patrimônio cultural - educação para o patrimônio cultural - parte 1

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PATRIMÔNIO CULTURAL Capela situada no Sítio Santo Antônio da Bica (Sítio Roberto Burle Marx). Foto: Paulo Vidal Parte I

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Patrimônio Cultural

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Page 1: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1

PATRIMÔNIO CULTURAL

Capela situada no Sítio Santo Antônio da Bica (Sítio Roberto Burle Marx).

Foto

: Paulo

Vid

al

Parte I

Page 2: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1

GOVERNADOR DO RIO DE JANEIROLuiz Fernando de Souza Pezão

SECRETÁRIA DE ESTADO DE CULTURAAdriana Scorzelli Rattes

SUBSECRETÁRIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAISOlga Campista

SUBSECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO E GESTÃOMario Cunha

INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO CULTURALPaulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro | Diretor-geralMaria Regina Pontin de Mattos | AssessoraDina Lerner | Assessora

DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO CULTURAL

E NATURALDenise de Souza Mendes

DEPARTAMENTO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃOSergio Linhares Miguel de Souza

DEPARTAMENTO DE BENS MÓVEIS E INTEGRADOSRafael Azevedo Fontenelle Gomes

DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO IMATERIALLuciane Barbosa de Souza

CONSELHO ESTADUAL DE TOMBAMENTOPaulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro | PresidenteCláudio Valerio TeixeiraDora Monteiro e Silva de AlcântaraÍtalo CampofioritoLeticia Von Kruger PimentelMaria Regina Pontin de MattosMozart Vitor SerraOlga Maria Esteves CampistaSilvia FinguerutVictorino Coutinho Chermont de Miranda

Page 3: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1

INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL

INEPAC

PATRIMÔNIO CULTURAL

Educação para o Patrimônio Cultural

Sergio Linhares Miguel de Souza

Evandro Luiz de Carvalho

(Organizadores)

1ª Edição

Rio de Janeiro

SEC/Inepac

Page 4: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1

GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Luiz Fernando de Souza Pezão

SECRETÁRIA DE ESTADO DE CULTURA

Adriana Scorzelli Rattes

SUBSECRETÁRIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Olga Campista

SUBSECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Mario Cunha

INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL

Paulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro | Diretor-GeralMaria Regina Pontin de Mattos | Assessora Dina Lerner | Assessora

DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO CULTURAL E NATURAL

Denise de Souza Mendes

DEPARTAMENTO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO

Sergio Linhares Miguel de Souza

DEPARTAMENTO DE BENS MÓVEIS E INTEGRADOS

Rafael Azevedo Fontenelle Gomes

DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO IMATERIAL

Luciane Barbosa de Souza

CONSELHO ESTADUAL DE TOMBAMENTO

Paulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro | PresidenteCláudio Valerio Teixeira Dora Monteiro e Silva de Alcântara Ítalo Campofiorito Leticia Von Kruger Pimentel Maria Regina Pontin de Mattos Mozart Vitor SerraOlga Maria Esteves CampistaSilvia FinguerutVictorino Coutinho Chermont de Miranda

Valorizar a história é fundamental para o futuro que buscamos para o Rio de

Janeiro. O Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural,

desenvolvido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), é

voltado para a capacitação dos professores da nossa rede de ensino, e é essencial

porque vai fazer com que a conscientização sobre a importância de preservar o

patrimônio seja multiplicada entre nossos estudantes. Afinal, no futuro, caberá a eles

fazer valer esta mensagem.

Este livro será de grande ajuda nesta tarefa: aqui, os professores vão

encontrar um vasto material escrito por profissionais renomados da área de

preservação patrimonial, além de sugestões de atividades para serem desenvolvidas

com os alunos e uma bibliografia que reúne o que há de mais contemporâneo sobre o

tema.

O Programa terá início na Baixada Fluminense e nossa intenção é levá-lo

para todo o estado, envolvendo a nossa rede de ensino nesta missão de preservar a

cultura tão rica do nosso estado. O Rio de Janeiro merece."

Luiz Fernando de Souza PezãoGovernador do Estado do Rio de Janeiro

P314 Patrimônio cultural: educação para o patrimônio cultural/ Instituto Estadual do Patrimônio Cultural. – Rio de Janeiro, 2014.

102 p. ISBN: 978-85-60848-13-3

1. Patrimônio Cultural. 2. Educação. I. Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC). II. Título.

CDU: 700 CDD: 700

Page 5: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1

GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Luiz Fernando de Souza Pezão

SECRETÁRIA DE ESTADO DE CULTURA

Adriana Scorzelli Rattes

SUBSECRETÁRIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Olga Campista

SUBSECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Mario Cunha

INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL

Paulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro | Diretor-GeralMaria Regina Pontin de Mattos | Assessora Dina Lerner | Assessora

DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO CULTURAL E NATURAL

Denise de Souza Mendes

DEPARTAMENTO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO

Sergio Linhares Miguel de Souza

DEPARTAMENTO DE BENS MÓVEIS E INTEGRADOS

Rafael Azevedo Fontenelle Gomes

DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO IMATERIAL

Luciane Barbosa de Souza

CONSELHO ESTADUAL DE TOMBAMENTO

Paulo Eduardo Vidal Leite Ribeiro | PresidenteCláudio Valerio Teixeira Dora Monteiro e Silva de Alcântara Ítalo Campofiorito Leticia Von Kruger Pimentel Maria Regina Pontin de Mattos Mozart Vitor SerraOlga Maria Esteves CampistaSilvia FinguerutVictorino Coutinho Chermont de Miranda

Valorizar a história é fundamental para o futuro que buscamos para o Rio de

Janeiro. O Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural,

desenvolvido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), é

voltado para a capacitação dos professores da nossa rede de ensino, e é essencial

porque vai fazer com que a conscientização sobre a importância de preservar o

patrimônio seja multiplicada entre nossos estudantes. Afinal, no futuro, caberá a eles

fazer valer esta mensagem.

Este livro será de grande ajuda nesta tarefa: aqui, os professores vão

encontrar um vasto material escrito por profissionais renomados da área de

preservação patrimonial, além de sugestões de atividades para serem desenvolvidas

com os alunos e uma bibliografia que reúne o que há de mais contemporâneo sobre o

tema.

O Programa terá início na Baixada Fluminense e nossa intenção é levá-lo

para todo o estado, envolvendo a nossa rede de ensino nesta missão de preservar a

cultura tão rica do nosso estado. O Rio de Janeiro merece."

Luiz Fernando de Souza PezãoGovernador do Estado do Rio de Janeiro

P314 Patrimônio cultural: educação para o patrimônio cultural/ Instituto Estadual do Patrimônio Cultural. – Rio de Janeiro, 2014.

102 p. ISBN: 978-85-60848-13-3

1. Patrimônio Cultural. 2. Educação. I. Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC). II. Título.

CDU: 700 CDD: 700

Page 6: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1
Page 7: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1
Page 8: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1

Apresentação

O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), criado como

Divisão do Patrimônio Histórico e Artístico (DPHA), da Secretaria de

Estado da Educação e Cultura, em 25 de março de 1963, pelo Decreto

nº 1.594, publicado no Diário Oficial do Estado da Guanabara em 8 de abril de

1963, e regulamentado em 31 de dezembro de 1964, pelo decreto "N" nº 346,

foi o primeiro órgão de patrimônio cultural em nível estadual de todo o país.

A missão dessa pequena divisão era preservar o rico patrimônio

cultural do antigo Estado da Guanabara. No entanto, com a fusão dos antigos

estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, a DPHA foi transformada em

Instituto (Inepac) e sua área de atuação foi ampliada. O Estado do Rio de

Janeiro possui um rico, amplo e diverso patrimônio cultural que se origina ainda

no século XVI com a criação da antiga Capitania Real do Rio de Janeiro, em

1565. Cabe, portanto, ao Inepac inventariar e proteger o patrimônio cultural

acumulado ao longo dos 450 anos de história da ocupação do território do

estado.

Esta tarefa vem sendo cumprida nesses 50 anos de atuação, pois o

primeiro tombamento foi realizado em 15 de julho de 1965, com o objetivo de

proteger o Parque Henrique Lage incluindo o palacete, os jardins e a floresta na

encosta do Corcovado.

A atuação do Inepac, além de inventariar e proteger os bens culturais

do estado por meio do tombamento, abrange realizar vistorias, acompanhar e

orientar todas as intervenções no patrimônio cultural protegido. Por este

motivo a preservação dos bens materiais e imateriais é sempre favorecida

quando a sociedade os reconhece como lhe pertencendo e, portanto, abraça

sua proteção e valorização.

A partir de 2008, o Inepac começou a desenvolver ações sistemáticas

de Educação Patrimonial, que denominou Educação para o Patrimônio Cultural.

A proposta do Instituto é promover atividades de capacitação de professores e

oferecer oficinas, também, aos alunos das redes públicas municipais e

estadual, e para as comunidades. O objetivo é desenvolver uma consciência de

identidade e cidadania, por meio da valorização do patrimônio cultural,

buscando o fortalecimento do sentimento de pertencimento e a construção de

um processo coletivo de preservação desses bens culturais.

Sistematizar as ações desenvolvidas pelo Inepac e produzir um

manual que pudesse orientar os multiplicadores desta metodologia nas redes

municipais e estadual de Educação e Cultura passou a ser uma necessidade.

O lançamento do livro Patrimônio Cultural – Educação para o

Patrimônio Cultural oferece a professores e a gestores da área de educação e

cultura uma oportunidade de acesso ao conhecimento específico da área de

patrimônio cultural para que melhor exerçam sua importante função na

preservação dos bens culturais. Afinal é preciso conhecer para cuidar.

Paulo Eduardo Vidal Leite RibeiroArquiteto. Diretor-Geral do Inepac

Mãe Meninazinha de Oxum, Ilê Omolu Oxum - São João de MeritiMapa de Cultura do Rio de Janeiro / Diadorim Ideias/ Isabela Kassow

Page 9: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1

Apresentação

O Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), criado como

Divisão do Patrimônio Histórico e Artístico (DPHA), da Secretaria de

Estado da Educação e Cultura, em 25 de março de 1963, pelo Decreto

nº 1.594, publicado no Diário Oficial do Estado da Guanabara em 8 de abril de

1963, e regulamentado em 31 de dezembro de 1964, pelo decreto "N" nº 346,

foi o primeiro órgão de patrimônio cultural em nível estadual de todo o país.

A missão dessa pequena divisão era preservar o rico patrimônio

cultural do antigo Estado da Guanabara. No entanto, com a fusão dos antigos

estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, a DPHA foi transformada em

Instituto (Inepac) e sua área de atuação foi ampliada. O Estado do Rio de

Janeiro possui um rico, amplo e diverso patrimônio cultural que se origina ainda

no século XVI com a criação da antiga Capitania Real do Rio de Janeiro, em

1565. Cabe, portanto, ao Inepac inventariar e proteger o patrimônio cultural

acumulado ao longo dos 450 anos de história da ocupação do território do

estado.

Esta tarefa vem sendo cumprida nesses 50 anos de atuação, pois o

primeiro tombamento foi realizado em 15 de julho de 1965, com o objetivo de

proteger o Parque Henrique Lage incluindo o palacete, os jardins e a floresta na

encosta do Corcovado.

A atuação do Inepac, além de inventariar e proteger os bens culturais

do estado por meio do tombamento, abrange realizar vistorias, acompanhar e

orientar todas as intervenções no patrimônio cultural protegido. Por este

motivo a preservação dos bens materiais e imateriais é sempre favorecida

quando a sociedade os reconhece como lhe pertencendo e, portanto, abraça

sua proteção e valorização.

A partir de 2008, o Inepac começou a desenvolver ações sistemáticas

de Educação Patrimonial, que denominou Educação para o Patrimônio Cultural.

A proposta do Instituto é promover atividades de capacitação de professores e

oferecer oficinas, também, aos alunos das redes públicas municipais e

estadual, e para as comunidades. O objetivo é desenvolver uma consciência de

identidade e cidadania, por meio da valorização do patrimônio cultural,

buscando o fortalecimento do sentimento de pertencimento e a construção de

um processo coletivo de preservação desses bens culturais.

Sistematizar as ações desenvolvidas pelo Inepac e produzir um

manual que pudesse orientar os multiplicadores desta metodologia nas redes

municipais e estadual de Educação e Cultura passou a ser uma necessidade.

O lançamento do livro Patrimônio Cultural – Educação para o

Patrimônio Cultural oferece a professores e a gestores da área de educação e

cultura uma oportunidade de acesso ao conhecimento específico da área de

patrimônio cultural para que melhor exerçam sua importante função na

preservação dos bens culturais. Afinal é preciso conhecer para cuidar.

Paulo Eduardo Vidal Leite RibeiroArquiteto. Diretor-Geral do Inepac

Mãe Meninazinha de Oxum, Ilê Omolu Oxum - São João de MeritiMapa de Cultura do Rio de Janeiro / Diadorim Ideias/ Isabela Kassow

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Page 12: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1

10 11

O“Programa Integrado de Educação para o Patrimônio

Cultural”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Cultura,

por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, é uma

iniciativa que visa ampliar o acesso da população fluminense ao

conhecimento do que é o Patrimônio Cultural, sua importância, seu valor e

significado, buscando despertar a consciência da necessidade de

preservação do patrimônio tangível, natural e intangível.

Todas as ações serão inicialmente voltadas para os professores,

com o objetivo de sensibilizá-los para a importância do patrimônio cultural

como fator essencial à formação da identidade cultural de uma sociedade e

a difusão desse conhecimento específico, com prioridade para as escolas

públicas estaduais.

O “Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural” se

desenvolverá com as seguintes ações:

1. Realização dos “Seminários Inepac de Educação para o Patrimônio

Cultural”, incluindo oficinas diversas. Três seminários atendendo à Região

Metropolitana e sete às demais Regiões de Governo do Estado do Rio de

Janeiro;

2. Publicação do livro “Patrimônio Cultural - Educação para o Patrimônio

Cultural”;

3. Publicação do folheto “Preservação e Tombamento - perguntas mais

frequentes”;

4. Publicação dos livros “Memória Fotográfica”, enfocando as regiões de

governo;

5. Publicação de livros de História de cada região de governo;

6. Publicação do “Guia do Patrimônio Imaterial Fluminense”;

7. Publicação da revista eletrônica “Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro”;

8. Desenvolvimento do “Inepaquinho Digital”, página voltada para

crianças e adolescentes, em parceria com o Proderj.

Introdução

Parque Lage 1º tombamento estadual - 1965Pedro Oswaldo CruzAcervo Inepac

Page 13: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1

10 11

O“Programa Integrado de Educação para o Patrimônio

Cultural”, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Cultura,

por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, é uma

iniciativa que visa ampliar o acesso da população fluminense ao

conhecimento do que é o Patrimônio Cultural, sua importância, seu valor e

significado, buscando despertar a consciência da necessidade de

preservação do patrimônio tangível, natural e intangível.

Todas as ações serão inicialmente voltadas para os professores,

com o objetivo de sensibilizá-los para a importância do patrimônio cultural

como fator essencial à formação da identidade cultural de uma sociedade e

a difusão desse conhecimento específico, com prioridade para as escolas

públicas estaduais.

O “Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural” se

desenvolverá com as seguintes ações:

1. Realização dos “Seminários Inepac de Educação para o Patrimônio

Cultural”, incluindo oficinas diversas. Três seminários atendendo à Região

Metropolitana e sete às demais Regiões de Governo do Estado do Rio de

Janeiro;

2. Publicação do livro “Patrimônio Cultural - Educação para o Patrimônio

Cultural”;

3. Publicação do folheto “Preservação e Tombamento - perguntas mais

frequentes”;

4. Publicação dos livros “Memória Fotográfica”, enfocando as regiões de

governo;

5. Publicação de livros de História de cada região de governo;

6. Publicação do “Guia do Patrimônio Imaterial Fluminense”;

7. Publicação da revista eletrônica “Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro”;

8. Desenvolvimento do “Inepaquinho Digital”, página voltada para

crianças e adolescentes, em parceria com o Proderj.

Introdução

Parque Lage 1º tombamento estadual - 1965Pedro Oswaldo CruzAcervo Inepac

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Page 16: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1

14 15

Público-Alvo

O “Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural” foi elaborado para

atender aos professores das redes de ensino, com prioridade para a rede

estadual, abrangendo as oito Regiões de Governo.

No primeiro momento, a área de atuação do Programa será a Baixada

Fluminense, não só pela sua população, superior a 3,5 milhões de habitantes, mas

também pela riqueza de seu Patrimônio Cultural, material e imaterial, além de sua

importância histórica na formação do Estado do Rio de Janeiro.

Como o Programa visa buscar a conscientização dos professores, e

consequentemente dos alunos e da comunidade escolar (como um todo), por meio da

capacitação dos docentes na Educação para o Patrimônio Cultural, entendemos que os

profissionais das áreas de Artes, Filosofia, Geografia, História, Língua Portuguesa,

Sociologia, e aqueles que trabalham nos cinco primeiros anos de estudo, o “primeiro

segmento” do Ensino Fundamental, sejam os mais indicados, inicialmente, para

participar do “Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural”.

Como o Programa pretende atender aos Temas Transversais dos Parâmetros

Curriculares Nacionais, que na sua essência propõem a interdisciplinaridade e a

transdisciplinaridade, deixaremos a indicação dos professores sob a responsabilidade das

escolas, independentemente das disciplinas que lecionam, contemplando assim

professores que não atuam nas disciplinas citadas, mas que desenvolvem trabalhos

integrados com a área do Patrimônio Cultural.

Oficina “Conhecendo o Patrimônio Cultural de Petrópolis”Sergio Linhares

Possibilitar o acesso ao conhecimento

específico da área de Patrimônio aos

participantes do Programa, visando atingir

a comunidade escolar e do entorno da

escola;

Valorizar o Patrimônio Cultural

Fluminense, com ênfase, não só no

patrimônio reconhecido pelos órgãos de

preservação, como também, no patrimônio

cultural local, que não tenha sido

contemplado com o instrumento do

inventário, do registro, ou do tombamento ;

Promover um intercâmbio entre os

professores e os órgãos de proteção ao

Patrimônio;

Promover a formação continuada do

professor na área de Educação para o

Patrimônio Cultural por meio de palestras,

oficinas, referências bibliográficas, métodos

de aval iação e apresentação de

experiências, visando ampliar as suas

possibilidades de trabalho e interação com

os alunos e a comunidade.

Objetivos Específicos

Sanatório Naval - Nova Friburgo Pedro Oswaldo Cruz

Observatório Nacional - Rio de JaneiroPedro Oswaldo Cruz

Acervo Inepac

Acervo Inepac

Acervo Inepac

Page 17: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1

14 15

Público-Alvo

O “Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural” foi elaborado para

atender aos professores das redes de ensino, com prioridade para a rede

estadual, abrangendo as oito Regiões de Governo.

No primeiro momento, a área de atuação do Programa será a Baixada

Fluminense, não só pela sua população, superior a 3,5 milhões de habitantes, mas

também pela riqueza de seu Patrimônio Cultural, material e imaterial, além de sua

importância histórica na formação do Estado do Rio de Janeiro.

Como o Programa visa buscar a conscientização dos professores, e

consequentemente dos alunos e da comunidade escolar (como um todo), por meio da

capacitação dos docentes na Educação para o Patrimônio Cultural, entendemos que os

profissionais das áreas de Artes, Filosofia, Geografia, História, Língua Portuguesa,

Sociologia, e aqueles que trabalham nos cinco primeiros anos de estudo, o “primeiro

segmento” do Ensino Fundamental, sejam os mais indicados, inicialmente, para

participar do “Programa Integrado de Educação para o Patrimônio Cultural”.

Como o Programa pretende atender aos Temas Transversais dos Parâmetros

Curriculares Nacionais, que na sua essência propõem a interdisciplinaridade e a

transdisciplinaridade, deixaremos a indicação dos professores sob a responsabilidade das

escolas, independentemente das disciplinas que lecionam, contemplando assim

professores que não atuam nas disciplinas citadas, mas que desenvolvem trabalhos

integrados com a área do Patrimônio Cultural.

Oficina “Conhecendo o Patrimônio Cultural de Petrópolis”Sergio Linhares

Possibilitar o acesso ao conhecimento

específico da área de Patrimônio aos

participantes do Programa, visando atingir

a comunidade escolar e do entorno da

escola;

Valorizar o Patrimônio Cultural

Fluminense, com ênfase, não só no

patrimônio reconhecido pelos órgãos de

preservação, como também, no patrimônio

cultural local, que não tenha sido

contemplado com o instrumento do

inventário, do registro, ou do tombamento ;

Promover um intercâmbio entre os

professores e os órgãos de proteção ao

Patrimônio;

Promover a formação continuada do

professor na área de Educação para o

Patrimônio Cultural por meio de palestras,

oficinas, referências bibliográficas, métodos

de aval iação e apresentação de

experiências, visando ampliar as suas

possibilidades de trabalho e interação com

os alunos e a comunidade.

Objetivos Específicos

Sanatório Naval - Nova Friburgo Pedro Oswaldo Cruz

Observatório Nacional - Rio de JaneiroPedro Oswaldo Cruz

Acervo Inepac

Acervo Inepac

Acervo Inepac

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Page 26: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1

24 25

efetivada a partir de 15 de março de 1975, sem que a população dos dois estados fosse

consultada.

Em março de 1974 havia sido inaugurada a Ponte Rio-Niterói, o elo que faltava

para se efetivar a fusão. Niterói, a antiga capital do Rio de Janeiro, embora tenha perdido

poder político, cresceu com a ligação direta ao Rio de Janeiro. Hoje é uma das cidades de

melhor qualidade de vida do país e inserida no roteiro turístico do estado, com o Museu de

Arte Contemporânea, inaugurado em 1996.

A partir da fusão, o Rio de Janeiro teve que encontrar novos caminhos,

principalmente a capital. Hoje o nosso estado possui uma economia diversificada, com

destaque para o petróleo, do qual somos o maior produtor, os serviços e a indústria.

A cidade do Rio de Janeiro lidera a segunda maior região metropolitana do país,

com uma concentração populacional superior a 11 milhões de habitantes.

Governadores do Estado do Rio de Janeiro (1975 – 2010)*

Floriano Faria Lima - 1975-1979

Antônio de Pádua Chagas Freitas - 1979-1983

Leonel de Moura Brizola - 1983-1987

Wellington Moreira Franco - 1987-1991

Leonel de Moura Brizola - 1991-1994

Nilo Batista – 1994

Marcello Nunes de Alencar - 1995-1998

Anthony Garotinho - 1999-2002

Benedita da Silva – 2002

Rosinha Garotinho - 2003-2006

Sérgio Cabral – 2007-2014

Luiz Fernando de Souza Pezão - 2014

*Obs. Os governadores Leonel Brizola, Anthony Garotinho e Sérgio Cabral desincompatibilizaram-se para

concorrerem às eleições presidenciais de 1994, 2002 e 2014, respectivamente, tendo sido substituídos por

seus vice-governadores, de acordo com a legislação eleitoral.

Fonte do quadro: Portal do Governo do Estado do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro destacou-se no século XIX com a produção de navios e a

instalação de ferrovias. Com o crescimento das ferrovias, partindo da cidade do Rio de

Janeiro e contornando a Baía de Guanabara em direção ao Norte Fluminense, a ligação por

mar foi gradativamente desativada e a região de Magé iniciou um processo de decadência.

Até meados da década de 1870, a aristocracia cafeeira dos barões do café do Rio

de Janeiro dominou o país, pois a província era responsável por 60% da produção

nacional. Com o esgotamento das terras e a expansão do café para o Espírito Santo e São

Paulo, a economia local começou a entrar em declínio.

É importante destacar que no Norte da Província o açúcar representava uma

economia e aristocracia poderosas, com sede em Campos dos Goytacazes e Quissamã. A

região também foi ligada ao Rio de Janeiro por ferrovias. Em 1877, foi instalado o primeiro

engenho central da América do Sul em Quissamã e Campos dos Goytacazes foi a primeira

cidade do Brasil a ter iluminação pública elétrica em 1883.

A Abolição da Escravatura, em 1888, e a Proclamação da República, em 1889,

ambas ocorridas na cidade do Rio de Janeiro, foram fundamentais para a decretação da

falência final da antiga província. As novas relações econômicas capitalistas e o poder

político eram liderados por São Paulo.

Mesmo assim, o século XX marcou o grande desenvolvimento do então Distrito

Federal, antigo Município Neutro, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Paralelamente o

Estado do Rio de Janeiro, antiga província, tinha sua economia estagnada.

A capital federal foi palco de diversos acontecimentos políticos e sociais, como a

Proclamação da República, a Promulgação da Constituição de 1891, a primeira da

República, a Revolta da Armada; a Revolta da Chibata; a Revolta da Vacina; a Revolta dos

Dezoito do Forte; a Revolução de 1930, que provocou profundas mudanças políticas no

país; o Golpe de 1937, com a instalação da ditadura do Estado Novo, sob o comando de

Getúlio Vargas; a redemocratização do país em 1946; a luta pela criação da Petrobras e o

suicídio de Getúlio Vargas, em 1954; o Golpe Militar de 1964; as passeatas de 1968, com a

morte do estudante Edson Luís; as memoráveis campanhas eleitorais de 1982, após a luta

pela abertura política e pela anistia, em 1979; o grande comício das Diretas Já, em 1984; a

passeata dos caras-pintadas pelo impedimento do Presidente Fernando Collor de Mello,

em 1992; as manifestações de 2013 por mudanças gerais na política brasileira; enfim o

Rio de Janeiro além de um grande centro gerador de riquezas é, ainda hoje, um grande

centro de acontecimentos políticos e sociais, que repercutem em todo o país.

Em 1960, a cidade do Rio de Janeiro perdeu o título de Capital Federal para

Brasília. Foi criado, então, o Estado da Guanabara, que correspondia às terras do antigo

Distrito Federal. O Estado do Rio de Janeiro continuava separado da cidade que lhe dera o

nome. A capital foi transferida para Brasília, mas o Rio de Janeiro continuou sendo o centro

político-cultural do país. Tudo que aqui acontecia repercutia em toda a nação.

Em 1975, o Governo Federal, ainda sob o regime da ditadura militar, resolveu

reintegrar a cidade do Rio de Janeiro, então Estado da Guanabara, ao antigo Estado do Rio

de Janeiro.

Pela Lei Complementar nº 20, de 3 de junho de 1974, encaminhada ao Congresso

Nacional pelo Presidente Ernesto Geisel, ficava estabelecida a fusão dos estados da

Guanabara e do Rio de Janeiro, com o nome de Estado do Rio de Janeiro. A fusão seria

Prof. Sergio Linhares Miguel de SouzaHistoriador

Diretor do Departamento de Pesquisa e Documentação do Inepac

Page 27: Patrimônio Cultural - Educação Para o Patrimônio Cultural - Parte 1

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efetivada a partir de 15 de março de 1975, sem que a população dos dois estados fosse

consultada.

Em março de 1974 havia sido inaugurada a Ponte Rio-Niterói, o elo que faltava

para se efetivar a fusão. Niterói, a antiga capital do Rio de Janeiro, embora tenha perdido

poder político, cresceu com a ligação direta ao Rio de Janeiro. Hoje é uma das cidades de

melhor qualidade de vida do país e inserida no roteiro turístico do estado, com o Museu de

Arte Contemporânea, inaugurado em 1996.

A partir da fusão, o Rio de Janeiro teve que encontrar novos caminhos,

principalmente a capital. Hoje o nosso estado possui uma economia diversificada, com

destaque para o petróleo, do qual somos o maior produtor, os serviços e a indústria.

A cidade do Rio de Janeiro lidera a segunda maior região metropolitana do país,

com uma concentração populacional superior a 11 milhões de habitantes.

Governadores do Estado do Rio de Janeiro (1975 – 2010)*

Floriano Faria Lima - 1975-1979

Antônio de Pádua Chagas Freitas - 1979-1983

Leonel de Moura Brizola - 1983-1987

Wellington Moreira Franco - 1987-1991

Leonel de Moura Brizola - 1991-1994

Nilo Batista – 1994

Marcello Nunes de Alencar - 1995-1998

Anthony Garotinho - 1999-2002

Benedita da Silva – 2002

Rosinha Garotinho - 2003-2006

Sérgio Cabral – 2007-2014

Luiz Fernando de Souza Pezão - 2014

*Obs. Os governadores Leonel Brizola, Anthony Garotinho e Sérgio Cabral desincompatibilizaram-se para

concorrerem às eleições presidenciais de 1994, 2002 e 2014, respectivamente, tendo sido substituídos por

seus vice-governadores, de acordo com a legislação eleitoral.

Fonte do quadro: Portal do Governo do Estado do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro destacou-se no século XIX com a produção de navios e a

instalação de ferrovias. Com o crescimento das ferrovias, partindo da cidade do Rio de

Janeiro e contornando a Baía de Guanabara em direção ao Norte Fluminense, a ligação por

mar foi gradativamente desativada e a região de Magé iniciou um processo de decadência.

Até meados da década de 1870, a aristocracia cafeeira dos barões do café do Rio

de Janeiro dominou o país, pois a província era responsável por 60% da produção

nacional. Com o esgotamento das terras e a expansão do café para o Espírito Santo e São

Paulo, a economia local começou a entrar em declínio.

É importante destacar que no Norte da Província o açúcar representava uma

economia e aristocracia poderosas, com sede em Campos dos Goytacazes e Quissamã. A

região também foi ligada ao Rio de Janeiro por ferrovias. Em 1877, foi instalado o primeiro

engenho central da América do Sul em Quissamã e Campos dos Goytacazes foi a primeira

cidade do Brasil a ter iluminação pública elétrica em 1883.

A Abolição da Escravatura, em 1888, e a Proclamação da República, em 1889,

ambas ocorridas na cidade do Rio de Janeiro, foram fundamentais para a decretação da

falência final da antiga província. As novas relações econômicas capitalistas e o poder

político eram liderados por São Paulo.

Mesmo assim, o século XX marcou o grande desenvolvimento do então Distrito

Federal, antigo Município Neutro, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Paralelamente o

Estado do Rio de Janeiro, antiga província, tinha sua economia estagnada.

A capital federal foi palco de diversos acontecimentos políticos e sociais, como a

Proclamação da República, a Promulgação da Constituição de 1891, a primeira da

República, a Revolta da Armada; a Revolta da Chibata; a Revolta da Vacina; a Revolta dos

Dezoito do Forte; a Revolução de 1930, que provocou profundas mudanças políticas no

país; o Golpe de 1937, com a instalação da ditadura do Estado Novo, sob o comando de

Getúlio Vargas; a redemocratização do país em 1946; a luta pela criação da Petrobras e o

suicídio de Getúlio Vargas, em 1954; o Golpe Militar de 1964; as passeatas de 1968, com a

morte do estudante Edson Luís; as memoráveis campanhas eleitorais de 1982, após a luta

pela abertura política e pela anistia, em 1979; o grande comício das Diretas Já, em 1984; a

passeata dos caras-pintadas pelo impedimento do Presidente Fernando Collor de Mello,

em 1992; as manifestações de 2013 por mudanças gerais na política brasileira; enfim o

Rio de Janeiro além de um grande centro gerador de riquezas é, ainda hoje, um grande

centro de acontecimentos políticos e sociais, que repercutem em todo o país.

Em 1960, a cidade do Rio de Janeiro perdeu o título de Capital Federal para

Brasília. Foi criado, então, o Estado da Guanabara, que correspondia às terras do antigo

Distrito Federal. O Estado do Rio de Janeiro continuava separado da cidade que lhe dera o

nome. A capital foi transferida para Brasília, mas o Rio de Janeiro continuou sendo o centro

político-cultural do país. Tudo que aqui acontecia repercutia em toda a nação.

Em 1975, o Governo Federal, ainda sob o regime da ditadura militar, resolveu

reintegrar a cidade do Rio de Janeiro, então Estado da Guanabara, ao antigo Estado do Rio

de Janeiro.

Pela Lei Complementar nº 20, de 3 de junho de 1974, encaminhada ao Congresso

Nacional pelo Presidente Ernesto Geisel, ficava estabelecida a fusão dos estados da

Guanabara e do Rio de Janeiro, com o nome de Estado do Rio de Janeiro. A fusão seria

Prof. Sergio Linhares Miguel de SouzaHistoriador

Diretor do Departamento de Pesquisa e Documentação do Inepac

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E o Patrimônio Natural?

A Mata Atlântica é um bem natural importantíssimo e está inserida na Lista do

Patrimônio Mundial da Unesco. A área protegida por este instrumento está localizada nos

estados de São Paulo e Paraná.

O trecho de Mata Atlântica que cobre o território fluminense está protegido por

tombamento estadual. Além disso, nas áreas da Serra do Mar e da Mata Atlântica,

registramos as Áreas de Proteção Ambiental (APA) do Gericinó-Mendanha, do Sana, de

Mangaratiba, dos Frades, do Cairuçu, e as Reservas Biológicas (RB) do Tinguá, da Praia

do Sul e do Poço das Antas, entre outras, que fazem parte dessa exuberante floresta

tropical.

Em Dina Lerner, 2003, encontramos uma bela justificativa para preservarmos o

nosso rico patrimônio natural: “[....] Os ambientes naturais sobreviventes ao

desenvolvimento das sociedades são hoje, por um lado, fruto direto do comportamento

cultural do homem, documento vivo de nossa história e por outro, onde a ação antrópica

não se fez sentir, documentos vivos da evolução biológica e geológica da terra. Preservar

a cultura da humanidade significa, hoje, mais do que nunca, conservar recursos

insubstituíveis.”

Você pode pesquisar com seus alunos em mapas do estado

a localização da APA ou RB que pertence à sua região.

Muitos alunos frequentam cachoeiras, trilhas e praias que

estão protegidas por uma APA ou RB, ou são tombadas pelo

Inepac ou pelo Iphan. Ajude-os a identificar estas áreas.

Faça uma exposição de fotos tiradas pelos seus alunos em

passeios com a família nesses locais de lazer.

Programe uma aula-passeio às reservas naturais, incluindo

palestras de agentes florestais da região para o grupo

visitante.

Organize uma pesquisa sobre o ecossistema desses

trechos da Mata Atlântica.

Destaque a grande importância dos rios para a ocupação

do interior, para a pesca e para o transporte de riquezas.

Como estão agora? Que rios ainda sobrevivem à poluição?

Você pode organizar com seus alunos um estudo sobre um

rio que passe próximo à escola, ou no mesmo bairro,

mesmo que seja pequeno. Entrevistando os mais idosos da

comunidade, ficarão sabendo de fatos que desconheciam.

Enfoque a importância da preservação do patrimônio

natural, inclusive sob a ótica do desenvolvimento

sustentável, fundamental, hoje, à preservação do planeta

e suas riquezas para as futuras gerações.

Procure mostrar para os seus alunos o significado desse modelo de ocupação

do território e destacar que, em muitos lugares, o povoamento começou pela ação de

algumas ordens religiosas e a fundação de uma capela. A partir daí, muitas histórias

importantes para o município podem ser estudadas.

Compare as igrejas de sua região com as construídas na Baixada

Fluminense. O que há de semelhante e diferente entre elas?

E o Patrimônio Imaterial?

O patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro também é muito rico e

variado como já vimos. Há literatura de cordel, culinária, artesanato, brinquedos de

sucata, festas e folguedos. Uma das manifestações mais tradicionais é a Folia de

Reis, grupo de cunho religioso organizado por devoção ou pagamento de promessas.

Pesquise com os alunos o significado do ritual da folia. O que é a jornada?

Quem são os homenageados? Quais são os participantes e suas funções? Qual é o

significado da bandeira? E da indumentária? E da chula? E dos instrumentos? E da

festa de remate?

Pesquise com seus alunos se há algum grupo de Folia de Reis na região em que moram. Convide o Mestre da folia para conversar com os alunos.

Nas feiras livres é comum encontrarmos objetos do artesanato da região. Faça com seus alunos um pequeno inventário desses trabalhos. Oriente-os a realizar entrevistas com os artesãos locais.

A cultura também se faz de lendas locais e é muito importante que os alunos as conheçam. Organize uma pesquisa bibliográfica sobre obras de historiadores da região. Colete com eles, junto aos moradores mais antigos, as lendas e histórias locais. Analise o contexto em que elas estão inseridas e relacione-as com lendas e mitos mais conhecidos ou de visibilidade nacional.

Contate contadores de histórias para se apresentarem na escola. Depois os próprios alunos podem contar estas histórias para seus colegas.

A culinária é também um aspecto importantíssimo do patrimônio imaterial. Organize com seus alunos um inventário dos pratos típicos da região. Incentive-os a buscar informações com as pessoas mais idosas, relacionando receitas de pratos salgados, doces, sobremesas e bebidas típicas. É possível, com a participação de pais, alunos, funcionários e professores, além de pessoas da comunidade, promover uma exposição de doces e salgados, que podem ser produzidos, em grupo, na própria escola.

Indumentária de Mãe Meninazinha de Oxum, Ilê Omolu OxumSão João de Meriti

Mapa de Cultura do Rio de Janeiro / Diadorim Ideias/ Isabela Kassow

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E o Patrimônio Natural?

A Mata Atlântica é um bem natural importantíssimo e está inserida na Lista do

Patrimônio Mundial da Unesco. A área protegida por este instrumento está localizada nos

estados de São Paulo e Paraná.

O trecho de Mata Atlântica que cobre o território fluminense está protegido por

tombamento estadual. Além disso, nas áreas da Serra do Mar e da Mata Atlântica,

registramos as Áreas de Proteção Ambiental (APA) do Gericinó-Mendanha, do Sana, de

Mangaratiba, dos Frades, do Cairuçu, e as Reservas Biológicas (RB) do Tinguá, da Praia

do Sul e do Poço das Antas, entre outras, que fazem parte dessa exuberante floresta

tropical.

Em Dina Lerner, 2003, encontramos uma bela justificativa para preservarmos o

nosso rico patrimônio natural: “[....] Os ambientes naturais sobreviventes ao

desenvolvimento das sociedades são hoje, por um lado, fruto direto do comportamento

cultural do homem, documento vivo de nossa história e por outro, onde a ação antrópica

não se fez sentir, documentos vivos da evolução biológica e geológica da terra. Preservar

a cultura da humanidade significa, hoje, mais do que nunca, conservar recursos

insubstituíveis.”

Você pode pesquisar com seus alunos em mapas do estado

a localização da APA ou RB que pertence à sua região.

Muitos alunos frequentam cachoeiras, trilhas e praias que

estão protegidas por uma APA ou RB, ou são tombadas pelo

Inepac ou pelo Iphan. Ajude-os a identificar estas áreas.

Faça uma exposição de fotos tiradas pelos seus alunos em

passeios com a família nesses locais de lazer.

Programe uma aula-passeio às reservas naturais, incluindo

palestras de agentes florestais da região para o grupo

visitante.

Organize uma pesquisa sobre o ecossistema desses

trechos da Mata Atlântica.

Destaque a grande importância dos rios para a ocupação

do interior, para a pesca e para o transporte de riquezas.

Como estão agora? Que rios ainda sobrevivem à poluição?

Você pode organizar com seus alunos um estudo sobre um

rio que passe próximo à escola, ou no mesmo bairro,

mesmo que seja pequeno. Entrevistando os mais idosos da

comunidade, ficarão sabendo de fatos que desconheciam.

Enfoque a importância da preservação do patrimônio

natural, inclusive sob a ótica do desenvolvimento

sustentável, fundamental, hoje, à preservação do planeta

e suas riquezas para as futuras gerações.

Procure mostrar para os seus alunos o significado desse modelo de ocupação

do território e destacar que, em muitos lugares, o povoamento começou pela ação de

algumas ordens religiosas e a fundação de uma capela. A partir daí, muitas histórias

importantes para o município podem ser estudadas.

Compare as igrejas de sua região com as construídas na Baixada

Fluminense. O que há de semelhante e diferente entre elas?

E o Patrimônio Imaterial?

O patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro também é muito rico e

variado como já vimos. Há literatura de cordel, culinária, artesanato, brinquedos de

sucata, festas e folguedos. Uma das manifestações mais tradicionais é a Folia de

Reis, grupo de cunho religioso organizado por devoção ou pagamento de promessas.

Pesquise com os alunos o significado do ritual da folia. O que é a jornada?

Quem são os homenageados? Quais são os participantes e suas funções? Qual é o

significado da bandeira? E da indumentária? E da chula? E dos instrumentos? E da

festa de remate?

Pesquise com seus alunos se há algum grupo de Folia de Reis na região em que moram. Convide o Mestre da folia para conversar com os alunos.

Nas feiras livres é comum encontrarmos objetos do artesanato da região. Faça com seus alunos um pequeno inventário desses trabalhos. Oriente-os a realizar entrevistas com os artesãos locais.

A cultura também se faz de lendas locais e é muito importante que os alunos as conheçam. Organize uma pesquisa bibliográfica sobre obras de historiadores da região. Colete com eles, junto aos moradores mais antigos, as lendas e histórias locais. Analise o contexto em que elas estão inseridas e relacione-as com lendas e mitos mais conhecidos ou de visibilidade nacional.

Contate contadores de histórias para se apresentarem na escola. Depois os próprios alunos podem contar estas histórias para seus colegas.

A culinária é também um aspecto importantíssimo do patrimônio imaterial. Organize com seus alunos um inventário dos pratos típicos da região. Incentive-os a buscar informações com as pessoas mais idosas, relacionando receitas de pratos salgados, doces, sobremesas e bebidas típicas. É possível, com a participação de pais, alunos, funcionários e professores, além de pessoas da comunidade, promover uma exposição de doces e salgados, que podem ser produzidos, em grupo, na própria escola.

Indumentária de Mãe Meninazinha de Oxum, Ilê Omolu OxumSão João de Meriti

Mapa de Cultura do Rio de Janeiro / Diadorim Ideias/ Isabela Kassow

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Equipe técnica

Coordenação GeralSergio Linhares Miguel de Souza

Marilda Campos

Coordenação TécnicaSergio Linhares Miguel de Souza

Evandro Luiz de CarvalhoLuciane Barbosa de Souza

PesquisaCelia Regina Moreira Pimentel

Maria Bernardina de Oliveira SilvaMarilda Campos

Evandro Luiz de Carvalho

Projeto Gráfico/ Diagramação e CapaDanielli MoraesWilliam Ribeiro

Manoela Cardoso PereiraFrancisco Felix

EstagiáriaTereza de Carvalho Torres

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[email protected]

www.inepac.rj.gov.br

Rua da Quitanda, nº 86/8º andar - Centro

Cep. 20.091-902 - Rio de Janeiro - RJ

Tel.: (21) 2216-8500 / Ramais: 250 e 278