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PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO SOCIAL NO BRASIL A participação social foi elevada a status de princípio constitucional da administração pública O Brasil vitrine nas experiências de democracia participativa: Orçamento Participativo sob a forma consultiva e deliberativa: 1200 municípios na A Latina e 100 na Europa No Brasil, 200 experiências de OP ocorreram nas prefeitura governadas por partidos de esquerda (PT, PSB) O direito de participar da vida política nacional Uma educação permanente para a cidadania

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Page 1: PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO SOCIAL NO BRASIL A participação social foi elevada a status de princípio constitucional da administração pública

PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO SOCIAL NO BRASIL

A participação social foi elevada a status de princípio constitucional da administração pública

O Brasil vitrine nas experiências de democracia participativa: Orçamento Participativo sob a forma consultiva e deliberativa: 1200 municípios na A Latina e 100 na Europa

No Brasil, 200 experiências de OP ocorreram nas prefeitura governadas por partidos de esquerda (PT, PSB)

O direito de participar da vida política nacional

Uma educação permanente para a cidadania

Page 2: PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO SOCIAL NO BRASIL A participação social foi elevada a status de princípio constitucional da administração pública

POR QUE?

Combater a concentração do poder oligárquico e patrimonialista

Inserir as necessidades populares nas políticas sociais

Compartilhar responsabilidades sociais Controle público das decisões e atos do

poder constituído Fortalecimento do regime democrático Substituição da estrutura político-

adminsitrativa centralizada e vertical por descentralizada e horizontal

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A SOCIEDADE CIVIL E A INSTITUCIONALIDADE DEMOCRÁTICA

Anos 80 De massa Uma imagem ‘unificada’, capaz de impor uma renovação ética de fora para

dentro, representante do interesse geral; Dotada de força transformadora(imprimir marca cidadã, participativa e

democrática) Estado enfraquecido por anos de ditadura com uma sociedade civil

vogorosa após anos de repressão Um campo de força ética sem ser atravessada por lutas? Como organizar

hegemonias?

Cultura de Esquerda nos anos 80 Basista e anti-institucional Rupturista e de confronto Desenvolver formas embrionárias de poder e controle popular nas fábricas e

nos bairros Movimentos e partidos de costas para o Estado (experiências de ditaduras) Terreno hostil dentro da legalidade burguesa

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O FORTALECIMENTO DO PODER ESTATAL DEMOCRÁTICO

CF 1988 – restauração da democracia representativa, legitimidade dos poderes constituídos pelo Sufrágio Universal, Livre e Soberano

Muda a relação Estado e Sociedade Novas forças conquistam o poder pelo voto Crise do Leste-valorização da democracia

representativa Experiências de OP em gestões PT –

possibilidades de construção de uma nova hegemonia

“Nem tudo que vem da sociedade civil e do Estado é bom ou mau”

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A SOCIEDADE CIVIL E SUA REPRESENTAÇÃO POLÍTICA

Transmutação do período pré-constituinte Expressão empobrecida da anterior – menor capacidade de

mobilização e fragmentação Inserida em regras do ordenamento jurídico (os

representantes, diferente se comparada ao sufrágio universal

Uma Participação com dificuldades: Mutilada por critérios excludentes (jogos de cartas

marcadas) Cooptação e aparelhamento dos gestores Privilegiamento de setores e acobertamento de fraudes Presença deletéria de corporativismos Afastamento e desvalorização desses canais Afastamento dos representantes

Page 6: PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO SOCIAL NO BRASIL A participação social foi elevada a status de princípio constitucional da administração pública

ASPECTOS CONSTITUTIVOS DAS REPRESENTAÇÕES CONSELHISTAS

Entidades governamentais, não-governamentais e poder público (classificações inadequadas diante da diversidade de órgãos e entidades) (públicos, públicos-estatais, híbridos, privados, privados investidos de múnus públicos)

Conselhos de DH – públicos, híbridos, para-estatais, nunca governamentais

CDH – não são não-governamentais,são eleitas e não representam a Universidade, integram o CEDDHC por credenciais conquistadas

OAB e Conselhos (não são totalmente privadas pois exercem múnus públicos, funções de prerrogativas do poder público. Apesar de autônomas não tem puro sangue como outras da sociedade civil.

ONGs –universo díspares, as que visam lucros e as defensoras de direitos voltadas para os interesses públicos

A falsa dicotomia entre público e privado (desvelamento da visão maniqueísta)

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CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DO QUANTUM DAS REPRESENTAÇÕES CONSELHISTAS

Poder Executivo e os diferentes setores da sociedade que com ele compartilha gestão e fiscalização ou que sobre ele exerce sua função propositiva e fiscalizadora

Universos diferentes Sua expressão numérica nesses colegiados não

substitui a legitimidade e a responsabilidade conquistada no sufrágio universal

Para Lyra, os conselhos gestores de políticas públicas que definem estratégias, alocam recursos, elaboram políticas e tomam decisões de governos devem estabelecer limites na proporcionalidade da sociedade civil.

Page 8: PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO SOCIAL NO BRASIL A participação social foi elevada a status de princípio constitucional da administração pública

HEGEMONIA DOS ESTADOS NOS CONSELHOS GESTORES

Sufrágio Universal – confere autorização a partir do programa de governo, obrigação ética de cumprir.

A sociedade civil areja, aproxima, dar transparência. Não governam em lugar do Governo.Não substituem os mandatários eleitos. Não substitui a representatividade conquistada pelo Sufrágio Universal. Não podem retirar prerrogaticas da administração.

Conselhos de Saúde (representação quatripartite – governos, usuários, trabalhadores e prestadores de serviços)

Paridade Numérica # Paridade Política

Page 9: PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO SOCIAL NO BRASIL A participação social foi elevada a status de princípio constitucional da administração pública

ATRIBUIÇÕES DOS CONSELHOS GESTORES

De caráter deliberativo, competentes para planejar, supervisionar e monitorar a implementação de políticas governamentais. Inauguram a participação social no exercício da governabilidade

Requisitos: -Autonomias das entidades#autonomia dos conselhos que integram a

administração pública; -Livre indicação#indicação do executivo -Aptos a compartilhar responsabilidades, garantindo transparencia da

administração, identificando necessidades e propondo ações.

Natureza Jurídico-política: A socialização da política é pedagógica, ensina e aprende a governar.

Revolução Cultural.Inibe corrupções, maior controle e definição da alocação de recursos públicos

Transparência das contas públicas Relativiza o saber técnico; Avalia desempenho, fiscaliza e aponta correções e alternativas

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CONSELHOS DE DIREITOS

Caráter e Papel: Promoção de defesa de direitos. Mediação na solução de conflitos e crises. Proposição de mecanismos legais para institucionalização

dos direitos Órgãos de fiscalização e denúncia, investiga ao ter acesso

as unidades públicas para diligências, exames e inspeções Natureza consultiva,propositiva e educativa Caráter abrangente Delibera sobre a formulação de Políticas de Direitos

Humanos Como órgãos de fiscalização exige autonomia em relação

ao Executivo OBS: No PL que está propondo alteração do CNDDPH estão

sugerindo poderes para recomendação de afastamento de cargo, emprego ou função na administração pública e aplicação de sanções aos infratores e recomendação com prazo de atendimento.

Page 11: PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO SOCIAL NO BRASIL A participação social foi elevada a status de princípio constitucional da administração pública

MECANISMOS NÃO-CONVENCIONAIS DE PARTICIPAÇÃO POLÍTICA

Conferencias Órgãos gestores Entidades Privadas Fundos Especiais Ministério Público

Os órgãos gestores são instancias do poder executivo responsáveis pela formulação, coordenação da política temática.

Para exercer o controle democrático das políticas e planos os conselhos gestores(Idoso, Mulheres e outros) regidos pelo princípio da paridade tem caráter deliberativo e não apenas consultivo.

Page 12: PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO SOCIAL NO BRASIL A participação social foi elevada a status de princípio constitucional da administração pública

FUNDOS ESPECIAIS

Captação de recursos para prestação de benefícios e serviços sociais

Como condição de transferência de renda referentes a descentralização das políticas públicas são exigidos fundo específico, plano de ação e conselho gestor

Os recursos dos fundos podem ser usados para pagar benefícios e serviços, apoio técnico e financeiro a programas e projetos, ações emergenciais, capacitação de recursos humanos e desenvolvimento de estudos e pesquisas.

Page 13: PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO SOCIAL NO BRASIL A participação social foi elevada a status de princípio constitucional da administração pública

REDES SOCIAIS Surgem das relações sociais, de modo informal na relação entre

Estado e Sociedade Se manifestam em forma de teias entrelaçadas de pessoas e

organizações Apresentam interesses afins, no trabalho de ação e articulação social. As redes envolvem relações de troca e laços de dependência mútua. Buscam realizar objetivos e uma interação democrática Articula e produz transformação na força do grupo Apresenta uma ética colaborativa Objetiva objetivos comuns nas áreas sociais; Produz informação e possibilita trocas e articulações permanentes Produz um movimento contínuo, permite um fluxo seja nas diversas

áreas de conhecimento, com os diversos atores sociais Interliga diversos setores da sociedade, de forma igualitária e

democrática, por meio de novas estruturas organizacionais: parcerias e alianças, com pressupostos de democratização, horizontalidade, menor grau de hierarquização, interação e flexibilidade

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REDES SOCIAIS NA ÁREA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Artigo 86 do Estatuto da Criança e do Adolescente: "A política de atendimento dos direitos da criança e do

adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios“

A garantia de direitos não é de responsabilidade de uma única instituição, ou setor da sociedade, mas de uma ação interdisciplinar e intersetorial entre os principais atores do Poder Público e da Sociedade Civil Organizada.

As redes sociais surgem frente as demandas por direitos, a exemplo da REMAR, do Fórum DCA e outros. Essa troca de saberes e informação são necessárias para que ocorra a defesa dos direitos da sociedade de forma plena.

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Referência: LYRA, Ruben Pinto. Democracia

representativa x democracia participativa: a representação do estado e da sociedade civil nos conselhos de políticas públicas. In: LYRA, Ruben Pinto(ORG.). Participação e segurança pública no Brasil: teoria e prática. João Pessoa: Editora Universitária, 2009. p.21-44.

PEREIRA, Potyara Amazoneida. Controle democrático como garantia de direito. Brasília: Subsecretaria dos Direitos Humanos, 2005.