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DH1–VI–2 ROTEIRO HIDROVIA PARAGUAI – PARANÁ (Porto de Cáceres – Porto de Nova Palmira) PARTE II DE ASSUNÇÃO A CÁCERES CANAL TAMENGO EDIÇÃO R E P U B L I C A A R G E N T I N A H I I D R R O G A A F S E R V I C I O D E O C E A N O G R AF IA, H I D R O G RA FI A Y M E T E O R O L O G I A D E L A A R M A D A - U R U G U AY - D I R E C C I O N D E H I D R O G R A F I A Y N A V E G A C I O N P A R A G U A Y M A R I N H A D O B R A S I L H I D R O G R A F I A E N A V E G A Ç Ã O S E R V I C I O N A C I O N A L D E H ID R O G R A F I A N A V A L B O A L I I V DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO CENTRO DE HIDROGRAFIA DA MARINHA BRASIL 2020 Original

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  • DH1–VI–2

    ROTEIRO

    HIDROVIAPARAGUAI – PARANÁ

    (Porto de Cáceres – Porto de Nova Palmira)

    PARTE II

    DE ASSUNÇÃO A CÁCERES CANAL TAMENGO

    2ª EDIÇÃO

    REP

    UBLI

    CA ARGENTIN

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    CIONAL DE HIDROGRAFIA NAVA

    L

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    DIRETORIA DE HIDROGRAFIA E NAVEGAÇÃO

    CENTRO DE HIDROGRAFIA DA MARINHA

    BRASIL

    2020

    Original

  • DH1–VI–2

    B823r2020

    Brasil. Diretoria de Hidrografi a e Navegação.

    Roteiro : hidrovia Paraguai-Paraná : parte II – de Assunção a Cáceres – Canal do Tamengo. – 2. ed. – Niterói – RJ : DHN, 2020.

    xii, 222 p. : il.

    ISBN 85-7293-025-6

    inclui índice

    1. Roteiro de navegação – Paraguai, Rio, Bacia. 2. Roteiro de navegação – Paraná, Rio, Bacia. I. Título.

    CDD 629.89098

    II

    Original

  • DH1–VI–2 Original

    LISTA DE PÁGINAS EFETIVAS

    Esta lista apresenta a situação das páginas do Roteiro Hidrovia Paraguai-Paraná, Parte II, 2020.

    Páginas Situação

    I/II – Original

    III/IV – Original

    V/VI – Original

    VII/VIII – Original

    IX/X – Original

    XI/XII – Original

    XIII/XIV – Original

    1/2 – Original

    3/4 – Original

    5/6 – Original

    7/8 – Original

    9/10 – Original

    11/12 – Original

    13/14 – Original

    15/16 – Original

    17/18 – Original

    19/20 – Original

    21/22 – Original

    23/24 – Original

    25/26 – Original

    27/28 – Original

    29/30 – Original

    31/32 – Original

    33/34 – Original

    35/36 – Original

    37/38 – Original

    39/40 – Original

    41/42 – Original

    43/44 – Original

    45/46 – Original

    47/48 – Original

    49/50 – Original

    51/52 – Original

    Páginas Situação

    53/54 – Original

    55/56 – Original

    57/58 – Original

    59/60 – Original

    61/62 – Original

    63/64 – Original

    65/66 – Original

    67/68 – Original

    69/70 – Original

    71/72 – Original

    73/74 – Original

    75/76 – Original

    77/78 – Original

    79/80 – Original

    81/82 – Original

    83/84 – Original

    85/86 – Original

    87/88 – Original

    89/90 – Original

    91/92 – Original

    93/94 – Original

    95/96 – Original

    97/98 – Original

    99/100 – Original

    101/102 – Original

    103/104 – Original

    105/106 – Original

    107/108 – Original

    109/110 – Original

    111/112 – Original

    113/114 – Original

    115/116 – Original

    117/118 – Original

    Páginas Situação

    119/120 – Original

    121/122 – Original

    123/124 – Original

    125/126 – Original

    127/128 – Original

    129/130 – Original

    131/132 – Original

    133/134 – Original

    135/136 – Original

    137/138 – Original

    139/140 – Original

    141/142 – Original

    143/144 – Original

    145/146 – Original

    147/148 – Original

    149/150 – Original

    151/152 – Original

    153/154 – Original

    155/156 – Original

    157/158 – Original

    159/160 – Original

    161/162 – Original

    163/164 – Original

    165/166 – Original

    167/168 – Original

    169/170 – Original

    171/172 – Original

    173/174 – Original

    175/176 – Original

    177/178 – Original

    179/180 – Original

    181/182 – Original

    183/184 – Original

  • DH1–VI–2

    IV ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

    Original

    Páginas Situação

    185/186 – Original

    187/188 – Original

    189/190 – Original

    191/192 – Original

    193/194 – Original

    195/196 – Original

    197/198 – Original

    Páginas Situação

    199/200 – Original

    201/202 – Original

    203/204 – Original

    205/206 – Original

    207/208 – Original

    209/210 – Original

    211/212 – Original

    Páginas Situação

    213/214 – Original

    215/216 – Original

    217/218 – Original

    219/220 – Original

    221/222 – Original

  • DH1–VI–2

    REGISTRO DE CORREÇÕES

    INSTRUÇÕES

    1 – Na coluna Folheto Quinzenal devem ser registrados o número e o ano do Folheto Quinzenal de Avisos aos Navegantes que publicou a correção.Ex. Fol. 12/20.

    2 – Na coluna Páginas Afetadas devem ser registrados os números das páginas corrigidas, substituídas ou inseridas. Ex. 15 e 16; 21/22 (Folheto 12/20).

    3 – Na coluna Rubrica/Data devem ser lançadas a rubrica do responsável pela correção e a data da correção.

    4 – Para facilitar o controle do usuário, o Folheto Quinzenal que divulgar correções ao Roteiro da Hidrovia Paraguai–Paraná, Parte II, informará, sempre, a numeração destas correções e dos folhetos que publicaram as correções precedentes.

    Folheto Páginas Afetadas Rubrica

    Data

    Original

  • DH1–VI–2

    Folheto Páginas Afetadas Rubrica

    Data

    VI ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

    Original

  • DH1–VI–2

    INTRODUÇÃO

    O Roteiro da Hidrovia Paraguai–Paraná é composto de duas partes:

    – Parte I (de Nova Palmira a Assunção), de responsabilidade da Argentina; e

    – Parte II ( de Assunção a Cáceres), de responsabilidade do Brasil.

    As partes I e II do Roteiro têm em comum os capítulos I, II e III que reúnem as Informações Gerais, as Informações dos Países Membros e as Informações sobre a Hidrovia Paraguai–Paraná, respectivamente.

    A parte I (Argentina) possui, ainda, os capítulos IV (Nova Palmira – Rio Paraná até a Confl uência) e V (Confl uência até Assunção).

    A parte II (Brasil) possui, ainda, o capítulo IV (Rio Paraguai – de Assunção a Cáceres. Canal do Tamengo).

    Esta edição foi atualizada de acordo com as novas cartas da Hidrovia (2ª edição) elaboradas a partir de 2013.

    Original

  • DH1–VI–2

    VIII ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

    Original

  • DH1–VI–2

    HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ

    BOLÍVIABRASIL

    MATO GROSSO

    MATO GROSSO DO SUL

    ARGENTINA

    PARAGUAI

    URUGUAI

    Buenos AiresMontevideo

    Assunção

    Descalvados

    Central AguirrePuerto BuschBaía Negra

    Concepción

    Formosa

    Barranqueras

    Reconquista

    Santa Fé

    Rosário

    San NicolásZárate Nueva Palmira

    La Paz

    Bella Vista

    Corrientes

    PilarVilleta

    Rio Pa

    raná

    Vallemi

    RioParaguai

    Porto Murtinho

    Corumbá

    MorrinhoCáceres

    Campo Grande

    Cuiabá

    IX

    Original

  • DH1–VI–2

    X ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

    Original

  • DH1–VI–2

    ÍNDICE

    CAPÍTULO I

    GENERALIDADES

    Propósito ......................................................................................................................................... 1Referências e unidades de medida .................................................................................................. 2Correções ........................................................................................................................................ 2Colaboração do navegante ............................................................................................................ 6Sinalização náutica ........................................................................................................................ 6Avisos-rádio náuticos .................................................................................................................... 16Folheto de avisos aos navegantes ................................................................................................ 17Boletim fl uvial ............................................................................................................................... 17Praticagem de porto ....................................................................................................................... 18Praticagem ...................................................................................................................................... 18Regras especiais de navegação para a hidrovia Paraguai–Paraná ............................................. 18Regras práticas de navegação fl uvial ........................................................................................... 18Poluição ........................................................................................................................................... 20Desratização e desinfecção ............................................................................................................. 20Quarentena ...................................................................................................................................... 20Transporte de infl amáveis, explosivos e produtos perigosos .................................................... 20Regras a observar nos portos e vias navegáveis ......................................................................... 21Entrada e saída de embarcações ................................................................................................... 21Embarcações de esporte e recreio ................................................................................................ 21Cerimonial marítimo ..................................................................................................................... 21Polícia de segurança da navegação ............................................................................................... 21Apoio e controle radioelétrico da navegação ............................................................................... 22

    CAPÍTULO II

    INFORMAÇÕES DOS PAÍSES MEMBROS DA HIDROVIAPARAGUAI–PARANÁ

    ARGENTINA Situação geográfi ca ........................................................................................................................ 25Clima ............................................................................................................................................... 26Ventos ............................................................................................................................................. 27População ........................................................................................................................................ 28Resumo histórico ........................................................................................................................... 28Organização político-administrativa ............................................................................................. 29Moeda ............................................................................................................................................. 30Pesos e medidas ............................................................................................................................. 30Hora legal ...................................................................................................................................... 30Feriados nacionais ......................................................................................................................... 30

    BOLÍVIASituação geográfi ca ........................................................................................................................ 31Clima .............................................................................................................................................. 31Ventos ............................................................................................................................................. 32População ....................................................................................................................................... 32

    Original

  • DH1–VI–2

    Resumo histórico ........................................................................................................................... 32Organização político-administrativa .............................................................................................. 35Moeda ............................................................................................................................................. 36Pesos e medidas .............................................................................................................................. 36Hora legal ....................................................................................................................................... 36Feriados nacionais ......................................................................................................................... 37

    BRASILSituação geográfi ca ......................................................................................................................... 39Clima ............................................................................................................................................... 40Ventos .............................................................................................................................................. 41População ........................................................................................................................................ 42Resumo histórico ........................................................................................................................... 42Organização político-administrativa ............................................................................................. 43Moeda .............................................................................................................................................. 44Pesos e medidas ............................................................................................................................. 44Hora legal ....................................................................................................................................... 44Feriados nacionais ......................................................................................................................... 45

    PARAGUAISituação geográfi ca ........................................................................................................................ 47Relevo ............................................................................................................................................. 47Hidrografi a ...................................................................................................................................... 47Clima .............................................................................................................................................. 48População ........................................................................................................................................ 48Resumo histórico ........................................................................................................................... 48Organização político-administrativa .............................................................................................. 49Moeda ............................................................................................................................................. 50Pesos e medidas ............................................................................................................................. 50Hora legal ....................................................................................................................................... 50Feriados nacionais ......................................................................................................................... 50

    URUGUAISituação geográfi ca ......................................................................................................................... 51Clima ............................................................................................................................................... 52População ........................................................................................................................................ 52Resumo histórico ........................................................................................................................... 53Organização político-administrativa ............................................................................................. 54Moeda ............................................................................................................................................. 54Pesos e medidas ............................................................................................................................. 54Hora legal ....................................................................................................................................... 54Feriados nacionais ......................................................................................................................... 55

    CAPÍTULO IIIHIDROVIA PARAGUAI–PARANÁ

    Histórico ......................................................................................................................................... 57Propósito ......................................................................................................................................... 58Convênios e tratados ...................................................................................................................... 58Organização .................................................................................................................................... 60Esquema da organização ............................................................................................................... 61Mapa geral da hidrovia .................................................................................................................. 62

    XII ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

    Original

  • DH1–VI–2

    CAPÍTULO IV

    RIO PARAGUAI – DE ASSUNÇÃO A CÁCERES. CANAL TAMENGO

    Descrição ........................................................................................................................................ 63Pontos característicos, passagens críticas e cascos soçobrados .................................................. 67Principais portos ............................................................................................................................ 80Regime fl uvial: alturas máximas e mínimas registradas; alturas críticas; e correntes ................. 96Climatologia ................................................................................................................................... 98Quilometragem ............................................................................................................................... 101

    ÍNDICE XIII

    Original

  • DH1–VI–2

    XIV ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

    Original

  • DH1–VI–2

    CAPÍTULO 1

    GENERALIDADES

    Propósito – O Roteiro da Hidrovia Paraguai–Paraná (Porto de Cáceres–Porto de Nova Palmira), tem o propósito de complementar as informações dos croquis ou cartas, oferecendo ao navegante subsídios que lhe permita avaliar com maior exatidão as informações sobre os passos críticos, as rotas e os canais, assim como conhecer os recursos e facilidades das localidades ribeirinhas, os regulamentos da hidrovia e dos principais portos, seus acessos e os regimes fl uvial e climático.

    A publicação está dividida em duas partes: Parte I, de responsabilidade do Serviço de Hidrografi a Naval da Armada da República Argentina; e Parte II, de responsabilidade da Diretoria de Hidrografi a e Navegação, da Marinha do Brasil.

    A Parte I descreve o rio Paraná desde sua desembocadura pelos diferentes braços (Paraná das Palmas, Paraná Guazú e Paraná Bravo), incluindo o porto de Nova Palmira, no rio Uruguai, até a confl uência dos rios Paraná (km 1.240) e Paraguai; e desde este ponto, pelo rio Paraguai, até o porto de Assunção (km 390), considerando o zero (km 0) deste rio em Confl uência.

    A Parte II descreve o rio Paraguai desde Assunção (km 390) até o porto de Cáceres (km 2.202), incluindo o canal Tamengo (km 1.522).

    Os seguintes capítulos são comuns às duas Partes:

    Capítulo I – Generalidades.

    Capítulo II – Informações dos países membros da Hidrovia

    Para guai–Paraná.

    Capítulo III – Hidrovia Paraguai–Paraná.

    À Parte I correspondem os:

    Capítulo IV – Porto de Nova Palmira.

    Rio Paraná até Confl uência.

    Capítulo V – Rio Paraguai – de Confl uência a Assunção.

    À Parte II corresponde o:

    Capítulo IV – Rio Paraguai – de Assunção ao Porto de Cáceres

    Canal Tamengo.

    Referências e unidades de medida – A hidrovia Paraguai–Paraná é descrita no sentido de sua desembocadura no rio da Prata, Argentina, até suas nascentes.

    Entende-se por margem esquerda a margem situada do lado esquerdo em relação à direção de montante para jusante.

    Entende-se por margem direita a margem situada do lado direito em relação à direção de montante para jusante.

    Original

  • DH1–VI–2

    As distâncias são expressas em quilômetros, décimos de quilômetro e metros.

    A quilometragem do rio Paraná tem seu zero na cidade de Buenos Aires e a do rio Paraguai na confl uência deste rio com o Paraná (km 1.240 do rio Paraná).

    Para cada trecho são dadas as quilometragens dos portos, localidades, pontos e acidentes notáveis dos rios.

    As profundidades são dadas em metros, assim como as altitudes na costa e zonas adjacentes.

    As alturas das estruturas na costa são dadas em metros e correspondem à distância vertical entre a base e o tope da estrutura.

    As posições no rio são dadas por quilometragem, coordenadas geográfi cas ou marcação e distância a pontos notáveis cartografados.

    A hora usada é a hora legal, sendo dada por quatro algarismos, de 0000 a 2400, os dois primeiros correspondendo às horas e os seguintes aos minutos.

    Correções – As correções à Parte I do Roteiro são efetuadas pelo Serviço de Hidrografi a Naval da Armada Argentina, com informações próprias e dos Serviços Hidrográfi cos da República Oriental do Uruguai e da República do Paraguai.

    As correções à Parte II do Roteiro são efetuadas pela Diretoria de Hidrografi a e Navegação da Marinha do Brasil, com informações próprias e dos Serviços Hidrográfi cos da República da Bolívia e da República do Paraguai.

    As seguintes normas devem ser observadas pelo navegante.

    PARTE I

    A – Pequenas correções

    1 – As pequenas correções serão publicadas na Seção VSeção V do folheto quinzenal de Avisos aos Navegantes, em forma de “Volante de Correções ao Roteiro da Hidrovia Paraguai–Paraná”. Neste Volante aparecerá somente o texto da correção, sem outra indicação que a da página e linhas afetadas.

    2 – No caso de um folheto não ter informação para esta Parte do Roteiro, isto constará na Seção VSeção V do Folheto, indicando-se, para controle, o número e a data em que foi publicado o último Volante que afetou a publicação.

    3 – No caso da correção afetar as cartas náuticas ou croquis, será publicado também um aviso aos navegantes, na Seção I Seção I do Folheto, com todas as informações usuais. Neste caso, no fi nal da respectiva correção do Volante da Seção VSeção V será mencionado, a título ilustrativo, o número do aviso correspondente.

    4 – Cada correção constante do Volante será precedida de um número de ordem correspondente, que servirá para identifi car e localizar a correção, sempre que necessário.

    5 – Na última página de cada Volante haverá um guia ou índice numérico completo de todas as correções que afetam a Parte I do Roteiro até a data (inclusive a de publicação do Volante). Na primeira coluna do índice constará a página da Parte I do Roteiro. Na segunda coluna constará o número de ordem da correção.

    6 – Quando uma correção não estiver mais em vigor (anulada etc.), será retirada do índice.

    7 – A Parte I do Roteiro inclui nas suas últimas páginas um Suplemento,Suplemento, que conterá as correções que o afetaram sucessivamente. A ele irão sendo incorporados, posteriormente, todos os Volantes que apareçam nos folhetos quinzenais.

    2 ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

    Original

  • DH1–VI–2

    8 – O procedimento para atualizar a Parte I do Roteiro será então o seguinte: ao receber o folheto quinzenal de Avisos aos Navegantes, o “Volante de Correções” da Seção V Seção V deverá ser retirado do folheto e incluído como última página do Suplemento existente no fi nal desta parte do Roteiro.

    9 – Para consultar a Parte I do Roteiro, o procedimento será o seguinte: localizar a página que se deseja consultar. Imediatamente, abrir a última página da publicação, que é a última página do seu Suplemento. Verifi car então nas colunas ímpares do guia ou índice numérico que ali aparece se a página em questão está afetada por alguma correção. No caso afi rmativo, localizar no Suplemento (pelo número de ordem correspondente) a correção ou as correções indicadas no índice, para sua consulta.

    B – Grandes correções

    As grandes correções são efetuadas substituindo a página ou páginas afetadas por uma ou várias páginas novas, que serão fornecidas em cada oportunidade.

    Podem ocorrer os seguintes casos:

    1 – Página a incluir – quando se deva incluir uma ou mais páginas entre duas do texto original, as mesmas serão identifi cadas com o número da página anterior acrescido de um advérbio numeral. Por exemplo, se devem ser incluídas duas páginas entre as páginas 83 e 84, elas terão os números 83 bis e 83 terceira, respectivamente. Se houver mais páginas a incluir, estas serão identifi cadas com os números 84 quarta, quinta, sexta, sétima etc.

    2 – Página substituída por outra – quando se deva substituir uma página por outra, a nova será identifi cada com o número da página substituída acrescido de um expoente que indicará quantas vezes essa página foi substituída. Por exemplo, a página 831 signifi cará que a página 83 foi substituída por uma nova.

    3 – Página substituída por duas ou mais páginas – quando se deva substituir uma página por duas ou mais, as novas serão identifi cadas com o número da página substituída, ao qual se acrescentam letras em ordem alfabética. Por exemplo, se a página 83 deve ser substituída por três novas páginas, elas serão identifi cadas com os números 83a, 83b, 83c.

    4 – Duas ou mais páginas do texto original substituídas por uma – quando se deva substituir duas ou mais páginas por uma, a nova será identifi cada com o número da primeira página substituída seguido de uma barra e pelo número que representa a unidade do número da última página substituída. Por exemplo, se as páginas 83, 84 e 85 devem ser substituídas por apenas uma, esta será identifi cada com o número 83/5.

    5 – Página adicional substituída por duas ou mais páginas – se uma página adicional, marcada com uma letra (a, b, c etc.) deve ser substituída por mais de uma página, as novas serão identifi cadas com o número e a letra da página substituída mais um número de ordem correspondente. Por exemplo, se a página 83b deve ser substituída por duas páginas, estas serão designadas por 83b1 e 83b2.

    No guia existente na última página do Volante de Correções fi carão registrados todos os acréscimos e substituições de páginas. Na primeira coluna do guia constarão os números das páginas substituídas e na segunda coluna os números das que as substituem. No caso de páginas que se acrescentam, na primeira coluna serão indicados os números das páginas acrescentadas e na segunda (na mesma altura) constará a palavra nova.

    PARTE II

    As correções à Parte II do Roteiro da Hidrovia Paraguai–Paraná devem ser lançadas no texto, a tinta ou coladas, e registradas no quadro Registro de Correções, de acordo com as instruções nele contidas.

    Também podem ser distribuídas folhas com grandes correções, para substituição ou inserção, anexas aos Folhetos de Avisos aos Navegantes, para impressão pelo navegante e inseridas no Roteiro em substituição às corrigidas.

    GENERALIDADES 3

    Original

  • DH1–VI–2

    A folha substituta contém toda a matéria da folha substituída, com grandes correções já divulgadas ou não. Sua numeração é igual à da folha substituída. Sua identifi cação é feita pelo número sequencial da correção, impresso no canto direito do pé da folha (ex. Corr. 1-17).

    A folha a ser inserida contém matéria nova ou é utilizada quando há necessidade de ampliar o texto da página anterior. Sua numeração é a da página anterior acrescida de uma letra minúscula, em ordem alfabética (ex. 27a, 27b etc), e sua identifi cação é feita pelo número sequencial da correção, impresso no canto direito do pé da folha, como na folha substituta.

    Sempre que houver uma alteração na paginação, será fornecida, com as novas folhas, uma Lista de Páginas Efetivas. Esta lista contém a relação de todas as páginas que o Roteiro deve ter, após a última substituição ou inclusão de folha, e deve ser inserida depois da folha de rosto.

    Colaboração do navegante – Os Serviços Hidrográfi cos responsáveis pela manutenção atualizada desta publicação se valem, fundamentalmente, da compilação de informações e da experiência dos navegantes.

    Por esta razão, e para uma navegação mais segura, solicita-se que qualquer novidade, modifi cação, diferença ou contradição que se observe entre os croquis, planos e cartas, ou mesmo entre a realidade e as informações deste Roteiro, seja rapidamente comunicada aos Serviços Hidrográfi cos correspondentes.

    Do mesmo modo, solicita-se a maior colaboração quando for encontrada qualquer omissão ou inexatidão neste Roteiro.

    Qualquer outra informação que não fi gure neste Roteiro e que o navegante considere útil constar, será também bem recebida. No folheto mensal há uma folha de informações com esta fi nalidade.

    Solicita-se aos navegantes que quando registrarem sondagens anormais relacionadas a perigos ou pouco fundo, verifi quem a profundidade com todas os meios disponíveis e obtenham a posição com os procedimentos mais precisos possíveis.

    Ao transmitir a informação devem ser incluídos os dados técnicos do equipamento, ecograma, parâmetros de correção e resultado do controle com sonda mecânica, sempre que possível.

    Para a posição, deverá ser indicado o método de determinação empregado e uma estimativa do erro.

    Sinalização náutica – A sinalização náutica adotada para a hidrovia é a do Regulamento Único de Balizamento acordado pelos países componentes da Comissão Intergovernamental da Hidrovia Paraguai–Paraná (C.I.H.).

    Os países signatários adotaram o Sistema IALA “B” adaptado à navegação fl uvial ou o sistema de sinalização de “Ações a Empreender”, ou ambas de forma indistinta, segundo as características particulares dos diferentes trechos da hidrovia.

    Desta maneira, adotou-se para a Parte I (jurisdição argentina e paraguaia) uma sinalização mista, constituída por boias e balizas em terra, de acordo com o sistema IALA “B”. Já na Parte II (jurisdição paraguaia, brasileira e boliviana), adotou-se o IALA “B”ou o de “Ações a Empreender”, de acordo com as características dos diferentes trechos.

    REGULAMENTO ÚNICO DE BALIZAMENTO

    Art. 1°. Os países signatários adotarão o sistema IALA (Região B) adaptado à navegação fl uvial ou o sistema de sinalização de “AÇÕES A EMPREENDER” ou ambos em forma indistinta, segundo as características particulares dos diferentes trechos da hidrovia. Nos trechos em que for utilizado o sistema de “AÇÕES A EMPREENDER”, o mesmo será de acordo com o especifi cado nos artigos seguintes e apresentado nos anexos I e II a este Regulamento.

    Art. 2°. Entende-se por margem esquerda a margem situada do lado esquerdo em relação à direção de montante para a desembocadura.

    4 ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

    Original

  • DH1–VI–2

    Art. 3°. Entende-se por margem direita a margem situada do lado direito em relação à direção de montante para a desembocadura.

    Art. 4°. Os sinais visuais cegos fi xos, indicadores de mudança de margem, quando situados na margem esquerda, devem exibir o símbolo “X”, confeccionado com material retrorefl etivo de cor encarnada, sobre um painel em forma de losango pintado de branco.

    Art. 5°. Os sinais visuais cegos fi xos, indicadores de mudança de margem, quando situados na margem direita, devem exibir o símbolo “X”, confeccionado com material retrorefl etivo verde, sobre um painel em forma de losango pintado de branco.

    Art. 6°. Os sinais visuais cegos fi xos, indicadores de canal junto à margem, quando situados na margem esquerda, devem exibir o símbolo “”, confeccionado com material retrorefl etivo de cor encarnada, sobre um painel triangular pintado de branco.

    Art. 7°. Os sinais visuais cegos fi xos, indicadores de canal junto à margem, quando situados na margem direita, devem exibir o símbolo “”, confeccionado com material retrorefl etivo de cor verde, sobre um painel quadrangular pintado de branco.

    Art. 8°. Os sinais visuais cegos fi xos, indicadores de canal a meio do rio, quando situados na margem esquerda, devem exibir o símbolo “H”, confeccionado com material retrorefl etivo de cor encarnada, sobre um painel triangular pintado de branco.

    Art. 9°. Os sinais visuais cegos fi xos, indicadores de canal a meio do rio, quando situados na margem direita, devem exibir o símbolo “H”, confeccionado com material retrorefl etivo de cor verde, sobre um painel quadrangular pintado de branco.

    Art. 10 - Os sinais visuais cegos fi xos, indicadores de bifurcação de canal, devem exibir o símbolo “Y”, confeccionado com material retrorefl etivo de cor amarela, sobre um painel quadrangular ou triangular segundo se situe na margem direita ou esquerda, pintado de preto. Existindo um canal principal, o símbolo deverá ter, na sua parte superior, um braço mais largo que o outro, indicando a direção desse canal. (Artigo com correção aprovada na XI reunião da C.I.H.)

    Art. 11. Os sinais visuais cegos fi xos, indicadores de perigo isolado, devem exibir o simbolo “+”, confeccionado com material retrorefl etivo de cor branca, inscrito em dois painéis circulares pintados de preto, um acima do outro.

    Art. 12. Os sinais visuais luminosos fi xos, quando situados na margem esquerda, devem possuir estrutura pintada na cor branca com duas faixas encarnadas e devem exibir luz de lampejos encarnados.

    Art. 13. Os sinais visuais luminosos fi xos, quando situados na margem direita, devem possuir estrutura pintada na cor branca com duas faixas verdes e devem exibir luz de lampejos verdes.

    Art. 14. Os perigos recentemente descobertos e ainda não indicados em documentos náuticos recebem a denominação de “novo perigo”, podendo incluir obstruções como bancos de areia, rochas ou perigos resultantes da ação do homem, tais como cascos soçobrados etc.

    § 1°. Os novos perigos devem ser sinalizados de acordo com as presentes normas, o mais rápido possível. Provisoriamente, os novos perigos podem ser sinalizados com qualquer tipo de balizamento (boia, tambor, baliza etc.), inclusive com balizamento luminoso, utilizando luz branca com qualquer ritmo, exceto os utilizados nos sinais cardinais do sistema IALA, a fi m de defi nir as suas posições, sendo necessária a divulgação, por intermédio de Avisos-Rádio dos novos perigos e dos balizamentos estabelecidos.

    § 2°. Se a autoridade competente considerar o novo perigo especialmente grave à navegação, pelo menos um dos sinais usados para balizá-lo poderá ser duplicado por um sinal adicional, tão logo possível, idêntico ao seu par.

    § 3°. Um novo perigo pode ser marcado por um sinal de racon, exibindo em código Morse a letra “D”, mostrando o comprimento de uma milha náutica na tela do radar.

    GENERALIDADES 5

    Original

  • DH1–VI–2

    § 4°. O sinal usado para duplicação pode ser removido quando a autoridade competente estimar que a informação concernente ao novo perigo houver sido sufi cientemente divulgada.

    Art. 15. As pontes fi xas sobre a hidrovia Paraguai–Paraná, que tenham pilares de sustentação sobre a água, devem receber sinalização e iluminação nos diversos vãos.

    § 1. O(s) vão(s) principal(ais) deve(m) exibir:

    I - no centro, sob a ponte, uma luz rápida branca e nos pilares laterais luzes fi xas ou rítmicas, de acordo com as convenções para o balizamento marítimo;

    II - no pilar que deva ser deixado por bombordo, pelo navegante que sobe o rio, um painel retangular branco, contendo um retângulo verde, com a maior dimensão na vertical, sendo adotadas para o retângulo interior a dimensão mínima de 2,4 (dois ponto quatro) metros na direção horizontal e 2,5 (dois ponto cinco) metros na direção vertical; e

    III - no pilar que deva ser deixado por boreste, pelo navegante que sobe o rio, um painel retangular branco, contendo um triângulo equilátero encarnado, adotando-se a dimensão mínima de 1,5 (um ponto cinco) metro para o lado do triângulo.

    § 2°. O(s) vão(s) secundários(s), se tiver(em) pilar(es) de sustentação sobre a água, deve(m) ter esse(s) pilar(es) sinalizado(s) por luz fi xa branca ou iluminado(s) por refl etores, com luz branca não ofuscante.

    § 3°. Para os fi ns acima, entende-se como vão(s) principal(ais) aquele(s) que é(são) aconselhado(s) para a navegação e como secundário(s), o(s) outro(s) (demais) vão(s).

    § 4°. Os alcances luminosos noturnos de todas as luzes de sinalização deverão ser iguais ou maiores que 5 (cinco) milhas náuticas.

    Art. 16. As quinas ou extremidades dos píeres, cais, trapiches, dolfi ns e terminais devem ser sinalizadas no período noturno de acordo com as convenções para o balizamento marítimo.

    Parágrafo único. Sempre que a dimensão principal dos píeres, cais, trapiches, dolfi ns e terminais exceder 10 (dez) metros, os mesmos devem ser iluminados por luzes brancas não ofuscantes.

    6 ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

    Original

  • DH1–VI–2

    REGULAMENTO ÚNICO DE BALIZAMENTO

    SINAIS DE MARGEM ESQUERDA

    H

    Y

    CANAL JUNTO À MARGEM CANAL A MEIO DO RIO

    BIFURCAÇÃO DE CANALPRINCIPAL: DIREÇÃO LARGA

    SECUNDÁRIO: DIREÇÃO ESTREITA

    PERIGO ISOLADO MUDANÇA DE MARGEM

    GENERALIDADES 7

    Original

  • DH1–VI–2

    REGULAMENTO ÚNICO DE BALIZAMENTO

    SINAIS DE MARGEM DIREITA

    H

    YCANAL JUNTO À MARGEM CANAL A MEIO DO RIO

    BIFURCAÇÃO DE CANALPRINCIPAL: DIREÇÃO LARGA

    SECUNDÁRIO: DIREÇÃO ESTREITA

    MUDANÇA DE MARGEMPERIGO ISOLADO

    8 ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

    Original

  • DH1–VI–2

    130 Sistema de Balizamento Marítimo da IALA IALA Maritime Buoyage System

    AISM Association Internationale de Signalisation Maritime IALA International Association of Lighthouse Authorities

    130.1Sinais laterais são usados normalmente em canais bem definidos. Existem duas Regiões Internacionais de Balizamento, A e B, nas quais os sinais laterais são diferentes. Lateral marks are generally for well-defined channels. There are two International Buoyage Regions – A and B – where lateral marks differ.

    Bóia de canal preferencial podem ser também pilar ou charuto. Todos os sinais de canal preferencial têm faixas coloridas horizontais. Se decidido por alguma autoridade, a cor verde para bóias pode ser substituída pelo preto. A preferred channel buoy may also be a pillar or a spar. All preferred channel marks have horizontal bands of colour. Where for exceptional reasons an Authority consider s that a green colour for buoys is not satisfactory , black may be used.

    Regiões A e B do IALA IALA Buoyage Regions A and B

    130.2 Direção de Balizamento É referida para o navegante que entra no porto, vindo do mar ao longo das costas, a direção será determinada pela autoridade,normalmente no sentido horário em torno da terra adjacente. Direction of Buoyage The direction of buoyage is that taken when approaching a harbour from seaward or, along coasts, the direction determined by buoyage authorities, normally clockwise around land masses.

    Símbolos mostrando a direção do balizamento onde não for evidente Symbol showing direction of buoyage where not obvious.

    Símbolo usado para as cartas coloridas. Symbol showing direction of buoyage on multicoloured charts

    A

    A

    A

    BB

    B B

    B

    A

    A

    A

    REGION BREGIÃO B

    luminosos /if litREGION AREGIÃO A

    luminosos / if lit

    Sinais de bombordo não encar- nados com tope cilíndrico (quan-do houver). A luz é encarnada com qualquer ritmo, exceto Lp(2 + 1)EPort-hand Marks are redwith cylindrical topmarks (if any)Lights are red and haveany rhythm except Fl (2+1) R

    Canal preferenciala BE; Lp(2 + 1)E*Preferred channel tostarboard Fl(2+1)R*

    Canal preferencial a BB; Lp(2 + 1)V*Preferred channel to port Fl(2+1)G*

    Sinais de boreste são verdes comtope cônico (quando houver)

    A luz é verde com qualquer ritmo,exceto Lp(2+1)V.

    Starboard-hand marks are greenwith conical topmarks (if any).

    Lights are green and have anyrhythm except Fl(2+1)G

    ER

    EVERGR

    VG V

    G

    VG

    Sinais de bombordo são verdes comtope cilíndrico (quando houver).A luz é verde com qualquer ritmo,exceto Lp(2 + 1)V.Port-hand marks are green withcylindrical topmarks (if any).Lights are green and have anyrhythm except Fl (2+1) G

    Sinais de boreste são encarnados com tope cônico (quando houver)A luz é encarnada com qualquer

    ritmo, exceto Lp(2+1)E.Starboard-hand marks are red with

    conical topmarks (if any)Lights are red and have any rhytm

    except Fl (2+1) R

    Canal preferencial a BB; Lp(2 + 1)E*Preferred channel to port Fl(2+1)R *

    Canal preferenciala BE; Lp(2 + 1)V*Preferred channel tostarboard Fl(2+1)G * E

    R

    VEVGRG

    VEVGRG

    VG

    E R

    ER

    VG

    VG

    ER VG

    VG

    ER

    ER

    VG

    VG

    VG

    ER

    ERE

    R

    EVERGR

    VG

    ER

    ER

    VG

    ER

    Where in force, the IALA System applies to all xed and oating marks except landfall lights, leading lights and marks, sectored lightsand major oating lights. The standard buoy shapes are cylindrical (can) , conical , spherical , pillar , and spar , but variationsmay occur, for example: minor light floaters . In the illustrations below, only the standard buoy shapes are used. In the case of xed beacons (lit or unlit) only the shape of the topmark is of navigational signi cance.

    Nos locais em que está em vigor, o sistema IALA aplica-se a todos os sinais fixos e flutuantes, exceto farol de aterragem, luzes dealinhamento, marcos de alinhamento, setores luminosos e luz flutuante principal.Os formatos padrão de bóias são: cilíndrico , cônico , esférico , pilar e charuto ; mas outros podem ser usados exemplo:luz flutuante secundária . Nas figuras abaixo, só as padrões são usadas.Para o navegante, só o tope tem significação, no caso de balizas fixas (luminosas ou cegas)

    SEE PLAN

    GENERALIDADES 9

    Original

  • DH1–VI–2

    AEA

    PAPBYB

    APYB

    APYB

    APAYBY

    PABY

    APAYBY

    PABY

    PAPBYB

    Rou MRVQor Q

    MR (3) 5sor R (3)10s

    VQ (3) 5s or Q (3)10s

    MR (6)+LpL10s ou R (6)+LpL15sVQ (6)+LFl.10s or Q (6)+LFl.15s

    MR (9)10sou R (9)15sVQ (9)10s or Q (9)15s

    0 5 10 15

    PeríodoPeriod shown

    PABY

    AP YB

    PAPBYB

    APAYBY

    N

    E

    S

    W

    Ponto dereferência

    Point of interest

    Preto sobre o amareloBlack above yellow

    Amarelo sobre pretoYellow above black

    Preto com feixeamarelo

    Amarelo com feixe preto

    Black with yellowband

    Yellow with blackband

    NW

    SE

    NE

    SW

    W E

    N

    S

    PEP PEPBRB BRB

    Fl (2)Lp (2)

    Luz brancawhite light

    PEP PEPBRB BRB

    Luz brancawhite light

    EBRW RW

    EBRWEB

    RWEB

    RWEB

    RWEB

    Iso. orOc. orLFl.10s orMo (A)

    Luz amarelayellow lightLp.A

    Fl.YAY

    A A A AY YRY Y Y Y YRY

    AEA

    Em casos especiais, a cor amarela pode ser usada com mais outra cor.* In special cases yellow can be in conjunction with another colour.

    Nas figuras abaixo, os sinais são os mesmos para as Regiões A e B.In the illustrations below all marks are the same in Regions A and B.

    130.3 Sinais cardinais indicam o quadrante no qual o navegante deve manter; o referido quadrante tem centro no ponto dereferência.Cardinal Marks indicating navigable water to the named side of the marks.

    SINAIS CEGOS UNLIT MARKS

    SINAIS LUMINOSOS LIGHTED MARKS

    Tope: dois cones pretosTopmark: 2 black cones Luz branca Tempo (segundos)

    White light Time (seconds)

    As mesmas abreviaturas são usadas nas luzes de bóias charuto ebalizas.Os períodos (5, 10 e 15s) podem não estar lançados nas cartas.The same abbreviations are used for lights on spar buoys and beacons.The periods 5 s, 10 s and 15 s, may not always be charted.

    130.4 Sinais de Perigo Isolado são estabelecidos sobre um perigo que tenha águas navegáveis em toda a sua volta.Isolated Danger Marks stationed over dangers with navigable water around them.

    Corpo: preto com faixa(s) larga(s) horizontal(ais) encarnada(s).Tope: duas esferas pretas, uma sobre a outra.Body: black with red horizontal band(s)Topmark: 2 black spheres

    130.5 Sinais de Águas Seguras indicam águas navegáveis em torno do sinal.Safe Water Marks

    such as mid-channel and landfall marks.

    Tope (se houver): uma esfera encarnadaCorpo: faixas verticais encarnadas e brancas

    Body: red and white vertical stripesTopmark (if any): red sphere

    130.6 Sinais Especiais não são primordialmente destinados aorientar a navegação, mas indicam uma área ou característicaespecial mencionada em documentos náuticos aprimoradosSpecial Marks

    not primarily to assist navigation but to indicate special features.

    Corpo: amarelo com formatoopcionalTope (se houver): formato de “X” amareloBody (shape optional): yellow Topmark (if any): yellow X

    Ritmo: qualquer, diferindo dos sinais cardinaisRhythm optional

    10 ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

    Original

  • DH1–VI–2

    SISTEMA IALA REGIÃO “B”

    A sinalização IALA Região “B” consta de cinco tipos de sinais de fácil identifi cação, que também podem ser usados de forma coordenada. Quanto ao trecho do rio Uruguai, continua a vigorar o antigo sistema nacional com faixas encarnadas e brancas e de perigo verdes.

    Sinais laterais – indicam os limites laterais dos canais a seguir, navegando na direção convencional do balizamento, isto é, entrando em um canal ou em águas interiores, vindo do mar. De acordo com este critério universal, na margem de boreste serão instalados sinais cegos ou luminosos pintados de encarnado, com luz da mesma cor; na margem de bombordo, sinais cegos ou luminosos pintados de verde, com luz verde.

    Sinais de águas seguras – são utilizados no meio de um canal largo, indicando que há águas seguras em ambos os lados dos mesmos. Podem ser cegos ou luminosos pintados com faixas verticais encarnadas e brancas, com luz branca isofásica de ocultação, lampejo longo de 10 segundos ou código morse “A”.

    Sinais de perigo isolado – são os situados sobre o perigo isolado, podendo ser cego ou luminoso. São pintados de preto com uma ou mais faixas horizontais encarnadas, com luz branca de grupo de 2 lampejos.

    Sinais cardinais – o nome do sinal indica que ele deve ser passado pelo lado que tem seu nome, isto é, norte, sul, leste ou oeste.

    Estes sinais podem ser utilizados para:

    a) indicar que as águas mais profundas dessa área estão no quadrante que tem o nome do sinal;

    b) indicar o lado seguro para passar por um perigo; ou

    c) chamar a atenção sobre a confi guração de um canal, tal como uma curva, uma confl uência, uma bifurcação, o extremo de um banco etc.

    Sinal cardinal Norte – cego ou luminoso, pintado de preto em cima e amarelo embaixo. Luz branca rápida ou muito rápida.

    Sinal cardinal Leste – cego ou luminoso, pintado com faixas horizontais preta, amarela e preta. Luz branca com 3 emissões rápidas a cada 10 segundos ou 3 emissões muito rápidas a cada 5 segundos.

    Sinal cardinal Sul – cego ou luminoso, pintado de amarelo em cima e preto embaixo. Luz branca com seis emissões muito rápidas mais um lampejo longo a cada 10 segundos.

    Sinal cardinal Oeste – cego ou luminoso, pintado com faixas horizontais amarela, preta e amarela. Luz branca com nove emissões muito rápidas a cada 10 segundos.

    Sinais especiais – não são para auxílio à navegação. Têm por objetivo indicar zonas ou áreas com fi ns determinados, que pode ser uma área para fundeio, onde haja canalizações, cabos, vertedouros etc. São amarelos e, se luminosos, com luz amarela.

    Independente do balizamento IALA Região “B” antes mencionado, no rio Paraná das Palmas existe uma sinalização com balizas luminosas, destinadas a facilitar as manobras de passagem pelas numerosas curvas existentes neste braço de rio. Suas luzes, para evitar que se confundam com as dos sinais laterais indicadores de canal, são brancas, com setor encarnado ou verde e com um ritmo totalmente diferente dos demais sinais.

    Avisos-rádio náuticos – Os Serviços Hidrográfi cos responsáveis pela segurança da navegação elaboram, para sua posterior divulgação pela rede de estações costeiras existentes ao longo da hidrovia, de acordo com o Plano de Comunicações da Hidrovia Paraguai–Paraná, os avisos-rádio náuticos dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. Neste Plano constam o nome de cada estação, o indicativo de chamada,

    GENERALIDADES 11

    Original

  • DH1–VI–2

    a área de responsabilidade, o canal de trabalho, os horários de emissão, a potência em kw e os serviços que presta. Estas estações divulgam, independentemente dos avisos-rádio, o Boletim Meteorológico Local, a altura das águas e sua tendência, assim como qualquer outra informação útil ao navegante.

    No trecho da Parte II deste Roteiro de soberania do Brasil, os avisos-rádio náuticos são elaborados e controlados pelo Serviço de Sinalização Náutica do Oeste, situado na cidade de Ladário (MS), e divulgados pelas estações de radiodifusão de Corumbá (MS), podendo também ser obtidos pela internet nos sites da Diretoria de Hidrografi a e Navegação, Centro de Hidrografi a da Marinha e do Serviço de Sinalização Náutica do Oeste (SSN-6) . Eles são identifi cados pela sigla (HI) seguida de numeração sequencial única de quatro dígitos e do ano.

    Ex: HI 0054/17

    As seguintes estações divulgam os avisos-rádio náuticos do trecho abrangido pela Parte II do Roteiro da Hidrovia Paraguai–Paraná:

    – Rádio Difusora Matogrossense (ZYI–383)

    Frequência: 1360 kHz; Horários: 1200 às 1400 e 1600 às 1745

    – Rádio Clube de Corumbá (ZYI–382)

    Frequência: 1410 kHz; Horários: 1300 às 1400 e 1600 às 1745

    – Rádio Transamérica FM

    Frequência: 94,3 MHz; Horário: 1500

    – Rádio Band FM

    Frequência: 92,9 MHz; Horário: 1745

    – Rádio Marinha FM

    Frequência 105,1 MHz; no período matutino.

    Estas estações também divulgam, nos mesmos horários, as alturas do nível do rio Paraguai em Ladário, Forte Coimbra, Porto Murtinho, Cáceres, Concepción e Assunção e as alturas do nível do rio Cuiabá, em Cuiabá. Fora destes horários irradiam os avisos urgentes, que devem ser conhecidos imediatamente pelos navegantes da hidrovia Paraguai–Paraná; porém, por serem estações comerciais não administradas pela Marinha do Brasil, elas podem suspender temporariamente ou alterar os horários de irradiação dos avisos, sem prévia comunicação.

    Folheto de avisos aos navegantes – É uma publicação dos Serviços e Diretorias de Hidrografi a dos países membros. Nele são publicados os avisos-rádio náuticos e os avisos temporários, preliminares, permanentes e especiais, assim como as correções a publicações, de interesse específi co do navegante da hidrovia Paraguai–Paraná, de Nova Palmira a Cáceres.

    O folheto referente ao trecho abrangido por este Roteiro é elaborado pelo Centro de Hidrografi a da Marinha do Brasil (CHM), tem periodicidade mensal e é disponibilizado na internet nos sites da Diretoria de Hidrografi a e Navegação, Centro de Hidrografi a da Marinha e do Serviço de Sinalização Náutica do Oeste (SSN-6).

    Boletim fl uvial – É uma publicação semanal da Direção Nacional de Vias Navegáveis da República Argentina, onde são informadas as profundidades e larguras dos canais nas vias principais e secundárias de navegação, assim como nos portos, acessos e extremidades de molhes; a tendência das águas; e os passos críticos e classifi cação dos mesmos em diferentes larguras de canal. As profundidades são efetivas, referidas ao zero do limnômetro da área. A mesma publicação também informa sobre balizamento e operações de dragagem, e fornece outras notícias.

    12 ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

    Original

  • DH1–VI–2

    As informações do Boletim Fluvial afetam somente a Parte I deste Roteiro.

    Praticagem de porto – No âmbito da Hidrovia Paraguai–Paraná, o Artigo 80 do Protocolo de Navegação e Segurança estabelece como norma geral a não obrigatoriedade da praticagem para as embarcações da hidrovia, navegando escoteiras ou em comboio de reboque ou empurra. Só nos casos em que as condições de segurança do porto o requeiram, a autoridade competente poderá determinar o uso de prático. Neste caso, e em virtude do artigo 81 do mesmo protocolo, ele deve ser um profi ssional titulado e habilitado pelas autoridades do país a que pertença o porto.

    Praticagem – É obrigatória na hidrovia Paraguai–Paraná e é prestada exclusivamente por pessoal titulado e habilitado pelas autoridades competentes dos países signatários, de acordo com as condições estabelecidas no Título II, Capítulo I, do Protocolo sobre Navegação e Segurança, do Acordo de Santa Cruz de la Sierra e seu correspondente Regulamento.

    Regras especiais de navegação para a hidrovia Paraguai–Paraná – Estão estabelecidas no Regulamento para Prevenir Abalroamentos na Hidrovia Paraguai–Paraná, Porto de Cáceres–Porto de Nova Palmira, edição de 1995, aprovado na XV Reunião da Comissão Intergovernamental da Hidrovia Paraguai–Paraná.

    Este Regulamento é aplicável a todos os navios e/ou embarcações que navegam na hidrovia.

    Regras práticas de navegação fl uvial – A navegação fl uvial tem particularidades e características próprias, sendo aconselhável levá-las em consideração.

    Para a segurança da navegação, deve-se dispor dos Roteiros da hidrovia e/ou dos rios, croquis e/ou cartas atualizadas da região, Boletim Fluvial, Avisos aos Navegantes em vigor e Regulamento para Prevenir Abalroamentos na Hidrovia.

    As seguintes regras práticas de navegação fl uvial podem ser aplicáveis à Hidrovia Paraguai–Paraná:

    1 – subindo o rio deve-se navegar, quando possível, nas áreas mais rasas, onde a correnteza é menor; descendo o rio deve-se navegar nas áreas mais profundas, onde a correnteza é maior;

    2 – as profundidades junto às margens formadas por barrancos, geralmente cobertos de grandes árvores, são maiores, podendo-se navegar bem próximo delas; deve-se, porém, ter atenção a árvores caídas e submersas, com as raízes ainda presas à margem;

    3 – as profundidades e a declividade das extensões do leito do rio que descobrem no período da seca (denominadas praias), situadas geralmente do lado da margem de dentro das curvas, são menores, devendo-se evitar navegar nas suas proximidades;

    4 – nos trechos longos e retilíneos situados entre duas praias (denominados estirões), deve-se navegar no meio do rio; nestes trechos podem existir ilhas baixas, longas e estreitas (denominadas uranas), situadas próximas e paralelas às margens do rio e cobertas de vegetação rasteira;

    5 – nas áreas onde não há correnteza ou onde a correnteza é contrária à do rio (denominadas remansos), geralmente localizadas na margem de fora das curvas muito fechadas (denominadas voltas rápidas), as profundidades são bem menores, o fundo é sujo e o governo do navio é muito difícil;

    6 – nas voltas rápidas a correnteza é muito forte e a passagem difícil, podendo ser necessário manobrar com máquina para o navio completar a guinada;

    7 – nas curvas onde a curvatura do rio mantém-se constante (denominadas voltas redondas), deve-se navegar sempre na margem de fora, junto ao barranco, não atravessando o rio;

    8 – quando passar próximo a localidade que tenha fl utuante de atracação ou embarcação atracada ao barranco, ou ao cruzar pequenas embarcações, a velocidade deve ser reduzida com a antecedência necessária para diminuir o efeito destruidor do banzeiro (mareta) provocado pelo deslocamento da embarcação;

    GENERALIDADES 13

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  • DH1–VI–2

    9 – sobre os bancos, a água costuma ter uma cor mais escura, e em suas margens ocorrem agitações da água e redemoinhos que juntam troncos e plantas à deriva, que costumam ser indícios de pouca profundidade;

    10 – a corrente tem quase sempre a direção do canal e raramente é transversal, pelo que, mantendo-se sobre a corrente é muito provável estar na área de maior profundidade; também, se o navio encalhar, a corrente não o jogará sobre o banco e será mais fácil desencalhar, porque ela ajudará;

    11– nas voltas rápidas, em geral, o leito se estreita e sua profundidade aumenta; nas voltas redondas, a profundidade diminui, sobretudo na infl exão ou cruzamento de uma margem para outra;

    12 – para fundear, deve-se levar o navio para águas profundas; ao aproximar-se de um banco ou da costa, deve-se manter a corrente pela bochecha, porque recebendo-a pelo través poderia faltar espaço para fundear, com perigo de encalhar no banco ou na costa e inclusive perder o ferro; e

    13 – para evitar o cruzamento em lugares estreitos ou de pouca profundidade, cabe ao navio que navega águas acima regular a tempo sua velocidade ou fundear, até que o outro navio passe.

    Poluição – As embarcações ou terminais portuários de qualquer natureza, que despejem lixo, detritos, substâncias poluentes, hidrocarbonetos, águas sujas ou qualquer dejeto perigoso, de forma direta ou indireta, por ação deliberada ou acidental nas águas da hidrovia Paraguai–Paraná, estarão sujeitas às penalidades previstas no Acordo de Transporte da Hidrovia, seus Protocolos e Regulamentos.

    Em acontecimentos não previstos nesta legislação, aplicar-se-á a legislação do país jurisdicional.

    Desratização e desinfecção – A desratização e a desinfecção são obrigatórias com a frequência e segundo as normas das autoridades sanitárias dos países jurisdicionais.

    Quarentena – A existência de enfermidades infecto-contagiosas a bordo, em tripulante ou passageiro, deve ser comunicada à autoridade marítima sanitária do porto de destino com a necessária antecedência.

    As embarcações nesta situação devem fundear nos locais determinados pelas autoridades marítimas dos portos e manter içada a bandeira do Código Internacional de Sinais indicativa de Quarentena, não sendo permitido o embarque ou desembarque de qualquer pessoa, sem a permissão da autoridade sanitária local.

    Transporte de infl amáveis, explosivos e produtos perigosos – O transporte de infl amáveis, explosivos e produtos perigosos que não sejam para uso a bordo ou parte de carga transportada por embarcação apta para este fi m, só pode ser efetuado com autorização especial das autoridades marítimas.

    Este transporte deve ajustar-se às normas estabelecidas no Acordo de Santa Cruz de la Sierra, seus Protocolos e Regulamentos.

    Regras a observar nos portos e vias navegáveis – Todas as embarcações devem observar nos portos e vias navegáveis as normas estabelecidas no Acordo de Transporte da Hidrovia, seus Protocolos e Regulamentos, sem prejuízo do cumprimento das normas particulares e específi cas que, por razões de segurança, possam ser determinadas pela Autoridade Marítima local.

    Entrada e saída de embarcações – Para a entrada e saída de embarcações, os comandantes ou seus agentes marítimos darão entrada ou saída perante a autoridade marítima do porto de entrada e/ou saída, apresentando para este fi m a documentação regulamentar.

    Embarcações de esporte e recreio – As embarcações de esporte e recreio que navegam na hidrovia devem estar devidamente inscritas, dispor de adequados equipamentos e instrumentos de navegação, dos equipamentos de comunicações regulamentares e estar tripuladas por pessoal habilitado.

    As normas de segurança estabelecidas para a hidrovia deverão ser observadas com o mesmo rigor exigido das embarcações comerciais de maior porte.

    14 ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

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    Cerimonial marítimo – Todas as embarcações, nacionais ou estrangeiras, devem observar o Cerimonial do país jurisdicional, não só quanto ao uso da bandeira nacional como também quanto às demais normas do cerimonial deste país.

    Polícia de segurança da navegação – É exercida pela autoridade marítima da cada país jurisdicional, em todos os portos, e tem a fi nalidade de controlar o cumprimento das normas de segurança das embarcações e da navegação. De acordo com a legislação vigente, reprime o delito e intervém nos acidentes e demais fatos que afetem as vias navegáveis, os portos, os bens e pessoas, assim como também a poluição e o meio ambiente.

    Apoio e controle radioelétrico da navegação – De acordo com o Plano de Comunicações da Hidrovia, aprovado pela CIH, ao longo dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, desde Nova Palmira até Assunção, existe uma rede de estações costeiras de comunicações, operada pela Autoridade Marítima.

    No rio Paraná Bravo opera a seguinte estação costeira:

    Nº Estação Indicativo de Chamada Canais VHF

    1 Paranacito L5Z 11-12-13- 14-15-16

    No rio Uruguai opera a seguinte estação costeira:

    Nº Estação Indicativo de Chamada Canais VHF

    1 Nova Palmira* CWC 31 09-11-12 *no Uruguai 13-14-15-16

    No rio Paraná operam as seguintes estações costeiras:

    Nº Estação Indicativo de Chamada Canais VHF

    1 Zárate L5T 12-14-15-18

    2 San Pedro L6E 12-15-16

    3 San Nicolás L6G 12-15-16

    4 Rosario L6 14-15-16

    5 Diamante L6M 12-15-16

    6 Paraná L6N 09-15-16

    7 La Paz L6S 12-15-16

    8 Goya L6V 12-15-16

    9 Corrientes L6Y 12-15-16

    GENERALIDADES 15

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    No rio Paraguai operam as seguintes estações costeiras:

    Nº Estação Indicativo de chamada Canais VHF

    1 Itapirú ZPK 10 BRAVO 12

    2 Pilar ZPK 11 BRAVO 12

    3 Alberdi ZPK 12 BRAVO 12

    4 Villeta ZPK 13 BRAVO 12

    5 Assunción ZPK 14 BRAVO 12

    6 Rosário ZPK 15 BRAVO 12

    7 Concepción ZPK 16 BRAVO 12

    8 Vallemi ZPK 17 BRAVO 12

    9 Isla Margarida ZPK 18 BRAVO 12

    10 Olimpo ZPK 19 BRAVO 12

    11 Bahia Negra ZPK 20 BRAVO 12

    O Plano de Comunicações previsto para a Hidrovia Paraguai–Paraná foi implantado em águas jurisdicionais brasileiras e aprovado na XI Reunião do CIH.

    São mantidas escutas permanentes no canal 16 VHF nas seguintes localidades brasileiras: Porto Murtinho, Corumbá e Cáceres.

    16 ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

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    CAPÍTULO II*

    INFORMAÇÕES DOS PAÍSES MEMBROS DA HIDROVIA

    PARAGUAI–PARANÁ

    ARGENTINA

    Situação geográfi ca – O território argentino está situado no hemisfério sul ocidental, tendo como referência o meridiano de Greenwich (Long. 00º). Ocupa a parte meridional da América do Sul, a leste da cordilheira dos Andes. Estende-se, além disso, a um setor do continente antártico compreendido entre os meridianos de 25º W e 74º W e desde o paralelo de 60º S até o pólo Sul. Dentro deste setor antártico encontram-se os arquipélagos Shetland do Sul e Orcadas do Sul. Pertencem também à República Argentina as ilhas oceânicas constituídas pelos arquipélagos das Malvinas, Georgias do Sul e Sanduíche do Sul.

    A parte continental da República Argentina limita ao norte com as Repúblicas da Bolívia e do Paraguai, tendo seu ponto extremo na confl uência dos rios Grande de San Juan e Mojinete, na província de Jujuy (Lat. 21º 46’ S – Long. 66º 13’ W).

    Ao sul limita com a República do Chile e com o oceano Atlântico, fi cando seu ponto extremo austral no cabo San Pío, situado na ilha Grande de Terra do Fogo, na província de Terra do Fogo, Antártida e ilhas do Atlântico Sul (Lat. 55º 03’ S – Long. 66º 31’ W).

    A leste limita com as República Federativa do Brasil e República Oriental do Uruguai e com o oceano Atlântico. O ponto extremo oriental fi ca a noroeste da localidade de Bernardo de Irigoyen, na província de Misiones (Lat. 26º 15’ S – Long. 53º 38’ W).

    A oeste limita com a República do Chile. O ponto extremo está situado no posto de fronteira Mariano Moreno, no Parque Nacional “Los Glaciares”, província de Santa Cruz (Lat. 49º 33’S – Long. 79º 35’W).

    O território argentino ocupa uma superfície de 3.761.274km2, dos quais 2.791.810km2 fi cam no continente americano e 969.464km2 no continente antártico, incluindo as ilhas Orcadas do Sul, Georgias do Sul e Sanduíche do Sul.

    A República Argentina se situa como a sétima maior nação mundial em superfície.

    A extensão de suas fronteiras na parte continental americana é de, aproximadamente, 15.000km; deles, 9.376km correspondem a áreas limítrofes com cinco países vizinhos: Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.

    A extensão de suas costas marítima e fl uvial é de 7.813km.

    Clima – O país se situa, em relação à climatologia, sob a infl uência do trópico de Capricórnio, ao norte; das regiões subpolares da Patagônia e Terra do Fogo, ao sul; da cordilheira dos Andes e do oceano Pacífi co, a oeste; e do Atlântico tropical e regiões quentes e úmidas do Brasil, a leste e ao norte, os quais em grande parte determinam seu clima.

    _______________________

    * Os textos apresentados neste capítulo são da exclusiva responsabilidade dos Serviços Hidrográfi cos dos respectivos países

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    Em resumo, a Argentina pode ser dividida em duas regiões climáticas principais, separadas por uma zona de transição constituída pelos rios Colorado e Negro: ao norte, clima subtropical, e ao sul, temperado. Por sua vez, a região norte pode ser dividida em outras duas extensas zonas climáticas: a subtropical continental seca, no centro e noroeste; e a subtropical marítima úmida, no centro e nordeste, ambas separadas pelo meridiano de 65ºW, como transição aproximada entre as duas sub-regiões.

    A circulação atmosférica em toda a região subtropical é regida pela presença e evolução de três grandes sistemas metereológicos: o anticiclone semipermanente do Pacífi co Sul, a depressão semi-estacionária do noroeste argentino e o anticiclone semipermanente do Atlântico Sul.

    Na zona subtropical, a leste do meridiano de 65º W e principalmente até a mesopotâmia, os ventos predominantes são os de NE, como consequência da infl uência do anticiclone semipermanente do Atlântico Sul; a oeste, os ventos são predominantemente do N, como consequência da depressão semi-estacionária do noroeste argentino. No verão esta circulação se faz mais acentuada.

    A região temperada se situa nas latitudes médias e abrange a Patagônia argentina, onde ocorrem os sistemas ciclônicos, as depressões e baixas pressões extratropicais, as frentes e os anticiclones polares migratórios. As trajetórias das depressões extratropicais tendem a seguir duas direções muito marcantes: de W para E e para S. A formação de depressões é muito comum a sotavento da cordilheira, tanto sobre o continente, entre a latitude de 30º S e a longitude de 60º W, como no mar, desenvolvendo centros anticiclônicos com nítida trajetória SW-NE, podendo variar sua direção sobre o continente, no inverno, e sobre o mar argentino no verão.

    A Patagônia é uma das poucas regiões do mundo cujo clima é regulado por um único elemento condicionante, o vento. A persistente circulação do vento W gera, em combinação com o fator orográfi co, um clima predominantemente temperado semi-árido, exceto no extremo sudoeste, onde a precipitação atmosférica é abundante.

    O país possui dois pólos de precipitação atmosférica: um no nordeste, em Misiones, e outro no sudoeste, ao sul do lago Buenos Aires, de valores médios anuais semelhantes. Entre os dois pólos fi ca a diagonal semi-árida, que percorre o país desde o sudeste patagônico até o noroeste argentino, abrangendo as regiões de Cuyo. As precipitações atmosféricas nas duas regiões subtropicais são mais frequentes no verão, resultantes de linhas ou complexos convectivos acompanhados de forte atividade elétrica e rajadas de vento forte, até com características de tornado, de curta duração mas particularmente destruidoras.

    Ventos — O vento zonda (ou efeito Föhen) é típico em toda a região cordilheirana argentina, porém com particular presença e efeito em Cuyo (San Juan e Mendoza). Seu nome, por analogia, corresponde a uma quebrada cujo vale desemboca próximo da cidade de San Juan. Ao norte da latitude de 39º S a altura da cordilheira só permite a passagem de ventos persistentes de W, soprando nas camadas médias e altas da atmosfera, que ao descer logo após transpor os altos cumes se aquecem por compressão e chegam à superfície com rajadas quentes e secas, que geram grandes tempestades de poeira. Este fenômeno, comum durante todo o ano, se faz particularmente violento no inverno, pela intensidade dos ventos.

    O pampeiro é um vento tradicional da planície pampeira, ao qual se atribui qualidades de formador do tempo, que a literatura popular se encarregou de plasmar e aumentar. O certo é que uma ciclogênese geradora de uma baixa na costa da província de Buenos Aires, juntamente com a chegada de um anticiclone polar migratório, gera um acentuado gradiente bárico que dá lugar a ventos de força 6 a 8 na escala Beaufort, cuja duração raramente é superior a 20 horas. Uma melhora sensível do tempo ocorre com a chegada do ar frio.

    Em algumas situações o pampeiro, decorridas 8 a 12 horas da passagem da frente fria, produz aguaceiros de moderada intensidade, típicos da instabilidade que atinge o ar frio, ao ser aquecido durante o dia. À tarde, o fenômeno desaparece, limpando o céu e baixando sensivelmente a temperatura. A este vento, seguido de aguaceiros, se chama pampeiro úmido.

    Os ventos de SE no litoral atlântico argentino não são comuns e sua ocorrência é acompanhada de nuvens, chuviscos e chuva, e no inverno, geada. No Rio da Prata eles são muito mais comuns, tanto

    18 ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

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    que é um vento característico da região, que adquire particular importância quando se junta à invasão de um anticiclone sobre a província de Buenos Aires, com o desenvolvimento ciclônico na mesopotâmia, desencadeando mau tempo.

    A intensidade e a persistência do vento produzem a invasão da água oceânica, que eleva consideravelmente o nível do rio, ao impedir o escoamento normal das águas da bacia do Prata, Paraná e Uruguai, causando seu transbordamento e inundações na região ribeirinha. Com este vento a navegação nos canais é consideravelmente afetada, tanto por sua intensidade, com força 6 ou superior na escala Beaufort, como pela onda que ele gera, sendo normal a ocorrência de situações de alarme em toda a costa argentina.

    No Rio da Prata é comum a ocorrência deste vento durante todo o ano, com maior frequência e intensidade nos meses de maio a outubro.

    População – O censo de 1991 registrou uma população total de aproximadamente 32.625.530 registrou uma população total de aproximadamente 32.625.530 habitantes.

    Resumo histórico – O nome do país provém do poema “La Argentina”, de Martín Del Barco Centenera (1602), que pela primeira vez o aplicou ao território, derivando-o do nome do Rio da Prata (argentum, em latim).

    A Constituição Nacional declara nomes ofi ciais os adotados sucessivamente desde 1810: Províncias Unidas do Rio da Prata, Confederação Argentina e República Argentina.

    A conquista e colonização do território argentino começou depois do descobrimento do Rio da Prata e da primeira fundação da Cidade da Santíssima Trindade, destruída pelos nativos pouco tempo depois.

    Em 1580, Juan de Garay fundou pela segunda vez a Cidade da Santíssima Trindade e o porto de Santa Maria de Buenos Aires.

    Em agosto de 1776, Carlos III criou o Vice-Reinado do Rio da Prata, integrado pelos territórios que hoje são a Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e a parte meridional do Brasil.

    O primeiro Vice-Rei foi Pedro de Cevallos.

    Em 25 de maio de 1810, foi criado o primeiro governo pátrio, declarando-se sua independência da Espanha no dia 9 de julho de 1816.

    Emancipado o território da Coroa espanhola, surgiram divergências internas que dividiram os argentinos em duas facções: unitários e federais.

    Estas lutas atrasaram por muitos anos a organização nacional, que foi alcançada com a sanção da Constituição Nacional, promulgada no dia 1º de maio de 1853.

    Organização político-administrativa - O território está dividido em 23 províncias e a cidade autônoma de Buenos Aires, capital do país.

    As províncias são Buenos Aires, Santa Fé, Córdoba, Entre Rios, Corrientes, Misiones, Chaco, Formosa, Salta, Jujuy, Tucumán, Catamarca, La Rioja, San Juan, Mendoza, San Luís, Santiago del Estero, La Pampa, Rio Negro, Neuquén, Chubut, Santa Cruz y Tierra del Fuego, Antártida e ilhas do Atlântico Sul.

    Constituem também parte do território argentino, como já foi dito, as ilhas situadas no oceano Atlântico Sul, a saber: a ilha dos Estados, acompanhada de outras pequenas ilhas, em frente à costa oriental da atual província de Terra do Fogo, separada pelo estreito de Le Maire.

    ARGENTINA 19

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    A 565 km da boca do estreito de Magalhães fi ca o arquipélago das Malvinas, formado por duas ilhas principais: Malvina do Leste ou Solidão e Malvina do Oeste ou Grande Malvina, separadas pelo estreito de São Carlos. Porto Argentino é a capital das ilhas.

    De acordo com o Art. 1º da Constituição Nacional, a forma de governo é Republicana, Representativa e Federal.

    O governo nacional está constituído por três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

    O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da Nação, secundado pelo Vice-Presidente e pelos ministros das diversas áreas do governo.

    O Poder Legislativo é composto pela Câmara de Deputados ou Câmara Baixa e pela Câmara de Senadores ou Câmara Alta.

    O Poder Judiciário está formado pela Corte Suprema de Justiça, Câmaras de Apelação e Tribunais de Primeira Instância, correspondentes aos diferentes foros.

    Estrutura de governo similar adotam as províncias, de acordo com o estabelecido nas respectivas constituições provinciais.

    Moeda – A unidade do sistema monetário argentino é o peso ($), que vige desde 1º de janeiro de 1992 e cuja centésima parte se denomina centavo. As cédulas em circulação são de 2, 5, 10, 20, 50 e 100 pesos, existindo moedas de 1, 5, 10, 25 e 50 centavos e de 1 peso.

    O câmbio de moeda estrangeira pode efetuar-se nas casas de câmbio e nos bancos ofi ciais ou privados.

    Pesos e medidas – Vigora o Sistema Métrico Decimal.

    Hora legal – A República Argentina segue o Sistema Universal da Hora, havendo adotado para todo o território o fuso + 3, segundo a convenção que atribui valores positivos aos fusos horários situados a oeste do Meridiano de Greenwich e negativos a leste.

    Feriados nacionais –

    1º de janeiro – Ano Novo

    Móvel – Sexta-feira Santa

    1º de maio – Dia do Trabalho

    25 de maio – Festa Cívica

    10 de junho – Reafi rmação da Soberania Argentina sobre as

    Ilhas Malvinas

    20 de junho – Dia da Bandeira

    9 de julho – Independência Nacional

    17 de agosto – Aniversário da Morte do Libertador General

    San Martín

    12 de outubro – Dia da Raça

    25 de dezembro – Natal

    20 ROTEIRO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. PARTE II

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    BOLÍVIA

    Situação geográfi ca – A Bolívia está situada no centro do continente sul-americano, motivo pelo qual costuma ser denominada Coração da América do Sul, característica que lhe permite ter limites com vários países e lhe dá uma vantagem potencial no âmbito das comunicações continentais.

    Sua situação geográfi ca é próxima ao oceano Pacífi co, isto é, à parte ocidental do continente, abrangendo diversas paisagens com raras belezas cênicas, que vão desde as altas montanhas da cordilheira dos Andes até as amplas planícies do norte e nordeste, sendo o país com maior altitude média do continente. Participa das três grandes características fi siográfi cas: o sistema orográfi co andino, a planície central e o “escudo” brasileiro, razão dos seus vários contrastes climáticos, já que, se por sua situação deveria ser um país subtropical, a cordilheira dos Andes modifi ca completamente sua estrutura física e humana, fazendo da Bolívia o Heartland do subcontinente.

    Está compreendida entre os paralelos de 09º38’S e 22º53’S, sendo seus limites extremos a desembocadura do rio Abuná, ao norte, e o cerro Zapaleri ao sul, ponto limite tripartido com a Argentina e o Chile; e entre os meridianos de 057º27’W e 069º38’W, limitando ao norte e a leste com o Brasil, a sueste com o Paraguai, ao sul com a Argentina, ao sudoeste com o Chile e a oeste com o Peru, totalizando um perímetro limítrofe de 6.750 km. Suas fronteiras estão fi xadas pelos seguintes tratados internacionais: com o Brasil, o tratado de Petrópolis (1903); com o Peru, o tratado Solon Polo-Sanches Bustamante (1909); com a Argentina, o tratado Dez de Medina-Carrillo (1925); com o Paraguai, o tratado de Paz, Amizade e Limites (1938); e com o Chile, o tratado de Paz, Amizade e Limites (1904).

    Inicialmente seu território abrangia uma superfície de 2.373.256km2, porém, devido a confl itos bélicos, em alguns casos, e negociações diplomáticas, em outros, perdeu 53,7% de seu território original, sendo sua área atual de 1.098.581km2, o que a coloca no quinto lugar, entre as repúblicas sul-americanas.

    Geomorfologicamente, apresenta três regiões bem defi nidas, que correspondem aos seguintes espaços territoriais: o planalto, os vales e a planície boliviana.

    Clima – É muito variável, segundo a altura, distinguindo-se três zonas: a terra quente das planícies, com temperaturas médias de 25ºC; a temperada dos vales andinos, entre 2.000 e 3.000 m de altitude, onde a temperatura média é de 15ºC; e a terra fria do planalto, com temperatura média de 10ºC. Acima dos 4.000m o clima é muito frio e aos 5.400m começa a zona de neves perpétuas. A leste da cordilheira chove durante todo o ano, enquanto no planalto a estação chuvosa vai de dezembro a maio.

    Ventos — Os ventos predominantes são do N e E, embora no inverno eventualmente soprem do S, provenientes da Antártida e baixando a temperatura sensivelmente. Estes ventos são conhecidos na região como “Surazos” e suas velocidades variam de 2 a 16 nós.

    Quanto ao regime de “escorrimento”, tem-se um controle específi co, que varia de 0 e 10 l/s/km², com um “coefi ciente de escorrimento” entre 20 e 30%, em toda a região.

    População – Segundo o Censo Nacional de População e Habitação de 1992, a população é de 1992, a população é de 6.420.7926.420.792 habitantes, sendo 49,4% de homens e 50,6% de mulheres, com uma proporção de 57,5% de população urbana e de 42,5% rural, cifras que mostram uma crescente e signifi cativa urbanização em direção ao centro e oeste de seu território, particularmente aos departamentos do eixo central – La Paz, Cochabamba e Santa Cruz – que concentram 68% da população, situação que defi niria a mudança de seu perfi l tradicional de país planáltico e mineiro. Esta tendência se baseia na taxa de crescimento que os diferentes departamentos apresentam, já que enquanto Santa Cruz cresce 4,1% ao ano, Potosí, tradicionalmente mineiro, decresce 0,12%, para uma taxa de crescimento médio anual de 2,11%, com uma densidade demográfi ca de 5,8 habitantes por km2.

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  • DH1–VI–2

    Resumo histórico – O nome Bolívia foi adotado em homenagem ao Grande Libertador Simón Bolívar, que não só libertou o país como também o Peru, Equador, Colômbia e Venezuela. A vida republicana começou em 6 de agosto de 1825, sendo uma das nações mais antigas do continente, herdeira da cultura Tiahuanacota, cuja pétrea e milenar cidade fi ca no planalto boliviano e data de 1.300 anos a.C., a mesma que foi a base da civilização Aymara, possuidora de instituições políticas, religiosas, econômicas e sociais do mais alto grau.

    Posteriormente, esta civilização foi infl uenciada pela Colla, que por sua vez foi superposta pela dos Incas, que estenderam seus domínios até Kollasuyo, integrando um império que alcançou níveis de aperfeiçoamento, desenvolvendo povos com elevada política, fi nanças em boa ordem, legislação altamente progressista, idéias administrativas e hábitos econômicos. Como mostra do progresso alcançado, cita-se a domesticação de animais e o cultivo de plantas, como a batata, espécie usada na alimentação mundial. Este sistema de produção agrícola havia obtido graus de efi ciência difi cilmente alcançados por nenhuma civilização da mesma época, tal que atualmente existe um sério processo de retorno a esse sistema, devido ao seu elevado índice de produtividade.

    Além das civilizações citadas, existiram outras, como a Cultura Mollo, na província Larecaja do departamento de La Paz; a Huruquilla, no departamento de Potosí, e a Yampara, no departamento de Chuquisaca. Por outro lado, nas planícies contíguas, porém sem alcançar o nível das culturas ocidentais, se assentaram, procedentes da Amazônia, as tribos de Moxos, Baures, Chiquitos e Chanés; e vindos do Paraguai, os denominados grupos de Chiriguanos, Guarayos, Sirionós e Pausernas.

    A conquista espanhola ocorreu através do ocidente andino, proveniente do Vice-reinado de Lima; e do oriente, desde as planícies do rio da Prata. A primeira, capitaneada por Diego de Almagro, que, à vista de insistentes notícias da existência de abundantes metais preciosos, ingressou dominando todas as regiões que descobria, sendo a de Porco a primeira mina de prata explorada no atual território boliviano. Posteriormente, e com base na terra dos Charcas, foram fundadas a cidade de La Plata, em 1534, hoje Sucre; e, em 1544, a raiz do descobrimento do Cerro Rico de Potosí, a Vila Imperial de Potosí.

    A incursão pelas planícies do rio da Prata foi dirigida por Juan de Ayolas, que entre 1537 e 1538 chegou aos contra-fortes andinos. A reunião dos conquistadores do Ocidente e Oriente, assim como a divisão do território em Encomendas e Partilhas e o desenvolvimento da cidade de La Plata, deram lugar ao estabelecimento do Real Distrito de Charcas, cuja dinâmica foi intensifi cada pela atividade mineira em Potosí, impondo-se dessa maneira no país de Charcas uma forte unidade econômica, que haveria de consolidar e robustecer a atividade política. Os domínios do Real Distrito de Charcas, devido à dinâmica imposta, se estenderam às províncias de Cochabamba, Potosí, Santa Cruz e La Paz, de cuja superfície parte compreende atualmente a Bolívia.

    Nas últimas décadas do século XVII, se operou no país de Charcas uma notável mudança na estrutura das colônias; as antigas Províncias foram transformadas em Intendências, dando lugar a que o território da jurisdição distrital, já com estrutura própria, fosse chamado Alto Peru, designação que perdurou por muito tempo.

    Esta estrutura foi consolidando-se paulatinamente, devido principalmente aos fatores geográfi cos, étnicos e políticos, constituindo uma unidade cujo centro foi La Plata, que deu lugar à maior revolução ocorrida, partindo da premissa de melhorar as condições de vida e reparar injustiças, abusos, etc., tendo se revoltado para isto, em 25 de maio de 1809, os intelectuais de Chuquisaca, que imbuídos das teorias liberais da Europa proclamaram a independência do Alto Peru, seguida de não poucas intentonas, como a revolta do indígena Túpac Katari, no Ocidente, ou a de Maruama, no Oriente.

    Nesta situação surgiu a fi gura gloriosa do Libertador S