parque olímpico, na barra hoje, cirque du soleil aposta … · saro que, segundo a mitologia...

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MÍN: 19°C MÁX: 29°C RIO DE JANEIRO Quinta-feira, 28 de dezembro de 2017 Edição nº 1.772, ano 8 www.metrojornal.com.br | leitor.rj@metro com.br | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_RJ RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR O Metro Jornal é impresso em papel certificado FSC, garantia de manejo florestal responsável. CAMILA CARA /DIVULGAÇÃO PODER FEMININO EM ‘AMALUNA’, QUE ESTREIA HOJE, CIRQUE DU SOLEIL APOSTA NA FORÇA DAS MULHERES PÁG. 10 Cirque du Soleil está no Parque Olímpico, na Barra Réveillon injeta R$ 2 bi, com festa em 9 pontos Economia movimentada no Ano Novo. Riotur espera 3 milhões de pessoas na virada em Copacabana, onde ocupação dos hotéis deve ir a 90%. Haverá queima de fogos na Barra da Tijuca e na Praia do Flamengo. Proposta de levar blocos de Carnaval para o Parque Olímpico é criticada PÁG. 04 ONG Rio de Paz homenageia os 132 PMs mortos no Estado neste ano PÁG. 02 A TRISTE HISTÓRIA DE CADA UM Placas e fardas dos policiais mortos foram colocadas na altura da Curva do Calombo, na Lagoa: familiares participaram de ato | RICARDO MORAES/ REUTERS ‘Não tenho que deixar de fazer nada por medo’ Em entrevista exclusiva à BandNews FM, juiz Marcelo Bretas fala da Lava Jato e das dificuldades do cargo PÁG. 03 Bretas: ‘Lava Jato é forma de atuação’ | LEONARDO WEN/FOLHAPRESS Brasil fecha 12,3 mil vagas de emprego Resultado de novembro interrompe série positiva de sete meses; ministro do Trabalho deixa o cargo PÁG. 08

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MÍN: 19°CMÁX: 29°C

RIO DE JANEIRO Quinta-feira, 28 de dezembro de 2017Edição nº 1.772, ano 8

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RO Metro Jornal é im

presso em papel certificado FSC,

garantia de manejo florestal responsável.

CAMILA CARA /DIVULGAÇÃO

PODER FEMININO

EM ‘AMALUNA’, QUE ESTREIA HOJE, CIRQUE DU SOLEIL APOSTA NA FORÇA DAS MULHERES PÁG. 10

Cirque du Soleil está no

Parque Olímpico, na Barra

Réveillon injeta R$ 2 bi, com festa em 9 pontosEconomia movimentada no Ano Novo. Riotur espera 3 milhões de pessoas na virada em Copacabana, onde ocupação dos hotéis deve ir a 90%. Haverá queima de fogos na Barra da Tijuca e na Praia do Flamengo. Proposta de levar blocos de Carnaval para o Parque Olímpico é criticada PÁG. 04

ONG Rio de Paz homenageia os 132 PMs mortos no Estado neste ano PÁG. 02

A TRISTE HISTÓRIA DE CADA UM

Placas e fardas dos policiais mortos foram colocadas na altura da Curva do Calombo, na Lagoa: familiares participaram de ato | RICARDO MORAES/ REUTERS

‘Não tenho que deixar de fazer nada por medo’Em entrevista exclusiva à BandNews FM, juiz Marcelo Bretas fala da Lava Jato e das difi culdades do cargo PÁG. 03

Bretas: ‘Lava Jato é forma de atuação’ | LEONARDO WEN/FOLHAPRESS

Brasil fecha 12,3 mil vagas de empregoResultado de novembro interrompe série positiva de sete meses; ministro do Trabalho deixa o cargo PÁG. 08

RIO DE JANEIRO, QUINTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 02| {FOCO}

1FOCO

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O Metro Jornal circula em 21 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, ABC, Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Espírito Santo e Maringá, somando 505 mil exemplares diários.

Direto

ao ponto

RODOLFO SCHNEIDERRODOLFO.SCHNEIDER

@METROJORNAL.COM.BR

Âncora ará do �an News FM e diretor de jornalismo da Band Rio, Rodolfo Schneider escreve às quintas-feiras.

RIO TEM VOCAÇÃOPARA FÊNIXO ano de 2017 vai embora sem deixar saudades em várias fren-tes no Rio, mas não há motivo para desanimar. Surgiu uma luz forte no fim do túnel. Vamos aos fatos.

Na área da segurança, não temos o que comemorar. A cri-minalidade aumentou, perdemos um número recorde de PMs, tivemos mais vítimas de balas perdidas e os bandidos fi-caram ainda mais inconsequentes. Até um dado positivo, a maior apreensão de armas, não nos traz alento pois prova o quanto estão entrando mais armamentos nas divisas do ter-ritório fluminense.

A saúde vive em total penúria. Seja nos hospitais federais, esta-duais ou municipais a palavra mais ouvida é “falta”. Não há médi-cos, remédios, insumos e leitos. Mesmo com uma rede enorme, o Rio não dá conta e recebeu este ano uma enxurrada de novos pa-cientes com a saída de muita gente dos planos de saúde.

Nossa educação minguou ainda mais. Além da recorrente fal-ta de investimentos nas unidades públicas de ensino, ainda tive-mos o pior ano da história da Uerj. Em meio a mais uma greve, não há perspectiva de a 5ª maior universidade do país ressurgir das cinzas. Que tristeza!

No campo social, tudo piorou. O Estado quebrado, o muni-cípio reduzindo ações e o federal na contingência de recursos.

A economia andou de lado em nível nacional este ano, deu tí-midos sinais de melhora, mas o Rio talvez tenha sido o grande

A ONG Rio de Paz realizou ontem, na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul, um ato para lembrar os 132 po-liciais militares que morre-ram este ano no Rio. Eles ti-veram seus nomes marcados em cinco placas que foram fixadas no local.

Durante a manifestação, foram colocados também 13 uniformes da corporação com rosas vermelhas nos bol-sos. “É uma forma que encon-tramos de honrar aqueles que morreram por nós. Eu não sei se há lugar no mundo onde seja mais difícil exercer a fun-ção de policial do que no Rio”, disse Antonio Carlos Costa, fundador da instituição.

No ano passado, 96 PMs foram mortos no Estado,

segundo levantamento da BandNews FM. Até o dia 23 de dezembro deste ano, o aumento no número de ca-sos foi de 37%.

“Quando chegar o ano que vem, essa estatística morre, e aí começa tudo de novo. Meu filho foi o 112o e

depois já vieram mais 20”, revelou a dona de casa Gil-ma Veríssimo, que perdeu o filho, o cabo Djalma Veríssi-mo, em outubro deste ano.

Dos 132 policiais mor-tos, 80 estavam de folga quando foram executados.

METRO RIO COM BANDNEWS FM

V������ia. ONG faz homenagem aos 132 policiais que morreram no Estado neste ano. Número é 37 % maior do que o de 2016

Uniformes da corporação receberam rosas nos bolsos | TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL

Ato na Lagoa lembra PMs mortos no Rio

“É impossível atravessar essa crise sem discutirmos a reforma da Previdência.”

LUIZ FERNANDO PEZÃO,

GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO

Pezão participou de evento com presidente Michel Temer | ALAN SANTOS/ PR

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, defendeu a reforma da Previdência em evento realizado ontem, em São João da Barra, no norte do Estado. O encontro con-tou com a presença do presi-dente Michel Temer.

Na cerimônia, Pezão dis-cursou por cerca de 10 mi-nutos. Ele falou sobre a crise no Rio e fez agradecimentos a Temer, citando a aprovação do Plano de Recuperação Fis-cal dos Estados. “É impossível atravessar essa crise sem dis-cutirmos a reforma da Previ-dência, principalmente para os Estados. Ela é a balizadora para o Brasil sair da crise. Ne-nhum candidato vai passar as eleições sem discutir esse te-

ma, que é o grande problema do país”, defendeu Pezão.

O governador disse ain-da que, atualmente, 66% do funcionalismo público têm aposentadoria especial. A ce-rimônia ocorreu para a as-sinatura do decreto presi-dencial que cria a Zona de Processamento de Exporta-ção do Açu, em São João da Barra. Veja mais na pág. 6.

BANDNEWS FM

Previdência. Governador defende reforma no Estado

Amazonas

Prisão

domiciliarEx-governador do

Amazonas, José Melo

(Pros) deixou ontem o

presídio e começou a

cumprir prisão domiciliar,

benefício concedido pela

Justiça. Cassado em agosto

por compra de votos, o

político ficou seis dias

preso acusado de fazer

parte de um esquema de

desvio de recursos da área

de saúde que abastecia o

pagamento de propina.

A organização criminosa

teria desviado pelo menos

R$ 110 milhões, segundo

as investigações da Polícia

Federal. Melo usará

tornozeleira eletrônica.

destaque negativo. O desemprego aumentou, os servidores es-taduais sofreram com salários atrasados, a violência afasta em-presas e falta gestão competente para mudar essa realidade.

E a corrupção? Ah, é neste campo em que se encontra a nos-sa luz no fim do túnel. As canetadas firmes do juiz federal Mar-celo Bretas e o magnífico trabalho da força-tarefa da Lava Jato (leia-se Ministério Público Federal e Polícia Federal) foram um capítulo à parte em 2017. Em toda a sua história de mais de 450 anos, o Rio nunca viu um combate tão árduo contra os desvios de verba pública. Quem imaginava ver Sérgio Cabral completar um ano preso? Quem cogitaria assistir a vários sócios de Cabral no crime seguindo o mesmo rumo de Benfica? Muitos pode-rosos, milionários, membros da alta sociedade carioca, preten-sos intocáveis. Chegamos a ter três ex-governadores nas celas ao mesmo tempo. Apesar das decisões libertárias do ministro do STF Gilmar Mendes, é inegável o resultado expressivo das ações. A sociedade carioca precisa apoiar, se envolver, se mani-festar, criar engajamento prático nessa luta e dar uma resposta nas urnas em 2018 a tudo o que estamos vendo de perto.

Como disse o juiz Bretas à jornalista Thaís Dias da Band-News FM: “A Lava Jato está longe de terminar no Rio. Quem vi-ver verá”. Mesmo com todas as mazelas mencionadas acima do nosso Rio de Janeiro, queremos viver nesta Cidade Maravilhosa para ver isso acontecer. E não tenhamos dúvida de que o resul-tado só poderá ser melhor do que status quo.

Apesar das forças políticas insistirem em destruir o Rio, temos vocação para nos regenerar, nos reconstruir e colocar-mos a cidade no lugar onde merece. Como a Fênix, um pás-saro que, segundo a mitologia grega, ressurge das cinzas de-pois da autocombustão.

Dólar

- 0,07%

(R$ 3,312)

Bovespa

+ 0,48%

(76.072 pts)

Euro

+ 0,36%

(R$ 3,942)

Selic

(7,0% a.a.)

Salário

mínimo

(R$ 937)

Cotações

RIO DE JANEIRO, QUINTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2017

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A seriedade tão relacionada ao juiz Marcelo Bretas se mis-tura à discrição e até a um to-que de timidez. O magistra-do acredita que é um idealista e, quando o assunto é corrup-ção, ele se sente à vontade. Em entrevista à BandNews FM, a primeira exclusiva a uma rádio, ele reforça que a Lava Jato é, sim, um divisor de águas e, pelo menos no Rio de Janeiro, está só começando.

Bretas é responsável pe-las prisões do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, de vá-rios ex-secretários estaduais, do empresário Eike Batista e do ex-presidente da Eletronu-clear, o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. E até o magistrado, que já está acos-tumado com a área criminal, se surpreende com a diversi-dade de áreas envolvidas em esquemas de corrupção.

Para ele, o foro privilegia-do atrapalha as investigações, mas defende as delações pre-miadas. Após ameaças que já estão sendo investigadas pe-la Polícia Federal, o juiz re-forçou a segurança e não des-carta mudanças no local de trabalho. “Não tenho que dei-xar de fazer nada por medo”, diz nesta entrevista.

A Lava Jato é um divisor de águas no combate à corrup-ção no Brasil?A Lava Jato é mais do que um conjunto de operações, um processo, é uma forma de atuação. Aqui no Rio, o traba-lho está começando. Nós es-tamos numa ascendente, mas não dá para prever fim, mo-mento em que se encerram as operações e sigam apenas com os processos. Depois de uma grande operação, segue--se o processo criminal, que é trabalhoso. São oitivas de de-zenas de testemunhas em ca-da processo, requerimentos de toda sorte, recursos, sen-tenças… Isso tudo está acon-tecendo e, ao lado, tem ou-tras tantas operações que estão se iniciando, se desen-volvendo, então, realmente a coisa se avoluma muito rá-pido. É uma dificuldade que a gente tem. Estamos ainda crescendo, não dá para ima-ginar quando vai acabar, não. Eu acho que ainda vai demo-rar um pouco. Vamos aguar-dar. Quem viver, verá.

Chamou a atenção do se-nhor a complexidade e o en-raizamento desse esquema de corrupção no Rio? A gen-

te já ouvia falar de que algu-ma coisa errada poderia es-tar acontecendo, mas não tinha ideia do tamanho des-se esquema...Inicialmente, pensou-se que seria realmente focado em empreiteiras, construtoras, e algumas investigações sur-giram depois para outros ra-mos, serviços… E não aca-bou. Tem muita coisa ainda em andamento. Realmen-te chamou a atenção essa di-versidade de temas. Não é um determinado, como, por exemplo, um superfatura-mento numa contratação. Tem isso, tem uma outra si-tuação que envolve um even-to esportivo internacional, mas como tem investigações em curso, ainda não há cer-teza quanto a isso. Veja que é muita diversidade. São vários temas diferentes e isso dá muito trabalho, porque não é simplesmente uma sequên-cia, são muitas frentes.

O foro privilegiado atrapa-lha muito as investigações?As regras estão aí e nós temos que respeitar, mas é uma difi-culdade, porque se você trata de corrupção, normalmente tem autoridades envolvidas.

Como temos essa questão de vários foros de várias auto-ridades, eventualmente vo-cê tem uma investigação que surge um nome de alguém e aí você tem que parar, re-meter aquilo para uma outra instância, que terá de se intei-rar do que está acontecendo e poder, enfim, prosseguir. É um obstáculo a mais, é uma dificuldade, sim.

As investigações já chega-ram no Legislativo, no Exe-cutivo, mas até agora não atingiram o Judiciário. Acre-dita que vão chegar?Se acontecer, que seja tu-do muito transparente. Ho-je, nós atingimos um estágio em que não é mais admissí-vel nenhum tipo de inves-tigação sigilosa, algum ti-po de decisão que venha proteger algum colega, um corporativismo.

Recentemente, o Ministério Público pediu a transferên-cia do ex- governador Cabral após ele dar a entender que tem informações sobre o se-nhor e sua família. O senhor tem medo de alguma coisa?Tenho também a consciên-cia de que não estou fazendo

nada errado, não estou perse-guindo pessoalmente nenhu-ma pessoa, mas sou obstina-do com meu trabalho, não tenho que deixar de fazer na-da por medo, não tenho di-reito de ter medo, de não tra-balhar por medo.

A delação premiada ganhou destaque com a Lava Jato, mas o recurso ainda é moti-vo de críticas. O que acha?É uma técnica muito inteli-gente de investigação, por-que você joga um criminoso contra o outro e, através des-sa forma, é possível conse-guir o que nunca antes se fez no país, que é desmantelar organizações criminosas gi-gantescas. A delação premia-da não é simplesmente uma declaração, não basta um co-laborador chegar no juiz e afirmar alguma coisa. Exi-gem-se documentos, provas. Então, fechar os olhos para is-so é forçação de barra.

Em relação às eleições de 2018: vão ser diferentes? Posso estar enganado, mas eu tenho o sentimento de que a população está mais envolvi-da com assuntos políticos, se-ja de direita ou de esquerda,

não é a direção que impor-ta, mas que as pessoas se en-volvam. O que realmente não pode acontecer é votar em quem não se conhece. Tem que fazer o mesmo que um empregador ao contratar um empregado: “Quem é você? O que você já fez?”

Nas audiências, a gente ob-serva um comportamento muito irônico de alguns réus nos processos da Lava Jato, como o do ex- governador Cabral. Como o senhor enca-ra esse comportamento?De um modo geral, o meu es-tilo de trabalho é um pouco mais irreverente. Como juiz, tenho que entender o mo-mento da pessoa, então faço o possível, sempre com sereni-dade, para tornar o ambiente menos pesado, mais ameno. O ex-governador fez referên-cia ao Flamengo. Ele é vas-caíno, disse que torceria pelo meu time. Eu disse que co-braria. Eu falei: “Vou cobrar”. Quero saber realmente se tor-ceu. Ser educado não implica em concordar com a tese da defesa, assim como eu não vou ser mal-educado se achar que a acusação está certa.

THAÍS DIAS/ BANDNEWS FM

MARCELO BRETASJuiz da 7a Vara Federal Criminal do Rio, responsável pela Lava Jato no Estado, afi rma, em entrevista exclusiva à chefe de Redação da rádio

BandNews FM, Thaís Dias, que o trabalho da operação por aqui está começando e ainda não dá para prever quando vai terminar

‘QUEM VIVER VERÁ’

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RIO DE JANEIRO, QUINTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2017

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Cerca de R$ 2 bilhões devem movimentar a economia do Rio durante a festa de Ano Novo. Na Praia de Copacaba-na, na zona sul, são esperadas 3 milhões de pessoas. Depois da comemoração, a estrutura vai continuar montada para a realização de um show com as baterias das escolas de sam-ba, no dia 6 de janeiro.

No total, serão gastos apro-ximadamente R$ 25 milhões. Segundo a Riotur, 82% desse valor é da iniciativa privada.

Este ano, a ocupação hote-leira no Rio durante o Réveil-lon deve chegar a 90%. Gran-de parte desses turistas é de brasileiros. Em 2016, a ocu-pação ficou em 63%. “Nós tri-plicamos praticamente o vo-lume de turistas na cidade. Realmente, é um resultado fantástico”, disse Marcelo Al-

ves, presidente da Riotur.Nove palcos serão monta-

dos para a festa, que terá o te-ma “Abraço”, em referência à canção de Gilberto Gil que exalta o Rio. Marcelo Alves afirma que o Rio pode entrar no livro dos recordes com o maior número de abraços du-rante a virada: “Dois minutos antes da 0h, vamos convocar, através dos telões, que todos os corações se juntem.”

Veja as interdições no bair-ro ao lado. BANDNEWS FM

Respiro. Festa de Ano Novo deve movimentar cerca de R$ 2 bilhões na economia da cidade. Ocupação nos hotéis deve chegar a 90%. Em Copa, público esperado é de 3 milhões de pessoas

Anitta será a atração principal, no palco em frente ao Copacabana Palace | DIVULGAÇÃO

Réveillon como alívio para a crise

Blocódromo é criticado por liga de blocosRepresentantes de blocos tra-dicionais do Carnaval carioca criticam a decisão da prefeitu-ra de criar um espaço fecha-do para apresentação dos cor-tejos na Barra da Tijuca, na zona oeste. Na Arena Carna-val Rio, onde antes funcionou o Parque Olímpico e a Cida-de do Rock, os blocos vão se apresentar em um palco, com dia e hora marcados.

A Riotur diz que o objeti-vo é abrigar os grandes blo-cos que desfilam na av. Pri-meiro de Março, no Centro, e na Praia do Pepê, na Barra, evitando a desordem urbana e interdições no trânsito. Pa-ra Rita Fernandes, coordena-dora da liga Sebastiana – que engloba cortejos como o Su-vaco do Cristo – o projeto tira a espontaneidade dos blocos: “A gente sempre foi contra a criação de um Blocódromo de qualquer circuito para poder confinar o Carnaval de rua.”

Presidente da Riotur, Mar-celo Alves defende que os re-presentantes dos blocos] não compreenderam o projeto: “O que a gente está fazendo é dar mais grandiosidade pa-ra o espetáculo do Carnaval.”

A Arena terá lanchonete, banheiros e capacidade para 80 mil pessoas. Mas, o projeto limitaria os foliões, que não vão poder seguir os trios elé-tricos. BANDNEWS FM

80 milé a capacidade de público da Arena Carnaval Rio, na Barra da Tijuca. No local funcionou o Parque Olímpico e a Cidade do Rock.

Festas em nove pontos da cidadeA queima de fogos em Copa-cabana vai ter duração de 17 minutos. A partir das 17h30, o palco vai começar a receber os shows. A atração principal é a cantora Anitta. A festa ter-mina com apresentações das baterias das escolas de samba Portela e Mocidade, vencedo-

ras do último Carnaval. Outros nove pontos da ci-

dade terão festas. Na Barra da Tijuca, na zona oeste, ha-verá queima de fogos nos ho-téis: Hilton Barra, Ramada Recreio, Atlântico Sul, Grand Mercure, Windsor Barra, Les Relais Marambaia, Windsor

Marapendi, Grand Nobile, Grand Hyatt.

Também na zona oeste, haverá festa em Sepetiba (Praia do Recôncavo) e em Guaratiba (Barros de Alar-cão). Na zona sul, a Praia do Flamengo vai receber quei-ma de fogos, shows e as es-

colas de samba Salgueiro e São Clemente.

Na zona norte, haverá fes-tas na Penha (conjunto IAPI), Ramos (Piscinão), Madureira (Parque Madureira), e Ilha do Governador (Praia da Bica), além da Ilha de Paquetá (Praia da Moreninha). METRO RIO

BRASIL

Confira as interdições progra-

madas de acordo com o Cen-

tro de Operações da Prefeitu-

ra do Rio (www.cor.rio):

• Réveillon em Copacabana. As intervenções no trânsito começarão no sábado, com a proibição de estacionamento. Os bloqueios começarão no dia 31, às 7h, na av. Atlântica. Às 19h, ocorre o fechamento dos acessos ao bairro de Copacabana por Ipanema, Lagoa (Corte de Cantagalo), Túnel Velho e Enseada de Botafogo. Ônibus de linhas regulares e táxis terão acesso até 22h. Para acessar a área do evento em Copacabana, a SMTR recomenda o transporte público coletivo regulamentado, bicicleta ou o deslocamento a pé.

• Nublado. Segundo o Sistema Alerta Rio, a previsão para hoje é de céu parcialmente nublado a nublado, com chuva fraca a moderada a qualquer momento. Os ventos serão fracos a moderados. A máx. prevista é de 29° C e a mín., de 19° C.

Melhor caminho

Previsão do tempo

“Nós triplicamos praticamente o volume de turistas na cidade. Realmente, é um resultado fantástico.”

MARCELO ALVES, PRESIDENTE DA RIOTUR

Veja as interdições

do Réveillon

A limitação e agressividade provocadas pela doença de Parkinson aos pacientes terão um novo rival. Pesquisadores da Unesp (Universidade Esta-dual Paulista) em Bauru, tra-balham em um programa de computador que vai ajudar no diagnóstico precoce e mais preciso da doença. Com o sis-tema, o paciente poderá apre-sentar sinais até 12 anos antes dos sintomas mais severos.

Segundo os pesquisado-res, para fazer o diagnóstico é necessário o conjunto de uma caneta especial (dotada de seis sensores de pressão e inclinação), um questionário

e o software, que lê e anali-sa os dados emitidos. A prin-cípio, a caneta foi criada por alemães – o projeto tem par-ceria com uma universida-de da Alemanha – e capta to-dos os movimentos feitos por um indivíduo ao cumprir ta-refas motoras e gera centenas de dados na tela do computa-dor. Para aperfeiçoar mais o

diagnóstico, um questionário produzido pela pesquisadora Silke Weber, da Unesp de Bo-tucatu, foi programado para captar padrões de comporta-mento para pacientes.

O professor do Departa-mento de Computação da Fa-culdade de Ciências, João Pau-lo Papa, desenvolveu junto com Cleiton Pereira, aluno de doutorado, software capaz de ler e interpretar dados do con-junto da caneta e do questio-nário, com 90% de precisão.

“Com esse exame, fornece-mos uma maneira mais preci-sa para auxiliar o médico na tomada de decisão quando

diagnosticar uma pessoa co-mo sendo saudável ou não. O programa também permite acompanhar a progressão da doença”, disse João Paulo.

O sistema ainda não tem previsão de chegar aos con-sultórios. No Brasil, cerca de 200 mil pessoas têm a doen-ça, segundo dados da Associa-ção Brasil Parkinson. Conside-rada condição complexa que afeta pessoas de formas dife-rentes, o Parkinson é doen-ça neurológica, crônica e progressiva resultante da de-generação das células locali-zadas na “substância negra”, situada no cérebro. METRO

Tecnologia. Pesquisadores da Unesp criam plataforma que pode ajudar o portador a detectar a doença com até 12 anos de antecedência

Evento realizado pela Associação Campinas Parkinson | DIVULGAÇÃO

0,1%das pessoas no mundo são portadoras de Parkinson

Diagnóstico precoce do Parkinson

RIO DE JANEIRO, QUINTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 06| {BRASIL}

DIPLOMATA SAI ‘POR BEM’

ATÉ SÁBADO OU SOB VARA.

Esgota-se neste sábado o prazo para o chefe da em-baixada da Venezuela dei-xar o Brasil após ter sido expulso pelo governo. Se não sair nesse prazo, Ge-rardo Maldonado pode ser conduzido sob vara até a fronteira ou embarcado à força em avião para Cara-cas. A Convenção de Viena não fixa prazo, mas preva-lece o princípio da recipro-cidade: ele tem as mesmas 72 horas impostas ao em-baixador brasileiro.

PRAZO É O MESMO. O dita-dor Nicolás Maduro deu ao embaixador Ruy Pereira 72 horas para sair da Vene-zuela, quando o declarou “persona non grata”.

RÉVEILLON EM CARACAS. Ao contrário de Ruy Perei-ra, que já estava no Bra-sil para o fim de ano, o venezuelano Maldonado foi notificado da expul-são em Brasília.

O MUNDO DÁ VOLTAS. O ser-pentário do Itamaraty foi à loucura: Ruy Pereira é bolivariano de carteirinha, fanzoca de tipos como Hugo Chávez, Maduro e Lula, claro.

CHATO DE GALOCHA. Jor-nalistas que cobrem di-plomacia agradeceram o Itamaraty por livrá-los do venezuelano Maldo-nado. Trata-se de um chato de galocha.

EMPRESA TENTA MANTER

MONOPÓLIO QUE RENDE BI-

LHÕES. A empresa B3/Cetip tenta retomar sua influên-cia no Ministério da Fa-zenda, como nos tempos de governos do PT. É que uma resolução recente do Denatran acabou com o

monopólio da B3/Cetip, proibindo-a de efetuar re-gistro de contratos, mas a empresa agora teme per-der o monopólio nos gra-vames, que lhe rendem ao menos R$ 1 bilhão por ano. A B3/Cetip garimpa políticos que a “ajudem”, mas está difícil.

DE VOLTA AO SOSSEGO. A primeira-dama Marcela Temer não se mete nas questões políticas do ma-rido, mas ele próprio ad-mite: “Se eu perguntar a ela sobre reeleição, não gostaria. Ela quer sosse-go, quer paz”, disse ele a este colunista.

COM ANDRÉ BRITO E TIAGO VASCONCELOSWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

PODER SEM PUDOR

O medo de Brizola

Leonel Brizola encontrou Tancredo Neves em um evento político e se der-ramou em elogios, lem-brando que ele fora o úl-timo ministro da Justiça de Getúlio Vargas:- Foi também primeiro--ministro de Jango, com-pareceu ao seu enterro

e discursou junto ao tú-mulo. O senhor merece o meu apreço!Quando Brizola se despe-diu e foi embora, Tancre-do brincou:- Aquilo não é elogio, não. Ele está com me-do que eu o enterre. E discurse.

“TEMOS UM

CENÁRIO

PROPÍCIO PARA O

CUMPRIMENTO

DA META”

ANA PAULA VESCOVI, SECRETÁRIA DO

TESOURO, SOBRE O ROMBO

DE R$ 159 BILHÕES

Política

A primeira-dama Marcela Temer | MARCOS CORRÊA/PR

CLÁUDIO [email protected]

Crise potiguar vai virar o ano sem saída

O deputado Paulo Maluf (PP--SP) passará o Réveillon no Complexo Prisional da Pa-puda, no Distrito Federal, após a Justiça de Brasília pe-dir prazo de 10 dias para que o IML (Instituto Médi-co Legal) esclareça as condi-ções de saúde do parlamen-tar. A defesa elaborou 40 questões. Apenas depois da manifestação o juiz Bruno Aielo irá decidir sobre a con-cessão ou não da prisão do-miciliar pedida pela defesa.

Os advogados do ex-go-vernador de São Paulo e ex--prefeito da capital alegam que o IML omitiu problemas cardíacos. Num laudo entre-gue ontem, a defesa diz que Maluf toma 13 medicamen-tos de uso contínuo. “Esse é justamente o agravo que coloca direta e mais aguda-mente em risco a vida de Maluf”, afirmou, em nota, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

CassaçãoA Câmara aguarda a conclu-são de um parecer técnico para decidir sobre um recur-so ao STF (Supremo Tribu-nal Federal) contra a cassa-ção compulsória de Maluf.

A tendência é de que a Casa recorra e a decisão sobre a perda de mandato seja sub-metida ao plenário.

Maluf foi condenado em maio pelo STF a sete anos, nove meses e dez dias de prisão, além do pagamen-to de multa de R$ 1,3 mi-lhão. O Ministério Público Federal o acusa de usar con-tas no exterior para lavar di-nheiro desviado quando era prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996. METRO BRASÍLIA

Maluf está com 86 anos e trata decâncer | ADRIANO MACHADO/REUTERS

Justiça. Maluf deve passar Réveillon na Papuda

Um dia após condicionar empréstimos públicos aos Estados a votos para a refor-ma da Previdência, o minis-tro da Secretaria de Gover-no, Carlos Marun, foi alvo de uma queixa formal de governadores do Nordeste.

Em carta encaminhada ao presidente Michel Te-mer (PMDB), os chefes dos Poderes Executivos dos no-ve Estados da região amea-çam processar o ministro por “chantagem”.

“Vivemos em uma Fede-ração, cláusula pétrea da Constituição, não se admi-tindo atos arbitrários para extrair alinhamentos polí-ticos, algo possível somen-te na vigência de ditadu-ras cruéis. Esperamos que o presidente Michel Temer reoriente os seus auxiliares, a fim de coibir práticas in-constitucionais e crimino-sas”, diz um trecho do do-cumento, publicado pelo jornal “Estado de S. Paulo”.

Anteontem, o ministro Marun justificou que a moe-da de troca era uma “ação de governo” e considerava o pedido de apoio do gover-no federal aos Estados como “reciprocidade”.

Ontem, Temer reu-niu Marun e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para avaliar es-tratégias para atingir os 308 votos necessários para a aprovação da reforma da Previdência. METRO BRASÍLIA

Reforma evita ações radicais, afirma Temer O presidente Michel Te-mer afirmou ontem que caso a reforma da Previ-dência não seja aprova-da, estará na agenda dos candidatos à Presidên-cia e exigirá a adoção de medidas mais radicais. “Se nós não fizermos agora, não haverá um candidato que não te-nha que tocar no assun-to, porque será cobrado. Quando tiver que fazê--la, terá que fazer uma muito mais radical”, ci-tando corte de aposenta-dorias, como houve na Europa. METRO BRASÍLIA

Previdência

Previdência. Governadores atacam ministro Marun

A possível ajuda federal pa-ra quitar salários atrasa-dos no Rio Grande do Nor-te só voltará a ser discutida em 2018. Após pedir que o ministro da Fazenda, Hen-rique Meirelles, reconside-rasse o veto a um repasse de R$ 600 milhões, o gover-nador do Estado, Robinson Faria (PSD), recuou e deci-diu pedir ajuda ao TCU (Tri-bunal de Contas da União) para buscar uma solução, mas o órgão só volta do re-cesso em 16 de janeiro. En-quanto isso, os policiais militares do Estado conti-nuam uma paralisação que completa dez dias hoje, acompanhada de uma esca-lada na violência.

Uma policial da Força Nacional de Segurança, en-viada para ajudar no patru-lhamento, e um prefeito da região metropolitana de Na-tal estão entre as vítimas de crimes. A agente, que é do Mato Grosso do Sul e tem

44 anos, foi baleada de ras-pão na cabeça em uma ten-tativa de assalto no bairro de Lagoa Seca na madruga-da de ontem. Ela e um cole-ga caminhavam – sem farda – para um quartel quando foram abordados por três

assaltantes. Os bandidos fo-ram presos. A agente não corre risco de morrer.

O prefeito de Nísia Flo-resta teve o carro levado por bandidos quando se dirigia a um evento público na ci-dade, na tarde de ontem.

Daniel Marinho chegou a ser feito refém, mas acabou liberado pelos criminosos. Ninguém foi preso.

No Estado, só servidores que ganham até R$ 3 mil (75 mil pessoas, 67% do to-tal) receberam o salário de novembro. Dezembro e o 13º não foram pagos. Além dos PMs, que estão aquarte-lados apesar de decisão ju-dicial pelo retorno ao traba-lho, agentes penitenciários também estão de braços cruzados e a Polícia Civil trabalha em regime de plan-tão. METRO BRASÍLIA

Violência. Ajuda financeira da União ao Estado empaca e policiais seguem em greve

Força Nacional de Segurança está no RN | VITORINO JUNIOR/PHOTOPRESS/FOLHAPRESS

R$ 600 mié o valor do repasse solicitado pelo governo do Estado do Rio Grande do Norte ao governo federal para cumprir a promessa de saldar os salários atrasados dos servidores públicos

RIO DE JANEIRO, QUINTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br 08| {ECONOMIA}

MUNDO

Obama: entrevistado, mas ainda não convidado para casamento real | REUTERS

Em uma entrevista ao prínci-pe britânico Harry transmiti-da ontem pela rádio “BBC”, o ex-presidente dos EUA Barack Obama disse que a maneira como as pessoas se comuni-cam nas redes sociais cria o risco de fragmentar a socie-dade e que os líderes preci-sam fazer com que a internet não deixe os usuários aferra-dos a seus preconceitos.

Obama disse que as re-des sociais deveriam incenti-

var visões diferentes de uma forma que “não leve à balca-nização de nossa sociedade”.

A “BBC” perguntou a Harry se ele convidará o casal Obama para seu casamento com a atriz norte-americana Meghan Markle no próximo ano. “Não decidimos os con-vites ou a lista de convidados. Quem sabe se eles serão con-vidados ou não? Não quero estragar a surpresa”, respon-deu o príncipe. METRO

Reino Unido. Príncipe Harry entrevista Obama na ‘BBC’

O frio e a neve chegaram com grande intensidade ao hemis-fério Norte nos últimos dias. E prometem não “aliviar” tão cedo. Cidades de EUA, Cana-dá, vários países da Europa e Japão enfrentam dias difíceis, com transportes e rotinas de moradores prejudicados pe-lo mau tempo. Em alguns lu-gares, a previsão é de que ele continue assim até a virada do ano.

Nos EUA, as regiões cen-tro-oeste e nordeste enfren-tam a tempestade de neve batizada de “Ethan”. A ne-vasca foi tão intensa duran-te a madrugada de terça-feira que, por hora, até 10 centí-metros de neve caíram em al-gumas regiões do país.

Entre os Estados mais afetados pela tempestade “Ethan” estão Nebrasca, Kan-sas, Missouri, Pensilvânia, No-

Mau tempo. Na América do Norte e na Europa, há cidades cobertas de gelo, engavetamentos, trens parados, casas sem energia elétrica e temperaturas que ainda podem chegar a -500 C

Frio e neve ‘atacam’ o hemisfério Norte

30 31 1º

MÁXIMAS E MÍNIMAS PELO MUNDOAs temperaturas até o Ano-Novo, em °C

FONTE: THE WEATHER CHANNEL

MÁX/MÍN

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-3°/-6°

7°/4°

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10°/3°

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-2°/-9°

12°/8°

13°/12°

12°/6°

16°/11°

10°/2°

-5°/-11°

10°/5°

13°/7°

15°/9°

15°/8°

8°/3°

-6°/-11°

9°/4°

9°/5°

15°/8°

15°/7°

11°/2°

RÉVEILLON

va York e Massachusetts. A temperatura, que segundo o Serviço Nacional de Meteoro-logia é a menor dos últimos 20 anos, causou o “congela-mento” de rodovias. No Ca-

nadá, as temperaturas podem alcançar até -50º C no norte de Ontário. O mau tempo, po-rém, afetou pouco as opera-ções nos aeroportos.

O norte do Japão também

foi atingido por uma tem-pestade de neve. Uma pes-soa morreu em um engaveta-mento causado pelo excesso de gelo na pista e pela falta de visibilidade. Outras 14 pes-soas ficaram feridas. A nevas-ca obrigou, ainda, o cancela-mento de quase 150 partidas de trens e de dezenas de voos domésticos. Além da nevasca, fortes ventos pioraram ainda mais a situação na região.

No Reino Unido, as autori-dades britânicas emitiram vá-rios alertas por causa da neve e do gelo que atingiram gran-de parte do país na noite da última terça-feira. A tempes-tade trouxe também ventos fortes. Milhares de casas fica-ram sem energia. Estradas fo-ram bloqueadas, com registro de acidentes e congestiona-mentos. A neve pode ainda afetar voos. METRO

O Brasil perdeu 12.292 va-gas formais de emprego em novembro, quebrando uma série de sete meses de gera-ção de postos. Esse é o pri-meiro resultado divulgado pelo Ministério do Trabalho após a reforma trabalhista entrar em vigor, em 11 de novembro.

O dado frustrou a expec-tativa de analistas consulta-dos pela “Reuters”, de aber-tura de 22 mil postos, mas foi melhor em relação ao mesmo período de 2016 (-116.747 vagas).

“Esse saldo negativo não significa uma interrupção do processo de retomada do crescimento econômico do país”, disse o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que apresentou os números antes de pedir demissão para

disputar as eleições de 2018 (veja ao lado). Ele ressaltou que de janeiro a novembro foram criados 299.635 novos postos de trabalho no país. “A economia está crescendo de forma gradual.”

Dos oito setores, sete tive-ram saldo negativo em no-vembro, com destaque pa-ra indústria (-29.006 postos), construção civil (-22.826) e agropecuária (-21.761). Ape-nas o comércio ficou no azul com a proximidade das fes-tas de fim de ano, com a cria-ção líquida de 68.602 vagas.

Segundo o ministério, a indústria já começa a demi-tir nesse período do ano num cenário em que “todas as en-comendas já foram atendi-das”. Já a construção civil é marcada por paralisação de obras em função das chuvas.

Nogueira disse ainda que o fechamento de postos “não está correlacionado à moder-nização da legislação traba-lhista, mas sim ao resultado do PIB inferior a 2%”.

Para 2018, o ministério prevê a criação de 1,78 mi-lhão de postos, se a econo-mia crescer 3%. Se alta do PIB chegar a 3,5%, o saldo pode superar 2 milhões de contratos. “Os resultados da reforma trabalhista se-rão colhidos em 2018”, disse Nogueira.

Em novembro, foram registrados 3.120 contra-tos de trabalho intermiten-te, modalidade foi criada com a reforma trabalhista. O número de desligamen-tos foi de 53, o que gerou um saldo positivo de 3.067 contratos. METRO

Mercado de trabalho. Resultado interrompe série de sete meses consecutivos de geração de postos com carteira. Ministério prevê a criação de 1,78 milhão de empregos em 2018. Ministro pede para sair

País fecha 12,3 mil vagas formais em novembro

Ministro do Trabalho pede demissão para disputar eleição

O ministro do Trabalho, Ro-naldo Nogueira, pediu on-tem demissão para disputar as eleições no ano que vem. A saída de Nogueira, que vai concorrer à reeleição para de-putado federal, foi confirma-da pelo Palácio do Planalto após uma reunião do minis-tro com o presidente da Re-pública, Michel Temer.

Nogueira volta à Câmara dos Deputados, onde retoma seu mandato pelo PTB do Rio Grande do Sul. Ele comanda-va o Ministério do Trabalho desde maio de 2016. “Volto à Câmara dos Deputados, de onde continuarei a defender de forma aguerrida as refor-mas que modernizem a socie-dade brasileira”, diz Noguei-ra em carta entregue a Temer.

Pedro Fernandes assume

O deputado Pedro Fernan-des (PTB-MA) será o novo ministro do Trabalho, se-gundo o líder do partido na Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO). O novo ministro assume em 4 de janeiro. Se-gundo o líder, Nogueira pe-diu demissão por motivos de foro íntimo. METRO

EVOLUÇÃO Saldo entre admissões e demissões

NOV

DEZ

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

-118.034

-478.163

-31.620

48.820

-57.625

73.039

43.385

15.295

48.831

45.637

45.233

80.932

-12.292

2016

2017

FONTE: CAGED

SETORES Saldo de novembro

Extrativa Mineral -1.155

Indústria de Transformação -29.006

Serviços Ind. de Util. Pública - SIUP -814

Construção Civil -22.826

Comércio 68.602

Serviços -2.972

Administração Pública -2.360

Agropecuária -21.761

RIO DE JANEIRO, QUINTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 10| {CULTURA}

2CULTURA Cirque Du Soleil. Sexto espetáculo da companhia

canadense a desembarcar no Rio, ‘Amaluna’ exalta a força da mulher, com um elenco majoritariamente feminino.

Espetáculo fica no Parque Olímpico, na Barra, até janeiro

No Parque Olímpico (av. Embai-xador Abelardo Bueno, altura do 5.001, Barra da Tijuca). Hoje, às 21h. Ter. a sex., às 20h. Sáb., às 16h30 e às 20h. Dom., às 16h e às 19h30 (dia 31/12 não há espe-táculo). R$ 250 a R$ 450. Ingres-sos na bilheteria no local ou em tudus.com.br. Livre. Até 21/01.

Não perca!

4 mide pessoas já assistiram ao espetáculo, que estreou em 2012, em Montreal, no Canadá, e já percorreu 30 cidades de 10 países

“‘Amaluna’ incorpora o poder da mulher e é ótimo para mostrar que ela pode ser o que quiser: forte, intimidadora, delicada – tudo com um dinâmica diferente.”

LAURA ANN-CHONG, ARTISTA E ATLETA

Número de barras assimétricasrepresenta grupo de amazonas

JEAN-FRANCOIS GRATTON/SHOOT STUDIO/ DIVULGAÇÃOYANICK-DERY/ DIVULGAÇÃO

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Miranda e Romeu:amor impossível

Mulher na linha de frente

Da ginástica para o maior circo do mundo Ex-ginasta da seleção canadense, Laura--Ann Chong integra o número de barras assimétricas do espetáculo. Ela dá vida a uma amazona cuja missão é proteger a ilha onde se passa a história.

Chong destaca as diferenças entre a carreira de atleta e a de artista cir-cense: “O esporte é focado na busca da perfeição. Aqui precisamos seguir mais o fluxo. Aprendemos habilidades novas e voltamos a acrobacias que es-tão nas origens da ginástica, mas não são mais feitas.” AMANDA QUEIRÓS/ METRO

Esquema de entradaA entrada do público ocorrerá próximo à estação do BRT Centro Olímpico, ao lado do hotel Residence Inn By Marriott, e não no portão perto da Jeunesse Arena (antiga HSBC Arena), como nas Olimpíadas. No mesmo local, funcionará o acesso ao estacionamento, que custa R$ 40. METRO RIO

Fique atento!

A tenda colorida do Cirque du Soleil vai transformar o Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, em uma ilha pa-radisíaca. Após percorrer 10 países, o espetáculo “Amalu-na” estreia, hoje, no Rio de Janeiro, contando uma his-tória de amor incrementada pela pirotecnia e os números acrobáticos característicos da companhia canadense.

Na ilha que dá nome à produção, a rainha Próspera governa uma população for-mada por mulheres que vi-vem de acordo com os ciclos da Lua. Mas a chegada de jo-vens marinheiros náufragos vai mudar a rotina do local. Apaixonada pelo desbrava-dor Romeu, a filha da monar-ca, Miranda, terá que enfren-tar diversos obstáculos para ficar com o amor da sua vida.

Dirigido pela america-na Diane Paulus, vencedo-ra do Prêmio Tony (o Oscar do teatro), o espectáculo foi concebido como uma exalta-ção à mulher. O título “Ama-luna” é uma fusão entre as palavras “ama”, que signifi-ca mãe, e “lua”, considerada, em muitas culturas, símbo-lo da feminilidade. O roteiro é livremente inspirado em “A Tempestade”, de William Sha-kespeare, e valoriza conceitos como fé, amor e renovação.

Pela primeira vez nas três décadas de história do Cirque du Soleil, a banda é compos-ta exclusivamente por mulhe-res. Entre elas, está a percus-sionista canadense Mireille

Marchal, que engrossa a fi-leira musical do circo há 12 anos. “Em um mundo mo-derno, é importante mostrar que homens e mulheres de-vem ter as mesmas oportuni-dades”, ressalta.

Além de Mireille, o elen-co é composto por outros 45 artistas, de 20 países, in-cluindo dois brasileiros. Para a gerente Stéphanie Gaudette, que cuida de to-dos os departamentos do show, a diversidade é a principal qualidade da obra. “Não importa qual é a sua nacionalidade. O que im-porta é o talento”, salienta.

Mas não basta apenas ter talento para aguentar a ma-ratona de ensaios. “Todos os artistas também são atletas e praticam seis vezes por se-mana”, explica Stéphanie.

Por trás das cortinas, 68 profissionais trabalham na gestão artística, atendimen-to ao cliente, montagem do palco, entre outros servi-ços. O montador brasileiro Sérgio de Oliveira destaca a musicalidade da produ-ção: “É um show único. Vai ter bastante guitarra, é bem diferente.”

Na estrada desde 2012, “Amaluna” é a sexta atra-ção do Cirque du Soleil a ser apresentada no Rio, de-pois de “Saltimbanco”, “Ale-gria”, “Quidam”, “Varekai” e “Corteo”. “Espere muita inovação, porque há dois números exclusivos”, adian-ta Mireille. METRO RIO E BAND

“O circo está sempre procurando cidades criativas, que apreciem os espetáculos. O Rio é uma delas.”

STÉPHANIE GAUDETTE, GERENTE DO SHOW

Papulya e Maïnha: paixão à primeira vista

Mark Hamill

Homenagem Intérprete de Luke

Skywalker na saga ‘Star

Wars’, Mark Hamill usou

sua conta no Instagram

para homenagear a atriz

Carrie Fisher. “Ninguém

realmente vai embora”,

escreveu ele ontem na

rede social para lembrar

um ano da morte da

responsável por encarnar

a Princesa Leia nas telas.

RIO DE JANEIRO, QUINTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br 12| {CULTURA}

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MELHORES DO TEATRO

À convite do Metro Jornal, seis especialistas em artes cênicas elegeram as montagens que mais se destacaram nos palcos em 2017

METRO RIO

2‘Yank – O Musical’

Dirigido por Menelick de Carvalho, o musical conta a história de um correspondente de guerra e um sol-dado do exército, que se apaixo-nam e lutam pela sobrevivência. Pa-ra o jornalista e jurado do prêmio APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio) Rodrigo Fonseca é um espetáculo com porte dos da Broadway: “Foi feito com tostões e, mesmo assim, foi capaz de recriar a tradição das grandes histórias de amor impossível.”

4‘Bibi, Por Toda Minha Vida’Com direção musical de Flávio Men-des, Bibi Ferreira comemorou seus 95 anos nesse espetáculo musical. Pro-dutor cultural e dono do Theatro Net Rio, Frederico Reder conta que se emo-cionou ao assistir, pois lembrou-se de quando recebeu o espetáculo dos 90 anos da artista, ‘Bibi, Histórias e Can-ções’, no palco do mesmo NET Rio. Pa-ra ele, Bibi jamais se aposentará: “Não é uma peça, é uma aula. Bibi fi cou sen-tada durante todo o show, mas estava enorme como sempre.”

‘Volúpia da Cegueira’Dirigida por Alexandre Lino, a pe-ça trata de fantasias e tabus se-xuais de quatro personagens ce-gos e dois dos atores são de fato cegos. O que mais chamou a atenção do diretor de teatro Pau-lo Fontenelle foi a possibilidade de o público usar vendas duran-te o espetáculo: “Foi uma ousadia cênica em todos os sentidos: de interpretação, da escolha de elen-co e na forma de se vivenciar. Foi realmente uma inovação.”

‘Tom na Fazenda’Dirigida por Rodrigo Portella, a mon-tagem conta a história de Tom, que descobre, no velório de seu namo-rado, que a sogra ignora o fato de o fi lho ser homossexual e não faz ideia de quem ele é. Para a produ-tora teatral Aniela Jordan foi um es-petáculo simples e impactante: “Fala sobre a verdade, a mentira, a hipocri-sia, a ingenuidade. A peça é sutil e for-te ao mesmo tempo. Esse é o impacto, inde-pendentemente de a produção ser pequena ou barata. A força do texto, da atuação e da direção são os elementos importantes.”

Espetáculo é da

Cia. Barca

dos Corações

Partidos

BERNARDO SANTOS/ DIVULGAÇÃO

Os atores Gustavo Vaz

e Armando Babaioff

JOSÉ LIM

ON

GI/ D

IVU

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ÇÃO

A atriz e cantora Bibi

Ferreira: vigor no palco

DIVULGAÇÃO

O ator Hugo Bonemer

(ao centro) em cena

LUIZA FILIPPO/ DIVULGAÇÃO

Público usou vendas

para assistir a peça

JANDERSON PIRES/ DIVULGAÇÃO

É impossível querer olhar pa-ra a obra de Woody Allen, 82, sem notar o quanto seus fil-mes espelham sua vida.

“Roda Gigante”, que es-treia hoje, não poderia ser mais óbvio nesse sentido. No longa, ambientado na Coney Island dos anos 1950, Justin Timberlake vive Mickey, um jovem salva-vidas com a am-bição de se tornar um drama-turgo de sucesso.

Ele se envolve com Ginny (Kate Winslet), uma mulher de meia-idade que trabalha como garçonete após aban-donar a carreira de atriz. Ela, por sua vez, é casada com Humpty (Jim Belushi), opera-dor de um carrossel monta-do no parque erguido sobre a fantasiosa Coney Island.

A filha de Humpty, Caroli-na (Juno Temple), entra nessa equação como elemento de-sestabilizador. Ela volta para casa para fugir de gângsters que estão em seu encalço. Nesse processo, ela acaba des-pertando o afeto de Mickey, para desespero da madrasta.

A história soa como eco da própria vivência de Allen, que se casou em 1997 com a enteada, Soon-Yi Previn, fi-lha de André Previn e Mia Farrow, com quem o cineas-ta manteve uma relação es-tável entre 1979 e 1992.

Allen tenta se esquivar des-sa associação ao colocar seu protagonista para defender o valor da ficção. “Enquan-to poeta, uso símbolos, e en-quanto dramaturgo iniciante, gosto de melodrama e de per-sonagens maiores que a vida”, diz Mickey logo no início de “Roda Gigante”.

O filme não chegou a im-pressionar os jornalistas dos EUA, onde ele estreou no iní-cio do mês. A despeito do des-taque à fotografia de Vittorio Storaro, o longa carece de em-patia dos personagens e pare-ce não chegar a lugar algum,

segundo críticas compiladas pelo site Rotten Tomatoes.

Denúncia de abuso sexual

Em um editorial publica-do pelo “Los Angeles Ti-mes” no início do mês, a fi-lha adotiva de Woody Allen e Mia Farrow, Dylan Farrow, 32, questiona o porquê de atrizes que apoiaram víti-mas dos abusos sexuais do produtor Harvey Weinstein aceitarem trabalhar com Al-len se também ele é alvo de denúncias. Dylan diz ter si-do abusada pelo diretor aos 7 anos. METRO

Longa ‘Roda Gigante’, que estreia hoje, tem quadrilátero amoroso

Kate Winslet e Justin Timberlake estrelam o drama | DIVULGAÇÃO

‘Auê’

1Dirigida por Duda Maia, a pe-ça ganhou o Prêmio Cesgran-rio de Teatro como melhor espe-táculo do ano. Para o jornalista e dramaturgo Flávio Marinho é a melhor montagem teatral em muitos anos: “Teatro, música,

dança, canto e poesia convivem harmoniosamente com uma or-ganicidade raramente vista nos palcos brasileiros.” Marinho con-ta que já assistiu ao espetáculo três vezes. “E, se der, assistirei de novo”, completa o dramaturgo.

RIO DE JANEIRO, QUINTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2017www.metrojornal.com.br 14| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

Verba do CarnavalO Carnaval do Rio corre perigo. A falta de verba e de empenho das autoridades para manter essa tradição carioca é caso seríssimo. Os turistas alimentam nossa cidade nesta época. Já não bastasse a vio-lência para afastá-los, agora nossa maior festa também está ameaçada. Indepen-dentemente de gostar ou não do Carna-val é muito claro o papel importante que a festa tem na economia da cidade. Tu-ristas do mundo todo vêm para cá gastar seus dólares e seus euros, lotando os ho-téis e restaurantes. Acabar com o Carna-val é dar um tiro no próprio pé.JORGE CARVALHO - RIO DE JANEIRO, RJ

Promessas ao ventoA poluição da Baía de Guanabara está maior do que nunca. A promessa de des-poluição para a Olimpíada não foi cum-prida. Aliás, ao tentarem cumpri-la, as-sassinaram milhares de arraias que ainda conseguem sobreviver nessas águas. É uma vergonha que logo depois do espe-lho d’água do Museu do Amanhã tenha uma água fétida e escura. Não é possível que, com tanta tecnologia e esforço pa-ra resolver problemas menores, não haja uma solução para algo tão urgente. CAMILA FREITAS - RIO DE JANEIRO, RJ

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Horóscopo Astrólogo de Plantãowww.astrologo.blog.br

[email protected]: Guilherme Salviano

Período favorável a obter ganhos em negociações. Priorize conversas sobre valores para perceber com quem tem

mais e menos afinidades.

Com a Lua em seu signo, esteja mais atento a impulsos e cuide para que assuntos sem importância não alterem

seu humor.

Evite desgastes com assuntos sem importância nas relações. Momento para compreender melhor certos

padrões a que as pessoas são apegadas.

Procure ser mais participativo em algumas relações. Período para somar esforços em projetos e

interagir com grupos.

Tendências a tratar objetivos pessoais de longo prazo no trabalho. Na vida afetiva, evite que fatos antigos

atrapalhem os momentos.

Viverá momentos intensos socialmente, como eventos e lazer em família. Romantismo e

flertes estão favoráveis na vida afetiva.

Será importante moderar seu ritmo, a começar por colocar fim em assuntos desgastantes e que

não acrescentam em nada a sua rotina.

Assuntos familiares tomarão atenção especial para ajustes de antigos problemas. Seja paciente

com as tradições das pessoas.

O momento segue propício a valorizar estudos e empenho a temas culturais que dão prazer.

Procure retomar contatos com quem gosta.

Fará bem buscar novos conhecimentos e informações que sejam úteis para projetos e para

mudar situações que causam problemas na rotina.

Propensões a desvendar sentimentos e obter revelações. Hora para se desvincular de

lembranças negativas em seus relacionamentos.

A Lua está em Touro, seu signo oposto, influência capaz de proporcionar maior

envolvimento com assuntos de outras pessoas.

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

DIVULGAÇÃO

Andar de bike por aí tem fi-cado cada vez mais popular: alguns aproveitam o fim de semana, outros adotaram a bicicleta como meio de transporte. Com isso, têm surgido cada vez mais no-vos modelos e tipos de bike - a Manta5 Hydrofoiler XE-1 não é exceção, com a dife-rença de que ela permite ao usuário andar sobre a água.

Equipada com um hidro-fólio (estrutura que permite sustentação sobre a água), a bicicleta tem um design inte-ligente que a permite boiar e avançar numa superfície líquida. O equipamento ain-da conta com um motor elé-trico de 400W, que funciona por cerca de uma hora sem precisar ser recarregado.

“A bicicleta usa dois hi-drofólios de fibra de carbo-no para fazê-la boiar, mes-mo com o peso do usuário”, explica Samaria Mason, da equipe do Manta5.

O hidrofólio é uma es-pécie de prancha angulada, com aparência e função si-milares às de asas de aviões. Quando a bicicleta está em

movimento, a água passa rapidamente por cima e por baixo do hidrofólio, permi-tindo sua flutuação.

Sim, o processo é comple-xo. “Foi necessária uma equi-pe com especialistas em ae-ronáutica, hidrodinâmica, mecânica e eletrônica pa-ra pensar na posição de pro-pulsão dos hidrofólios, fazer com que a bicicleta ganhasse velocidade, tivesse equilíbrio e ainda permitisse ao usuário planar, isto é, continuar flu-tuando e se movimentando sem precisar ficar pedalando sem parar”, observa Samaria.

Além disso, a equipe tra-balhou para garantir a se-gurança dos usuários e cus-tomizar o projeto. Segundo Samaria, foram feitos testes e questionários com clientes em potencial (que eram ci-clistas, de diferentes níveis) para que eles avaliassem a experiência, o conforto e as mudanças necessárias.

A Manta5 ainda está em fase de pré-venda, e deve ser lançada inicialmente, sem data prevista, na Nova Ze-lândia. METRO INTERNACIONAL

Uma bike que - literalmente - anda sobre águaManta5. Com um hidrofólio, bicicleta permite usuários planarem em rios, lagos e até no mar

Bike aquática permite planar

sem pedalar o tempo todo

Alê Farah está de férias. A coluna voltará a ser publica-da no dia 11 de janeiro.

#metromoda @ALEFARAH

RIO DE JANEIRO, QUINTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2017

www.metrojornal.com.br {ESPORTE} 15|

3ESPORTE

Ceni faz 1º treino no Fortaleza

O Fortaleza não esperou o ano virar e já começou sua preparação para 2018. A grande novidade vem do banco de reservas, com o técnico Rogério Ceni comandando o primeiro dia de trabalho, no CT do clube. O time estreia dia 21 de janeiro, contra o Tiradentes, pelo Cearense. | DIVULGAÇÃO

O Flamengo continua no mer-cado em busca do seu pri-meiro reforço para 2018. Pro-curando por opção para a lateral, o clube se aproxima de Zeca, que estava no Santos. A Justiça do Trabalho negou novo recurso do time santista para derrubar decisão que li-bera o lateral do vínculo com o Peixe. A decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) mantém o atleta livre para as-sinar com outra equipe.

O jogador, que atua nas duas laterais, já tem um acor-do verbal com o Fla. O Rubro--negro, contudo, aguarda o desfecho do caso para anun-ciar a contratação. Zeca con-seguiu uma liminar no início de dezembro, alegando atra-so no recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tem-po de Serviço) e no pagamen-to de direitos de imagem.

O Santos faz pressão e diz que, caso o atleta assine com outra equipe, vai cobrar mul-

ta rescisória de R$ 50 milhões.Além do lateral, o Fla enca-

minhou proposta de emprés-timo para contar com o vo-lante Walace, revelado pelo Grêmio e que defende o Ham-burgo, da Alemanha. O atle-ta de 22 anos foi campeão da Olimpíada do Rio com a Sele-ção Brasileira. Mas a negocia-ção é considerada difícil, já que o volante tem contrato com os alemães até 2021. Wa-lace foi vendido ao Hamburgo em janeiro, por 10 milhões de euros. METRO RIO

Zeca pode atuar nas duas laterais

| GUILHERME DIONIZIO/FOLHAPRESS

Flamengo. Zeca tem nova vitória na Justiça e clube pode encaminhar acerto

Muy amigo

Paulinho diz que Barça já procura casa para Coutinho

Em entrevista ao jornal es-panhol “Mundo Deporti-vo”, Paulinho diz ter con-tato direto com Philippe Coutinho e que o aconse-lhou a manter tranquili-dade sobre possível trans-ferência para o Barça. “Eu faço piadas de que as pes-soas já estão procuran-do casa aqui para ele e o aconselho a ficar calmo”, diz. METRO

Rússia 2018

Presidente do Comitê da Copa pede renúncia

Alvo de denúncias por doping no esporte rus-so, Vitaly Mutko, vice-pri-meiro-ministro do país, re-nunciou à presidência do Comitê Organizador da Copa de 2018. METRO

Loco Abreu

No ChileO Botafogo terá um

velho conhecido e ídolo

como adversário na

primeira fase da Copa Sul-

Americana: Loco Abreu. O

Audax Italiano (Chile), rival

do time carioca na estreia

do torneio, anunciou a

contratação do veterano

atacante de 41 anos.

Entrada do colombiano Zúñiga

em jogo das quartas de final tirou

Neymar da Copa de 2014, no Brasil

POOL/GETTY IMAGES

‘A Copa de 2014 foi uma porcaria’

Tudo errado. Em entrevista ao zagueiro Piqué, Neymar relembra a lesão e a tragédia contra a Alemanha da Seleção

O meu melhor momento da Seleção Brasileira, eu acho que é agora. E o pior, o pior… eu tive muitos momentos que não foram bons. Mas, é o da lesão. A lesão foi

o meu pior momento por causa da semana que passei e tudo isso. Eu só chorava em casa. Eu via minha mãe e meu pai chorando, tudo mundo triste, meus

amigos, família. Foi o pior.

Então, fui ao hospital, fiz todos os exames, e eles me disseram: ‘Temos duas notícias para você. Uma boa e uma ruim. A ruim é que a Copa para você acabou. A

boa é que você poderá voltar a andar, porque se fosse dois centímetros para o lado...”

Aberto para textos dos próprios atletas, o si-te “The Players Tribu-ne” publicou uma en-trevista curiosa. Piqué pegou o microfone pa-ra conversar com seu ex-companheiro de Barcelona Neymar. O brasileiro relembrou a Copa de 2014, quando

a lesão na coluna co-metida pelo colombia-no Zúñiga nas quar-tas de final o tirou da competição – o 7 a 1 para a Alemanha foi na semifinal, sem Ney-mar em campo.

“Aquela Copa do Mundo… em uma pa-lavra apenas? Uma

porcaria! Quando ele me atacou, senti uma dor muito grande. Mas eu ainda tentei me le-vantar. Só que não conseguia mexer mi-nhas pernas. O médi-co me tirou e comecei a chorar. Porque, além de doer muito, de não sentir minhas pernas, eu queria jogar”, disse o craque.

Então, Piqué per-guntou de onde ele as-sistiu o desastre contra a Alemanha. “Peguei minhas coisas, vi o mé-dico e depois fui para casa de helicóptero, já que não podia me me-xer. Depois, não enten-di nada daquele jogo. Nem quem estava em campo entendeu. Eles disseram que deu tu-do errado para a gen-te e tudo certo para eles. Nada funcionou”, finalizou. METRO

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