patrimônio cultural - educação para o patrimônio cultural - parte 1
DESCRIPTION
Patrimônio CulturalTRANSCRIPT
PATRIMÔNIO CULTURAL
Capela situada no Sítio Santo Antônio da Bica (Sítio Roberto Burle Marx).
Foto
: Paulo
Vid
al
Parte I
GOVERNADOR DO RIO DE JANEIROLuiz Fernando de Souza Pezão
SECRETÁRIA DE ESTADO DE CULTURAAdriana Scorzelli Rattes
SUBSECRETÁRIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAISOlga Campista
SUBSECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO E GESTÃOMario Cunha
INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO CULTURALPaulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro | Diretor-geralMaria Regina Pontin de Mattos | AssessoraDina Lerner | Assessora
DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO CULTURAL
E NATURALDenise de Souza Mendes
DEPARTAMENTO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃOSergio Linhares Miguel de Souza
DEPARTAMENTO DE BENS MÓVEIS E INTEGRADOSRafael Azevedo Fontenelle Gomes
DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO IMATERIALLuciane Barbosa de Souza
CONSELHO ESTADUAL DE TOMBAMENTOPaulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro | PresidenteCláudio Valerio TeixeiraDora Monteiro e Silva de AlcântaraÍtalo CampofioritoLeticia Von Kruger PimentelMaria Regina Pontin de MattosMozart Vitor SerraOlga Maria Esteves CampistaSilvia FinguerutVictorino Coutinho Chermont de Miranda
INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL
INEPAC
PATRIMÔNIO CULTURAL
Educação para o Patrimônio Cultural
Sergio Linhares Miguel de Souza
Evandro Luiz de Carvalho
(Organizadores)
1ª Edição
Rio de Janeiro
SEC/Inepac
GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Luiz Fernando de Souza Pezão
SECRETÁRIA DE ESTADO DE CULTURA
Adriana Scorzelli Rattes
SUBSECRETÁRIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Olga Campista
SUBSECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
Mario Cunha
INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL
Paulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro | Diretor-GeralMaria Regina Pontin de Mattos | Assessora Dina Lerner | Assessora
DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO CULTURAL E NATURAL
Denise de Souza Mendes
DEPARTAMENTO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO
Sergio Linhares Miguel de Souza
DEPARTAMENTO DE BENS MÓVEIS E INTEGRADOS
Rafael Azevedo Fontenelle Gomes
DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO IMATERIAL
Luciane Barbosa de Souza
CONSELHO ESTADUAL DE TOMBAMENTO
Paulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro | PresidenteCláudio Valerio Teixeira Dora Monteiro e Silva de Alcântara Ítalo Campofiorito Leticia Von Kruger Pimentel Maria Regina Pontin de Mattos Mozart Vitor SerraOlga Maria Esteves CampistaSilvia FinguerutVictorino Coutinho Chermont de Miranda
Valorizar a história é fundamental para o futuro que buscamos para o Rio de
Janeiro. O Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural,
desenvolvido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), é
voltado para a capacitação dos professores da nossa rede de ensino, e é essencial
porque vai fazer com que a conscientização sobre a importância de preservar o
patrimônio seja multiplicada entre nossos estudantes. Afinal, no futuro, caberá a eles
fazer valer esta mensagem.
Este livro será de grande ajuda nesta tarefa: aqui, os professores vão
encontrar um vasto material escrito por profissionais renomados da área de
preservação patrimonial, além de sugestões de atividades para serem desenvolvidas
com os alunos e uma bibliografia que reúne o que há de mais contemporâneo sobre o
tema.
O Programa terá início na Baixada Fluminense e nossa intenção é levá-lo
para todo o estado, envolvendo a nossa rede de ensino nesta missão de preservar a
cultura tão rica do nosso estado. O Rio de Janeiro merece."
Luiz Fernando de Souza PezãoGovernador do Estado do Rio de Janeiro
P314 Patrimônio cultural: educação para o patrimônio cultural/ Instituto Estadual do Patrimônio Cultural. – Rio de Janeiro, 2014.
102 p. ISBN: 978-85-60848-13-3
1. Patrimônio Cultural. 2. Educação. I. Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC). II. Título.
CDU: 700 CDD: 700
GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Luiz Fernando de Souza Pezão
SECRETÁRIA DE ESTADO DE CULTURA
Adriana Scorzelli Rattes
SUBSECRETÁRIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Olga Campista
SUBSECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
Mario Cunha
INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL
Paulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro | Diretor-GeralMaria Regina Pontin de Mattos | Assessora Dina Lerner | Assessora
DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO CULTURAL E NATURAL
Denise de Souza Mendes
DEPARTAMENTO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO
Sergio Linhares Miguel de Souza
DEPARTAMENTO DE BENS MÓVEIS E INTEGRADOS
Rafael Azevedo Fontenelle Gomes
DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO IMATERIAL
Luciane Barbosa de Souza
CONSELHO ESTADUAL DE TOMBAMENTO
Paulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro | PresidenteCláudio Valerio Teixeira Dora Monteiro e Silva de Alcântara Ítalo Campofiorito Leticia Von Kruger Pimentel Maria Regina Pontin de Mattos Mozart Vitor SerraOlga Maria Esteves CampistaSilvia FinguerutVictorino Coutinho Chermont de Miranda
Valorizar a história é fundamental para o futuro que buscamos para o Rio de
Janeiro. O Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural,
desenvolvido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), é
voltado para a capacitação dos professores da nossa rede de ensino, e é essencial
porque vai fazer com que a conscientização sobre a importância de preservar o
patrimônio seja multiplicada entre nossos estudantes. Afinal, no futuro, caberá a eles
fazer valer esta mensagem.
Este livro será de grande ajuda nesta tarefa: aqui, os professores vão
encontrar um vasto material escrito por profissionais renomados da área de
preservação patrimonial, além de sugestões de atividades para serem desenvolvidas
com os alunos e uma bibliografia que reúne o que há de mais contemporâneo sobre o
tema.
O Programa terá início na Baixada Fluminense e nossa intenção é levá-lo
para todo o estado, envolvendo a nossa rede de ensino nesta missão de preservar a
cultura tão rica do nosso estado. O Rio de Janeiro merece."
Luiz Fernando de Souza PezãoGovernador do Estado do Rio de Janeiro
P314 Patrimônio cultural: educação para o patrimônio cultural/ Instituto Estadual do Patrimônio Cultural. – Rio de Janeiro, 2014.
102 p. ISBN: 978-85-60848-13-3
1. Patrimônio Cultural. 2. Educação. I. Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC). II. Título.
CDU: 700 CDD: 700
Apresentação
O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), criado como
Divisão do Patrimônio Histórico e Artístico (DPHA), da Secretaria de
Estado da Educação e Cultura, em 25 de março de 1963, pelo Decreto
nº 1.594, publicado no Diário Oficial do Estado da Guanabara em 8 de abril de
1963, e regulamentado em 31 de dezembro de 1964, pelo decreto "N" nº 346,
foi o primeiro órgão de patrimônio cultural em nível estadual de todo o país.
A missão dessa pequena divisão era preservar o rico patrimônio
cultural do antigo Estado da Guanabara. No entanto, com a fusão dos antigos
estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, a DPHA foi transformada em
Instituto (Inepac) e sua área de atuação foi ampliada. O Estado do Rio de
Janeiro possui um rico, amplo e diverso patrimônio cultural que se origina ainda
no século XVI com a criação da antiga Capitania Real do Rio de Janeiro, em
1565. Cabe, portanto, ao Inepac inventariar e proteger o patrimônio cultural
acumulado ao longo dos 450 anos de história da ocupação do território do
estado.
Esta tarefa vem sendo cumprida nesses 50 anos de atuação, pois o
primeiro tombamento foi realizado em 15 de julho de 1965, com o objetivo de
proteger o Parque Henrique Lage incluindo o palacete, os jardins e a floresta na
encosta do Corcovado.
A atuação do Inepac, além de inventariar e proteger os bens culturais
do estado por meio do tombamento, abrange realizar vistorias, acompanhar e
orientar todas as intervenções no patrimônio cultural protegido. Por este
motivo a preservação dos bens materiais e imateriais é sempre favorecida
quando a sociedade os reconhece como lhe pertencendo e, portanto, abraça
sua proteção e valorização.
A partir de 2008, o Inepac começou a desenvolver ações sistemáticas
de Educação Patrimonial, que denominou Educação para o Patrimônio Cultural.
A proposta do Instituto é promover atividades de capacitação de professores e
oferecer oficinas, também, aos alunos das redes públicas municipais e
estadual, e para as comunidades. O objetivo é desenvolver uma consciência de
identidade e cidadania, por meio da valorização do patrimônio cultural,
buscando o fortalecimento do sentimento de pertencimento e a construção de
um processo coletivo de preservação desses bens culturais.
Sistematizar as ações desenvolvidas pelo Inepac e produzir um
manual que pudesse orientar os multiplicadores desta metodologia nas redes
municipais e estadual de Educação e Cultura passou a ser uma necessidade.
O lançamento do livro Patrimônio Cultural – Educação para o
Patrimônio Cultural oferece a professores e a gestores da área de educação e
cultura uma oportunidade de acesso ao conhecimento específico da área de
patrimônio cultural para que melhor exerçam sua importante função na
preservação dos bens culturais. Afinal é preciso conhecer para cuidar.
Paulo Eduardo Vidal Leite RibeiroArquiteto. Diretor-Geral do Inepac
Mãe Meninazinha de Oxum, Ilê Omolu Oxum - São João de MeritiMapa de Cultura do Rio de Janeiro / Diadorim Ideias/ Isabela Kassow
Apresentação
O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), criado como
Divisão do Patrimônio Histórico e Artístico (DPHA), da Secretaria de
Estado da Educação e Cultura, em 25 de março de 1963, pelo Decreto
nº 1.594, publicado no Diário Oficial do Estado da Guanabara em 8 de abril de
1963, e regulamentado em 31 de dezembro de 1964, pelo decreto "N" nº 346,
foi o primeiro órgão de patrimônio cultural em nível estadual de todo o país.
A missão dessa pequena divisão era preservar o rico patrimônio
cultural do antigo Estado da Guanabara. No entanto, com a fusão dos antigos
estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, a DPHA foi transformada em
Instituto (Inepac) e sua área de atuação foi ampliada. O Estado do Rio de
Janeiro possui um rico, amplo e diverso patrimônio cultural que se origina ainda
no século XVI com a criação da antiga Capitania Real do Rio de Janeiro, em
1565. Cabe, portanto, ao Inepac inventariar e proteger o patrimônio cultural
acumulado ao longo dos 450 anos de história da ocupação do território do
estado.
Esta tarefa vem sendo cumprida nesses 50 anos de atuação, pois o
primeiro tombamento foi realizado em 15 de julho de 1965, com o objetivo de
proteger o Parque Henrique Lage incluindo o palacete, os jardins e a floresta na
encosta do Corcovado.
A atuação do Inepac, além de inventariar e proteger os bens culturais
do estado por meio do tombamento, abrange realizar vistorias, acompanhar e
orientar todas as intervenções no patrimônio cultural protegido. Por este
motivo a preservação dos bens materiais e imateriais é sempre favorecida
quando a sociedade os reconhece como lhe pertencendo e, portanto, abraça
sua proteção e valorização.
A partir de 2008, o Inepac começou a desenvolver ações sistemáticas
de Educação Patrimonial, que denominou Educação para o Patrimônio Cultural.
A proposta do Instituto é promover atividades de capacitação de professores e
oferecer oficinas, também, aos alunos das redes públicas municipais e
estadual, e para as comunidades. O objetivo é desenvolver uma consciência de
identidade e cidadania, por meio da valorização do patrimônio cultural,
buscando o fortalecimento do sentimento de pertencimento e a construção de
um processo coletivo de preservação desses bens culturais.
Sistematizar as ações desenvolvidas pelo Inepac e produzir um
manual que pudesse orientar os multiplicadores desta metodologia nas redes
municipais e estadual de Educação e Cultura passou a ser uma necessidade.
O lançamento do livro Patrimônio Cultural – Educação para o
Patrimônio Cultural oferece a professores e a gestores da área de educação e
cultura uma oportunidade de acesso ao conhecimento específico da área de
patrimônio cultural para que melhor exerçam sua importante função na
preservação dos bens culturais. Afinal é preciso conhecer para cuidar.
Paulo Eduardo Vidal Leite RibeiroArquiteto. Diretor-Geral do Inepac
Mãe Meninazinha de Oxum, Ilê Omolu Oxum - São João de MeritiMapa de Cultura do Rio de Janeiro / Diadorim Ideias/ Isabela Kassow
10 11
O“Programa Integrado de Educação para o Patrimônio
Cultural”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Cultura,
por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, é uma
iniciativa que visa ampliar o acesso da população fluminense ao
conhecimento do que é o Patrimônio Cultural, sua importância, seu valor e
significado, buscando despertar a consciência da necessidade de
preservação do patrimônio tangível, natural e intangível.
Todas as ações serão inicialmente voltadas para os professores,
com o objetivo de sensibilizá-los para a importância do patrimônio cultural
como fator essencial à formação da identidade cultural de uma sociedade e
a difusão desse conhecimento específico, com prioridade para as escolas
públicas estaduais.
O “Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural” se
desenvolverá com as seguintes ações:
1. Realização dos “Seminários Inepac de Educação para o Patrimônio
Cultural”, incluindo oficinas diversas. Três seminários atendendo à Região
Metropolitana e sete às demais Regiões de Governo do Estado do Rio de
Janeiro;
2. Publicação do livro “Patrimônio Cultural - Educação para o Patrimônio
Cultural”;
3. Publicação do folheto “Preservação e Tombamento - perguntas mais
frequentes”;
4. Publicação dos livros “Memória Fotográfica”, enfocando as regiões de
governo;
5. Publicação de livros de História de cada região de governo;
6. Publicação do “Guia do Patrimônio Imaterial Fluminense”;
7. Publicação da revista eletrônica “Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro”;
8. Desenvolvimento do “Inepaquinho Digital”, página voltada para
crianças e adolescentes, em parceria com o Proderj.
Introdução
Parque Lage 1º tombamento estadual - 1965Pedro Oswaldo CruzAcervo Inepac
10 11
O“Programa Integrado de Educação para o Patrimônio
Cultural”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Cultura,
por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, é uma
iniciativa que visa ampliar o acesso da população fluminense ao
conhecimento do que é o Patrimônio Cultural, sua importância, seu valor e
significado, buscando despertar a consciência da necessidade de
preservação do patrimônio tangível, natural e intangível.
Todas as ações serão inicialmente voltadas para os professores,
com o objetivo de sensibilizá-los para a importância do patrimônio cultural
como fator essencial à formação da identidade cultural de uma sociedade e
a difusão desse conhecimento específico, com prioridade para as escolas
públicas estaduais.
O “Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural” se
desenvolverá com as seguintes ações:
1. Realização dos “Seminários Inepac de Educação para o Patrimônio
Cultural”, incluindo oficinas diversas. Três seminários atendendo à Região
Metropolitana e sete às demais Regiões de Governo do Estado do Rio de
Janeiro;
2. Publicação do livro “Patrimônio Cultural - Educação para o Patrimônio
Cultural”;
3. Publicação do folheto “Preservação e Tombamento - perguntas mais
frequentes”;
4. Publicação dos livros “Memória Fotográfica”, enfocando as regiões de
governo;
5. Publicação de livros de História de cada região de governo;
6. Publicação do “Guia do Patrimônio Imaterial Fluminense”;
7. Publicação da revista eletrônica “Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro”;
8. Desenvolvimento do “Inepaquinho Digital”, página voltada para
crianças e adolescentes, em parceria com o Proderj.
Introdução
Parque Lage 1º tombamento estadual - 1965Pedro Oswaldo CruzAcervo Inepac
14 15
Público-Alvo
O “Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural” foi elaborado para
atender aos professores das redes de ensino, com prioridade para a rede
estadual, abrangendo as oito Regiões de Governo.
No primeiro momento, a área de atuação do Programa será a Baixada
Fluminense, não só pela sua população, superior a 3,5 milhões de habitantes, mas
também pela riqueza de seu Patrimônio Cultural, material e imaterial, além de sua
importância histórica na formação do Estado do Rio de Janeiro.
Como o Programa visa buscar a conscientização dos professores, e
consequentemente dos alunos e da comunidade escolar (como um todo), por meio da
capacitação dos docentes na Educação para o Patrimônio Cultural, entendemos que os
profissionais das áreas de Artes, Filosofia, Geografia, História, Língua Portuguesa,
Sociologia, e aqueles que trabalham nos cinco primeiros anos de estudo, o “primeiro
segmento” do Ensino Fundamental, sejam os mais indicados, inicialmente, para
participar do “Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural”.
Como o Programa pretende atender aos Temas Transversais dos Parâmetros
Curriculares Nacionais, que na sua essência propõem a interdisciplinaridade e a
transdisciplinaridade, deixaremos a indicação dos professores sob a responsabilidade das
escolas, independentemente das disciplinas que lecionam, contemplando assim
professores que não atuam nas disciplinas citadas, mas que desenvolvem trabalhos
integrados com a área do Patrimônio Cultural.
Oficina “Conhecendo o Patrimônio Cultural de Petrópolis”Sergio Linhares
Possibilitar o acesso ao conhecimento
específico da área de Patrimônio aos
participantes do Programa, visando atingir
a comunidade escolar e do entorno da
escola;
Valorizar o Patrimônio Cultural
Fluminense, com ênfase, não só no
patrimônio reconhecido pelos órgãos de
preservação, como também, no patrimônio
cultural local, que não tenha sido
contemplado com o instrumento do
inventário, do registro, ou do tombamento ;
Promover um intercâmbio entre os
professores e os órgãos de proteção ao
Patrimônio;
Promover a formação continuada do
professor na área de Educação para o
Patrimônio Cultural por meio de palestras,
oficinas, referências bibliográficas, métodos
de aval iação e apresentação de
experiências, visando ampliar as suas
possibilidades de trabalho e interação com
os alunos e a comunidade.
Objetivos Específicos
Sanatório Naval - Nova Friburgo Pedro Oswaldo Cruz
Observatório Nacional - Rio de JaneiroPedro Oswaldo Cruz
Acervo Inepac
Acervo Inepac
Acervo Inepac
14 15
Público-Alvo
O “Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural” foi elaborado para
atender aos professores das redes de ensino, com prioridade para a rede
estadual, abrangendo as oito Regiões de Governo.
No primeiro momento, a área de atuação do Programa será a Baixada
Fluminense, não só pela sua população, superior a 3,5 milhões de habitantes, mas
também pela riqueza de seu Patrimônio Cultural, material e imaterial, além de sua
importância histórica na formação do Estado do Rio de Janeiro.
Como o Programa visa buscar a conscientização dos professores, e
consequentemente dos alunos e da comunidade escolar (como um todo), por meio da
capacitação dos docentes na Educação para o Patrimônio Cultural, entendemos que os
profissionais das áreas de Artes, Filosofia, Geografia, História, Língua Portuguesa,
Sociologia, e aqueles que trabalham nos cinco primeiros anos de estudo, o “primeiro
segmento” do Ensino Fundamental, sejam os mais indicados, inicialmente, para
participar do “Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural”.
Como o Programa pretende atender aos Temas Transversais dos Parâmetros
Curriculares Nacionais, que na sua essência propõem a interdisciplinaridade e a
transdisciplinaridade, deixaremos a indicação dos professores sob a responsabilidade das
escolas, independentemente das disciplinas que lecionam, contemplando assim
professores que não atuam nas disciplinas citadas, mas que desenvolvem trabalhos
integrados com a área do Patrimônio Cultural.
Oficina “Conhecendo o Patrimônio Cultural de Petrópolis”Sergio Linhares
Possibilitar o acesso ao conhecimento
específico da área de Patrimônio aos
participantes do Programa, visando atingir
a comunidade escolar e do entorno da
escola;
Valorizar o Patrimônio Cultural
Fluminense, com ênfase, não só no
patrimônio reconhecido pelos órgãos de
preservação, como também, no patrimônio
cultural local, que não tenha sido
contemplado com o instrumento do
inventário, do registro, ou do tombamento ;
Promover um intercâmbio entre os
professores e os órgãos de proteção ao
Patrimônio;
Promover a formação continuada do
professor na área de Educação para o
Patrimônio Cultural por meio de palestras,
oficinas, referências bibliográficas, métodos
de aval iação e apresentação de
experiências, visando ampliar as suas
possibilidades de trabalho e interação com
os alunos e a comunidade.
Objetivos Específicos
Sanatório Naval - Nova Friburgo Pedro Oswaldo Cruz
Observatório Nacional - Rio de JaneiroPedro Oswaldo Cruz
Acervo Inepac
Acervo Inepac
Acervo Inepac
24 25
efetivada a partir de 15 de março de 1975, sem que a população dos dois estados fosse
consultada.
Em março de 1974 havia sido inaugurada a Ponte Rio-Niterói, o elo que faltava
para se efetivar a fusão. Niterói, a antiga capital do Rio de Janeiro, embora tenha perdido
poder político, cresceu com a ligação direta ao Rio de Janeiro. Hoje é uma das cidades de
melhor qualidade de vida do país e inserida no roteiro turístico do estado, com o Museu de
Arte Contemporânea, inaugurado em 1996.
A partir da fusão, o Rio de Janeiro teve que encontrar novos caminhos,
principalmente a capital. Hoje o nosso estado possui uma economia diversificada, com
destaque para o petróleo, do qual somos o maior produtor, os serviços e a indústria.
A cidade do Rio de Janeiro lidera a segunda maior região metropolitana do país,
com uma concentração populacional superior a 11 milhões de habitantes.
Governadores do Estado do Rio de Janeiro (1975 – 2010)*
Floriano Faria Lima - 1975-1979
Antônio de Pádua Chagas Freitas - 1979-1983
Leonel de Moura Brizola - 1983-1987
Wellington Moreira Franco - 1987-1991
Leonel de Moura Brizola - 1991-1994
Nilo Batista – 1994
Marcello Nunes de Alencar - 1995-1998
Anthony Garotinho - 1999-2002
Benedita da Silva – 2002
Rosinha Garotinho - 2003-2006
Sérgio Cabral – 2007-2014
Luiz Fernando de Souza Pezão - 2014
*Obs. Os governadores Leonel Brizola, Anthony Garotinho e Sérgio Cabral desincompatibilizaram-se para
concorrerem às eleições presidenciais de 1994, 2002 e 2014, respectivamente, tendo sido substituídos por
seus vice-governadores, de acordo com a legislação eleitoral.
Fonte do quadro: Portal do Governo do Estado do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro destacou-se no século XIX com a produção de navios e a
instalação de ferrovias. Com o crescimento das ferrovias, partindo da cidade do Rio de
Janeiro e contornando a Baía de Guanabara em direção ao Norte Fluminense, a ligação por
mar foi gradativamente desativada e a região de Magé iniciou um processo de decadência.
Até meados da década de 1870, a aristocracia cafeeira dos barões do café do Rio
de Janeiro dominou o país, pois a província era responsável por 60% da produção
nacional. Com o esgotamento das terras e a expansão do café para o Espírito Santo e São
Paulo, a economia local começou a entrar em declínio.
É importante destacar que no Norte da Província o açúcar representava uma
economia e aristocracia poderosas, com sede em Campos dos Goytacazes e Quissamã. A
região também foi ligada ao Rio de Janeiro por ferrovias. Em 1877, foi instalado o primeiro
engenho central da América do Sul em Quissamã e Campos dos Goytacazes foi a primeira
cidade do Brasil a ter iluminação pública elétrica em 1883.
A Abolição da Escravatura, em 1888, e a Proclamação da República, em 1889,
ambas ocorridas na cidade do Rio de Janeiro, foram fundamentais para a decretação da
falência final da antiga província. As novas relações econômicas capitalistas e o poder
político eram liderados por São Paulo.
Mesmo assim, o século XX marcou o grande desenvolvimento do então Distrito
Federal, antigo Município Neutro, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Paralelamente o
Estado do Rio de Janeiro, antiga província, tinha sua economia estagnada.
A capital federal foi palco de diversos acontecimentos políticos e sociais, como a
Proclamação da República, a Promulgação da Constituição de 1891, a primeira da
República, a Revolta da Armada; a Revolta da Chibata; a Revolta da Vacina; a Revolta dos
Dezoito do Forte; a Revolução de 1930, que provocou profundas mudanças políticas no
país; o Golpe de 1937, com a instalação da ditadura do Estado Novo, sob o comando de
Getúlio Vargas; a redemocratização do país em 1946; a luta pela criação da Petrobras e o
suicídio de Getúlio Vargas, em 1954; o Golpe Militar de 1964; as passeatas de 1968, com a
morte do estudante Edson Luís; as memoráveis campanhas eleitorais de 1982, após a luta
pela abertura política e pela anistia, em 1979; o grande comício das Diretas Já, em 1984; a
passeata dos caras-pintadas pelo impedimento do Presidente Fernando Collor de Mello,
em 1992; as manifestações de 2013 por mudanças gerais na política brasileira; enfim o
Rio de Janeiro além de um grande centro gerador de riquezas é, ainda hoje, um grande
centro de acontecimentos políticos e sociais, que repercutem em todo o país.
Em 1960, a cidade do Rio de Janeiro perdeu o título de Capital Federal para
Brasília. Foi criado, então, o Estado da Guanabara, que correspondia às terras do antigo
Distrito Federal. O Estado do Rio de Janeiro continuava separado da cidade que lhe dera o
nome. A capital foi transferida para Brasília, mas o Rio de Janeiro continuou sendo o centro
político-cultural do país. Tudo que aqui acontecia repercutia em toda a nação.
Em 1975, o Governo Federal, ainda sob o regime da ditadura militar, resolveu
reintegrar a cidade do Rio de Janeiro, então Estado da Guanabara, ao antigo Estado do Rio
de Janeiro.
Pela Lei Complementar nº 20, de 3 de junho de 1974, encaminhada ao Congresso
Nacional pelo Presidente Ernesto Geisel, ficava estabelecida a fusão dos estados da
Guanabara e do Rio de Janeiro, com o nome de Estado do Rio de Janeiro. A fusão seria
Prof. Sergio Linhares Miguel de SouzaHistoriador
Diretor do Departamento de Pesquisa e Documentação do Inepac
24 25
efetivada a partir de 15 de março de 1975, sem que a população dos dois estados fosse
consultada.
Em março de 1974 havia sido inaugurada a Ponte Rio-Niterói, o elo que faltava
para se efetivar a fusão. Niterói, a antiga capital do Rio de Janeiro, embora tenha perdido
poder político, cresceu com a ligação direta ao Rio de Janeiro. Hoje é uma das cidades de
melhor qualidade de vida do país e inserida no roteiro turístico do estado, com o Museu de
Arte Contemporânea, inaugurado em 1996.
A partir da fusão, o Rio de Janeiro teve que encontrar novos caminhos,
principalmente a capital. Hoje o nosso estado possui uma economia diversificada, com
destaque para o petróleo, do qual somos o maior produtor, os serviços e a indústria.
A cidade do Rio de Janeiro lidera a segunda maior região metropolitana do país,
com uma concentração populacional superior a 11 milhões de habitantes.
Governadores do Estado do Rio de Janeiro (1975 – 2010)*
Floriano Faria Lima - 1975-1979
Antônio de Pádua Chagas Freitas - 1979-1983
Leonel de Moura Brizola - 1983-1987
Wellington Moreira Franco - 1987-1991
Leonel de Moura Brizola - 1991-1994
Nilo Batista – 1994
Marcello Nunes de Alencar - 1995-1998
Anthony Garotinho - 1999-2002
Benedita da Silva – 2002
Rosinha Garotinho - 2003-2006
Sérgio Cabral – 2007-2014
Luiz Fernando de Souza Pezão - 2014
*Obs. Os governadores Leonel Brizola, Anthony Garotinho e Sérgio Cabral desincompatibilizaram-se para
concorrerem às eleições presidenciais de 1994, 2002 e 2014, respectivamente, tendo sido substituídos por
seus vice-governadores, de acordo com a legislação eleitoral.
Fonte do quadro: Portal do Governo do Estado do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro destacou-se no século XIX com a produção de navios e a
instalação de ferrovias. Com o crescimento das ferrovias, partindo da cidade do Rio de
Janeiro e contornando a Baía de Guanabara em direção ao Norte Fluminense, a ligação por
mar foi gradativamente desativada e a região de Magé iniciou um processo de decadência.
Até meados da década de 1870, a aristocracia cafeeira dos barões do café do Rio
de Janeiro dominou o país, pois a província era responsável por 60% da produção
nacional. Com o esgotamento das terras e a expansão do café para o Espírito Santo e São
Paulo, a economia local começou a entrar em declínio.
É importante destacar que no Norte da Província o açúcar representava uma
economia e aristocracia poderosas, com sede em Campos dos Goytacazes e Quissamã. A
região também foi ligada ao Rio de Janeiro por ferrovias. Em 1877, foi instalado o primeiro
engenho central da América do Sul em Quissamã e Campos dos Goytacazes foi a primeira
cidade do Brasil a ter iluminação pública elétrica em 1883.
A Abolição da Escravatura, em 1888, e a Proclamação da República, em 1889,
ambas ocorridas na cidade do Rio de Janeiro, foram fundamentais para a decretação da
falência final da antiga província. As novas relações econômicas capitalistas e o poder
político eram liderados por São Paulo.
Mesmo assim, o século XX marcou o grande desenvolvimento do então Distrito
Federal, antigo Município Neutro, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Paralelamente o
Estado do Rio de Janeiro, antiga província, tinha sua economia estagnada.
A capital federal foi palco de diversos acontecimentos políticos e sociais, como a
Proclamação da República, a Promulgação da Constituição de 1891, a primeira da
República, a Revolta da Armada; a Revolta da Chibata; a Revolta da Vacina; a Revolta dos
Dezoito do Forte; a Revolução de 1930, que provocou profundas mudanças políticas no
país; o Golpe de 1937, com a instalação da ditadura do Estado Novo, sob o comando de
Getúlio Vargas; a redemocratização do país em 1946; a luta pela criação da Petrobras e o
suicídio de Getúlio Vargas, em 1954; o Golpe Militar de 1964; as passeatas de 1968, com a
morte do estudante Edson Luís; as memoráveis campanhas eleitorais de 1982, após a luta
pela abertura política e pela anistia, em 1979; o grande comício das Diretas Já, em 1984; a
passeata dos caras-pintadas pelo impedimento do Presidente Fernando Collor de Mello,
em 1992; as manifestações de 2013 por mudanças gerais na política brasileira; enfim o
Rio de Janeiro além de um grande centro gerador de riquezas é, ainda hoje, um grande
centro de acontecimentos políticos e sociais, que repercutem em todo o país.
Em 1960, a cidade do Rio de Janeiro perdeu o título de Capital Federal para
Brasília. Foi criado, então, o Estado da Guanabara, que correspondia às terras do antigo
Distrito Federal. O Estado do Rio de Janeiro continuava separado da cidade que lhe dera o
nome. A capital foi transferida para Brasília, mas o Rio de Janeiro continuou sendo o centro
político-cultural do país. Tudo que aqui acontecia repercutia em toda a nação.
Em 1975, o Governo Federal, ainda sob o regime da ditadura militar, resolveu
reintegrar a cidade do Rio de Janeiro, então Estado da Guanabara, ao antigo Estado do Rio
de Janeiro.
Pela Lei Complementar nº 20, de 3 de junho de 1974, encaminhada ao Congresso
Nacional pelo Presidente Ernesto Geisel, ficava estabelecida a fusão dos estados da
Guanabara e do Rio de Janeiro, com o nome de Estado do Rio de Janeiro. A fusão seria
Prof. Sergio Linhares Miguel de SouzaHistoriador
Diretor do Departamento de Pesquisa e Documentação do Inepac
36 37
E o Patrimônio Natural?
A Mata Atlântica é um bem natural importantíssimo e está inserida na Lista do
Patrimônio Mundial da Unesco. A área protegida por este instrumento está localizada nos
estados de São Paulo e Paraná.
O trecho de Mata Atlântica que cobre o território fluminense está protegido por
tombamento estadual. Além disso, nas áreas da Serra do Mar e da Mata Atlântica,
registramos as Áreas de Proteção Ambiental (APA) do Gericinó-Mendanha, do Sana, de
Mangaratiba, dos Frades, do Cairuçu, e as Reservas Biológicas (RB) do Tinguá, da Praia
do Sul e do Poço das Antas, entre outras, que fazem parte dessa exuberante floresta
tropical.
Em Dina Lerner, 2003, encontramos uma bela justificativa para preservarmos o
nosso rico patrimônio natural: “[....] Os ambientes naturais sobreviventes ao
desenvolvimento das sociedades são hoje, por um lado, fruto direto do comportamento
cultural do homem, documento vivo de nossa história e por outro, onde a ação antrópica
não se fez sentir, documentos vivos da evolução biológica e geológica da terra. Preservar
a cultura da humanidade significa, hoje, mais do que nunca, conservar recursos
insubstituíveis.”
Você pode pesquisar com seus alunos em mapas do estado
a localização da APA ou RB que pertence à sua região.
Muitos alunos frequentam cachoeiras, trilhas e praias que
estão protegidas por uma APA ou RB, ou são tombadas pelo
Inepac ou pelo Iphan. Ajude-os a identificar estas áreas.
Faça uma exposição de fotos tiradas pelos seus alunos em
passeios com a família nesses locais de lazer.
Programe uma aula-passeio às reservas naturais, incluindo
palestras de agentes florestais da região para o grupo
visitante.
Organize uma pesquisa sobre o ecossistema desses
trechos da Mata Atlântica.
Destaque a grande importância dos rios para a ocupação
do interior, para a pesca e para o transporte de riquezas.
Como estão agora? Que rios ainda sobrevivem à poluição?
Você pode organizar com seus alunos um estudo sobre um
rio que passe próximo à escola, ou no mesmo bairro,
mesmo que seja pequeno. Entrevistando os mais idosos da
comunidade, ficarão sabendo de fatos que desconheciam.
Enfoque a importância da preservação do patrimônio
natural, inclusive sob a ótica do desenvolvimento
sustentável, fundamental, hoje, à preservação do planeta
e suas riquezas para as futuras gerações.
Procure mostrar para os seus alunos o significado desse modelo de ocupação
do território e destacar que, em muitos lugares, o povoamento começou pela ação de
algumas ordens religiosas e a fundação de uma capela. A partir daí, muitas histórias
importantes para o município podem ser estudadas.
Compare as igrejas de sua região com as construídas na Baixada
Fluminense. O que há de semelhante e diferente entre elas?
E o Patrimônio Imaterial?
O patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro também é muito rico e
variado como já vimos. Há literatura de cordel, culinária, artesanato, brinquedos de
sucata, festas e folguedos. Uma das manifestações mais tradicionais é a Folia de
Reis, grupo de cunho religioso organizado por devoção ou pagamento de promessas.
Pesquise com os alunos o significado do ritual da folia. O que é a jornada?
Quem são os homenageados? Quais são os participantes e suas funções? Qual é o
significado da bandeira? E da indumentária? E da chula? E dos instrumentos? E da
festa de remate?
Pesquise com seus alunos se há algum grupo de Folia de Reis na região em que moram. Convide o Mestre da folia para conversar com os alunos.
Nas feiras livres é comum encontrarmos objetos do artesanato da região. Faça com seus alunos um pequeno inventário desses trabalhos. Oriente-os a realizar entrevistas com os artesãos locais.
A cultura também se faz de lendas locais e é muito importante que os alunos as conheçam. Organize uma pesquisa bibliográfica sobre obras de historiadores da região. Colete com eles, junto aos moradores mais antigos, as lendas e histórias locais. Analise o contexto em que elas estão inseridas e relacione-as com lendas e mitos mais conhecidos ou de visibilidade nacional.
Contate contadores de histórias para se apresentarem na escola. Depois os próprios alunos podem contar estas histórias para seus colegas.
A culinária é também um aspecto importantíssimo do patrimônio imaterial. Organize com seus alunos um inventário dos pratos típicos da região. Incentive-os a buscar informações com as pessoas mais idosas, relacionando receitas de pratos salgados, doces, sobremesas e bebidas típicas. É possível, com a participação de pais, alunos, funcionários e professores, além de pessoas da comunidade, promover uma exposição de doces e salgados, que podem ser produzidos, em grupo, na própria escola.
Indumentária de Mãe Meninazinha de Oxum, Ilê Omolu OxumSão João de Meriti
Mapa de Cultura do Rio de Janeiro / Diadorim Ideias/ Isabela Kassow
36 37
E o Patrimônio Natural?
A Mata Atlântica é um bem natural importantíssimo e está inserida na Lista do
Patrimônio Mundial da Unesco. A área protegida por este instrumento está localizada nos
estados de São Paulo e Paraná.
O trecho de Mata Atlântica que cobre o território fluminense está protegido por
tombamento estadual. Além disso, nas áreas da Serra do Mar e da Mata Atlântica,
registramos as Áreas de Proteção Ambiental (APA) do Gericinó-Mendanha, do Sana, de
Mangaratiba, dos Frades, do Cairuçu, e as Reservas Biológicas (RB) do Tinguá, da Praia
do Sul e do Poço das Antas, entre outras, que fazem parte dessa exuberante floresta
tropical.
Em Dina Lerner, 2003, encontramos uma bela justificativa para preservarmos o
nosso rico patrimônio natural: “[....] Os ambientes naturais sobreviventes ao
desenvolvimento das sociedades são hoje, por um lado, fruto direto do comportamento
cultural do homem, documento vivo de nossa história e por outro, onde a ação antrópica
não se fez sentir, documentos vivos da evolução biológica e geológica da terra. Preservar
a cultura da humanidade significa, hoje, mais do que nunca, conservar recursos
insubstituíveis.”
Você pode pesquisar com seus alunos em mapas do estado
a localização da APA ou RB que pertence à sua região.
Muitos alunos frequentam cachoeiras, trilhas e praias que
estão protegidas por uma APA ou RB, ou são tombadas pelo
Inepac ou pelo Iphan. Ajude-os a identificar estas áreas.
Faça uma exposição de fotos tiradas pelos seus alunos em
passeios com a família nesses locais de lazer.
Programe uma aula-passeio às reservas naturais, incluindo
palestras de agentes florestais da região para o grupo
visitante.
Organize uma pesquisa sobre o ecossistema desses
trechos da Mata Atlântica.
Destaque a grande importância dos rios para a ocupação
do interior, para a pesca e para o transporte de riquezas.
Como estão agora? Que rios ainda sobrevivem à poluição?
Você pode organizar com seus alunos um estudo sobre um
rio que passe próximo à escola, ou no mesmo bairro,
mesmo que seja pequeno. Entrevistando os mais idosos da
comunidade, ficarão sabendo de fatos que desconheciam.
Enfoque a importância da preservação do patrimônio
natural, inclusive sob a ótica do desenvolvimento
sustentável, fundamental, hoje, à preservação do planeta
e suas riquezas para as futuras gerações.
Procure mostrar para os seus alunos o significado desse modelo de ocupação
do território e destacar que, em muitos lugares, o povoamento começou pela ação de
algumas ordens religiosas e a fundação de uma capela. A partir daí, muitas histórias
importantes para o município podem ser estudadas.
Compare as igrejas de sua região com as construídas na Baixada
Fluminense. O que há de semelhante e diferente entre elas?
E o Patrimônio Imaterial?
O patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro também é muito rico e
variado como já vimos. Há literatura de cordel, culinária, artesanato, brinquedos de
sucata, festas e folguedos. Uma das manifestações mais tradicionais é a Folia de
Reis, grupo de cunho religioso organizado por devoção ou pagamento de promessas.
Pesquise com os alunos o significado do ritual da folia. O que é a jornada?
Quem são os homenageados? Quais são os participantes e suas funções? Qual é o
significado da bandeira? E da indumentária? E da chula? E dos instrumentos? E da
festa de remate?
Pesquise com seus alunos se há algum grupo de Folia de Reis na região em que moram. Convide o Mestre da folia para conversar com os alunos.
Nas feiras livres é comum encontrarmos objetos do artesanato da região. Faça com seus alunos um pequeno inventário desses trabalhos. Oriente-os a realizar entrevistas com os artesãos locais.
A cultura também se faz de lendas locais e é muito importante que os alunos as conheçam. Organize uma pesquisa bibliográfica sobre obras de historiadores da região. Colete com eles, junto aos moradores mais antigos, as lendas e histórias locais. Analise o contexto em que elas estão inseridas e relacione-as com lendas e mitos mais conhecidos ou de visibilidade nacional.
Contate contadores de histórias para se apresentarem na escola. Depois os próprios alunos podem contar estas histórias para seus colegas.
A culinária é também um aspecto importantíssimo do patrimônio imaterial. Organize com seus alunos um inventário dos pratos típicos da região. Incentive-os a buscar informações com as pessoas mais idosas, relacionando receitas de pratos salgados, doces, sobremesas e bebidas típicas. É possível, com a participação de pais, alunos, funcionários e professores, além de pessoas da comunidade, promover uma exposição de doces e salgados, que podem ser produzidos, em grupo, na própria escola.
Indumentária de Mãe Meninazinha de Oxum, Ilê Omolu OxumSão João de Meriti
Mapa de Cultura do Rio de Janeiro / Diadorim Ideias/ Isabela Kassow
Equipe técnica
Coordenação GeralSergio Linhares Miguel de Souza
Marilda Campos
Coordenação TécnicaSergio Linhares Miguel de Souza
Evandro Luiz de CarvalhoLuciane Barbosa de Souza
PesquisaCelia Regina Moreira Pimentel
Maria Bernardina de Oliveira SilvaMarilda Campos
Evandro Luiz de Carvalho
Projeto Gráfico/ Diagramação e CapaDanielli MoraesWilliam Ribeiro
Manoela Cardoso PereiraFrancisco Felix
EstagiáriaTereza de Carvalho Torres
www.inepac.rj.gov.br
Rua da Quitanda, nº 86/8º andar - Centro
Cep. 20.091-902 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2216-8500 / Ramais: 250 e 278