASP fará ainda mais pelas cooperativas paulistas.

“Esperamos que de agora em diante a nossa categoria seja reconhecida e respeitada por todos. O cooperativismo é uma categoria econômica que gera trabalho e renda para pessoas que no mercado comum não teriam chance. Nós, do SINCOTRASP, acamparemos esta luta em prol do cooperativismo e do Brasil”, falou Daniel, sobre o sindicato continuar a sua luta ainda com mais vigor agora.

Sindicalismo brasileiro

O sindicalismo brasielro deu seus pri-meiros passos no início do século XX.

Hoje, no Brasil, existem cerca de 14 mil sindicatos divididos entre emprega-dos e empregadores. O maior número de sindicatos existentes é o laboral em torno de 10 mil entidades e a quanti-dade de sindicatos laborais é de 4 mil.

Serviço:

Site: www.sincotrasp.org.brTelefone: (11)5533-2007e-mail: [email protected]

Page 10: Paul Singer: A luta em prol do cooperativismo e economia solidária

Unicopas é criada para fortalecer o cooperativismo solidárioTrês centrais de cooperativas solidárias do Brasil se unem para criar a União Nacional das Cooperati-vas Solidárias, a Unicopas

As maiores centrais de coopera-tivas de economia solidária do Brasil, a Unicafes (União Nacional das Co-operativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária), Unisol (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários) e Concrab (Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária do Brasil), criaram a União Nacional das Cooperativas Solidárias, a Unico-pas, com a missão de fortalecer o co-operativismo em todo o país.

No dia da criação da Unicopas, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da República, Gilberto Carvalho, que na ocasião estava representando a presi-dente Dilma Roussef, falou sobre a im-portância da criação da Unicopas: “Os agricultores familiares agora podem sobreviver com mais dignidade. É uma iniciativa que o Brasil precisa conhecer melhor. Precisamos mostrar a importân-cia desse País ainda desconhecido. O nosso sentimento com o cooperativismo é de gratidão, pela persistência que to-dos tiveram em se unir”, disse.

Gilberto ainda fala sobre a Unico-pas pressionar o Congresso Nacional para a votação da nova lei do co-operativismo: “Eu acredito que esta nova organização terá força para fazer o projeto passar pelo congres-so e inaugurar uma nova fase deste

polo, responsável pela libertação econômica de tantos brasileiros”, afirmou. “A nós, do governo, cabe em primeiro lugar não atrapalhar”, brincou. E acrescentou: “Em segundo lugar abrir espaços de apoio e de in-centivo, de jogar terra para que essa planta cresça”.

O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, reafirmou que a participação dessa parcela da sociedade é fundamental para o cresci-mento e fortalecimento do País. “Esse é um dia importante e histórico para nós, mas somente no futuro teremos a dimen-são de tudo isso. Precisamos ainda de grandes avanços em diversos setores, sim, mas é inegável que nesses últimos 12 anos levamos inclusão, políticas públi-cas, renda e trabalho para tantas pes-soas”, comentou. “O nosso desafio com a Unicopas é fazer com que tantos agri-cultores que cresceram social e eco-nomicamente sejam cidadãos que for-taleçam ainda mais essas organizações cooperativistas”, definiu.

Na oportunidade da criação da Unicopas, Luiz Possamai, foi eleito presidente da entidade e falou sobre a confiança na união das centrais e de apoiar o cooperativismo: “Esse é um namoro de mais de cinco anos que se transformou em casamento. A

ação vai fortalecer o cooperativismo e facilitar até mesmo o diálogo com o governo federal. Espero que tenhamos grandes conquistas neste ano, que é especial por ser o Ano Internacional da Agricultura Familiar, e ganhar o espaço que é devido para essas entidades”, argumentou.

A Unicopas trabalhará para a construção de uma economia mais solidária como disse a secretária de Mulheres da Confederação Nacio-nal dos Trabalhadores na Agricultura (Contag): “Somos todos parceiros nesse desafio de concretizar esse de-senvolvimento de ações no campo e, também, na cidade, para avançar-mos cada vez mais.

A criação da Unicopas acontece em um momento que todos os olhos estão voltados para a agricultura fa-miliar, como observou o deputado federal Assis do Couto (PT-PR). “O nos-so País é referência na agricultura fa-miliar e produção de alimentos. Neste ano, o Ano Internacional da Agricul-tura Familiar, temos muitos desafios nesta área. Nós temos, no Brasil, uma Lei de minha autoria que regulamenta a agricultura familiar.”, disse o depu-tado.

Fontes: Unisol, Unicafes e Portal Brasil

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Page 11: Paul Singer: A luta em prol do cooperativismo e economia solidária

STF declara inconstitucional a contribuição previdenciária sobre serviços de cooperativas de trabalhoO processo foi protocolado em dezembro de 2008 e só votado cinco anos depois, em 2014

Demorou cinco anos, desde quan-do o processo foi protocolado em 2008, mas o Plenário do Supremo Tribu-nal Federal (STF), por unanimidade, de-clarou inconstitucional o recolhimento de contribuição previdenciária de 15% incidente sobre o valor de serviços prestados por meio de cooperativas de trabalho.

O inciso IV do art. 22 da lei nº 8.212/91, com a redação dada pela Lei nº 9.876/99 diz que os contratantes de cooperativas estavam sendo obri-gados a recolher 15% de INSS do valor total da nota fiscal, onerando as coo-perativas.

O relator do recurso, o ministro Dias Toffoli, diz que a relação de coopera-tiva e empresa não é mera interme-diação. “A relação não é de mera in-termediária, a cooperativa existe para superar a relação isolada entre presta-dor de serviço e empresa. Trata-se de um agrupamento em regime de soli-dariedade”, afirmou o ministro.

O presidente do Sindicato das Co-

operativas de Trabalho no Estado de São Paulo (SINCOTRASP), Daniel Wen-dell, comenta: “O Supremo entendeu que quando o legislador transfere o recolhimento da cooperativa para o prestador de serviço, a União extrapola

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Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF

as regras constitucionais referentes ao financiamento da seguridade social.”

O Dr. Amilcar Barca Teixeira fala sobre a vitória conquistada pelo co-operativismo: “Depois de uma longa batalha judicial, o cooperativismo de trabalho obteve, no STF, uma ex-traordinária vitória”. Ele continua: “O dispositivo julgado inconstitucional tratava da obrigatoriedade de paga-mento, por parte dos tomadores de serviços de cooperativa de trabalho, de 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de ser-viços, relativamente a serviços presta-dos por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho“, afirma.

Essa arrecadação acabava one-rando as cooperativas. Os coopera-dos já tem o seu INSS retido na fonte, ou seja, sendo bitributado. A presiden-te da Federação Nacional dos Tra-balhadores Cooperados (FETRABRAS), Sandra Campos, fala sobre essa bi-tributação: “Sempre alegamos que isso era bitributação, já que o coope-rado tem o seu INSS retido na fonte.” Ela continua ao falar que o custo da cooperativa era mais alto em relação às empresas normais: “Muitas vezes, os cooperados ficavam no prejuízo, pois em uma licitação para a realiza-ção de um espetáculo, por exemplo,

o custo é avaliado como um todo e se ele fosse comparado a uma em-presa normal, perderia a licitação”, frisa.

Mesmo com a decisão do STF, a contribuição continua obrigatória, pois o STF não tem o poder de revogar uma lei. É necessário, para que passe a valer a decisão do Supremo, os to-madores de serviços recorrerem ao judiciário para que não pague mais e também possa pedir o ressarcimento dos valores já recolhidos.

O advogado Josmar Ferreira de Maria, diz que essa decisão reper-cutirá nas instâncias inferiores e que deverão acatar a decisão do STF. “A decisão do STF vem acompanhado de ‘Repercussão Geral’. Sintetizando o significado do verbete, Repercussão Geral é um instrumento processual que surgiu em nossa Carta Magna através da Emenda Constitucional 45, popu-larmente conhecida como ‘Reforma do Judiciário’, sua finalidade é analisar os Recursos Extraordinários de grande relevância jurídica, política, social e econômica a fim de estabelecer uma espécie de padrão/filtro de inúmeras ações tratando do mesmo tema. Uma vez aplicado a Repercussão Geral, as instâncias inferiores deverão acatar tal decisão para casos idênticos”, finaliza.

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Palestra sobre Tributação das Cooperativas ocorre na Faculdade de Direito da USPEvento foi organizado pela FETRABRAS e contou com o apoio do SINCOTRASP e do SICREDI

No dia 10 de abril, ocorreu na Fa-culdade de Direito da USP, um deba-te sobre Tributação de Cooperativas. Participaram o deputado federal João Dado, o advogado da OAB, Dr. Kiyoshi Harada, o desembargador Sérgio Pinto Martins, além dos advogados Dr. Wal-dyr Colloca e Dr. Edu Monteiro.

O evento foi organizado pela FETRA-BRAS (Federação Nacional dos Traba-lhadores Cooperados) e contou com o apoio do SINCOTRASP (Sindicato das Co-operativas de Trabalho de São Paulo). O acontecimento ainda foi patrocinado pela Cooperativa de Crédito Sicredi, Colloca e Amaral Advogados, Editora Atlas, Central Consult e CentralCoop.

O deputado federal João Dado fez questão de enaltecer o crescimen-to do cooperativismo e afirmou estar conquistando alguns avanços no Con-gresso Nacional: “O cooperativismo é fundamental para a economia brasilei-ra. Ele distribui a renda e estabelece a democratização econômica. Por esse motivo eu sou grande defensor do se-

tor. Hoje, a FETRABRAS e o SINCOTRASP fizeram um grande evento aqui, com especialistas da matéria. O nosso pa-pel foi dizer que tivemos alguns peque-nos avanços no Congresso Nacional, mas precisamos de novos estudos para que esses possam se transformar em leis, para que assim atendam o interes-se público, que é o interesse do coope-rativismo”, afirmou.

Um dos palestrantes, o Dr. Kiyoshi Harada diz que o movimento coope-rativista não recebe o tratamento que deveria, mas que a presença de pesso-as como o deputado João Dado, po-dem mudar esse cenário: “Na prática, o cooperativismo não vem recebendo o tratamento que a constituição diz. Então, um evento como esse pode chamar a atenção dos legisladores, como o deputado João Dado que já emplacou, ainda que em cima de uma emenda de uma medida provisória. Ele está tomando uma medida legislativa, suprindo a omissão do legislador com-plementar, com o objetivo de minorar o sofrimento das cooperativas, tão mal

compreendidas tanto pelo nosso gover-no quanto pelo poder judiciário”, disse.

O evento organizado pela FETRA-BRAS pode trazer frutos para o coope-rativismo. Segundo o desembargador Sérgio Pinto Martins, é muito importan-te mostrar o que é o cooperativismo em todas as suas diretrizes: “O evento foi muito bom. Mostrar não só a ideia da cooperativa em seu aspecto de trabalho, mas hoje, principalmente, da tributação das cooperativas, do ISS e de outras contribuições, indicando que na verdade o verdadeiro ato co-operativo não pode sofrer incidência disso porque não representa renda, e nem receita. Representa sim, um mero repasse que a cooperativa pega para passar para os associados que são os verdadeiros prestadores de serviços” frisou.

Depois do debate, ocorreu uma sessão de autógrafos do livro “Coope-rativas de Trabalho”, do desembarga-dor Martins e “ISS Doutrina e Prática”, do Dr. Harada, acompanhado de um

Mesa com os palestrantes do evento

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C o o p e r a t i v i s mo e m r e v i s ta

coquetel para todos os presentes.

A presidente da FETRABRAS, Sandra Campos, ficou satisfeita com o resulta-do do evento: “Além de ter profissionais qualificados aqui, tivemos amigos. Isso deixa qualquer coisa mais fácil. Com a

ajuda de todos, podemos fazer o coo-perativismo crescer cada vez mais no Brasil”, comenta.

O presidente do SINCOTRASP, Da-niel Wendell, também manifestou seu contentamento com o resultado do

evento: “Este evento vem para marcar uma nova fase para o cooperativismo, pois unimos cooperativistas, advoga-dos, um desembargador e um depu-tado. Todos com o mesmo sentimento de fazer o melhor pelo cooperativismo brasileiro”, finaliza Daniel.

Dr. Kyioshi Harada

Constantino Savatore, presidente da Comissão do Cooperativismo da OAB-SP

Dr. Waldyr Colloca Junior, advogado espe-cialista em cooperativismo

esq. p/ dir.: Jane Martins (Seven IT), Fernan-da (Seven IT), Angélica Silveira (Seven IT) e Sandra Campos

Sandra Campos, presidente da FETRABRAS e Dr. Fábio Godoy

Dr. Daniela Colloca do Amaral e o Desem-bargador Sérgio Pinto Martins

Sergio Pinto Martins, Desembargador do TRT da 2ª Região

Dr. Edu Monteiro, advogado do SINCOTRASP

Deputado Federal João Dado

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Palestra sobre Tributação das Cooperativas ocorre na Faculdade de Direito da USP

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C o o p e r a t i v i s mo e m r e v i s taPrefeitura de São Paulo e Ministério do Trabalho firmam acordo para projetos de economia solidária

A Prefeitura e o Ministério do Tra-balho firmaram acordo para projetos relacionados à economia solidária na cidade de São Paulo. O investimento do Governo Federal será de R$ 13 mi-lhões. O anúncio foi feito no dia 8 de abril pelo ministro Manoel Dias, ao lado da vice-prefeita Nádia Campeão, du-rante o encerramento da Conferência Municipal de Economia Solidária, na sede da Prefeitura.

O investimento é dividido em três convênios distintos: o primeiro, firmado com a Secretaria Municipal de Desen-volvimento e Assistência Social (Smads) no valor de R$ 5 milhões com contra-partida de R$ 500 mil, tem o objetivo de promover o empoderamento da população em situação de rua, dentro do Programa Nacional Juventude Viva. Outro investimento foi assinado com a Autoridade Municipal de Limpeza Urba-na (Amlurb), e visa promover a inclusão socioeconômica de 1,4 mil catadores de material reciclável, com mais R$ 5 milhões e também contrapartida de R$ 500 mil. O terceiro convênio (R$ 2 mi-

lhões), é firmado com o Instituto Integra, que atuará na cidade, tem como foco promover uma rede de cooperativas sociais de saúde mental.

“Esses são recursos que levam a or-ganizar a sociedade civil, dando a ela consciência política para que ela faça a opção e o rumo que ela quer dar ao seu País. O Ministério do Trabalho já investiu na cidade em torno de R$ 65 milhões somente em 2013 e ainda há mais recursos disponíveis para que a gente continue nesse caminho”, afir-mou o ministro Manoel Dias.

A Conferência Municipal de Econo-mia Solidária reuniu mais de 100 repre-sentantes de movimentos sociais ligados à população em situação de rua, cata-dores de material reciclável, cooperati-vas e o setor de saúde. Foram discutidas propostas relacionadas ao tema para que as experiências sejam levadas para 3ª Conferência Nacional de Economia Solidária (Conaes), que acontecerá en-tre 26 e 29 de novembro, em Brasília. Um dos principais pleitos dos conferencistas

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em âmbito municipal é a criação de uma política municipal específica para a economia solidária.

“Fazer o encerramento dessa con-ferência aqui na sede da Prefeitura é também uma forma de mostrar para vocês que, daqui em diante, vamos nos alinhar para eliminar qualquer tipo de obstáculo e dificuldades que possa haver entre a administração e o seg-mento que se dedica ao desenvolvi-mento de políticas públicas à econo-mia solidária”, disse a vice-prefeita em exercício, Nádia Campeão.

“A liberdade e a igualdade só se conseguem em um âmbito e am-biente de solidariedade e de auto-nomia financeira. Por isso, vamos tra-balhar essa parceria com o Governo Federal nessa linha de concretização do direito à solidariedade e de auto-nomia financeira dessas pessoas da juventude e população em situação de rua”, disse a secretária de Desen-volvimento e Assistência Social, Lu-ciana Temer.

Crédito: Heloisa Ballarini/SECOM

A cidade de São Paulo começa a dar atenção à economia solidária, que poderá ajudar muito a população do município

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Prepare sua cooperativa para a implantação do e-SocialSe sua cooperativa ainda não está adequada à nova lei do cooperativismo de trabalho e ao eSo-cial, o sistema da Easy System está!

O governo brasileiro instituirá o eSocial, que centralizará as informa-ções do Fundo de Garantia do Tem-po de Serviço (FGTS), Receita Federal, Ministério do Trabalho e do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que tem como objetivo melhorar o controle das informações trabalhis-tas, aumentar a arrecadação previ-denciária e prevenir a incongruência de dados.

Será um aplicativo único para que empresas e cooperativas enviem as informações necessárias ao governo. Além de diminuir a burocracia, faci-litar o cruzamento dos dados e au-mentar a rigidez na comprovação de documentos.

Para as cooperativas de traba-lho, o eSocial afetará no envio das informações previdenciárias e tra-balhistas, que hoje são enviadas em momentos diferentes e formulários diferentes. Agora, as cooperativas enviarão as informações necessárias para um único local.

Dentre as obrigações hoje exigidas pelo governo federal, algumas não farão mais parte depois da imple-mentação dessa nova ferramenta. Algumas das obrigações que deixa-

rão de existir são CAGED, RAIS, DIRF, DCTF e GFIP.

Com essas alterações as coope-rativas de trabalho já devem pensar em se adequar ao novo sistema que ainda está sem data para de sua im-plantação.

Em nota o Comitê Gestor do eSo-cial estipulou que o prazo para im-plantação será contado apenas após a publicação da versão definitiva do manual de orientação. Quando este material for publicado as empresas de grande e pequeno porte terão seis meses de testes e após esse período a obrigatoriedade começa a valer.

Pensando nessas mudanças que afetarão as cooperativas com a im-plantação do e-Social, a Easy System já está adequando o seu sistema, o EasyCoop, ao novo modelo de envio das informações.

As modificações que serão feitas no EasyCoop serão implantadas de forma fácil, pois o programa é flexível e de fácil personalização para aten-der às necessidades especificas das cooperativas.

As cooperativas não necessitarão

preencher formulários, pois as informa-ções serão geradas pelo EasyCoop e enviadas para o ambiente do eSocial. Estas informações alimentarão as ba-ses de vários sistemas governamentais, que são nas áreas trabalhistas, previ-denciárias e tributárias.

Outra modificação para as co-operativas de trabalho é sobre a lei 12.690/12 que institui novas regras para as cooperativas de trabalho. Desde 2012 que essa lei foi sanciona-da, as cooperativas devem se ade-quar à nova lei.

O sistema EasyCoop já está pronto para atender essas alterações e facili-tar o trabalho das cooperativas nessa fase de transição sem dificuldades.

O software atende cooperativas de trabalho, transporte, produção ou saúde, suprindo totalmente suas ne-cessidades.

Contato:

Site: www.easysystem.com.brE-mail: [email protected]: (11)5533-2001 ou 0800 771 1971

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Cooperativas Culturais são isentadas do PIS/COFINS

O cooperativismo continua com suas conquistas. De degrau em de-grau, a evolução fica cada vez mais evidente. Dessa vez, as cooperativas culturais foram as beneficiadas. De que forma? Sendo isentas do pagamento do PIS/COFINS, graças a aprovação da Emenda 49, apensada à Medida Provisória 627.

Mas quem são os que pagam essas tarifas? São contribuintes da COFINS (Contribuição para o Financiamento da Segurança Social) as pessoas jurí-dicas de direito privado em geral, in-clusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto as microempresas e as empre-sas de pequeno porte submetidas ao Simples Nacional (Lei Complementar 123/2006). São contribuintes do PIS (Programa de Integração Social) as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela le-gislação do Imposto de Renda, inclu-sive empresas prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias, ex-

cluídas as microempresas e as empre-sas de pequeno porte submetidas ao Simples Nacional (Lei Complementar 123/2006).

Uma pessoa que teve grande im-portância para esse feito foi o coope-rado e Deputado Federal João Dado. Ele foi a cada deputado e senador no Congresso Nacional para convencer de como é importante esta emenda na Medida Provisória. O esforço dele, com certeza, foi um dos fatores mais decisivos para que essa decisão fosse tomada.

João vê essa emenda como deci-siva para o andar das cooperativas: “Esse movimento produziu na Medida Provisória 627, uma emenda, que in-cluía que essas cooperativas culturais não sofressem essa contribuição de PIS/COFINS, que faz com que a pró-pria sobrevivência delas esteja em risco. Por esse motivo conseguimos a vitória na câmara. Com isso, avança o cooperativismo e avança a demo-cratização da atividade econômica”,

defende.Não foi apenas na câmara que ocor-

reu a isenção. A Presidente da Repúbli-ca, Dilma Rousseff também sancionou a lei que garante isenção de PIS/Cofins para as Cooperativas de Cultura. Muito mais do que um ganho tributário, a jus-tiça que se faz com essa lei, garante a continuidade e o crescimento do mode-lo cooperativista como modo de, artistas e demais profissionais da cultura, se or-ganizarem econômica e politicamente.

Quem também comemorou mais essa conquista foi a presidente da FETRABRAS (Federação Nacional dos Trabalhadores Cooperados), Sandra Campos. Para ela, esses momentos são únicos: “Não há palavras que des-crevam o que nós, que estamos lutan-do em defesa do cooperativismo há tanto tempo, sentimos quando con-seguimos uma conquista como essa. As cooperativas culturais alcançaram essa emancipação. Temos muito que agradecer ao deputado João Dado por conta de sua iniciativa”, relatou emocionada.

Deputado Federal João Dado, que lutou para a aprovação do fim da Pis/Cofins para as cooperativas da área cultural

Crédito: Viola Jr. - Câmara dos Deputados

As cooperativas culturais brasileiras conquistaram a isenção do PIS/Cofins, por meio de lei de autoria do deputado federal João Dado, que foi sancionada pela presidente da Dilma Roussef

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Galeria de Fotos1. Daniel Wendell, presi-dente do SINCOTRASP, Sandra Campos, presi-dente da FETRABRAS e Constantino Savatore, presidente da Comissão de Cooperativismo da OAB-SP

2. Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Dr. Reginaldo Ferreira Lima e Sandra Campos, presidente da FETRABRAS

3. Vereador de São Paulo Paulo Frange (PTB) e San-dra Campos, presidente da FETRABRAS

4. Sandra Campos, presi-dente da FETRABRAS e Simão Pedro, Secretário Municipal de Serviços da Cidade de São Paulo

5. Sandra Campos, presi-dente da FETRABRAS e o deputado Estadual de São Paulo, Edmir Chedid (Democratas)

6. Vereador de São Paulo Paulo Fiorilo (PT) e Sandra Campos, presidente da FETRABRAS

7. Dr. Eduardo e Daniel Wendell, presidente do SINCOTRASP.

8. Artur Henrique, secre-tario Municipal do De-senvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo da Cidade de São Paulo, Paul Singer, secretário Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego e Sandra Campo, presiden-te da FETRABRAS

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Coopernotas

Coopercarga amplia rede de Postos de Combustíveis

A Coopercarga inaugurou no dia 13 de maio, sua sexta unidade do negócio Postos de Combustíveis. O novo em-preendimento está localizado em Palhoça (SC), às mar-gens da BR101, no km 216. O espaço conta com uma ampla área de estacionamento, atendimento 24 horas e uma estrutura completa: restaurante com conveniência, borracharia, estofaria, barbearia, oficina mecânica e loja de equipamentos para caminhões.

Unimed Pato Branco inicia divulgação de concurso cultural nas escolas

A Unimed Pato Branco iniciou a divulgação nas escolas do concurso cultural Unimed Cidadã, um projeto que convida alunos da rede pública a desenharem e a es-creverem sobre assuntos como cidadania, atitudes am-bientais e prevenção de doenças. Neste ano, o tema é “Todos os Seres Humanos Nasceram Iguais em Digni-dade. Não Devemos Alimentar Preconceitos”. Podem participar alunos e educadores dos 17 municípios da área de ação da Unimed Pato Branco, dos Ensinos Fun-damental e Médio, CEEBJA e APAES.

Presidente da Coop recebe Prêmio de Ex-celência em Serviços ao Cliente

A Coop – Cooperativa de Consumo foi uma das empre-sas vencedoras da 15ª edição do Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente, realizado em parceria com a consultoria GFK. A Coop foi destaque pela segunda vez na categoria Varejo Super/Hiper. O prêmio foi recebido pelo diretor-presidente Marcio Fran-cisco Blanco do Valle, durante evento realizado no último dia 27 de maio no HSBC Brasil.

Agricultores familiares terão apoio para fa-zer o Cadastro Ambiental Rural

Proprietários de imóveis rurais brasileiros já podem se ins-crever no Cadastro Ambiental Rural (CAR), registro público eletrônico das informações ambientais do imóvel rural. O cadastro é gratuito e feito pela internet. Cada agricultor deverá inserir sua propriedade no Cadastro e assumir, com um termo de compromisso, a responsabilidade de recupe-ração das áreas nos termos previstos no Código Florestal.

Antonio Cruz/Agência Brasil

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Coopernotas

Cooperativa de jornalistas é contratada para cobrir jogos da Copa

A Cooperativa de Comunicação do Amazonas (Coopcom) foi contratada pela Agora Telecom, em-presa de telecomunicação com sede em São Paulo, em parceria com a Cambium Networks, para fazer a cobe-rtura dos jogos da Seleção Brasileira no Amazonas, na Copa do Mundo. O contrato com a Coopcom foi para cobrir a primeira etapa do Projeto Rede Estadual de Co-municação do Amazonas, iniciativa comandada pela Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia (Secti) e Empresa de Processamento de Dados do Ama-zonas (Prodam).

Loja de economia solidária é inaugura-da no subúrbio ferroviário de Salvador

Uma loja de economia solidária foi inaugurada neste fim de semana, em Paripe, subúrbio ferroviário de Salvador. Na loja é possível comprar por preço justo e solidário, pe-ças de artesanato, velas, roupas masculina e feminina para adultos e crianças, moda praia, roupas íntimas, en-tre outros produtos manufaturados. São atendidos pela loja onze grupos econômicos e solidários, que fazem parte do Projeto Rede de Comércio Justo e Solidário, do Cesep (Centro Suburbano de Educação Profissional).

SICREDI UNIÃO: Cooperativa de crédito já tem quase 30 anos de história em Floresta

Com 1.740 associados, a unidade de atendimento da Sicredi União PR/SP em Floresta (PR), município de sete mil habitantes da região de Maringá, está entre as mais antigas da cooperativa que, em 2015, completa 30 anos de fundação. Segundo o gerente Eroncley Mário Domin-gues, o papel do Sicredi no município transcende o de instituição financeira. “É uma referência natural para a ci-dade”, explica, acrescentando que muitos negócios en-volvendo imóveis e até maquinários e veículos são com-binados por vendedores e possíveis compradores dentro da cooperativa.

CAPAL: Lançada uma nova marca

Para reforçar o conceito de desenvolvimento, sustenta-bilidade e inovação, a Capal Cooperativa Agroindustrial lança nova marca. A história de transformação e supera-ção vista hoje é fruto do trabalho dedicado que come-çou em 1960, em Arapoti-PR, pelas mãos de imigrantes holandeses. Hoje, conta com mais de 1600 cooperados, cerca de 500 funcionários e 11 unidades de negócios, nos estados do Paraná e São Paulo.

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