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BOLETIM MENSAL 2018 N.º3 Março www.paroquiadesaomamede.pt paroquiasaomamede | [email protected] Para não deixar resfriar o amor Felizmente irmãos há a Quaresma, que nos “anuncia e nos torna possível voltarmos ao Senhor, de todo o coração e com a nossa vida” (Papa Francisco, Mensagem para a Quaresma 2018). Na verdade, “o tempo de Quaresma é propício para corrigir os acordes dissonantes da nossa vida cristã e acolher a notícia sempre nova, feliz e esperan- çosa da Páscoa do Senhor” (Papa Francisco, Homilia na 4. a -feira de Cinzas 2018). O nosso caminho da Páscoa está a ser um tempo de regresso ao primeiro amor (cf. Os 2,16 ), um tempo de « namoro com Deus » intensivo, para não deixar esfriar o Seu Amor, “que corre o risco de se apa- gar, nos nossos corações” (Papa Francisco, MPQ 2018). Como manter e reacender este amor? Que exercícios de aquecimento podemos fazer, para não deixar resfriar o coração?... “Põe uma escada e sobe ao cimo do que vês” escreve Daniel Faria. Colocamos uma escada, junto à Cruz, pois «Fora da cruz, não há outra escada, por onde se suba ao céu»” (Santa Rosa de Lima; CIC, n.o 618), e fomos caminhando, subindo e descendo a escada para o Encon- tro. Os nossos movimentos de descida e subida nesta escada recordaram-me e prepararam-nos para a descida e subida de Jesus na Cruz e o sentido profundo do Seu Mistério Pascal, assim dito e escrito por São João: “Deus amou de tal modo o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito” (Jo 3,16). Na verdade, a Cruz é, ao mesmo tempo, a escada por onde Jesus desce e é humilhado e por onde Ele sobe, para ser exaltado. Nela, o cristão aprende de Cristo, o caminho do amor, pelo qual se sobe descendo e se desce subindo! Cada degrau da escada da nossa igreja vai sendo sinalizado, com um dos atribu- tos do amor, descritos por São Paulo no seu Hino à Cari- dade (1 Cor 13,4-7), e que foi luminosamente comentado pelo Papa Francisco na Exortação Apostólica A Alegria do Amor (cap. IV). Que bom que está a ser fazermos este caminho juntos para a Páscoa! Pe. Ismael Teixeira Foto: Isabel Zuzarte

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Page 1: paroquiasaomamede | …...20183. 046D4IA54909D6D 6. AGENDA DIA 1 13h30-18h30: Tarde de Adoração DIA 3 14h.30-18h.30: Tarde de Retiro & Reconciliação DIA 24 17.30: Via sacra pela

BOLETIM MENSAL

2018 N.º3Marçowww.paroquiadesaomamede.pt paroquiasaomamede | [email protected]

Para não deixar resfriar o amorFelizmente irmãos há a Quaresma, que nos “anuncia e nos torna possível voltarmos ao Senhor, de todo o coração e com a nossa vida” (Papa Francisco, Mensagem para a Quaresma 2018). ¶ Na verdade, “o tempo de Quaresma é propício para corrigir os acordes dissonantes da nossa vida cristã e acolher a notícia sempre nova, feliz e esperan-çosa da Páscoa do Senhor” (Papa Francisco, Homilia na 4.a-feira de Cinzas 2018). ¶ O nosso caminho da Páscoa está a ser um tempo de regresso ao primeiro amor (cf. Os 2,16 ), um tempo de « namoro com Deus » intensivo, para não deixar esfriar o Seu Amor, “que corre o risco de se apa-gar, nos nossos corações” (Papa Francisco, MPQ 2018). ¶ Como manter e reacender este amor? Que exercícios de aquecimento podemos fazer, para não deixar resfriar o coração?... ¶ “Põe uma escada e sobe ao cimo do que vês” escreve Daniel Faria. ¶ Colocamos uma escada, junto à Cruz, pois «Fora da cruz, não há outra escada, por onde se suba ao céu»” (Santa Rosa de Lima; CIC, n.o 618), e fomos caminhando, subindo e descendo a escada para o Encon-tro. ¶ Os nossos movimentos de descida e subida nesta escada recordaram-me e prepararam-nos para a descida e subida de Jesus na Cruz e o sentido profundo do Seu Mistério Pascal, assim dito e escrito por São João: “Deus amou de tal modo o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito” (Jo 3,16). ¶ Na verdade, a Cruz é, ao mesmo tempo, a escada por onde Jesus desce e é humilhado e por onde Ele sobe, para ser exaltado. ¶ Nela, o cristão aprende de Cristo, o caminho do amor, pelo qual se sobe descendo e se desce subindo! ¶ Cada degrau da escada da nossa igreja vai sendo sinalizado, com um dos atribu-tos do amor, descritos por São Paulo no seu Hino à Cari-dade (1 Cor 13,4-7), e que foi luminosamente comentado pelo Papa Francisco na Exortação Apostólica A Alegria do Amor (cap. IV). ¶ Que bom que está a ser fazermos este caminho juntos para a Páscoa! Pe. Ismael Teixeira

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PARÓQUIA DE SÃO MAMEDE

3. TEMA DO MÊSA caminho da Páscoa Elie Wisel, escritor judeu que também sofreu os horrores dos campos de concentração nazista, descreveu um enfor-camento em Auschwitz: “Os soldados da SS enforcaram, na presença de todos os prisioneiros do campo, dois adultos e um rapaz. Os dois homens morreram na hora, enquanto o rapaz lutou contra a morte durante uma meia hora. Alguém, atrás de mim, perguntava: ‘Mas onde se meteu Deus?’. Os minutos passavam e o rapaz debatia-se sufocado pelo nó da corda que lhe tolhia a respiração. E aquele alguém, nova-mente: ‘Onde se meteu, agora, Deus?’ Ouvi então em mim uma voz que respondia: ‘Onde está? Está aqui... Está pen-durado na forca!”. ¶ Sexta-feira da Paixão: é o fracasso de um homem, que a fé de muitos considera Deus, condena-do à morte de cruz, a mais vergonhosa da época. E ouvimos o grito: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?”. É o malogro da divindade? ¶ Esse dia coloca a mesma per-gunta repetida insistentemente por grande parte da huma-nidade vítima da violência, da fome, da miséria. O mundo está mudo de espanto diante de tanta crueldade. Vivemos o malogro da humanidade? ¶ Ao matar a humanidade, ma-ta-se Deus. Uma das mensagens da sexta-feira da Semana Santa é esta: não podemos olhar para o Crucificado sem to-mar consciência da situação de milhões de pessoas que es-tão no grWque vemos quanto Deus se comprometeu com a humanidade e somos chamados a pensar sobre a miséria humana, compartilhada até por Deus, vítima da injustiça e do ódio. ¶ Mas acreditamos que a morte de Deus foi a se-mente da vida do homem. Algo confuso para a racionalida-de e o sucesso humano, mas nisso vislumbramos a lógica

Recordando o momento central da crucificação de Je-sus, este livro é uma meditação orante sobre as sete frases que Jesus pronunciou naquele mo-mento, terminando com ora-

ções a Jesus Crucificado e as orações litúrgicas da Adoração da Cruz. ¶ O autor das meditações é o cardeal Basil Hume, que foi arcebispo de Westminster (1976-1999), depois de ter sido monge na abadia beneditina de Ampleforth.

2. LIVRO DO MÊSAs Sete Palavras de Jesus na Cruz Por Card. Brasil Hume

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BOLETIM MENSAL / MARÇO 2018

profunda e a força do coração e da vida. Até a natureza nos ensina: “Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer...” (Jo 12,24). ¶ Olhar para o Crucificado, então, é assumir um compromisso com a vida, é tomarmos o caminho que leva à Páscoa, à ressurreição. A ressurreição do Filho de Deus deve significar a ressurreição dos filhos de Deus a que nós, também, somos chamados a colaborar. A fé é um compromisso com a vida, para chegarmos ao domingo, o “Dia do Senhor”. ¶ Há um espiritual negro dos escra-vos dos Estados Unidos que só repete uma exclamação de maravilha: “My God, what a morning!” “Meu Deus, que manhã!”. É o Domingo da Páscoa, dia do Senhor, dia da nossa ressurreição. Giuseppe Bertazzo

4. PARÓQUIA EM MOVIMENTOSão Mamede de Portas Sempre Abertas

São palavras do Santo Padre, no recente Sínodo dos Bis-pos: “Se a porta da misericórdia de Deus está sempre aberta, também as portas das nossas Igrejas, paróquias e dioceses devem estar sempre abertas...” ¶ “Dar de caras” com uma porta fechada é sempre uma contrariedade, e todos nós já passámos por essa experiência. Quer se trate de uma livraria ou do supermercado, é sempre aborreci-do! Que dizer então, se se tratar de uma Igreja? Da nossa Igreja? A resposta, cristãos que somos, só pode ser uma, e é simples: não faz sentido. Por isso, um grupo de pa-roquianos voluntários deci-diu aceitar o desafio do Pe Ismael: reunir uma equipa chamada Portas Sempre Abertas, integrada no Aco-lhimento já existente, dis-ponível para abrir as portas e acolher quem procure os serviços da Igreja, todos os dias úteis, entre as 13h e as 18h. ¶ Nos tempos que correm, reunir um grupo de voluntários com dispo-nibilidade para dedicar à sua paróquia uma(s) hora(s) da sua semana não é fácil. Mesmo assim, um pequeno grupo assumiu com entusiasmo este compromisso e entrou em funções em princípios de janeiro, assegurando um horá-rio de horas bastante razoável. O número de voluntários tem vindo a aumentar , mas ainda não é suficiente para atingirmos o nosso objetivo, a curto prazo, em turnos que cumpram a totalidade do horário. ¶ Nos dois meses de-corridos, um pequeno balanço já é possível: acolhemos lar-gas dezenas de pessoas que no silêncio da Igreja, rezaram, meditaram, leram, ou ouviram música. Houve também quem viesse por um copo de água ou por uma simples tro-ca de palavras. Houve turistas que fotografaram os belos painéis da Via Sacra. Houve também dias frios... que afu-gentaram os visitantes! Mas cresce a certeza de que naquele lugar, num determinado momento, a nossa presença pode ser uma ajuda para alguém. ¶ Se quiser colaborar nas Por-tas Sempre Abertas, pode fazê-lo através dos contactos dis-ponibilizados neste Boletim Paroquial. Contamos consigo!

Carmo Holstein (Equipa “Portas Sempre Abertas”)

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PARÓQUIA DE SÃO MAMEDE

6. AGENDA DIA 1 13h30-18h30: Tarde de Adoração DIA 3 14h.30-18h.30: Tarde de Retiro & ReconciliaçãoDIA 24 17.30: Via sacra pela Familia e pela defesa da VidaDIA 25 16.30: Concerto para consertar o nosso Órgão Grupo Coral Sol Nascente

TRÍDUO PASCALDIA 29 QUINTA-FEIRA SANTA 18h30: Memorial da Ceia do Senhor 20h00: Adoração ao Santíssimo SacramentoDIA 30 SEXTA-FEIRA SANTA 15h: Celebração da Paixão do Senhor e Adoração da Santa CruzDIA 31 SÁBADO SANTO 22h: Solene Vigília PascalDIA 1 DOMINGO DE PÁSCOA Missa às 12h e às 18h30

7. INFORMAÇÕESSeja solidário com a comunidadeIBAN: 0033 0000 0001 8050 4400 5

Ajude nas obras da nossa igrejaIBAN: 0018 0034 5853 4960 2005

Os nossos contactos 213 838 222 [email protected]

5. CALENDÁRIO LITÚRGICO Indicação das leituras [dia]

III Domingo da Quaresma Ex 20, 1-17 • Sl 18 • 1 Cor 1, 22-25 • Jo 2, 13-25

IV Domingo da Quaresma 2 Cr 36, 14-16.19-23 • Sl 136 • Ef 2, 4-10 • Jo 3, 14-21

V Domingo da Quaresma Jer 31, 31-34 • Sl 50 • Heb 5, 7-9 • Jo 12, 20-33

Solenidade de S. José 2 Sam 7, 4-5a.12-14a.16 • Sl 88 • Rom 4,13. 16-18.22 • Mt 1, 16.18-21.24 ou Lc 2, 41-51

Domingo de Ramos Lc 19,28-40 • Is 50,4-7 • Sl 21 • Fil 2,6-11 • Mc 14,1 – 15,47

Ceia do Senhor Ex 12, 1-8.11-14 • Sl 115 • 1 Cor 11, 23-26 • Jo 13,1-15

Paixão do Senhor Is 52,13 – 53,12 • Sl 30 • Heb 4, 14-16 – 5, 7-9 • Jo 18,1 – 19,42

Vigília Pascal Gen 1,1 – 2,2 • Sl 103 • Gen 22,1-18 • Sl 15 • Ex 14,15 – 15,1 • Ex 15, 1-6.17-18 • Is 54,5-14 • Sl 29 • Is 55, 1-11 • Is 12, 2-6 • Bar 3,9-15.32 – 4,4 • Sl 18 • Ez 36, 16-17a. 18-28 • Sl 41 • Rom 6,3-11 • Mc 16,1-8

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