patinagem de velocidade
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Patinagem de Velocidade
Andrea Pereira e Fábio Batista
Resumo: Este trabalho pretende dar a conhecer esta modalidade que é pouco valorizada e reconhecida
em Portugal.
Palavras chave: Patinagem, patim, rolamentos, chassis, bota.
Introdução
A Patinagem teve início em Portugal como meio recreativo e foi através de gincanas que alcançou interesse e
proporcionou espectáculos cheios de beleza, sendo o sector feminino aquele que maior predominância exercia
nos festivais que então eram realizados com bastante frequência. Nessas gincanas também os rapazes actuavam
mas em saltos e provas de velocidade, reportamo-nos a 1912. Todavia, não podemos deixar de salientar que
houve nas Corridas duas grandes fases que correspondem a acontecimentos marcantes na vida da modalidade. A
primeira corresponde a uma época que vai desde o início, mais ou menos regular da prática da modalidade até
ao ano de 1953, onde se atingiu um nível técnico razoável que permitiu estabelecer raízes profundas, adquirindo
a vitalidade necessária para resistir ao intervalo que mediou entre a primeira e a segunda fase, intervalo esse que
se pode definir entre 1953-54 e 1978.Em 1979, a Federação Portuguesa de Patinagem, liderada por José Castel-
Branco, decidiu reiniciar as Corridas em Patins. Dá-se assim início à segunda fase das Corridas em Patins,
atingindo o momento áureo com o aparecimento dos patins em linha. A construção de pistas e a vinda de
técnicos estrangeiros que colaboraram em acções de formação, contribuiu decisivamente para os bons resultados
obtidos.
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Caracterização da Modalidade
Modalidade Desportiva Cíclica individual (esporadicamente com provas por equipas ou classificações por
equipas), com locomoção inabitual (meio mecânico não natural - PATINS), com distâncias diversas, em
percursos de Pista (Plano, normalmente 80 metros e com relevê dos 160 aos 200m, mas podemos encontrar as
mais diversificadas características) ou Estrada (em Circuito, com diversos perímetros a partir de 400m ou
estrada aberta, provas dum ponto até outro). Essencialmente Física, mas com grande importância da técnica. A
modalidade desportiva e com maiores afinidades à Patinagem de Velocidade será o Ciclismo de Pista.
Utiliza preferencialmente os seguintes metabolismos:
Velocidade 200/300 e 500m , esforços entre 16 e 60 seg – Pot. / Cap. Láctica
Meio Fundo 1000/1500/3000m – esforços entre 1,30´e 6´- Cap. Láctica, Pot. Aeróbica
Fundo 5Km/ 10Km/ 20Km, Meia Maratona, Maratona – Pot. e Cap. Aeróbia – 7 a 85´
Está muito dependente dos ritmos impostos (Cap. e Pot. Aeróbia), colocação em pelotão e movimentações /
deslocações inteligentes, além de temporalmente correctas (Táctica), sprint final (Velocidade e Pot.
Aláctica/Láctica) e Técnica.A Patinagem de Velocidade é uma modalidade em que cada patinador costuma
participar em distâncias muito variadas.
Os locais de competição em Pista e Circuito de estrada apresentam percursos que são utilizados da dtª para a
esquerda, sentido contrário aos ponteiros do relógio (anti-horário). Os mais técnicos e difíceis são as pistas com
relevê. Em Portugal apenas existem duas, uma em Serpa (165m) e outra na Ilha do Pico (150m- com perímetro e
características não muito adequadas à competição). As pistas com relevê podem ter diferentes formas de
inclinação nas curvas, desde a elevação progressiva até ao exterior, o mais comum e utilizado nos últimos
Mundiais, ou terem relevê côncavo, ou ainda às escadas, com uma inclinação até meio e outra mais pronunciada
depois (este tipo já muito em desuso, encontra-se mais em Itália). Necessitam e requerem muita adaptação e
definição correcta das trajectórias, também em função do raio das curvas. Podem apresentar larguras entre os 5
metros, mínimo exigido regulamentarmente, sendo que o máximo apareceu no último Mundial em Cali-
Colômbia, com 7 metros de largura.
Em relação às estradas o mais usual é a existência de circuitos, normalmente de 400 ou 500m, á volta das pistas
com relevê, com uma grande recta, uma grande curva e uma contra-curva.
A maior parte dos treinadores e atletas de renome mundial reconhecem, quase de forma unânime que o ideal,
em termos de treino é a utilização de pista plana, com relevê e estrada, variando o treino e conseguindo com as
diferentes tipologias afinar a forma desportiva.
Locais de Competição
Pista – Rectas e Curvas simétricas, com igual comprimento entre si (piso
de cimento, asfalto, mosaico, mármore ou combinados)
Plana – 80m (podendo chegar
aos 160m)
Relevê – Inclinada nas curvas (160 –
200m)
Estrada – Asfalto ou asfalto com mistura, percurso pode ser
assimétrico
Circuito
(250 /400m)
Aberta (dum local ao
outro)
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Os rolamentos e rodas
As rodas possuem várias durezas que poderão aumentar a tracção e o conforto ou a durabilidade de acordo com
as necessidades e os gostos do utilizador o tamanho das rodas influencia a sua manobrabilidade.
Tamanho
O diâmetro das rodas é a circunferência da roda medida em mm, quanto maior for a roda mais rápido rodará,
por oposição quanto mais pequena mais lenta será mas maior será a sua estabilidade a maioria dos patins de
recreio possui rodas entre 72-76mm de diâmetro, os patins agressive possuem as rodas mais pequenas, ao passo
que as rodas dos patins de velocidade são sobredimensionadas, os tamanhos das rodas variam entre 44-80mm,
normalmente esta medida aparece gravada na roda.
Dureza
As rodas são fabricadas em uretano, um material plástico que pode variar em dureza, a dureza é medida com um
durómetro, sendo a escala de 0 (material mais macio) a 100 (material mais duro), quanto mais macia for a roda
maior será a sua capacidade de tracção e de amortecimento de vibrações, sendo a sua vida mais reduzida, nem
serão tão rápidas como as rodas mais firmes, a grande maioria dos patins de recreio possuem solas com durezas
entre 76A e 82A, sendo a 76A a roda mais macia, é frequente os utilizadores colocarem rodas de diferentes
durezas no mesmo par de patins, por exemplo rodas mais macias na frente para melhor tracção. A dureza das
rodas também aparece marcada nas mesmas. As rodas tendem a gastar-se de modo não uniforme, pelo que
devemos rodas o seu posicionamento nos patins com frequência, assim os patins devem possuir forma de trocar
as rodas facilmente, a maioria dos fabricantes explicam o procedimento nos manuais de instruções.
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Rolamentos
Os rolamentos são o coração das rodas, a sua qualidade afecta o esforço necessário para as rodas rodarem e
claro os patins se deslocarem. Os patins de preço mais elevado possuem rolamentos designados de precisão, que
aparecem marcados com a escala ABEC-1 (com menor precisão), ABEC-3, ABEC-5 ou ABEC-7 (com maior
precisão). Os patins mais acessíveis não utilizam rolamentos de precisão.
A carcaça e o botim
O botim e a carcaça apoiam o pé do utilizador, a grande maioria dos patins mais acessíveis possui uma carcaça
de duas peças; uma cobertura para os pés e um cano para o tornozelo e perna, mesmo os modelos que possuem
parte dos materiais plásticos substituídos por materiais mais suaves possuem estes dois componentes, tal como
no ski ou no snowboard, quanto maior a firmeza do botim, maior será o controle.
O apoio oferecido ao longo do tornozelo e perna torna fácil a patinagem mesmo para pessoas menos
experientes, o botim e a palmilha devem ser removíveis e laváveis. A palmilha pode e deve ser substituída para
melhorar o conforto ou para melhorar a postura, muitos patinadores sofrem de valguismo ou pronação, que
deve ser corrigida com palmilhas de prescrição médica.
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O Chassis
O chassis liga as rodas ao corpo, existem chassis mais rígidos que responderão com maior precisão e chassis
mais flexíveis que serão mais confortáveis mas mais lentos a reagir, muitos dos modelos mais caros permitem
colocar as rodas centrais ligeiramente mais sobressaídas melhorando a rapidez e facilidade em realizar curvas
apertadas..
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Conclusão
Medalheiro do Campeonato do Mundo que se realizou no Haining (China)
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Com este gráfico pretendo salientar a presença de Portugal no Campeonato do Mundo e o facto de ter adquirido
uma medalha de bronze, no entanto, pouca importância foi dada e foi alcançado um grande marco no desporto
português, esta participação é escassa devido à falta de apoios que se faz sentir.
1 Gráfico referente ao total de medalhas adquiridas pelos países que participaram no Campeonato do Mundo
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5
10
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20
25
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Total de medalhas
39