patologia geral

Upload: analuziamatias

Post on 14-Jul-2015

145 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

PATOLOGIA GERALA disciplina de fisiologia faz parte do currculo de formao em tcnico de anlise clnicas, pois ns como profissionais da rea da sade, devemos ter ao menos um conhecimento bsico de algumas disfunes do nosso organismo, afinal, justamente com isso que iremos trabalhar disfunes. Em fisiopatologia iremos interligar os conhecimentos em biologia, histologia, anatomia e fisiologia, ou seja, primeiro conhecemos como o funcionamento normal (fisiolgico) do nosso organismo, para ento conhecer o no-funcionamento ou funcionamento anormal. Para que possamos compreender o que ocorre nestas disfunes, primeiramente vamos entender como se d o processo de leso celular, suas causas e conseqncias, para depois partirmos para estruturas maiores. Mecanismos de Leso celular O que patologia? definido como estudo do sofrimento humano, estuda a origem, os mecanismos e a natureza das doenas. O que patogenia? Estuda a origem e a seqencia dos processos que levam ao desenvolvimento das doenas. a sucesso de eventos desde a agresso inicial e instalao de um quadro patolgico, bem como os mecanismos e interrelaes orgnicas de resposta e defesa. Etiologia: Estuda a causa e a origem das doenas. Estas podem ser: 1- intrnsecas ou genticas; 2- adquiridas (infecciosa, nutricional, qumica, fsica) Muitas vezes a causa de uma doena resultado da interao de vrios fatores associados, por exemplo, o cncer, uma pessoa nasce com a predisposio gentica a desenvolver esta patologia e tambm sofre influncia do meio onde vive (Herana Multifatorial). Vrias doenas no tm suas causas conhecidas, estas so denominadas idiopticas.

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

Quando ocorre a leso celular? Ocorre quando os limites de adaptao celular so ultrapassados. As leses so at certo ponto reversveis, porm, persistindo o estmulo nocivo, segue-se leso irreversvel e morte celular. Quais so as causas da leso celular? O que Hipxia? o baixo teor de oxigenao do sangue nos tecidos podendo ser conseqncia da interrupo da circulao local, como nos infartos. uma causa comum de leso celular. Geralmente, a hipxia decorre de uma isquemia ou uma hemorragia, no entanto, outros fatores podem desencade-la como, por exemplo, falncia cardiorespiratria, anemia, envenenamento por monxido de carbono ( CO). Em alguns casos, pode ser causada pelo deslocamento de grandes altitudes, pois nestas situaes o ar mais rarefeito, ou seja, a quantidade de oxignio no ar que respiramos diminuda. Seus efeitos sentem-se principalmente no crebro sob forma de convulso, inquietaes, alucinao e perda da conscincia. Cada tecido possui uma resistncia diferenciada para a hipxia tecidual, por exemplo, o msculo esqueltico resiste a aproximadamente 15 minutos sem oxignio e os neurnios a 3 minutos. Aps este tempo ocorre leses irreversveis. De acordo com a severidade da leso, o tecido passa pelas seguintes etapas: 1. Adaptao; 2. Leso; 3. Morte; Existem quatro tipos de hipxias: 1. Hipxia: quando a presso de O2 no sangue arterial baixa; 2. Hipxia anmica: quando h pouca hemoglobina para o transporte de O2 no sangue; 3. Hipxia de estagnao: causada por intensa vasoconstrico local ou por dbito cardaco; 4. Hipxia histotxica: causada por cianeto, impede a utilizao do O2. O que hipoxemia? Hipxia; Agentes fsicos; Agentes qumicos e drogas; Reaes imunolgicas; Danos genticos; Desequilbrios nutricionais.

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

a diminuio sistmica do nvel de oxignio. Ocorre geralmente em casos de debilidade pulmonar e cardaca.

O que Isquemia?. a interrupo do fluxo sangneo para determinado tecido ou rgo, muitas vezes levando hipxia tecidual letal. Quais so as causas de uma isquemia? Ocluso vascular por arteriosclerose (placas de gordura); Ocluso vascular por coagulao intravascular (trombose cogulo sangneo). Ocluso vascular por embolia (trombo em movimento, aps desprender-se do local de origem);

EMBOLIA: Resulta da fragmentao de um trombo ou placa de gordura previamente aderido parede de um vaso, bem como de um grumo de clulas neoplsicas, corpo estranho e at mesmo ar liberado na luz vascular. Tal artifcio circula revelia de se fixar em um trecho de calibre menor na circulao sangnea.

Isquemia transitria a interrupo transitria de aporte sangneo a um tecido ou rgo sem seqelas permanentes, pois, esta interrupo pode no durar tempo suficiente de hipxia para levar a um infarto. O que Infarto? Morte tecidual de uma regio do organismo (com necrose) geralmente em conseqncia da interrupo sbita da circulao de sangue na artria que irriga esse territrio, causada por embolia ou trombose. Pode ocorrer aps um perodo prolongado de isquemia e hipxia tecidual. Se o trombo permanecer in situ, a interrupo da circulao poder ser apenas temporria, enquanto a presso venha fazer com que se dilatem as veias que asseguram uma circulao colateral. O que Necrose? o conjunto de alteraes morfolgicas que se seguem morte tecidual. Dois processos ocorrem

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

simultaneamente durante a necrose: 1)a desnaturao das protenas; 2) a digesto enzimtica das clulas (autlise).

Apoptose: a morte celular programada, processo importante na regulao de populaes celulares, criando condies fisiolgicas de substituio por novas clulas e tambm no gera reaes inflamatrias. Sua interrupo pode ser um determinante no crescimento de neoplasias. Quando podem ser os agentes fsicos de Leso Celular? Trauma mecnico (integridade fsica celular); Extremos de temperatura; Radiao; Choque eltrico.

Agentes qumicos e drogas: So inmeras at mesmo glicose, se hipertnica, ou oxignio, em altas concentraes, so txicas. Arsnio, cianureto, mercrio, inseticidas, herbicidas, asbestos, lcool, etc. Agentes Infecciosos: Vrus; Bactria; Fungos; Parasitas.

O que so as reaes imunolgicas? Em um extremo, protegem a vida, em outro, podem ser fatais, podendo produzir uma reao exacerbada a um agente estranho ou uma reao direta de agresso imunolgica as protenas do prprio organismo. Podem ser de dois tipos: Reaes Anafilticas; Reaes Auto Imunes. Reaes Anafilticas: So denominadas alergias, ocorre quando uma determinada substncia ou composto desencadeia em um indivduo uma resposta imunolgica inespecfica e forte podendo levar at a morte. Reaes Auto Imunes: Ocorrem quando o sistema imunolgico (sistema de defesa) identifica protenas do prprio corpo como clulas estranhas, provocando uma reao inflamatria de agresso a estas estruturas. Ex.: Artrite Reumatide. Defeitos genticos. So alteraes que ocorrem em nvel dos genes, nos cromossomos, vo de alteraes sutis, resultando em anomalias enzimticas, at distrbios grosseiros, como malformaes. EX.: Sndrome de Down. Distrofia Muscular de Duchenne.

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

Alteraes Nutricionais Alteraes nutricionais com deficincia proteico-calricas e vitamnicas tambm podem causar leses celulares, nos casos de excessos, estas alteraes podem causar obesidade, aterosclerose entre outros. Mecanismo de leso e morte celular. I. Primeiramente afetado a integridade da membrana celular; II. interrompida a respirao celular, impedindo a sntese de ATP; III. Ocorre a sntese enzimtica e de protenas estruturais; IV. afetada a integridade gentica. Estes mecanismos so inter-relacionados, ou seja, afetando a respirao celular, h menor produo de ATP, necessrio bomba de sdio, responsvel pelo equilbrio inico e de gua celular, por exemplo. O que a INFLAMAO? uma resposta de proteo do organismo, que atua no sentido de destruir ou bloquear o agente causador da leso, desencadeando uma srie de eventos que cicatrizam e reconstituem o tecido lesado. Ocorre no tecido conjuntivo vascular, inclusive no plasma, nas clulas circulantes, nos vasos sanguneos e componentes extras vasculares. Podem ser causadores da inflamao agentes de natureza fsica (radiaes), qumicos (txicos) ou biolgicos(vrus, bactrias), tendo origem fora ou dentro do organismo (antgenos estranhos e os prprios processos autoimunes).Conjunto de modificaes que ocorrem nos organismos animais multicelulares, desencadeado por qualquer tipo de leso ou distrbio de seu equilbrio interno, e se traduz por alteraes vasculares, histolgicas e humorais, segundo um padro bsico e uniforme para a generalidade das espcies e cuja evoluo tende a reconstituir as estruturas lesadas, bem como restabelecer a homeostasia do organismo

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

Benficas ou Danosas? Sem a inflamao, as infeces no seriam sustadas, as feridas jamais cicatrizariam eos rgos transformar-se-iam em chagas. Entretanto, este processo de inflamao pode ser danoso ao organismo, como em reaes de hipersensibilidade, doenas crnicas(artrite reumatide, aterosclerose) fibrose, obstruo intestinal, imobilidade articular. A inflamao pode ser classificada em aguda e crnica.

O que ocorre na Inflamao Aguda? Alteraes vasculares; caso dilatao e aumento de fluxo sanguneo, causando calor e rubor. Aumento de permeabilidade da microcirculao, levando ao edema e desacelerao da circulao (estase); Migrao de leuccitos, principalmente neutrfilos. A Inflamao Aguda e geralmente de incio rpido, gerando dores intensas, inchao e vermelhido. Durante o processo de inflamao, ocorre a Exsudao, que o extravasamento de lquido, protenas e clulas sangneas a partir do sistema vascular para o tecido intersticial, e seu produto um lquido inflamatrio rico em protenas e restos celulares, o Exsudato. A exsudao ocorre devido alterao da permeabilidade vascular no local da agresso. O pus um exsudato purulento inflamatrio rico em leuccitos e restos celulares, produto da inflamao. Edema um excesso de lquido no interstcio, pode ser exsudato ou um transudato (lquido com baixo teor protico, no decorrente de um desequilbrio na permeabilidade. Inflamao Crnica o processo inflamatrio de longa durao, que se origina da evoluo de uma inflamao aguda, quando persistem os fatores patognicos. Na inflamao crnica h presena de macrfagos, linfcitos e plasmcitos, ocorre a destruio tecidual; e aps, reparao do tecido lesado substituio por tecido conjuntivo, pela proliferao de novos vos e por fibrose.

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

Agudo Doena de incio rpido, sintomas severos e curta durao Sintoma intenso, tal como dor severa

Crnico Doena de longa durao envolvendo muitas Mudanas lentas Doena de incio freqentemente gradual. Este termo no implica necessariamente com a gravidade ou severidade da doena

Quais so os cinco pontos cardeais de a Inflamao? Rubor (vermelhido; Calor; Tumor (edema inchao); Dolor (dor); Perda da funo.

O que Infeco? Contaminao ou invaso do corpo por um microrganismo parasito, que pode ser um agente patolgico ou no, principalmente vrus, bactria, fungo, protozorio ou helminto. Uma infeco gera uma inflamao, porem, nem toda inflamao uma infeco. A partir do momento em que o organismo percebe uma infeco ocorre uma srie de eventos que desencadeiam a inflamao. Quimiotaxia a migrao orientada de clulas de defesa, que iro combater o invasor e aps realizar a reconstituio, reparao e cicatrizao do tecido lesado. Mediadores Qumicos So substncias responsveis pelos eventos da inflamao. Originam-se do plasma ou de clulas, e ligam se a receptores especficos em clulas-alvos. Geralmente estes mediadores tm vida curta, e a maioria causa efeitos danosos.

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

Exemplos de mediadores Qumicos: HISTAMINA: atua na microcirculao, possuem ampla distribuio tecidual, especialmente atravs dos mastcitos, presentes no tecido conjuntivo adjacentes aos vasos sangneos. Considerado o principal mediador de fase imediata, dilata arterolas e aumenta a permeabilidade venosa. SEROTONINA: Propriedades semelhantes a histamina, presente nas plaquetas. SISTEMA DO COMPLEMENTO: Sistema composto de 20 protenas, que tem importante papel na resposta imune encontrado no plasma. Aumenta a permeabilidade vascular, realiza quimiotaxia e opsonizao. OUTROS: Substncia derivadas do cido araquidnico, produzidas por linfcitos e macrfagos, geralmente esto presente em processos inflamatrios, causam dor, febre, etc.. So esses: Prostaglandinas; Leucotrienos; Citocinas (IL-1; TNF; IL-8).

ALTERAES VASCULARES TROMBOSE VENOSA O que ? A trombose venosa o desenvolvimento de um trombo (cogulo de sangue) dentro de um vaso sanguneo com conseqente reao inflamatria do vaso, podendo, esse trombo determinar obstruo parcial ou total do vaso. relativamente comum ( 50 casos/1000.000 habitantes) e responsvel por seqelas de insuficincia venosa crnica: dor nas pernas, edema(inchao) e lceras de estase (feridas). Alm disso, a trombose venosa tambm responsvel por outras doenas mais graves exemplo a embolia pulmonar. Como se desenvolve?

O desenvolvimento da trombose venosa complexo, podendo estar relacionado a um ou mais dos trs fatores abaixo: Estase venosa: situao em que h diminuio da velocidade da circulao sangunea. Por exemplo: pessoa acamadas; cirurgia prolongada; posio sentada por muito tempo ( viagens longas em espaos reduzidos avio, nibus) Leso do vaso: o vaso sanguneo normal possui paredes internas lisas por onde o sangue passa sem coagular (como uma mangueira onde flui a gua). Leses, rupturas na parede interna do vaso propiciam a formao de trombos, com, por exemplo, em traumas, infeces, medicaes endovenosas.

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico Hipercoagulabilidade: situao em que o sangue fica mais susceptvel

formao de cogulo espontneo, como por exemplo, tumores, o uso de anticoncepcionais e diabetes. Embora possa cometer qualquer vaso de qualquer segmento do organismo, a trombose venosa acomete principalmente as extremidades inferiores (coxas e pernas). Algumas pessoas esto sob maior risco de desenvolver trombose venosa quais sejam: varizes, paralisia, anestesias gerais prolongadas, cirurgias ortopdicas, fraturas, obesidade, quimioterapia, imobilidade prolongada, uso de anticoncepcionais, entre outros. O que se sente? Os sintomas variam muito, desde clinicamente assintomticos (cerca de 50% dos caos passam despercebidos) at sinais e sintomas clssicos como aumento da temperatura local, edema (inchao), dor, empastamento (rigidez da musculatura da panturrilha). Como diagnosticado? Quando a trombose venosa se apresenta com os sinais e sintomas clssicos facilmente diagnosticada clinicamente. Na maioria das vezes isso no acontece e so necessrios exames complementares especficos, tais como: flebografia, eco Doppler, a cores e ressonncia nuclear magntica. Como se trata? No tratamento visa-se prevenir a ocorrncia de embolia pulmonar fatal, evitar a recorrncia, minimizar os riscos de complicaes e seqelas crnicas. Utilizam-se medicaes anticoagulantes (que diminuem a chance de sangue coagular) em doses altas e injetveis. Como previne? O fato de a trombose venosa ocorrer em pacientes hospitalizados que ficam muito tempo acamados o em cirurgias grandes faz com que a preveno seja necessria. Portanto, nesses casos, utilizam-se medicamentos anticoagulantes em baixas doses para prevenir. J para pessoas em geral o simples fato de caminhar j uma forma de preveno. Ficar muito tempo parado sentado propicia o aparecimento da trombose venosa. Portanto, sempre que possvel, no ficar muito tempo com a s pernas na mesma posio. Para os que j tem insuficincia venosa e, por conseguinte, maior risco de trombose, o uso de meias elsticas recomendado. VARIZES E MICROVARIZES Varizes, ou veias varicosas, so veias dilatadas, com volume aumentado, tornando-se tortuosas e alongadas com o decorrer do tempo. Microvarizes ou telangiectasias so varizes intradrmica, superficiais e, p esse motivo, adquirem uma colorao mais avermelhada ou arroxeada. So mais comuns em mulheres do que em homens.

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

Como se desenvolve? As artrias levam o sangue do corao para as extremidades, e as veias tm a funo de levar o sangue de volta ao corao, impulsionado, principalmente pela bomba muscular das panturrilhas. Dentro das veias existem pequenas vlvulas que impedem o retorno venoso para as extremidades. Quando as vlvulas no se fecham adequadamente, acontece esse retorno, a que se denomina refluxo,Quando acontece o refluxo, aumenta a quantidade de sangue dentro das veias, o que faz com que elas se dilatem. Um dos principais fatores para o desenvolvimento das varizes hereditrio ou familiar. O fator gentico ocasiona uma diminuio das resistncias das paredes das veias e insuficincias valvular. Outro fator importante o hormonal. Durante as gestaes, h uma maior liberao de hormnios, o que pode ocasionar diminuio do tnus da parede venosa. No final da gestao, a compresso do tero grvido sobre veias do abdmen tambm pode desencadear varizes. Existem estudos comprovando a relao entre o nmero de gestaes e o aparecimento de varizes. O uso prolongado de anticoncepcionais e outros tratamentos hormonais tambm so fatores agravantes. A obesidade e o tipo de trabalho (pessoas que trabalham muitas horas em p) favorecem o desenvolvimento de varizes. O que se sente?

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

Dor, cansao e sensao de peso nas pernas so os sintomas mais freqentes, mas podem ocorrer tambm, ardncia, edema (inchao), cimbras e dormncia. So mais acentuadas no final do dia, em dias de temperatura elevada.

Como se faz o diagnstico? O diagnstico feito, basicamente, pelo exame fsico. O exame utilizado para avaliao de refluxo venoso, e como auxiliar do tratamento cirrgico, o Eco Doppler venoso. (ecograma que avalia o fluxo venoso superficial e profundo). Como se trata? O tratamento das varizes pode ser conservador, em alguns casos, e consiste no uso de meias elsticas e utilizao de medicamento que melhoram o fluxo venoso. Entretanto, a cirurgia de varizes, sem dvida, sempre o tratamento ideal para se evitar as complicaes prprias da evoluo da doena, tais com, edema (inchao),dermatites, pigmentaes e endurecimento da pele, lceras varicosas e tromboflebites (inflamao da parede da veia com formao de cogulo). O tratamento mais utilizado para microvarizes, ou telangiectasias, a escleroterapia, atravs de injeo de medicamento. Outra opo a utilizao do Lazer. Todavia, o mtodo tem limitaes por ser dispendioso, devido ao alto custo dos aparelhos, e porque pode ocasionar manchas hipocrmicas (brancas) na pele. Como prevenir? Praticar exerccios fsicos, evitando sempre o uso demasiado de peso nas pernas durante os mesmos. Usar meias elsticas, principalmente durante a gestao, ou em atividades em que se permanece muitas horas em p, alm de manter um peso corporal adequado. ALTERAO CELULAR O que Hiperplasia? Aumento quantitativo ou anormal de um rgo, de um tecido ou de uma linhagem celular, que decorre principalmente do aumento do nmero de clulas que a se encontram. Freqentemente, a hipertrofia e a hiperplasia esto associadas e ocorrem simultaneamente (crescimento fisiolgico do tero grvido). Nestes casos as clulas so estimuladas a produzir maiores quantidades de protenas. Hiperplasia Fisiolgica Hormonal: proliferao de epitlio glandular da mama feminina na puberdade e na gestao, tero grvido. Compensatrio: hepatectomia parcial. Hiperplasia Patolgica Na hiperplasia patolgica, h excessiva ao hormonal ou dos fatores de crescimento, sem que mecanismos reguladores intervenham pra limitar esse crescimento.

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

O que Hipertrofia? Aumento do volume anormal de uma clula ou de clulas de um tecido, em geral sem aumento numrico. O rgo hipertrofiado no tem novas clulas, apenas clulas maiores, e devido ao aumento do tamanho de suas celular, o rgo desenvolve excessivamente. causada por um aumento da demanda funcional ou por estimulao hormonal especfica, como por exemplo, na musculao, neste caso, as clulas tm o metabolismo estimulado fisiologicamente e por isso se desenvolvem mais. O que Displasia? Anomalia de desenvolvimento anatmico ou histolgico, em que clulas epiteliais (principalmente de revestimento) ou mesenquimais sofrem proliferao e alterao citolgica atpicas, tanto na forma com no tamanho e na organizao. Ou seja, so mitoses anormais; estas freqentemente aparecem nos brnquios dos fumantes, so as primeiras alteraes celulares observados em uma neoplasia. O que Metaplasia? Alterao reversiva em que um tipo clula adulta (epitelial ou mesenquimal) transformada em outro tipo, tambm adulta. EX: Substituio do epitlio colunar ciliado da traquia e brnquios por clulas escamosas estratificadas, em fumantes crnicos.

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

Esta pode ser uma manifestao precoce de uma alterao maligna, porm, pode regredir se abolidas as suas causas.

O que um Tumor? No conceito tradicional, toda leso caracterizada por um aumento de volume localizado, hoje, sinnimo de neoplasa: na oncologia oncos(grego)=tumor. Sinnimos de neoplasia, os tumores podem ser considerados uma proliferao exagerada e anormal dos elementos celulares de um tecido organizado, que desencadeada por um determinado estmulo e prosseguindo mesmo depois que esse estmulo tenha desaparecido. O que Neoplasia? Tecido anormal e sem significado fisiolgico, formado pela multiplicao contnua de uma clula cuja reproduo deixou de ser regular pelos mecanismos homeostticos, apresentandose, em geral, sob a forma de um tumor que evolui de forma autnoma e quase sempre nociva ao organismo. A neoplasia apresenta um estroma conjuntivo vascularizado que lhe proporciona sustentao e nutrio e de acordo com a sua velocidade de crescimento, invasividade, e tendncia produo de metstases (entre outras caractersticas) so classificadas em benignas e malignas (cnceres).

O que Anaplasia? Ausencia ou perda da diferenciao observada geralmente nas clulas das neoplasias malignas.

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

Diferenciao: grau de semelhana entre as clulas neoplsicas e as clulas normais, tanto morfologicamente quanto funcionalmente. Os neoplasmas malignos compostos de clulas indiferenciadas so ditos anaplsicas, a falta de diferenciao ou anaplasia considerada um marco da transformao maligna.

Diferenciao Tumores bem diferenciados so compostos de clulas que se assemalham a clulas normais do tecido de origem do neoplasma, em geral, tumores benignos so bem diferenciados. Os elementos anaplsicos apresentam-se de diferentes formas entre se (pleomorfismo) variando o tamanho e a forma das clulas, bem como freqentes mitoses, grau de diferenciao e o estgio evolutivo permitem uma classificao que Vaira de 0 a 4. TAXA DE CRESCIMENTO Em geral, a maioria dos tumores benignos cresce lentamente durante um perodo de anos, enquanto a maioria dos cnceres cresce rapidamente, s vezes a uma velocidade errtica. Alguns tumores malignos crescem lentamente durante anos para ento, repentinamente, aumentarem de tamanho e de modo notrio, disseminando-se explosivamente at causarem a morte alguns meses aps a sua descoberta. INVASO LOCAL A maioria dos tumores benignos permanecem situada em seu local de origem, sem capacidade de se infiltrarem, invadirem ou metastatizarem para lugares distantes como os cnceres. O crescimento dos cnceres acompanhado de infiltrao progressiva, invaso e destruio de tecido vizinho, e tal invasividade torna a resseco cirrgica difcil cirurgia radical. METSTASES So implantes tumorais descontnuos em relao ao tumor primrio, a transformao da doena de um rgo para outro que no esteja diretamente conectado ao primeiro, em geral, atravs da via sangnea ou linftica. Com poucas excees, todos os cnceres podem fazer metstases, os neoplasmas benignos no metastatizam. Neoplasia (benigna) Neoplasia (malgna) No apresenta anaplasia (bem diferenciados);Apresenta anaplasia (pouco diferenciados ou indiferenciados ou indiferenciados); No produz metstases; Produz metstases; Dano compressivo pode afetar estruturas Dano compressivo; anatmicas; Em geral Bom prognstico; Dano direto do comprometimento funcional do tecido alterado; Denominado como Neoplasia Benigna Deominado ou como cncer ou neoplasia Tumor; malignas/tumor maligno

Jofran Nepomuceno Farmacutico Bioqumico

Benigno