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alcochete PASSEIO DO TEJO INAUGURADO Informação da Câmara Municipal de Alcochete JUNHO 2014 | Número 15 | Distribuição Gratuita www.cm-alcochete.pt › PÁGINAS 4 E 5

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alcochetePASSEIO DO TEJO

INAUGURADO

Informação da Câmara Municipal de AlcocheteJUNHO 2014 | Número 15 | Distribuição Gratuitawww.cm-alcochete.pt

› PÁGINAS 4 E 5

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2.inalcochete | Junho 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

FICHA TÉCNICA

PERIODICIDADE Bimestral | PROPRIEDADE Câmara Municipal de Alcochete | MORADA Largo de São João 2894-001 AlcocheteTelef.: 212 348 600 DIRECTOR Luís Miguel Carraça Franco, Presidente da Câmara Municipal de Alcochete | EDIÇÃO SCI – Sector de Comunicação e Imagem COORDENAÇÃO DE REDACÇÃO Susana Nascimento REDACÇÃO Íngride Nogueira, Micaela Ferreira,Rosa Monteiro | FOTOGRAFIA SCI | PAGINAÇÃO CJORGE – Design & Comunicação e Rafael Rodrigues/SCI | IMPRESSÃO EmpresaGráfica FUNCHALENSE | DEPÓSITO LEGAL 327832/11 | REDACÇÃO E FOTOGRAFIA SCI – Sector de Comunicação e ImagemTelef.: 212 348 658 | [email protected] | TIRAGEM 10 000 | ISSN 2182-3227 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Inalcochete

CONTACTOS ÚTEISCâmara Municipal de Alcochete – 212 348 600 | Comunicação de Avarias, Roturas e Entupimentos 919 561 411 Serviço Municipal de Protecção Civil – 912 143 999 | Canil Municipal – 914 432 270 | Cemitério – 212 348 638Posto de Turismo – 212 348 655 | Bombeiros Voluntários de Alcochete – 212 340 229 ou 212 340 557 | Guarda NacionalRepublicana – 212 348 071 | Centro de Saúde de Alcochete – 212 349 320 | Extensão de Saúde em Samouco – 212 329 600 |Farmácia Nunes – 212 341 562 | Farmácia Cavaquinha – 212 348 350 Farmácia Póvoas – 212 301 245 | Central de TáxisAlcochete – 212 340 040 | Central de Táxis Samouco e Freeport – 212 321 775 | Transportes Sul do Tejo – 211 126 200 |Transtejo – 210 422 400.

A valorização dos óleos alimentares usados (OAU) tem repercussões ambientais e económicas, quesão fáceis de alcançar através de pequenos gestos. Adira ao projecto RecOil e deposite os OAU numdos 12 oleões que a Autarquia instalou nas três freguesias do Concelho, numa parceria com a S.energia. Este pequeno gesto é determinante para a rentabilização deste resíduo através da sua reconversão em biodiesel, combustível renovável que reduz as emissões de CO2 em 90%,quando comparado com o diesel tradicional ou a gasolina. Sabia que um litro de óleo alimentarusado corresponde a 0,8 litros de biodiesel?Os OAU são resíduos tóxicos para o meio ambiente, causam o entupimento de canos, aumentam o risco de infestação de ratos e insectos e aumentam os custos de manutenção dos sistemas de esgotos.

ONDE PODE DEPOSITAR O ÓLEO ALIMENTAR USADO:Alcochete – Alameda do Grupo Desportivo Alcochetense/ Rua Professor Leite da Cunha/ Rua da Liberdade, Urb. Flamingos/ Rua da Escola Secundária, Urb. Barris/ Lagoa do Láparo/ Rua Ruy de Sousa Vinagre/ Passil - Largo da Sociedade/ Fonte da Senhora – Alameda da FonteSão Francisco – E.N. 119, Alameda Júlio Dinis/ Urb. ConventoSamouco – Rua das Salinas e Rua Conde de Vale de Reis/ Rua António Aleixo e Rua da Constituição

i nSÍNTESE

ADIRA AO PROJECTO RECOIL E VALORIZE O ÓLEO ALIMENTAR USADO

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Junho 2014 | inalcochete.3Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Caros(as) Munícipes,

Abril foi, sem dúvida, um mês memorável para a Câmara Municipal deAlcochete e para toda a população do nosso Concelho, pois assinalámosum momento muito particular da nossa História ao inaugurar o “Passeiodo Tejo”. Um projecto de assinalável qualidade que veio acrescentar maiorvalor ao nosso território e que agora constitui, seguramente, um motivode orgulho para todos.E, de facto, “nada de grande se faz sem sonho” e nós sonhámos com a con-cretização desta grandiosa obra, mas sempre com a plena consciência dacomplexidade económica e social em que o País vivia e, infelizmente,ainda vive. Assim, e considerando o modelo de desenvolvimento susten-tável definido, que sempre ambicionámos para o concelho de Alcochete,mas mantendo, de forma consciente e planeada, muitos dos aspectos quecaracterizam o nosso território, iniciámos assim esta caminhada de so-nho, em 2009, com a aprovação do programa de Acção para a Regenera-ção da Frente Ribeirinha de Alcochete.Munidos deste importante instrumento operacional, assumimos que a Re-generação da Frente Ribeirinha de Alcochete constituía um aliciante de-safio e seria este o ponto de partida para a implementação de um novomodelo de valorização da Vila de Alcochete, com impactos ao nível do or-denamento do território e com repercussões arquitectónicas, paisagísti-cas, ambientais, sociais e económicas.

A Frente Ribeirinha de Alcochete apre-sentou-se-nos como uma área deoportunidades que impunha umareflexão ponderada, em profundaarticulação com o planeamento ur-banístico e soluções de qualidade,contribuindo de forma decisiva pa-ra a competitividade e desenvolvi-mento da nossa Vila.Coube-nos assim respeitar o passa-do, honrar a nossa identidade terri-torial e pensar o momento históri-co, equacionando o futuro, e enfren-tar deste modo um dos maiores de-safios da nossa História Contempo-rânea: sermos capazes de crescer ede nos desenvolvermos de forma cria-tiva e activa.Pretendemos, num futuro próximo,

continuar este trabalho de “Regeneração da Vila de Alcochete”, enquan-to alavanca da dinâmica social, cultural criativa e turística do Concelho eestendê-lo às restantes freguesias do Concelho, promovendo a qualidadeurbanística dos centros urbanos respectivos e implementar programasde reabilitação urbana e de reordenamento dos núcleos antigos de Samou-co e de S. Francisco. Refira-se que, quer a Câmara, quer a Assembleia Mu-nicipal já aprovaram a delimitação das áreas de Regeneração Urbana re-ferentes aos Núcleos Históricos das três freguesias.E porque é de sonhos que este editorial fala, não posso deixar de escre-ver umas breves linhas sobre as comemorações dos 40 anos do sonho deAbril, iniciado naquela histórica madrugada de 25 de Abril de 1974, e quetemos a obrigação de o continuar e defender.Vivemos uma conjuntura difícil, vivemos uma grave crise económica efinanceira e, sim podemos dizê-lo, desastrosa para o País, e essa deve sera razão primordial para que continuemos este sonho e afirmar, com todaa veemência, os valores de Abril, para que continuemos a acreditar que épossível construir um Portugal melhor, mais justo e igualitário.O Poder Local Democrático, tal como o conhecemos, como o resultado deum processo de construção, empenho, honestidade, dedicação e compe-tência de praticamente três gerações de portugueses, não ficou imune àpolítica que tem vindo a ser praticada nas últimas quatro décadas. Assis-timos a uma verdadeira campanha de desvalorização do trabalho desen-volvido pelos autarcas portugueses, sobrevalorizando os fenómenosnegativos existentes, em detrimento das experiências positivas.No que me diz respeito e ao Executivo Municipal, fica a certeza de que tu-do continuaremos a fazer para que a génese do Poder Local seja respeita-da. Apesar da conjuntura difícil, tudo faremos para consolidar a nossa acti-vidade, mantendo a qualidade da prestação do serviço público à nossa po-pulação, sempre com o total empenho e dedicação dos nossos trabalhadores.Este é um sonho e um valor de Abril. E é este sonho e este projecto quenos fazem caminhar!

VALE A PENASONHARMOS!

EDITORIAL

Assumimos que a Regeneração da Frente Ribeirinha de Alcochete constituía um aliciante desafio e seriaeste o ponto de partida para a implementação de umnovo modelo de valorização da Vila de Alcochete

LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCOPresidente da Câmara Municipal de Alcochete“Liberdade(s)” é o tema que

dá o mote à “Alcarte 2014”, a exposição colectiva que aCâmara Municipal promove,anualmente, por altura dasFestas do Barrete Verde e dasSalinas. Os interessados emparticipar nesta edição podemapresentar trabalhos, até ao próximo dia 4 de Julho,nas categorias de pintura,desenho, escultura, fotografiae serigrafia. Para além de assinalar os 40 anos da Revolução de Abril, com esta mostra pretende-se desafiar os artistas a reflectir sobre o tema da liberdade. Ou seja,a liberdade daqueles quelutaram por um ideal dedemocracia, a liberdade queestá à saída da nossa portaou, até mesmo, a liberdadedos outros que, muitasvezes, ultrapassamos paranão ferir a nossa. Uma abordagem à liberdade da sociedade actual que contempla em si outras liberdades essenciais para quehaja uma sociedade maisjusta e equilibrada. A “Alcarte 2014” será inaugurada a 2 de Agosto, às 18h00, nos Paços do Concelho e ficará patenteao público até ao dia 29 de Agosto.

INSCRIÇÕES EM CURSO PARAEXPOSIÇÃOCOLECTIVA“ALCARTE 2014”

ATENDIMENTOAtendimento ao público nos seguintes dias, mediantemarcação: Presidente, Luís Miguel Franco– quinta-feira à tarde. | Vereadores José Luís Alfélua,Susana Custódio e Jorge Giro – terça-feira à tarde. |Vereadora Raquel Prazeres – quinta-feira de manhã. | Vereadora Maria Teresa Sarmento– quinta-feira, da 15h30 às 17h30. | Vereador VascoPinto – quarta-feira à tarde.

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4.inalcochete | Junho 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

m dia memorável para Alco-chete, que representou tam-bém o culminar de um traba-lho de valorização territorial

que terá repercussões na economia e noturismo local. Milhares de pessoas par-ticiparam nas actividades desportivas eateliês que decorreram ao longo do diae deram um colorido especial ao “novo”passeio ribeirinho neste dia simbólicoque, para o Presidente da Câmara Munici-pal, foi também a realização de umobjectivo há muito ambicionado: “Sonhá-mos com a concretização desta obra. Foium sonho intenso, por vezes perturba-do por alguns pesadelos. Porém, o sonhotornou-se uma realidade presente, mas,sobretudo futuro. Valeu a pena sonhar”.Depois de uma manhã repleta de ani-mação junto ao rio, a percussão dos “Ba-tucando” atraiu inúmeras pessoas parajunto do Núcleo de Arte Sacra, local on-de decorreu a cerimónia oficial. “Passá-mos ao terreno e à acção, num percursonotável que nos trouxe a este momentoe à concretização de projectos de assina-

lável qualidade, que acrescentam valorao nosso território e que constituem ummotivo de orgulho para todos nós”, co-meçou por referir Luís Miguel Francoque, na sua intervenção, recordou tam-bém o quão importante foi a concretiza-ção desta obra, tendo em conta o estadoda antiga muralha na Avenida D. Manuel

I: “Partimos de uma necessidade objec-tiva, uma Frente Ribeirinha em estadode degradação acentuada, que ameaça-va ruir e colocar em risco a segurança depessoas e bens e passámos para uma so-lução urbanística de grande qualidade,com respeito pela nossa memória iden-titária, mas enriquecida pela criativida-

de humana e nobreza da intervenção va-lorizando de forma sublime a beleza danossa Frente Ribeirinha”. A Rua do Norte, o Largo da Misericórdia,a ponte-cais e a Avenida D. Manuel I (com-ponentes terreste e marítima) foram osespaços públicos requalificados no âm-bito desta intervenção que, tal comoLuís Miguel Franco frisou, é um excelen-te exemplo de investimento público. “Comesta intervenção de valorização da nos-sa Frente Ribeirinha foi possível de for-ma inovadora constituir um autêntico“consórcio de entidades públicas” (CMAe APL) que, de forma racional, sustentá-vel, eficiente e eficaz demonstrou a im-portância do investimento público comofactor multiplicador do desenvolvimen-to económico e social do Concelho e, ne-cessariamente, do País”, disse o Autarca.Da mesma opinião partilha a Presidentedo Conselho de Administração do Portode Lisboa (APL), Marina Ferreira, que clas-sificou este dia como “um momento es-pecialmente marcante para a vida do Por-to de Lisboa e que assinala um ciclo de co-laboração”, entre a APL e o Município deAlcochete. Marina Ferreira acrescentouainda que a Região Metropolitana de Lis-boa poderá ser valorizada mas, para tal,é necessário que haja uma rede de parce-rias e vontades. “Contamos sempre com aspopulações, com os Municípios e com osrespectivos autarcas porque é com elesque queremos trabalhar na certeza de queobras, como esta mítica obra que hoje es-tamos a inaugurar, são para desfrute epara lazer e contribuem para o bem-estarde todas as populações das zonas ribei-rinhas”, enfatizou a Presidente da APL. Depois dos discursos oficiais, a cerimóniade inauguração prosseguiu com o descer-ramento da placa toponímica “Passeio doTejo”, um topónimo que traduz a estrei-ta relação que a população de Alcochetemantém com o rio. Este acto simbólico, re-presentativo da identidade local, foi en-

ALCOCHETE GANHA NOVO ESPAÇO DE LAZER COM “PASSEIO DO TEJO”

INAUGURAÇÃO. No passado dia 13 de Abril, a população de Alcochete viveu um dia queficará marcado na história local: a inauguração do “Passeio do Tejo”. Com um avanço da muralha em quinze metros sobre o rio e com a requalificação da Rua do Norte e do Largo da Misericórdia, a Vila ganhou novas áreas verdes e de estadia que privilegiama circulação pedonal e momentos de lazer junto ao rio.

“SONHÁMOS COM ESTA OBRA”

i nFOCO

U

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Junho 2014 | inalcochete.5Informação da Câmara Municipal de Alcochete

grandecido pela Banda da Sociedade Im-parcial 15 de Janeiro de 1898 com a inter-pretação do Hino da Restauração. O movimento associativo do Concelho ealgumas instituições locais também con-tribuíram para a animação desportiva ecultural da Frente Ribeirinha durante to-do o dia de inauguração. O Futebol Clu-be de São Francisco, a Associação Despor-tiva Samouquense, a Associação GilTea-tro, o Grupo Motard de Alcochete, o Gru-po Motard “O Convento” de São Francis-co, o Rancho Folclórico “Os Campone-ses” de São Francisco, o Rancho Folcló-rico Danças e Cantares do Passil e o Gru-po Folclórico Danças e Cantares da Fon-te da Senhora foram as associações doConcelho que deram um colorido espe-cial a este dia, assim como o grupo depercussão “Batucando”, a ConfederaçãoPortuguesa de Yoga e os Ginásios Time4 Fit, QV e Eden Sport.

PASSEIO DO TEJO: O CULMINAR DE UMA ESTRATÉGIA DE VALORIZAÇÃOTERRITORIALCom uma conquista de quinze metros so-bre o rio, a vila de Alcochete ganhou assimum novo espaço de fruição e de lazer queconvida à circulação pedonal e a mo-mentos de descontração em plena har-monia com o rio. Mas, mais do que umaampliação de espaço público, a inaugu-ração do “Passeio do Tejo” representaainda a implementação de um novo mo-delo de valorização da Vila, com impac-tos arquitectónicos, paisagísticos, ambien-tais, sociais e económicos e a concretiza-ção de um objectivo traçado em 2009, anoem que a Autarquia delineou uma opera-

ção integrada de regeneração urbana daFrente Ribeirinha de Alcochete, desde oSítio das Hortas até ao Cais Palafítico deSamouco.Esta visão estratégica foi, nesta fase ini-cial, delimitada a um programa de reabi-litação do Núcleo Antigo da vila de Alco-chete que acabou por se consubstanciarnuma candidatura apresentada aoQREN envolvendo parceiros como a APL,o ICNB/ RNET (hoje Instituto da Conser-vação da Natureza e das Florestas), a Fun-dação João Gonçalves Júnior e a SantaCasa da Misericórdia. Este foi o pontode partida para a implementação de umprograma de reabilitação urbana do Nú-cleo Antigo da vila de Alcochete que, pa-ra além da regeneração da Frente Ribei-rinha, tem vindo a ser concretizado atra-vés de outras acções, como as requalifi-cações da Rua João de Deus e a Rua doCatalão, do Acesso Poente à Biblioteca deAlcochete ou o Plano de Harmonização deSinalética e Mobiliário Urbano.A requalificação da Rua do Norte, do Lar-go da Misericórdia, da ponte-cais e daAvenida D. Manuel I foram as últimas in-

tervenções concretizadas neste âmbitoe é intenção da Câmara Municipal con-tinuar o trabalho de regeneração da Vilade Alcochete e “estendê-lo às restantesfreguesias do Concelho”. “Para que issoaconteça, precisamos de obter os meiosnecessários, designadamente os qua-dros de financiamento comunitário enacionais disponíveis e continuar a esti-mular os parceiros privados (económi-cos e sociais) a contribuírem para esteesforço colectivo de regeneração urba-na”, destacou o Presidente da Câmara. Sobre a regeneração da Frente Ribeirinha,o coordenador do projecto de arquitec-tura, Sidónio Pardal, explicou, na cerimó-nia de inauguração, quais foram as suaspreocupações nesta intervenção, sendoque a principal foi a preservação da iden-tidade local: “Constatei que toda estaárea tinha uma forte identidade. As pes-soas gostavam da Frente Ribeirinha equer este local, como o centro históricode Alcochete, tinham uma alma” e, porisso, houve a intenção de conferir à obra“alguma neutralidade em relação à almaque tinha”. Sobre a maior alteração – oavanço da muralha em quinze metrossobre o rio – Sidónio Pardal explicou quea “Câmara Municipal queria aumentar osespaços de jardim e interiorizar o trânsi-to” e, por isso, teria que haver esta trans-formação que, também segundo Sidó-nio Pardal, foi “moderada e funcional detal forma que não deixasse saudades doque havia antes e que conquistasse as pes-soas pelo conforto”. Sidónio Pardal acres-centou ainda que esta é uma obra que seenquadra num projecto mais amplo que,como já referido, estende-se do Sítio dasHortas até ao Cais Palafítico de Samou-co. “Todo este espaço está conceptuali-zado. É preciso que as ideias estejam nopapel, estejam compreendidas e, se nãofor no nosso tempo, serão concretizadasnas gerações seguintes”, referiu.

… Na Avenida D. Manuel I• Avanço da muralha em quinzemetros sobre o rio;• Passeio pedonal junto ao rio, com cerca de 6 metros de largura, e nova área verde, com 9 metros de largura;• Criação de zonas de estar comcolocação de mobiliário urbano;• Reforço da capacidade de estacionamento;• Rede de drenagem pluvial e umtroço da rede de abastecimento de água remodeladas.

… Na Ponte-Cais• Novo pavimento betuminoso;• Nova rede de iluminação pública;• Reabilitação (e em alguns casossubstituição) de balaustradas commateriais adequados à exposiçãomarítima.

…No Largo da Misericórdia• Nova configuração do Largo comdiferenciação entre as áreas de circulação pedonal e automóvel;• Alteração da configuração e dos materiais respeitantes à entrada da Igreja da Misericórdia,garantindo-se o acesso a cidadãoscom mobilidade reduzida; • A área de passeio que envolve o Largo da Misericórdia foi criadacom recurso a mármore rosa; • Reconstrução de uma rosa-dos-ventos associada ao Padrão D. Manuel I; • Redefinição dos lugares de estacionamento;• Nova rede de iluminação pública.

...Na Rua do Norte• Mais ajustada à circulação pedonal, através de uma nova pavimentação e reordenamento do estacionamento;• O muro foi reabilitado com a realização de trabalhos de conservação e protecção;• Construção de um novo ramal de drenagem pluvial e colectordoméstico;• Requalificação do Largo Cova da Moura com a criação de umazona de estadia e implantação de uma ilha ecológica.

FOCO

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PUBLICIDADE. O Município de Alcochete está a implementar regras aplicáveis à inscrição e afixação de publicidade e ainda referentes à ocupação do espaço público do Concelho, fundamentais para que seja assegurada uma adequada utilização do mesmo, quer por cidadãos,quer por empresas, no âmbito da sua actividade comercial ou de prestação de serviços.

6.inalcochete | Junho 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

MUNICÍPIO DEFINE REGRAS DE OCUPAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO

Câmara Municipal e aAssembleia Munici-pal aprovaram, porunanimidade, o Regu-

lamento Municipal do Regime

de Ocupação do Espaço Públi-co e de Afixação e Inscrição dePublicidade.“Quando a Câmara está a inves-tir na qualificação do espaço pú-

Câmara Municipal ce-lebrou com as duas co-missões sindicais, STALe SINTAP, um Acordo

Colectivo de Entidade Empre-gadora Pública (ACEEP) que es-tabelece as 35 horas semanais,e as sete horas diárias, como operíodo normal de trabalho.Para o Executivo Municipal, amedida do Governo, que visa oalargamento do horário de tra-balho na função pública para40 horas semanais, é um retro-cesso dos direitos já conquis-tados pelos trabalhadores, comconsequências na vida pessoal

e na remuneração dos funcio-nários visto que, na prática, es-ta é uma medida que impõeum alargamento do horário detrabalho, mas sem aumentoremuneratório. “Vamos continuar a defendera autonomia do Poder Local e,junto dos trabalhadores destaAutarquia, lutar pela valoriza-ção dos postos de trabalho daadministração pública”, referea Vereadora dos Recursos Hu-manos, Raquel Prazeres, emcomunicado enviado aos fun-cionários da Câmara Municipalde Alcochete.

CÂMARA MANTÉM 35 HORAS DE TRABALHO SEMANAL

Ablico, que é factor de dinamiza-ção do comércio e da economia,devemos também exigir, a quemé beneficiário dessa valorização,que de alguma forma invista na

qualificação dos materiais quecoloca à disposição dos seusclientes e que se encontram noespaço público”, disse o Presi-dente da Câmara.

A Câmara Municipal tem tenta-do “sensibilizar os proprietáriosde estabelecimentos de restau-ração e bebida no sentido de har-monizarem as suas cadeiras, me-sas e toldos com o Plano de Si-nalética e de Mobiliário Urbano(…)”, sublinhou Luís MiguelFranco.O Regulamento reúne num úni-co instrumento as regras refe-rentes à afixação de publicida-de e de ocupação do espaço pú-blico que visam um equilíbrioentre a actividade publicitária,a ocupação do espaço e o inte-resse público, de acordo comfactores importantes como a es-tética, o enquadramento urba-nístico e ambiental, bem comoa segurança.O Presidente da Câmara expli-cou também que este regula-mento tem como objectivo “ade-quar a nossa estrutura regula-mentar ao diploma legal queinstituiu o “Licenciamento ze-ro” que foi sujeito a um pro-cesso de consulta pública, doqual resultaram alguns contri-butos e que foram acolhidos eintegrados neste regulamento”.O “Licenciamento zero” preten-de simplificar o regime de exer-cício de diversas actividadeseconómicas e reduzir os encar-gos administrativos sobre os ci-dadãos e empresas.

A

stão a decorrer ostrabalhos de requali-ficação de três cami-nhos agrícolas, situa-

dos no Terroal/Passil, emprei-tada que representa um custode €157.861,45, incluído IVA.A requalificação dos referidoscaminhos agrícolas tem umprazo de execução de 60 diase uma comparticipação comu-nitária de 85% sobre o valorcontratual sem IVA no âmbito

do Programa de Desenvolvi-mento Rural/ PRODER.Esta intervenção da Autarquiavai permitir reforçar a compe-titividade do sector agrícola nazona do Terroal/Passil com acriação de melhores acessibili-dades às explorações agrícolase pequenas unidades agro-in-dustriais existentes na zona.Esta também foi reforçada aonível da rede de iluminação pú-blica através da colocação de

32 luminárias, no âmbito deuma candidatura ao PRODER.Os trabalhos a executar consis-tem na limpeza e regulariza-ção da plataforma e valetas, aexecução de passagens hidráu-licas (dois aquedutos) em li-nhas de água principais e emtodas as serventias de acessoàs diversas propriedades e aaplicação de camada de desgas-te em betão betuminoso com0,05m de espessura.

CAMINHOS RURAIS ESTÃO A SERREQUALIFICADOS NO TERROAL

E

i nLOCAL

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LOCAL

Junho 2014 | inalcochete.7Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Prestação de Contas eo Relatório de Gestão2013 foram aprova-dos por maioria, com

a abstenção dos Vereadores doPS e do CDS-PP, em sessão de Câ-mara, e igualmente aprovadospor maioria em Assembleia Mu-ncipal, com 15 votos a favor pelaBancada da CDU, 8 abstençõesdas Bancadas do PS e do CDS-PP e de 1 deputado da Bancadado PSD e 1 voto contra do outrodeputado da Bancada do PSD. Numa análise às contas muni-cipais de 2013, e sobre as fon-tes de receita, Luís Miguel Fran-

co salientou, em sessão de Câ-mara, que “o Município conti-nua a estar excessivamente de-pendente das suas fontes de fi-nanciamento próprias”. O Im-posto Municipal sobre Imóveis(IMI) e o Imposto Municipal sobreTransmissões Onerosas de Imó-veis (IMT) foram os impostosdirectos que mais receitas pro-porcionaram ao Município€2.791.302,66 e €971.141,62respectivamente. Uma realida-de que, no caso do IMI, é con-sequência da Avaliação Geral deImóveis, conjugada com a cadu-cidade de isenções atribuídas

aquando da aquisição de imó-veis destinados a habitação. “Ti-vemos, e essa foi uma boa sur-presa, um aumento significati-vo ao nível do IMT que, comosabemos, deixará de ser fontede financiamento municipal,de forma faseada, a partir de2016. Mas, não obstante esteaumento, estamos a falar deum imposto que, se comparar-mos com 2010, teve uma redu-ção de €1.800.000,00”, frisouLuís Miguel Franco acrescen-tando ainda que: “tivemos umaumento no Imposto Único deCirculação, mas, como contra-

ponto, tivemos uma reduçãoefectiva ao nível da Derrama,aplicável sobre as empresas”.

EXECUTIVO REDUZ DESPESAS DO MUNICÍPIONo panorama das despesas, so-mando as correntes com as des-pesas de capital, e comparandocom os anos anteriores, 2013foi o ano em que a Autarquiaconseguiu reduzir mais as suasdespesas que alcançaram ummontante de €12.377.977,93. Asdespesas com o pessoal regis-taram um acréscimo devido aopagamento do subsídio de fé-

CÂMARA E ASSEMBLEIA DÃO LUZ VERDEA PRESTAÇÃO DE CONTAS 2013FINANÇAS. “Globalmente positivos” foi como o Presidente da Câmara Municipal classificou a Prestação de Contas e o Relatório de Gestão referentes ao ano económico de 2013. Se ao nívelda despesa, os números obtidos são reflexo das medidas que o Executivo Municipal tem vindo a implementar no sentido de consolidar as contas do Município, ao nível do investimento, os valores apresentados são resultado de uma política que fomenta a atractividade do território e a economia local.

A

rias e Natal, em virtude da decla-ração de insconstitucionalidadedo Tribunal Constitucional rela-tivamente ao previsto na Lei doOrçamento de Estado para 2013.Ainda neste âmbito, o Presidenteda Câmara salientou a boa articu-lação que a Câmara Municipaltem estabelecido com os seusfuncionários. “(…) Nalguns ca-sos a qualidade do serviço pú-blico vai ficando depauperadaporque vão sendo cada vez me-nos as pessoas que prestam ser-viço público. Serviço público es-se que só tem sido possível por-que temos tido uma boa articu-lação com os nossos trabalhado-res e este relatório de gestão tam-bém mostra que temos vindo areduzir as despesas, nomeada-mente no que diz respeito aosabonos variáveis, horas extraor-dinárias e subsídios de turno”.Quanto à evolução das dívidas,a dívida global foi reduzida, emcerca de €300.000,00. Já na dí-vida a curto prazo registou-seum aumento, ao contrário da dí-vida a médio e longo prazo. EmAssembleia Municipal, o Autar-ca destacou que, a acrescer aoesforço de contenção, os docu-mentos reflectem “que, em si-multâneo com a política de con-tenção, realizámos investimen-tos com efeitos multiplicadoresna economia” e exemplo dissoé a recente obra de regenera-ção da frente ribeirinha.

i n + PERTO DE SI

JUNTA DE SAMOUCO CRIA RAMPA DE ACESSO À IGREJA DE S. BRÁSOs munícipes da freguesia de Samouco já podemusufruir da rampa que dá acesso à Igreja de São

Brás e à Casa Mortuária e que foi construída pelaJunta de Freguesia de Samouco. Sendo uma intervenção que vai ao encontro das necessidadessentidas pelos cidadãos com mobilidade reduzida e que vai facilitar o acesso a estes dois edifícios, aParóquia de Samouco não quis deixar de assinalar aabertura deste acesso com uma cerimónia simbólica,que contou com a presença de vários munícipes e autarcas locais, e durante a qual o Padre JorgeAlmeida procedeu à bênção deste novo acesso.A construção da rampa de acesso foi uma dasacções que a Junta de Freguesia de Samouco concretizou com o intuito de reduzir as barreirasarquitectónicas existentes no espaço público. Na Praça da República, por exemplo, os troços dos passeios, junto às passadeiras, foram tambémrebaixados recentemente com a finalidade de tornar o espaço público mais inclusivo. Para o Presidente da Junta de Freguesia de Samouco,António Almeirim, a eliminação de barreirasarquitectónicas na Vila é um “motivo de orgulho” edestacou que as boas práticas ao nível da mobilidadenão se esgotam no espaço público. “Nos balneáriospúblicos da praia temos instalações adaptadas para

pessoas com deficiência motora e, na sede da Juntade Freguesia, temos uma cadeira elevatória que possibilita o acesso ao Salão Nobre do edifício a pessoas com mobilidade reduzida”, referiu o Autarca.

2.ª EDIÇÃO DE “SAMOUCOFIFA” REGISTA FORTE ADESÃO“Last”, “Ftw Kyro” e “R4st4 – Alcântara6” foram os três primeiros classificados do “Samouco FIFA14”, o torneio de playstation que decorreu na Vila deSamouco, a 3 de Maio, e que contou com a presençade cerca de 100 participantes, assumindo-se comoum dos maiores torneios de FIFA do país. A sede da Associação Desportiva Samouquense (ADS) foi o local escolhido para a realização desta competição, que decorreu em formato individual,com torneios um contra um. Os três participantes que alcançarem o pódio vãoreceber os seguintes prémios: €250 (1.º classificado),€100 (2.º classificado) e €50 (3.º classificado). O 2.º Torneio de Playstation foi uma iniciativa organizada pela Junta de Freguesia de Samouco.

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8.inalcochete | Junho 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

ESCAVAÇÕESARQUEOLÓGICAS REVELAM A HISTÓRIA DE ALCOCHETE

descoberta mais surpreenden-te ocorreu no final da obra daFrente Ribeirinha de Alcochetecom a identificação de um an-

tigo cais para embarcações em frente aodesignado Paço de São João.Situado na zona mais nobre da Vila e asugerir um alinhamento semi-circularvoltado para Lisboa, o cais para embar-cações enquadra-se muito possivelmen-te no contexto das grandes construçõesquinhentistas realizadas neste espaçode Alcochete, como a Igreja da Misericór-dia e o Paço Real, hoje Paço de São João.A documentação existente consolida es-tes elementos arqueológicos com a refe-rência à construção do cais do EspíritoSanto em Setembro de 1599, uma estru-tura que foi destruída pelo maremoto de1755 e substituída por um novo cais cons-truído no sítio da actual ponte-cais.

VESTÍGIOS DO MOINHO DE MARÉINTACTOS NO RIOJá em 2011 e 2012, o Museu Municipalde Alcochete participou em trabalhos de

escavação arqueológica de um moinhode maré localizado a 50 metros da linhade costa, em frente à Quinta da Praia dasFontes, uma estrutura referida documen-talmente desde meados do século XVI,mas que já não laborava em 1614.O moinho foi demolido até ao nível dasfundações, tendo sido apenas possívelverificar a existência de quatro nichosde alvenaria para rodízios, um dos quaiscom características diferentes a supor umnicho mais antigo e abandonado duran-te a centúria de quinhentos. Verificou-seainda que a base de todos os nichos erafeita com grandes lajes de calcário lioz.Imediatamente a jusante dos nichos re-gistaram-se blocos de pedras dispostosde forma irregular, assim propositada-mente colocados com o intuito de travaro movimento das águas, que provinhamde uma seteira localizada no interior donicho e era projectada a grande velocida-de para poder accionar o movimento gi-ratório do rodízio.No interior de dois dos três nichos quelaboraram na última fase registaram-se

MURALHA DEFENDE NÚCLEO ANTIGOAs investigações arqueológicas dão-nostambém a informação de que a muralhaque vai desde a Igreja da Senhora da Vi-da até à Igreja da Misericórdia foi cons-truída em duas fases distintas.O troço de muralha que protege a ermi-da da Senhora da Vida foi construído naviragem do século XVII para o XVIII.Numa segunda fase, o troço da muralhaentre a Igreja da Misericórdia e a NossaSenhora da Vida foi construído somentena primeira metade do século XIX e sódepois se procedeu ao aterro da baía e àconstrução do bairro das Barrocas.Ao longo dos anos têm sido vários os re-gistos de intervenções na muralha devi-do ao desgaste provocado pelas águas dorio. No ano de 1845 (…) achando-se emprecipício de se arruinar a muralha quedefende esta villa do mar nesta costa quasiembravecido pelas nortadas aqui terríveis,e muito principalmente ao Nascente da mu-ralha denominada da Senhora da Vida,por donde já se não pode transitar, [estan-do em] risco de desarruinar a obra da mu-ralha feita nos anos de 1825 e 1826”, refe-re a respectiva acta da sessão de Câmara.O acompanhamento arqueológico dasobras na Frente Ribeirinha de Alcocheteestendeu-se ao meio aquático através deuma parceria com o Centro de História eAlém Mar da Universidade Nova de Lis-boa, tendo-se identificado a técnica cons-trutiva das três rampas conhecidas (duasdelas já destruídas) e a detecção de de-pósitos de madeiras dos antigos estalei-ros navais e de alguns elementos de anti-gas embarcações navais já do período con-temporâneo.

FRENTE RIBEIRINHA. As investigações arqueológicas realizadas na frente ribeirinha de Alcochete permitiramidentificar vestígios de um antigo cais para embarcaçõese de um moinho de maré, descobertas que reforçam a noção da estreita relação dos alcochetanos ao rio.

A

i nVIVER A RUA

ANTIGO CAIS PARA EMBARCAÇÕES IDENTIFICADO NA ZONA RIBEIRINHA

VESTIGÍOS DO MOINHO DE MARÉ DESCOBERTO NO RIO

ainda restos do antigo engenho em ma-deira, o urreiro, a peça base sobre a qualassentava o eixo e o respectivo rodízio.Não foram encontrados vestígios da cal-deira inerente ao moinho de maré, masfoi identificada uma estrutura em alvena-ria, localizada a 70 metros a nordeste domoinho, que apresenta as mesmas ca-racterísticas construtivas comparativa-mente com a construção do moinho e quecorresponde muito provavelmente à com-porta que controlava a entrada de águaspara a caldeira. De salientar que as obrasna frente ribeirinha de Alcochete não in-terferiram com a preservação destes vestí-gios arqueológicos, que permanecem in-tactos no rio.

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Junho 2014 | inalcochete.9Informação da Câmara Municipal de Alcochete

PLANO PRIVILEGIA CIRCULAÇÃO PEDONAL ESTUDO. Enquadrado na estratégia municipal de regeneração da frente ribeirinha de Alcochete, o Plano de Ordenamento de Circulação e do Estacionamento do NúcleoAntigo da Vila (POCENAVA) reflecte um conjunto de directrizes que privilegiam a circulação pedonal sem eliminar a circulação automóvel. A Transitec, empresa quedesenvolveu o estudo e o consequente Plano, clarifica os pressupostos que estão subjacentes à elaboração deste estudo.

VIVER A RUA

ORDENAMENTO DA CIRCULAÇÃO E DO ESTACIONAMENTO

uma fase inicial de elabora-ção do Plano, a Transitec rea-lizou um diagnóstico das con-junturas que potenciavam ou

condicionavam o desenvolvimento desoluções de mobilidade e estacionamen-to no perímetro de intervenção. De queforma o POCENAVA está integrado naestratégia de desenvolvimento do Mu-nicípio?As intenções estratégicas definidas peloMunicípio de Alcochete, preconizadasno Programa de Acção para a Regenera-ção da Frente Ribeirinha de Alcochete(PARFRA) estão enquadradas neste Pla-no. A Estratégia de Regeneração da Fren-te Ribeirinha de Alcochete organiza-seem torno de um objectivo global: "pro-moção da requalificação e da explora-ção de dinâmica económica da frente ri-beirinha de Alcochete". Deste objectivoglobal, foram definidos pelo Municípioquatro eixos estratégicos, entre eles, apromoção dos valores ambientais e pai-sagísticos, ligados à mobilidade susten-tável. O PARFRA definiu ainda objecti-vos relacionados com a mobilidade sus-tentável, que serviram de linha orientado-ra para o Plano de Ordenamento da Cir-culação e do Estacionamento do NúcleoAntigo da vila de Alcochete (POCENAVA),nomeadamente, atender "à necessidade

de diminuir o impacto da circulação au-tomóvel na frente ribeirinha e a conse-quente adopção de modos de circulaçãosuaves (pedonal, ciclável), introduzindouma lógica de território mais sustentá-vel e equilibrado do ponto de vista am-biental". Tendo em consideração a estra-tégia definida pelo Município, foi elabo-rada a caracterização e análise detalhadada área, ao nível da mobilidade e acessi-bilidade que permitiu identificar aspec-tos positivos e negativos, que o territó-rio enfrenta para atingir os objectivosacima definidos. No que diz respeito a as-pectos positivos destacamos: volumes detráfego relativamente reduzidos; redeviária envolvente ao Núcleo Antigo comreserva de capacidade para acolher trá-fego motorizado; intervenções previstasno âmbito do PARFRA que permitem in-troduzir alterações à circulação automó-vel e à organização do estacionamento;possibilidade de assegurar estacionamen-to na envolvente do Núcleo Antigo de Al-cochete; concentração de serviços e co-mércio no Núcleo Antigo; orografia doNúcleo Antigo e envolvente propícia àutilização dos modos suaves de deslo-cação; consciência crescente da necessi-dade de utilização dos modos suaves dedeslocação.Como factores negativos identificados

ralmente, uma melhor qualidade do am-biente urbano. A acalmia de tráfego con-tribui para a revalorização social do es-paço público através de uma partilhamais equilibrada do espaço por parte dosdiferentes utilizadores; a melhoria dascondições de deslocação e de utilizaçãodo espaço público; a melhoria das con-dições de segurança para todos os utili-zadores do espaço; a diminuição dasagressões ambientais consequentes dotráfego motorizado; a melhoria da segu-rança rodoviária, reduzindo a sinistrali-dade; dissuadir o tráfego de atravessa-mento; a redução das emissões e o ruído,contribuindo para um melhor ambiente;a redução do consumo de combustível,aumentando a eficiência energética. A acalmia de tráfego funciona como uminstrumento de requalificação do espa-ço público, no sentido de conceber espa-ços mais equilibrados e partilhados portodos, onde os peões, os ciclistas e os con-dutores dos veículos motorizados po-dem circular em melhores condições. Ascaracterísticas do Núcleo Antigo de Al-cochete não só são perfeitas para a apli-cação do conceito de acalmia de tráfego,devido à sua dimensão e característicasfísicas do espaço, como a sua aplicaçãoé fundamental para garantir as condi-ções de segurança e conforto para todos,em particular dos peões.

Após a definição da estratégia de inter-venção, foi desenvolvida uma propos-ta de implementação do esquema decirculação e estacionamento para o Nú-cleo Antigo de Alcochete. Como é quese estrutura esse esquema e que solu-ções preconiza para esta área?Os três esquemas de circulação propos-tos têm como objectivo pôr em prática aestratégia de regeneração do Município,bem com a estratégia do Plano, e assimintroduzir alguns condicionamentos àcirculação rodoviária, garantindo sem-pre a acessibilidade, mas dissuadindo otráfego de atravessamento. Os condicio-namentos propostos estão relacionadoscom a implementação no Núcleo Antigodos conceitos de zona 30 e de zona decoexistência e a necessidade de encon-trar soluções adaptadas às especificida-des do espaço bem como, no contextomacroeconómico actual – soluções de cus-to controlado. Estes conceitos estão des-critos no actual Código da Estrada. Oconceito de zona de coexistência pres-supõe uma plataforma única, onde veí-culos e peões coexistem, mas onde ospeões têm prioridade e os veículos de-vem circular à velocidade máxima de 20km/h. Por esta razão, as soluções pro-postas para estes espaços devem dar umaindicação clara aos peões que o seu lo-cal natural de deslocação é na actual ro-dovia em segurança, através da coloca-ção de elementos físicos – floreiras nospasseios diminutos para assim criar a no-ção de plataforma única. São igualmen-te propostas marcações no pavimento –desenhos – que têm como objectivo in-fluenciar o comportamento dos condu-tores, reduzindo a velocidade de circula-ção e o respeito pelos peões.

Ndestacamos: o tráfego de atravessamen-to elevado, que corresponde ao tráfegoque não tem origem, nem tem como des-tino o Núcleo Antigo de Alcochete, por is-so, corresponde a veículos que não têmnecessidade de passar no interior do Nú-cleo Antigo; elevada pressão de utiliza-ção do estacionamento (taxas de ocupa-ção diurna e nocturna próximas dos 100%),com forte presença de utentes pendula-res – que estacionam por períodos mui-to longos, superiores a 6 horas – e queassim impedem outros utilizadores deestacionarem; ocupação abusiva do es-paço público pelo automóvel (estaciona-mento ilegal).

O Plano tem como estratégia de inter-venção o conceito de "acalmia de trá-fego". Qual é o significado desse concei-to e como é que o mesmo pode seraplicado no Núcleo Antigo da Vila?A acalmia de tráfego corresponde a umconjunto de medidas que tem como objec-tivo a redução dos impactes negativosdo tráfego motorizado (como a veloci-dade dos veículos, o ruído, os impactosvisuais e o volume de tráfego), e a conse-quente melhoria das condições de circu-lação dos modos activos de deslocação(suaves – andar a pé e de bicicleta) de des-locação, uma maior segurança e, natu-

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10.inalcochete | Junho 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

UMA AVENTURA NA NATUREZA Presidente do Conselho deAdministração da Fundação,Firmino de Sá, conduziu-nosnuma visita ao Complexo de

Salinas, uma área com um rico patrimó-nio natural, que nos transporta para ou-tros tempos, ao manter viva a recorda-ção da actividade salineira. Um percursopelos trilhos assinalados convidam a umagradável passeio por antigas salinas, comdestaque para a observação da produ-ção de sal na Salina do Canto, de aves es-tuarinas, como flamingos, garças ou per-nilongos, e ainda para a vegetação que sedesenvolve nas margens dos esteiros.“Este é um espaço onde o visitante podever como se faz sal, observar uma quan-tidade enorme de aves que usam as sali-nas como abrigo, para se alimentarem,para descansarem e inclusivamentepara nidificar”, explica Firmino de Sá. Asvisitas podem ser livres ou com guia,que no entender do Presidente da Fun-dação tem vantagens para o visitante:“Para quem for mais interessado podeaproveitar para ter uma lição sobre as di-ferentes aves que coexistem no comple-xo, além de que há pormenores que es-capam ao visitante, que desta forma ficatambém a conhecer a história da activi-dade salineira”. A conservação ambien-tal, e a preservação da avifauna em par-ticular, constitui o objectivo principal daFundação e relacionado com o patrimó-nio cultural local, a produção de sal es-tabelece um elo de ligação com o passa-do que para Firmino de Sá não se podeperder, pois “o facto de o homem ter im-plementado aqui a actividade salineira,ter controlado os níveis de água, permi-tiu criar um habitat específico para estetipo de aves e portanto temos de conser-var este habitat”. Uma das grandes apos-tas da Fundação é a exploração da florde sal. “Estamos a falar da “nata” do sal,que queremos produzir em alguma quan-tidade, cerca de 3 a 5 toneladas, para ven-da, não só aos visitantes, mas também aalgumas entidades que nos compram emquantidades maiores”, refere o adminis-trador. Não há equipamentos mecânicosenvolvidos na produção de sal, que aFundação categoriza nas seguintes tipo-logias: a flor de sal, o sal tal qual (expres-são de Alcochete, que significa tal qual fi-no e tal qual grosso, conforme sai da ma-rinha), e ainda um sal mais grosso, que évendido para o gado, para a desinfecçãode piscinas, e para a produção de salicór-nia. Com a chegada do tempo quente au-menta a actividade na Fundação e a ne-cessidade de pessoal. “A dotação que aFundação recebe da Lusoponte não ésuficiente para manter um grande efec-tivo de pessoal o ano inteiro, mas as re-ceitas extraordinárias obtidas através davenda do sal, de algum feno e das visitaspermitem-nos contratar 3 ou 4 pessoasde Alcochete para colaborarem connos-co nesta actividade sazonal”, acrescenta

nos que têm como principal missão man-ter a vegetação controlada e limpar os ca-minhos existentes, contribuindo de for-ma decisiva para a redução de despesascom esta tarefa.Em parceria com a Câmara Municipal, aFundação implementou ainda o projec-to de génese social “Hortas Sociais”: “Osaldo é muito positivo. Houve uma parti-lha de conhecimentos entre os mais ve-lhos e mais novos, uns que percebiam deagricultura, outros que não sabiam nada,e desenvolveu-se um trabalho comunitá-rio muito interessante e fomentador derelações humanas”, refere Firmino de Sá.A lista de hortelãos que querem “ter” umahorta já é grande e a solução passa peladisponibilização de outro terreno e de uminvestimento na ordem dos 60 mil euros.

FUNDAÇÃO CONVIDA A UMA VISITA AO COMPLEXO DE SALINAS A Fundação das Salinas do Samouco abreas portas um fim-de-semana por mês.Esta é uma excelente oportunidade paraconhecer este espaço com diferentes pon-tos de interesse: a avifauna, os burros mi-randeses, o salgado, o palácio dos pi-nheirinhos, a casa do engenho e o arma-zém do sal.As próximas visitas realizam-se a 28 e 29de Junho, 26 e27 de Julho, 9 e 10 de Agosto.Nos dias 21 de Junho, 12 de Julho, 2 deAgosto e 6 de Setembro, a Fundação con-vida a uma visita especial e à participa-ção numa etapa da actividade salineira –a rapação do sal. Mais informações emwww.salinasdosamouco.pt.

SALINAS. Numa estreita ligação com o Tejo a urbe encontra o campo na Fundação para a Protecção e Gestão Ambiental das Salinas do Samouco, organismo gerido com dinheiro público, que esteve quase a ser extinto, mas que é fundamental na preservaçãoda avifauna, da flora e da identidade local.

O

i nBIODIVERSIDADE

ESTATUTO DA FUNDAÇÃO DAS SALINAS DO SAMOUCO

Na sequência da construção da Ponte Vasco da Gama e como medida de mini-mização do seu impacte ambiental, o Estado Português instituiu por DL n.º306/2000, de 28 de Novembro, a Fundação para a Protecção e Gestão Am-biental das Salinas do Samouco. A Fundação é uma instituição de direito pri-vado e de utilidade pública que tem desde 2009, e de acordo com o Decreto-Lei n.º 36/ 2009 de 10 de Fevereiro, o Estado Português, a Sociedade Lusoponte,o Município de Alcochete e o Instituto de Conservação da Natureza e das Flo-restas como instituidores.

FUNDAÇÃO DAS SALINAS DO SAMOUCO

o administrador, que sublinha que algu-mas das dificuldades da Fundação têmsido minimizadas pela Câmara Munici-pal e também pela Lusoponte.

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FUNDAÇÃOAs crianças em idade escolar encontramna Fundação o espaço ideal para uma pri-

vilegiada aula de educação ambiental,através de uma programação específica,que tem por base um passeio no comple-xo de salinas, a observação de ninhos, deaves, dos burros mirandeses e a oficinado ambiente.Relacionado com o projecto de preserva-ção do burro mirandês residem actual-mente nos terrenos da Fundação 9 asini-

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Junho 2014 | inalcochete.11Informação da Câmara Municipal de Alcochete

i nVIDA

40 ANOS. Com o mote “Gritar Liberdade”, os 40 anos do 25 de Abril de 1974 foram festejados no concelho de Alcochete com uma vasta programação que incluiu diversasactividades desportivas e culturais, resultado de parcerias entre a Câmara, a Assembleia,as Juntas de Freguesia e o movimento associativo.

CONCELHO FESTEJOU ABRIL COM VASTA PROGRAMAÇÃO

Câmara Municipal aumentou asua capacidade de resposta ede apoio social no território ru-ral com a aquisição de um mi-

ni autocarro, com capacidade para 16 lu-gares. O transporte de crianças e jovensem idade de escolaridade obrigatória, apromoção regular de actividades de ani-mação sociocultural e de projectos co-mo o “Vem à Vila” e o “Serviço de Proxi-midade” são algumas das acções que aAutarquia poderá reforçar nas áreas ru-rais com este transporte. Passil, Monte Laranjo, Cilha Queimada,Rilvas, Fonte da Senhora, Pinhal do Con-celho e Barroca d’Alva são as principaiszonas rurais que vão beneficiar com omini autocarro, um investimento resul-tante de uma candidatura apresentadapela Câmara Municipal ao abrigo do Pro-

grama de Desenvolvimento Rural (PRO-DER) que representou um custo total de€36.321,43, dos quais €14.174,21 fo-ram suportados pela Autarquia e os res-tantes €22.147,22 foram comparticipa-dos no âmbito do PRODER. A escassez de transportes públicos, a pre-

cariedade dos caminhos rurais, o isolamen-to, a insuficiência ou a dificuldade deacesso a serviços tão essenciais como cen-tros de saúde, CTT, escolas ou farmáciassão problemas transversais aos cida-dãos que residem em áreas rurais e quea Autarquia pretende atenuar através de

uma intervenção articulada e dirigida prin-cipalmente às crianças, jovens e idosos.Esta aquisição vai permitir assim a con-cretização de um conjunto de interven-ções sociais que integram o projectomunicipal “Mais Próximo”. Os idosos oumunícipes com uma mobilidade reduzi-da terão a oportunidade de se deslocar àsede do Concelho com mais regularida-de, assim como as crianças e jovens emidade escolar, que residem a mais de trêsquilómetros da escola ou da rede viáriade transportes. Também o serviço de pro-ximidade, que consiste no apoio psicos-social à população das zonas rurais,permite a identificação de situações depobreza e exclusão social com a realiza-ção de visitas domiciliárias e com a ela-boração de diagnósticos sociais de agre-gados familiares, ganhará uma nova di-nâmica. Por outro lado, este transporte se-rá também um agente facilitador para aparticipação dos munícipes em ateliês deanimação, que estimulem a ocupaçãodos tempos livres e que suscitam com-portamentos proactivos.

inauguração da Frente Ribeiri-nha de Alcochete, a 13 de Abril,e a sessão solene da Assem-bleia Municipal de Alcochete,

no dia 25 de Abril, foram os pontos altosdas comemorações da Revolução de 74no Concelho.Na sessão solene comemorativa do 25 deAbril de 1974, o Presidente da CâmaraMunicipal sublinhou que o 25 de Abril é“um sonho inacabado que todos temos aobrigação, em memória de todos aquelesque o iniciaram e em prol das geraçõesfuturas, de o continuar e de o defender”.Luís Miguel Franco considerou ainda quea Revolução de 1974 é “uma das maioresrealizações históricas do povo português”.No dia 25 de Abril, o Poder Local foi ain-da homenageado com a cerimónia de has-tear das bandeiras nos edifícios da Câ-mara Municipal e das Juntas de Freguesiade Alcochete e de São Francisco, ao somdo Hino Nacional tocado pela Banda daSociedade Imparcial 15 de Janeiro de1898, enquanto que na Freguesia de Sa-mouco foram as crianças as protagonis-tas na interpretação do Hino Nacional. Asmanhãs infantis em vários locais mobili-zaram crianças e jovens que se diverti-ram com a elaboração de pinturas e aparticipação em jogos tradicionais na ma-nhã do dia 25 de Abril.Para Maria Caetano, de 65 anos, o 25 deAbril “foi muito importante porque con-seguimos a liberdade que não tínhamos”.“Era uma opressão total mas temos deter em conta que a nossa liberdade acabaquando começa a dos outros e após o 25de Abril vê-se que isso não acontece. Háuma grande crise de valores talvez asso-ciada ao mal-estar que as pessoas pos-sam sentir”, afirmou.Manuel Paredes Ferreira, de 70 anos, con-sidera que o 25 de Abril “foi óptimo” erecordou a noite de 1974: “Trabalhava nohotel Sheraton e fiquei lá durante a noitepara não virmos para a rua porque haviamuitas incertezas mas durante o dia esti-

ve no Largo do Carmo a ver toda a movi-mentação das tropas. Foi um dia de fes-ta”, disse. Segundo Manuel Ferreira, o 25de Abril trouxe sobretudo “a liberda-de”. “Apesar de estarmos numa situaçãomuito má, comparado com o que estava

anteriormente, é sempre melhor”,acrescentou.Relativamente à programação que assi-nalou os 40 anos de liberdade, destaqueainda para a exposição itinerante “40 Anosdo 25 de Abril” da Associação de Municí-

pios da Região de Setúbal que percorreuas três freguesias do Concelho e para arepresentação da Andante Associação Ar-tística, intitulada “Quem quer ser Sara-mago” que esteve em cena no Fórum Cul-tural de Alcochete.

MINI AUTOCARRO FACILITA MOBILIDADE A MUNÍCIPES DAS ÁREAS RURAIS

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12.inalcochete | Junho 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Sendo esta a primeira grande entrevis-ta do mandato, torna-se relevante sa-ber, na perspectiva do Presidente daCâmara Municipal, quais os desafiosque se apresentam perante mais umciclo político.Importa afirmar, antes de mais, que avisão que temos para o Concelho de Al-cochete se mantém intacta e que, assimsendo, no ciclo político coincidente comeste mandato continuaremos a implemen-tá-la nas suas diferentes dimensões.Não podemos desconsiderar, no entan-to, que a crise económica e financeira (quegerou infelizmente uma gravíssima cri-se social), tem determinado a definiçãode prioridades de intervenção ou actua-ção, nomeadamente no que aos investi-mentos diz respeito.Aliás, considerando que esta crise e seusefeitos remontam ao ano de 2008, a de-finição criteriosa de objectivos foi deter-minante para que, durante o mandatoanterior, tenha sido possível a concreti-zação de investimentos tão importantespara o Concelho e as nossas populações,

sendo que, neste contexto, não possodeixar de mencionar o Complexo Des-portivo e de Lazer do Valbom, o Centrode Saúde do Samouco, o Centro Escolarde São Francisco e o início da Regenera-ção/Requalificação da Frente Ribeirinhada Vila de Alcochete. Ou seja, privilegiá-mos a regeneração urbana (com efeitosmultiplicadores na economia local), a edu-cação e a saúde como áreas de interven-ção fundamentais para o incremento daqualidade de vida dos nossos cidadãos.Assim sendo, e no aprofundamento davisão que preconizamos, vamos privile-giar fundamentalmente quatro eixos deintervenção. Em primeiro lugar, vamoscontinuar a concretizar uma “Agenda Es-tratégica para o Desenvolvimento Sus-tentável do Concelho de Alcochete”. Emsegundo lugar, vamos continuar a esti-mular a dinâmica de negócios do tecidoempresarial e comercial do Concelho. Emterceiro lugar, a regeneração urbana, nassuas diferentes dimensões (económica,social, cultural, criativa e turística) e abran-gendo não apenas a Vila de Alcochete,

mas estendendo-se quer ao Samouco, quera S. Francisco, continuará a ser uma prio-ridade. Finalmente, vamos continuar apromover o nosso património natural,paisagístico e ambiental, assumindo anossa singularidade e estimulando pro-jectos específicos nos domínios da ima-gem urbana, da mobilidade sustentável,da eco-eficiência do espaço público e dabiodiversidade.Dir-se-á que estamos perante uma visãoambiciosa, mas, sem essa necessária am-bição e uma definição criteriosa dos in-vestimentos públicos, não conseguiría-mos potenciar o Concelho e incrementara qualidade de vida dos nossos munícipes.

Um dos objectivos que enunciou pas-sa pela concretização de uma AgendaEstratégica para o DesenvolvimentoSustentável. Na prática, em que consis-te este objectivo?A Câmara Municipal de Alcochete temapostado decisivamente no planeamen-to diversificado, porque temos a convic-ção de que, apenas dispondo de instru-

mentos dessa natureza, a concretizaçãoda nossa visão e dos nossos objectivosse mostra possível. Assim sendo, tomámos a decisão de ela-borar um instrumento de planeamentoque designámos de “Alcochete 2025 –Visão e Estratégia, no qual se encontramvertidas as medidas políticas que visama prossecução de uma estratégia de de-senvolvimento sustentável para o Conce-lho de Alcochete e que, inclusivamente,foi objecto de reuniões de participaçãocom a população e agentes dos diferen-tes sectores de actividade económica. Ora, nesse documento identificam-se (ten-do subjacente uma análise acerca dasnossas potencialidades) os eixos estra-tégicos de intervenção e os projectos es-truturantes que devem consubstanciara estratégia. De forma muito sucinta, oConcelho de Alcochete deve apostar emser: 1) um “Espaço de Capitalidade nasFunções Associadas à Biodiversidade eConservação da Natureza e Porta de En-trada da Reserva Natural do Estuário doTejo; 2) Um “Espaço de Visitação e La-zer”; 3) Um Espaço de Iniciativa de Em-preendedorismo e de Localização Em-presarial; 4) Um Espaço de Atractivida-de Residencial; 5) Um modelo de Gover-nabilidade e Governança, que assuma ocompromisso com a “Agenda Estraté-gica Alcochete 2025”, que prossiga osobjectivos da consagração da “Lisboa,Cidade de Duas Margens” e de extensãoda filosofia e objectivos do “Arco Ribei-rinho Sul” até ao nosso território.Em suma, essa agenda contempla a im-plementação de medidas políticas de va-lorização da actividade económica e tu-rística de qualidade, de reforço da capa-cidade e da competitividade do nossotecido económico, de incentivo ao de-senvolvimento de actividades de inova-ção e tecnologia e de promoção da coe-são do nosso tecido social. Como resul-tado da aplicação destas medidas pre-tende-se que, em definitivo, o nosso Con-celho se afirme nos contextos regional,nacional e internacional.

Por outro lado, como pretende estimu-lar a dinâmica de negócios no Concelho?O Concelho de Alcochete está dotado dealgumas áreas de localização empresa-rial que, sendo apelativas, têm de serobjecto de requalificação para que se va-lorize e optimize o seu potencial. Estoumuito concretamente a referir-me àsáreas de localização empresarial do Ba-tel e do Passil (vocacionadas para os sec-tores de inovação tecnológica, industriale logístico, respectivamente), não descon-siderando outras áreas que, neste mo-

EIXOS. Na primeira grande entrevista do mandato, Luís Miguel Franco, Presidente da Câmara Municipal, revela ao nosso jornal a visão preconizada para os próximos anos,assente em quatro eixos estratégicos que demonstram uma visão ambiciosa, mas, sem a qual, o Executivo não poderia potenciar o concelho de Alcochete e incrementar a qualidade de vida de quem nele reside. Luís Miguel Franco, revela-nos ainda que, nãotendo sido um percurso fácil, a concretização da obra na frente ribeirinha é um sonhorealizado para o autarca e para toda a população.

VITALIDADE DOS NÚCLEOS HISTÓRICOSE REQUALIFICAÇÃO DAS ÁREAS EMPRESARIAIS SÃO METAS A ALCANÇAR

ENTREVISTA A PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL, LUÍS MIGUEL FRANCO

i nGRANDE PLANO

AUTARCA APRESENTA DESAFIOS A CONCRETIZAR NO CONCELHO

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Junho 2014 | inalcochete.13Informação da Câmara Municipal de Alcochete

mento, estão igualmente a ser objectode estudo.Ora, a requalificação dessas áreas deveenvolver os diferentes agentes económi-cos, com o propósito de concretizarobjectivos que nos são comuns e quepassam pelo aumento da competitivida-de, pela captação ou reforço do investi-mento e, consequentemente, pela cria-ção de emprego. Apesar da crise económica e financeira,o Concelho de Alcochete, embora não ten-do naturalmente ficado imune aos seusefeitos, continuou a ser procurado paraa instalação de novas empresas, procu-ra que será certamente acrescida se asnossas áreas empresarias forem maisapelativas em termos de imagem urba-na e de acessibilidades.Aliás, foi precisamente com esse objec-tivo de valorização da área de localiza-ção empresarial e logística do Passil quea Câmara Municipal, por exemplo, pro-curou inscrever a construção da “Va-riante à Atalaia”e a requalificação e re-perfilamento da EN 4 e da EN 118 nos in-vestimentos de valor acrescentado quevão ser promovidos pelo Estado Portu-guês. Infelizmente, em função das infor-mações de que dispomos, essas obras nãoestarão a ser contempladas pelo Governo.Por outro lado, e no que concerne à áreade localização empresarial do Batel, te-mos em curso um processo de reorde-namento e de eventual ampliação, quepermita a criação de um pólo empresa-rial, tecnológico ou de ciência e tecnolo-gia e que passa igualmente pela elabora-ção de um “master plan” ou plano de ne-gócios que seja apelativo na captaçãode investidores.Finalmente, no âmbito desta estratégiae como referi anteriormente, a CâmaraMunicipal mantém como objectivo polí-tico estratégico a integração do nossoterritório no contexto e na filosofia do“Arco Ribeirinho Sul”, visando a recupe-ração de áreas industriais degradadas ea criação de novos centros de investi-mento, investigação e emprego.

A regeneração urbana vai continuar aser uma prioridade para este mandato? Sem dúvida. Num primeiro momento,implementámos medidas conducentesà regeneração do Núcleo Antigo da Vilade Alcochete, que agora queremos esten-der às freguesias de Samouco e de S. Fran-cisco. Aliás, quer a Câmara Municipal,quer a Assembleia Municipal já aprova-ram a delimitação das Áreas de Regene-ração Urbana referentes aos centros his-tóricos das nossas freguesias, delimitação,essa, que contém implicações que im-porta esclarecer.A regeneração urbana é um conceito queintegra e se concretiza em diferentes di-mensões, nomeadamente a reabilitaçãofísica, a económica, a social e a culturale tem como propósitos garantir a multi-funcionalidade e a vitalidade dos centroshistóricos. A reabilitação física integra a existênciade investimento público de requalifica-ção do espaço público e igualmente a rea-bilitação, pelos proprietários, dos imó-veis degradados.

Ora, foi precisamente para proporcio-nar a reabilitação física dos imóveis de-gradados ou a ocupação dos imóveis queestão devolutos que a Autarquia apro-vou um conjunto de medidas fiscais que,por um lado, permitem a redução do va-lor do Imposto Municipal sobre ImóveisIMI) ou o seu agravamento (consoante severifique ou não a reabilitação ou a ocu-pação desses imóveis) e, por outro, aisenção do pagamento do Imposto Mu-nicipal sobre a Transferência Onerosa de

Imóveis (IMT) para os adquirentes dosimóveis reabilitados, a par da isenção eou bonificação do pagamento de taxasadministrativas e urbanísticas. A questão da reabilitação física é, pois,primordial, porquanto permite que osimóveis, depois da respectiva recupera-ção, sejam afectos, quer ao desenvolvi-mento de actividades económicas, querpara funções habitacionais.Se acrescermos a estas políticas de rege-neração urbana a nossa característica co-lectiva de vivência do espaço público (po-tenciada com as actividades de cariz des-portivo e cultural que são desenvolvi-das pela autarquia e ou agentes sociais)garantimos a vitalidade e a multifuncio-nalidade dos núcleos históricos.

Neste contexto de investimento públi-co na regeneração urbana, a CâmaraMunicipal viu concretizado, no passa-do dia 13 de Abril, um dos seus maio-res sonhos: a inauguração das obras nafrente ribeirinha da Vila de Alcochete.Sonho realizado?

Perante um investimento que ascendeua 2 milhões de euros, sensivelmente, aCâmara Municipal assumiu um encargofinanceiro de cerca de 1 milhão de eu-ros e a APL assumiu, consequentemen-te, um encargo de cerca de 1 milhão deeuros. Sucede que a Câmara Municipalconseguiu obter uma comparticipação defundos comunitários de cerca 80 %, pe-lo que, num investimento de 2 milhõesde euros, o encargo financeiro da autar-quia ascendeu aos 200 mil euros.Como referi, o sonho está realizado. Nãofoi, porém, um percurso simples e imu-ne a obstáculos e problemas que se noscolocaram e que tivemos de resolver eultrapassar. Muito pelo contrário, foium sonho sobressaltado, muitas ve-zes, por pesadelos que, contudo, nãopermitimos que impedissem que osonho fosse retomado e realizado. Noentanto, o que importa verdadeiramen-te é que as obras estão concretizadas ea ser usufruídas pela população. Logo,valeu a pena sonhar. Vale sempre apena sonhar!

Objectivo concretizado, compromissocumprido e sonho realizado.Recordo que a Câmara Municipal, em2009, apresentou e conseguiu a aprova-ção do Programa de Acção para a Rege-neração da Frente Ribeirinha de Alcoche-te (PARFRA), para o qual convidou paraseus parceiros a Administração do Por-to de Lisboa (APL), o Instituto da Con-servação da Natureza e Biodiversidade(ICNB), a Santa Casa da Misericórdia deAlcochete, a Fundação João GonçalvesJúnior, contando ainda com o apoio daAssociação Comercial Alcochete-Monti-jo. Ou seja, este programa, tendo a Câ-mara Municipal como líder da rede deparceiros, assumiu a regeneração urba-na na sua plenitude conceptual, abran-gendo, assim, as dimensões económica,social, cultural, física e ambiental. A Frente Ribeirinha (Rua do Norte, Lar-go da Misericórdia e Avenida D. ManuelI), em concreto, apresentava-se como umaárea de oportunidades e impunha umareflexão ponderada que resultasse nu-ma solução de alta qualidade (quer aonível dos projectos, quer, consequente-

“Pretende-se que, em definitivo, o nosso concelho se afirme nos contextos regional,nacional e internacional”.

mente, ao nível das obras) que contri-buísse decisivamente para a competiti-vidade, desenvolvimento e valorização dabeleza paisagística da Vila de Alcochete.E tenho a convicção profunda de que to-dos esses pressupostos e objectivos fo-ram respeitados e concretizados comuma solução urbanística e paisagística deenorme qualidade, que respeita a me-mória identitária do local, acrescentan-do e valorizando de forma sublime a be-leza da nossa frente ribeirinha.Apesar de a Câmara Municipal ter assu-mido a qualidade de líder da rede deparceiros, quero enfatizar a cumplicida-de, empenho e comunhão de objectivosque a Administração do Porto de Lisboa,enquanto nossa parceira nesta interven-ção concreta, sempre demonstrou. Foi,na realidade, indispensável para a con-cretização deste nosso sonho a excelen-te relação que existe entre a Câmara Mu-nicipal e a APL. Por outro lado, os aspectos financeirosassociados à realização destas obrastambém devem ser realçados, porque fo-ram muito vantajosos para a Autarquia.

“As obras estão concretizadas e a ser usufruídas pela população. Logo, valeu a pena sonhar. Vale sempre a pena sonhar!”

GRANDE PLANO

“… sem essa necessáriaambição e uma definiçãocriteriosa dos investimentospúblicos, não conseguiríamos potenciaro concelho e incrementara qualidade de vida dos nossos munícipes”.

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GDA PROMOVE “ALCOCHETE CUP”O Grupo Desportivo Alcochetense acolhe nos dias 7 e 8 de Junho, no Estádio António Almeida Correia (Foni), o torneio sub-12 “AlcocheteCup/ Danone Nations Cup”, que tem o apoio da Câmara e Junta de Freguesia de Alcochete. Esta é uma iniciativa que visa a promoção da prática desportiva no concelho de Alcochete, em que o vencedor representará Portugal na “Danone Nations Cup Sub 12”, que se realiza no Brasil em Setembro. Participam no torneio 180 aletas em representação de 12 clubes, entre as quais o Grupo DesportivoAlcochetense.

14.inalcochete | Junho 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

A associação “Os Canitos” mudou de di-recção recentemente. Fale-nos um pou-co da actual estrutura da associação equantos elementos estão envolvidos navossa actividade?Formei a associação com a Fernanda Mo-rais há 10 anos. A nova direcção tomouposse em Janeiro último e arranjámospessoas dispostas a trabalhar, porqueuma pessoa sozinha não consegue fazertudo. Actualmente somos sete pessoas adinamizar a associação.

A Associação desenvolve o seu traba-lho no Centro Municipal de Recolha deCanídeos. Como é que funciona este tra-balho de parceria com a Câmara Muni-cipal?Temos um protocolo com a Câmara, se-gundo o qual a Associação é responsávelpor levar os cães ao veterinário, desen-volver campanhas de angariação de ali-mentos e colaborar nas doações de ani-mais. Estas são actividades que desen-volvemos sempre em colaboração com aCâmara.

Qual o plano de acção específico da As-sociação?Para além de cuidarmos dos animais, ten-tamos encontrar-lhes donos e estamosmuito empenhados em criar melhorescondições para os cães que estão no Cen-tro Municipal de Recolha de Canídeos.

Quantos cães residem neste momentono Centro Municipal?Cerca de cento e dez.

Como é o dia-a-dia no Centro?De manhã fazemos a limpeza do Centroe damos a medicação aos cães que neces-sitam e, se houver voluntários, passea-mos os cães. De tarde fazemos a manu-tenção do espaço e vamos ao veterináriosempre que é preciso.

Fazem esterilização a animais de rua?Restringimos a esterilização aos cães doCentro. Mas se for necessário, angariamosapoios para esterilizar os animais de rua,no entanto, não os podemos acolher por-que o Centro Municipal está repleto. .

Hoje em dia reconhece-se a necessida-de de as associações de protecção ani-mal trabalharem mais na área da esteri-lização de animais errantes e na verten-te social de educação e prevenção doabandono. Qual é o trabalho que a As-sociação desenvolve nesta área?Esterilizar os animais sempre foi um dosnossos grandes objectivos e em mais de100 animais que estão no Centro, apenasseis estão por esterilizar. Não nascemcachorros no Centro há mais de 9 anos eos cães bebés que temos aqui são os quenos colocam à porta.Também acolhemos visitas ao Centro Mu-

E para quem queira adoptar um “amigode quatro patas”… Como é que decorreesse processo?Normalmente entrevistamos a pessoapara saber se tem possibilidades de adop-tar, se tem mesmo a certeza de que oquer fazer. A pessoa assina um termo deresponsabilidade, é colocado um chip e oanimal é vacinado com a vacina anti-rábi-ca. Depois acompanhamos a situação parasaber se está tudo bem.

Para fazer face ao número de cães queestão alojados no Centro Municipal, aAssociação está também a angariar fun-dos para as novas boxes que estão a serconstruídas…Estão a ser construídas mais 5 boxes masfalta-nos material para acabar a obra.Através de rifas cujo prémio era umanoite para duas pessoas no Hotel Al Fozconseguimos angariar 250 euros, masnão é suficiente. Tentamos organizar ou-tras iniciativas para obtermos mais di-nheiro. Queremos construir boxes com35 m2 e queremos que os cães tenhamespaço para correrem. Também já pedi-mos autorização para colocarmos veda-ções grandes para que os cães deixem deestar acorrentados.Participamos na feira mensal da Associa-ção dos Bombeiros de Alcochete com avenda de objectos que nos dão. O proble-ma é que temos que angariar dinheiropara as instalações, para a veterinária epara pagar o combustível para nos des-locarmos ao Barreiro à clínica veterináriade ortopedia. É muito oneroso.

Por outro lado, o Centro Municipal de R-ecolha de Canídeos em Alcochete é umdos únicos que não abate os animais…É, sem dúvida, uma política partilhadapela a Associação?Sim, sempre foi e a Câmara tem o seu lou-vor porque sempre colaborou neste sen-tido. Já há muitas câmaras a fazer issomas nós fomos pioneiros.

Têm aumentado as vossas parceriasem termos dos cuidados médicos vete-rinários?Nós temos uma parceria com a clínicaveterinária em Alcochete onde paga-mos apenas a medicação e o material uti-lizado. No Barreiro, o ortopedista nãocobra consultas, mas temos que pagaro material. Mesmo com estas ajudasnão conseguimos suportar todas as des-pesas e temos uma dívida grande à ve-terinária.Não temos razões de queixa da Autar-quia que nos ajuda em tudo o que pode.Se não dão mais é porque não está fácile nós compreendemos isso. O grande be-nefício é termos um Centro Municipal quecolabora com a Associação. A Associaçãofoi criada para ajudar os cães no CentroMunicipal de Recolha de Canídeos e sem-pre funcionou em função disso.

ASSOCIAÇÃO “OS CANITOS” ASSUME A PROTECÇÃO DOS ANIMAIS NO CONCELHO

ENTREVISTA COM ANA ESTÊVÃO, PRESIDENTE DA DIRECÇÃO OS CANITOS – ASSOCIAÇÃO DE PROTECÇÃODOS ANIMAIS ABANDONADOS DE ALCOCHETE

ASSOCIATIVISMO. Os Canitos – Associação de Protecção dos Animais Abandonados deAlcochete desenvolve a sua actividade em parceria com o Centro Municipal de Recolhade Canídeos, pioneiro na política de não abate de animais.

nicipal de crianças e jovens, para os sen-sibilizarmos para o não abandono e aadopção dos cães.

A adopção será sempre um dos princi-pais objectivos da vossa Associação, con-tudo, existem outras formas de apoio.Por exemplo, os munícipes que não pos-sam adoptar um cão podem ser umafamília de acolhimento?Podem. Nós temos famílias de acolhi-mento para quando os cães estão doen-tes. As pessoas também podem apadri-nhar enquanto o cão está no Centro. Sehouver uma pessoa interessada na adop-ção do cão, o padrinho é consultado e senão o puder levar, então damos paraadopção. Há muitos cães que não que-rem sair do Centro, que fogem para cáquando os damos ou deixam de comer edepois têm que ser devolvidos porqueentretanto já se habituaram a estar noCentro Municipal.

A Associação está receptiva a outrotipo de contributos como a doação demedicamentos e outro tipo de aju-das?Estamos receptivos a receber medica-mentos e mantas, por exemplo. A farmá-cia Cavaquinha dá-nos medicamentos queas pessoas devolvem, e à outras pessoasque tomam a iniciativa de entregar me-dicamentos no Centro.

i nMOVIMENTO

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MOVIMENTO

Junho 2014 | inalcochete.15Informação da Câmara Municipal de Alcochete

VULCANENSE FUTEBOL CLUBE FESTEJA 52.º ANIVERSÁRIOO Vulcanense Futebol Clube festeja em Junho o seu 52.º aniversário e iniciou as comemorações com um torneio de sueca e king na sede da colectividade nos dias 31 de Maio e 1 de Junho. As comemorações prosseguem com um jogo de futsal feminino (dia 8 de Junho), uma demonstração de artes marciais e actuaçãoda orquestra de percussão Batucando (dia 10), jantar comemorativo (dia 14), passeio de cicloturismo ao Alentejo (dia 21) e torneio de ténis (dias 28 e 29).

BANDA DE ALCOCHETE VENCE “PRÉMIOTAUROMAQUIA” EM VILA FRANCA DE XIRA

Banda da Sociedade Imparcial15 de Janeiro de 1898 trouxepara Alcochete o primeiro lu-gar no Prémio Tauromaquia eo segundo lugar na 1ª catego-

ria (Prestação Sinfónica) do 5º Concursode Bandas de Vila Franca de Xira, que serealizou de 1 a 4 Maio.

Este foi mais um prémio a juntar aos mui-tos que constam no currículo da Bandada Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de1898, que ao longo dos anos tem colec-cionado êxitos de norte a sul do País,nas Regiões Autónomas e noutros paí-ses, destacando-se os prémios consegui-dos em Espanha e Itália.

Músicos e direcção foram recebidos nosPaços do Concelho, na madrugada de 5de Maio, pelos Vereadores Jorge Giro eRaquel Prazeres numa manifestação dereconhecimento do empenho e dedica-ção da colectividade na promoção da edu-cação musical no Concelho e projecçãode Alcochete no País e no mundo.

A Câmara Municipal estabeleceu um pro-tocolo de parceria com a Associação paraa Formação Profissional e Desenvolvi-mento do Montijo/Conservatório Regio-nal de Artes de Montijo (CRAM) que “visaestabelecer, criar e fortalecer sinergias en-tre ambas as entidades e definir um con-junto de premissas para o futuro, atra-vés da conjugação de esforços que per-mitam uma oferta cultural de elevado in-teresse e qualidade para a comunidadenos domínios da música, da dança e doteatro”.“O Conservatório Regional de Artes doMontijo faz de facto um trabalho exce-lente na área dos concelhos de Montijo eAlcochete e tem neste momento cerca de514 alunos”, referiu a Vereadora da Cultu-ra, Raquel Prazeres, em sessão de Câmara.Com o objectivo de proporcionar à comu-nidade um conjunto de acções e espectá-culos de qualidade através do apoio e es-tímulo ao ensino artístico, a Câmara Mu-nicipal assume a cedência, a título gratui-to, de espaços no Fórum Cultural e naBiblioteca de Alcochete para a realizaçãode ensaios, audições e apresentações e co-labora assim na formação de cidadãosmais responsáveis e interessados pelo do-mínio das artes.Por sua vez, o Conservatório Regional deArtes de Montijo assume a responsabili-dade de colaborar com a Câmara Munici-pal na apresentação de espectáculos/en-saios/audições no âmbito de programas,datas e efemérides específicos e de criarum programa de educação para a cultu-ra destinada aos públicos escolares, en-tre outros aspectos.De acordo com a parceria definida emprotocolo, válido por um ano renovável,as duas entidades definem anualmenteum programa de acções e espectáculos aapresentar no ano seguinte, dirigidos aopúblico em geral e ao público escolar.

A

APOSENTO DO BARRETE VERDE APELA À PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO

AUTARQUIA E CRAM ESTABELECEM PROTOCOLO

Aposento do Barrete Verdeapela à participação de todosos alcochetanos no apoio àrealização das Festas do Bar-

rete Verde e das Salinas. Neste sentidoa direcção do Aposento promove uma

acção “porta a porta” relembrando a to-dos a importância das Festas para a eco-nomia local e quão fundamental é o con-tributo de cada um. A direcção do Apo-sento do Barrete Verde apela a todos osalcochetanos para que contribuam co-

mo puderem para a realização da edi-ção deste ano das Festas. Com a parti-cipação de todos as nossas Festas vãoser melhores.Viva as Festas do Barrete Verde e dasSalinas! Viva Alcochete!

O

Foto: Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898

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16.inalcochete | Junho 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

privatização da EGF foi o primeiro te-ma a ser debatido pela Bancada daCDU nesta sessão da Assembleia Mu-nicipal. No período para colocação deperguntas à Câmara Municipal, o de-

putado municipal Luís Cardoso questionou o Exe-cutivo sobre a posição dos 147 Municípios que,após reunião da ANMP, comunicaram que iriamcontestar a privatização da EGF através de provi-dências cautelares. A Câmara Municipal apresen-tou esclarecimentos sobre esta questão. Durante a discussão dos Assuntos Relevantespara o Município, o deputado municipal RodolfoPereira apresentou algumas conclusões da reu-nião do ACES, realizada no passado mês de Mar-ço, e deu conta de alguns dados que constam norelatório de actividades. Nesta reunião, a Bancada da CDU apresentou aproposta de moção intitulada “40 Anos de Revo-lução de Abril e do 1.º Maio” que foi aprovada pormaioria com 19 votos a favor pelas Bancadas daCDU e do PS, 4 abstenções da Bancada do PSD ede 2 deputados do CDS-PP e 1 voto contra de umdeputado municipal do CDS-PP. Uma vez que aBancada do PSD apresentou igualmente uma pro-posta de moção dedicada ao mesmo tema, odeputado municipal Fernando Leiria teceu críti-cas sobre as políticas governativas que têm con-tribuído para o empobrecimento do país. Depoisda votação desta Moção, a Bancada da CDU apre-sentou uma declaração de voto. Ainda neste período, a Bancada da CDU apresen-tou ainda a proposta de saudação “Regeneraçãoda Frente Ribeirinha”, que foi aprovada por una-nimidade. Após apresentação da proposta de Moção “Im-plementação do Conselho Municipal da Juventu-de em Alcochete” pela Bancada do PSD, a depu-tada municipal Paula Pereira adiantou que é umassunto que merece a concordância da Bancadada CDU, contudo, não deixou de criticar o Gover-no que tem prejudicado os jovens portuguesescom o aumento de propinas e o corte de bolsas,o incentivo à emigração e a precariedade e insta-bilidade de emprego. Da mesma opinião partilhao deputado municipal Rui Santa, acrescentandoainda que, à semelhança do que acontece najuventude, também no desporto se verifica faltade incentivos, sendo as colectividades a assegurargrande parte da actividade desportiva. Quanto aos assuntos que constam na Ordem doDia, as propostas “Regulamento Municipal do Re-gime de Ocupação do Espaço Público e de Afixa-ção e Inscrição de Publicidade” e a “Nomeação deAuditor Externo para Certificação Legal de Con-tas” foram aprovadas por unanimidade. Quanto à Prestação de Contas e Relatório de Ges-tão 2013, o deputado municipal Fernando Leiriaelogiou o esforço da Câmara Municipal, tendo emconta a crise que assola o País. Depois da inter-venção do deputado Luiz Baptista, da Bancadado PSD, Fernando Leiria acrescentou ainda que asreceitas municipais poderiam aumentar, se as en-tidades bancárias não estivessem isentas de pagarIMI, principalmente numa altura em que os proprie-tários se vêem obrigados a entregar edifícios àbanca, tendo em conta as dificuldades financeiras. A Prestação de Contas e o Relatório de Gestão fo-ram aprovados por maioria com 15 votos a favorpela Bancada da CDU, 8 abstenções pelas Ban-cadas do PS e CDS-PP e de um deputado muni-cipal da Bancada do PSD e 1 voto contra do outrodeputado municipal da Bancada do PSD. A Bancadada CDU apresentou uma Declaração de Voto.

ntes da Ordem do Dia, e durante operíodo para solicitação de esclareci-mentos à Câmara Municipal, a depu-tada municipal Iolanda Nunes colocouduas questões ao Executivo Munici-

pal. Na sequência das alterações à circulação ro-doviária no Núcleo Antigo da vila de Alcochete,a deputada municipal solicitou confirmação so-bre a entrega de dois abaixo-assinados, por par-te dos moradores e comerciantes, e se haveria dis-ponibilidade para a realização de uma nova reu-nião entre a Câmara Municipal e os comercian-tes/ moradores da Vila, com vista a encontraruma solução que favorecesse todas as partes en-volvidas na área intervencionada. Durante este período, Iolanda Nunes questionouainda a Câmara sobre o conhecimento de even-tuais festas ilegais que têm decorrido em Alcoche-te, em propriedade privada, e durante as quaiscrianças e jovens, com idades entre os 12 e os 14anos, consomem álcool e substâncias psicotrópi-cas. A deputada municipal frisou que esta situa-ção já foi abordada em sede de reunião da Comis-são de Protecção de Crianças e Jovens de Alcoche-te (CPCJ). A Câmara Municipal deu resposta àsquestões colocadas. Durante o período para discussão de propostasde Moção, e após votação da “Saudação da Rege-neração da Frente Ribeirinha”, a Bancada do PSapresentou uma declaração de voto. Já na Ordem do Dia, e depois da votação unâni-me à proposta “Regulamento Municipal do Regi-me de Ocupação do Espaço Público e de Afixa-ção e Inscrição de Publicidade”, a Bancada do PSapresentou uma Declaração de Voto, onde pro-põe a introdução de um período de carência paraa implementação do Regulamento em causa, ten-do em conta a conjuntura económico-financeira.

Bancada do Partido Socialista

Bancada do PartidoSocialDemocrata

O Relatório de Gestão e a Prestação de Contas referentes ao ano económico de 2013 e o Regulamento Municipal do Regime de Ocupação doEspaço Público e de Afixação e Inscrição de Publicidade foram duas das matérias que estiveram em apreciação na última reunião da AssembleiaMunicipal que decorreu a 29 de Abril, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Bancada da Coligação Democrática Unitária

ntes da Ordem do Dia, e no períodopara colocação de perguntas ao Exe-cutivo Municipal, o deputado munici-pal Luiz Batista reiterou algumas per-guntas que já tinha apresentado na

reunião anterior, nomeadamente sobre a coloca-ção de um abrigo numa paragem de transportespúblicos, que se encontrava em reparação nosserviços municipais, e sobre as conclusões de umestudo de opinião que a Câmara Municipal iriaremeter às diferentes forças políticas represen-tadas em sede da Assembleia Municipal, o queainda não se verificou. A Câmara Municipal res-pondeu às questões colocadas. Durante a apresentação de propostas de Moção,a Bancada do PSD apresentou a proposta de Mo-ção “O 25 de Abril de 1974 é de todos nós” e, du-rante o período de discussão desta matéria, LuizBaptista afirmou que, nos dias de hoje, a demo-cracia não está em risco e que os portuguesesvivem em plena liberdade integrados na UniãoEuropeia. A Moção “O 25 de Abril de 1974 é detodos nós” foi aprovada por unanimidade. A Bancada do PSD apresentou ainda a propostade Moção “Implementação do Conselho Munici-pal da Juventude em Alcochete” que não foi co-locada à deliberação, uma vez que o Presidenteda Assembleia Municipal sugeriu a inclusão des-te tema na Ordem do Dia da próxima reunião, oque mereceu a concordância por parte dos pro-ponentes. O documento esteve apenas em dis-cussão e o deputado municipal Luiz Baptista fri-sou que esta é uma proposta que vem “despida”de outras questões, que não sejam a constituiçãode um órgão de consulta que em muito poderácontribuir para as políticas de juventude no Con-celho. Também o deputado municipal João Nunesdo Valle reforçou que é fundamental que esta ma-téria seja alvo de reflexão e criticou a Bancada daCDU por defender a juventude e levantar algumasobjecções relativamente à proposta apresentada. Quanto às matérias que constaram na Ordem doDia, aquando da discussão da “Ratificação dosprocedimentos subjacentes ao recrutamento deum assistente operacional por recurso a reser-vas de recrutamento/ área de serviços gerais(refeitórios)” o deputado municipal Luiz Baptis-ta questionou a validade das listas resultantesdeste processo de recrutamento e referiu maisuma vez a grande carga remuneratória afecta aopessoal nas contas do Município e, como tal, con-siderou que a Autarquia deveria resolver estaquestão, recorrendo a pessoas internas. A pro-posta foi aprovada, por maioria, com 22 votos afavor das Bancadas da CDU, do PS e do CDS e 2votos contra da Bancada do PSD que apresentouainda uma declaração de voto. Quanto à Prestação de Contas e Relatório de Ges-tão 2013, o deputado municipal Luiz Baptistareferiu que houve um aumento da receita e, porisso, era expectável que esse saldo fosse parareduzir as dívidas a fornecedores. Ainda nestecontexto, Luiz Baptista criticou o facto das dívi-das a fornecedores terem aumentado, até porquenas contas municipais referentes a 2012, a Câ-mara Municipal tinha conseguido reduzir essevalor. O deputado municipal colocou ainda algu-mas questões relativamente aos planos de paga-mentos firmados com algumas entidades. LuizBaptista destacou o valor dos juros que a CâmaraMunicipal tem suportado e que representam umagrande fatia no orçamento municipal. Após votação, o deputado municipal Luiz Baptis-ta, que votou contra a Prestação de Contas, apre-sentou uma Declaração de Voto.

i nPLURAL

A Aurante a Ordem do Dia, e depois dediscutida a “Alteração ao Regimentoda Assembleia Municipal”, a mesmaproposta foi aprovada, por maioria,com os votos a favor pelas Bancadas

da CDU, do PS e do PSD e com 3 abstenções daBancada do CDS-PP que apresentou ainda umadeclaração de voto onde refere que não se veri-ficou o princípio da representatividade na Co-missão Eventual, que procedeu à alteração doRegimento Municipal. Quanto à Prestação de Contas e Relatório de Ges-tão, a deputada municipal Patrícia Figueira ques-tionou o Executivo Municipal sobre a rubrica dosloteamentos, onde se encontra um desvio de68,70% entre o valor orçamentado e o que foirealizado. Já no que respeita ao capítulo de endi-vidamento e dívidas a terceiros, Patrícia Figueiracolocou algumas questões sobre as dívidas aosserviços municipalizados de água e saneamento,ao Partido Comunista Português e à Parque Expo.Neste mesmo âmbito, a deputada municipal soli-citou esclarecimentos sobre as dívidas à Assem-bleia Distrital de Setúbal, à Fundação João Gon-çalves Júnior e ao Agrupamento de Escolas deAlcochete. Por último, a deputada municipal ques-tionou ainda porque razão constam na relaçãode dívidas da Câmara Municipal a parte que re-têm dos rendimentos dos funcionários e, no mes-mo raciocínio, qual a fundamentação para figu-rarem também as contribuições para a Seguran-ça Social, para a Caixa Geral de Aposentações eas cotizações que os funcionários pagam para oSTAL nomeadamente.

Bancada do CDS/Partido Popular

D A

As Moções ou Declarações de Voto apresentadas pelos deputados municipais, durante a sessão da Assembleia Municipal, estão disponíveis em www.cm-alcochete.pt

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DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 5 DE MARÇO DE 2014LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presidente da Câ-mara Municipal do concelho de Alcochete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1 doartigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, nareunião ordinária, realizada em 5 de março de 2014, fo-ram aprovados os seguintes assuntos:

Propostos pelo senhor presidente:› Análise e discussão da iniciativa do Grupo Parlamen-tar do PCP sobre Opções definidas para a Região da Pe-nínsula de Setúbal no Quadro Comunitário 'Portugal2020' e do Plano de Ação Regional;› Iniciativa do Grupo Parlamentar do Partido Ecologista“Os Verdes” sobre eventual encerramento de Reparti-ções de Finanças no distrito de Setúbal.

Proposto pela senhora vereadora Raquel Prazeres:› Outorga do ACEEP – Acordo Coletivo de EntidadeEmpregadora Pública a celebrar entre a Câmara Muni-cipal de Alcochete e o SINTAP – Sindicato dos Traba-lhadores da Administração Pública e de Entidades comFins Públicos – produção de efeitos e extensão.

E, para constar, se lavrou o presente edital e outros de igualteor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.E eu, (Cláudia Santos), chefe da Divisão de Administra-ção e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 6 de Março de 2014O PRESIDENTE DA CÂMARA,

Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 19 DE MARÇO DE 2014LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presidente da Câ-mara Municipal do concelho de Alcochete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1 doartigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, nareunião ordinária, realizada em 19 de março de 2014,foram aprovados os seguintes assuntos:

Propostos pelo senhor presidente:› Projeto do Regulamento de Acesso à Atividade deMercados e Transportes em Táxi – Submissão a apre-ciação e discussão pública;› Parecer desfavorável da Câmara Municipal sobre oRelatório Final do Grupo de Trabalho para as Infraes-truturas de Elevado Valor Acrescentado, em fase de dis-cussão pública;› Ratificação do Despacho n.º 9/14 – 3.ª Alteração àsGrandes Opções do Plano de 2014- PPI;› Ratificação do Despacho n.º 10/2014 – 3.ª Alteraçãoao Orçamento de 2014.

Proposto pelo senhor vereador José Luís Alfélua:›“Beneficiação dos Edifícios Municipais – Construção deGaragem” – Proc.º I-06/08 – Homologação do Auto deReceção Definitiva e devolução do depósito de garantia.Proposto pelo senhor vereador Jorge Giro:› Protocolo com entidade licenciada para recolha eencaminhamento de óleos minerais usados.

Propostos pela senhora vereadora Raquel Prazeres:› Alteração ao Regulamento de Fundos de Maneio;› Alteração à Constituição de Fundos de Maneio.

Atribuição de apoios financeiros – Propostos pelasenhora vereadora Susana Custódio:›Associação Alcochete Aktivo - €500,00 (quinhentos euros);› Sport Clube do Samouco - €806,82 (oitocentos e seiseuros e oitenta e dois cêntimos);

› Futebol Clube de S. Francisco - €1.142,17 (mil, centoe quarenta e dois euros e dezassete cêntimos)

E, para constar, se lavrou o presente edital e outros de igualteor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.E eu, (Cláudia Santos), chefe da Divisão de Administra-ção e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 21 de Março de 2014O PRESIDENTE DA CÂMARA,

Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 2 DE ABRIL DE 2014LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presidente da Câ-mara Municipal do concelho de Alcochete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1 doartigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, nareunião ordinária, realizada em 2 de abril de 2014, fo-ram aprovados os seguintes assuntos:

Propostos pelo senhor presidente:› Atribuição de topónimo ao antigo Caminho Munici-pal 1203, sito em Vale Figueira, freguesia de Alcochete;› Aprovação do projeto de alteração do loteamento de inicia-tiva municipal, titulado pelo alvará de loteamento n.º 4/93.

Propostos pela senhora vereadora Raquel Prazeres:› Alienação de Sucata – Encerramento de Procedimento;› Alienação de Sucata – Abertura de procedimento;› Apoio à realização da festa do Círio dos Marítimos deAlcochete.

E, para constar, se lavrou o presente edital e outros de igualteor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.E eu, (Cláudia Santos), chefe da Divisão de Administra-ção e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 3 de abril de 2014O PRESIDENTE DA CÂMARA,

Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 16 DE ABRIL DE 2014LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presidente da Câ-mara Municipal do concelho de Alcochete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1 doartigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, nareunião ordinária, realizada em 16 de abril de 2014, fo-ram aprovados os seguintes assuntos:

Propostos pelo senhor presidente:› Ratificação do Despacho n.º 13/14 – 4.ª Alteração àsGrandes Opções do Plano de 2014 – PPI;› Ratificação do Despacho n.º 14/14 – 4.ª Alteração aoOrçamento de 2014;› Prestação de Contas de 2013 e Relatório de Gestão de2013 – remetido à Assembleia Municipal;› Nomeação de Auditor Externo para Certificação Legalde Contas – remetido à Assembleia Municipal;› Aprovação do projeto de Regulamento Municipal do Re-gime de Ocupação do Espaço Público e de Afixação e Ins-crição de Publicidade – remetido à Assembleia Municipal;› Aprovação do Plano de Ordenamento da Circulação edo Estacionamento do Núcleo Antigo da Vila de Alco-chete / Aprovação da Solução de Implementação da 1.ªFase do Plano de Ordenamento da Circulação e do Es-tacionamento do Núcleo Antigo da Vila de Alcochete;› Alteração dos Estatutos da Associação de Desenvol-vimento Regional da Península de Setúbal (ADREPES) –remetido à Assembleia Municipal;› Ratificação dos procedimentos subjacentes ao recru-tamento de um assistente operacional por recurso areservas de recrutamento/ área serviços gerais (refeitó-

rios) por Despacho n.º 11/2014, de 4 de abril, da senho-ra vereadora do Pelouro dos Recursos Humanos – re-metido à Assembleia Municipal.

Proposto pelo senhor vereador José Luís Alfélua:› Acordos de Execução com as juntas de freguesia doconcelho.

Atribuição de apoios financeiros:Propostos pelo senhor presidente:› Rancho Folclórico “Os Camponeses de S. Francisco” –€75,00 (setenta e cinco euros);› Grupo Desportivo da Fonte da Senhora - €75,00 (se-tenta e cinco euros);› Associação Cultural, Recreativa e Desportiva do Ran-cho Folclórico Danças e Cantares do Passil – €75,00(setenta e cinco euros).

Proposto pela senhora vereadora Susana Custódio:› Agrupamento de Escolas de Alcochete - €6.238,50 (seismil, duzentos e trinta e oito euros e cinquenta cêntimos).

E, para constar, se lavrou o presente edital e outros de igualteor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.E eu, (Cláudia Santos), chefe da Divisão de Administra-ção e Gestão de Recursos, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 23 de abril de 2014O PRESIDENTE DA CÂMARA,

Luís Miguel Franco (Dr.)

DELIBERAÇÕES DA REUNIÃO ORDINÁRIA DE 30 DE ABRIL DE 2014LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCO, presidente da Câ-mara Municipal do concelho de Alcochete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1 doartigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, nareunião ordinária, realizada em 30 de abril de 2014, fo-ram aprovados os seguintes assuntos:

Proposto pela senhora vereadora Susana Custódio:› Isenção de pagamento de taxas – Associação Culturale Desportiva da Comissão de Moradores do Bairro 25de Abril.

Propostos pela senhora vereadora Raquel Prazeres:› Desafetação do Domínio Público para o Domínio Pri-vado de uma parcela de terreno (Remetido à Assem-bleia Municipal);

› Venda de Cortiça – Abertura de procedimento.

E, para constar, se lavrou o presente edital e outros de igualteor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.E eu, (Idália Bernardo), coordenadora técnica, o subscrevi.

Paços do concelho de Alcochete, 2 de maio de 2014O PRESIDENTE DA CÂMARA,

Luís Miguel Franco (Dr.)

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ALCOCHETEDELIBERAÇÕES DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 28 DE FEVEREIRO DE 2014MIGUEL BOIEIRO, Presidente da Assembleia Municipal do Concelho de Alcochete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1 do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, na ses-são ordinária realizada em 28 de fevereiro de 2014, foram aprovados os seguintes assuntos:› Moção sobre “ACEEP – Acordo Coletivo de Entidade Empregadora Pública”;› Moção sobre “8 de Março – Dia Internacional da Mulher”;› Nomeação de uma Comissão Eventual para proceder à revisão do Regimento da Assembleia Municipal;› Análise e discussão do Despacho Conjunto dos Secretários de Estado da Administração Local e Adjunto doOrçamento n.º 657/2014, de 15 de janeiro.

E, para constar, se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.E eu, (Cláudia Santos), Chefe de Divisão da DAGR, o subscrevi.

Paços do Concelho de Alcochete, 3 de março de 2014O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA,

Miguel Boieiro

DELIBERAÇÕES DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 29 DE ABRIL DE 2014MIGUEL BOIEIRO, Presidente da Assembleia Municipal do Concelho de Alcochete:TORNA PÚBLICO que, para cumprimento do n.º 1 do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, na ses-são ordinária realizada em 29 de abril de 2014, foram aprovados os seguintes assuntos:› Moção apresentada pela CDU sobre “40 Anos da Revolução de Abril e do 1.º de Maio de 1974”;› Moção apresentada pelo PSD sobre “O 25 de Abril é de todos nós”;› Saudação sobre “Regeneração da Frente Ribeirinha”;› Alteração ao Regimento da Assembleia Municipal;› Regulamento Municipal do Regime de Ocupação do Espaço Público e de Afixação e Inscrição de Publicidade;› Nomeação de Auditor Externo para Certificação Legal de Contas;› Ratificação dos procedimentos subjacentes ao recrutamento de um assistente operacional por recurso a reser-vas de recrutamento/área de serviços gerais (refeitórios) por Despacho n.º11/2014, de 4 de abril, da senhoravereadora Raquel Prazeres);› Prestação de Contas de 2013 e Relatório de Gestão de 2013.

E, para constar, se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.E eu, (Idália Bernardo), Coordenadora Técnica, o subscrevi.

Paços do Concelho de Alcochete, 2 de maio de 2014O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA,

Miguel Boieiro

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18.inalcochete | Junho 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Está indiscutivelmente associado aodesenvolvimento rural. Que balançofaz da sua actividade enquanto direc-tor regional do desenvolvimento agrá-rio?Quando cheguei àquela Direcção tínha-mos um problema de sanidade animal,com um pendor muito forte na brucelo-se bovina. Chegávamos a abater cercade 7000 animais por ano, o que dava umaimagem pouco atraente do ponto de vis-ta de saúde pública e animal dos Aço-res. Gizámos um novo plano, que impli-cou a introdução de uma tecnologia ino-vadora e a aplicação de uma vacina queera desconhecida na Europa e nós apli-cámo-la nos Açores. E isso deu, de facto,um avanço extraordinário no debelar eextinguir desta doença. A outra marcaé, de facto, ter criado uma nova geraçãode agricultores mais esclarecidos, maisevoluídos, renovando-lhes as atitudes.Nós só podemos caminhar na moderni-zação se tivermos jovens em qualquersector porque a juventude é a mola realde qualquer desenvolvimento. A outravertente foi a batalha da produção. OsAçores representavam cerca de 18% daprodução leiteira nacional e quando eusaí passaram a representar 32%. Repre-sentamos um terço da produção leiteiranacional e detemos apenas 2,5% da su-perfície agrícola do país. Colocámos osAçores a produzir quatro vezes maiscarne bovina, o que quer dizer que ren-tabilizamos todas as mais-valias que onegócio pode ter na Região. Depois ou-tra aposta foi a qualificação dos produ-tos. Uma imagem de qualidade, de pure-za, de originalidade, de genuinidade, umaimagem de uma Região Atlântica livre deagriculturas industrializadas, mas sim alia-da à agricultura ecológica e mais natu-ral. Motivar o empresário hoje é muito di-fícil e eu orgulho-me de ter motivado osempresários agro-pecuários dos Açorespara produzirem mais e melhor.

Na sua opinião, de que forma é que odesenvolvimento rural pode ser poten-ciado no Concelho?Em Alcochete, zona de pequenos e mé-dios produtores, o cooperativismo mo-derno e organizado é essencial, viradopara o mercado e mobilizador de novasatitudes e mentalidades. As pessoas têmque perceber que melhor do que ofere-cerem o seu produto isoladamente, éoferecê-lo em conjunto com a criação

de uma marca. Por exemplo, os nossossolos são extraordinariamente bons,apropriados para a horticultura e flori-cultura, estamos à porta de Lisboa, o me-lhor mercado de Portugal, e dispomosde uma plataforma rodoviária de exce-lência, muito bem situada geografica-mente. A cooperativa deve ser o melhorintermediário para o agricultor que o unena sua estrutura, que tem uma capaci-dade de alcance para orientar a produ-ção e a distribuição. É fundamental in-troduzir futuro no nosso presente e dei-xo este repto aos agricultores de Alco-chete e do Distrito de Setúbal.

Alcochete e a Ilha Terceira são territó-rios com vivências muito idênticas.Quer falar-nos um pouco mais sobreestas semelhanças?Nalgumas visitas à Terceira, alguns al-cochetanos já me disseram: “Eh pá, estagente é igual a nós!”. Gostam de confra-ternizar, gostam de tauromaquia, tantoou mais que nós, gostam de festa, tam-bém são devotos de São João e até ascores da bandeira do Município de An-gra do Heroísmo são as mesmas que asdo Município de Alcochete. As vivências,toda a envolvência das colectividades, obairrismo, o marcar da identidade e dacultura que até é visível na “festa” do Cí-rio da Páscoa, tão semelhante às come-morações das “festas” em Honra do Di-vino Espírito Santo, na Ilha Terceira. Háaqui uma série de cruzamentos em co-

mum, de maneira que facilmente um al-cochetano se adapta à vivência sociocul-tural da ilha Terceira. A primeira vez quea Banda da Sociedade Imparcial 15 de Ja-neiro de 1898 foi à ilha Terceira deixouficar uma imagem inesquecível e umaamizade de tal modo que, desde entãoa Banda de Alcochete é um ex-libris dasfestas da Ilha Terceira. Logo, há uma li-gação muito forte. Depois na área da tau-romaquia, os dois grupos de forcadosde Alcochete já lá pegaram, há tambémum intercâmbio estupendo, até porquea Ilha Terceira é apaixonada pela Tauro-maquia e pelo Toiro e Alcochete tam-bém o é. De maneira que há uma ligaçãosociocultural enorme.

Especificamente sobre Alcochete, a vi-la ganhou um novo arranjo paisagísti-co com a inauguração do Passeio doTejo. Qual a sua opinião sobre a “nova”frente ribeirinha?De facto, foi uma grande requalificaçãoda entrada de Alcochete e daquilo queAlcochete tem e que é único: uma Fren-te Ribeirinha virada para um dos maio-res Estuários da Europa, o Estuário doTejo! Nós somos a capital do Estuário doTejo. Não nos podemos esquecer queestamos à beira da capital do país, ondehá uma grande concentração de turistasque estão a dois passos de Alcochete. Éum cartão de visita extraordinário e éum potencial turístico para o Concelho.Daí que esta frente ribeirinha acabou por

ficar ainda mais atractiva, com outra di-mensão e qualidade, o que também or-gulha quem cá vive!

Por último, como gostaria que o país, ouo mundo, visse Alcochete?Alcochete tem para oferecer aquilo queé igual a si mesmo que é a sua genuini-dade e personalidade. Que nunca a per-ca! É importante que Alcochete continuea manter a sua imagem de marca que sereflecte no seu bairrismo e instituiçõesassentes nas suas tradições. E temos queser teimosos. Alcochete tem uma das me-lhores gastronomias do mundo e issonão se pode perder. As pessoas têm quemanter os sabores de Alcochete e o bemreceber. Por exemplo, a fogaça é dos me-lhores doces do mundo, tão bom comoo pastel de nata! Manter os nossos hábi-tos e tradições adaptados à modernida-de, evoluindo, estar perto dos grandesmercados, ser mercado abastecedor, gas-tronómico e turístico de Lisboa e dou-tros centros. Manter a sua tauromaquia, as suas Fes-tas e não as descaracterizar, mantendoa sua essência,… e o alcochetano devemanter a sua pronúncia porque isso éque é genuíno. Porque é que havemosde falar com sotaque lisboeta? É muitomelhor ser de Alcochete do que ser deLisboa. Temos um mundo nosso paraoferecer aos outros, temos que o pre-servar e saber adaptá-lo à modernidade,sem nunca o descaracterizar.

VIVÊNCIAS. Nunca pensou em não viver em Alcochete, a terra que o viu crescer, mas acabou por se radicar nos Açores,após ter concluído a licenciatura em Agronomia e Produção Animal. Joaquim Pires desempenhou, durante 16 anos, o cargo de Director Regional do Desenvolvimento Agrário daquela Região Autónoma e no seu currículo constam inúmerasconquistas que elevaram a produção agrícola e pecuária dos Açores. A viver entre Alcochete e a Ilha Terceira, JoaquimPires fala-nos sobre a sua realidade e a forma como os “alcochetanos” e os “terceirenses” se encontram no mesmo bairrismo, identidade e vivências locais.

“AS PESSOAS TÊM QUE MANTER OS SABORES DE ALCOCHETE E O BEM RECEBER”

ENTREVISTA COM JOAQUIM PIRES, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE DE PROMOÇÃO E REABILITAÇÃO DE HABITAÇÃO E INFRAESTRUTURAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

i nNO PAÍS E NO MUNDO

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Junho 2014 | inalcochete.19Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Complexo Al Foz, constituí-do por um restaurante, umadiscoteca, um clube náuticoe um hotel, entrou em funcio-

namento em 1993 na zona ribeirinhade Alcochete, numa área degradada on-de outrora existiam estaleiros navais.Fundador do empreendimento, Fernan-do Pessoa lembra que a aprovação dacandidatura ao Sistema de Incentivos Fi-nanceiros ao Investimento no Turismo(SIFIT) foi determinante para a concreti-zação e a dimensão do restaurante quedispõe de 80 lugares, numa época emque Alcochete tinha mercado turístico.Exigente consigo próprio, o empresárioatribui aos recursos humanos a chavedo sucesso do restaurante. “A equipa épraticamente a mesma ao longo destes20 anos. Ou seja, tem mudado uma ououtra pessoa, mas a base da equipa, o ZéCosta, o Bernardo, a Ana Boieiro, a Ma-riana, todos os nossos colaboradores es-tão cá, no mínimo, há 15 anos. Isso fazcom que as pessoas ganhem um profis-sionalismo especial em relação à nossaforma de estar na gastronomia e no tu-rismo”, diz.

GASTRONOMIA LOCAL É O PRINCIPAL ATRACTIVOO peixe e o marisco são as especialida-des deste restaurante situado “em cimado rio”, com uma fantástica vista paraAlcochete e Lisboa. Os pratos de baca-lhau são outras das especialidades dacasa e lembram os tempos em que Al-cochete tinha no activo várias secas debacalhau. “Não quisemos esquecer umprato tão português como o bacalhau enós temos as línguas de bacalhau, de cal-deirada, arroz de línguas de bacalhau,pratos que marcam a nossa existênciaem termos das indústrias que aqui exis-tiram”, refere.“O bacalhau sempre foi um prato mui-to tradicional por causa das secas de ba-calhau e normalmente as pessoas quetrabalhavam nas secas tinham no finaldo mês direito àquelas chamadas pi-nhas e às raspas de bacalhau e com issofaziam verdadeiras iguarias, caldeiradasde bacalhau fabulosas, massa de baca-lhau, que eram tão apetitosas, fruto doengenho e da necessidade que as pes-soas tinham de aproveitar as pequenascoisas”, acrescenta. Para Fernando Pes-soa, o rio marca a rica gastronomia local,assim como “o empenho de todas as pes-soas em Alcochete que cozinham comamor e carinho”.A promoção turística da gastronomialocal é uma das vertentes fundamentaise deve passar pela realização de sema-

das as associações da nossa zona, quenormalmente pretendem angariar fun-dos, realizem eventos com a cedênciado espaço abaixo do preço de custo”,refere Fernando Pessoa.Com 32 quartos, o hotel Al Foz tem jáaprovada a sua ampliação para mais 16quartos para poder acolher o turismo deexcursão.

URGE RECUPERAR O PATRIMÓNIO EDIFICADOIncondicional amante de Alcochete, Fer-nando Pessoa lança um alerta vermelhopara a recuperação do património edi-ficado da Vila. “Os turistas, depois de vi-sitarem a vila, vêm um bocadinho es-candalizados. Como é que existe tantacasa velha a cair no centro da Vila? Al-guns perguntam até se não estão à ven-da. Quando conheço o proprietário, douo número de telefone, mas pedem valo-res absolutamente absurdos que nem naLapa, que é o sítio mais caro de Portu-gal, se pede o preço por metro quadra-do como em Alcochete”, lamenta.Para o empresário, a Reserva Naturaldo Estuário do Tejo é um produto tu-rístico que merece ser melhor explora-do, com a definição “de rotas turísticasconsolidadas, que não sejam imaginá-rias”, tanto mais que a Câmara Munici-pal fez um investimento na frente ribei-

rinha de Alcochete “sem interferir nabeleza que Alcochete tinha”, uma obraque o empresário considera “notável”.Para Fernando Pessoa, os empresárioslocais do sector do turismo devem unir--se em torno de um objectivo comum: apromoção do sector, dinamização quepassa por “alguém lançar uma campa-nha, como já se fez noutros tempos, por-que de cada vez que há uma campanha,há sempre mais um que passa a aderire a pouco a pouco vamos conseguindoconquistar todos”. Depois “é arranjar umconjunto de objectivos para todos, ouseja, a gastronomia, a Reserva, a festa bra-va, a Barroca D´Alva, que é um dos nos-sos ex-libris em termos de turismo, con-certar todas estas rotas e divulgá-las deuma forma muito específica”, acrescenta.Para o empresário, Alcochete deve ain-da apostar em estratégias para cativaros fluxos de turistas na Área Metropo-litana de Lisboa, como é o caso dos cru-zeiros que atracam no Porto de Lisboae os visitantes que todos os dias vêm aoFreeport Outlet. “O Al Foz está aqui há21 anos e contribui todos os dias para queo nome de Alcochete e o nome do nossoempreendimento, quando é falado emqualquer parte de Portugal ou do mun-do, sejam bem falados. Alcochete temque fazer mais para conseguir atrair osturistas de Lisboa”, conclui.

nas gastronómicas mais do que concur-sos, uma vez que “não é necessário ha-ver concursos de gastronomia para sa-ber quem é o melhor ou o pior porqueé muito difícil avaliar em circunstân-cias diversas”.O aumento da clientela do restauranteem cerca de 20% a 30% no ano em curso“é o melhor prémio”, segundo FernandoPessoa, que pessoalmente discorda doscritérios de avaliação na restauração.“Temos ganho cada vez mais consistên-cia e isso é o nosso principal prémio: sãoos nossos clientes que cada vez são maise fiéis. Já tivemos um 2.º prémio nacio-nal ao nível da gastronomia”, conta.A aposta no conhecido jogador PauloFutre para dinamizar a discoteca do AlFoz está ganha, segundo Fernando Pes-soa, que considera que “ele conseguiurevitalizar o espaço, que é neste momen-to muito animado, com várias compo-nentes não só como discoteca, mas comoutros eventos de dimensão nacionalque fazem com que o empreendimentoseja falado”.No que respeita ao espaço multiusos de-signado Clube Náutico, esta função nãotem singrado, uma vez que “o ClubeNáutico tem sido uma panóplia de coi-sas mas no fundo tem existido mais embenefício da população do que do em-preendimento, tem servido para que to-

i nEMPRESARIAL

TURISMO. Com funções de director-geral no empreendimento Al Foz, Fernando Pessoa considera que os profissionaisde turismo locais devem apostar na prestação de um serviço de qualidade a todos os níveis e unir-se na concretizaçãode acções de promoção turística.

“AGENTES TURÍSTICOS DEVEM UNIR-SENA PROMOÇÃO DO TURISMO LOCAL”

O

Page 24: PASSEIO DO TEJO INAUGURADO - cm-alcochete.pt · de Sousa Vinagre/ Passil - Largo da Sociedade/ Fonte da Senhora – Alameda da Fonte São Francisco– E.N. 119, Alameda Júlio Dinis

20.inalcochete | Junho 2014 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

s revoltas do Tejo, que persis-tia em avançar terra adentro,tornaram necessária a criaçãode uma barreira física de defe-

sa do burgo. Segundo José Estevam, em1563 as tempestades puseram em cau-sa a estabilidade de algumas casas, e jánesta época é referida a existência deuma “muralha”, sem localização preci-sa. Em 1695, o mar ia aluindo umas ca-sas que ficavam por cima de umas bar-reiras muito provavelmente junto dacapela de Nossa Senhora da Vida.A constante destruição das barreiras deprotecção conduziu à construção deuma muralha, em redor do promontó-rio da capela da Senhora da Vida, queperante os constantes avanços do Tejoestava em risco de derrocada, uma si-tuação arqueologicamente comprovadana viragem da centúria de seiscentospara setecentos. O Largo da Misericór-dia era inicialmente uma praia conquis-tada ao rio aquando da construção daigreja com o mesmo nome, na segundametade do século XVI. O terramoto de 1 de Novembro de 1755danificou gravemente a muralha que pro-tegia a Igreja da Misericórdia, colocan-

CRONOLOGIA

Séc. XVII/XVIIIConstrução da muralha em torno do promontório da Igreja da Sra. da Vida

1760Reparação da muralha em redor da Misericórdia, destruída pelo terramoto de 1755, por ordem de D. José

1825/26 Início da construção da muralha entre a Igreja da Misericórdia e a da Sra. da Vida e construção do Bairro das Barrocas

Séc. XIX Construção da muralha a poente da Igreja da Misericórdia

i nENCANTOS & HISTÓRIA

A MURALHA SEMPRE FOI A PRIMEIRABARREIRA AOS AVANÇOS DO RIOBEIRA-TEJO. Alcochete tinha no Tejo a principal via de contacto com o exterior e soube aproveitar os benefíciosda proximidade a Lisboa. As gentes de Alcochete encontraram no rio uma forma de sustento económico e uma importante via de circulação de bens e pessoas, rentabilizada por barqueiros ou marítimos, calafates,carpinteiros navais, condutores de tojo e salineiros, que souberam retirar o “ouro branco”, das salinas inundadas pelo rio, consubstanciando ainda mais esta relação de contacto permanente ao longo dos tempos.

A da metade do século XIX, considerandoa análise das actas das sessões de câ-mara e demais documentação, (corres-pondência entre a câmara e o governocentral), sendo de meados do século XXa edificação do “murete”, parte do qual es-tá preservado no recentemente inaugu-rado Passeio do Tejo.É notória a preocupação do Municípioao longo dos tempos na valorização dalinha marginal da vila de Alcochete e naforma como Alcochete se apresenta aoTejo, exemplificada nas intervençõesefectuadas no Rossio e ao longo de todaa Frente Ribeirinha, pois, a proximida-de ao rio Tejo também sempre foi sinó-nimo de lazer. São inúmeros os relatos de passeios ede outras actividades de lazer na fren-te ribeirinha, como a ida à praia com afamília para a zona do Moisém, para asHortas ou para a Praia dos Moinhos.Pela sua importância histórica, identitá-ria, turística e económica, a frente ribei-rinha de Alcochete assume-se como onovo Passeio do Tejo, que desde a Ruado Norte até à Av. D. Manuel I, passan-do pelo Largo da Misericórdia, convidaa um aprazível passeio à beira-rio.

AS VITÓRIAS E DERROTAS DA BEIRA TEJO

do em causa a estabilidade do própriotemplo e da Vila, existindo mesmo par-tes da muralha que ficaram demolidas.Depois de vários apelos do prior local eda Santa Casa ao rei para reparar a mu-ralha, D. José despachou a 3 de Outu-bro de 1760: “Reparou-se”.Conclui-se desta forma que na segundametade do século XVIII já havia mura-lha junto à Igreja da Misericórdia e queo troço seguia provavelmente junto doburgo em direcção à Igreja da Senhorada Vida, mas supostamente não numa li-

nha recta como se verifica actualmente.Na primeira metade do século XIX foiconstruído o troço de muralha entre aIgreja da Misericórdia e a Igreja da Se-nhora da Vida, com o traçado actual, quepossibilitou o aterro de uma pequenabaía existente entre as duas igrejas, e aconsequente construção do Bairro dasBarrocas.A construção do restante troço da mu-ralha a poente da Igreja da Misericór-dia, ao longo do Rossio até à Quinta daPraia das Fontes é remetida para a segun-

PRAIA DO MOISÉM, NA PRIMEIRA METADE DO SECÚLO XX.

A FRENTE RIBEIRINHA DE ALCOCHETE EM 1948. [FOTO: PORTO DE LISBOA]