passado por pedras, presente por águas urbanismo rio grande da serra

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Passado Passado Passado Passado por por por por pedras, pedras, pedras, pedras, presente presente presente presente por por por por águas águas águas águas . Análise e proposta urbana para o município de Análise e proposta urbana para o município de Análise e proposta urbana para o município de Análise e proposta urbana para o município de Rio Grande da Serra Rio Grande da Serra Rio Grande da Serra Rio Grande da Serra .

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Page 1: Passado por pedras, presente por águas   urbanismo rio grande da serra

PassadoPassadoPassadoPassado porporporpor pedras,pedras,pedras,pedras, presentepresentepresentepresente porporporpor águaságuaságuaságuas.

Análise e proposta urbana para o município de Análise e proposta urbana para o município de Análise e proposta urbana para o município de Análise e proposta urbana para o município de Rio Grande da SerraRio Grande da SerraRio Grande da SerraRio Grande da Serra.

Page 2: Passado por pedras, presente por águas   urbanismo rio grande da serra

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SumárioSumárioSumárioSumário

IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução

EmEmEmEm meiomeiomeiomeio àààà trilhos,trilhos,trilhos,trilhos, haviahaviahaviahavia umumumum riorioriorioHistória

São Paulo Railway Company

UmUmUmUm lugar,lugar,lugar,lugar, suassuassuassuas belezas,belezas,belezas,belezas, seusseusseusseus limiteslimiteslimiteslimitesPadrões Socioespaciais

UmUmUmUm povopovopovopovo comocomocomocomo protagonistaprotagonistaprotagonistaprotagonistaPadrões Socioeconomicos

Pelos olhos de quem vive

ContextoContextoContextoContexto UrbanoUrbanoUrbanoUrbanoApresentando o plano diretor

Vulnerabilidade

Pagamentos por serviços ambientais

ValoresValoresValoresValores:::: paraparaparapara unsunsunsuns inestimáveis,inestimáveis,inestimáveis,inestimáveis, paraparaparapara outrosoutrosoutrosoutros inexistentesinexistentesinexistentesinexistentes

Turismo

Artesanato

Um pouco sobre o Cambuci

Projetos atuais e propostas futuras

PropostaPropostaPropostaProposta FinalFinalFinalFinal

05050505

06060606

0707070712121212

1717171727272727

2828282834343434

37373737383838384444444446464646

515151515353535355555555565656565959595961616161

16161616

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SumárioSumárioSumárioSumário

ReferênciasReferênciasReferênciasReferências 70707070

ConclusãoConclusãoConclusãoConclusão 69696969

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Trabalho da disciplina de Planejamento Urbanodo 8º semestre.Faculdade de Arquitetura e Urbanismo –Anhanguera ABC

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NathéssiaNathéssiaNathéssiaNathéssia TemóteoTemóteoTemóteoTemóteo –––– nathessia@gmailnathessia@gmailnathessia@[email protected]

TatianeTatianeTatianeTatiane SantosSantosSantosSantos –––– tssbarreto@gmailtssbarreto@gmailtssbarreto@[email protected]

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IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução

Visando a preservação das áreas de mananciaise a sua devida importância, será apresentadoneste trabalho uma proposta de melhoria aomunicípio .Serão expostas ideias que incentivem o trabalholocal, o ecoturismo, a sustentabilidade,agricultura e principalmente a conservação dasáreas remanescentes de mata e rios.

Vista parcial de Rio Grande da Serra com a mesma capela ao fundo - 1970

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Em meio à trilhos, Em meio à trilhos, Em meio à trilhos, Em meio à trilhos, havia um rio...havia um rio...havia um rio...havia um rio...

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HistóriaHistóriaHistóriaHistória

Rio Grande da Serra inicia-se no principio do século XVII, aondetropeiros negociantes de sal, vindos de São Vicente com destino aMogi das Cruzes fundaram o pequeno povoado chamado caminhodo Zanzala. Foi considerada vila até 1640, sempre muito admiradadevido às belezas das proximidades.Havia um vasto interesse pela região devido a quantidade deestradas, caminhos e trilhas. Dois locais preferidos para parada dastropas eram às margens do rio Grande.O caminho das tropas de mercadores era através do Rio Jeribatiba– nomeado pelos índios de Rio Grande. Jeribatiba foi a terceiraaldeia organizada por jesuítas depois de chegarem ao litoralpaulista. Anteriormente o município pertencia à São Bernardo doCampo, depois veio a pertencer à Ribeirão Pires e após suaemancipação, tornou-se Icatuaçu.

Estrada de Rodagem que liga RioGrande da Serra à Ribeirão Pires

Acima Capela de São Sebastião (antiga Capela Santa Cruz) - 1970

Ponte sobre o Rio Grande 7

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Tropas pousando

http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0433b.htm

“Era aqui que as tropas pousavam,pois era a primeira parada após asaída do sertão e subida da serraíngreme.”http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0433b.htm

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Festa de São Sebastião em 1943 Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0433b.htm

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Foi elevado ao título de distrito em 1954, emancipando-se de Ribeirão Pires,e em dezembro de 1963 sobe à categoria de município retornado com seuantigo nome com o acrescido “Serra” – proximidade a Serra do Mar, ficandodesde então o nome Rio Grande da Serra.Conta-se que em uma das paradas morreu um dos membros mais velhosdas tropas, sendo sepultado próximo ao local. Em homenagem aocompanheiro a tropa colocou ali uma cruz de madeira e posteriormenteconstruiu-se a capela de São Sebastião – famosa por sua torre e coroa,símbolos portugueses.A igreja antes chamada de Santa Cruz mudou de nome depois de ummorador fazer e doar a imagem de São Sebastião – presente até hoje nacapela.

Imagem estação Rio Grande da Serra – Sem dataFonte: http://www.dgabc.com.br/Columnists/Posts/15/5598/a-cronista-da-cidade-a-emocao-que-aflora.aspx

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Vista parcial de Rio Grande da Serra, com a capela ao fundo, em 1970

http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0433a.htm 11

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SãoSãoSãoSão PauloPauloPauloPaulo RailwayRailwayRailwayRailway CompanyCompanyCompanyCompany

Em meados do século XIX surge a ferrovia doplanalto paulista, devido ao crescimento do café.Contempladas, as regiões de Ribeirão Pires, Mauá,Rio Grande da Serra e Santo André caminharamrumo ao desenvolvimento. Aliados a isso os eixosdos Rios Tamandatueí, Rio Grande, e Ribeirão Piresconduziam as atividades econômicas,proporcionando o surgimento de várzeas e olarias.A ferrovia trouxe a região do ABC um processo deindustrialização ainda no século XIX, atrativo paraum grande número de trabalhadores migrantes dediversas partes do país, principalmente da regiãonordeste. Trazendo uma vasta diversidade cultural.Inaugurada em 15 de fevereiro de 1867, a EstaçãoFerroviária de Rio Grande da Serra foi a segunda aser construída no Estado de São Paulo. A estaçãoferroviária foi implantada próxima a Capela SãoSebastião, cruzamento da via férrea com o antigocaminho do Zanzalá. Nas primeiras décadas, aferrovia trouxe desenvolvimento urbano aomunicípio, desenvolvendo atividades com carvão,pedras, madeira e alimentos.

Estação Ferroviária da E.F.S.J. Rio Grande da Serra - déc. de 70

Autor Desconhecido http://pjrgserra.zip.net/

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O bairro da pedreira é talvez um dos mais conhecidosbairros riograndenses. Em meados da década de 20 aprefeitura de São Paulo, visando a necessidade derealizar obras de pavimentação, adquiriu uma série depedreiras, com o intuito da minimização dos custos deobras. Uma destas pedreiras adquiridas foi a de RioGrande da Serra – 1927. Localizada próxima aos trilhosda São Paulo Railway, facilitaria o trabalho de transportede material.Boa parte da produção de pedras serviu para calçar asvias da capital, entre elas a avenida paulista. Na décadade 20, Rio Grande da Serra foi escolhida para ser o braçocentral do represamento projetado pelo engenheiroBillings para gerar energia na usina Henry Borden,aproveitando a queda da Serra do Mar.Firmado o convênio com a Light & Power para ofornecimento de energia, foi ampliando o funcionamentoda pedreira. Deu-se inicio então ao desenvolvimento darede elétrica domiciliar do município.No final da década de 70, encerram-se as atividades napedreira. Hoje é considerada a maior da américa latina,formando um paredão de mais de 640 metros decomprimento e 70 metros de altura. Atualmente utilizadapara esportes radicais como rapel e escalada.

Pedreira - déc 70

Pedreira – Imagem atual 13

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Os funcionários eram levados até a pedreira através de um ramalferroviário para o transporte das pedras entre a vila e pedreira,era feito por um pequeno bonde movido à gasolina. Durantemuitos anos ficou sob posse dos moradores da região e hoje épreservado pela Secretaria de Cultura do Município.

Pedreira - déc 70http://www.arquiamigos.org.br/info/info22/i-manu.htm

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Apesar da evidente potencialidade produtiva que Rio Grande da Serraapresentava, sua importância devido a abundância das riquezas naturais eabastecimento de água e energia, aliadas a localização estratégica decaminhos, principalmente adjacentes à linha do trem, foram interrompidosdurante a Segunda Guerra Mundial.Os loteamentos foram congelados pelo Ministério da Guerra einterromperam a expansão urbana da cidade, priorizando a questão desegurança nacional. Posteriormente o município foi inserido integralmentena Lei de Proteção aos Mananciais, exigindo controle mais rigoroso de uso eocupação do solo.

O município apresenta uma grande quantidade de córregos e riachos, comoo "Córrego da Figueira e o Piolzinho" situados na região do Parque América.O Rio Grande é responsável por abastecer 7% da água do Estado de SãoPaulo, seus afluentes e nascentes servem a represa Billings, sua áreaterritorial tem 45% inserida na área de bacias hidrográficas.A represa Billings foi construída em 1928, nasceu como reservatório paraprodução de energia, porém com o crescimento de São Paulo e ABC houve anecessidade de torna-la também reservatório de abastecimento de água.Cercada de vegetação a represa Billings é uma das maiores reservas de águapotável situada na Região Metropolitana de São Paulo, banhando algunsmunicípios do Grande ABC, inclusive Rio Grande.Rio Grande da Serra possuí potencialidade turística devido à diversidade decenários intocados de matas, cachoeiras, nascentes, corredeiras e quedasd’água, além da exploração ecoturística proporcionando simultaneamente apreservação ambiental e o lazer.

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Um lugar, suas belezas, Um lugar, suas belezas, Um lugar, suas belezas, Um lugar, suas belezas, seus limites...seus limites...seus limites...seus limites...

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O município de Rio Grande da Serra, situa-se no VetorSudeste da Região Metropolitana de São Paulo,juntamente a mais 38 municípios pertencentes a RegiãoMetropolitana de São Paulo.O município de Rio Grande da Serra, cidade da chamadaRegião do Grande ABC, situa-se no Vetor Sudeste daRegião Metropolitana de São Paulo e integra, com mais38 municípios a mais importante metrópole do País. Seulimítrofe geográfico ao norte é composto pelo municípiode Ribeirão Pires, ao sul por Santo André, a leste porSuzano e a oeste novamente por Santo André. Possuiárea de 31 km², estando totalmente inserida na área doperímetro da Lei de Proteção aos Mananciais (LPM),Considerada 100% área de proteção aos mananciais, omunicípio possui uma área de 36,24km² e sua áreaurbanizada contempla 6,58km², o equivalente a 18% daárea total do município. A densidade populacional brutade Rio Grande da Serra alcança a cifra de 1175,5habitantes por km², possui parque fabril singelo e temcomo principais atividades econômicas: comércio,serviços e agricultura, esta basicamente dehortifrutigranjeiros.A topografia é irregular devido à proximidade com aSerra do Mar, a represa Billings ocupa 20% de seuterritório e está 100% inserido em área de proteção,devido à proximidade aos mananciais.A represa é abastecida por uma bacia hidrográficaformada por diversos cursos d’água: córregos eribeirões, com os mais influentes Rio Grande, RioPequeno e Rio Araçaúva. A vegetação predominante éde floresta e capoeira – Mata Atlântica.

*Adaptação de EMPLASA - Padrões Socioespaciais17

Padrões Padrões Padrões Padrões SocioespaciaisSocioespaciaisSocioespaciaisSocioespaciais

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Localização Geográfica

Localização Geográfica – Relação Município de São Paulo18

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Foto Aérea – Limite Geográfico – Google Maps 26/11/2012

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UIT 1-Centro–Rio Grande da Serra

UIT 2-Vila Conde

UIT 3-Vila Lopes

UIT 4-Macrozona de Preservação Ambiental/Chácaras

UIT 5-Parque América/Rio Pequeno

UIT’s SOBRE MOSAICO DE FOTOS AÉREAS 2002

*Extraído de EMPLASA - Padrões Socioespaciais20

Pensando em contextualização urbana, analisandopadrões predominantes de uso e ocupação desolo e características ambientais e sociais,podemos classificar o município de Rio Grande daSerra em diferentes Unidades de InformaçãoTerritorializadas (UITs).

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Nesta UIT, o uso predominante é o residencialhorizontal e, ao longo das avenidas principais destaporção da cidade (Rua José Maria de Figueiredo, RuaDom Pedro Ie Jean Lieutaud), as ocupações comercial ede serviços são predominantes. AUIT 1 é o centrodinâmico do município, local da sede da PrefeituraMunicipal, Delegacia de Polícia, Batalhão da PolíciaMilitar, agências bancárias, posto dos correios, EstaçãoFerroviária, Terminal da EMTU etc.Alguns atrativos de interesse histórico do municípioencontram-se nesta UIT central, como: a Estação deTrens da cidade, e a Capela de Santa Cruz.

Rodovia Deputado Antônio Adib Chamas

*Extraído de EMPLASA - Padrões Socioespaciais 21

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Ocupação Mista Residencial e Comercial Batalhão da Polícia Militar

Estação de Trem Comércio Local

*Extraído de EMPLASA - Padrões Socioespaciais 22

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Predominantemente o uso é residencial horizontal, sendo queem algumas áreas, as edificações têm características de autoconstrução. Alguns lotes são utilizados para comércio e serviçose para uso institucional ou equipamentos públicos.Os bairros que constituem esta UIT possuem predomínio depadrão residencial de renda média baixa, com áreas em que asedificações possuem características de autoconstrução. Oentorno da UIT é marcado por estar cercado de muito verde enenhuma edificação.

*Extraído de EMPLASA - Padrões Socioespaciais 23

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Possui recobrimento asfáltico na maioria de suas vias. Osbairros que compõem esta UIT são servidos por sistema deágua encanada, mas não possuem sistema de esgoto. Atopografia elevada desta área condiciona que as habitações(com padrão predominante de autoconstrução) situem-se emárea de risco alto ou elevado de escorregamento de encostase/ou erosão em sua grande maioria.

Residências localizadas em áreas de risco*Extraído de EMPLASA - Padrões Socioespaciais24

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Uso predominantemente residencialhorizontal com maioria de habitações debaixa renda e características deautoconstrução.Presença da pedreira desativada nadécada de 90.Os bairros que compõem esta UIT sãoparcialmente servidos por sistema deágua e não possuem sistema de esgoto.Eles se caracterizam por uma ocupaçãode baixa renda, com habitações precáriase autoconstruídas. A região possui muitaschácaras que são usadas principalmentenos finais de semana.

*Extraído de EMPLASA - Padrões Socioespaciais 25

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A maioria das edificaçõespresentes nesta UIT é residencialcom padrão de renda média baixa.Também verificou-se a presençade residências de melhor padrão,principalmente ao longo das RuasAna Bela e México. Os bairros sãoparcialmente servidos por sistemade água encanada e não possuemsistema de esgoto, sendo quealgumas residências utilizam fossaséptica. A maioria do territóriodesta UIT é servida por vias não-pavimentadas.

Residências de Melhor Padrão

Vias Não-Pavimentadas

*Extraído de EMPLASA - Padrões Socioespaciais26

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Um povo como Um povo como Um povo como Um povo como protagonista...protagonista...protagonista...protagonista...

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*Dados de população rural não levantados.

A classe social predominante nomunicípio é a de baixa rendaresultante da falta de poderaquisitivo municipal e do baixoinvestimento em infra-estruturaspúblicas e capacitação.

O município de Rio Grande da Serraabrigava no ano 2000, segundo orecenseamento do IBGE, umapopulação de 37091 habitantes;dados estimados pela FundaçãoSeade para 2007 apontam para umapopulação de 42601 habitantes queocupam cerca de 50% do seuterritório e perfaz uma TaxaGeométrica de Crescimento Anual(TGCA) de 2,02%, sendo esta taxamaior que a do Município de SãoPaulo, com 0,55%, maior que a doGrande ABC, com 1,27%, e que a daRegião Metropolitana de São Paulo(RMSP), que é de 1,33% decrescimento populacional por ano.O Índice de DesenvolvimentoHumano (IDH) do município obtidono ano de 2000 foi de 0,766, o queequivale à 33ª posição na RMSP e439ª no Estado de São Paulo, posiçãoque ficou inferior à de 1991, queapontou o índice de 0,727 e asposições de 28ª na RMSP e 284ª noEstado.

*Extraído de EMPLASA - Padrões Socioespaciais 28

Fonte: IBGE

Os padrões socioeconômicos.Os padrões socioeconômicos.Os padrões socioeconômicos.Os padrões socioeconômicos.

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O perfil das atividades econômicas de RioGrande da Serra, conforme dados da Rais de2005, concentra-se no setor terciário, com151 estabelecimentos: (78 comerciais e 73 deserviços), registrando, respectivamente, 266e 518 empregos. A segunda atividadeeconômica relevante em Rio Grande da Serracorresponde ao setor secundário, com 34indústrias, em sua maioria de transformação(20), seguida da construção civil (13) gerando1552 empregos, sendo 1186 no setor detransformação e 360 no de construção civil.As demais atividades econômicas domunicípio correspondem a (2) administraçõespúblicas e (1) atividade agropecuária,empregando, respectivamente, 655 pessoas ena agropecuária, apenas duas.

*Extraído de EMPLASA - Padrões Socioespaciais

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Fonte: IBGE

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Considerando os resultados das atividadeseconômicas expressos pelo Produto InternoBruto (PIB) do município de Rio Grande daSerra, foi gerado um PIB total deR$263.255.175 milhões, correspondendo 6%em participação na região e um PIB percapitade R$6.455, cujos valores correspondem, namesma ordem, em 34ª posição na RMSP e207ª na posição do Estado de São Paulo e oPIB percapita aponta a 30ª posição na RegiãoMetropolitana de São Paulo e a 512ª noEstado de SãoPaulo.

*Extraído de EMPLASA - Padrões Socioespaciais

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Fonte: IBGE

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Fonte: IBGE

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Fonte: IBGE

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Fonte: IBGE

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O bairro Pedreira é sinônimo de esquecimento, há décadas, por parte do poder público. A titularidade do terreno, de cerca de 660 m², é da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo. Ou seja, os 1.200 moradores estimados não pagam, por exemplo, o Imposto Predial Territorial Urbano à Prefeitura, motivo que afasta o interesse para investimentos no local."Aqui, só não somos abandonados por Deus", desabafou Célia Aparecida Ferreira, 40 anos, moradora há 25 anos. O mesmo sentimento de outros moradores entrevistados pela equipe do Diário. Para o aposentado por invalidez Luiz Eduardo Moreira, 45, o carente bairro é "esquecido pelos poderosos".Eles apontam várias justificativas para o abandono. A começar pelo fato de Rio Grande da Serra estar centrada em 100% de área de proteção de mananciais. No caso da Pedreira, o bairro é considerado como área de compensação ambiental. O que impede a construção de moradias, pois deve ser preservado, apontou a Cohab.Além das casas simples de alvenaria ou madeira e dos poucos comércios, a Pedreira, que na década de 1920 tinha a jazida de pedra bruta explorada pela Prefeitura de São Paulo, sofre hoje com a falta de equipamentos públicos.O bairro possui única escola estadual, que atende crianças de Ensino Fundamental. Aos jovens do Ensino Médio, a alternativa é se dirigir para os bairros vizinhos, como Vila Niwa e Suzuki. "O que faz muitos jovens desistirem de estudar", confidenciou Debora Queijo, 21.A Prefeitura de Rio Grande da Serra justifica a ausência de unidade de Saúde e escolas pelo fato de o bairro vizinho, a Vila Niwa, já possuir ambos os serviços. Pela proximidade, os pacientes e alunos da Pedreira frequentariam esses locais. Realidade contestada pelos moradores entrevistados pela equipe do Diário.Não é só de Saúde e Educação que o bairro carece, mas principalmente de lazer, tão prometido por cada chefe do Executivo que passou pelo município. O ex-prefeito Ramon Velasquez, na época pelo PT, tinha o sonho de transformar a desativada área da Pedreira em parque ecológico para a prática de esportes radicais e pistas de caminhada. A ideia não foi levada adiante.A Cohab informou que a Prefeitura, hoje comandada pelo prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB), tem interesse na área para fins ambientais e de lazer. Pela proposta, o município passaria a ser o responsável pela guarda e utilização da área de cerca de 500 mil m² por 100 anos de concessão.O projeto é mais do que esperado pelas crianças e jovens do bairro. "Aqui não tem nada para fazer", afirmou, sem expectativa, Ingrid Rodrigues Moreira, 15.

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...pelos olhos de quem vive......pelos olhos de quem vive......pelos olhos de quem vive......pelos olhos de quem vive...

*Extraído de www.dgabc.com.br

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O morador Erivelton Santana Araújo, do bairro Jardim Guiomar em Rio Grande da Serra, reclama do péssimo estado em que se encontra a rua Daniela. Além dos buracos, a rua sofre com o mato alto.

“A Prefeitura jogou entulho na rua, mas deixaram partes grandes de concreto. Domingo, não tinha condições de passar com o carro, tive que pegar uma picareta e ficar das 11h às 14h quebrando este pedaço de concreto”, lembra.

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Família Moreira guarda as lembranças dos tempos da jazidaA família Moreira é formada por ex-funcionários da Prefeitura de São Paulo que, até meados da década de 1970, trabalharam na pedreira. Dessa jazida foram retiradas as pedras para a pavimentação da Avenida Paulista.Com o fim da exploração por parte da Prefeitura, a área passou às mãos da Companhia Metropolitana Habitacional de São Paulo. Os imóveis que ali existiam, na época, só podiam ser ocupados exclusivamente por funcionários da administração da Capital. Atualmente, essa condição não existe.No entanto, Luiz Eduardo Moreira, 45 anos de vida e de Pedreira, pai de quatro filhos batizados com nomes de personalidades importantes, representa esse passado até hoje no bairro.Filho do ex-dinamitador da jazida José Moreira, morto há 35 anos, reside na Rua dos Trilhos, exatamente em frente à garagem de onde saía o trenzinho que interligava o bairro à estação de Rio Grande. Ali, o pai fazia o transporte de pedra e dos passageiros. "Andei muito de trem", recordou-se, com saudade, ao lado da mulher Elisabete, 32.

*Extraído de www.dgabc.com.br

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Rio Grande da Serra!

Você é muito mais que lindoCom suas belezas naturaisÉ por isso, que é meu preferido

Aqui tem rios e nascentesCom suas águas abundantesQue saciam a sede de sua genteNo morro tem seus pés de samambaia

Nas árvores suas lindas orquídeasNa campina suas flores do campoTem o cantar dos pássarosCom suas lindas melodias

É por isso que todos os diasPara você rezo o Pai NossoAcompanhado da Ave Maria!

Autor Ezequiel de Souza, morador do Jardim Santa Tereza

Natural de São Caetano do Sul, Ezequiel se mudou para Rio Grande da Serra em 1964 e lá construiu a vida com a família.

“Eu me sinto feliz aqui. Tenho amor por Rio Grande da Serra, foi nessa cidade que consegui vencer, foi aqui que lutei para criar meus filhos”.

“Meu filho estudava a noite e voltava para a casa correndo, porque não tinha ninguém na rua, acabei me mudando para o Santa Tereza para a segurança deles”.

“Em Rio Grande eu descobri que é o lugar de morar, aqui é o meu lugar, sou apaixonado, amo essa terra”.

*Extraído de www.folharibeiraopires.com.br

Page 37: Passado por pedras, presente por águas   urbanismo rio grande da serra

O contexto urbanoO contexto urbanoO contexto urbanoO contexto urbano

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Page 38: Passado por pedras, presente por águas   urbanismo rio grande da serra

O município possuí um plano diretor participativo datado do ano de 2006. Neles foram acrescidas diretrizes para o desenvolvimento social,urbano e ambiental de Rio Grande da Serra, onde atividades econômicas e sociais se integrem as atividades em potencialidade da cidadecomo agricultura, indústria, comércio e serviços.A proteção ao meio ambiente e a configuração do espaço urbano também são questões pautadas no plano, além da busca da diminuição dadesigualdade social.

Das questões sociaisTratando-se de desenvolvimento econômico ele apresenta diretrizes de“ orientação das ações econômicas a partir da articulaçãometropolitana para enfrentamento dos problemas de natureza supra municipal; estímulo às cadeias produtivas do município paraatrair novos setores produtivos; o fortalecimento das atividades de médio e pequeno porte e os serviços de apoio à produção; iniciativasvisando atrair investimentos públicos e privados compatibilizando crescimento econômico com justiça social e equilíbrio ambiental; criaçãode um sistema de acompanhamento e avaliação de atividades produtivas; a dinamização da atividade rural, com utilização de práticas demanejo agrícola adequadas, priorizando agricultura orgânica e proibindo o uso de defensivo agrícola; estimulo do acesso aodesenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico pelos micro e pequenos empreendimentos e cooperativas; criação de sistemasintegrados de administração orçamentária e financeira; modernização da administração tributária; promoção do orçamentoparticipativo, instituição de centros de referência em áreas de maior vulnerabilidade”.

Das questões urbanasPrevê os requisitos mínimos de parcelamento de solo na Macrozona de Recuperação Urbana, na ZRU – Zona de Reestruturação Urbana,ZQU – Zona de Qualificação Urbana e na ZQUI – Zona de Qualificação Urbana, predominantemente Industrial. O mesmo vale para as ZEIC –Zona de Especial Interesse Coletivo a ZEITH – Zona Especial de Interesse Turístico e Histórico. Também dependem de lei específica as áreasnas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento básico adota por meio do Instrumento deOutorga Onerosa do Direito de Construir, o mesmo valendo para as Operações Urbanas Consorciadas.

No artigo 30 do PD estão elencados os objetivos do ordenamento territorial, quais sejam: I Melhorar a qualidade ambiental e paisagística e criar uma identidade própria e diferenciada; II Garantir a qualificação urbanística, através da melhoria da paisagem urbana; III Evitar a degradação ambiental e a ocupação de áreas inadequadas; IV Incentivar o adensamento na sede do município e nos vazioscontíguos a áreas dotadas de infraestrutura de saneamento básico, de água esgoto e de equipamentos urbanos; V Reverter a tendência deocupação dispersas em Áreas de Proteção Permanente e áreas de risco; VI Estimulara ocupação de áreas urbanas ociosas e subutilizadas; VII Ocupar, para fins coletivos, edifícios abandonados; VIII Adequar e divulgar osmarcos históricos e paisagísticos para usufruto da população local e para desenvolvimento de turismo; IX Recuperar e qualificar o centrocomercial; X Restaurar os edifícios de valor histórico.

*Extraído e adaptado de relatório de Avaliação Plano Diretor do município de Rio Grande da Serra – SP – 2009

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Apresentando o plano diretorApresentando o plano diretorApresentando o plano diretorApresentando o plano diretor

Page 39: Passado por pedras, presente por águas   urbanismo rio grande da serra

39Mapa de Uso e Ocupação de Solo - Rio Grande da Serra Fonte: Emplasa

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O Plano Diretor demarca diversas áreas como ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, entre as quais, algumas nas regiões maisconsolidadas da cidade, o que, somado ao acento “bem intencionado” do texto referente às políticas setoriais, inclusive de habitação,permitiria ao gestor realizar investimentos concretos para produção de HIS em curto e médio prazo.

Das questões ambientaisO plano considera o fato de o município localizar-se em área de preservação ambiental. Uma das macrozonas instituídas refere-sejustamente à Marazona de Proteção Ambiental. Diversas categorias de zonas são instituídas no intuito de enfrentar a necessidade dapreservação, comoZonas de Conservação e Preservação e Zonas de Uso Sustentável.O plano diretor busca, ao menos no âmbito da intenção enfrentar parte dos problemas urbanos como o espraiamento, a carência deinfraestrutura de determinadas regiões, a própria fragilidade do aparelho público municipal.De acordo com o artigo 33 corresponde às áreas de proteção do ambiente natural, de proteção as nascentes e aos córregos, às áreascobertas de Mata Atlântica, a área da várzea da Bacia Billings, áreas identificadas como impróprias à ocupação, de alta declividade,degradadas ou contaminadas - tais como lixões, aterros, minerações, que estejam comprometendo a qualidade da água, e onde devem serdesenvolvidas ações de caráter corretivo e remoção de invasões.Incluem-se as áreas contaminadas identificadas pela CETESB, indústrias e empreendimentos em situação irregular ou sem o devidolicenciamento, cavas minerárias, áreas objeto de ações do Poder Judiciário, entre outras.O grau de auto aplicabilidade das definições estabelecidas na política de saneamento ambiental é relativamente baixo, seria importanteelaborar um plano de saneamento e implementar a política municipal de saneamento (que incluiria a realização de um diagnóstico, projeçãode demanda futura e necessidade de investimentos, mecanismos de controle social, entre outros estudos).Na política de meio ambiente também existe a diretriz de construção de ciclovias como forma de diminuir os impactos dos sistemas no meioambiente.

*Extraído e adaptado de relatório de Avaliação Plano Diretor do município de Rio Grande da Serra – SP – 2009

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41Mapa área de reflorestamento e hortifrutirangeira – Rio Grande da Serra Fonte: Emplasa

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Das questões habitacionais

Apenas se reconhece as áreas de risco onde reside a população de baixa renda (que às vezes coincide com áreas de preservação ambiental) e a

consequente necessidade de urbanização, regularização fundiária ou remoção e produção de HIS.

Não são propostas metas quantitativas ou que estabelecem prazos às propostas. Os objetivos, conforme o art. 11: “I - Assegurar o direito à

moradia digna como direito social, conforme definido no artigo 6º da Constituição Federal; II - Articular a política de habitação de interesse social

com as políticas sociais, para promover a inclusão social das famílias beneficiadas; III - Promover o uso habitacional nas áreas consolidadas e

dotadas de infraestrutura, utilizando, quando necessário, os instrumentos previstos na lei Federal nº.10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da

Cidade; IV - Coibir novas ocupações por assentamentos habitacionais inadequados nas áreas de preservação ambiental e de mananciais, nas de

uso comum do povo e nas áreas de risco, oferecendo alternativas habitacionais em locais apropriados e a destinação adequada a essas áreas; V -

Criar condições para a participação da iniciativa privada na produção de habitação de interesse social e habitação de renda média baixa,

especialmente na área central e nos espaços vazios da Cidade dotados de infraestrutura; VI - Propiciar a participação da sociedade civil na

definição das ações e prioridades e no controle social da política habitacional”.

*Extraído e adaptado de relatório de Avaliação Plano Diretor do município de Rio Grande da Serra – SP – 2009

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43Mapa área urbanizada – Rio Grande da Serra Fonte: Emplasa

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A população sofre com a vulnerabilidade sociale com a falta de infraestrutura. Os sistemas deabastecimento de água e esgoto do municípiosão operados pela SABESP (Companhia deSaneamento básico do Estado de São Paulo ).O índice de atendimento total de água para omunicípio é de 79,19% ( SNIS,2009 ), tendosomente 25% de esgoto coletado e desses,85% são tratados, cujo o corpo receptor é aRepresa Billings (CETESB, 2011).A falta de infraestrutura e saneamento básico,acarretam uma série de deficiências ligadas àqualidade e condições de vida da populaçãolocal. A baixa porcentagem em tratamento deafluentes resultam em não conformidades naágua, de acordo com o relatório de “Qualidadedas águas superficiais do Estado de São Paulo– 2011”, foram encontrados nas amostrasMaganês, Ferro e Mercúrio.O mercúrio é um metal bioacumalativo quepode acarretar em contaminação. A ingestãode mercúrio tem graves consequências àsaúde, podendo afetar os sistemas nervoso,digestivo e imunológico, os pulmões, rins, pelee olhos e ainda, causar distúrbios neurológicose comportamentais (OMS, 2012).(Adaptado da Dissertação de Pós Graduaçãode Ana Karina Favaro,2012)

Mapa de vulnerabilidade social do Município de Rio Grande da Serra

Fonte: Prefeitura Municipal do Rio Grande da Serra, Plano Diretor - Lei municipal n° 1.635, de 05 de Outubro de 2006.

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VulnerabilidadeVulnerabilidadeVulnerabilidadeVulnerabilidade

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Número de internações somatório das taxas de mortalidade para 8 categorias selecionadas no período de 2008 – 2011 para o município de Rio Grande da Serra (SP).

Fonte: DATASUS (2012)

De acordo com os dados do DATASUS para 2011 (2012), o ano de 2009 apresentou maior taxa de mortalidade para doenças que também podemestar relacionadas às causas ambientais. As doenças do aparelho respiratório foram as que mais levaram à internação ,seguidas pelas doençasdo aparelho digestivo . Observou-se também que as internações por transtornos mentais e comportamentais. Esta prévia analise é usada comobase para propor melhoria na saúde ambiental.Um estudo realizado para o Reservatório Atibainha (SP-UGRHI 5) considerou quatro tipos de serviços ambientais característicos do bioma MataAtlântica : manutenção da fertilidade do solo; redução do assoreamento do reservatório; purificação da água; e sequestro de carbono (DITT et.al. 2010). Esses serviços serviram de base para considerar os serviços ambientais prestados pelo município de Rio Grande da Serra , pois estetambém está localizado no bioma da Mata Atlântica e apresenta extensa área de vegetação nativa ou em restauração ( sequestro de carbono efertilidade do solo ) e possui córregos e riachos que alimentam a Represa Billings ( redução do assoreamento do reservatório, purificação daágua). Com base nas pesquisas foram identificados os Serviços Ambientais prestados pela região, a demanda por estes serviços, asoportunidades de PSA e a seleção daqueles cujo resultado promova melhoria da saúde ambiental na região . Apresentados na tabela abaixo:(Adaptado da Dissertação de Pós Graduação de Ana Karina Favaro,2012))

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Uma transação voluntária na qual um serviço ambiental bem definido ou uma forma de uso da terra que possa segurar este serviço é comprado por pelo menos um comprador, de pelo menos um provedor, sob a condição de que o provedor garanta a provisão deste serviço (WUNDER,2005).O PSA é um mecanismo de mercado e, sendo assim, para que ele ocorra deve existir ao ferta e a demanda de bens e serviços ambientais, ou seja, deve existir um comprador (um ou mais) e um vendedor (um ou mais). O comprador, na maioria das vezes, é também o beneficiário (ex.:moradores pagam aos proprietários rurais pela manutenção de suas áreas verdes melhorando a qualidade do ar no local), mas em alguns casos, o comprador não se beneficia (pelo menos não diretamente) dos bens e serviços ambientais (ex. uma organização não governamental investindo em uma região para a redução da pobreza). Por fim, sendo uma transação de compra e venda, os vendedores devem garantir a provisão e a qualidade dos serviços prestados, o que pode ser averiguado por meio de monitoramento, e os compradores devem garantir os recursos para essa compra.De forma simplificada, existem dois tipos de esforços para a conservação, o primeiro é a conservação por si só, independente das necessidades ou desejos da sociedade e o segundo é a proteção dos serviços ecossistêmicos e seu suporte à qualidade de vida. A busca por soluções mais eficientes para a resolução desses conflitos deve observar três pontos fundamentais: i) uma visão clara das respostas dos ecossistemas às formas de uso e ocupação dos solos; ii) evitar os vieses relativos ao poder organizacional dos diferentes grupos envolvidos; e iii) um bom arcabouço de informações e medições confiáveis relativas à utilidade dos ecossistemas (SCHEFFER et al., 2000).Para que a construção de programas relacionados aos serviços ambientais torne-se mais eficiente e efetiva é necessário um novo conjunto de ações políticas, econômicas e sociais, o que envolve a elaboração e aprovação de novas leis, mecanismos e oportunidades de abertura de mercado, bem como a participação da sociedade civil organizada em todo o processo. Os programas de PSA, em sua maioria, diferem substancialmente uns dos outros. As diferenças vão desde a adaptação dos conceitos básicos de PSA para condições ecológicas, socioeconômicas ou institucionais diversas. Programas de PSA devem ser vistos como uma ferramenta para a conservação e também como uma possibilidade de melhoria das condições socioeconômicas dos prestadores de serviços.De acordo com o BID (2006b) existem três tipos de modelo de gestão para o PSA: i) modelo público de gestão de PSA, onde o Estado provê o marco institucional, administra e interfere diretamente nos mecanismos (obtendo, sendo intermediário entre provedor e comprador, negociando as vendas e sendo responsável pelo monitoramento); ii) modelo misto de gestão de PSA, o Estado desenvolve acordos para financiar e administras o programa com parceiros do setor privado e da sociedade civil; e por fim, iii) modelo privado de gestão de PSA, onde os pagamentos ocorrem diretamente entre os compradores e os provedores, sem interferência do Estado. Os programas de PSA devem sempre levar em conta aptidões locais. A gestão participativa pode melhorar a qualidade da tomada de decisão e também, pode garantir estratégias de adaptação mais adequadas ao contexto sociocultural e ambiental da região. Esse tipo de gestão contribui para o empoderamento dos problemas e identificação de técnicas inovadoras para o enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas, desempenhando um papel fundamental na mudança de comportamento das comunidades (FAZEY et al.,2010).Segundo WUNDER (2007), a efetividade dos programas de PSA depende das limitações por parte da demanda e falta de conhecimento porparte da oferta.

(Adaptado da Dissertação de Pós Graduação de Ana Karina Favaro,2012)

Pagamento por serviços ambientaisPagamento por serviços ambientaisPagamento por serviços ambientaisPagamento por serviços ambientais

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Serviços Ambientais prestados, demanda por serviços, oportunidades de PSA e seleção dos que promovem a melhoria da saúde ambiental.

Fonte: Trabalho de Pós Graduação - Ana Karina Favaro

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Identificação de associação ou organizações de moradores com potencial para participar do programa de PSA

A escolha do local é fundamental. A região escolhida deve ter relevância ambiental e social, assim, os programas de PSA devem ser “personalizados”, pois nem sempre as populações com maior potencial de participação estão nas áreas de maior produção de serviços ambientais (GRIEG-GRAN et al., 2005 ePAGIOLA et al., 2005).Durante o presente estudo não foram identificadas associações ou organizações de moradores com atuação no município. Assim, foram selecionadas regiões cuja população poderia apresentar potencial para participar do programa. A seleção das regiões baseou-se no Mapa de vulnerabilidade social e no Mapa de sistemas de áreas verdes municipais, ambos contidos no Plano Diretor Participativo do município de Rio Grande da Serra, como apresentado na figura abaixo:

A região 1 é composta pelos bairros Nova Califórnia, Califórnia Paulista e Oásis Paulista, com população em alta vulnerabilidade social e localizada na várzea do braço do Rio Grande da represa Billings, ou seja, em uma área depreservação permanente (APP) de mata ciliar. A região 2 é formada pelos bairros Chácara Esperança, Chácara Dom Bosco, Parque Rio Grande e Parque América, essa população também se encontra em alta vulnerabilidadesocial e está localizada em uma área contendo zonas de proteção integral e reposição de mata ciliar. Por fim, a região 3 que é composta pelos bairros Vila Niwa, Esperança e Pedreira, cuja população também se encontra em altavulnerabilidade social e está localizada na várzea do Ribeirão da Estiva.(Dissertação de Pós Graduação de Ana Karina Favaro,2012)

Fonte: Trabalho de Pós Graduação - Ana Karina Favaro

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A iniciativa da criação de um programa de PSA partiu do próprio município de Rio Grande da Serra, contudo o município não dispõe de recursossuficientes para arcar com os custos de implementação, nem para realizar os pagamentos previstos no programa. Nesse caso, o modelo de gestão indicado é o modelo misto de gestão do PSA e para realizá-lo é necessário que o município recorra a recursos externos, por meio dos fundos previstos nas leis citadas, ICMS ecológico, bancos de desenvolvimento, fundações, empresas interessadas ou ainda, parceiros locais. Para a gestão dos recursos e a para a efetuação de pagamentos, o município conta com o Fundo Municipal do Meio Ambiente instituído pela Lei Municipal n°1.913, de 20 de setembro de 2011 que “Altera dispositivos da lei municipal n° 1.769, de 3 de junho de 2009, que dispõe sobre a criação do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e do Fundo Municipal do Meio Ambiente” (RIO GRANDE DA SERRA, 2011a) eregulamentado pelo Decreto Municipal n° 2.022, de 23 de novembro de 2011 (RIO GRANDE DA SERRA, 2011b).Um bom exemplo de como a gestão para a preservação e ,ao mesmo tempo para a utilização de áreas naturais, pode ser vantajosa é o Programa Natura 2000 da European Comission Environment. Na Espanha as áreas de reserva ou proteção ocupam 21% do território nacional e a comunidade autônoma da Catalunha é a região com a maior visitação a parques. Ao todo, são 17 parques integrantes do programa Natura 2000. A estratégia é alcançar o equilíbrio entre a conservação e a utilização das áreas para a recreação, práticas de esportes ou turismo (TORBIDONI, 2011).O uso da valoração ambiental não é indispensável em um programa de PSA, mas pode ser útil para estabelecer faixa de valores. Medidas como disposição à pagar e à receber, custo de oportunidade e a diferença entre valores para realizar o manejo sustentável ou o convencional, contribuem para dar uma ideia aos provedores e compradores de que está sendo negociado (MMA, 2011).Em programas de Pagamentos por Serviços Ambientais a valoração ambiental pode ser utilizada como uma ferramenta consensual, uma forma deponderar um valor que para uns é inestimável e para outros, inexistente.Para ter um breve idéia de valoração ambiental (mais detalhes ver MOTTA 1998 e 2006) e opções para cálculos desejados para o PSA , FARBER Et al. (2006) sugerem quais metodologias são mais eficientes para a valoração econômica de alguns serviços ecossistêmicos, comoapresentado na Tabela abaixo:Serviços como o sequestro de carbono (regulação de gases e regulação climática), considerados em escala global, têm seus valores facilmente transferidos. Alguns serviços estão disponíveis em escala local, como a pesca (alimento), mas ocorrem em tantas localidades de forma semelhante que poder ser transferidos para outros locais/contextos. Já outros serviços como controle de erosão e inundação (retenção do solo e regulação hídrica) podem ser transferidos de uma escala local para regional e por fim, serviços como beleza estética ou localidades históricas apresentambaixa possibilidade de transferência, pois são muito peculiares (FARBER et al.,2006).A negociação dos serviços ambientais está diretamente ligada à confirmação da existência e continuidade de fornecimento dos mesmos. Essacontinuidade é medida por meio de metodologias de monitoramento, podendo ser qualitativas ou quantitativas, dependendo do serviço negociado.DE GOOT et al. (2009) sugerem indicadores quantitativos e qualitativos para a medição dos serviços prestados pelos ecossistemas.(Adaptado da Dissertação de Pós Graduação de Ana Karina Favaro,2012)

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Fonte: FABER et al. (2006). Tradução livre.

Categorias de serviços ecossistêmicos e metodologias de valoração econômica indicadas

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VVVVaaaalllloooorrrreeeessss:::: ppppaaaarrrraaaa uuuunnnnssss iiiinnnneeeessssttttiiiimmmmáááávvvveeeeiiiissss ,,,, para outros inexistentes...para outros inexistentes...para outros inexistentes...para outros inexistentes...

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Considerada uma das potencialidades turísticas , Rio Grande da Serra apresenta boa infraestrutura turística, atraindo cada vez mais investimentosdiversificados por parte dos capitais nacionais e estrangeiros. Percebe-se então, com tal investimento a possibilidade de uma alternativa para aquestão da redução da desigualdade social.Oportunidades que gerem resultados e dinamizem a economia municipal.O ecoturismo associado à prática de esportes radicais são atrativos locais propiciando dinamismo local, principalmente em períodos de altatemporada.

Represa Billings

Se manifesta como palco de eventos e festas, combares e restaurantes flutuantes. Sua beleza natural,como o volume de suas águas e a vegetação dasmargens, faz da região um dos principais pontosturísticos da Metrópole, propiciando a prática deesportes náuticos, como a vela e o windsurf.

A Pista de Skate Sandro Dias“Mineirinho” fica localizada na áreacentral da cidade, ao lado da Praça daBíblia. É uma pista semiprofissional, com400m de área e pode recebercompetições, permitindo que os jovensda cidade e região participem decampeonatos e se destaquem no cenáriodo esporte.

Pista de Skate*Extraído de EMPLASA - Padrões Socioespaciais 52

TurismoTurismoTurismoTurismo

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Biquinha do Matarazzo, local onde ostropeiros faziam suas paradas parase abastecerem com água.Hoje, os moradores da região vêm buscar amesma água da biquinha, porém fora daárea particular de onde ela se encontra.

Na área de uma pedreira desativada, considerada amaior da América Latina, com um paredão de mais de640m de comprimento e 70m de altura, existe projetopara um parque municipal, voltado à prática de esportesradicais, bem como à realização de cursos de rapel,escalada, skate, bungee jump, bicicross etc.

*Extraído de EMPLASA - Padrões Socioespaciais 53

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Trilha do Tancão - (3.800m) a partir da Vila Lopes até a Biquinha

Trilha da Pedreira – 1400mTrilha do Areão (2.800m a partir do Bairro da Pedreira)

Trilha das Minas da Grafite (4.800m a partir da Vila Lopes)

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As atividades artesanais vêm crescendo sobremaneira, oferecendo opções aos visitantes e também criando um novo leque de geraçãode renda. Hoje contamos com cerca de 60 (sessenta) artesãos que produzem trabalhos em madeira, sementes, folhas desidratadas,entre outros, também criando esculturas, bonecas de tecido, caixas decoradas, enfeites, bijuterias, pinturas, artefatos com materialreciclável, etc. Estes artesãos também expõem seus trabalhos em outros municípios.

FORMÃO: Ferramenta de pontachata e cortante usada para entalharmadeira. LUTHIER: É um profissional especializadona construção e reparosde instrumentos musicais.

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ARTESANATO.

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UmUmUmUm poucopoucopoucopouco sobresobresobresobre oooo cambucicambucicambucicambuci ............

O cambucizeiro é uma árvore nativa da Mata Atlântica,ameaçada de extinção, que dá frutos em formato ovóide-romboidal, com uma crista horizontal dividindo-o em duaspartes. E é por este formato singular que se dá a etimologiado nome: deriva de kamu'si ' que significa vaso, pote ouurna funerária dos tupis. Um fato curioso é que foi a farturadesta fruta que inspirou o nome de um bairro tradicional nacidade de São Paulo. Da fruta, só restou o nome no local epoucos moradores sabem hoje o que é um cambuci.Por sorte, a árvore ainda sobrevive em vários pomaresdomésticos nas cidades da Serra do Mar, como é o caso deRio Grande da Serra, Paranapiacaba (uma vila da cidade deSanto André), Salesópolis, Biritiba-Mirim, Paraibuna eoutras cidades com resquício de Mata Atlântica. E osmoradores têm sido incentivados a plantá-la e mantê-la emseus próprios quintais, graças ao interesse gastronômicodespertado pelos frutos e a descoberta de que eles podemfazer mais que simplesmente saporificar cachaças. E hoje, ocambuci já pode ser visto como uma alternativa decrescimento econômico e sustentável para os municípiosque o adotaram como produto típico.

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Há 28 anos que a psicóloga Nancy Soares de Carvalho decidiu comprar um pedacinho da Mata Atlântica, em Rio Grande da Serra, a 40quilômetros de São Paulo. Mal sabia ela que, ali, no meio da mata, estava escondido um segredo. Eram pés e mais pés de cambucizeiroOs moradores contam que o cambucizeiro estava ameaçado de extinção, quando começou um projeto de reflorestamento e distribuição demudas no município. Hoje, a cidade tem mais de cinco mil pés. Nancy também investiu na plantação. E ela foi longe. Atualmente, tem 10 pés emprodução e, no total 400 pés da fruta plantados.

Fonte: http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2010/02/fruta-exotica-e-nova-fonte-de-renda-em-rio-grande-da-serra-sao-paulo-2816357.html

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Acreditando no potencial dessa frutinha exótica, os produtores se uniram ecriaram em 2006 a cooperativa Cooper Cambuci. Hoje, eles fabricam evendem mais de 10 produtos à base da fruta. Participam de feiras e eventos,e faturam, mais de R$ 100 mil por ano.São 25 cooperados. Cada um contribui com 200 quilos de fruta por ano. Amatéria-prima é aproveitada com um bom toque de criatividade. Além deproduzir 10 mil litros de cachaça de cambuci por ano, eles fazem geléia, pão-de-mel, alfajor, trufas. A última novidade é o cambuci ice. A bebida é sucessoentre os jovens nas festas da região.Só em 2009, a Cooper Cambuci movimentou R$ 110 mil. O dinheiro foi usadopara ampliar e modernizar a sede da cooperativa. Os projetos não param.Eles também já garantiram a patente para fabricar cosméticos à base dafruta. E estão finalizando os documentos para colocar todos os produtos àvenda em supermercados. um exemplo de empreendedorismo.

Fonte:http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2010/02/fruta-exotica-e-nova-fonte-de-renda-em-rio-grande-da-serra-sao-paulo-2816357.html

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A Rota do Cambuci promove a realização de um circuito deFestivais Gastronômicos e um Arranjo Produtivo Regional nascidades de São Paulo, Rio Grande da Serra, Santo André -Paranapiacaba, Mogi das Cruzes, Salesópolis e Paraibuna, comapoio da AHPCE e participação ativa das prefeituras e produtoreslocais, visando resgatar o cultivo e o consumo dessa fruta nativa,endêmica da Mata Atlântica, abrangendo assim aspectoshistóricos, culturais, ambientais, turísticos e econômicos.

Parceiros: Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de SãoPaulo; Instituto H&H Fauser para o Desenvolvimento Sustentável ea Cultura; Núcleo Caraguatatuba do Parque Estadual da Serra doMar; Prefeituras de São Paulo, Rio Grande da Serra, SantoAndré, Mogi das Cruzes, Salesópolis e Paraibuna.http://www.ahpce.org.br/newsite/index.php?option=com_content&view=article&id=132:rota-gastronomica-do-cambuci-passa-por-paraibuna&catid=4:noticias&Itemid=16

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Projeto para futura ETEC assinado:

Para citar apenas as últimas, na segunda- feira, foi anunciada obras de coleta de esgoto que vão contribuir para melhorara qualidade da água da represa Billings. No mesmo encontro, também foi anunciada a criação de um parque ecológico em Rio Grande da Serra.Investimentos de R$ 1,95 milhões . Outro acordo firmado com o Governo do Estado é a duplicação da ponte sobre o Rio Grande, na AvenidaGuilherme Pinto Monteiro, próxima a Estação de Trem, e ainda a pavimentação da Estrada do Rio Pequeno e a recém anunciada construção daEtec, obras que ultrapassam os R$ 4 milhões de reais.Em uma cidade onde o dinheiro é pouco, os problemas são muitos, firmar convênios com órgãos estadual e federal, garante uma melhorqualidade de vida para população.A unidade da Etec em Rio Grande da Serra, ainda sem prazo para início das obras, será construída no bairro do Novo Horizonte, onde hoje estálocalizadoo antigo prédio do Centro

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*Extraído de www.folharibeiraopires.com.br – 29/06/2012

Prefeitura de Rio Grande da Serra apresenta projeto de espaço cultural:

O novo complexo educacional do município terá cerca de 3.441m2 de área construída, com frente para a Av. Dom Pedro I e Rua José MariaFigueiredo. A estrutura do espaço terá quadra esportiva coberta, playground, paisagismo em seus arredores, solário, área de recreação cobertae descoberta, cozinhas independentes, refeitórios, sala de computação, reaproveitamento das águas de chuva e isso sem contar que a unidadeterá elevador para acessibilidade de deficientes físicos e instruções em braile além de piso tátil para deficientes visuais.Outro diferencial é que, nas dependências do prédio, haverá um amplo auditório com acústica apropriada e tratamento térmico, espaço que

será utilizado por toda rede municipal de ensino, bem como para divulgação dos trabalhos dos artistas da cidade. A inauguração não tem datapara ocorrer.

*Extraído de www.folharibeiraopires.com.br – 25/08/2011

Projetos atuais e propostas futurasProjetos atuais e propostas futurasProjetos atuais e propostas futurasProjetos atuais e propostas futuras

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Solvay Indupa é uma filial da Solvay, um grupo internacional ativo no setor químico. É uma das mais importantes empresas petroquímicas no Mercosul.Através da participação ativa de seus membros, a Solvay Indupa estabelece o seu compromisso com a comunidade a qual pertence, contribuindo para atender as necessidades da mesma

Química e Natureza - Nasceu como um projeto de Educação Ambiental desenvolvido pela Solvay Indupa desde 1997, na comunidade do entorno da fábrica de Santo André. Com o principal objetivo de envolver alunos das escolas de Rio Grande da Serra, Paranapiacaba e Ribeirão Pires em um processo de identificação dos principais problemas que afetam a qualidade de vida da comunidade e elaborar um plano de atividades, trabalhando os conceitos de desenvolvimento sustentável e de cidadania.

Curta Metragem Química e Natureza - Projeto de educação sócio-ambiental criado em 2006 com objetivo de dar continuidade ao trabalho já desenvolvido pela Solvay Indupa nas escolas de Rio Grande da Serra e Paranapiacaba. De uma maneira estimulante e inovadora, o cinema é utilizado como a principal ferramenta para provocar a reflexão dos alunos sobre as questões sócio-ambientais locais. Os alunos das 8ª séries desenvolvem redações sobre as temáticas ambientais locais, base para os curta metragens.

Fibras da Serra - Projeto de educação ambiental e economia solidária desenvolvido pela Solvay Indupa junto à comunidade vizinha à fábrica - o Município Rio Grande da Serra - com foco na geração de trabalho e renda, o projeto visa à produção de objetos artesanais, tecidos com palha e fibra de bananeira, agregados a outros materiais. Atitudes de proteção ao ambiente incluem: cuidados com extrações da natureza, reaproveitamento de materiais e minimização na geração de resíduos.

Campanha da Saúde - A Solvay Indupa patrocina com freqüência Campanhas de Vacinação contra a Dengue, entre outras doenças. Os beneficiários são as comunidades de Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires.

Festival de Inverno de Paranapiacaba - Paranapiacaba é uma antiga vila ferroviária fundada em 1867 e que, apesar de sua reconhecida importância histórica, ficou abandonada por muitos anos. Por esse motivo, a Prefeitura de Santo André, que desde 2002 é a proprietária da vila, vem tentando revitalizá-la, fortalecendo seu potencial turístico. Para tanto, criou a Subprefeitura de Paranapiacaba que, como primeiro grande passo, desenvolveu o Festival de inverno de Paranapiacaba.A Solvay Indupa patrocina o evento desde sua primeira edição, em 2001. Desde então, o festival acontece todos os anos, sempre no mês de julho, e cada edição supera as expectativas tanto no número de público como na qualidade das atrações apresentadas

60*Extraído de www.solvayplastics.com

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Proposta final...Proposta final...Proposta final...Proposta final...

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As diretrizes gerais propostas para o parque linear Rio Grande da Serra foram elaboradas considerados quatro aspectos principais, os aspectos físicosda região, a importância do parque enquanto espaço de lazer, a ocupação urbana do território e a ligação do parque linear com a Pedreira.O principal objetivo que um Parque Linear nesta região deve ter é de conciliar a conservação ambiental dos rios e suas margens, com a provisão deespaços livres e verdes à população, articulados a áreas habitacionais. Portanto, uma de suas principais funções é se constituir em umainfraestrutura capaz de solucionar parte do déficit de saneamento ambiental da região, melhorando a qualidade de água que chega à represa.Considerando que os conflitos e problemas que existem nas áreas de proteção aos mananciais atingem uma área extensa, somente o parque linearnão é suficiente para que isso aconteça, mas deve ser parte de um processo de intervenções mais amplo.O tratamento da vegetação ao longo do parque deverá atender duas distintas situações, conexão do parque com terrenos que

apresentam maciços de vegetação e um complemento ao projeto da cooperativa Cooper Cambucy destinando áreas para o cultivo do Cambuci. Aimportância do parque, além de suprir demanda por espaços de lazer, seria a de se constituir como um instrumento de conservação das áreas ondehá vegetação ou maciços arbóreos significativos, esta implantação poderá suprir uma importante demanda desta parte da cidade, diversificando aspossibilidades de uso do espaço que atualmente é praticamente mono-funcional – habitacional, e com pouca qualidade de infra estrutura. Devido ao seu entorno , o parque poderá ter uma diversificação de usos e atividades previstas, como atividades ativas (esportivas como trilhas, ciclovias,quadras, brinquedos infantis) e contemplativas (áreas com decks, bancos, áreas de estar).Como identificado na contextualização geográfica, há uma grande quantidade de ocupações precárias e de baixa renda. Por isso, a intervenção comcaráter ambiental tem necessariamente que dialogar com a questão habitacional e social da região. A área delimitada como parque linear abrangeuma faixa ao longo das margens dos rios e seus córregos contribuintes, e tem continuidade ao longo das vias que levam a estação ferroviária e apedreira. O parque linear cruza com as moradias criando uma integração de usos.As diretrizes para o projeto contemplam , preservar a várzea e associar áreas verdes e espaços livres à rede hídrica, proteger ou recuperar os

ecossistemas, prover áreas verdes para o lazer proporcionando a apropriação social desses espaços, controlar a expansão da ocupação urbana emárea de preservação permanente, incentivar o cultivo do cambuci possibilitando a expansão da proposta do cooperativismo sustentável,implantação de uma espaço cultural que contemple uma concha acústica e um boulevart , aliados oferecerão espaço físico para o festival docambuci, assim como a venda dos produtos resultantes da mão-de-obra local.Hoje o Festival do Cambuci é realizado na rua em frente à prefeitura do município , o que não possibilita uma organização visualmente coesa .A proposta para implantação deste espaço físico visa possibilitar a infra- estrutura para este e outros eventos que possam surgir, localizado noterreno em frente à prefeitura, na rua do Progresso, paralela à Av. D. Pedro.

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Proposta para implantação do parque.

Equipamentos de interesse público –Estação/ Pedreira

Área proposta Concha-Acústica

Área ciclovia proposta

Projeto de intervençãoImagem: Google Maps - 2012

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O objetivo da implementação do parque seria a preocupação deproteger as áreas de várzea, funcionando como um regulador deenchentes além da opção de lazer aos moradores locais.A ciclovia sugerida torna-se parte do lazer proporcionado, integra-se ao parque permitindo seu uso contemplativo e esportivo.Pontos de parada com postos policiais, áreas cobertas paradescanso foram previstos no decorrer do trajeto que liga a estaçãoda CPTM à pedreira.

Parque Várzea do Tietê – Ponto de parada ciclistasFonte: Wikipédia

Parque Várzea do Tietê - CicloviaFonte: Wikipédia

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Área proposta Concha-Acústica

Proposta de intervenção – Concha AcústicaImagem: Google Maps - 2012

Revitalização da quadra existente integrando-a ao projeto de intervenção.

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Com objetivo de atender a demanda dos eventosreligiosos, cívicos e culturais do município que antesnão contavam com tal espaço físico, integrando a praçajá existente em frente a Igreja de São Sebastião e apista de skate. O entorno ainda contempla umpequeno campo de futebol que deverá ser revitalizado.Equipamento ficará localizado à duas quadras daestação ferroviária, possibilitando acesso pela rua RioGrande e a Av. D. Pedro I, rota para parada de ônibus.O projeto da concha traz à população mais umapossibilidade de cultura e lazer, torna-se aliado naproposta de uma nova cidade rica por suas grandespossibilidades de usos culturais e esportivos.

Concha acústica Praça Antonio João, DouradosFonte: www.douradosagora.com.br/noticias/praça-de-dourados-ganha-concha.

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Proposta

Boulevard

Proposta de intervenção – BoulevardImagem: Google Maps - 2012

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O Terreno para implantação da proposta do Boulevar, que contempla a viabilização de um comércio local, artesanal e gastronômico.Espaço físico que aumente as possibilidades de ganhos financeiros e culturais ligados ao festival do Cambuci. Para viabilizar a proposta,precisamos do poder público e privado aumentando assim a infraestrutura para o evento, uma estruturação que contemple umainfraestrutura viável e boa campanha para divulgação do evento.Assim como acontece com o festival de Paranapiacaba, que tem como investidor o poder privado, o qual contribui com a estruturação doevento e divulgação. Festival este que ganha força com o passar dos anos.Através de levantamentos sabemos que a empresa que colabora com o festival de Paranabiaca é a Salvoy, que mostra-se receptiva paraprojetos culturais e sustentáveis.Esta empresa que já viabilizou projetos em Rio Grande da Serra e por isso acreditamos que possa ser um investidor em potencial para oproposta.

Boulevar CapivariFonte: www.capivari.com.br

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O trabalho aqui desenvolvido expôs a viabilidade teórica e prática de aliar questões ambientais , socioeconômicas e culturais. Naintervenção proposta o respeito deve ser mútuo e analise feita em profundidade, antes de qualquer proposição. Exige-se sensibilidadepara perceber os elementos a serem preservados, assim como as necessidades dos munícipes. E humildade param notar quedeterminadas soluções não atende à demanda presente , exigindo assim revisão constante.Diante da limitação, as áreas de mananciais , proteção e reserva de matas nativas, conclui-se que existe uma imensa necessidade depreservação ambiental. Visto que o descaso com este ecossistema abrange uma esfera que ultrapassa os limites do município de RioGrande da Serra e alcança um nível governamental, foi elaborada uma proposta com objetivo de contribuir para a melhoria dos padrõessocioeconômicos através do desenvolvimento sustentável e ampliação de ofertas culturais e de lazer.Foram destacados conceitos de inclusão, autonomia e sustentabilidade , lado a lado com mínima intervenção , ambiência ecompatibilidade fisíco-química. Cada fator do projeto em sua esfera de atuação é um promotor nato da mudança.Ao olharmos para a cidade, de forma geral, nos deparamos com o grande potencial a ser desenvolvido, fica demonstrado então osdiversos agentes , o projeto, a execução, a manutenção e o gerenciamento de uso. Sendo capazes de abranger as necessidades existentesdo município.Se o projeto, execução e manutenção acontecerem corretamente , estará fadado ao sucesso e apropriação popular. Assim deve serencarada como ponto de partida por todas as partes envolvidas em sua efetivação.

ConclusãoConclusãoConclusãoConclusão

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ReferênciasReferênciasReferênciasReferências

pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_da_Serra – Acessado em 08/08/2012

www.seade.gov.br/produtos/perfil/perfilMunEstado.php - Acessado em 20/08/2012

Relatório de Avaliação Plano diretor do município de rio grande da Serra - 2009

Dissertação de Pós Graduação – Ana Karina Favaro - 2012

Plano Diretor Rio Grande da Serra - 2006

www.emplasa.com.br – Acessado em 20/11/2012