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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LEANDRO COSTA LIMA VAZ DE SOUZA PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DE EDIFICAÇÕES: ORIENTAÇÕES E LISTA DE VERIFICAÇÃO Salvador 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA

COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

LEANDRO COSTA LIMA VAZ DE SOUZA

PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DE

EDIFICAÇÕES: ORIENTAÇÕES E LISTA DE VERIFICAÇÃO

Salvador 2018

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LEANDRO COSTA LIMA VAZ DE SOUZA

PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DE

EDIFICAÇÕES: ORIENTAÇÕES E LISTA DE VERIFICAÇÃO

Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil, Escola Politécnica, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil.

Orientadora: Dayana Bastos Costa

Salvador 2018

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RESUMO

A segurança contra incêndio (SCI) no Brasil é uma área relativamente recente, datando da década de 70 e tendo o seu marco inicial atrelado as tragédias ocorridas em 1972, incêndio no Edifício Andraus e 1974, incêndio no Edifício Joelma, ambas em São Paulo, capital, que tornou-se a primeira cidade a legislar sobre o tema, através do Decreto Municipal nº 10.878 (SÃO PAULO, 1974) que “instituiu normas especiais para a segurança dos edifícios a serem observadas na elaboração do projeto, na execução, bem como no equipamento e dispõe ainda sobre sua aplicação em caráter prioritário”. Nacionalmente, também em 1974, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio do Comitê Brasileiro da Construção Civil, publicou a NB 208 — Saídas de Emergência em Edifícios Altos. A primeira Norma Reguladora voltada enfaticamente para incêndios é a NR 23 – Proteção Contra Incêndios (MTE, 1978) e estabeleceu os requisitos básicos referentes à proteção básica contra incêndios em edificações que são as saídas de emergência, equipamentos necessários, sendo eles fixos ou móveis, e treinamento adequado aos ocupantes, porém de forma bastante tímida. Além das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a SCI no Brasil possui hoje um total de 74 (setenta e quatro) normas técnicas da ABNT elaboradas pelo Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio – CB-24-ABNT. No Estado da Bahia, esse desenvolvimento é recente e tornou-se possível graças à publicação da Lei Estadual nº 12.929 de 27 de dezembro de 2013, a qual trouxe em seu bojo os objetivos da legislação de SCI e apresentou um total de 21 (vinte e uma) medidas de segurança contra incêndio pânico que devem ser previstas em projeto, a depender da ocupação da edificação ou área de risco, sua área construída e altura e dimensionadas observando-se às Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, as quais seguem, sobretudo, os parâmetros normativos do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, pioneiro no assunto. Neste cenário e ciente da dimensão do tema e da complexidade das inúmeras normativas existentes é que este trabalho busca apresentar um resumo das normas técnicas relacionadas às medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas para edificações residenciais, comerciais e de escritórios, contendo ainda uma lista de verificação que poderá ser utilizada por analistas e projetistas de segurança contra incêndio e pânico do estado da Bahia. Para tanto, após a revisão bibliográfica e resumo das normas técnicas, foi confeccionada uma lista de verificação preliminar a qual foi encaminhada para avaliação de analistas e projetistas visando obter a identificação dos itens normativos considerados importantes de se constar nos projetos, aqueles mais comumente notificados para ajustes e se essa lista continha orientações suficientes de forma a se elaborar um projeto capaz de garantir uma edificação segura para seus usuários. Foi pesquisado também junto a outros Corpos de Bombeiros Militares, se os mesmos possuíam algum tipo de check list para a elaboração e análise dos projetos e quais abordagens eram feitas por eles em suas análises e cursos de formações de bombeiros militares e analistas de projetos de segurança contra incêndio. Ciente de algumas particularidades regionais, essas informações foram analisadas e compatibilizadas, de forma a se produzir um material pioneiro no estado da Bahia e que possa bem servir aos analistas e projetistas evitando às inúmeras ocorrências de reanálises e gerando produtos mais completos, confiáveis e seguros. Palavras-chave: Projeto. Segurança Contra Incêndio e Pânico. Corpo de Bombeiros Militar. Construção Civil.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................5 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA .................................................................................7 1.2 QUESTÕES DE PESQUISA .................................................................................9 1.3 PROPOSIÇÕES TEÓRICAS ..............................................................................10 1.4 OBJETIVOS DA PESQUISA ...............................................................................10 1.5 PRESSUPOSTOS ..............................................................................................11 1.6 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ..........................................................................11 1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO ...........................................................................12 2 LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO ........................................13 2.1 LEI E DECRETO .................................................................................................13 2.1.1 Atribuições e competências ..............................................................................13 2.1.2 Objetivos e medidas de segurança contra incêndio e pânico ...........................15 2.1.3 Abrangência e aplicação ...................................................................................17 2.1.4 Responsabilidades, infrações e penalidades ....................................................17 2.1.5 Conceitos importantes e classificações ............................................................19 2.1.6 Cumprimento das medidas de segurança contra incêndio e pânico .................23 2.2 PORTARIAS E INSTRUÇÕES TÉCNICAS ........................................................24 3 ELABORAÇÃO DE PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO ....................................................................................................................26 3.1 MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO ...........................................26 3.1.1 Medidas de proteção passiva ...........................................................................27 3.1.2 Medidas de proteção ativa ................................................................................29 3.2 OCUPAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES ......................................................................30 3.3 RISCO DAS EDIFICAÇÕES ...............................................................................32 3.4 CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA E ALTURA ............................................................36 3.5 TIPOS DE PROJETOS TÉCNICOS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO ...40 3.5.1 Projeto técnico (PT) ..........................................................................................41 3.5.2 Projeto técnico para instalação e ocupação temporária (PTIOT)......................44 3.5.3 Projeto técnico para ocupação temporária em edificação permanente (PTOTEP)..................................................................................................................46 3.5.4 Projeto técnico simplificado (PTS) ................................................................47 3.6 ISOLAMENTO DE RISCO ..................................................................................52 4 MÉTODO DE PESQUISA .......................................................................................57 4.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA ............................................................................57 4.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA ......................................................................58 4.3 DETALHAMENTO DAS ETAPAS DA PESQUISA ..............................................59 4.3.1 Revisão bibliográfica .........................................................................................59 4.3.2 Consulta a corpos de bombeiros militares de outros estados ...........................60

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4.3.3 Elaboração do check list preliminar e avaliação dos projetistas e analistas do CBMBA .....................................................................................................................60 4.3.4 Revisão e formatação do check list final ...........................................................61 5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ...............................................................62 5.1 MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EXIGIDAS ..........................62 5.1.1 Acesso de viatura na edificação .......................................................................63 5.1.2 Segurança estrutural contra incêndio ...............................................................66 5.1.3 Compartimentação horizontal (áreas) ...............................................................73 5.1.4 Compartimentação vertical ...............................................................................80 5.1.5 Controle de materiais de acabamento e revestimento ......................................88 5.1.6 Saídas de emergência ......................................................................................96 5.1.7 Plano de emergência ......................................................................................122 5.1.8 Brigada de incêndio ........................................................................................128 5.1.9 Iluminação de emergência ..............................................................................136 5.1.10 Alarme de incêndio .......................................................................................148 5.1.11 Detecção de incêndio ...................................................................................157 5.1.12 Sinalização de emergência ..........................................................................165 5.1.13 Extintores de incêndio ..................................................................................176 5.1.14 Hidrantes e mangotinhos ..............................................................................187 5.2 CHECK LIST PRELIMINAR E AVALIAÇÃO DOS PROJETISTAS E ANALISTAS DO CBMBA .............................................................................................................207 5.2.1 Revisão e formatação do check list final .........................................................209 6 CONCLUSÃO .......................................................................................................211 APÊNDICE – CHECK LIST PARA PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO ............................................................................................212 REFERÊNCIAS .......................................................................................................213

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1 INTRODUÇÃO

Internacionalmente, a Segurança de Combate a Incêndio (SCI) é encarada como

uma ciência, portanto, uma área de pesquisa, desenvolvimento e ensino. É possível

identificar uma enorme atividade nessa área na Europa, nos Estados Unidos da

América, no Japão e, em menor intensidade, mas em franca evolução, em outros

países (DEL CARLO, 2008).

No Brasil, somente em 07 de julho de 2017, durante a reunião da Frente

Parlamentar Mista de Segurança Contra Incêndio, realizada no Congresso Nacional,

em Brasília, foi que a Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais

do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), Adriana

Maria Tonini, confirmou a inclusão da “Segurança Contra Incêndio” como área de

conhecimento, reconhecida e validada pela organização que é vinculada ao

Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

A atividade de segurança contra incêndio e pânico relaciona diversos atores

sociais, tais como: usuários, órgãos públicos de fiscalização, seguradoras, empresas

fabricantes de equipamentos de segurança, empresas de instalação e de

manutenção, profissionais de projeto e construtoras, além de entidades e

laboratórios de pesquisa.

As atividades nessa área do conhecimento envolvem milhões de pessoas,

fazendo com que essa ciência cresça rapidamente, tanto que já é uma tendência

internacional a exigência de que todos os materiais, componentes, sistemas

construtivos, equipamentos e utensílios usados nas edificações sejam analisados e

testados do ponto de vista da SCI.

Fernandes (2010) pondera que dentre as áreas abrangidas pela Engenharia

Civil, sem dúvida nenhuma, a que tem despertado interesse considerável é a

“Prevenção de Incêndio e Pânico”, pois possui um mercado de trabalho bastante

amplo e com possibilidade de crescimento, pois as exigências dos órgãos públicos

em assuntos de segurança preventiva têm sido cada vez maiores. Destacando-se

neste caso específico os Corpos de Bombeiros de todo o país, que têm aperfeiçoado

cada vez mais as suas exigências quanto a sistemas preventivos. A demanda por

engenheiros, pesquisadores e técnicos em SCI é crescente, e ainda existe falta de

mão de obra no mercado internacional (DEL CARLO, 2008).

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Campos e Conceição (2006) definem para a engenharia de proteção (ou

segurança) contra incêndios como sendo o campo da engenharia que trabalha na

salvaguarda da vida e do patrimônio, bem como na atenuação de eventuais perdas

devidas ao fogo e explosões e outros danos decorrentes do sinistro. Os objetivos

fundamentais da segurança contra incêndio e pânico são minimizar o risco à vida e a

perda patrimonial.

O objetivo primário da segurança contra incêndio nas edificações é proteger a

vida humana. Mas a proteção ao patrimônio, de objetivo secundário, também vem

sendo requerida em edificações comerciais, uma vez que os danos estruturais

resultantes do sinistro podem levar à paralisação das atividades econômicas e afetar

a imagem das empresas, onerando significativamente seus proprietários (COSTA,

2008).

Partindo dessas premissas, o projeto de uma edificação pode ser considerado o

primeiro passo para reduzir o risco de incêndio, pois nele já se pode antecipar e,

evidentemente, contribuir para a redução das cargas de incêndio e de fumaça, tanto

considerando sua estrutura, seus elementos de vedação e materiais de acabamento,

quanto considerando seu conteúdo.

Os incêndios em sua maior parte são causados pelo que se chama de

comportamento de risco, isto é, um conjunto de atos cometidos pelo ser humano,

por imprudência, imperícia ou negligência, que vem desencadear a ocorrência de

incêndio. O desconhecimento dos reais riscos de incêndio e o descaso na previsão

de medidas de segurança são as duas principais causas da ocorrência de incêndio.

(MELO, 1999).

Observando esse comentário de Melo (1999) e ciente da importância das

medidas de segurança para prevenir a ocorrência de incêndios, minimizar ou até

mesmo limitar os efeitos de sua deflagração observa-se a necessidade de copilar,

por meio da revisão bibliográfica das normas de segurança contra incêndio e pânico,

informações imprescindíveis de serem observadas pelos projetistas de segurança

contra incêndio e pânico, de forma a garantir uma edificação mais segura, através

de projetos seguros.

O tema que será abordado neste trabalho é extremamente novo no estado da

Bahia e de uma importância ímpar na segurança das edificações, que tiveram suas

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normas de segurança contra incêndio e pânico recém publicadas, impulsionadas,

sobretudo, pela tragédia ocorrida na boate Kiss, em Santa Maria (RS).

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Para alcançar um desempenho cada vez maior, a sociedade vem desenvolvendo

novas soluções em todas essas áreas.

A NBR 15575 – Edificações Habitacionais – Desempenho (ABNT, 2013),

conhecida como Norma de Desempenho, é um exemplo da preocupação do Comitê

Brasileiro da Construção Civil com o desempenho dos sistemas das edificações

habitacionais, atendendo às exigências dos usuários e trazendo requisitos e critérios

de desempenho também de segurança contra o fogo.

A Seção 8 – Segurança contra incêndio, da parte 1 da NBR 15575 (ABNT, 2013),

em suas Generalidades traz a preocupação com a vida, patrimônio e meio ambiente,

ressaltando os objetivos principais para a garantia da resistência ao fogo dos

elementos estruturais, de modo a possibilitar a saída com segurança dos ocupantes

da edificação, condições razoáveis para emprego do socorro público em tempo hábil

para retirada de pessoas e extinção de incêndios e evitar ou minimizar os danos

desses, desde que cumpridos os requisitos da NBR 14432 – Exigências de

resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimento

(ABNT, 2001). Desta forma, se estará atendendo às exigências do usuário relativas

à segurança contra o fogo, conforme item 4.2 da mesma norma.

Além dessa exigência, estão também previstos os atendimentos a outros

requisitos, como:

a) Dificultar o princípio de incêndio através de critérios de proteção contra

descargas atmosféricas (NBR 5419 - Proteção contra descargas atmosféricas

(ABNT, 2015)), proteção contra riscos de ignição nas instalações elétricas (NBR

5410 - Instalações elétricas de baixa tensão (ANBT, 2004)) e proteção contra

risco de vazamento nas instalações de gás (NBR 13523 - Central de gás

liquefeito de petróleo – GLP (ABNT, 2017) e NBR 15526 - Redes de distribuição

interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais -

Projeto e execução (ABNT, 2012));

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b) Facilitar a fuga em situação de incêndio através do critério de rotas de fuga

atendendo ao disposto na NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios

(ABNT, 2001);

c) Dificultar a inflamação generalizada no ambiente de origem de eventual incêndio

através da avaliação da propagação superficial de chamas dos materiais de

revestimento, acabamento e isolamento termoacústico empregados na face

interna dos sistemas ou elementos que compõem a edificação, conforme

requisitos estabelecidos nas partes 3 a 5 da NBR 15575 (ABNT, 2013);

d) Dificultar a propagação do incêndio para unidades contíguas através do

isolamento de risco a distância entre edifícios (afastamento) ou isolamento de

risco por proteção das medidas de segurança (compartimentação), assegurando

a estanqueidade e isolamento dos sistemas ou elementos de compartimentação

através do atendimento à NBR 14432 (ABNT, 2001);

e) Segurança estrutural de forma a minimizar o risco de colapso estrutural ao

atender a NBR 14432 (ABNT, 2001) de forma geral e normas de projetos

estruturais específicas como às NBR 14323 - Projeto de estruturas de aço e de

estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em situação de incêndio (ABNT,

2013), para estruturas de aço, e NBR 15200 - Projeto de estruturas de concreto

em situação de incêndio (ABNT, 2012), para estruturas de concreto. Para as

demais estruturas, aplica-se o Eurocode correspondente, em sua última edição;

f) Sistema de extinção e sinalização de incêndio, através da disponibilidade de

sinalização, iluminação de emergência e equipamentos de extinção do incêndio

conforme as NBR 9441 (ABNT, 1998) - Execução de sistemas de detecção de

alarme de incêndio - cancelada e substituída pela NBR 17240 - Sistemas de

detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento e

manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos (ABNT,

2010), NBR 10898 - Sistema de iluminação de emergência (ABNT, 2013), NBR

12693 - Sistemas de proteção por extintores de incêndio (ABNT, 2013), NBR

13434 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico (ABNT, 2004) e NBR

13714 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio

(ABNT, 2000).

Para a avaliação de todos os requisitos citados anteriormente é imprescindível a

análise do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico da edificação.

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Em virtude da recente publicação da Lei Estadual nº 12.929, de 27 de dezembro

de 2013, de seu decreto regulamentador, o Decreto Estadual nº 16.302, de 27 de

agosto de 2015 e de inúmeras Instruções Técnicas (IT), os projetistas de segurança

contra incêndio e pânico do Estado da Bahia, engenheiros de segurança,

engenheiros civis e arquitetos, que passaram a se interessar pelo tema, carecem de

orientações consolidadas e itens de verificação de projetos a serem seguidos. Essa

sistematização de informações visa evitar as inúmeras reanálises existentes até a

aprovação dos Projetos de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP), que

aumentam as demandas de serviço do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia

(CBMBA), atrasam os processos de regularização dos imóveis e geram custos

adicionais, com reimpressões de plantas e memoriais e regravação de mídias.

Diante deste cenário, com o foco principal em garantir a segurança das pessoas,

e ciente de que a segurança das edificações se inicia com a apresentação de um

bom projeto, este trabalho observa a necessidade de estabelecer orientações e

sugestões que poderão servir de guia de procedimentos na elaboração do Projeto

de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP), que deverá sempre ser observado

pelo projetista. Além disto, estas orientações podem servir também, e de forma não

limitada, para padronizar e auxiliar os analistas do Corpo de Bombeiros Militar da

Bahia (CBMBA) em suas atividades, proporcionando uma maior celeridade e

segurança nas análises realizadas.

1.2 QUESTÕES DE PESQUISA

Questão Principal

a) Como elaborar um projeto de segurança contra incêndio e pânico que contenha

as principais informações para um satisfatório dimensionamento das medidas de

segurança contra incêndio e pânico das edificações do estado da Bahia,

garantindo-as seguras?

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Questões Secundárias

a) Como extrair das inúmeras e extensas normas de segurança contra incêndio e

pânico as informações necessárias e suficientes para aprovação do projeto junto

ao CBMBA?

b) Como evitar que um projeto de segurança contra incêndio e pânico apresentado

ao CBMBA seja notificado?

c) Como se assegurar de que as informações prestadas em um projeto ou exigidas

pelo CBMBA são suficientes para elaboração de um projeto seguro contra

incêndio e pânico?

1.3 PROPOSIÇÕES TEÓRICAS

a) A elaboração de um check list auxiliará os projetistas na elaboração dos projetos

de segurança contra incêndio e pânico, contribuindo para verificação dos itens

normativos necessários a constarem em projeto.

b) Um projeto elaborado dentro de um padrão de exigências estabelecido ajudaria

na celeridade da aprovação dos projetos de segurança contra incêndio e pânico,

minimizando as inúmeras reanálises hoje verificadas pelo CBMBA e garantiria

uma edificação mais segura.

c) Uma lista de verificação facilitaria e direcionaria a atividade de análise de

projetos pelos bombeiros militares dos órgãos técnicos otimizando essas

atividades e tornando-as ainda mais confiáveis.

1.4 OBJETIVOS DA PESQUISA

Objetivo Principal a) Propor uma lista de verificação orientativa para os projetistas de segurança

contra incêndio na elaboração de projetos que contenham as informações

normativas relativas ao dimensionamento das principais medidas de segurança

contra incêndio exigidas para as edificações residenciais, comerciais e de

escritórios.

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Objetivos Secundários

a) Identificar os requisitos normativos relativos ao dimensionamento para as

principais medidas de segurança contra incêndio exigidas para as edificações

residenciais, comerciais e de escritórios;

b) Criar e avaliar uma lista de verificações para apoio das análises de projetos pelo

Corpo de Bombeiros Militar, visando o direcionamento e a padronização das

atividades.

1.5 PRESSUPOSTOS

a) As normas de segurança contra incêndio e pânico precisam ser atendidas.

b) É impossível se prever em projeto todas as informações constantes nos textos

normativos.

c) Existe um conteúdo mínimo de itens para o dimensionamento de cada medida de

segurança contra incêndio exigida que devem constar nos PSCIP de forma a se

garantir a segurança de uma edificação.

1.6 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

Este trabalho será direcionado para os projetos de segurança contra incêndio e

pânico de edificações a serem construídas no estado da Bahia.

Serão foco deste trabalho as edificações residenciais, comerciais e prédios de

escritórios, devendo as medidas exigidas para os demais grupos e divisões previstos

no Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015), como indústrias, depósitos, explosivos,

eventos temporários, dentre outros, serem analisadas conforme o caso. Não serão

objeto de foco deste trabalho os procedimentos de adaptação das edificações

existentes.

As normas aplicáveis serão as legislações do estado da Bahia (Lei e Decreto) e

Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia já publicadas e àquelas

que encontram-se em estudo pela Comissão Permanente de Normatização.

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1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO

No Capítulo 1 desta pesquisa constam as informações introdutórias, como a

justificativa, problema, questões, proposições teóricas, objetivos, pressupostos e

delimitações da pesquisa.

No Capítulo 2 são apresentadas as legislações de segurança contra incêndio e

pânico aplicadas no estado da Bahia, onde se detalham as atribuições e

competências do CBMBA; os objetivos, abrangência e aplicação da legislação de

segurança contra incêndio e as medidas de segurança previstas; e as

responsabilidades dos particulares envolvidos, infrações e penalidades a que estão

sujeitos. São também apresentados alguns conceitos e classificações.

No Capítulo 3 são feitas as diferenciações entre as medidas de proteção passiva

e ativa, sendo em seguida apresentados os parâmetros para elaboração do projeto

de segurança contra incêndio e pânico, como a definição de ocupação, risco,

classificação de área e altura e tipo de projeto técnico a ser apresentado.

No Capítulo 4, apresenta-se o método de pesquisa, sua estratégia e

delineamento, detalhando-se ainda as etapas da pesquisa, nas quais são descritos

os procedimentos metodológicos adotados.

No Capítulo 5, apresentam-se os resultados obtidos a partir da análise de dados

do trabalho divididos por medida de segurança, para a pesquisa bibliográfica

realizada e por analista e projetista, para as entrevistas ocorridas de avaliação do

check list preliminar e sua revisão.

Por fim, no Capítulo 6, serão apresentadas as conclusões deste trabalho.

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2 LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

Este capítulo busca apresentar a legislação de segurança contra incêndio e

pânico aplicada no estado da Bahia, sintetizando as atribuições, abrangência,

responsabilidades, conceitos e definições, com o foco na elaboração e apresentação

do projeto de segurança contra incêndio.

2.1 LEI E DECRETO

A Lei nº 12.929 (BAHIA, 2013) foi publicada em 27 de dezembro 2013 com o

objetivo de dispor sobre Segurança Contra Incêndio e Pânico no Estado da Bahia e

criar o Fundo Estadual do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, o FUNEBOM.

Esse documento legal veio preencher uma lacuna que existia desde a

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que em seu artigo 144, § 5º

prevê que cabe aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas

em lei, a execução de atividades de defesa civil.

2.1.1 Atribuições e competências

Com o advento da lei estadual, foi possível ter bem definidas as atribuições do

Corpo de Bombeiros Militar da Bahia na área de segurança contra incêndio e pânico,

conforme se verifica no Art. 4º da citada lei: Art. 4º - Compete ao Corpo de Bombeiros Militar da Bahia planejar,

normatizar, analisar, aprovar e fiscalizar o cumprimento das disposições

normativas sobre segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas

de risco no Estado.

Cabe ressaltar que a Constituição do Estado da Bahia, através da Emenda Nº

20, de 30 de junho de 2014, inseriu em seu texto o Art. 148-A, o qual trouxe as

seguintes competências ao CBMBA: I - defesa civil;

II - prevenção e combate a incêndios e a situações de pânico; III - busca, resgate e salvamento de pessoas e bens a cargo do Corpo de

Bombeiros Militar;

IV - instrução e orientação de bombeiros voluntários, onde houver;

V - polícia judiciária militar, a ser exercida em relação a seus integrantes, na

forma da lei federal.

Page 15: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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Desta forma atualizou-se também, a carta maior do estado da Bahia, com

relação às responsabilidades na área de prevenção e combate a incêndios e

situações de pânico, o que foi, pouco tempo depois, melhor detalhado e especificado

com a promulgação da Lei Estadual nº 13.202, em 09 de dezembro de 2014, que

organiza o CBMBA, define a sua finalidade e competências, as unidades que o

compõe e dispõe sobre o seu efetivo. O Art. 2º desta lei prevê que compete ao

CBMBA: I - executar atividades de defesa civil;

II - promover a prevenção e combate a incêndios e a situações de pânico; III - executar as ações de busca, resgate, suporte básico de vida e

salvamento de pessoas e bens a cargo do Corpo de Bombeiros Militar da

Bahia;

IV - realizar atividades de prevenção e extinção de incêndios florestais, com

vistas à proteção ambiental;

V - exercer inspeções e vistorias em estruturas e edificações, objetivando a prevenção a incêndios e demais sinistros, na forma da lei; VI - realizar perícias de incêndio e explosão, relacionadas com suas competências; VII - atender a convocação, inclusive a mobilização, do Governo Federal em

caso de guerra externa ou para prevenir ou reprimir grave perturbação da

ordem ou ameaça de sua irrupção, subordinando-se à Força Terrestre para

emprego em suas competências específicas de Corpo de Bombeiros Militar e

como participante da defesa interna e territorial;

VIII - estudar, analisar, planejar, exigir e fiscalizar todo o serviço de segurança contra incêndio e pânico no Estado; IX - participar da elaboração de normas relativas à segurança das pessoas e dos seus bens contra incêndio e pânico no Estado; X - credenciar bombeiros civis e entidades civis que atuem em sua área de competência; XI - analisar e aprovar projetos de sistema de prevenção contra incêndio e pânico; XII - emitir normas, laudos de exigências e certificados de aprovação de medidas preventivas contra incêndio e pânico, em todo o Estado, com base na legislação específica; XIII - promover a participação da comunidade no Corpo de Bombeiros Militar

da Bahia, em forma de cooperação e de modo voluntário;

XIV - cadastrar e habilitar bombeiros voluntários, onde houver, zelando pela eficiência operacional e segurança técnica de suas atividades;

Page 16: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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XV - gerir o Fundo Estadual do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia -

FUNEBOM, na forma da lei;

XVI - promover e executar ações de inteligência, de forma integrada com o

Sistema de Inteligência, na forma da lei;

XVII - exercer a função de polícia judiciária militar, em relação a seus

integrantes, na forma da lei federal;

XVIII - promover e executar pesquisa, estatística e análise de sinistros com vistas à eficácia do planejamento e ação de bombeiro militar; XIX - exercer o poder de polícia nas situações que redundem riscos à vida ou

ao patrimônio, na forma da lei;

XX - exercer outras competências necessárias ao cumprimento da finalidade

da Instituição.

Para garantir o cumprimento das atividades de prevenção a incêndios e

situações de pânico foi criado o Comando de Atividades Técnicas e Pesquisas e os

Setores de Atividades Técnicas dos Grupamentos de Bombeiros Militares do interior

do estado.

Não diferente, e seguindo a tendência das legislações de segurança contra

incêndio de todos os estados da federação, a Lei Federal nº 13.425, de 30 de março

de 2017, trouxe a competência do Corpo de Bombeiros Militar em seu Art. 3º: “Cabe

ao Corpo de Bombeiros Militar planejar, analisar, avaliar, vistoriar, aprovar e

fiscalizar as medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres em

estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de público [...]”.

2.1.2 Objetivos e medidas de segurança contra incêndio e pânico

O Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado da Bahia, como é

conhecida a Lei nº 12.929 (BAHIA, 2013), deixa claro, logo em seu artigo primeiro,

sua preocupação com a proteção à vida e à integridade dos ocupantes das

edificações e áreas de risco em casos de incêndios, em primeiro lugar, seguido dos

cuidados com o patrimônio e meio ambiente, através da prevenção e combate a

propagação de incêndios, proporcionando também meios para controla-los e

extingui-los.

Para tanto, essa lei prevê em seu artigo 5º, ao todo, 21 (vinte e uma) medidas de

segurança contra incêndio e pânico: I - garantia de acesso emergencial de viatura do Corpo de Bombeiros Militar

da Bahia nas edificações ou nas áreas de risco;

Page 17: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

16

II - separação entre edificações para garantir que o incêndio proveniente de

uma edificação ou área de risco não se propague para outra;

III - resistência ao fogo dos elementos estruturais e de compartimentação que

integram a construção ou fabricação das edificações e áreas de risco;

IV - compartimentação adequada, a fim de impedir a propagação de incêndio

para outros ambientes da edificação e da área de risco no plano horizontal ou

vertical;

V - controle de materiais de acabamento e revestimento utilizados na

construção ou fabricação das edificações e áreas de risco, para reduzir a

propagação do incêndio e da fumaça;

VI - saídas de emergência em dimensões adequadas que possibilitem a

evasão dos indivíduos em segurança e o acesso do Corpo de Bombeiros

Militar da Bahia para combater o incêndio e retirar as pessoas que a ele

estejam expostas;

VII - elevador de emergência em dimensões e especificações adequadas;

VIII - controle de fumaça que se evite perigos de intoxicação e de falta de

visibilidade pela fumaça;

IX - gerenciamento de risco de incêndio, inclusive a partir dos sistemas de

prevenção a incêndios e pânico nas edificações e áreas de risco;

X - brigada de incêndio para atuar na prevenção e no combate a princípio de

incêndio, abandono de área e primeiros socorros;

XI - sistema de iluminação de emergência, a fim de facilitar o acesso às rotas

de saída para abandono seguro da edificação e área de risco;

XII - sistema de detecção automática e alarme de incêndio;

XIII - sinalização de emergência destinada a alertar para os riscos de incêndio

existentes e orientar as ações de combate, facilitando a localização dos

equipamentos;

XIV - sistema de proteção por extintores de incêndio;

XV - sistema de hidrantes e de mangotinhos para uso exclusivo em combate

a incêndio;

XVI - sistema de chuveiros automáticos;

XVII - sistema de resfriamento;

XVIII - sistema de combate a incêndio por espuma para instalações de

produção, armazenamento, manipulação e distribuição de líquidos

combustíveis e inflamáveis;

XIX - sistema fixo de gases para combate a incêndio em locais cujo emprego

de água ou de outros agentes extintores não é indicado, haja vista a

decorrência de riscos provenientes da sua utilização;

XX - sistema de proteção contra descargas atmosféricas;

XXI - controle de fontes de ignição.

Page 18: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

17

Cada uma dessas medidas possui uma norma própria, a qual traz parâmetros

para dimensionamento em projetos e exigências a serem observadas para a sua

correta instalação e seu perfeito funcionamento na prevenção ou no combate a

incêndios e controle de pânico.

2.1.3 Abrangência e aplicação

A Lei nº 12.929 (BAHIA, 2013) define também a abrangência das exigências das

medidas de segurança e pânico a todas as edificações, sejam elas públicas ou

privadas; áreas de risco; de aglomeração de público e realização de eventos

programados no estado da Bahia (Art. 2º), durante as suas construções ou

fabricações; reformas; mudanças de ocupação ou de uso; ampliações de área

construída ou aumentos de altura (Art. 3º).

A única exceção a regra geral prevista acima é aplicada as edificações de uso

residencial exclusivamente unifamiliares, desde que não componham um conjunto

arquitetônico formado por pelo menos uma edificação tombada ou se vizinha a esta,

desde que o incêndio gerado por ela não atinja uma edificação tombada. Esta

exceção se aplica também mesmo que a residência exclusivamente unifamiliar

esteja localizada no pavimento superior de uma ocupação mista com até dois

pavimentos, desde que elas possuam acessos independentes.

2.1.4 Responsabilidades, infrações e penalidades

Os artigos 6º, 7º, 8º e 9º, da Lei nº 12.929 (BAHIA, 2013) trouxeram as

responsabilidades dos projetistas, executores de obras, proprietários, responsáveis

pelo uso e loteadores das edificações, estruturas e áreas de risco do estado da

Bahia.

As edificações e áreas de risco a serem construídas ou fabricadas são de

responsabilidade dos projetistas detalharem conforme a lei as medidas de

segurança contra incêndio e pânico a serem executadas, pelo responsável da obra,

conforme normas técnicas pertinentes (Art. 6º).

Já para as edificações e áreas de risco já construídas, deve ser observado pelos

proprietários ou responsáveis pelo uso, a utilização conforme previsto em projeto e a

adequação a lei (Art. 7º), bem como o cuidado para garantir a realização das

Page 19: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

18

manutenções das medidas de segurança em condições que permitam sua eficaz

utilização (Art. 8º).

Por fim, os loteadores deverão observar nos parcelamentos efetuados na zona

urbana a necessidade de instalação de hidrantes, conforme norma específica (Art.

9º).

A Lei nº 12.929 (BAHIA, 2013) trouxe também as penalidades de advertência

escrita, multa, interdição, embargo e cassação do Auto de Vistoria (Art. 11), caso

sejam cometidas as infrações de deixar de adotar as medidas de segurança; instalar

os sistemas de proteção contra incêndio e pânico em desacordo com as

especificações do projeto ou com as normas técnicas regulamentares; modificar as

características ou não fazer a manutenção dos sistemas e meios de proteção contra

incêndio e pânico; inutilizar ou substituir os meios de proteção contra incêndio e

pânico por outros que não atendam às exigências legais e dificultar a ação

fiscalizadora do CBMBA (Art. 12).

Convém ressaltar que essas são penalidades administrativas, as quais são

aplicadas sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis, devendo todo processo

referente à aplicação das mesmas seguir o rito previsto na Instrução Técnica nº 02 –

Processo Administrativo Infracional (IT 02), do CBMBA (CBMBA, 2016).

Relativo à responsabilidade civil, tem-se a previsão do Código Civil (CC), que em

seu Art. 927 diz que “haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de

culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente

desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de

outrem” (Lei Federal nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, […] Parágrafo único).

O Código de Defesa do Consumidor (CDC), em seu Art. 12 prevê que “o

fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador

respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos

causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação,

construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento

de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre

sua utilização e riscos” (Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990).

Em ambos os casos citados, o profissional técnico e o proprietário do imóvel

incendiado têm a responsabilidade de ressarcir os danos materiais causados pelo

sinistro, independente da existência da culpa.

Page 20: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

19

Quanto às responsabilidades penais, de acordo com o artigo 250 do Código

Penal (CP), tem-se o crime de incêndio: “causar incêndio, expondo a perigo a vida, a

integridade física ou o patrimônio de outrem”, que é um crime de perigo comum, com

pena de reclusão, de três a seis anos, e multa (Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de

dezembro de 1940). A lei é aplicável a incêndios intencionais (ou dolosos) e

acidentais (ou culposos).

Pires (2010) explica que o incêndio culposo previsto no segundo parágrafo do

artigo 250, se dá por negligência, imprudência ou imperícia do agente e, para que

seja caracterizado, reclama, da mesma maneira que o crime doloso, que haja

evidente perigo concreto para pessoas ou patrimônio alheio. Sua pena é mais

branda, como se vê: § 2º – Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis

meses a dois anos (Art. 250, § 2º, Código Penal. Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de

dezembro de 1940).

2.1.5 Conceitos importantes e classificações

Visando regulamentar a Lei nº 12.929 (BAHIA, 2013) e, sobretudo, trazer os

parâmetros de classificação e exigências das medidas de segurança contra incêndio

e pânico para as edificações, estruturas e áreas de risco no Estado da Bahia, foi

decretado em 27 de agosto de 2015 o Decreto Estadual nº 16.302.

Alguns conceitos são de fundamental importância para a classificação das

edificações, estruturas e áreas de risco do estado da Bahia e determinação das

medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas. Desta forma, serão aqui

apresentadas algumas definições previstas no Art. 3º do Decreto nº 16.302 (BAHIA,

2015):

1) Edificação: é a área efetivamente utilizada do imóvel, de forma permanente ou

provisória, de alvenaria, madeira ou outro material construtivo, destinada a

abrigar atividade humana ou qualquer instalação, equipamento ou material;

2) Edificação existente: é a edificação ou área de risco construída ou regularizada

anteriormente à publicação deste Decreto, com documentação comprobatória de

sua conformidade com as especificações técnicas então exigidas, desde que

mantidas a área e a ocupação da época;

Page 21: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

20

3) Edificação térrea: é a construção de um pavimento, podendo possuir

mezaninos, cujo somatório de áreas deve ser menor ou igual a 1/3 (um terço) da

área do piso de pavimento;

4) Estrutura: instalação permanente ou provisória, utilizada em apoio para os mais

diversos fins e ocupações;

5) Área de risco: é o ambiente da edificação que contenha:

a) Fabricação, armazenamento, comercialização, transporte e manuseio de

produtos inflamáveis, combustíveis e explosivos ou de produtos perigosos;

b) Instalações elétricas, radioativas ou de gás;

c) Concentração de pessoas;

d) Edifícios garagem;

e) Vasos sob pressão;

f) Helipontos, heliportos, aeroportos, portos, terminais e centros de distribuição;

g) Presídios, unidades de saúde e educacionais;

h) Outros estabelecimentos cuja atividade ou natureza envolva perigo iminente

de propagação de fogo ou explosão, ou que possa causar danos à vida ou à

propriedade;

6) Evento programado: qualquer acontecimento que gere concentração de

público, a exemplo de apresentações cênicas e musicais, atrações esportivas,

circos, parque de diversões, shows pirotécnicos e outros similares, podendo ser

momentâneo, quando realizado em horas, e continuado, quando realizado em

dia;

7) Ocupação: é a atividade ou o tipo de uso de uma edificação, estrutura ou área

de risco;

8) Ocupação mista: é a edificação, estrutura ou área de risco que abriga mais de

um tipo de ocupação;

9) Mudança de ocupação: consiste na alteração de atividade ou uso que resulte

na mudança de classificação da edificação, estrutura ou área de risco, constante

das tabelas de classificação das ocupações dispostas no Anexo Único do

Decreto Estadual 16.302/2015;

10) Área da edificação: é o somatório da área construída de uma edificação e a

área a ser construída, conforme projeto;

11) Área construída: somatório de todas as áreas ocupáveis e cobertas de uma

edificação;

Page 22: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

21

12) Ampliação: é o aumento da área construída da edificação;

13) Reforma: são as alterações nas edificações, estruturas e áreas de risco sem

aumento de área construída;

14) Altura da edificação: a) Para fins de exigências das medidas de segurança contra incêndio e

pânico: é a medida em metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último

pavimento;

b) Para fins de saída de emergência: é a medida em metros entre o ponto que

caracteriza a saída do nível de descarga ao piso do último pavimento,

podendo ser ascendente ou descendente;

15) Carga de incêndio: é a soma das energias caloríficas possíveis de serem

liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos

em um espaço, inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos;

16) Risco específico: situação que proporciona uma probabilidade aumentada de

perigo à edificação, estrutura ou área de risco, tais como caldeira, casa de

máquinas, incineradores, centrais de gás combustível, transformadores, fontes

de ignição e outros;

17) Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB): é o documento emitido pelo

CBMBA certificando que, durante a vistoria, a edificação possuía as condições

de segurança contra incêndio e pânico, previstas pela legislação e constantes no

processo, estabelecendo um período de revalidação;

18) Autorização para Adequação (AA): é o documento emitido pelo CBMBA,

autorizando a execução das medidas compensatórias formalmente exigidas,

dentro do prazo fixado, na edificação, estrutura ou área de risco, para que seja

considerada com condições satisfatórias de segurança contra incêndio e pânico,

para todos os fins;

19) Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros (CLCB): é o documento

emitido pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) certificando que a

edificação foi considerada de baixo potencial de risco à vida ou ao patrimônio e

concluiu com êxito o processo de segurança contra incêndio para regularização

junto ao CBMBA;

20) Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros (IT): é o documento técnico

elaborado pela Comissão Permanente de Normatização - CPN, que regulamenta

Page 23: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

22

as medidas de segurança contra incêndio e pânico nas edificações, estruturas e

áreas de risco;

21) Medidas de segurança contra incêndio e pânico: é o conjunto de dispositivos

ou sistemas a ser instalado nas edificações, estruturas e áreas de risco,

necessário para evitar o surgimento de um incêndio, limitar sua propagação,

possibilitar sua extinção e ainda propiciar a proteção à vida, ao meio ambiente e

ao patrimônio.

As medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas dependerá

essencialmente das seguintes classificações: ocupação (Tabela 1 do Anexo Único

do Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015)), área construída, altura (Tabela 2) e risco da

edificação (Tabela 3), da estrutura ou área de risco a ser projetada ou adaptada (Art.

25 do Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015)).

Para as classificações de altura e área construída podem ser consideradas as

exclusões previstas nos artigos 23 e 24 do Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015): Art. 23 - Na mensuração da altura da edificação, estrutura ou área de risco,

não serão considerados:

I - os subsolos destinados exclusivamente a estacionamento de veículos,

vestiários e instalações sanitárias, áreas técnicas sem aproveitamento para

quaisquer atividades ou permanência humana;

II - pavimentos superiores destinados, exclusivamente, a áticos, casas de

máquinas, barriletes, reservatórios de água e assemelhados;

III - mezaninos;

IV - o pavimento superior da unidade duplex do último piso de edificação de

uso residencial.

Art. 24 - No cálculo da área a ser protegida com as medidas de segurança

contra incêndio e pânico, não serão computados:

I - telheiros, com laterais abertas, destinados à proteção de utensílios, caixas

d’água, tanques e outras instalações, desde que não tenham área superior a

10m² (dez metros quadrados);

II - platibandas e beirais de telhado até 3m (três metros) de projeção;

III - passagens cobertas, com largura máxima de 3m (três metros), com

laterais abertas, destinadas apenas à circulação de pessoas ou mercadorias;

IV - as coberturas de bombas de combustível e de praças de pedágio, desde

que não sejam utilizadas para outros fins e sejam abertas lateralmente;

V - reservatórios de água;

VI - piscinas, banheiros, vestiários e assemelhados, no tocante a sistemas

hidráulicos, alarme de incêndio e compartimentação;

VII - escadas enclausuradas, incluindo as antecâmaras;

Page 24: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

23

VIII - dutos de ventilação das saídas de emergência.

2.1.6 Cumprimento das medidas de segurança contra incêndio e pânico

As medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas encontram-se

definidas nas Tabelas 4, 5, 6 (6A a 6M) e 7 do Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015),

devendo nos casos de ocupações mistas, se adotar o conjunto das exigências de

maior rigor para o edifício como um todo (§ 2º do Art. 10 do Decreto nº 16.302

(BAHIA, 2015)).

Uma especial atenção deve ser dada as exigências para as edificações,

estruturas e áreas de risco existentes às quais, conforme Art. 44 do Decreto nº

16.302 (BAHIA, 2015), devem cumprir o estabelecido na Tabela 4, do Anexo Único

do citado decreto, que prevê o apresentado no Quadro 1. Quadro 1 - Exigências para edificações, estrutras e áres de risco existentes

Fonte: Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015).

O CBMBA possui uma Instrução Técnica própria, a IT 43 - Adaptação às Normas

de Segurança contra Incêndio – edificações existentes (CBMBA, 2016), para

adaptação às normas de segurança contra incêndio das edificações existentes, as

quais tiveram, conforme previsto no art. Art. 20 da Lei nº 12.929 (BAHIA, 2013), o

período de um ano, a contar da publicação do Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015), que

ocorreu em 27 de agosto de 2015, para se adaptarem.

Page 25: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

24

2.2 PORTARIAS E INSTRUÇÕES TÉCNICAS

As Instruções Técnicas são publicadas através de Portarias, que são atos do

Comando Geral do CBMBA respaldados conforme o já citado Art. 4º da Lei nº

12.929 (BAHIA, 2013) que prevê a competência ao CBMBA de normatizar sobre

segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco no Estado da

Bahia e Art. 6º do Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2013), que define como atribuição do

Comandante Geral do CBMBA, homologar, por meio de Portarias, as Instruções

Técnicas do Corpo de Bombeiros, elaboradas pela Comissão Permanente de

Normatização (CPN).

Esta mesma lei no parágrafo único do seu Art. 5º prevê que para a

implementação das medidas de segurança contra incêndio e pânico deve-se atender

as normas técnicas e demais atos normativos expedidos pelo CBMBA e o

supracitado decreto no parágrafo único do seu Art. 2º delega ao Corpo de

Bombeiros a atribuição de rever periodicamente as Instruções Técnicas promovendo

a sua constante atualização tecnológica, tendo em vista a melhor possiblidade de

adaptação às situações existentes, desde que baseada em normas ou critérios de

comprovada eficácia.

Desta forma, e em obediência aos ditames legais, desde o final de fevereiro do

ano de 2016, quando através de Portaria o Comandante Geral do CBMBA regulou o

funcionamento das atividades técnicas na Corporação, vem sendo editadas pela

CPN e publicadas pelo Comando Geral, Instruções Técnicas (IT) procedimentais, a

exemplo da IT 01 – Procedimentos administrativos (CBMBA, 2016), que estabelece

os critérios para apresentação de processo de segurança contra incêndio das

edificações, estruturas e áreas de risco; e sobre cada Medida de Segurança contra

Incêndio e Pânico em específico.

São três as atividades técnicas:

a) Análise de Projetos: é o trabalho de exame a plantas gráficas e memoriais do

projeto de segurança contra incêndio e pânico, com intuito de averiguar se os

sistemas de proteção projetados para a edificação, estrutura ou área de risco,

correspondem aos exigidos em leis, decretos, instruções técnicas e normas.

b) Vistorias: é a atividade realizada para confirmar, no local, se os sistemas de

proteção contra incêndio e pânico instalados estão conforme projeto previamente

aprovado. Para solicitação dessa atividade é imprescindível haver projeto

Page 26: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

25

previamente aprovado e somente ao se constatar que o sistema de segurança

contra incêndio e pânico instalado está em conformidade com o mesmo é que

será emitido o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), que conforme o

§4º do Art. 13º do Decreto 16.302/2015, possui a validade de 12 (doze) meses, a

contar da data da sua expedição.

c) Fiscalizações: é a atividade típica de polícia administrativa, executada mediante

solicitação ou inopinadamente, por militares integrantes dos Órgãos Técnicos do

CBMBA, com o objetivo de verificar se a edificação, estrutura ou área de risco

atende as exigências contidas em leis, decretos, instruções técnicas e normas de

segurança contra incêndio e pânico.

Documento similar ao AVCB é o Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros

(CLCB), o qual é fornecido, conforme atendimento ao item 5.2 e 6.3 da IT 42 –

Projeto Técnico Simplificado (PTS) (CBMBA, 2016), para as edificações de baixo

potencial de risco.

Outro documento importante previsto através da Portaria Nº 061 do Comando

Geral é a Autorização para Adequação, que objetiva a concessão de prazo,

mediante fundamentada razão, para implementação das medidas de segurança

contra incêndio e pânico que demandem instalações complexas ou realização de

obras estruturais de grande porte e previstas no Projeto técnico de Segurança

Contra Incêndio e Pânico aprovado pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia. Para

tanto o interessado propõe a adoção temporária de medidas compensatórias de

segurança contra incêndio e pânico, as quais, em hipótese alguma, podem ferir aos

objetivos previstos no Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015), até a conclusão dos

serviços, conforme prazo estabelecido. As medidas compensatórias e prazos

propostos serão analisados por Comissão, não podendo ultrapassar 365 (trezentos

e sessenta e cinco) dias.

Page 27: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

26

3 ELABORAÇÃO DE PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

Um projeto de proteção contra incêndio deve iniciar-se juntamente com o projeto

de arquitetura e perfeitamente integrado com o projeto de estrutura, projeto

hidráulico, projeto elétrico, entre outros (FEB/UNESP – disponível em:

http://wwwp.feb.unesp.br/jcandido/higiene/artigos/prevencao_inc.htm).

Um bom projeto deve contar com proteção passiva (contenção da propagação

vertical e horizontal), ativa (equipamentos de combate), sistemas de alarme, pessoal

treinado e, principalmente, saídas de emergência com iluminação de segurança

adequada. É muito importante a limitação da carga de materiais combustíveis no

interior da edificação.

3.1 MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

É possível agrupar as medidas a serem tomadas para garantir a segurança

contra incêndio em medidas de prevenção e medidas de proteção. As medidas de

prevenção são aquelas que se destinam a prevenir a ocorrência do início do

incêndio, isto é, controlar o risco do início do incêndio. As medidas de proteção são

aquelas destinadas a proteger a vida humana e os bens materiais dos efeitos

nocivos do incêndio que já se desenvolve. Em conjunto, essas medidas visam a

manter o risco de incêndio em níveis aceitáveis (ONO, 2007).

Berto (1991) estabeleceu oito elementos que compõem as medidas de

prevenção e proteção contra incêndio, relacionando-os às etapas de crescimento do

fogo, que continuam valendo na atualidade, a saber:

1) Precaução contra o início do incêndio: o único composto de medidas de

prevenção que visam a controlar eventuais fontes de ignição e sua interação com

materiais combustíveis.

2) Limitação do crescimento do incêndio: composto de medidas de proteção que

visam a dificultar, ao máximo, o crescimento do foco do incêndio, de forma que

este não se espalhe pelo ambiente de origem, envolvendo materiais

combustíveis presentes no local e elevando rapidamente a temperatura interna

do ambiente.

Page 28: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

27

3) Extinção inicial do incêndio: composto de medidas de proteção que visam a

facilitar a extinção do foco do incêndio, de forma que ele não se generalize pelo

ambiente.

4) Limitação da propagação do incêndio: composto de medidas de proteção que

visam a impedir o incêndio de se propagar para além do seu ambiente de origem.

5) Evacuação segura do edifício: visa a assegurar a fuga dos usuários do edifício,

de forma que todos possam sair com rapidez e em segurança.

6) Precaução contra a propagação: visa a dificultar a propagação do incêndio

para outros edifícios próximos daquele de origem do fogo.

7) Precaução contra o colapso estrutural: visa a impedir a ruína parcial ou total

da edificação atingida. As altas temperaturas, em função do tempo de exposição,

afetam as propriedades mecânicas dos elementos estruturais, podendo

enfraquecê-los, até que provoquem a perda de sua estabilidade. E,

8) Rapidez, eficiência e segurança das operações: visa a assegurar as

intervenções externas para o combate ao incêndio e o resgate de eventuais

vítimas.

As medidas de proteção contra incêndio e pânico podem ser englobadas em

duas categorias: medidas de proteção passiva e medidas de proteção ativa, as quais

em conjunto compõem o sistema de proteção contra incêndio e pânico, que possui

como principais objetivos: (a) Dificultar o surgimento e a propagação do incêndio; (b)

Facilitar a fuga das pessoas da edificação no caso de ocorrência de um sinistro,

garantindo a integridade física das vítimas e; simultaneamente, e (c) Facilitar as

ações de salvamento e combate das corporações de bombeiros, tornando-as

rápidas, eficientes e seguras.

3.1.1 Medidas de proteção passiva

De acordo com a NBR 14432 (ABNT, 2001) da Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT), as medidas de proteção passiva são o conjunto de medidas

incorporado ao sistema construtivo do edifício, sendo funcional durante o uso normal

da edificação e que reage passivamente ao desenvolvimento do incêndio, não

estabelecendo condições propícias ao seu crescimento e propagação, garantindo a

resistência ao fogo, facilitando a fuga dos usuários e a aproximação e o ingresso no

edifício para o desenvolvimento das ações de combate.

Page 29: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

28

Para Brentano (2007), a proteção passiva atua independentemente da ocorrência

de incêndio e envolve todas as formas de proteção que devem ser consideradas no

projeto arquitetônico para que não haja o surgimento ou, então, a redução da

probabilidade de propagação e dos efeitos do incêndio já instalado, com o objetivo

de evitar a exposição dos ocupantes e da própria edificação ao fogo.

Tais medidas garantem a resistência ao fogo dos elementos construtivos,

dificultam a propagação da fumaça nos ambientes, facilitam a fuga dos usuários e

permitem a aproximação e o ingresso na edificação para o desenvolvimento das

ações de combate a incêndios (CAMPOS; CONCEIÇÃO, 2006).

As seguintes medidas de proteção passiva são previstas no Decreto nº 16.302

(BAHIA, 2015):

1) Condições de acesso de viatura do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia -

CBMBA nas edificações, estruturas ou nas áreas de risco

2) Separação entre edificações para garantir que o incêndio proveniente de uma

edificação, estrutura ou área de risco não se propague para outra;

3) Resistência ao fogo dos elementos estruturais e de compartimentação que

integram a construção ou fabricação das edificações, estruturas e áreas de risco;

4) Compartimentação adequada, a fim de impedir a propagação de incêndio para

outros ambientes da edificação, da estrutura e da área de risco no plano

horizontal ou vertical;

5) Controle de materiais de acabamento e revestimento utilizados na construção ou

fabricação das edificações, estruturas e áreas de risco, para reduzir a

propagação do incêndio e da fumaça;

6) Saídas de emergência em dimensões adequadas que possibilitem a evasão dos

indivíduos em segurança e o acesso do CBMBA para combater o incêndio e

retirar as pessoas que a ele estejam expostas;

7) Elevador de emergência em dimensões e especificações adequadas;

8) Controle de fumaça que evite perigos de intoxicação e de falta de visibilidade

pela fumaça;

9) Gerenciamento de risco de incêndio, inclusive a partir dos sistemas de prevenção

a incêndios e pânico nas edificações, estruturas e áreas de risco;

10) Sistema de iluminação de emergência, a fim de facilitar o acesso às rotas de

saída para abandono seguro da edificação, estrutura e área de risco;

Page 30: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

29

11) Sinalização de emergência destinada a alertar para os riscos de incêndio

existentes e orientar as ações de combate, facilitando a localização dos

equipamentos;

12) Sistema de proteção contra descargas atmosféricas;

13) Controle de fontes de ignição.

3.1.2 Medidas de proteção ativa

Também de acordo com a NBR 14432 (ABNT, 2001), Medidas de Proteção Ativa

são o tipo de proteção contra incêndio que é ativada manual ou automaticamente

em resposta aos estímulos provocados pelo fogo, composta basicamente das

instalações prediais de proteção contra incêndio.

Segundo Brentano (2007), a proteção ativa envolve todas as formas de

detecção, de alarme do controle do crescimento do fogo até a chegada do corpo de

bombeiros ou, a extinção de um princípio de incêndio já instalado, respondendo aos

estímulos provocados pelo fogo.

De acordo com Ono, Venezia e Valentim (2008), as medidas de proteção ativa

vêm a complementar as medidas de proteção passiva, sendo compostas

basicamente de equipamentos e instalações prediais que serão acionadas em caso

de emergência, de forma manual ou automática, usualmente não exercendo

nenhuma função em situação normal de funcionamento da edificação.

Para o projeto e a instalação adequados das medidas ativas, é necessária uma

boa integração entre o projeto arquitetônico e os projetos de cada sistema,

normalmente divididos por especialidade, como elétrica, hidráulica e mecânica.

Mesmo existindo o que se denomina “projeto integrador”, é importante o

acompanhamento pelo arquiteto-projetista para que exista uma compatibilização

entre as medidas passivas e ativas propostas, visando ao melhor desempenho das

medidas de segurança contra incêndio como um todo (ONO; VALENTIN; VENEZIA,

2008).

As seguintes medidas de proteção ativa são previstas no Decreto nº 16.302

(BAHIA, 2015):

1) Controle de fumaça que evite perigos de intoxicação e de falta de visibilidade

pela fumaça;

Page 31: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

30

2) Brigada de incêndio para atuar na prevenção e no combate a princípio de

incêndio, no abandono de área e nos primeiros socorros;

3) Sistema de iluminação de emergência, a fim de facilitar o acesso às rotas de

saída para abandono seguro da edificação, estrutura e área de risco;

4) Sistema de detecção automática e alarme de incêndio;

5) Sinalização de emergência destinada a alertar para os riscos de incêndio

existentes e orientar as ações de combate, facilitando a localização dos

equipamentos;

6) Sistema de proteção por extintores de incêndio;

7) Sistema de hidrantes e de mangotinhos para uso exclusivo em combate a

incêndio;

8) Sistema de chuveiros automáticos;

9) Sistema de resfriamento;

10) Sistema de combate a incêndio por espuma para instalações de produção,

armazenamento, manipulação e distribuição de líquidos combustíveis e

inflamáveis;

11) Sistema fixo de gases para combate a incêndio em locais cujo emprego de água

ou de outros agentes extintores não é indicado, haja vista a decorrência de riscos

provenientes da sua utilização.

3.2 OCUPAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES

A ocupação de uma edificação, estrutura ou área de risco, diz respeito a sua

atividade ou ao seu uso.

Muitas vezes tem-se uma edificação abrigando mais de um tipo de ocupação.

São as chamadas edificações de ocupação mista. Nelas, como visto anteriormente,

deve-se adotar o conjunto das exigências de maior rigor para determinação das

medidas de segurança contra incêndio e pânico do edifício como um todo, conforme

previsão do § 2º do Art. 10 do Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015).

A classificação de ocupação das edificações pode não ser a única, mas sem

dúvida é a mais importante classificação utilizada na determinação e

dimensionamento das medidas de segurança contra incêndio e pânico. Através dela,

pelo método probabilístico (método de cálculo baseado em resultados estatísticos do

tipo de atividade exercida na edificação em estudo) se estima o risco de incêndio

Page 32: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

31

das edificações, parâmetro de dimensionamento para inúmeras outras medidas de

segurança; se calcula a densidade populacional de um ambiente, distância máxima

de percurso e tipo de escada de emergência; se quantifica o número de brigadistas

necessários em uma edificação; se determina o tipo de sistema de hidrantes e a

reserva técnica de incêndio necessária; etc.

Diversas normas a exemplo das NBR 14432 (ABNT, 2001), NBR 9077 (ABNT,

2001), NBR 13714 (ABNT, 2000), referenciadas acima trazem em seu escopo

tabelas contendo a classe de ocupação das edificações, as quais são bastante

semelhantes em todas elas.

Os diversos Regulamentos de segurança contra incêndio existentes nos 26

estados brasileiros e no Distrito Federal também trazem tabelas contendo essas

classificações, as quais são exaustivamente utilizadas nos dimensionamentos das

medidas de segurança.

No estado da Bahia a Tabela 1 do Anexo Único do Decreto nº 16.302 (BAHIA,

2015) traz essa classificação. São ao todo 12 (doze) grupos, assim distribuídos:

1) Grupo A: Residencial;

2) Grupo B: Serviço de hospedagem;

3) Grupo C: Comercial;

4) Grupo D: Serviço profissional;

5) Grupo E: Educacional e cultura física;

6) Grupo F: Local de reunião de público;

7) Grupo G: Serviços automotivos e assemelhados;

8) Grupo H: Serviço de saúde e institucional;

9) Grupo I: Indústria;

10) Grupo J: Depósito;

11) Grupo L: Explosivo;

12) Grupo M: Especial.

Cada um desses grupos se subdivide em divisões, especificando ainda mais o

uso daquela edificação, estrutura ou área de risco que se deseja elaborar o projeto

de segurança contra incêndio e pânico.

Para se restringir ao objetivo deste trabalho, segue abaixo, para efeito de

exemplo, a tabela contendo apenas a classificação dos tipos de edificação em

estudo (edifícios residenciais, comerciais e de escritórios).

Page 33: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

32

Quadro 2 - Classificação das edificações, estruturas e áreas de risco quanto à ocupação

Fonte: Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015).

3.3 RISCO DAS EDIFICAÇÕES

Risco é a probabilidade de um perigo se materializar, causando um dano. O risco

é a relação entre a probabilidade e a consequência, podendo ser físico (ruídos,

vibrações, radiações, pressões anormais, temperaturas extremas, umidade e

iluminação deficiente), químico (poeiras, fumos, vapores, gases, líquidos e neblinas

provenientes de produtos químicos) ou biológico (vírus, bactérias, protozoários,

fungos, bacilos, parasitas e animais peçonhentos). Neste trabalho busca-se estudar

o que compõe o risco de incêndio de uma edificação e como reduzi-lo.

Desta forma, o risco de incêndio estaria associado a carga de incêndio, que de

acordo a NBR 14432 (ABNT, 2001) ou IT 14 - Carga de Incêndio nas Edificações,

Estruturas e Áreas de Risco(CBMBA, 2017), é a soma das energias caloríficas

Page 34: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

33

possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais

combustíveis em um espaço, inclusive os revestimentos das paredes, divisórias,

pisos e tetos.

Outro conceito importante é o de carga de incêndio específica, que é o valor da

carga de incêndio dividido pela área de piso do espaço considerado, expresso em

megajoule (MJ) por metro quadrado (m²), sendo internacionalmente utilizada para

classificar a severidade do incêndio.

A redução do risco de incêndio em uma edificação, pela limitação da carga de

incêndio, ocorre de duas formas:

a) Primeiro, pelo controle da quantidade de material disponível para a combustão –

carga de incêndio propriamente dita;

b) Segundo, pela redução da quantidade de fumaça produzida, o que depende das

características específicas do material – carga de fumaça.

No intuito de dificultar a ocorrência do incêndio (mais propriamente de sua

inflamação generalizada), limitar a sua propagação e reduzir a produção de gases

tóxicos na fumaça de incêndio é importante não só controlar a quantidade e a

natureza de material combustível depositado na edificação (carga de incêndio

temporal), como também controlar a quantidade e a natureza de materiais

combustíveis incorporados aos elementos construtivos (carga de incêndio

incorporada). Essa ação está relacionada com a reação ao fogo dos materiais, que é

a contribuição para o desenvolvimento do fogo, ao sustentar a combustão e

possibilitar a propagação superficial das chamas (VARGAS; SILVA, 2003; CAMPOS;

CONCEIÇÃO, 2006).

Apesar de a carga de incêndio específica ou densidade de carga de incêndio ser

o principal parâmetro para determinação da severidade de um incêndio, Assis (2001)

fala ainda que uma classificação moderna da severidade dos incêndios deveria

considerar necessariamente os seguintes parâmetros:

a) A densidade da carga de incêndio e a ventilação ambiente, bem como a natureza

da carga de incêndio;

b) A existência de medidas ativas que atuem como atenuantes;

c) A existência de fatores externos e a geometria da edificação ou do

compartimento que atuem como agravantes ou atenuantes dos efeitos do

incêndio.

Page 35: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

34

A IT 14 (CBMBA, 2017) apresenta dois métodos para determinação da carga de

incêndio específica das edificações:

1) Método de cálculo probabilístico: é o método de cálculo baseado em

resultados estatísticos do tipo de atividade exercida na edificação em estudo.

Este método é utilizado como regra através das tabelas constantes dos Anexos A

e B da citada IT.

Quadro 3 - Cargas de incêndio específicas por ocupação/uso

Fonte: IT 14 (CBMBA, 2017).

Page 36: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

35

Quadro 3 - Cargas de incêndio específicas por ocupação/uso (continuação)

Fonte: IT 14 (CBMBA, 2017). 2) Método de cálculo determinístico: é o método de cálculo baseado no prévio

conhecimento da quantidade e qualidade de materiais existentes na edificação

em estudo. Este método é destinado às edificações dos Grupos L (Explosivos) e

M (Especiais) e alternativamente às ocupações do Grupo J (Depósitos), sendo

sua metodologia apresentada no Anexo C da IT 14 (CBMBA, 2015).

Novamente, para a classificação do risco quanto a carga de incêndio das

edificações, estruturas e áreas de risco do estado da Bahia, tem-se que recorrer ao

Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015), que na Tabela 3 do seu Anexo Único traz o

seguinte:

Quadro 4 - Classificação das edificações, estruturas e áreas de risco quanto à carga de incêndio

Fonte: Decreto nº 16.302 (CBMBA, 2015).

Page 37: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

36

3.4 CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA E ALTURA

São dois outros parâmetros essenciais na determinação das medidas de

segurança contra incêndio e pânico exigidas para uma edificação, estrutura ou área

de risco no estado da Bahia.

Seus conceitos, já apresentados, estão previstos no Decreto nº 16.302 (BAHIA,

2015), sendo necessárias, para fins de determinação das medidas de segurança, as

classificações de área construída (somatório de todas as áreas ocupáveis e cobertas

de uma edificação) em menor igual ou maior que 750 m² e de altura (medida em

metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último pavimento) em menor igual ou

superior a 12 m.

A depender dessas classificações (área e altura), somadas ao tipo de ocupação

e risco de incêndio da edificação, um conjunto de medidas de segurança contra

incêndio é exigido, como se vê nas Tabelas 5 e 6A a 6M.5 do Anexo Único do

supracitado decreto.

É importante destacar também que podem ser considerados os descontos de

altura e área previstos nos artigos 23 e 24, respectivamente, do Decreto nº 16.302

(BAHIA, 2015), os quais também já foram apresentados neste trabalho.

Desta forma, de modo a exemplificar as classificações anteriormente

apresentadas, serão exibidas abaixo as tabelas pertinentes de exigências das

medidas de segurança contra incêndio e pânico para as edificações em estudo:

1) Prédio residencial (ex: edifício de apartamentos): Grupo A, divisão A-2, risco

baixo (300 MJ/m²); 2) Prédio comercial (ex: edifício de lojas de departamento): Grupo C, divisão

C-2, risco médio (600 MJ/m²); 3) Prédio de escritórios: Grupo D, divisão D-1, risco médio (700 MJ/m²).

A depender da área construída e altura dessas edificações, teremos as seguintes

exigências:

Page 38: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

37

Quadro 5 - Exigências para edificações, estruturas e áreas de risco com área menor ou igual a 750 m² e altura inferior ou igual a 12,00m

Fonte: Decreto nº 16.302 (CBMBA, 2015).

Quadro 6 - Edificações, estruturas e áreas de risco do grupo A com área superior a 750 m² ou altura superior a 12,00m

Fonte: Decreto nº 16.302 (CBMBA, 2015).

Page 39: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

38

Quadro 7 - Edificações, estruturas e áreas de risco do grupo C com área superior a 750 m² ou altura superior a 12,00m

Fonte: Decreto nº 16.302 (CBMBA, 2015).

Page 40: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

39

Quadro 8 - Edificações, estruturas e áreas de risco do grupo D com área superior a 750 m² ou altura superior a 12,00m

Fonte: Decreto nº 16.302 (CBMBA, 2015).

Algumas observações são importantes, como a atenção que deve ser dada as

Notas Gerais e Específicas, contidas abaixo de cada tabela.

As Notas Gerais trazem alertas quanto aos cuidados para com as instalações

elétricas e o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), os quais

deverão estar em conformidade com as NBR 5410 (ABNT, 2004) e NBR 5419

(ABNT, 2015), respectivamente, bem como com a IT 41 - Inspeção visual em

instalações elétricas de baixa tensão (CBMBA, 2018); os subsolos ocupados, que

adicionalmente deverão observar as exigências contidas na Tabela 7 do Anexo

Único do Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015), a depender da ocupação do subsolo, da

área e do nível ocupado por esse uso distinto de estacionamento (as exigências

variam em compartimentação com paredes resistentes ao fogo por pelo menos 60

Page 41: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

40

min, detecção, chuveiros automáticos, exaustão, controle de fumaça e disposição de

duas saídas em lados opostos do pavimento); e os riscos específicos (tais como

caldeira, casa de máquinas, incineradores, centrais de gás combustível,

transformadores, fontes de ignição e outros), que deverão que deverão observar as

exigências das Instruções Técnicas específicas.

As Notas Específicas que são indicadas através de números inscritos juntos a

marcação da exigência da medida, são alternativas a instalação daquela medida em

específico, como por exemplo, alternativas a: compartimentação horizontal, através

de instalação de chuveiros automáticos e detecção de incêndio; compartimentação

vertical, que pode ser substituída por chuveiros automáticos, detecção de incêndio e

controle de fumaça, exceto para o para as compartimentações das fachadas e

selagens dos shafts e dutos de instalações; ou especificam determinadas

exigências, como por exemplo: plano de emergência que é exigido para edificação

comercial, apenas se for Shopping Center (C-3) e para edifício de escritórios se tiver

altura superior a 60 m; elevador de emergência, que é exigido para edificação

residencial acima de 80 m e comercial ou de escritório acima de 80 m; e controle de

fumaça que é obrigatório para prédios comerciais e de escritórios com altura

superior a 60 m.

3.5 TIPOS DE PROJETOS TÉCNICOS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

Todo projetista de segurança contra incêndio e pânico antes de elaborar o seu

projeto precisa ter conhecimento acerca dos critérios para apresentação do mesmo.

No estado da Bahia, esses critérios estão previstos na Instrução Técnica nº 01 –

Procedimentos Administrativos (CBMBA, 2016), e variam a depender da forma de

apresentação do Projeto Técnico. São quatro os tipos de Projeto Técnico:

a) Projeto Técnico (PT); b) Projeto Técnico Simplificado (PTS); c) Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária (PTIOT); d) Projeto Técnico para Ocupação Temporária em Edificação Permanente

(PTOTEP). O PTS, como já informado neste trabalho está previsto em instrução própria (IT

42 (CBMBA, 2016)) e estabelece os procedimentos administrativos e as medidas de

Page 42: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

41

segurança contra incêndio e pânico para regularização das edificações de baixo

potencial de risco, em atendimento ao § 3º do Art. 4º da Lei nº 12.929 (BAHIA, 2013)

combinado com os Art. 32 a 34 do Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015), visando um

tratamento mais célere na tramitação dos processos das microempresas, empresas

de pequeno porte e microempreendedor individual, não sendo a eles exclusivos. Por

não ser o foco deste trabalho esta instrução não será aqui detalhada.

3.5.1 Projeto técnico (PT)

O Projeto Técnico deve ser utilizado para apresentação das medidas de

segurança contra incêndio das seguintes edificações e áreas de risco:

a) Com área de construção acima de 750 m² e/ou com altura acima de 3

pavimentos, desconsiderando-se o subsolo quando usado exclusivamente para

estacionamento;

b) Independente da área da edificação e das áreas de risco, quando estas

apresentarem riscos específicos que necessitem de proteção por sistemas fixos

tais como: hidrantes, chuveiros automáticos, alarme e detecção de incêndio,

dentre outros;

c) Edificações cuja ocupação é do Grupo “L” (explosivos).

É importante lembrar que edificações com altura superior a 12 m, contados do

piso mais baixo ocupado ao piso do último pavimento já possuem em suas tabelas

de exigências, sistemas fixos, devendo, portanto, terem seu processo apresentado

por meio de Projeto Técnico.

O Projeto Técnico deve ser composto pelos seguintes documentos:

a. Cartão de identificação (Anexo A da IT 01 (CBMBA, 2016));

b. Pasta do Projeto Técnico conforme as exigências do item 5.1.2.2 da IT 01

(CBMBA, 2016);

c. Formulário de segurança contra incêndio de Projeto Técnico (Anexo B da IT 01

(CBMBA, 2016)), o qual deve ser preenchido na íntegra e apresentado como a

primeira folha do Projeto Técnico;

d. Procuração do proprietário, quando este transferir seu poder de signatário;

e. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de Responsabilidade

Técnica (RRT), do responsável técnico pela elaboração do Projeto Técnico, que

Page 43: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

42

devem ser juntadas no processo que permanece no Órgão Técnico competente

do CBMBA.

Por orientação do CREA/BA e CAU/BA, os profissionais habilitados para

elaborarem o PSCIP são os engenheiros de segurança do trabalho, engenheiros

civis e arquitetos os quais devem preencher completamente a ART ou RRT,

descrevendo no campo pertinente as atividades profissionais contratadas;

f. Documentos complementares, quando necessário, devido às características da

edificação ou por exigência do CBMBA, a exemplo dos memoriais industrial, do sistema fixo de gases, da autorização da coordenação de fiscalização de produtos controlados da Polícia Civil (CFPC), de documentos referentes ao comércio de fogos de artifício, memoriais de cálculo de dimensionamento de lotação e saídas de emergência em centros esportivos e de exibição, de cálculo de dimensionamento de lotação e saídas de emergência em locais de reunião de público, da licença de funcionamento para instalações radioativas, nucleares, ou de radiografia industrial, ou qualquer instalação que trabalhe com fontes radioativas, dos memoriais de dimensionamento e descritivo da lógica de funcionamento do sistema de controle de fumaça, de

cálculo de pressurização de escada, dentre outros.

Quando exigidos por norma instalação de sistemas fixos contra incêndio, tais

como hidrantes, chuveiros automáticos, pressurização de escada, sistema de

espuma e resfriamento, controle de fumaça, dentre outros, deve ser apresentado

o memorial descritivo dos cálculos realizados para dimensionamento dos

mesmos. No desenvolvimento dos cálculos hidráulicos para as medidas de

segurança de espuma e resfriamento deve ser levado em conta o desempenho

dos equipamentos, utilizando as referências de vazão, pressão e perda de carga,

sendo necessária a apresentação de catálogos técnicos.

Quando for exigido, conforme Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015), a medida de

segurança “Plano de Emergência”, deve ser apresentada a planilha de informações operacionais contendo um conjunto de dados sobre a edificação,

sua ocupação e detalhes úteis para a qualidade do atendimento operacional do

Corpo de Bombeiros, conforme a IT especifica que trate de Plano de emergência

contra incêndio (IT 16 (CBMBA, 2018)).

Caso sejam necessários desenvolvimentos de cálculos para dimensionamento da carga de incêndio dos materiais existentes na edificação, deve ser

Page 44: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

43

apresentado o memorial descritivo desse dimensionamento, conforme IT 14

(CBMBA, 2017), individualizando esses materiais em unidades e relacionando-os

com suas respectivas massas (kg), devendo o resultado final ser dado em

unidades absolutas (ex.: 200 prateleiras com 30 pallets em cada uma e com 20

caixas em cada pallets).

Caso seja utilizado algum critério de isolamento de risco entre edificações deve

ser apresentado o memorial de cálculo de isolamento de risco. Existe um

modelo apresentado no Apêndice deste trabalho que pode ser utilizado para este

fim.

Se tratar-se de edificação existente, deve ser apresentado documento comprobatório de área construída, do tipo de ocupação, da data regularização

ou construção da edificação e/ou áreas de risco existentes, a exemplo de projeto

anterior aprovado pelo CBMBA, das plantas aprovadas em prefeitura, do imposto

predial, dentre outros.

Quando se tratar de edificação nova, deve ainda ser apresentado o memorial básico de construção, conforme Anexo P da IT 01 (CBMBA, 2016).

g. Implantação, quando houver mais de uma edificação e áreas de risco, dentro do

mesmo lote, ou conjunto de edificações, estruturas e áreas de risco ou quando

houver uma única edificação e áreas de risco, onde suas dimensões não possam

ser representadas em uma única folha;

h. Desenhos gráficos contendo plantas baixas, cortes, fachada, situação e

localização, os quais devem estar assinados.

A representação gráfica das plantas das medidas de segurança contra incêndio

deve seguir o modelo constante no Anexo F da IT 01 (CBMBA, 2016), indicando

a localização das medidas de segurança contra incêndio, bem como os riscos

existentes, conforme descrito no item 5.1.3 (apresentação e conteúdo das

plantas das medidas de segurança contra incêndio) da citada IT.

É importante destacar que existem nos conteúdos das plantas detalhes

genéricos, que devem constar em todo e qualquer projeto técnico conforme item

5.1.3.2.1 da IT 01 (CBMBA, 2016) e detalhes específicos de acordo com a

medida de segurança projetada para a edificação e áreas de risco, constante nas

respectivas Instruções Técnicas específicas e conforme o item 5.1.3.2.2 da IT 01

(CBMBA, 2016).

Page 45: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

44

i. Memorial descritivo assinado e rubricado pelo responsável técnico em todas as

páginas que não contenham campo para assinatura.

Para protocolar o projeto técnico para análise junto ao CBMBA, os documentos

acima listados devem ser apresentados, juntamente com originais e cópias do

Documento de Arrecadação Estadual (DAE) e do comprovante de pagamento da

taxa referente ao serviço de análise da área indicada no projeto, em no mínimo duas

vias, sendo uma em meio físico e uma em meio eletrônico no formato PDF, contendo

todos os documentos pertinentes ao processo devidamente preenchidos e

assinados.

A partir do protocolo, o órgão técnico do CBMBA dispõe de um prazo de 60

(sessenta) dias para realizar a analise do projeto, a qual é feita por ordem

cronológica de entrada, que só pode ser alterada para o atendimento das ocupações

ou atividades temporárias ou de interesse da administração pública, conforme cada

caso.

3.5.2 Projeto técnico para instalação e ocupação temporária (PTIOT)

O PTIOT deve ser utilizado para apresentação das medidas de segurança contra

incêndio de instalações como circos, parques de diversão, feiras de exposições,

feiras agropecuárias, rodeios, shows artísticos, dentre outras.

Estas instalações devem ser desmontadas e transferidas para outros locais até o

prazo máximo de 6 (seis) meses, sendo que, após este prazo a edificação e áreas

de risco passam a ser regidas pelas regras do item 5.1 da IT 01 (CBMBA, 2016) que

trata sobre Projeto Técnico (PT), uma vez que perdem a característica de

temporaneidade.

Deve ser composto pelos seguintes documentos:

a. Cartão de identificação, conforme Anexo A da IT 01 (CBMBA, 2016);

b. Pasta do Projeto Técnico conforme as exigências do item 5.1.2.2 da IT 01

(CBMBA, 2016);

c. Formulário de segurança contra incêndio de Projeto Técnico (Anexo B da IT 01

(CBMBA, 2016)), o qual deve ser preenchido na íntegra e apresentado como a

primeira folha do Projeto Técnico;

d. Procuração do proprietário, quando este transferir seu poder de signatário;

Page 46: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

45

e. Atestado de brigada de incêndio;

f. ART/RRT do responsável técnico sobre:

1) Elaboração do Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária;

2) Instalação das medidas de segurança contra incêndio;

3) Lona de cobertura de material específico, conforme determinado na IT 10

(CBMBA, 2016) para ocupação com lotação superior a 100 pessoas;

4) Instalação e estabilidade das arquibancadas e arenas desmontáveis;

5) Instalações dos brinquedos de parques de diversão;

6) Instalação e estabilidade dos palcos;

7) Instalação e estabilidade das armações de circos;

8) Instalações elétricas;

9) Grupo motogerador;

10)Outras montagens mecânicas ou eletroeletrônicas.

g. Planta das medidas de segurança contra incêndio da instalação e ocupação

temporária assinadas e contendo adicionalmente todos os requisitos previstos no

item 5.3.3 da IT 01 (CBMBA, 2016);

h. Memorial descritivo da instalação assinado e rubricado pelo responsável técnico

em todas as páginas que não contenham campo para assinatura.

O Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária deve ser apresentado

na seção de protocolo do Órgão técnico competente do CBMBA, juntamente com

originais e cópias do Documento de Arrecadação Estadual (DAE) e do comprovante

de pagamento da taxa referente ao serviço de análise, em três vias, sendo uma em

meio eletrônico no formato PDF com todos os documentos devidamente assinados.

A taxa de análise do PTIOT deve ser calculada de acordo com a área delimitada

a ser ocupada pelo evento, incluindo as áreas edificadas, arenas cobertas,

estandes, barracas, camarotes, arquibancadas cobertas, palcos e similares,

excluindo-se as áreas descobertas destinadas a circulação de pessoas e a

estacionamentos.

Devido à peculiaridade do tipo de instalação ou ocupação, o projeto deve ser

protocolado no setor de análise do Corpo de Bombeiros com o prazo mínimo de 07

(sete) dias de antecedência.

Page 47: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

46

3.5.3 Projeto técnico para ocupação temporária em edificação permanente (PTOTEP)

É o procedimento adotado para evento temporário em edificação e áreas de risco

permanente e deve atender às seguintes exigências:

a. O evento temporário deve possuir o prazo máximo de 06 (seis) meses;

b. A edificação e áreas de risco permanente devem atender às medidas de

segurança contra incêndio previstas no Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015),

juntamente com as exigências para a atividade temporária que se pretende nela

desenvolver;

c. A edificação e áreas de risco permanente devem estar devidamente

regularizadas junto ao CBMBA (devem possuir o AVCB, o CLCB ou a

Autorização para Adequação);

d. Se for acrescida uma instalação temporária em área externa junto da edificação

e áreas de risco permanente, que não constitua risco isolado, deverá esta

instalação ser regularizada de acordo com o item 5.1 da IT 01 (CBMBA, 2016),

que trata de Projeto Técnico (PT);

e. Se no interior da edificação e áreas de risco permanente for acrescida instalação

temporária, tais como boxe, estande, entre outros, prevalece a proteção da

edificação e áreas de risco permanente, desde que atenda aos requisitos para a

atividade temporária em questão;

f. Excepcionalmente, admite-se evento temporário em área descoberta da

edificação permanente sem AVCB, desde que a área a ser utilizada do imóvel

seja considerada risco isolado e atenda as medidas de segurança

compensatórias estabelecidas pelo CBMBA.

Para composição do PTOTEP devem ser observadas as seções 5.1.2 ou 5.3.2,

conforme o caso, da IT 01 (CBMBA, 2016).

Para apresentação do PTOTEP para avaliação junto ao CBMBA devem ser

observadas as seções 5.1.4 ou 5.3.4, conforme o caso, da IT 01 (CBMBA, 2016).

Disposições gerais para apresentação de Projeto Técnico

Page 48: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

47

a) Cada medida de segurança contra incêndio deve ser dimensionada conforme o

critério existente em uma única norma, sendo vedado o uso de mais de um texto

normativo para uma mesma medida de segurança contra incêndio.

b) É permitido o uso de norma estrangeira quando o sistema de segurança

estabelecido oferecer melhor nível de segurança, devendo o responsável técnico

apresentá-la obrigatoriamente anexada ao Projeto Técnico no ato de sua entrega

para análise sempre em seu texto total e traduzida para a língua portuguesa, por

um tradutor juramentado.

c) Todas as páginas dos documentos onde não haja campo para assinatura devem

ser rubricadas pelo responsável técnico.

d) Quando o Projeto Técnico for notificado pelo órgão técnico competente do

CBMBA, o interessado deve encaminhar resposta circunstanciada, por meio de

ofício, esclarecendo as providências adotadas para que o projeto possa ser

reanalisado até a sua aprovação.

e) O pagamento da taxa de análise dá direito a realização de quantas análises

forem necessárias dentro do período de 02 (dois) anos a contar da data de

emissão da primeira notificação.

3.5.4 Projeto técnico simplificado (PTS)

O PTS estabelece procedimentos administrativos diferenciados e medidas de

segurança contra incêndio e pânico necessários para regularização das edificações

de baixo potencial de risco, visando, principalmente, a celeridade no licenciamento

das microempresas, empresas de pequeno porte e microempreendedores

individuais, nos termos do Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015) que regulamenta a Lei

nº 12.929 (BAHIA, 2013) (Lei de Segurança Contra Incêndio e Pânico das

edificações e áreas de risco do Estado da Bahia).

a) PTS regularizado por meio de AVCB

A edificação comportará o PTS quando atender aos seguintes requisitos:

1. Possuir área construída menor ou igual a 750 m², podendo-se desconsiderar:

Page 49: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

48

a. Telheiros, com laterais abertas, destinados à proteção de utensílios, caixas

d’água, tanques e outras instalações desde que não tenham área superior a

10 m²;

b. Platibandas e beirais de telhado com até 3 metros de projeção;

c. Passagens cobertas, de laterais abertas, com largura máxima de 3 metros,

destinadas apenas à circulação de pessoas ou mercadorias;

d. Coberturas de praças de pedágio, desde que não sejam utilizadas para outros

fins e sejam abertas lateralmente;

e. Reservatórios de água, escadas enclausuradas e dutos de ventilação das

saídas de emergência;

f. Piscinas, banheiros, vestiários e assemelhados;

2. Possuir até três pavimentos, podendo ser desconsiderado como pavimento o 1º

subsolo quando usado exclusivamente para estacionamento, sem

abastecimento no local.

3. Não possuir subsolo ocupado como local de reunião de público (Grupo F),

independente da área, bem como outra ocupação diversa de estacionamento

com área superior a 50 m².

4. Ter lotação máxima de 100 (cem) pessoas, quando se tratar de local de reunião

de público (Grupo F, da Tabela 1, do Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015)).

5. Não comercializar gás liquefeito de petróleo – GLP, salvo se postos de revenda

de classes I, II ou III;

6. Não armazenar líquidos inflamáveis ou combustíveis em tanques aéreos para

qualquer finalidade;

7. Não ser posto de abastecimento de combustível.

8. Não armazenar gases inflamáveis em tanques ou cilindros, para qualquer

finalidade, a exceção de central de GLP de até 190 kg.

9. Não manipular ou armazenar produtos perigosos à saúde humana, ao meio

ambiente ou ao patrimônio, tais como: explosivos, peróxidos orgânicos,

substâncias oxidantes, substâncias tóxicas, substâncias radioativas, substâncias

corrosivas e substâncias perigosas diversas.

As edificações que se enquadram nesses requisitos, devem dispor das medidas

de segurança contra incêndio previstas na Tabela 5 do Decreto nº 16.302 (BAHIA,

2015), de acordo com a ocupação, área e altura, sendo resumidas no item 9 da IT

42 (CBMBA, 2016) e devem ser regularizadas junto ao Corpo de Bombeiros Militar

Page 50: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

49

mediante emissão do AVCB após vistoria prévia do Corpo de Bombeiros Militar,

sendo dispensada a apresentação de projeto de segurança contra incêndio para

análise.

Elas deverão apresentar os seguintes documentos:

a. Formulário de Segurança contra Incêndio (Anexo D da IT 42 (CBMBA, 2016)),

disponível no sítio eletrônico do CBMBA, podendo ser via internet em portal

específico ou diretamente na Unidade Bombeiro de Militar da área de situação do

imóvel;

b. Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica (ART/RRT) referente à

instalação e/ou manutenção dos sistemas de segurança contra incêndio, exceto

para edificações térreas com até 200 m² de área construída e saída dos

ocupantes direta para via pública;

c. Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica (ART/RRT) do responsável

técnico sobre os riscos específicos existentes na edificação, tais como: controle

de material de acabamento e revestimento (quando exigido), gases inflamáveis

(teste de estanqueidade), vasos sob pressão (se houver);

d. Recolhimento de taxa correspondente ao serviço de segurança contra incêndio;

e. Planta baixa cotada com indicação dos equipamentos de segurança contra

incêndio e dos riscos especiais, se possuir área superior a 200 m² ou se tratar de

posto de revenda de GLP, caso em que também deverão ser cotados os

afastamentos conforme IT 28 (CBMBA, 2018);

f. Documento comprobatório de área, para edificações inferiores a 200 m².

b) PTS regularizado por meio de CLCB

Dentre as edificações que admitem PTS, serão regularizadas por meio de

Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros, aquelas que se enquadrarem nas

seguintes condições:

1. Possuir área total construída menor ou igual a 750 m², não sendo permitido

desconto de área.

2. Se houver utilização ou armazenamento de GLP para qualquer finalidade,

possuir no máximo 190 Kg de gás.

3. Armazenar ou manipular, no máximo, 250 litros de líquidos combustíveis ou

inflamáveis, fracionados.

Page 51: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

50

4. Se possuir subsolo, a ocupação deste deve ser exclusiva para estacionamento.

5. Não possuir coberturas construídas com fibras de sapé, piaçava e similares, com

área de coberta superior a 200 m².

6. Não possuir qualquer tipo de abertura por meio de portas, telhados ou janelas,

para o interior de edificação adjacente.

7. Não ter na edificação as seguintes ocupações:

a. Grupo A, divisão A-3 (Habitação coletiva) com mais de 16 leitos;

b. Grupo B, divisão B-1 (Hotel e assemelhado) com mais de 16 leitos;

c. Grupo D, divisão D-1 (Local para prestação de serviço profissional ou

condução de negócios), que possua “Call Center” com mais de 100

funcionários;

d. Grupo E, divisões: E-5 (Pré-escola) e E-6 (Escola para portadores de

deficiências);

e. Grupo F, divisões: F-1 (Local onde há objeto de valor inestimável), F-3

(Centro esportivo e de exibição), F-4 (Estação e terminal de passageiro), F-5

(Arte cênica e auditório), F-6 (Clubes sociais e diversão), F-7 (Construção

provisória), F-9 (Recreação pública) e F-10 (Exposição de objetos ou

animais);

f. Grupo H, divisões: H-2 (Local onde pessoas requerem cuidados especiais por

limitações físicas ou mentais) e H-3 (Hospital e assemelhado);

8. Não sejam enquadradas nas seguintes denominações CNAE:

a. 0600-0/01 Extração de petróleo e gás natural;

b. 2092-4/01 Fabricação de pólvoras, explosivos e detonantes;

c. 2092-4/02 Fabricação de artigos pirotécnicos;

d. 2092-4/03 Fabricação de fósforos de segurança;

e. 4789-0/06 Comercial varejista de fogos de artifício e artigos pirotécnicos.

As edificações que também se enquadram nesses requisitos, devem dispor das

medidas de segurança contra incêndio previstas na Tabela 5 do Decreto nº 16.302

(BAHIA, 2015), de acordo com a ocupação, área e altura, sendo resumidas no item

9 da IT 42 (CBMBA, 2016) e devem ser regularizadas junto ao Corpo de Bombeiros

Militar através da emissão do Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros

(CLCB), sendo a vistoria técnica feita em momento posterior, por amostragem, de

acordo com critérios de risco estabelecidos pelos Órgãos Técnicos do CBMBA.

Page 52: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

51

Para estes casos também está dispensada a apresentação de projeto de

segurança contra incêndio para análise, devendo ser apresentados os seguintes

documentos:

Para edificações térreas com até 200 m² de área construída e saída dos ocupantes direta para via pública: a. Declaração do Proprietário ou Responsável pelo Uso (Anexo B da IT 42

(CBMBA, 2016)), disponível no sítio eletrônico do CBMBA, podendo ser via

internet em portal específico ou diretamente na Unidade Bombeiro Militar da área

de situação do imóvel;

b. Recolhimento de taxa correspondente ao serviço de segurança contra incêndio;

c. Documento comprobatório de área.

Para os demais casos: a. Formulário de Avaliação de Risco do Responsável Técnico (Anexo C da IT 42

(CBMBA, 2016)), disponível no sítio eletrônico do CBMBA, podendo ser via

internet em portal específico ou diretamente na Unidade Bombeiro Militar da área

de situação do imóvel;

b. Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica (ART/RRT) referente à

instalação e/ou manutenção dos sistemas de segurança contra incêndio;

c. Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica (ART/RRT) do responsável

técnico sobre os riscos específicos existentes na edificação, tais como: controle

de material de acabamento e revestimento (quando exigido), gases inflamáveis

(teste de estanqueidade), vasos sob pressão, entre outros (se houver);

d. Recolhimento de taxa correspondente ao serviço de segurança contra incêndio;

e. Planta baixa cotada com indicação dos equipamentos de segurança contra

incêndio e dos riscos especiais;

O CLCB deve ser emitido conforme modelo constante no Anexo A da IT 42

(CBMBA, 2016) e possui a mesma eficácia do AVCB para fins de comprovação de

regularização da edificação perante os órgãos.

Prescrições diversas para o PTS

É importante destacar que em empreendimentos localizados dentro de outra

edificação de maior porte (galerias, shopping center) o CLCB e o AVCB só terão

validade caso a edificação principal esteja regularizada.

Page 53: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

52

Nestes casos, se o empreendimento possuir sistemas fixos, tais como alarme e

detecção de incêndio, hidrantes, mangotinhos ou chuveiros automáticos, em virtude

de exigência da edificação de maior porte regularizada, o mesmo deverá apresentar,

independente de área construída, planta baixa localizando esses dispositivos para

fins de regularização conforme a IT 42 (CBMBA, 2016).

3.6 ISOLAMENTO DE RISCO

A propagação do incêndio entre edifícios distintos pode se dar através dos

seguintes mecanismos:

a) Radiação térmica, emitida:

1) Através das aberturas existentes na fachada do edifício incendiado;

2) Através da cobertura do edifício incendiado;

3) Pelas chamas que saem pelas aberturas na fachada ou pela cobertura;

4) Pelas chamas desenvolvidas pela própria fachada, quando esta for composta

por materiais combustíveis.

b) Convecção, que ocorre quando os gases quentes emitidos pelas aberturas

existentes na fachada ou pela cobertura do edifício incendiado atinjam a fachada

do edifício adjacente;

c) Condução, que ocorre quando as chamas da edificação ou parte da edificação

contígua à outra atingem a essa transmitindo calor e incendiando a mesma.

Desta forma, o isolamento de risco tem como objetivo evitar a propagação do

incêndio por radiação de calor, convecção de gases quentes e a transmissão de

chama, garantindo que o incêndio proveniente de uma edificação não propague para

outra.

Trata-se de uma medida de proteção passiva efetivada por meio de parede de

compartimentação sem aberturas ou afastamento entre edificações, destinada a

evitar a propagação do fogo, calor e gases, entre os blocos isolados.

A instrução técnica que traz os requisitos para se considerar uma edificação

como risco isolado em relação às outras adjacentes na mesma propriedade é a

Instrução Técnica Nº 07 – Separação entre edificações (isolamento de risco)

(CBMBA, 2016).

Page 54: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

53

Ao se garantir o risco isolado, o projetista de segurança contra incêndio tem a

possibilidade de prever as exigências de medidas de segurança contra incêndio de

uma edificação de forma independente em relação à edificação adjacente, podendo

dessa forma obter projetos mais simples e econômicos.

É importante ressaltar, entretanto, que apesar de ser uma medida de segurança

de extrema importância na garantia da não propagação de um incêndio, quando se

trata de edificações de propriedades distintas, ou seja, edificações localizadas em

lotes distintos, com plantas aprovadas pela Prefeitura Municipal separadamente,

sem qualquer tipo de abertura ou comunicação de área, a IT 07 (CBMBA, 2016)

passa a ser recomendatória.

A IT 07 (CBMBA, 2016) traz três métodos de isolamento de risco entre

edificações:

1. Isolamento de risco por distância de separação entre fachadas Este critério é utilizado quando as edificações possuem a mesma altura ou

alturas distintas.

Ele se baseia em um cálculo de distância mínima de separação que leva em

consideração o nível de radiação proveniente da edificação em chamas e a

existência ou não de corpo de bombeiros militar no município.

O nível de radiação está associado à severidade do incêndio, à área de

aberturas existentes e à resistência ao fogo dos vedos e dentre os vários fatores que

determinam a severidade de um incêndio, dois possuem importância significativa e

estão relacionados com o tamanho do compartimento incendiado (vide Tabela 1 da

IT 07 (CBMBA, 2016)) e a carga de incêndio da edificação (vide Tabela 2 da IT 07

(CBMBA, 2016)).

Feita essas observações é possível apresentar a fórmula geral para o

dimensionamento:

D = “D” x (menor dimensão entre largura ou altura do setor considerado) + “E”,

onde:

a. “D” = distância de separação em metros;

b. “D” = coeficiente obtido da Tabela A-1, em função da relação (divide-se o maior

parâmetro pelo menor do setor da fachada considerado: largura/altura ou

altura/largura), da porcentagem de aberturas (“y”) do setor considerado e da

classificação de severidade (conforme carga de incêndio da edificação);

Page 55: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

54

c. “E” = coeficiente de segurança que assume os valores de 1,5 m (E�� ou de 3 m

(E��, conforme a existência ou não de corpo de bombeiros militar no município,

respectivamente.

É importante destacar que o cálculo deve ser refeito para os outros edifícios dos

quais se pretende isolar o risco, obtendo-se novas distância “D” de separação,

empregando-se para o isolamento do risco a maior distância encontrada.

Figura 1: Distância de segurança

Fonte: IT 07 (CBMBA, 2016).

2. Isolamento de risco por distância de separação entre cobertura e fachada Este critério é utilizado quando a cobertura da edificação mais baixa não atende

ao TRRF estabelecido na Tabela A da IT 08 (CBMBA, 2016), devendo neste caso

serem observadas as distâncias estabelecidas na Tabela 4 da IT 07 (CBMBA, 2016).

É importante destacar que quando as edificações tiverem alturas diferenciadas,

deve-se adotar a distância de separação mais rigorosa, dimensionando as

separações pelo primeiro método descrito acima para os dois edifícios envolvidos, e

pelo segundo método para o edifício mais baixo.

Page 56: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

55

Figura 2: Distância de segurança entre a cobertura e a fachada

Fonte: IT 07 (CBMBA, 2016).

3. Isolamento de risco através de proteção por paredes corta-fogo em

edificações contíguas (geminadas) Segundo a IT 07 (CBMBA, 2016), essa parede deverá atender alguns critérios:

a. Ser dimensionada de acordo com os ensaios realizados em laboratórios técnicos

oficiais ou normas técnicas, em função do material empregado, devendo o

conjunto apresentar as características de isolamento térmico, estanqueidade e

estabilidade;

b. Ultrapassar 1 m, acima dos telhados ou das coberturas dos riscos, exceto se

existir diferença de altura nas paredes, de no mínimo 1 m entre dois telhados ou

coberturas;

c. Ser capaz de permanecer estável quando a estrutura do telhado entrar em

colapso;

d. Ter resistência suficiente para suportar, sem grandes danos, impactos de cargas

ou equipamentos normais em trabalho dentro da edificação;

e. Possuir tempo mínimo de resistência ao fogo igual ao TRRF da estrutura

principal, porém, nunca inferior a 120 min;

f. Possuir afastamento mínimo de 2 m entre as aberturas situadas em lados

opostos, a exceção de aberturas que estejam contidas em compartimentos

considerados áreas frias (banheiro, vestiário, caixa de escada ou outra ocupação

sem carga de incêndio), com ventilação permanente. Esta distância pode ser

Page 57: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

56

substituída por uma aba vertical, perpendicular ao plano das aberturas, com 90

cm de saliência, a qual deve ser solidária à estrutura da parede corta-fogo;

g. Não possuir nenhum tipo de abertura, mesmo que protegida. Figura 3: Parede corta fogo

Fonte: IT 07 (CBMBA, 2016).

Page 58: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

57

4 MÉTODO DE PESQUISA

Este capítulo descreve a abordagem e as atividades metodológicas adotadas no

presente trabalho.

4.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA

Este trabalho utilizou como estratégia a pesquisa de campo, em que se buscou,

através da disponibilização de um check list preliminar a projetistas de segurança

contra incêndio e analistas de projetos do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia e

posterior entrevista realizada para análise de resultados, verificar se os itens

normativos das medidas de segurança exigidas para as edificações em estudo mais

comumente notificados estão nele contemplados e se as causas dessas

notificações, seja por erro de dimensionamento de um item da medida ou ausência

de previsão de informação necessária para o seu completo dimensionamento seriam

minimizadas, ou até mesmo eliminadas através da utilização da lista de verificação

proposta.

Foi também pesquisado junto aos Corpos de Bombeiros Militares dos estados do

Piauí, São Paulo, Distrito Federal, Goiás e Espírito Santo se os mesmos possuíam

listas de verificações de projetos e quais itens normativos eram julgados por eles

como imprescindíveis de se constarem nos projetos de segurança contra incêndio

de forma a estarem dimensionados garantindo-se um razoável nível de segurança.

De posse desses dados, foi realizada a revisão da lista de verificação

inicialmente criada de forma a conter em sua concepção final, informações para o

dimensionamento das medidas de segurança da forma mais clara e instrutiva

possível, visando municiar os projetistas de segurança contra incêndio de um

embasamento teórico prático do que é necessário possuir de conhecimento prévio

para a concepção de um projeto de segurança contra incêndio e pânico atendendo

às normas técnicas pertinentes.

Page 59: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

58

4.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA

REVISÃO DA LITERATURA

PREPARAÇÃO DO LEVANTAMENTO DE DADOS LEVANTAMENTO DE DADOS ANÁLISE DOS DADOS

Definição das medidas de segurança contra incêndio e pânico a serem estudadas

Resumo das normas técnicas aplicáveis e dos

trabalhos técnicos selecionados

Revisão do check list preliminar segundo o Manual Técnico da ANVISA e IT 02 do

CBPMESP

Definição das Instruções Técnicas e NBR aplicadas às medidas de segurança

selecionadas

Coleta de informações dos Corpos de Bombeiros Militares de outros estados da

federação

Revisão do check list preliminar segundo normas técnicas e materiais de cursos de

outros CBM

Definição de trabalhos existentes contendo check list que contemplam as medidas de

segurança em estudo Elaboração do check list preliminar Revisão do check list preliminar conforme

entrevista com projetistas e analistas

Definição dos Corpos de Bombeiros Militares de outros estados que possuem publicações de listas de verificação e materiais aplicados

em cursos

Encaminhamento do check list preliminar para avaliação dos projetistas e analistas

Tratamento dos dados coletados e formatação final do check list

Definição do conjunto amostral de projetistas

e analistas para aplicação da lista de verificação preliminar

ELABORAÇÃO DA LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA OS PROJETOS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

Page 60: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

59

4.3 DETALHAMENTO DAS ETAPAS DA PESQUISA

Foram realizadas as seguintes etapas: revisão da literatura (Instruções Técnicas

do CBMBA, Normas Brasileiras Registradas – NBRs – da ABNT e trabalhos

técnicos) com síntese das normas de segurança contra incêndio; consulta a Corpos

de Bombeiros Militares de outros estados sobre o que é por eles aplicado através de

listas de verificação e ensinamentos nos cursos de formação, especialização e

aperfeiçoamento; elaboração de um check list preliminar a partir da revisão da

literatura e da consulta aos Corpos de Bombeiros Militares dos estados do Piauí,

São Paulo, Distrito Federal, Goiás e Espírito Santo; apresentação do check list a

projetistas de segurança contra incêndio e analistas do Corpo de Bombeiros Militar

da Bahia para avaliação; análise e tratamento dos dados das entrevistas e

documentações colhidas e elaboração do check list final para aplicação nos PSCIP

no estado da Bahia.

4.3.1 Revisão bibliográfica

Nesta etapa buscou-se sintetizar as normas de segurança contra incêndio

(Instruções Técnicas do CBMBA e Normas Brasileiras Registradas – NBRs – da

ABNT) específicas às medidas de segurança exigidas para as edificações em

estudo (prédios residenciais, comerciais e de escritórios), tornando-as visualmente

mais atrativas e fáceis de consultar, vez que foi realizado um encadeamento de

informações que o projetista pode seguir para dimensionar com maior precisão e

segurança essas medidas, as quais foram apresentadas no check list preliminar.

O principal trabalho técnico revisado foi o Manual de Segurança Contra Incêndio

em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (ANVISA, 2014) da Anvisa, de onde

foram extraída informações já condensadas das normas para composição do check

list preliminar e a Instrução Técnica Nº 02 - Conceitos básicos de segurança contra

incêndio (CBPMESP, 2018) do Corpo de Bombeiros Militar de São Paulo, em que

foram resumidos alguns conceitos para composição das orientações abaixo

apresentadas no capítulo de “APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS” e foram

obtidas algumas informações para composição da lista de verificação.

Outro importante trabalho consultado para a composição da lista de verificação

foi a publicação de João Cândido Fernandes (Leis e Normas brasileiras sobre

Page 61: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

60

prevenção de incêndios), disponível em:

http://wwwp.feb.unesp.br/jcandido/higiene/artigos/prevencao_inc.htm, onde o mesmo

traz em um capítulo específico comentários dos “ERROS DE PROJETO MAIS

FREQUENTES”. Essas informações foram analisadas e contempladas no check list

proposto através dos itens normativos referentes a cada erro por ele identificado.

4.3.2 Consulta a corpos de bombeiros militares de outros estados

Foram consultados os órgãos técnicos dos Corpos de Bombeiros Militares dos

seguintes estados: Piauí, São Paulo, Distrito Federal, Goiás e Espírito Santo, e

verificado o que era por eles ensinado nos cursos de formação, especialização e

aperfeiçoamento dos bombeiros militares que seriam capacitados para analisarem

projetos de segurança contra incêndio e pânico, bem como o que era por eles

disponibilizado em listas de verificações para serem utilizadas pelos analistas e

consultadas pelos projetistas de segurança contra incêndio.

O material disponibilizado foi exaustivamente estudado, sendo comparado e

compatibilizado a legislação e normas de segurança contra incêndio do estado da

Bahia, em um primeiro momento, para elaboração de um check list preliminar, e

posteriormente, após a entrevista e feed back desse check list, para revisá-lo.

4.3.3 Elaboração do check list preliminar e avaliação dos projetistas e analistas do CBMBA

Após a elaboração do check list preliminar baseado na revisão bibliográfica das

Instruções Técnicas do CBMBA, NBRs, Manual Técnico da ANVISA e demais

trabalhos técnicos já citados, bem como da coleta de informações extraídas dos

CBMs acima referenciados em seus materiais de cursos, listas de verificação e

normas contendo check list para analistas e projetistas, foi disponibilizado esse

material prévio para avaliação de 03 (três) projetistas e 02 (dois) analistas do

CBMBA.

A avaliação proposta visou verificar se os itens normativos das medidas de

segurança exigidas para as edificações em estudo mais comumente notificados

estão nele contemplados e se as causas dessas notificações, seja por erro de

Page 62: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

61

dimensionamento de um item da medida ou ausência de previsão de informação

necessária para o seu completo dimensionamento seriam minimizadas, ou até

mesmo eliminadas através da utilização da lista de verificação proposta.

Foi solicitada nessa análise que fosse avaliada a pertinência dos itens

constantes nessa lista de verificação para uso dos projetistas na elaboração dos

seus PSCIP, apresentando o material utilizado como fonte e o seu objetivo instrutivo,

além da necessidade de se conter itens para dimensionamento completo das

medidas de segurança estudadas. Para tanto, foi disponibilizado o arquivo do check

list preliminar e requerido que nesta avaliação os itens considerados como

impertinentes de se constarem em lista de verificação fossem sinalizados em

vermelho para sua retirada e os itens julgados como importantes e ausentes, fossem

acrescidos com a sinalização em azul para avaliação, sendo sempre a justificativa

de retirada ou acréscimo do item indicada entre parênteses no arquivo fornecido.

4.3.4 Revisão e formatação do check list final

De posse do feed-back obtido juntos aos projetistas e analistas, a lista de

verificação preliminar foi revisada, sendo novamente confrontada com os já citados

documentos, os quais estão também listados no capítulo de “APRESENTAÇÃO

DOS RESULTADOS”, abaixo, obtendo-se uma formatação final da lista de

verificação proposta como produto deste trabalho.

Page 63: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

62

5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Este capítulo apresenta o levantamento de requisitos normativos para as

principais medidas de segurança contra incêndio e pânico, sendo consolidado como

um guia de orientações e procedimentos para os projetistas de segurança contra

incêndio na elaboração de projetos que contenham as informações normativas

relativas ao dimensionamento das principais medidas de segurança exigidas para as

edificações residenciais, comerciais e de escritórios.

Ao final de cada medida de segurança contra incêndio e pânico, analisada e

confrontada com as normas abaixo citadas, encontram-se observações pertinentes à

itens verificados que não se encontram nas normas aplicadas pelo CBMBA ou com

elas diferem em algum requisito específico, sendo importante, desta forma, de

serem evidenciados.

Como produto final, apresenta-se uma lista de verificação validada por projetistas

e analistas de projetos do CBMBA, de forma a ser utilizada como ferramenta para

elaboração e análise de projetos de segurança contra incêndio e pânico, visando à

otimização das atividades realizadas.

5.1 MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EXIGIDAS

Esta seção apresenta o levantamento de requisitos normativas relativo ao

dimensionamento das principais medidas de segurança contra incêndio e pânico

exigidas para as edificações residenciais, comerciais e de escritórios, tomando como

base os seguintes documentos pesquisados e utilizados pelo Corpo de Bombeiros:

a) Instrução Técnica Nº 02 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio, do

Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP,

2018);

b) Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de

Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2014);

c) Lista de Verificação de Análise de Projetos, do Corpo de Bombeiros Militar do

Distrito Federal (CBMDF, 2016);

d) Norma Técnica Nº 45 - Check List – Sumário Técnico para Orientação de

Inspeções e Elaboração de Projetos, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado

de Goiás (CBMGO, 2012);

Page 64: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

63

e) Norma Técnica Nº 01 - Procedimentos Administrativos, Parte 06 - Checklists de

Vistoria das Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico e de Áreas de

Risco, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo (CBMES,

2018);

f) NBR e IT específicas para cada medida de segurança contra incêndio e pânico

avaliada.

5.1.1 Acesso de viatura na edificação

A Instrução Técnica Nº 06/2016 (IT 06) do CBMBA tem como objetivo

estabelecer as condições mínimas para o acesso de viaturas de bombeiros nas

edificações, estruturas e áreas de risco, visando o emprego operacional do Corpo de

Bombeiros Militar da Bahia.

Este acesso deve ser assegurado através de vias trafegáveis com prioridade

para a aproximação e operação dos veículos e equipamentos de emergência juntos

às edificações e instalações industriais.

A IT 06 (CBMBA, 2016) é obrigatória para as seguintes edificações, estruturas ou

áreas de risco:

a) Centros esportivos e de exibição ou eventos temporários nos termos da IT 12 –

Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio

(CBMBA, 2016);

b) Estabelecimentos destinados à restrição de liberdade nos termos da IT 39 -

Estabelecimentos destinados à restrição de liberdade (CBMBA, 2016);

c) Locais que possuam sistema de proteção por espuma ou por resfriamento nos

termos da IT 25 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e

inflamáveis (ainda não editada pelo CBMBA. Consultar a IT 25/2018 do

CBPMESP).

Em que pese para as demais edificações essa instrução ser recomendatória, o

Corpo de Bombeiros alerta quanto à importância dessa acessibilidade de forma a

garantir um início de combate ao incêndio mais rápido; montagem de menores

quantidades de linhas de mangueiras, reduzindo-se assim as perdas de cargas e

facilitando o trabalho dos bombeiros; aproximação de viaturas com escadas e

plataformas com a finalidade de realização de salvamento pelas fachadas;

resfriamento de fachadas com o objetivo de confinamento do incêndio e de se evitar

Page 65: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

64

sua propagação para edificações adjacentes; acesso ao hidrante de recalque que

deve se situar na fachada da edificação ou no passeio próximo a sua entrada, dentre

outros objetivos.

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais

de Saúde (ANVISA, 2014): Um importante documento que traz algumas recomendações que devem ser

seguidas com vistas ao acesso de viaturas à edificação é o Manual de Segurança

Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (ANVISA, 2014).

Nele é previsto que pelo menos uma das fachadas do Estabelecimento

Assistencial de Saúde (EAS) tenha acesso livre e desimpedido para as viaturas do

corpo de bombeiros, através de uma faixa de estacionamento dedicada, localizada

a menos de 8,00 m da projeção da edificação e são estabelecidos critérios

construtivos para essas faixas, como comprimento mínimo de 15,00 m, largura

mínima de 6,00 m, inclinação máxima de 8% e suporte de peso de pelo menos 45

toneladas.

O “Formulário de avaliação simplificada de condições de segurança contra incêndio”, constante no Anexo do citado documento, traz itens de verificação com

relação a esta faixa de estacionamento reservada e se a mesma está sinalizada

com “proibido estacionar” e desobstruída, bem como se foi assegurada a largura mínima de 6,00 m para estacionamento e operação das viaturas de combate a

incêndio.

Este manual também sinaliza que os registros externos de recalques dos

sistemas de chuveiros automáticos e de hidrantes devem ser preferencialmente

disponibilizados junto à “faixa de estacionamento” mais favorável.

Análise de informações: Os requisitos referentes à faixa de estacionamento dedicada e sua sinalização,

bem como da desobstrução dos registros externos de recalque não constam na IT

06 (CBMBA, 2016), existindo referências para esses itens nas IT 20 (CBMBA, 2017)

e 22 (CBMBA, 2016), respectivamente.

Page 66: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

65

II. Norma Técnica Nº 45/2012, do CBMGO: A Norma Técnica Nº 45/2012 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás

(CBMGO), traz um Check List – Sumário técnico para orientação de inspeções e

elaboração de projetos, onde também se verifica a preocupação com relação a

aproximação da viatura do corpo de bombeiros ao hidrante de recalque.

Análise de informações: O requisito referente a aproximação da viatura do CBMBA ao hidrante de

recalque não consta na IT 06 (CBMBA, 2016), existindo referências para esse item

na IT 22 (CBMBA, 2016).

III. Norma Técnica Nº 01/2018, Parte 06, do CBMES: Um recente documento de referência para as vistoriais dos corpos de bombeiros

militares do Brasil e que muito auxiliará na elaboração dos projetos de segurança

contra incêndio e pânico é a Norma Técnica Nº 01/2018 – Procedimentos

Administrativos, Parte 06 - Checklists de vistoria das medidas de segurança contra

incêndio e pânico e de áreas de risco, do corpo de bombeiros militar do estado do

Espírito Santo (CBMES) que traz em seu anexo específico (Anexo A.3) os

parâmetros de altura livre e largura mínimas de vias e guaritas de acesso ou

outros acessos subterrâneos às edificações.

IV. Instrução Técnica Nº 06/2016, do CBMBA: Desta forma, analisando os documentos acima apresentados e de modo a se

garantir o acesso da viatura do corpo de bombeiros às edificações, a IT 06 do

CBMBA traz alguns requisitos, os quais devem ser seguidos pelos projetistas:

a) Largura mínima de via: 6 m;

b) Suporte de carga de via para viaturas de 25 toneladas distribuídas em dois eixos;

c) Altura livre na via de pelo menos 4,5 m;

d) Caso haja portão de acesso que ele possua pelo menos 4 m de largura e 4,5 m

de altura.

Page 67: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

66

Figura 4: Via de acesso

Fonte: IT 06 (CBMBA, 2016).

Figura 5: Via de acesso

Fonte: IT 06 (CBMBA, 2016).

Outra importante recomendação da IT 06 (CBMBA, 2016) é que, caso as vias de

acesso tenham extensão superior a 45 m, estas deverão possuir retornos

compatíveis com a dimensão do caminhão do corpo de bombeiros, sendo sugeridos

alguns modelos em seu Anexo B. Figura 6: Retorno circular

Fonte: IT 06 (CBMBA, 2016).

Figura 7: Retorno em formato de “Y”

Figura 8: Retorno em formato de “T”

5.1.2 Segurança estrutural contra incêndio

Durante um incêndio a estrutura do edifício como um todo estará sujeita a

esforços decorrentes de deformações térmicas, e os seus materiais constituintes

estarão sendo afetados (perdendo resistência) por atingir temperaturas elevadas.

Page 68: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

67

O efeito global das mudanças promovidas pelas altas temperaturas alcançadas

nos incêndios sobre a estrutura do edifício traduz-se na diminuição progressiva da

sua capacidade portante, podendo resultar que, em determinado instante, o esforço

atuante em uma seção se iguale ao esforço resistente, ocorrendo o colapso do

elemento estrutural.

A capacidade dos elementos estruturais de suportar por determinado período a

ação de um incêndio, se denomina de resistência ao fogo, e permite preservar a

estabilidade estrutural do edifício.

A ação térmica no aço ou no concreto armado é traduzida pela redução de suas

propriedades mecânicas, ou seja, há a redução progressiva de resistência e rigidez

em função da elevação da temperatura (SILVA, et al., 2003). De maneira análoga, a

capacidade das estruturas mistas, das estruturas de madeira, de alumínio e de

alvenaria estrutural é afetada pela ação do fogo.

Os elementos de madeira sofrem carbonização na superfície exposta ao fogo,

reduzindo a área resistente e realimentando o incêndio. A região central recebe

proteção proporcionada pela camada carbonizada (SILVA, 2012).

O concreto armado é um material constituído por vários materiais. Em situação

normal, ou seja, à temperatura ambiente, o concreto comporta-se como um material

homogêneo, porém a altas temperaturas, a heterogeneidade do concreto armado é

realçada e verificam-se dilatações térmicas diferentes de seus componentes,

exercendo pressões nos poros do concreto devido à evaporação da umidade, as

quais conduzem à formação de tensões térmicas na microestrutura do concreto

endurecido. Essas tensões levam à fissuração excessiva e potencializam o

enfraquecimento do concreto (COSTA, et al., 2003).

Dentre as formas de desagregação por que passa o concreto armado quando

aquecido, destaca-se o fenômeno do “spalling”, que pode assumir um caráter

imprevisível, durante os primeiros minutos de incêndio (COSTA, et al., 2003).

O aumento crescente das fissuras no curso do incêndio reduz ainda mais a

resistência residual do concreto, porém, se lascamentos e fissurações excessivos

ocorrerem, a armadura de aço pode fragilizar-se rapidamente devido à exposição ao

calor intenso e levar o elemento estrutural à ruína. Dessa forma, os danos

progressivos do concreto podem colocar em grave risco as ações de salvamento e

combate ao fogo na edificação (SILVA, et al., 2003).

Page 69: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

68

A segurança estrutural contra incêndio das edificações, estruturas e áreas de

risco é assegurada através do estabelecimento de Tempos Requeridos de

Resistência ao Fogo (TRRF) mínimos dos elementos estruturais e de

compartimentação que integram essas edificações para que, em situação de

incêndio, seja evitado o colapso estrutural por tempo suficiente para possibilitar a

saída segura das pessoas e o acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.

A diferença entre o TRRF e a resistência ao fogo dos elementos construtivos é

que, enquanto o segundo é a propriedade de um elemento de construção de resistir

à ação do fogo por um determinado período de tempo, mantendo sua integridade,

isolação térmica e estanqueidade ou características de vedação aos gases e

chamas, o primeiro trata-se do tempo de duração da resistência ao fogo dos

elementos construtivos de uma edificação estabelecida em normas, de modo a

possibilitar a saída dos ocupantes da edificação em condições de segurança;

garantir condições razoáveis para o emprego de socorro público; permitir o acesso

operacional de viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com tempo hábil

para exercer as atividades de salvamento (pessoas retidas) e combate a incêndio

(extinção) e evitar ou minimizar danos ao próprio prédio, às edificações adjacentes,

à infraestrutura pública e ao meio ambiente.

A instrução que trata dessa matéria é a Instrução Técnica Nº 08 – Resistência ao

fogo dos elementos de construção (CBMBA, 2016), a qual traz em seu Anexo A os

TRRF mínimos exigidos para as edificações a depender de sua ocupação/uso e de

sua altura.

A IT 08 (CBMBA, 2016) apresenta as seguintes metodologias para comprovação

do TRRF:

a) Execução de ensaios específicos de resistência ao fogo em laboratórios;

b) Atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultados obtidos em ensaios de

resistência ao fogo;

c) Modelos matemáticos (analíticos) devidamente normatizados ou

internacionalmente reconhecidos.

A IT 08 (CBMBA, 2016) estabelece também que para os elementos de

compartimentação, admitem-se as metodologias “a” e “b” e que para os elementos

estruturais, as três metodologias podem ser aceitas.

Esta IT apresenta ainda alguns ensaios já realizados de resistência ao fogo,

onde foram avaliados também a integridade, estanqueidade e isolação térmica das

Page 70: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

69

paredes de alvenarias (Anexo B), a depender de sua constituição: tipo de tijolo (de

barro cozido ou cerâmico de 8 furos), bloco vazado de concreto ou de concreto

armado monolítico sem revestimento, e do traço e espessura de sua argamassa; e

das paredes em chapas de gesso para drywall (Anexo C), a depender de sua

espessura, largura e espaçamento da estrutura de aço, e das características das

chapas de gesso em cada lado da estrutura.

O Anexo D da citada IT traz o método do tempo equivalente para a redução do

TRRF, a qual está limitada a 30 min dos valores dos TRRF constantes da Tabela A,

do Anexo A, da IT 08 (CBMBA, 2016). Este método entretanto não pode ser aplicado

a edificações do grupo L (explosivos) e das divisões M1 (túneis); M2 (parques de

tanques) e M3 (centrais de comunicação e energia).

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de

segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (ANVISA, 2014): Este manual recomenda, para os tempos mínimos requeridos, consultar o

disposto na NBR 14.432 – Exigências de resistência ao fogo de elementos

construtivos das edificações (ABNT, 2001) e para fins de dimensionamento das estruturas, consultar a NBR 14.323 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas

mistas de aço e concreto de edifícios em situação de incêndio (ABNT, 2013) e a

NBR 15.200 – Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio (ABNT,

2012).

Ele prevê também, para se atingir o TRRF solicitado, possibilidades de soluções

mistas com o emprego de barreiras térmicas com o uso de materiais de revestimento resistentes ao fogo, como o próprio concreto (placas pré-moldadas

ou ainda moldado “in loco”), fibras minerais projetadas, fibras cerâmicas rígidas ou

semirrígidas (envelopamento), gesso acartonado (em placas), tintas intumescentes e

outros.

Em seu “Formulário de avaliação simplificada de condições de segurança contra incêndio”, constante no Anexo do citado manual, é notória a preocupação

com relação às estruturas metálicas e suas proteções ou revestimentos especiais.

Page 71: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

70

São exigidos ainda laudos técnicos atestando a segurança estrutural dos

elementos, cobertura e telhado, emitido a menos de 02 (dois) anos.

II. Norma Técnica Nº 01/2018, Parte 06, do CBMES: Esta norma como já fora dito tem a preocupação de padronizar procedimentos

para realização de vistoriais, porém alguns itens de verificação são importantes de

serem evidenciados como a exigência em se cobrar a ART/RRT do profissional

responsável pela execução do projeto de segurança contra incêndio dos elementos da construção, onde deve constar, no campo de “Observações”, a

seguinte descrição: “Serviço de execução do projeto de segurança contra incêndio

dos elementos da construção realizado conforme NT 09 do CBMES” (Anexo A.5). A

Norma Técnica Nº 09 (CBMES, 2010) referida trata da Segurança contra incêndio

dos elementos de construção.

III. Instrução Técnica Nº 08/2016, do CBMBA: Essa IT traz em seu Anexo A os tempos requeridos de resistência ao fogo

(TRRF) que devem ser alcançados pelos elementos construtivos das edificações. Quadro 9: Tempos requeridos de resistência ao fogo

Fonte: IT 08 (CBMBA, 2016).

Page 72: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

71

Ela também apresenta em seus Anexos B e C tabelas contendo os tempos de

resistência ao fogo de paredes de alvenaria e em chapas de gesso, já ensaiadas. Quadro 10: Resistência ao fogo para alvenarias

Fonte: IT 08 (CBMBA, 2016).

Quadro 11: Resistência ao fogo para alvenarias

Fonte: IT 08 (CBMBA, 2016).

Page 73: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

72

Propõe ainda os seguintes métodos analíticos para dimensionamento dos

elementos estruturais em situação de incêndio:

a) Para o dimensionamento dos elementos estruturais de aço em situações de

incêndio a IT 08 indica a adoção da ABNT NBR 14323 - Projeto de estruturas de

aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em situação de

incêndio (ABNT, 2013), recomendando que a temperatura crítica do aço seja

tomada como um valor máximo de 550ºC.

b) Para o dimensionamento dos elementos estruturais de concreto em situações

de incêndio a norma adotada é a ABNT NBR 15200 - Projeto de estruturas de

concreto em situação de incêndio (ABNT, 2012).

c) Os demais materiais estruturais devem, na ausência de normas nacionais,

adotar o Eurocode em sua última edição, ou norma similar reconhecida

internacionalmente.

Para todos os elementos estruturais aceita-se também o dimensionamento

através de ensaios de resistência ao fogo de acordo com a ABNT NBR 5628 -

Componentes construtivos estruturais - Determinação da resistência ao fogo (ABNT,

2001).

Os elementos de construção em madeira de edificações com área construída

superior a 750 m² devem sempre possuir tratamento retardante ao fogo

Para as coberturas e mezaninos, esta IT exige que no mínimo, eles possuam o

TRRF exigido para as estruturas principais da edificação, caso não atendam os

requisitos de isenção previstos em seu Anexo A.

Os subsolos devem possuir TRRF estabelecido em função da ocupação a que

pertencer, conforme Anexo A.

São estabelecidos também TRRF mínimos para inúmeros elementos de

compartimentação e paredes divisórias de unidades autônomas.

Os materiais de revestimento contra o fogo deverão ter seus desempenhos e

propriedades térmicas ensaiadas em laboratório nacional ou estrangeiro

reconhecido internacionalmente e caso sejam utilizados, deve ser apresentado um

Memorial de segurança contra incêndio dos elementos de construção, conforme

requisitos citados na IT 08 (CBMBA, 2016).

Page 74: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

73

5.1.3 Compartimentação horizontal (áreas)

A compartimentação horizontal se destina a impedir a propagação de incêndio no

pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal, evitando assim que

grandes áreas sejam afetadas, dificultando sobremaneira o controle do incêndio,

aumentando o risco de ocorrência de propagação vertical e aumentando o risco à

vida humana.

A compartimentação horizontal pode ser obtida pelos seguintes dispositivos:

a) Paredes e portas corta-fogo;

b) Vedadores corta-fogo nas aberturas de passagens exclusivas de materiais;

c) Registros corta-fogo nos dutos que transpassam as paredes corta-fogo;

d) Selagem corta-fogo da passagem de cabos elétricos e tubulações das paredes

corta-fogo;

e) Afastamento horizontal entre janelas de setores compartimentados.

A Instrução Técnica Nº 09 (CBMBA, 2016) traz em seu Anexo B, a tabela de área máxima de compartimentação, de forma a se dividir o edifício em células

capacitadas a suportar a queima dos materiais combustíveis nelas contidos,

impedindo o alastramento do incêndio.

A IT 09 (CBMBA, 2016) traz ainda as características construtivas que os

ambientes compartimentados horizontalmente devem possuir através de exigências

para as paredes corta-fogo e afastamento entre aberturas; a proteção que deve

haver nas aberturas das paredes corta-fogo, através dos elementos corta-fogo

apresentados acima (portas, vedadores, selos e registros corta-fogo), bem como as

características de resistência ao fogo que essas paredes e seus elementos de

proteção devem possuir.

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais

de Saúde (ANVISA, 2014): O manual da ANVISA, assim como a IT 11 (CBMBA, 2016), traz a possibilidade

de utilização da compartimentação no pavimento como substituta a implantação

da área de refúgio, desde que se divida o pavimento em pelo menos dois

Page 75: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

74

compartimentos distintos, tendo cada um deles acesso direto a pelo menos uma

saída de emergência (escada e/ou rampa).

Traz a preocupação, ainda na fase de definição do partido arquitetônico, de

resolver as diversas questões ligadas à compartimentação da edificação, para que

as compatibilizações necessárias entre as complexas infraestruturas de instalações sejam mais facilmente resolvidas, possibilitando que as interfaces dos

diversos sistemas (ex.: sistema de condicionamento de ar, instalações elétricas etc)

sejam corretamente solucionadas ainda na fase de concepção.

Prevê também no projeto, que cada compartimento contra incêndio deve

apresentar, no mínimo, duas saídas distintas, independentes e preferencialmente

localizadas em lados opostos, sendo uma, obrigatoriamente, uma rampa ou escada

de emergência e a segunda, preferencialmente a passagem para um compartimento

horizontal adjacente ou ainda uma segunda escada de emergência.

O manual apresenta recomendações de áreas de compartimentação e de

TRRF por ambiente da EAS, classificando ainda seu risco. Ambientes com risco

alto, como central e depósito de gases, centros cirúrgicos e obstétricos, cozinha e

serviço de nutrição, depósitos de inflamáveis e combustíveis, elevadores e monta-

cargas, farmácias, laboratórios, lavanderias, medição e transformação de energia

elétrica, oficinas, salas de caldeiras ou de motogeradores, e subsolos ou garagens,

deve sempre ser compartimentado e não devem possuir comunicação direta com as

rotas de fuga, devendo ser providos de antecâmaras.

Ele apresenta ainda sugestões e recomendações com relação a

compartimentação de:

a) Centros cirúrgicos, centros obstétricos, medicina nuclear e demais áreas críticas,

que devem ser compartimentados em pelo menos dois setores distintos, de

modo a não haver parada completa do espaço ou serviço;

b) Paredes divisórias entre quartos e/ou enfermarias, entre si, e entre essas

unidades e as rotas de fuga (corredores, halls de acesso ou de distribuição), e

suas portas, que devem possuir TRRF de pelo menos 60 min e 30 min respectivamente;

c) Instalação de monta-cargas ou “tubo de queda” (chute) para uso de roupa suja

que devem estar localizados em uma prumada vertical de salas fechadas

específicas (antecâmaras), devidamente compartimentadas com TRRF mínimo

Page 76: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

75

de 120 min, devendo ainda suas portas corta-fogo serem providas de molas

aéreas para fechamento automático, não podendo permanecer abertas;

d) Locais destinados à casa de máquinas, equipamentos de medição e

transformação de energia elétrica, sala de motogeradores, áreas destinadas ao

depósito de inflamáveis ou depósito de combustível, depósito de gases,

farmácias gerais, centro de material esterilizado, casa de bombas de incêndio,

sala de segurança e/ou da brigada de incêndio, que deverão se constituir em

setores de incêndio, delimitados por elementos resistentes ao fogo com TRRF 120 minutos;

e) Demais áreas que apresentam risco de incêndio elevado com relação ao risco

médio encontrado nas edificações assistenciais de saúde que devem ser

adequadamente compartimentadas por elementos construtivos com TRRF 60 minutos.

f) São sugeridas áreas máximas de compartimentação em função do tipo do

EAS e sua altura, não se considerando quebra de compartimentação vertical a

interligação de até 3 pisos ou pavimentos consecutivos, por intermédio de átrio,

escadas, rampas de circulação ou escadas rolantes, desde que o somatório de

área dos respectivos pavimentos não ultrapasse os valores máximos

estabelecidos. Destaca-se que essa mesma exceção não se aplica para as

compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações.

Estabelece que deve eleger-se um eixo para implantação da compartimentação horizontal a ser mantido em todos os pavimentos, minimizando

a possibilidade que o fogo se alastre na diagonal de um andar para o outro.

Atenção especial deve ser dada ao tratamento das penetrações das diversas

infraestruturas de instalações nas barreiras corta-fogo e fumaça das áreas

compartimentadas. Sistemas de proteção passiva (“selagens”) ou eventualmente até

medidas ativas devem ser especificadas em projeto e adotadas na obra para

resguardar a eficácia dessa medida de segurança.

Quaisquer aberturas nas barreiras de compartimentação destinadas à passagem

de instalações elétricas, instalações de telecomunicações, instalações hidrossanitárias e outras que permitam a comunicação direta entre áreas

compartimentadas devem ser “seladas” de forma a promover a vedação total corta-

fogo e fumaça, atendendo às seguintes condições (CBPMESP, 2011):

Page 77: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

76

a) Devem ser ensaiadas para caracterização da resistência ao fogo seguindo os

procedimentos da ABNT NBR 6.479.

b) Os tubos plásticos de diâmetro interno superior a 40 mm devem receber proteção

especial representada por selagem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo

ao ser consumido pelo fogo em um dos lados da parede.

c) A destruição da instalação do lado afetado pelo fogo não deve promover a

destruição da selagem.

Análise das informações: A proposta de substituição de área de refúgio por área compartimentada da

edificação consta na IT 11 (CBMBA, 2016). Com relação à necessidade de duas

saídas por área compartimentada, o manual acaba sendo mais exigente que a IT 09

(CBMBA, 2016) que exige um acesso apenas. Construtivamente esse manual traz

uma previsão bastante interessante, também não constante na IT 09 (CBMBA,

2016), que é a instalação de um eixo para implantação da compartimentação

horizontal a ser mantido em todos os pavimentos.

II. Norma Técnica Nº 01/2018, Parte 06, do CBMES: Esta NT, em seu Anexo A.6, traz uma série de itens de verificação em vistoria,

os quais devem estar em conformidade com o projeto aprovado junto ao corpo de

bombeiros. Destes inúmeros itens, entende-se serem aplicáveis na elaboração dos

projetos de segurança contra incêndio os seguintes:

a) Para as unidades compartimentadas: 1. Verificar o número de unidades compartimentadas

2. Conferir a área de cada unidade compartimentada;

b) Para as divisórias de compartimentação: 3. Verificar, caso haja abertura permanente (ex.: correias transportadoras), que

está possua área máxima de 1,5 m² com proteção de cortina d’água;

c) Para as paredes de compartimentação: 4. Verificar se a parede de compartimentação se estende no fechamento até o

teto, como também, nas extensões verticais e de fachada;

5. Verificar se a parede de compartimentação atende as características de resistência ao fogo;

d) Para as portas corta-fogo: 6. Verificar a largura das PCF’s;

Page 78: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

77

7. Verificar se as PCF’s estão pintadas na cor vermelha;

8. Verificar se as PCF’s estão abrindo no sentido do fluxo de saída;

9. Verificar se a especificação das PCF’s atende ao critério de TRRF;

10. Verificar se as PCF’s estão indicadas com sinalização de emergência

“PORTA CORTA FOGO – MANTENHA FECHADA”;

11. Todas as PCF’s devem possuir o mecanismo de fechamento mecânico;

e) Para os vedadores corta-fogo: 12. Verificar a largura dos Vedadores Corta-Fogo;

13. Verificar se os Vedadores Corta-Fogo estão pintados na cor vermelha;

14. Verificar as características (simples ou dupla; uma ou duas folhas) dos

Vedadores Corta-Fogo;

15. Verificar se a especificação dos Vedadores Corta-Fogo atende ao critério de

TRRF;

16. Devem ter fechamento automático através de elemento termossensível;

17. Devem ser possíveis de fechar de forma manual; f) Para as passagens de instalações de serviços (instalação elétrica,

hidrossanitárias, telefônicas e outras) com selagem entre UC: 18. Verificar se as instalações de serviço estão devidamente seladas por

elemento resistente ao fogo entre as unidades de compartimentação;

g) Para as passagens de instalações de serviços (instalação elétrica, hidrossanitárias, telefônicas e outras) com vedadores entre UC: 19. Verificar se as instalações de serviço estão devidamente vedadas por

elemento resistente ao fogo entre as unidades de compartimentação;

20. Nos tubos plásticos com diâmetro interno superior a 40 mm é obrigatória

a instalação de registros corta-fogo;

h) Para os dutos de ventilação, ar condicionado e exaustão: 21. Possibilidade 01: Verificar se os dutos de ventilação, ar condicionado e

exaustão possuem os devidos registros corta-fogo e adequada selagem corta fogo no entorno do duto entre as unidades compartimentadas;

22. Possibilidade 02: Verificar se os dutos de ventilação, ar condicionado e

exaustão possuem a devida selagem corta fogo em toda a sua extensão

sendo que os registros corta-fogo devem ser instalados nas saídas de ar;

Page 79: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

78

i) Para a compartimentação do envoltório das UC no teto: 23. Possibilidade 01: Verificar para coberturas combustíveis (telhado) se a

parede de compartimentação se estende a no mínimo 1 m acima da linha

de cobertura;

24. Possibilidade 02: Verificar, caso a cobertura seja combustível (telhado), se

esta possui um distanciamento mínimo de material incombustível de 1 m para cada lado da divisória de compartimentação;

j) Para a compartimentação do envoltório das UC nas fachadas externas: 25. Possibilidade 01: Verificar se, as aberturas situadas na mesma fachada em

lados opostos da divisória de compartimentação, estão afastadas

horizontalmente entre si por um trecho de parede com 2 metros de

extensão devidamente consolidada na mesma divisória com mesma

característica de resistência ao fogo;

26. Possibilidade 02: Verificar se a divisória de compartimentação se prolonga na fachada externa com no mínimo 0,90 m.

Análise das informações: Os requisitos de verificação das portas corta-fogo constam na IT 11 (CBMBA,

2016) e para a identificação visual de pintura na coloração vermelha, tem-se essa

citação na IT 20 (CBMBA, 2017). Segundo a IT 09 (CBMBA, 2016), os vedadores

corta-fogo são utilizados para passagens exclusivas de materiais e não como

alternativa para passagens de instalações de serviços, as quais devem ser seladas.

A citada IT também prevê como alternativa para passagens de dutos de ventilação,

ar condicionado e exaustão a proteção de ambos os lados das paredes caso não

possam ser instalados os dampers.

III. Instrução Técnica Nº 09/2016, do CBMBA: Serão apresentados aqui os itens normativos entendidos como mais pertinentes,

após análises dos resultados pesquisados, divididos em grandes tópicos, os quais

estarão melhores detalhados no check list apresentado ao final deste trabalho.

1. Deve-se restringir as áreas dos compartimentos, de acordo com o Anexo B

“Tabela de área máxima de compartimentação”;

Page 80: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

79

Quadro 12: Área máxima de compartimentação (m²)

Fonte: IT 09 (CBMBA, 2016). 2. Características de construção:

a. Das paredes de compartimentação;

b. Dos afastamento entre aberturas;

3. Proteção das aberturas nas paredes de compartimentação: a. Portas corta-fogo;

b. Vedadores corta-fogo: para proteção de aberturas de passagem exclusivas de

materiais;

c. Selos corta-fogo que promovam a vedação total corta-fogo: para proteção de

aberturas destinadas à passagem de instalações elétricas, hidrossanitárias,

telefônicas e outros serviços;

d. Registros corta-fogo (Dampers) devidamente ancorados à parede de

compartimentação: para proteção de aberturas de dutos de ventilação, ar

condicionado ou exaustão, associado a adequada selagem corta-fogo da

abertura em torno desses dutos;

4. Características de resistência ao fogo: atendimento do TRRF das paredes de

compartimentação, conforme IT 08 (CBMBA, 2016) e dos elementos de proteção

Page 81: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

80

das aberturas existentes nessas paredes, que podem apresentar TRRF de 30

min menor que a resistência das mesmas, porém nunca inferior a 60 min.

5. Condições especiais de compartimentação horizontal – Subsolos: subsolos

ocupados devem atender às exigências específicas da Tabela 7 do Decreto nº

16.302 (BAHIA, 2015);

6. Dispensa da compartimentação horizontal: nas áreas destinadas

exclusivamente a estacionamento de veículos. Figura 9: Modelo de compartimentação horizontal

Fonte: IT 09 (CBMBA, 2016).

5.1.4 Compartimentação vertical

A compartimentação vertical se destina a impedir a propagação de incêndio no

sentido vertical, ou seja, entre pavimentos elevados consecutivos, evitando, desta

forma, o alastramento do incêndio entre andares e assume caráter fundamental para

o caso de edifícios altos em geral.

A compartimentação vertical deve ser tal que cada pavimento componha um

compartimento seguro, para isso são necessários:

a) Lajes corta-fogo;

b) Enclausuramento das escadas através de paredes e portas corta-fogo;

c) Registros corta-fogo em dutos que intercomunicam os pavimentos;

d) Selagem corta-fogo de passagens de cabos elétricos e tubulações, através das

lajes;

Page 82: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

81

e) Utilização de abas verticais (parapeitos) ou abas horizontais projetando-se além

da fachada, resistentes ao fogo e separando as janelas de pavimentos

consecutivos (nesse caso é suficiente que estes elementos mantenham suas

características funcionais, obstruindo dessa forma a livre emissão de chamas

para o exterior).

A Instrução Técnica Nº 09 (CBMBA, 2016) que trata do assunto prevê que a

inexistência ou a simples quebra da compartimentação vertical, por qualquer meio,

implica na somatória das áreas dos pavimentos, para fins de cálculo da área máxima

compartimentada, de acordo com o Anexo B desta mesma IT.

Conceitualmente a citada IT traz a distinção entre elemento corta-fogo, que é

aquele que apresenta, por um período determinado de tempo, as propriedades de

integridade mecânica a impactos (resistência); impede a passagem das chamas e

da fumaça (estanqueidade); e impede a passagem de caloria (isolamento térmico); e

elemento para-chamas é aquele que apresenta, por um período determinado de

tempo, as propriedades de integridade mecânica a impactos (resistência); e impede

a passagem das chamas e da fumaça (estanqueidade), não proporcionando

isolamento térmico.

Assim como previsto para a compartimentação horizontal, ela apresenta

parâmetros construtivos para a compartimentação vertical, a ser realizada:

a) Na envoltória do edifício (fachadas), com intuito de dificultar a propagação

vertical do incêndio pelo exterior dos edifícios, através da utilização de elementos

corta-fogo, com tempo de resistência determinado pela IT 08 (CBMBA, 2016),

separando aberturas de pavimentos consecutivos, que podem se constituir de

vigas e/ou parapeito ou prolongamento dos entrepisos, além do alinhamento

da fachada.

É importante destacar que os revestimentos das fachadas das edificações devem

atender ao contido na IT 10 – Controle de material de acabamento e de revestimento

(CBMBA, 2016).

b) No interior do edifício, através de entre pisos, cuja resistência ao fogo não

deve ser comprometida pelas transposições que intercomunicam pavimentos.

As aberturas existentes nos entre pisos devem ser devidamente protegidas

por elementos corta-fogo de forma a não serem comprometidas suas

características de resistência ao fogo, através da utilização de paredes de

compartimentação e portas corta-fogo enclausurando as escadas; paredes de

Page 83: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

82

compartimentação consolidadas aos entre pisos constituindo os poços dos

elevadores e monta-cargas que deverão também dispor de portas de andares para-

chamas com resistência ao fogo de 30 min; selos corta-fogo para proteção de

prumadas de instalações de serviços; registros corta-fogo para proteção das

aberturas de passagem de dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão;

vedadores corta-fogo para proteção de aberturas de passagem de materiais; além

de considerações acerca de proteções nos átrios; prumadas enclausuradas e de

ventilação permanente.

A IT 09 (CBMBA, 2016) traz ainda as características de resistência ao fogo

que devem possuir os entre pisos e seus elementos de proteção e parâmetros de

exigências para utilização das cortinas corta-fogo.

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais

de Saúde (ANVISA, 2014): Análise já realizada quando feita para a compartimentação horizontal, acima

apresentada.

II. Norma Técnica Nº 01/2018, Parte 06, do CBMES:

Esta NT, em seu Anexo A.8, traz uma série de itens de verificação em vistoria,

os quais devem estar em conformidade com o projeto aprovado junto ao corpo de

bombeiros. Destes inúmeros itens, entende-se serem aplicáveis na elaboração dos

projetos de segurança contra incêndio os seguintes:

a) Compartimentação nas fachadas da edificação sem fachada de vidro: 1. Verificar o afastamento verga-peitoril em todas as fachadas da edificação;

2. Verificar o prolongamento dos entrepisos (abas), além do plano externo da

fachada;

3. Verificar o prolongamento das varandas em relação a fachada;

4. Verificar o guarda-corpo das varandas (parte de suporte e vidro de

segurança);

5. Verificar as características de resistência ao fogo dos elementos de

construção da compartimentação da fachada;

Page 84: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

83

b) Compartimentação nas fachadas da edificação com fachada de vidro: 6. Verificar o afastamento verga-peitoril em todas as fachadas da edificação;

7. Verificar o prolongamento dos entrepisos (abas), além do plano externo da

fachada;

8. Verificar se os caixilhos e os componentes transparentes ou translúcidos

são compostos por materiais incombustíveis, exceção feita aos vidros laminados;

9. Verificar se entre a fachada de vidro e os parapeitos, vigas ou prolongamentos dos entrepisos destas fachadas está instalado os

elementos de separação (vedação perimetral) que possibilitem a

compartimentação vertical da edificação;

10. Verificar as características de resistência ao fogo dos elementos de

construção da compartimentação da fachada;

c) Compartimentação no interior da edificação - Escada de Emergência: 11. Verificar a inexistência de qualquer abertura não prevista da escada de

emergência para os ambientes adjacentes, cumprindo o checklist específico

da escada de segurança;

d) Compartimentação no interior da edificação – Elevadores e monte-cargas: 12. Verificar se os poços destinados a elevadores e monta-carga são

constituídos por paredes corta-fogo de compartimentação devidamente

vedadas em suas aberturas e nas conexões com as lajes;

13. Verificar a existência de vedadores para chamas (portas do elevador PRF) nas aberturas dos elevadores;

14. Verificar se a caixa de corrida (poço) possui abertura de ventilação permanente em sua parte superior, dotada de abertura com área mínima de 0,80 m², devendo estar localizada na parede junto ao teto ou no máximo a 15 cm deste;

e) Compartimentação no interior da edificação – Prumadas de serviço (instalação elétrica, hidrossanitárias, telefônicas e outras) com selagem entre pavimentos: 15. Verificar se as paredes das prumadas destinadas a instalações de serviço

são constituídas por elementos resistente ao fogo;

16. Verificar se as prumadas destinadas a instalações de serviço estão

devidamente seladas por elemento resistente ao fogo nos entrepisos;

Page 85: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

84

17. Nos tubos plásticos com diâmetro interno superior a 40 mm é obrigatória

a instalação de registros corta-fogo;

f) Compartimentação no interior da edificação – Prumadas de serviço (instalação elétrica, hidrossanitárias, telefônicas e outras) com vedadores corta-fogo nos pavimentos: 18. Verificar se as paredes das prumadas destinadas a instalações de serviço

são constituídas por elementos resistente ao fogo;

19. Verificar se as prumadas destinadas a instalações de serviço estão

devidamente vedadas por elemento resistente ao fogo;

g) Compartimentação no interior da edificação – Dutos de ventilação, ar condicionado e exaustão quando interligados entre pavimentos 20. Verificar se as paredes ou dutos destinados a ventilação são constituídas

por elementos resistente ao fogo;

21. Verificar se dutos de ventilação possuem os registros corta fogo nos entrepisos ou nas saídas para os andares em comunicação com o restante

do pavimento;

h) Compartimentação no interior da edificação – Dutos de ventilação permanente para banheiros, vestiários e similares 22. Verificar se as paredes ou dutos destinados a ventilação permanente são

constituídas por elementos resistente ao fogo;

23. Verificar se os cômodos que dão acesso ao duto de ventilação permanente

são, de fato, banheiros, vestiários ou similares;

24. Verificar se os banheiros, vestiários ou similares são compartimentados e acessados por portas;

i) Compartimentação no interior da edificação – Átrios e outros 25. Verificar se as condições dos átrios e outros mecanismos (ex: cortinas de

compartimentação vertical), quando houver, estejam protegidas e

dimensionadas corretamente.

Análise das informações: A IT 09 (CBMBA, 2016) não contempla informações relativas a verificação das

varandas, bem como a ventilação permanente superior dos poços dos elevadores

está prevista na IT 11 (CBMBA, 2016) a ser instalada a até 20 cm do teto.

Page 86: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

85

III. Instrução Técnica Nº 09/2016, do CBMBA: Serão apresentados aqui os itens normativos entendidos como mais pertinentes,

após análises dos resultados pesquisados, divididos em grandes tópicos, os quais

estarão melhores detalhados no check list apresentado ao final deste trabalho.

1. Repeito á área máxima de compartimentação, em conformidade com o Anexo B da IT 09 (CBMBA, 2016), ressaltando o seguinte:

a. A inexistência ou a simples quebra da compartimentação vertical, por

qualquer meio, implica na somatória das áreas dos pavimentos, para fins

de cálculo da área máxima compartimentada;

b. Será permitida a interligação de, no máximo, três pavimentos consecutivos (nos pisos acima do térreo), por intermédio de átrios, escadas,

rampas de circulação ou escadas rolantes, desde que o somatório de áreas

desses pavimentos não ultrapasse os valores estabelecidos para a

compartimentação de áreas, não se aplicando essa permissão para as

compartimentações das fachadas, selagens dos shafts e dutos de instalações;

2. Características de construção: a. Compartimentação vertical na envoltória do edifício (fachadas): deve

existir elemento corta-fogo na fachada, com tempo de resistência

determinado pela IT 08/16, separando aberturas de pavimentos consecutivos,

que podem se constituir de vigas e/ou parapeito ou prolongamento dos entrepisos, além do alinhamento da fachada;

i. Vigas e/ou parapeito: altura mínima de 1,2 m;

ii. Prolongamento dos entrepisos (abas), além do alinhamento da

fachada: devem se projetar, no mínimo, 0,9 m além do plano externo

da fachada; Figura 10: Modelo de compartimentação

vertical (verga-peitoril)

Figura 11: Modelo de compartimentação vertical (abas)

Fonte: IT 09 (CBMBA, 2016).

Page 87: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

86

b. Compartimentação vertical no interior do edifício: provida por meio de

entrepisos, cuja resistência ao fogo não deve ser comprometida pelas

transposições que intercomunicam pavimentos; Aberturas nos entrepisos:

i. Escadas: devem ser enclausuradas por meio de paredes de

compartimentação e portas corta-fogo; ii. Elevadores: devem ter poços constituídos por paredes de

compartimentação devidamente consolidadas aos entre pisos e portas de

andares classificadas como para-chamas, com resistência ao fogo de 30

minutos.; iii. Monta-cargas: devem ter poços constituídos por paredes de

compartimentação devidamente consolidadas aos entre pisos e portas de

andares classificadas como para-chamas, com resistência ao fogo de 30

minutos.

iv. Prumadas das instalações de serviço (instalação elétrica,

hidrossanitárias, telefônicas e outras): devem ser seladas de forma a

promover a vedação total corta-fogo;

v. Aberturas de passagem de dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão: além da adequada selagem corta-fogo da abertura em torno do

duto, devem existir registros corta-fogo devidamente ancorados aos entre

pisos;

vi. Aberturas de passagem de materiais: devem ser protegidas por

vedadores corta-fogo;

vii. Prumadas enclausuradas por onde passam as instalações de serviço, como esgoto e águas pluviais: não necessitam ser seladas desde que

as paredes sejam de compartimentação e as derivações das instalações

que as transpassam sejam devidamente seladas;

viii. Prumadas de ventilação permanente de dutos de ventilação/exaustão permanentes de banheiros, lareiras, churrasqueiras e similares: devem ser integralmente compostos por materiais incombustíveis,

classificados como classe I de acordo com a IT 10/16 e prumada de

ventilação deve fazer parte, exclusivamente, de uma única área de

compartimentação horizontal;

Page 88: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

87

ix. Átrios (espaços no interior de edifícios que interferem na

compartimentação horizontal ou vertical): a compartimentação vertical quebrada pelos átrios pode ser substituída por medidas de proteções

alternativas (sistemas de chuveiros automáticos, detecção de fumaça e

controle de fumaça), de acordo com o previsto nas Tabelas 6A a 6M do

Decreto Estadual nº 16.302/15. Quando permitido em edificações com mais de 60 metros de altura, de acordo com o Decreto Estadual nº

16.302/15, o mesmo deve ser protegido por vidros para-chamas, cortinas

automatizadas parachamas ou outro elemento para-chama.

3. Características de resistência ao fogo: atendimento do TRRF dos entrepisos,

dos elementos de proteção das transposições nos entre pisos (selagens corta-

fogo), dos elementos de compartimentação vertical na envoltória do edifício,

incluindo as fachadas sem aberturas (cegas), e da proteção dos átrios conforme

IT 08 (CBMBA, 2016) e das portas e vedadores corta-fogo, que podem

apresentar TRRF de 30 min menor que as paredes, porém nunca inferior a 60

min, excepcionalizando-se as situações previstas no tem 6.4.3 da IT 09 (CBMBA,

2016).

4. Condições especiais de compartimentação vertical – Subsolos:

a. Os dutos e shafts de instalações dos subsolos devem ser

compartimentados integralmente em relação ao piso térreo, piso de descarga e demais pisos elevados, independente da área máxima

compartimentada;

b. As escadas e rampas destinadas à circulação de pessoas provenientes dos

subsolos das edificações devem ser compartimentados com PCF P-90 em

relação aos demais pisos contíguos, independente da área máxima

compartimentada;

5. Cortinas corta-fogo: as cortinas automatizadas corta-fogo podem ser utilizadas

na compartimentação horizontal ou vertical, em edificações protegidas por

chuveiros automáticos.

Page 89: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

88

5.1.5 Controle de materiais de acabamento e revestimento

Embora os materiais combustíveis contidos no edifício e constituintes do sistema

construtivo possam ser responsáveis pelo início do incêndio, muito frequentemente

são os materiais contidos no edifício que se ignizam em primeiro lugar.

A possibilidade de um foco de incêndio extinguir-se ou evoluir em um grande

incêndio (atingir a fase de inflamação generalizada) depende de três fatores

principais:

a) Razão de desenvolvimento de calor pelo primeiro objeto ignizado;

b) Natureza, distribuição e quantidade de materiais combustíveis no compartimento

incendiado;

c) Natureza das superfícies dos elementos construtivos sob o ponto de vista de

sustentar a combustão a propagar as chamas.

Os dois primeiros fatores dependem largamente dos materiais contidos no

compartimento. O primeiro está absolutamente fora do controle do projetista. Sobre

o segundo é possível conseguir, no máximo, um controle parcial. O terceiro fator

está, em grande medida, sob o controle do projetista, que pode adicionar minutos

preciosos ao tempo da ocorrência da inflamação generalizada, pela escolha

criteriosa dos materiais de revestimento.

Desta forma, o controle de materiais de acabamento e revestimento (CMAR),

deve ser previsto conforme IT 10 (CBMBA, 2016), visando estabelecer os materiais

empregados nas edificações, para que, na ocorrência de incêndio, restrinjam a

propagação de fogo e o desenvolvimento de fumaça.

Para a efetivação dessas escolhas, é preciso distinguir esses materiais:

a) Materiais de revestimento: todo material ou conjunto de materiais empregados

nas superfícies dos elementos construtivos das edificações, tanto nos ambientes

internos como nos externos, com finalidades de atribuir características estéticas,

de conforto, de durabilidade etc. Incluem-se como material de revestimento, os

pisos, forros e as proteções térmicas dos elementos estruturais.

b) Materiais de acabamento: todo material ou conjunto de materiais utilizados

como arremates entre elementos construtivos (rodapés, mata-juntas, golas etc.).

c) Materiais termo acústicos: todo material ou conjunto de materiais utilizados

para isolação térmica e/ou acústica.

Page 90: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

89

Esses materiais são divididos em classes, sendo a classe I incombustível e

apresentando uma combustibilidade crescente (maiores índices de propagação

superficial de chama) na medida em que se elevam, das classes II a V.

Eles são também divididos em classe I-A ou I-B, II-A ou II-B, e assim por diante,

a depender da opacidade produzida por suas fumaças e gases, sendo a densidade

óptica da classe A menor, portanto menos opaca, do que a classe B.

Quando os materiais possuem altos índices de propagação superficial de chama,

contribuem diretamente para o crescimento do incêndio em seu local de origem,

bem como determinam a rápida propagação para ambientes adjacentes, dificultando

o controle e a contenção do sinistro, majorando todo tipo de prejuízos.

Já quando esses materiais possuem altos índices de densidade óptica de

fumaça, liberam maiores quantidades de gases tóxicos e/ou combustíveis,

contribuindo diretamente para minimizar a visibilidade dos ambientes afetados pelo

incêndio, gerando pânico e dificultando as ações de evasão e/ou resgate,

aumentando o número de vítimas.

A crescente utilização de materiais sintéticos na construção das edificações, no

mobiliário, na decoração ou acabamento interno dessas vem fazendo que a toxidade

da fumaça produzida em caso de incêndio seja cada vez maior, verificando-se nos

últimos anos, significativo aumento de vítimas fatais em decorrência da inalação de

fumaça.

Os materiais sintéticos apresentam também uma maior liberação de energia,

fazendo com que a velocidade de propagação dos incêndios modernos seja mais

elevada e a probabilidade de ocorrência da inflamação generalizada (flashover).

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais

de Saúde (ANVISA, 2014): Este manual traz uma série de recomendações que devem ser seguidas, dentre

as quais se destacam as seguintes:

1. Deve-se considerar as características e comportamentos dos materiais em situação de incêndio, na escolha dos materiais de acabamento, materiais de

Page 91: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

90

revestimento e materiais termoacústicos, tanto na fase de projeto, quanto na fase

de construção do Estabelecimento Assistencial de Saúde;

2. Sugere-se que desde o início da fase de especificação e compra seja

providenciada a documentação técnica comprobatória das características de reação ao fogo de todos os materiais a serem utilizados na edificação,

especialmente os materiais de piso, paredes ou divisórias, tetos ou forros e

ainda os revestimentos dos espaços construtivos e das infraestruturas de

instalações;

3. Conforme a finalidade a que se destina o material de acabamento ou

revestimento, recomenda-se que seja adotado um produto que atenda à

classificação apresentada no Quadro 1 (equivalente a Tabela B.1 do Anexo B

da IT 10/16 do CBMBA), conforme enquadramento desse material no Quadro 2

(equivalente a Tabela A.1 do Anexo A da IT 10/16), Quadro 3 (equivalente a

equivalente a Tabela A.2 da IT 10/16) ou Quadro 4 (equivalente a Tabela A.3 da

IT 10/16), em função de suas características de reação ao fogo conforme os

resultados dos ensaios específicos;

4. Recomenda-se a aplicação de retardantes de chama em colchões, cortinas,

tecidos fibrosos de algodão e poliéster de divisórias, cadeiras, sofás e outros.

II. Norma Técnica Nº 01/2018, Parte 06, do CBMES:

Esta NT, em seu Anexo A.36, traz uma série de itens de verificação em vistoria,

os quais devem estar em conformidade com o projeto aprovado junto ao corpo de

bombeiros. Destes inúmeros itens, entende-se que devem ser observados na

elaboração dos projetos de segurança contra incêndio os seguintes:

a) Instalação do CMAR: 1. Verificar se as classes dos materiais descritos no Laudo Técnico são iguais ou

inferiores ao previsto no Quadro Resumo das medidas de segurança (Anexo H)

do Projeto Técnico; 2. Verificar se o material empregado no piso confere com o descrito no Laudo

Técnico e Nota Fiscal;

3. Verificar se o material empregado nas paredes confere com o descrito no Laudo

Técnico e Nota Fiscal;

4. Verificar se o material empregado no teto/forro confere com o descrito no Laudo

Técnico e Nota Fiscal;

Page 92: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

91

5. Verificar se o material empregado na cobertura da edificação confere com o

descrito no Laudo Técnico e Nota Fiscal;

6. Verificar se no Laudo Técnico consta a aplicação de algum tratamento com finalidade retardante, antichama e antipropagante, e em caso afirmativo,

recolher a Nota Fiscal do material empregado e conferir se é o mesmo produto

que está especificado no Laudo;

III. Instrução Técnica Nº 10/2016, do CBMBA: Serão apresentados aqui os itens normativos entendidos como mais pertinentes,

após análises dos resultados pesquisados, divididos em grandes tópicos, os quais

estarão melhores detalhados no check list apresentado ao final deste trabalho.

1. A definição da classe dos materiais exigidos é função da ocupação da

edificação e da posição dos materiais de acabamento e revestimento, variando

quando aplicados nos pisos, paredes/divisórias, teto/forro ou cobertura

(finalidade do material), e deve ser feita conforme a classificação da Tabela B.1 da IT 10 e suas notas genéricas.

Quadro 13 - Classe dos materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão da ocupação/uso em função da finalidade do material

Notas específicas: 1. Incluem-se aqui cordões, rodapés e arremates; 2. Excluem-se aqui portas, janelas, cordões e outros acabamentos decorativos com área inferior a 20% da parede onde

estão aplicados; 3. Somente para líquidos e gases combustíveis e inflamáveis acondicionados; 4. Exceto edificação térrea; 5. Obrigatório para todo o grupo F, sendo que a divisão F-7, no que se refere a edificações com altura superior a 6 metros,

será submetida à Comissão Técnica para definição das medidas de segurança contra incêndio; 6. Somente para edificações com altura superior a 12metros; 7. Exceto para cozinhas que serão Classe I ou II-A; 8. Exceto para revestimentos que serão Classe I, II-A,III-A ou IV-A; 9. Exceto para revestimentos que serão Classe I, II-A ou III-A; 10. Exceto para revestimentos que serão Classe I ou II-A. Fonte: IT 10 (CBMBA, 2016).

Page 93: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

92

As Notas Genéricas, trazem as seguintes situações:

a. Fachadas: devem enquadrar-se entre as Classes I a II-B;

b. Coberturas: devem enquadrar-se entre as Classes I a III-B;

b. Coberturas para os grupos/divisões C, F5, I-2, I-3, J-3, J4, L-1, M-23 e M-3: devem enquadrar-se entre as Classes I a II-B;

c. Materiais isolantes termo-acústicos não aparentes, que podem contribuir

para o desenvolvimento do incêndio (espumas plásticas protegidas por materiais

incombustíveis, lajes mistas com enchimento de espumas plásticas protegidas

por forro ou revestimentos aplicados diretamente, forros em grelha com

isolamento termoacústico envoltos em filmes plásticos e assemelhados): devem

enquadrar-se entre as Classes I a II-A quando aplicados junto ao teto/forro ou

paredes;

c. Materiais isolantes termo-acústicos não aparentes, que podem contribuir

para o desenvolvimento do incêndio para os grupos/divisões A2, A3 e condomínios residenciais: deve ser da Classe I, II-A ou III-A quando aplicados

nas paredes;

d. Materiais isolantes termo-acústicos aplicados nas instalações de serviço, em redes de dutos de ventilação e ar-condicionado, e em cabines ou

salas de equipamentos, aparentes ou não: devem enquadrar-se entre as Classes

I a II–A;

e. Componentes construtivos onde não são aplicados revestimentos e/ou

acabamentos em razão de já se constituírem em produtos acabados, incluindo-

se divisórias, telhas, forros, painéis em geral, face inferior de coberturas, entre

outros, também estão submetidos aos critérios da Tabela B;

f. Determinados componentes construtivos que podem expor-se ao incêndio

em faces não voltadas para o ambiente ocupado, como é o caso de pisos

elevados, forros, revestimentos destacados do substrato devem atender aos

critérios da Tabela B para ambas as faces;

g. Materiais de proteção de elementos estruturais, juntamente com seus

revestimentos e acabamentos devem atender aos critérios dos elementos

construtivos onde estão inseridos, ou seja, de tetos para as vigas e de paredes

para pilares;

h. Materiais empregados em subcoberturas com finalidades de

estanqueidade e de conforto termo–acústico devem atender os critérios da

Page 94: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

93

Tabela B aplicados a tetos, bem como a superfície inferior da cobertura,

mesmo que escondidas por forro;

i. Coberturas de passarelas e toldos, instalados no pavimento térreo, que

não apresentem área superficial superior a 50,00 m² e que a área de cobertura

não possua materiais incombustíveis estarão dispensados do CMAR;

j. Circulações (corredores protegidos) que dão acesso às saídas de

emergência enclausuradas: devem possuir CMAR Classe I ou Classe II – A

(Tabela A);

j. Saídas de emergência (escadas, rampas etc.): devem possuir CMAR Classe

I ou Classe II – A, com Dm ≤ 100 (Tabela A);

k. Materiais utilizados como revestimento, acabamento e isolamento termo

acústico no interior dos poços de elevadores, monta-cargas e shafts: devem

ser enquadrados na Classe I ou Classe II – A, com Dm ≤ 100 (Tabela A).

2. Para determinação das classes dos materiais são realizados ensaios de comportamento frente ao fogo (reação ao fogo), indicados nas Tabelas A.1,

A.2 e A.3, do Anexo A da IT 10, devendo ser especificado em projeto o ensaio

realizado para cada tipo de material utilizado.

a. Para classificação dos materiais de revestimento de piso (Tabela A.1) é

utilizado o método definido na NBR 8660 - Revestimento de piso -

determinação da densidade crítica de fluxo de energia térmica – método de

ensaio. Quadro 14 - Classificação dos materiais de revestimento de piso

Notas:

Page 95: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

94

Fluxo crítico – Fluxo de energia radiante necessário à manutenção da frente de chama no corpo de prova. FS – Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150 mm indicada na face do material ensaiado. Dm – Densidade ótica específica máxima corrigida. ∆t – Variação da temperatura no interior do forno. ∆m – Variação da massa do corpo de prova. tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova. Fonte: IT 10 (CBMBA, 2016).

b. Para os demais materiais de revestimento de paredes/divisórias e teto/forro (Tabela A2) utiliza-se, em regra, a ABNT NBR 9442/86 - Materiais

de construção- determinação do índice de propagação superficial de chama

pelo método do painel radiante - método de ensaio. Quadro 15 - Classificação dos materiais exceto revestimentos de piso

Notas: Ip– Índice de propagação superficial de chama. Dm – Densidade específica ótica máxima. ∆t – Variação da temperatura no interior do forno. ∆m – Variação da massa do corpo de prova. tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova. Fonte: IT 10 (CBMBA, 2016).

c. Como exceções ao método da ABNT NBR 9442/86 têm-se as seguintes

situações:

i. Quando ocorre derretimento ou o material sofre retração abrupta

afastando-se da chama-piloto;

ii. Quando o material é composto por miolo combustível protegido por

barreira incombustível ou que pode se desagregar;

iii. Materiais compostos por diversas camadas de materiais combustíveis

apresentando espessura total superior a 25mm;

Page 96: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

95

iv. Materiais que na instalação formam juntas, através das quais,

especialmente, o fogo pode propagar ou penetrar.

Nestes casos a classificação dos materiais deve ser feita de acordo com o

padrão indicado na Tabela A.3. Quadro 16 - Classificação dos materiais especiais que não podem ser caracterizados através

da nbr 9442 exceto revestimentos de piso

Notas: FIGRA – Índice da taxa de desenvolvimento de calor. LFS – Propagação lateral da chama. THR600s – Liberação total de calor do corpo de prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas. TSP600s – Produção total de fumaça do corpo de prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas. SMOGRA – Taxa de desenvolvimento de fumaça, correspondendo a o máximo do quociente de produção e fumaça do corpo de prova e o tempo de sua ocorrência. FS – Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150 mm indicada na face do material ensaiado.

Page 97: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

96

∆t – Variação da temperatura no interior do forno. ∆m – Variação da massa do corpo de prova. tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova. Fonte: IT 10 (CBMBA, 2016).

3. Para apresentação em Projeto Técnico devem ser indicadas em planta baixa e respectivos cortes, correspondentes a cada ambiente, ou em notas específicas,

as classes dos materiais de piso, parede, teto e forro, conforme modelo do

Anexo C.

A responsabilidade do controle de materiais de acabamento e de revestimento

nas áreas comuns e locais de reunião de público deve ser do responsável técnico,

sendo a manutenção destes materiais de responsabilidade do proprietário ou

responsável pelo uso da edificação.

5.1.6 Saídas de emergência

Para salvaguardar a vida humana em caso de incêndio é necessário que as

edificações sejam dotadas de meios adequados de fuga, que permitam aos

ocupantes se deslocarem com segurança para um local livre da ação do fogo, calor

e fumaça, a partir de qualquer ponto da edificação, independentemente do local de

origem do incêndio.

Saída de emergência, rota de fuga, rota de saída ou saída é caminho contínuo,

devidamente protegido e sinalizado, proporcionado por portas, corredores, “halls”,

passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, conexões entre túneis

paralelos ou outros dispositivos de saída, ou combinações desses, a ser percorrido

pelo usuário em caso de emergência, de qualquer ponto da edificação, recinto de

evento ou túnel, até atingir a via pública ou espaço aberto (área de refúgio), com

garantia de integridade física (IT 03 do CBMBA).

Elas devem permitir também que a brigada de incêndio ou o Corpo de Bombeiros

adentrem ao edifício pelos meios internos a fim de efetuar ações de salvamento ou

combate, de forma rápida e segura.

Os componentes da saída de emergência são os seguintes:

I. Componentes horizontais: a. Acessos: caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento ou do setor,

constituindo a rota de saída horizontal, para alcançar a escada ou rampa, área

Page 98: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

97

de refúgio ou descarga para saída do recinto do evento. Podem ser constituídos

por corredores, passagens, vestíbulos, balcões, varandas e terraços;

b. Rotas de saídas horizontais, quando houver, e respectivas portas ou espaço

livre exterior, nas edificações térreas ou no pavimento de saída/descarga das

pessoas nas edificações com mais de um pavimento;

c. Descarga: parte da saída de emergência que fica entre a escada ou a rampa e a

via pública ou área externa em comunicação com a via pública. Pode ser

constituída por corredores ou átrios cobertos ou a céu aberto.

II. Componentes verticais: d. Escadas;

e. Rampas: parte construtiva inclinada de uma rota de saída, que se destina a unir

dois níveis ou setores de uma edificação, estruturas ou área de risco;

f. Elevador de emergência ou de segurança: elevador instalado dentro de uma

edificação com fechamento estrutural especialmente protegido ou instalado na

fachada do prédio, dotado de mecanismo, fontes de energia e controles os quais

podem ser comutados para uso exclusivo do Corpo de Bombeiros durante uma

emergência.

As escadas de segurança, conforme ocupação/uso e altura da edificação,

podem ser dos seguintes tipos:

a) Escadas não enclausuradas ou escada comum (NE);

b) Escadas enclausuradas protegidas (EP);

c) Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF);

d) Escadas à prova de fumaça pressurizadas (PFP): que podem sempre substituir

as escadas enclausuradas protegidas (EP) e as escadas enclausuradas à prova

de fumaça (PF) , desde que atendidos os requisitos normativos previstos na IT

11/2016 do CBMBA;

e) Escada aberta externa (AE): que podem substituir os demais tipos de escadas,

desde que atendidos os requisitos normativos previstos na IT 11/2016 do

CBMBA.

As rampas, quando exigidas, devem ser classificadas, a exemplo das escadas,

como NE, EP, PF, PFP e AE.

Para que sejam assegurados os objetivos pretendidos pelas saídas de

emergências, elas devem ser pensadas e projetadas atendendo a alguns requisitos

Page 99: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

98

normativos previstos na Instrução Técnica Nº 11/2016 do CBMBA, a qual é reflexo

direto da ABNT NBR 9077 (2001).

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Instrução Técnica Nº 02/2018 - Conceitos básicos de segurança contra incêndio, do CBPMESP Esta IT, além dos conceitos básicos, apresenta algumas medidas de segurança

contra incêndio em um capítulo próprio, evidenciando também alguns parâmetros

importantes a serem seguidos nos projetos de incêndio, dentre os quais:

1. Número de saídas: necessário para os diversos tipos de ocupação, em função

da altura, dimensões em planta e características construtivas;

2. Distância máxima a percorrer: que consiste no caminhamento entre o ponto

mais distante de um pavimento até o acesso a uma saída nesse mesmo

pavimento, varia conforme o tipo de ocupação e as características construtivas

do edifício e a existência de chuveiros automáticos como proteção;

3. Largura das escadas de segurança e das rotas de fuga horizontais: é

baseada na lotação da edificação e calculada em função das áreas dos

pavimentos e do tipo de ocupação, devendo permitir desocupar todos os

pavimentos em um tempo aceitável como seguro;

4. Localização das saídas e das escadas de segurança: deve propiciar

efetivamente aos ocupantes a oportunidade de escolher a melhor rota de escape

e quando houver mais de uma escada, é importante um estudo e a previsão de

pelo menos 10 m entre elas, de forma que um único foco de incêndio

impossibilite os acessos.

a. Descarga das escadas de segurança e saídas finais: deve se dar

preferencialmente para saídas com acesso exclusivo para o exterior,

localizado em pavimento ao nível da via pública.

5. Corredores: quando compuserem a rota de fuga, suas paredes e portas devem

apresentar resistência ao fogo.

6. Portas nas rotas de fuga: não podem ser trancadas, entretanto, devem

permanecer sempre fechadas, dispondo para isso de um mecanismo de

fechamento automático. Alternativamente, essas portas podem permanecer

Page 100: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

99

abertas, desde que o fechamento seja acionado automaticamente no momento

do incêndio. Devem abrir no sentido do fluxo, com exceção do caso em que não

estão localizadas na escada ou na ante-câmara e não são utilizadas por mais de

50 pessoas e sua abertura não deve obstruir a passagem de pessoas nas rotas

de fuga. O único tipo de porta admitida é aquele com dobradiças de eixo vertical

com único sentido de abertura e a largura mínima de seu vão livre deve ser de

0,8 m.

7. Projeto e construção das escadas de segurança: devem ser construídas com

materiais incombustíveis, sendo também desejável que os materiais de

revestimento sejam incombustíveis. Existem também parâmetros para largura mínima que varia conforme os códigos e normas técnicas, sendo normalmente

2,2 m para hospitais e 1,2 m para as demais ocupações, devendo possuir

patamares retos nas mudanças de direção com largura mínima igual à largura

da escada. Outra importante exigência é que elas devem possuir altura e largura ergométrica dos degraus, corrimãos corretamente posicionados, piso antiderrapante, além de outras exigências para conforto e segurança, se

adequando ao uso da edificação, como exemplo pode ser citado a necessidade

de corrimão intermediário para escolas ou outras ocupações onde há crianças e

outras pessoas de baixa estatura.

8. Escadas de segurança: devem ser enclausuradas com paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo. Em determinadas situações essas escadas

também devem ser dotadas de antecâmaras enclausuradas, de maneira a

dificultar o acesso de fumaça no interior da caixa de escada. A antecâmara só

deve dar acesso à escada e a porta entre ambas, quando aberta, não deve avançar sobre o patamar da mudança da direção, de forma a prejudicar a livre

circulação. Para prevenir que o fogo e a fumaça desprendida através das

fachadas do edifício penetrem em eventuais aberturas de ventilação na escada e

antecâmara, deve ser mantida uma distância horizontal mínima entre essas

aberturas e as janelas do edifício.

9. Elevador de segurança: necessários nos casos de edifícios altos, alimentado

por circuito próprio e concebido de forma a não sofrer interrupção de

funcionamento durante o incêndio.

Devem apresentar a possibilidade de serem operados pela brigada do edifício ou

pelos bombeiros e estar localizados em área protegida dos efeitos do incêndio.

Page 101: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

100

O número de elevadores de emergência necessário e sua localização são

estabelecidos levando-se em conta as áreas dos pavimentos e as distâncias a

percorrer para serem alcançados a partir de qualquer ponto do pavimento.

II. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais

de Saúde (ANVISA, 2014): Este manual traz uma série de recomendações que devem ser seguidas, dentre

as quais se destacam as seguintes:

1. As saídas de emergência devem ser dimensionadas em função da população

do Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS), utilizando as áreas úteis dos

pavimentos, divididas pelos coeficientes de densidade apresentados na Tabela 6

do manual, a qual varia conforme área da EAS;

2. A largura das rotas de fuga e saídas de emergência deve ser dimensionada

em função do número de pessoas que por ela devam transitar na eventualidade

da ocorrência de um sinistro:

a. Os acessos às saídas de um pavimento devem ser dimensionados

exclusivamente em função da população desse pavimento;

b. As escadas, rampas e descargas devem ser dimensionadas em função do

pavimento de maior população;

c. A largura das saídas de emergência (acessos, escadas e descarga) é dada

pela fórmula: N = P / C, onde: N = Número de unidades de passagem,

arredondado para número inteiro; P = População, conforme coeficientes da

Tabela 6 do manual; C = Capacidade da unidade de passagem, conforme

Tabela 7 do manual;

3. As rotas de fuga e saídas de emergência devem sempre permanecer

desobstruídas e não devem ser utilizadas como recepção ou salas de espera,

bem como na guarda de materiais ou ainda para instalação de telefones, bebedouros, extintores ou quaisquer objetos que possam vir a reduzir a largura

mínima necessária à evasão ou possam obstruir o tráfego.

4. Larguras mínimas: a. 1,65 m para as escadas, os acessos (corredores e passagens) e descarga;

b. 2,20 m para as rampas, acesso às rampas (corredores e passagens) e

descarga das rampas;

Page 102: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

101

c. 2,20 m para circulações das unidades de emergência, unidades de

urgência, centro cirúrgico, centro obstétrico, UTIs e UTQs;

d. 2,20 m para pelo menos uma das escadas de emergência que servem as

áreas das unidades de emergência, unidades de urgência, centro cirúrgico, centro obstétrico, UTIs e UTQs;

5. Tipos de escada de emergência a em função da altura da edificação;

6. Compartimentação horizontal: pois a pior ação emergencial num

Estabelecimento Assistencial de Saúde é a relocação ou evacuação vertical dos

pacientes, devendo-se pensar, no planejamento das saídas, a transferência

(horizontal) de pacientes de uma seção para outra no mesmo pavimento;

7. Distâncias máximas a serem percorridas;

8. Os pavimentos acima do embasamento (inclusive) devem possuir, no mínimo,

duas saídas distintas com distanciamento mínimo de 10,00 metros entre elas;

9. A distância de corredores sem saída, nos pavimentos acima e/ou abaixo do

pavimento de descarga, não deve ultrapassar 9,00 metros;

10. As escadas de emergência devem ser localizadas nas extremidades da

edificação;

11. A pintura das paredes internas da escada deve ser na cor branca, mantendo

os pisos em um tom cinza claro, e corrimãos em amarelo, objetivando melhorar o

nível de iluminação e contraste do ambiente;

12. Devem ser implementadas faixas antiderrapantes fotoluminescentes em todos

os degraus das escadas de emergência, contribuindo para a melhoria das

condições de segurança dessas e assim facilitando o fluxo de evasão;

13. Conforme disposto na ABNT NBR 9.050, junto à porta corta-fogo das escadas de

emergência, deve haver sinalização tátil e visual informando o número do

pavimento. Alternativamente, a mesma sinalização pode ser instalada nos

corrimãos;

14. O ingresso nas caixas de escadas de segurança pelo pavimento de descarga

deve permanecer destrancado, permitindo o acesso de equipes de intervenção

externas;

15. Conforme a ABNT NBR 9.077 (2001), deve se usar rampas para unir dois

pavimentos de diferentes níveis em acessos a áreas de refúgio, bem como para

viabilizar a continuidade entre o acesso de elevadores de emergência e a

Page 103: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

102

descarga da edificação, devendo o seu dimensionamento seguir o estabelecido

na ABNT NBR 9.050;

16. Observar o respeito a área máxima de compartimentação em função da possível

quebra ocasionada pela rampa, a qual, se aberta, deve se limitar a interligação

de no máximo 3 pavimentos consecutivos;

17. É obrigatória a instalação de corrimãos e guarda-corpos nos dois lados das

rampas e escadas, observando-se que:

a. Eles devem ser construídos em materiais rígidos, firmemente fixados às

paredes ou barras de suporte e oferecer condições seguras de utilização;

b. Os corrimãos devem permitir boa empunhadura e deslizamento, sendo

preferencialmente de seção circular entre 3,50 cm e 4,50 cm de diâmetro e

instalados com espaço livre de 4,00 cm, no mínimo, entre a parede e o

corrimão;

c. O corrimão deve prolongar-se, pelo menos, 0,30 m antes do início e após o

término da rampa ou escada e ser contínuo, sem interrupção nos patamares

das escadas ou rampas. As extremidades do corrimão devem ter acabamento

recurvado, ser fixadas ou justapostas à parede;

18. Elevador de emergência: se houver internação, cirurgias não ambulatoriais,

parto cirúrgico ou procedimentos médicos com a utilização de anestesia geral no

EAS, deve-se possuir no mínimo um elevador de emergência por eixo de

compartimentação, o qual deve:

a. Ser independentes dos elevadores de uso comum;

b. Ter suas caixas enclausuradas por paredes resistentes a 2 horas de fogo;

c. Atender a todos os pavimentos do edifício, incluindo subsolos;

d. Ter portas metálicas abrindo para hall enclausurado e pressurizado;

e. Ter circuito de alimentação elétrica independente;

f. Estar ligados a um grupo motogerador de emergência;

g. Permitir serem ligados a um gerador externo na falha do gerador interno;

h. Ter dimensões internas livres de cabine de, no mínimo, 2,10 m x 1,30 m,

permitindo o eventual transporte de macas;

19. Tanto para as escadas quanto para os elevadores de emergência, os elementos de compartimentação, constituídos pelo sistema estrutural das

compartimentações e vedações das caixas, dutos e antecâmaras, devem

atender no mínimo o mesmo TRRF da estrutura principal da edificação;

Page 104: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

103

20. Todas as portas de acesso que proporcionem condições de evasão devem abrir no sentido da saída e, ao abrir, não devem reduzir as dimensões mínimas

exigidas para os acessos;

21. Todas as rotas de fuga e saídas de emergência devem ter iluminação natural

e/ou artificial em nível suficiente, conforme disposto na ABNT NBR 5.413. Mesmo

nos casos de edificações destinadas a uso exclusivo durante o período diurno, é

indispensável a iluminação (de emergência) artificial;

22. Todos os vidros a serem instalados nas rotas de fuga devem ser do tipo

laminado;

23. Conforme verificado na Parte 1 da ABNT NBR 13.434, os elementos translúcidos ou transparentes como vidros, utilizados em esquadrias destinadas a fechamento de vãos (portas e painéis divisórias) integrantes de

rotas de saída, devem possuir tarja em cor contrastante com o ambiente, com

largura mínima de 50 mm, aplicada horizontalmente em toda sua extensão, na

altura constante compreendida entre 1,00 m e 1,40 m do piso acabado;

24. Deve-se projetar saídas complementares junto aos acessos principais da

edificação;

O “Formulário de avaliação simplificada de condições de segurança contra incêndio” existente no Anexo do Manual traz ainda algumas considerações

importantes:

25. Se existe heliponto como rota de fuga;

26. Se junto às saídas de emergência, existe alguma situação de alto risco

inviabilizando a existência da saída no local (ex. reservatório de combustíveis,

máquinas de ar-condicionado, incidência de fumaça proveniente de gerador ou

sistema de exaustão, etc.);

27. Se as plantas da edificação com as rotas de fuga estão disponíveis em pontos

chaves;

28. Se dentro da caixa de escada, existe identificação do pavimento em que se

encontra e de descarga (saída).

III. Lista de verificação de análise de projetos, do CBMDF:

Esta lista de verificação, publicada em junho de 2016, encontra-se disponível no

site do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal e visa criar parâmetros

técnicos para as análises de projetos dos analistas do CBMDF, podendo ainda ser

Page 105: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

104

seguida por projetistas de segurança contra incêndio e traz uma série de itens de

verificação, dentre os quais:

1. Dimensionamento da saída de emergência a. Redimensionar a largura das saídas de emergência de acordo com a

estimativa de população previsto na Tabela 05 da NT 010 – CBMDF;

b. Redimensionar a distância a percorrer de acordo com o previsto na Tabela

06 da NT 010 – CBMDF;

c. Redimensionar o número e o tipo das escadas de emergência, conforme

as Tabelas 10 e 11 da NT 010 – CBMDF;

2. Generalidades da saída de emergência a. Retirar depósitos, móveis ou equipamentos não previstos, tubulações de lixo,

passagem para rede elétrica, medidores de gás da caixa de escada

(antecâmara), conforme letras “b” e “c” do item 4.3.1.1.10 da NT 010 –

CBMDF;

b. Redimensionar a escada, tendo em vista a edificação não se enquadrar no

item 4.3.1.1.8 da NT 010 – CBMDF, que permite o uso de escadas com

lanços curvos;

c. Redimensionar a escada, tendo em vista a edificação não se enquadrar no

item 4.3.1.1.9 da NT 010 – CBMDF, que permite o uso de escadas em leque

(lanços mistos);

d. Deverá constar no projeto, especificação de piso antiderrapante nas rampas

e escadas de emergência de acordo com o item 4.3.1.1.1, letra g da NT 010 –

CBMDF;

e. A escada de emergência deverá ser interrompida ao nível da descarga

conforme figura 11.A NT 10 - CBMDF;

f. A escada de emergência deverá possuir lanços com a quantidade mínima de 03 (três) degraus conforme definição prevista no item 3.10 da NT 10 -

CBMDF;

3. Portas a. As portas das rotas de fuga e salas com mais de 50 pessoas, deverão abrir

no sentido de fuga, de acordo com o item 4.2.2.1 da NT 10 - CBMDF;

b. Redimensionar as rotas de fuga de modo que o raio de abertura das portas

não interfira no raio de circulação das escadas ou rotas de fuga, de

acordo com a figura 2 da NT 10 - CBMDF;

Page 106: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

105

c. Instalar barra antipânico nas portas de saída das salas ou locais de reunião

de público com mais de 200 pessoas, de acordo com o item 4.2.2.10.1 da

NT 10 - CBMDF;

d. As portas das rotas de fuga deverão ter as dimensões mínimas de (1 U.P =

0,8m, 2 U.P = 1m e 3 U.P = 1,5m), de acordo com o item 4.2.2.3 da NT 10 -

CBMDF;

4. Guarda-corpo a. Instalar guarda corpo, de acordo com o item 4.6.2.1 da NT 10 - CBMDF;

b. Instalar balaustre ou protetor do guarda corpo, vertical, de acordo com o

item 4.6.2.6 da NT 10 - CBMDF;

c. A altura mínima do guarda corpo deverá ser 1,05m, podendo ser reduzido

para 0,92m, nas escadas internas quando medida verticalmente do topo da

guarda a uma linha que una as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus.

(item 4.6.2.3 e 4.6.2.4 NT 10 - CBMDF).

d. A altura do guarda corpo das escadas externas, em edificações com mais

de 12m de altura, deverá ser de no mínimo 1,30m de acordo com o item

4.5.2.5 da NT 10 - CBMDF;

e. O vão máximo do guarda corpo deverá ser de 11 cm, de acordo com o item

4.6.2.6, letra a NT 10 - CBMDF;

f. Os vidros utilizados como guarda corpo deverão ser de segurança não estilhaçável, (laminado ou aramado), de acordo com item 4.6.2.6, letra a NT

10 - CBMDF;

5. Corrimão a. Instalar corrimão de acordo com o item 4.6.1 da NT 10 - CBMDF;

b. O corrimão deverá ser de 80 a 92 cm de altura, de acordo com o item 4.6.1.1

da NT 10 - CBMDF;

c. O corrimão deverá ser instalado nos dois lados das escadas e rampas, de

acordo com o item 4.6.1.7 4.6.1 da NT 10 - CBMDF;

d. As escadas com mais de 2,40m de largura deverão possuir corrimão intermediário, de acordo com o item 4.6.1.12 da NT 10 - CBMDF;

6. Degraus a. A altura do espelho do degrau da escada de emergência, deverá estar entre

16 e 18 cm, de acordo com o item 4.3.1.1.6, letra a da NT 10 - CBMDF;

Page 107: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

106

b. Apresentar detalhe dos degraus, informando a altura do espelho e o

comprimento do piso de acordo com a fórmula de Blondel (63≤(2h+b)≤65),

conforme o item 4.3.1.1.7, letra c NT 10 - CBMDF;

c. 5.7.3 A largura mínima do degrau em leque, nos casos previstos é de 15 cm (se houver), de acordo com o item 4.3.1.1.7, letra d NT 10 - CBMDF;

7. Patamares a. Dotar a escada reta com altura a vencer superior a 3,70m de patamar

intermediário, conforme item 4.3.1.1.7 letra a da NT 10 - CBMDF;

b. O comprimento do patamar deverá ser no mínimo igual à largura da escada,

quando houver mudança de direção, de acordo com o item 4.3.1.1.7 letra c da

NT 10 - CBMDF;

c. 5.8.3 O comprimento mínimo do patamar deverá obedecer à fórmula

P=(2h+b)n+b, para escadas retas, conforme item 4.3.1.1.7 letra b da NT 10 -

CBMDF;

8. Descarga a. Apresentar descarga de acordo com o item 4.4 da NT 10 - CBMDF;

b. O corredor enclausurado da descarga deverá possuir as características

construtivas equivalentes à da escada, de acordo com o item 4.4.2 da NT 10 -

CBMDF;

c. A descarga deverá estar a no máximo a ¼ da distância máxima a percorrer (determinada pela Tabela 06 do Anexo A) de acordo com o item

4.4.2 da NT 10 - CBMDF;

d. A área em pilotis para servir de descarga, não poderá ser usada para

estacionamento de veículos, de acordo com o item 4.4.3, letra a da NT 10 -

CBMDF;

e. Corredor a céu aberto, com largura inferior a 4m, utilizado como descarga,

deverá possuir marquise de acordo com o item 4.4.4 da NT 10 - CBMDF;

9. Elevador de emergência a. Dimensionar elevador de emergência para a edificação de acordo com a

Tabela 09 da NT 10 - CBMDF;

b. As paredes da caixa dos elevadores de emergência deverão possuir

resistência a 4 horas de fogo, de acordo com o item 4.3.3.2 letra a da NT 10

- CBMDF;

Page 108: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

107

c. As portas do elevador de emergência deverão ser metálicas, abrindo para local seguro de acordo com o item 4.3.3.2 letra b da NT 10 - CBMDF;

d. O circuito de alimentação do elevador de emergência deverá possuir chave própria, independente da geral, de acordo com o 4.3.3.2 letra d da NT 10 -

CBMDF;

e. O painel de comando do elevador de emergência deverá obedecer ao

prescrito no item 4.3.3. da NT 10 - CBMDF;

f. O elevador de emergência deverá possuir cabine para transporte de macas,

de acordo com o item 4.3.3.4 da NT 10 - CBMDF;

10. Rampas a. A edificação deverá possuir rampas de acordo com o item 4.3.2.1.1, letras a,

b, c e d da NT 10 - CBMDF;

11. Área de refúgio a. A edificação deverá possuir área de refúgio de acordo com a Tabela 09 do

Anexo A da NT 10 – CBMDF;

b. Dimensionar área de refúgio em função da população do pavimento, na

proporção de 0,25m² por pessoa de acordo com os dados da Tabela 09 do

Anexo A da NT 10 – CBMDF;

12. Escadas não destinadas a saídas de emergência a. As escadas não destinadas à saída de emergência deverão ser dotadas de

piso antiderrapante, de acordo com o item 4.3.1.3.1 letra b da NT 10 –

CBMDF;

b. As escadas não destinadas à saída de emergência deverão ser dotadas

corrimão, de acordo com o item 4.3.1.3.1 letra c da NT 10 – CBMDF;

c. As escadas não destinadas à saída de emergência deverão possuir guarda corpo nos lados abertos, de acordo com o item 4.3.1.3.1 letra d da NT 10 –

CBMDF;

d. As escadas não destinadas a saída de emergência deverão possuir degraus entre 19 e 23 cm, mas devem atender a fórmula de Blondel (63≤(2h+b)≤64),

de acordo com o 4.3.1.3.3 da NT 10 – CBMDF;

13. Escadas não enclausuradas a. A caixa da escada não enclausurada deverá atender os requisitos dos itens

4.3.1.1 a 4.3.1.2 da NT 10 – CBMDF;

Page 109: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

108

14. Escadas enclausuradas protegidas a. A edificação deverá possuir escadas protegidas conforme descrito no item

4.3.1.6 da NT 10 – CBMDF;

b. A caixa da escada protegida deverá possuir resistência à 2h de fogo (nota

em projeto), de acordo com o item 4.3.1.6.1, letra a da NT 10 – CBMDF;

c. As portas de acesso as escadas protegidas deverão possuir resistência a 60 minutos de fogo (P-60) com dispositivos que as mantenham fechadas de

acordo com o item 4.3.1.6.1, letra b da NT 10 – CBMDF;

d. A edificação deverá possuir na parte superior da escada protegida alçapão (mínimo 1m²) para alívio de fumaça de acordo com o item 4.3.1.6.1, letra D

da NT 10 – CBMDF;

e. A edificação deverá possuir na caixa da escada, captação de ar no térreo de 1,20m², de acordo com o item 4.3.1.6.4 da NT 10 – CBMDF;

f. A edificação deverá possuir na caixa da escada, janelas em todos os pavimentos (no piso da descarga é facultativo), de acordo com o item

4.3.1.6.1, letra c da NT 10 – CBMDF;

g. A edificação deverá possuir na caixa da escada, área de ventilação de 0,80m² largura de 80cm a 1,10m do piso acabado, de acordo com o item

4.3.1.6.2, letra b da NT 10 – CBMDF;

h. Os vidros na escada protegida deverão ser de segurança, aramados ou temperado, de acordo com o item 4.3.1.6.2, letra c da NT 10 – CBMDF;

i. As janelas das escadas protegidas deverão ser do tipo basculante

preferencialmente (vedados os tipos “maximar” e abrir na vertical), de acordo

com o item 4.3.1.6.2, letra e da NT 10 – CBMDF;

j. Na impossibilidade de se ventilar a escada, a edificação deverá possuir

ventilação no corredor para que seja dispensada a janela da escada, de

acordo com o item 4.3.1.6.3, da NT 10 – CBMDF;

15. Escada enclausurada a prova de fumaça a. A edificação deverá possuir escadas enclausuradas a prova de fumaça (PF),

de acordo com o item 4.3.1.8 da NT 10 – CBMDF;

b. Apresentar nota com especificação de que os elementos estruturais da escada resistem a 4 horas de fogo, de acordo com o item 4.3.1.8.1 letra c

da NT 10 – CBMDF;

Page 110: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

109

c. 5.16.3 Apresentar nota especificando que as portas de acesso da

antecâmara com a escada, resistem a 60 minutos de fogo (P-60), estanques

a fumaça, de acordo com o item 4.3.1.8.3 letra c da NT 10 – CBMDF;

d. Dimensionar antecâmara para a escada enclausurada a prova de fumaça de

acordo com o item 4.3.1.8.3 da NT 10 – CBMDF;

e. A antecâmara deverá ter o comprimento mínimo de 1,80m de acordo com

o item 4.3.1.8.3 letra a da NT 10 – CBMDF;

f. Dimensionar portas corta fogo resistentes a 1 horas de fogo (P-60) na

entrada da antecâmara e portas corta fogo resistentes a 1 horas de fogo

(P-60) estanque a fumaça na comunicação com a escada de acordo com o

item 4.3.1.8.1 letra a, combinado com item 4.3.1.8.3 letra c da NT 10 –

CBMDF;

g. O pé-direito da antecâmara deverá ter no mínimo de 2,50m de altura de

acordo com o item 4.3.1.8.3 letra b da NT 10 – CBMDF;

h. Dimensionar dutos de entrada e saída de ar na antecâmara de acordo com

o item 4.3.1.8.4 letra c da NT 10 – CBMDF;

i. A abertura do duto de entrada de ar deverá ser junto ao piso ou no máximo a 15cm deste e possuir área mínima de 0,84m², se vertical na

proporção máxima 1:4 de acordo com o item 4.3.1.8.4 letra e da NT 10 –

CBMDF;

j. 5.16.10 A abertura do duto de saída de fumaça deverá ser junto ao teto, ou no máximo a 15cm deste, localizado próximo a entrada da antecâmara e

possuir área mínima de 0,84m², se vertical na proporção máxima de 1:4 de

acordo com o item 4.3.1.8.4 letra f da NT 10 – CBMDF;

k. Apresentar nota ou detalhe dos dutos de ventilação com distanciamento mínimo de 2m medidos eixo a eixo de acordo com a figura 9.D da NT 10 –

CBMDF;

l. Duto de saída de ar-DS: i. O duto de saída de ar deverá ter a seção calculada pela fórmula: Seção =

0,105 x nº de antecâmaras e no mínimo 0,84m² em qualquer caso de

acordo com o item 4.3.1.8.4 letra b da NT 10 – CBMDF;

ii. O duto de saída de ar deverá elevar-se 1m acima de qualquer elemento

construtivo na cobertura de acordo com o item 4.3.1.8.4 letra d da NT 10

– CBMDF;

Page 111: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

110

iii. O duto de saída de ar deverá ser fechado na base de acordo com o item

4.3.1.8.4 letra g da NT 10 – CBMDF;

iv. O duto de saída de ar deverá ser totalmente aberto no topo ou ter

abertura de saída com área = 1,5 x seção do duto de acordo com o item

4.3.1.8.4 letra d da NT 10 – CBMDF;

v. As paredes do duto deverá ter resistência a 2h de fogo de acordo com o

item 4.3.1.8.4 letra h da NT 10 – CBMDF;

m. Duto de entrada de ar – DE: i. As paredes do duto deverá ter resistência a 2h de fogo de acordo com o

item 4.3.1.8.4 letra k da NT 10 – CBMDF;

ii. O duto de entrada de ar deverá ter a seção calculada pela fórmula: Seção

= 0,105 x nº de antecâmaras e no mínimo 0,84m² em qualquer caso de

acordo com o item 4.3.1.8.4 letra b da NT 10 – CBMDF;

iii. Dimensionar captação de ar na extremidade inferior igual a do duto

4.3.1.8.4 letra p da NT 10 – CBMDF;

iv. O duto de entrada de ar deverá ser fechado no topo de acordo com a

figura 7.D da NT 10 – CBMDF;

IV. Norma Técnica Nº 45/2012, do CBMGO: A Norma Técnica Nº 45/2012 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás

(CBMGO), traz um Check List – Sumário técnico para orientação de inspeções e

elaboração de projetos, devendo o analista de projetos verificar no momento da

analise os seguintes itens:

1. Numero de saídas e tipo de escada conforme Tabela 6 da NT pertinente;

2. Distancia a percorrer conforme Tabela 5 da NT pertinente;

3. Largura das saídas de emergência (portas, rampas, escadas,

corredores/acessos) conforme Tabela 4 da NT pertinente;

4. Largura mínima de 1,20m, salvo exceções;

5. Sentido de abertura das portas de saida de emergencia ou nota especifica da

abertura destas;

6. Barra anti-panico nas portas (para lotacao ,maior que 200 pessoas);

7. Indicacao de escada e/ou rampa antiderrapante e resistente ao fogo;

8. Detalhe da relacao piso X espelho da escada;

9. Detalhe de instalação do corrimao;

Page 112: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

111

10. Detalhe de instalação do guarda-corpo;

11. Indicacao grafica (desenho) de corrimao e guarda corpo nas escadas e/ou

rampas;

12. Medida do patamar; 13. Minimo de 3 degraus para escadas;

14. Escada menor que 1,20m deve ter nota especificando “Uso restrito, atende

pavimento com populacao menor que 20 pessoas”;

15. Altura máxima da escada em 3,70m para lanco sem patamar intermediario;

16. Rampas devem ter inclinacao indicada (10% ou 12,5%, observar NT-11);

17. Escadas e/ou patamar em leque devem observar a relacao piso X espelho

(formula de Blondel); 18. Escada enclausurada:

a. Parede resistente ao fogo por 2h;

b. Porta corta fogo 90min;

c. Tomada de ar de 1,2m² em tela de arame no pavimento terreo ou no patamar

entre terreo e 1o pavimento;

d. Ventilacao na escada ou corredor com 0,8m² junto ao teto ou a 15cm

deste;

e. Distancia horizontal de 3m entre ventilação e aberturas;

f. Ventilacao no termino superior da escada com 0,8m²; g. Termino da escada no terreo e acesso ao subsolo por fora.

19. Escada a Prova de Fumaca, item 5.7.9 da NT-11: a. Parede resistente ao fogo por 4h;

b. Porta corta fogo 60min;

c. Indicacao de ingresso por antecamara ventilada;

d. Dimensao do duto de ventilação.

20. Elevador de emergencia (A-2,3 - > 80m; Demais ocupações - >60m, salvo excecoes), item 5.9.1 da NT-11: a. Parede reisitente ao fogo por 4h independente;

b. Indicacao de ingresso por antecamara ventilada;

c. Circuito de alimentação de energia com chave própria independente;

d. Indicacao de GMG de emergencia.

21. Area de refugio, item 5.10.2 da NT-11:

Page 113: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

112

a. Obrigatorio em E-5,E-6; H-2,H-3 > 12m; Area de refugio – 30% do

pavimento;

22. DAC quando altura maior de 10m devera haver nota e detalhe no projeto;

23. Subsolos, item 5.15 da NT-11:

a. Area >500m² ou Populacao >100, 2 saidas de emergencia em lados opostos

a no mínimo 10m, exceto para estacionamento de veículos;

b. Quando Populacao >50, 1 saida de emergencia direta ao exterior;

c. Area >500m², necessidade de área de refugio – 30% do pavimento;

d. Se altura ascendente ate 12m, escada simplesmente enclausurada. Se >12m,

escada pressurizada;

V. Norma Técnica Nº 01/2018, Parte 06, do CBMES: Esta NT, em seus Anexos A.10, A.12 e A.14, que estão separados por tipo de

escada de segurança, traz uma série de itens de verificação em vistoria, os quais

devem estar em conformidade com o projeto aprovado junto ao corpo de bombeiros.

Destes inúmeros itens, entende-se que devem ser observados na elaboração dos

projetos de segurança contra incêndio os seguintes:

ANEXO A.10 - ESCADA NÃO ENCLAUSURADA (ENE): a) Generalidades – Condições em Planta

1. Verificar a distância máxima a percorrer (DMP), do ponto mais distante da

edificação até o acesso a escada, em planta todos os pavimentos;

2. Verificar a larguras dos corredores;

b) Da escada ENE 3. Verificar se a ENE foi construída com material resistente ao fogo (TRRF 120

min) 4. Verificar a largura da escada

5. Conferir se as dimensões dos degraus 6. Verificar se o piso da escada é regular e antiderrapante

c) Corrimãos 7. Verificar a integridade do corrimão – material utilizado – e sua fixação

8. Verificar se o caminhamento interno do corrimão é contínuo em toda a sua

extensão da escada

9. Verificar se o corrimão que auxilia o caminhamento externo da escada é

continuo em toda a sua extensão exceto nas proximidades da portas de

Page 114: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

113

acesso as unidades autônomas, onde o corrimão tem que exceder em no

mínimo 20 cm a chegada do patamar sendo seu término curvado para o interior

10. Verificar se a altura de instalação do corrimão está entre 80 – 92 cm

11. Verificar se a espessura do corrimão está entre 38 – 65 mm

12. Verificar se o afastamento entre o corrimão e a parede é no mínimo de 40 mm;

d) Guardacorpo 13. Verificar a integridade do guardacorpo – material utilizado – e sua fixação;

14. Verificar a altura do guardacorpo é maior ou igual a 1,10 m;

15. Verificar, quando for o caso, se os afastamentos entre as longarinas

possuem distância mínima de 15 cm;

16. Verificar, no caso de guardacorpo de vidro, se são do tipo laminado ou aramado;

e) Portas das Unidades Autônomas 17. Verificar se a largura das portas atende a população do setor que por ela

ocorre o escape (Nota: Porta de 1 unidade de passagem = 0,80m; Porta de 2

unidades de passagem= 1,0m);

18. Verificar para as unidades autônomas com capacidade de público superior a 50 pessoas se a portas abrem no sentido de fuga;

19. Verificar para as unidades autônomas com capacidade de público superior a 200 pessoas se as portas possuem barra antipânico;

f) Devem ser sinalizadas conforme a NT de Sinalização de Emergência.

ANEXO A.12 - ESCADA ENCLAUSURADA PROTEGIDA (EEP): a) Generalidades – Condições em Planta

20. Verificar a distância máxima a percorrer (DMP), do ponto mais distante da

edificação até a porta corta-fogo (PCF) de acesso a caixa da EEP;

21. Verificar a larguras dos corredores;

b) Da caixa de escada EEP 22. Verificar se a espessura da parede da escada e o material utilizado na

parede resistente ao fogo está conforme indicado em projeto;

23. Verificar a largura da escada;

24. Conferir as dimensões dos degraus;

Page 115: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

114

25. Conferir as dimensões dos patamares;

26. Verificar se o piso da escada é regular e antiderrapante;

27. Verificar se todas as portas que acessam a EEP são PCF P-60;

c) Ventilações i. Alçapão de Alívio (AA)

28. Verificar se a instalação do Alçapão de Alívio está no último pavimento;

29. Verificar se o alçapão de alívio está localizado junto ao teto ou no máximo a 15 cm deste, no término da escada;

30. Verificar a área (área mínima de 1,00 m²), dimensões e especificação do

alçapão de alivio (tela de arame galvanizado, com espessura dos fios

superior ou igual a 3 mm e malhas de dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5

cm);

ii. Janelas de Ventilação (JV) 31. Verificar área (área mínima de 0,80 m²), dimensões e especificações das

janelas de ventilação

32. Verificar a altura de instalação da janela de ventilação

33. Verificar, quando da impossibilidade de ventilar a caixa de escada, a

previsão do atendimento da ventilação do corredor de acesso a no máximo

10 m do acesso a PCF P-60 da EEP

iii. Ventilação Permanente Inferior (VPI) 34. Verificar se a posição da ventilação permanente inferior (VPI) está no

pavimento térreo;

35. Verificar as dimensões, área efetiva (1,20 m²) e especificações (tela de arame galvanizado, com espessura dos fios superior ou igual a 3 mm e

malhas de dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm)

36. Verificar para os casos especiais, quando houver, VPI sendo ventilada pelo saguão de descarga;

d) Portas corta-fogo 37. Verificar as larguras das PCF’s P-60 (a porta de saída do pavimento de

descarga deverá ter largura mínima de 1,00 m);

38. Verificar se as PCF’s P-60 estão pintadas na cor vermelha (nota: aceita-se

que a folha da PCF que esteja virada para a descarga seja de qualquer cor);

Page 116: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

115

39. Verificar se as PCF’s P-60 estão abrindo no sentido de fuga (nota: nos

pavimentos deverão abrir para dentro da escada, contudo, no pavimento de

descarga deverão abrir para fora da escada);

40. Verificar se a especificação da PCF atende ao critério de TRRF de 60 min;

41. Verificar se as PCF’s P-60 estão indicadas com sinalização de emergência

“PORTA CORTA FOGO – MANTENHA FECHADA”

42. Verificar se está indicado na parte interna da escada na folha da PCF P-60 a

indicação do pavimento

43. Todas as PCF’s P-60 devem possuir o mecanismo de fechamento mecânico;

e) Corrimãos 44. Verificar a integridade do corrimão – material utilizado – e sua fixação;

45. Verificar se o caminhamento interno do corrimão é contínuo em toda a

extensão da escada, inclusive no patamar;

46. Verificar se o corrimão que auxilia o caminhamento externo da caixa de

escada é continuo em toda a sua extensão exceto nas proximidades da PCF’s P-60, onde o corrimão tem que exceder em no mínimo 20 cm a

chegada do patamar sendo seu término curvado para o interior; 47. Verificar se a altura de instalação do corrimão está entre 80 – 92 cm;

48. Verificar se a espessura do corrimão está entre 38 – 65 mm;

49. Verificar se o afastamento entre o corrimão e a parede é no mínimo de 40 mm;

f) Guarda corpo 50. Verificar a integridade do guardacorpo – material utilizado – e sua fixação;

51. Verificar a altura do guardacorpo é maior ou igual a 1,10 m;

52. Verificar, quando for o caso, se os afastamentos entre as longarinas

possuem distância mínima de 15 cm;

53. Verificar, no caso de guardacorpo de vidro, se são do tipo laminado ou aramado;

g) Da Descarga 54. Verificar se todos os acessos a descarga é mediante PCF P-60;

55. Verificar se as paredes que limitam a descarga atendem o critério de TRRF 120 min;

Page 117: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

116

56. Verificar se as ocupações inseridas na descarga são permitidas conforme

norma;

h) Portas das Unidades Autônomas 57. Verificar se a largura das portas atende a população do setor que por ela

ocorre o escape (Nota: Porta de 1 unidade de passagem = 0,80m; Porta de 2

unidades de passagem= 1,0m);

58. Verificar para as unidades autônomas com capacidade de público superior a 50 pessoas se a portas abrem no sentido de fuga;

59. Verificar para as unidades autônomas com capacidade de público superior a 200 pessoas se as portas possuem barra antipânico;

i) Devem ser sinalizadas conforme a NT de Sinalização de Emergência.

ANEXO A.14 - ESCADA ENCLAUSURADA A PROVA DE FUMAÇA - DUTOS (EPF-DUTOS): a) Generalidades – Condições em Planta

60. Verificar a distância máxima a percorrer (DMP), do ponto mais distante da

edificação até a porta corta-fogo (PCF) de acesso a caixa da EPF para todos

os pavimentos;

61. Verificar se as larguras dos corredores; b) Da caixa de escada EPF

62. Verificar se a espessura da parede da escada e o material utilizado na

parede resistente ao fogo está conforme indicado em projeto;

63. Verificar a largura da escada;

64. Conferir as dimensões dos degraus;

65. Conferir as dimensões dos patamares;

66. Verificar se o piso da escada é regular e antiderrapante;

c) Ventilações i. Topo do duto de saída de ar (DS) (Topo do Edifício)

67. Verificar as dimensões do duto de saída de ar

68. Verificar no topo do edifício se o duto de saída de ar se prolonga a no mínimo 1m do restante da edificação;

69. Verificar se o duto de saída de ar atende as características de TRRF 2h;

ii. Antecâmara (todos os pavimentos previstos no PSCIP) 70. Verificar se o acesso a antecâmara é por porta PCF P-60;

Page 118: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

117

71. Verificar se o acesso a escada é por porta PCF P-60;

72. Verificar a distância entre a porta PCF P-60 de acesso a antecâmara à porta PCF P-60 de acesso a escada (mínimo de 1,80 m)

73. Conferir as dimensões do duto de ventilação de entrada de ar 74. Conferir a instalação da ventilação junto ao piso (afastada no máximo a 15

cm) para o duto de entrada de ar 75. Conferir as dimensões do duto de ventilação de saída de ar 76. Conferir a instalação da ventilação junto ao teto (afastada a no máximo 15

cm) para o duto de saída de ar 77. Verificar se a parte interna dos dutos de ventilação estão com acabamento

liso;

iii. Duto Horizontal (próximo ao pavtº térreo) 78. Verificar se o duto horizontal está interligado ao duto vertical de entrada

de ar

79. Verificar em toda a sua extensão as dimensões do duto horizontal de sucção

de ar;

80. Verificar se o duto horizontal está protegido por material com característica

de TRRF de 2h (gesso acartonado rosa, proteção de lã de rocha para dutos

metálicos e outras com a devida certificação);

iv. Captação de ar do duto horizontal 81. Verificar as dimensões e especificações da janela de captação de ar

82. Verificar os afastamentos da janela de captação de ar em relação a outras aberturas

d) Portas corta-fogo 83. Verificar as larguras das PCF’s P-60 (a porta de saída do pavimento de

descarga deverá ter largura mínima de 1,00 m);

84. Verificar se as PCF’s P-60 estão pintadas na cor vermelha (nota: aceita-se

que a folha da PCF que esteja virada para a descarga seja de qualquer cor);

85. Verificar se as PCF’s P-60 estão abrindo no sentido de fuga (nota: nos

pavimentos deverão abrir para dentro da escada, contudo, no pavimento de

descarga deverão abrir para fora da escada);

86. Verificar se a especificação da PCF atende ao critério de TRRF de 60 min;

87. Verificar se as PCF’s P-60 estão indicadas com sinalização de emergência

“PORTA CORTA FOGO – MANTENHA FECHADA”

Page 119: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

118

88. Verificar se está indicado na parte interna da escada na folha da PCF P-60 a

indicação do pavimento

89. Todas as PCF’s P-60 devem possuir o mecanismo de fechamento mecânico;

e) Corrimãos 90. Verificar a integridade do corrimão – material utilizado – e sua fixação;

91. Verificar se o caminhamento interno do corrimão é contínuo em toda a

extensão da escada, inclusive no patamar;

92. Verificar se o corrimão que auxilia o caminhamento externo da caixa de

escada é continuo em toda a sua extensão exceto nas proximidades da PCF’s P-60, onde o corrimão tem que exceder em no mínimo 20 cm a

chegada do patamar sendo seu término curvado para o interior; 93. Verificar se a altura de instalação do corrimão está entre 80 – 92 cm;

94. Verificar se a espessura do corrimão está entre 38 – 65 mm;

95. Verificar se o afastamento entre o corrimão e a parede é no mínimo de 40 mm;

f) Guardacorpo 96. Verificar a integridade do guardacorpo – material utilizado – e sua fixação;

97. Verificar a altura do guardacorpo é maior ou igual a 1,10 m;

98. Verificar, quando for o caso, se os afastamentos entre as longarinas

possuem distância mínima de 15 cm;

99. Verificar, no caso de guardacorpo de vidro, se são do tipo laminado ou aramado;

g) Da Descarga 100. Verificar se todos os acessos a descarga é mediante PCF P-60;

101. Verificar se as paredes que limitam a descarga atendem o critério de

TRRF 120 min; 102. Verificar se as ocupações inseridas na descarga são permitidas

conforme norma;

h) Portas das Unidades Autônomas 103. Verificar se a largura das portas atende a população do setor que por

ela ocorre o escape (Nota: Porta de 1 unidade de passagem = 0,80m; Porta

de 2 unidades de passagem= 1,0m);

Page 120: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

119

104. Verificar para as unidades autônomas com capacidade de público superior a 50 pessoas se a portas abrem no sentido de fuga;

105. Verificar para as unidades autônomas com capacidade de público superior a 200 pessoas se as portas possuem barra antipânico;

i) Devem ser sinalizadas conforme a NT de Sinalização de Emergência.

VI. Instrução Técnica Nº 11/2016, do CBMBA: Serão apresentados aqui os itens normativos entendidos como mais pertinentes,

após análises dos resultados pesquisados, divididos em grandes tópicos, os quais

estarão melhores detalhados no check list apresentado ao final deste trabalho.

1. Dimensionamento: a. Cálculo da população: a população de cada pavimento da edificação é

calculada pelos coeficientes da Tabela 1 (Anexo A) da IT 11, considerando

sua ocupação dada na Tabela 1 - Classificação das edificações e áreas de

risco quanto à ocupação do Decreto Estadual nº 16.302/2015;

b. Largura das saídas: deve ser dimensionada em função do número de

pessoas que por elas deva transitar, observados os seguintes critérios:

i. Os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que sirvam

à população;

ii. As escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do

pavimento de maior população, o qual determina as larguras mínimas

para os lanços correspondentes aos demais pavimentos,

considerando-se o sentido da saída;

c. Fórmula: N = P / C; d. Respeito às larguras mínimas: 1,10 m, para as ocupações em geral;

e. Atendimento às exigências adicionais sobre largura de saídas: como largura

efetiva das saídas e número mínimo de saídas de emergência para locais de

reunião de público com capacidade acima de 300 pessoas;

2. Acessos: desobstrução, largura, pé-direito, dentre outros parâmetros;

a. Distâncias máximas a serem percorridas: constam da Tabela 2 (Anexo B)

da IT 11 e devem ser consideradas a partir da porta de acesso da unidade

autônoma mais distante, desde que o seu caminhamento interno não

ultrapasse 10m;

b. Saídas nos pavimentos:

Page 121: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

120

i. Quantidade de saídas de emergência e escadas: depende do cálculo

da população, largura das escadas, dos parâmetros de distância máxima

a percorrer (Tabela 2 – Anexo B) e quantidade mínima de unidades de

passagem para a lotação prevista (Tabela 1), atentando para as notas da

Tabela 3, todas da IT 11; ii. Tipos de escadas exigidas para as diversas ocupações: função da altura,

conforme Tabela 3 (Anexo C) da IT 11. c. Portas de saídas de emergência: sentido de abertura; largura vão-livre;

exigências de barras anti-pânico; etc.

3. Rampas: a. Obrigatoriedade;

b. Condições de atendimento; c. Declividade;

4. Escadas: a. Generalidades: ser constituídas com material estrutural e de

compartimentação incombustível; ser dotadas de corrimãos em ambos os

lados; atender a todos os pavimentos; ter os pisos em condições

antiderrapantes; etc;

b. Largura;

c. Dimensionamento de degraus e patamares; d. Caixas das escadas: que devem ter acabamento liso; TRRF de no mínimo,

120minutos; etc;

e. Escadas para mezaninos e áreas privativas: podem ser aceitas escadas

em leque, em espiral ou de lances retos; f. Escadas não enclausuradas ou escada comum (NE): requisitos; g. Escadas enclausuradas protegidas (EP): requisitos; janelas; corredores de

acesso; h. Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF): requisitos; antecâmaras;

dutos de ventilação natural; iluminação natural das caixas de escadas

enclausuradas; i. Escada enclausurada com acesso por balcões, varandas e terraços:

requisitos; distância horizontal entre o paramento externo das guardas dos

balcões, varandas e terraços que sirvam para ingresso às escadas

enclausuradas à prova de fumaça e qualquer outra abertura desprotegida;

Page 122: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

121

ventilação no balcão da escada à prova de fumaça, através de janela com

ventilação permanente; j. Escadas à prova de fumaça pressurizadas (PFP): podem sempre substituir

as escadas enclausuradas protegidas (EP) e as escadas enclausuradas à

prova de fumaça (PF), devendo atender a todas as exigências da IT 13 –

Pressurização de escada de segurança (ainda não publicada pelo CBMBA); k. Escada aberta externa (AE): podem substituir os demais tipos de escadas,

desde que atendam os requisitos da IT 11/16; 5. Guardas e corrimãos:

a. Guarda-corpos e balaústres: exigência; altura; abertura; etc;

b. Corrimãos: altura; afastamento; largura; etc;

c. Exigências estruturais;

d. Corrimãos intermediários: exigidos em escadas com mais de 2,2 m de

largura;

6. Elevadores de emergência a. Obrigatoriedade;

b. Exigências de atendimento: caixa enclausurada por paredes resistentes a

120 minutos de fogo; estar ligado a um grupo moto gerador (GMG) de

emergência; painel de comando; etc;

7. Área de refúgio: é a parte de um pavimento separada por paredes corta-fogo e

portas corta-fogo, tendo acesso direto, cada uma delas a pelo menos uma

escada/rampa de emergência ou saída para área externa.

a. Exigências: paredes com resistência ao fogo conforme a IT 08;

b. Obrigatoriedade;

c. Hospitais e assemelhados 8. Descarga: é a parte da saída de emergência de uma edificação, que fica entre a

escada e a via pública ou área externa em comunicação com a via pública.

a. Tipos:

i. corredor ou átrio enclausurado; ii. área em pilotis;

iii. corredor a céu aberto b. Dimensionamento

9. Iluminação de emergência e sinalização de saída

Page 123: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

122

5.1.7 Plano de emergência

De acordo com a IT 03/2016 do CBMBA, o Plano de Emergência é documento

estabelecido em função dos riscos da edificação que encerra um conjunto de

ações e procedimentos a serem adotados, visando à proteção da vida, do meio

ambiente e do patrimônio, bem como a redução das consequências de sinistros.

Como já informado, trata-se de uma medida de segurança prevista em lei e

exigida às edificações, estruturas e áreas de risco, de acordo com o Decreto

Estadual nº 16.302/2015.

Independente da exigência prevista no supracitado decreto é uma medida de

segurança que se aplica também a outras edificações que, por suas características

construtivas, localização ou tipo de ocupação, necessitem do fornecimento de

informações operacionais e da planta de risco para as ações das equipes de

emergência (públicas ou privadas), conforme solicitação do Corpo de Bombeiros

Militar da Bahia (Instrução Técnica Nº 16/2018, do CBMBA).

A Instrução Técnica que estabelece os requisitos para a elaboração,

manutenção e revisão de um plano de emergência contra incêndio e pânico é a IT

16/2018, que objetiva ainda:

a. Proteger a vida, o meio ambiente e o patrimônio, bem como viabilizar a

continuidade dos negócios;

b. Fornecer informações operacionais das edificações, estruturas ou áreas de risco

ao Corpo de Bombeiros Militar da Bahia para otimizar o atendimento de

ocorrências;

c. Padronizar e alocar as plantas de risco de incêndio nas edificações para facilitar

o atendimento operacional prestado pelo Corpo de Bombeiros Militar da Bahia.

É importante destacar que alguns corpos de bombeiros militares o chamam de

Plano de Intervenção, sendo este um documento distinto de outros planos como o

Plano de Abandono e o Plano de Auxílio Mútuo.

O Plano de Abandono é um conjunto de normas e ações visando à remoção

rápida, segura, de forma ordenada e eficiente de toda a população fixa e flutuante da

edificação, em caso de uma situação de sinistro (IT 03/2016 do CBMBA).

Já o Plano de Auxílio Mútuo (PAM) é o plano que tem por objetivo conjugar os

esforços dos órgãos públicos (Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia etc.) e

brigadas de incêndio em caso de sinistro (IT 03/2016 do CBMBA).

Page 124: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

123

Ambos os planos estão contidos, de forma sintetizada, no Plano de Emergência,

que tem como itens obrigatórios, dentre outros, a identificação do apoio externo e a

indicação da metodologia a ser usada em caso de necessidade de abandono parcial

ou total do prédio.

Para a elaboração de um plano de emergência contra incêndio é necessário

realizar uma análise preliminar dos riscos de incêndio, buscando identificá-los,

relacioná-los e representá-los em planta de risco de incêndio.

Conforme o nível dos riscos de incêndio existentes, o levantamento prévio e o

plano de emergência devem ser elaborados por engenheiros, arquitetos, tecnólogos

ou técnicos, de acordo com as atribuições definidas pelos respectivos conselhos de

classe.

O profissional habilitado deve realizar uma análise dos riscos da edificação com

o objetivo de minimizar e/ou eliminar todos os riscos existentes, recomendando-se a

utilização de métodos consagrados tais como: “What if”, “Check list”, HAZOP, Árvore

de Falhas, Diagrama Lógico de Falhas.

O plano de emergência contra incêndio deve contemplar, no mínimo, as

informações detalhadas da edificação e os procedimentos básicos de emergência

em caso de incêndio.

Sua redação deve ser simples, estruturada e completa, reunindo em um único

documento, as informações sobre a edificação, seus recursos e meios, as

atribuições dos envolvidos, os procedimentos de comunicação (com os contatos

internos), os recursos externos de apoio (com respectivos contatos), bem como

todas as informações necessárias para realização dos procedimentos de

emergência em si, permitindo o seu acompanhamento de forma lógica.

Deve ainda ser prevista a interface do plano de emergência contra incêndio com

outros planos da edificação, estrutura ou área de risco (produtos perigosos,

explosões, inundações, pânico, etc.).

O plano de emergência contra incêndio deve ser amplamente divulgado aos

ocupantes da edificação, de forma a garantir que todos tenham conhecimento dos

procedimentos a serem executados em caso de emergência e sempre fazer parte dos treinamentos de formação, treinamentos periódicos e reuniões ordinárias dos

membros da brigada de incêndio, do grupo de apoio etc.

Periodicamente devem ser realizados exercícios simulados parciais e completos

(pelo menos um por ano) de abandono de área na edificação, com a participação de

Page 125: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

124

todos os ocupantes, sendo realizada, imediatamente após o simulado, uma reunião

extraordinária para avaliação e correção das falhas ocorridas, com a elaboração de

uma ata.

Anualmente o plano de emergência contra incêndio deve ser revisado por

profissional habilitado, bem como auditado, preferencialmente antes de sua revisão,

com a finalidade de avaliar se o mesmo está sendo cumprido em conformidade com

a IT 16/2018, bem como verificar se os riscos encontrados na análise realizada pelo

elaborador do plano, foram minimizados ou eliminados.

Como já dito anteriormente neste trabalho, os corpos de bombeiros militares dos

vinte e sete entes federados ou possuem norma própria ou seguem alguma norma

referente a elaboração e aplicação do Plano de Emergência (ou de Intervenção).

A ABNT NBR 15.219/2005 - Plano de emergência contra incêndio – Requisitos,

que trata do tema é referenciada pela IT 16/2018 do CBMBA com a qual é bastante

semelhante.

Estas normas são mais teóricas e orientativas e contêm em seu escopo as

informações necessárias à elaboração do Plano de Emergência e sua efetivação.

Desta forma, as análises abaixo apresentam uma orientação do que deve

constar no Plano de Emergência a ser apresentado ao CBMBA, conforme alguns

documentos observados, sendo resumidas na lista de verificação apresentada ao

final deste trabalho.

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de

segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (ANVISA, 2014): Este manual traz algumas recomendações que devem ser seguidas para

elaboração e cumprimento do Plano de Emergência, dentre as quais:

1. As ações descritas no Plano de Emergência Contra Incêndio devem estar

intimamente alinhadas com as medidas constantes no Plano de Contingências

no sentido de preservar a continuidade das operações fundamentais do EAS;

2. O PECI deve ser elaborado considerando os parâmetros mínimos estabelecidos

na ABNT NBR 15.219/2005, em função dos riscos internos e externos específicos de cada Estabelecimento Assistencial de Saúde, estabelecendo a

Page 126: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

125

melhor utilização dos recursos materiais e humanos disponíveis nesse, com o

objetivo de minimizar as fatalidades e os danos em caso de incêndio ou outras

emergências;

3. Deve-se realizar o levantamento de informações fundamentais, dos recursos e

características construtivas da edificação, de seus ocupantes, do seu entorno e

da região como um todo;

4. Deve-se prosseguir com uma análise formal de riscos através da utilização de

metodologias consagradas para tal ou ainda através de metodologia

desenvolvida especificamente para edificações da área de saúde, identificando-

os, relacionando-os e representando-os de forma gráfica em uma planta de

riscos de incêndio;

5. Sugere-se o modelo lógico contido no Fluxograma de Procedimento de Emergência da ABNT NBR 15.219, Anexo A;

6. Deve ser amplamente divulgado internamente para todos os colaboradores,

para que tenham conhecimento do conteúdo, de suas atribuições, das ações e

procedimentos necessários em caso de sinistro;

7. Deve ser incorporado aos treinamentos periódicos de Brigada de Incêndio;

8. Devem ser realizados exercícios simulados de abandono de área, parciais e

completas com a participação de todos os colaboradores praticando a remoção

de pacientes tanto na horizontal, quanto na vertical, com a seguinte

periodicidade:

a. Para os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde classificados como E-I ou E-II, conforme a Tabela 3 do Manual: treinamentos e simulados parciais,

frequência não superior a seis meses e simulados gerais, anualmente;

b. Para os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde classificados como E-III, conforme a Tabela 3 do Manual: treinamentos e simulados parciais,

frequência não superior a três meses e simulados gerais no mínimo duas vezes ao ano;

9. Após os treinamentos e/ou simulados deve ser realizada uma reavaliação dos procedimentos, verificando-se os resultados e aferindo sua eficiência, bem

como constatando os desvios e falhas percebidas e assim propondo as medidas

de correção necessárias;

Page 127: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

126

10. Cópia do Plano de Emergência deve ser fornecida ao Corpo de Bombeiros e

estar disponível diuturnamente nas entradas principais do Estabelecimento

Assistencial de Saúde e na sala de segurança.

II. Instrução Técnica Nº 16/2018, do CBMBA: Serão apresentados aqui os itens normativos necessários a elaboração,

manutenção e revisão do plano de emergência entendidos como mais pertinentes,

após análises dos resultados pesquisados.

1. Elaboração: Deve ser realizada contemplando os aspectos constantes nos Anexos B e C da

IT 16/2018:

a. Descrição da edificação ou área de risco i. Identificação da edificação

ii. Localização

iii. Estrutura

iv. Dimensões

v. Ocupação

vi. População

vii. Características de funcionamento

viii. Pessoas portadoras de necessidades especiais

ix. Riscos específicos inerentes à atividade

x. Recursos humanos

xi. Sistemas de segurança contra incêndio

xii. Rotas de fuga

b. Procedimentos básicos de emergência contra incêndio i. Alerta

ii. Análise da situação

iii. Apoio externo

iv. Primeiros socorros e hospitais próximos

v. Eliminar riscos

vi. Abandono de área

vii. Isolamento de área

viii. Confinamento do incêndio

ix. Combate ao incêndio

Page 128: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

127

x. Investigação

c. Responsabilidade pelo plano 2. Deve-se elaborar um “fluxograma de procedimento de emergência contra

incêndio” a ser seguido pela brigada de incêndio da edificação conforme modelo

do Anexo A da IT 16/2018;

3. Procedimentos para análise de projeto, vistoria e atuação do CBMBA: a. O Plano de Emergência deve ser apresentado por ocasião da análise do

projeto de segurança contra incêndio e pânico, salvo se a edificação,

estrutura ou área de risco não estiver em funcionamento, hipótese em que o

plano será apresentado quando da vistoria. Em eventos temporários será

obrigatoriamente apresentado o plano de emergência na análise do projeto;

b. Uma cópia do plano de emergência contra incêndio, sempre atualizado, deve

estar disponível para consulta em local de permanência humana constante

(portaria,sala de segurança, etc.), devendo ser requisitada pela Unidade

Operacional do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia em treinamento ou em

situações de emergência.

c. Planilha de informações operacionais: constitui no resumo de dados sobre

a edificação, sua ocupação e detalhes úteis para o pronto atendimento

operacional do CBMBA, devendo ser elaborada conforme modelo constante

do Anexo D.

d. Planta de risco de incêndio: visa facilitar o reconhecimento do local por

parte das equipes de emergência e dos ocupantes da edificação, estrutura e

área de risco, devendo ser elaborada em formato A2, A3 ou A4, conforme

modelo do Anexo E da IT 16 (CBMBA, 2018); i. Deve permanecer afixada na entrada da edificação, portaria ou recepção,

nos pavimentos de descarga e junto ao “hall” dos demais pavimentos, de

forma que seja visualizada por ocupantes da edificação e equipes do

Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, em caso de emergências. 4. Exercícios simulados:

Devem ser realizados exercícios simulados de abandono de área, parciais e

completos, na edificação, com a participação de todos os ocupantes, sendo

recomendada uma periodicidade máxima de um ano para simulados completos.

Imediatamente após o simulado, deve ser realizada uma reunião extraordinária para

avaliação e correção das falhas ocorridas, com a elaboração de ata;

Page 129: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

128

5. Manutenção: Deve ocorrer através da realização de reuniões periódicas e extraordinárias com

o coordenador geral da brigada de incêndio, chefes e líderes de brigada de incêndio

e um representante do grupo de apoio, com registro em ata e envio às áreas

competentes para as providências pertinentes.

6. Revisão e auditoria: Anualmente o plano de emergência contra incêndio deve ser revisado por

profissional habilitado, bem como auditado, preferencialmente antes de sua revisão,

com a finalidade de avaliar se o mesmo está sendo cumprido em conformidade com

a IT 16/2018, bem como verificar se os riscos encontrados na análise realizada pelo

elaborador do plano, foram minimizados ou eliminados.

5.1.8 Brigada de incêndio

A brigada de incêndio se constitui de um grupo organizado de pessoas,

composto por brigadistas e/ou brigadistas profissionais, treinadas e capacitadas em

prevenção e combate a incêndios, primeiros socorros e abandono de áreas, para

atuação exclusiva em edificações, estruturas ou áreas de risco (IT 03/2016 do

CBMBA).

A brigada de incêndio atua na prevenção e no combate ao princípio de incêndio,

abandono de área e prestação dos primeiros socorros, visando, em caso de sinistro,

proteger a vida e o patrimônio, reduzir os danos ao meio ambiente, até a chegada

das equipes do Corpo de Bombeiro Militar da Bahia.

O brigadista é a pessoa, voluntária ou não, componente da brigada de incêndio,

treinada e capacitada em prevenção e combate a incêndios, primeiros socorros e

abandono de áreas, para atuação em caráter não exclusivo em edificações,

estruturas ou áreas de risco (IT 03 do CBMBA).

A IT 17/2016 do CBMBA prevê dois níveis de brigadistas, podendo o brigadista

nível II atuar em caráter exclusivo nas em edificações, estruturas ou áreas de risco.

Esses níveis também se diferenciam conforme formação prevista no Anexo B da

citada IT, com relação ao conteúdo programático dos módulos e a carga horária

mínima aplicável para cada nível de treinamento (básico, intermediário e avançado).

O brigadista profissional por sua vez é a pessoa habilitada, com formação em

bombeiro profissional civil, conforme NBR 14.608, componente da brigada de

Page 130: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

129

incêndio, que exerce, em caráter habitual, função remunerada e exclusiva de

prevenção e combate a incêndios e primeiros socorros, contratada diretamente por

empresas privadas ou públicas, por sociedades de economia mista ou por empresas

especializadas, para atuação em edificações, estruturas e áreas de risco.

Por ser uma profissão regida pela Lei Federal nº 11.901/2009, não compete ao

CBMBA definir o emprego desses profissionais, entretanto, de acordo com o item

6.7.4 da IT 17, sempre que forem exigidos brigadistas nível II, estes poderão ser

substituídos por bombeiros civis.

Recomenda-se a divisão da Brigada de Incêndio nas seguintes equipes de

atuação:

a) Equipe de Intervenção: tem por objetivo o atendimento a eventuais ocorrências,

através da realização de procedimentos de combate a focos de incêndio e

isolamento de área, salvando vidas e minimizando danos ao patrimônio e ao

meio ambiente.

b) Equipe de Abandono: tem por objetivo proporcionar segurança para o

abandono organizado do EAS, ajudando a saída de pessoas com mobilidade

reduzida e orientando a saída disciplinada dos demais, evitando pânico.

c) Equipe de Suporte Básico à Vida: tem por objetivo prover uma rápida e

eficiente intervenção no primeiro atendimento de vítimas de acidentes ou mal

súbito até a chegada do resgate especializado, salvando vidas.

Identificação dos brigadistas e uso de uniformes

Devem ser distribuídos em locais visíveis e de grande circulação quadros de

aviso ou similar, sinalizando a existência da brigada de incêndio e indicando seus

integrantes com suas respectivas localizações.

Os brigadistas são dispensados do uso de uniforme. Caso utilizem, este deverá

ser submetido à apreciação e aprovação do CBMBA. Em situação real ou de

simulado deverão utilizar capacete, braçadeiras ou coletes vermelhos com a

inscrição “BRIGADISTA” em branco na parte inferior do primeiro, central do segundo

e posterior do último.

O brigadista deve utilizar constantemente em lugar visível uma identificação que

o reconheça como membro da brigada de incêndio.

Page 131: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

130

O Bombeiro Civil desenvolverá suas atividades uniformizado e em evento deve

utilizar um colete refletivo que permita identificá-lo e ser visualizado facilmente a

distância.

Esse uniforme deverá ser diferenciado em padrões de cores, formato,

acabamento, bolsos, pregas, reforço, costuras e acessórios dos uniformes usados

pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado da Bahia e por outras forças militares ou

policiais e de qualquer uniforme utilizado por funcionário público, no âmbito federal,

estadual, distrital ou municipal, devendo ainda ser aprovado pelos Órgãos Técnicos

do CBMBA antes de sua utilização.

Assim como para o Plano de Emergência, não foram identificados normas ou

procedimentos específicos contendo lista de verificação para dimensionamento da

brigada de incêndio, distintos das próprias instruções ou normas técnicas dos corpos

de bombeiros militares ou da ABNT NBR 14.276 – Brigada de incêndio – requisitos.

As normas acima já trazem os parâmetros para dimensionamento, formação e

reciclagem da brigada de incêndio, cabendo apenas resumi-los e apresenta-los de

uma forma mais aprazível e fácil de visualizar e utilizar.

Desta forma, as análises abaixo apresentam um direcionamento do que deve ser

observado para elaboração do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico a ser

apresentado ao CBMBA, no tocante a Brigada de Incêndio, sendo resumido na lista

de verificação apresentada ao final deste trabalho.

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de

segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (ANVISA, 2014): Este manual traz algumas recomendações que devem ser seguidas para

organização, formação e treinamento da Brigada de Incêndio, dentre as quais:

1. Todo Estabelecimento Assistencial de Saúde deve organizar, formar e treinar

uma Brigada de Incêndio com seus colaboradores, capacitando-os em prevenção

e no correto uso de equipamentos de combate a incêndio conforme prescreve a

ABNT NBR 14.276, realizando treinamentos periódicos dos procedimentos de

intervenção e abandono.

Page 132: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

131

2. A carga horária mínima para treinamento dos brigadistas de incêndio é de 16

(dezesseis) horas totais, sendo 8 (oito) horas práticas, separadas conforme o

disposto no Anexo A da ABNT NBR 14.276. Para tanto, devem ser realizadas

aulas teórica e práticas tanto de primeiros socorros (avaliação primária e suporte

básico à vida), como também quanto à operação de equipamentos de combate a

incêndio disponíveis na edificação. Sugere-se que as aulas práticas sejam

realizadas em “pistas” aprovadas para tal, simulando condições similares às

verificadas em princípios de incêndio em edificações dessa natureza.

3. Deve ser estabelecido um organograma da Brigada de Incêndio estabelecendo

uma estrutura hierárquica de comando em situações de emergência, sendo

caracterizado pela existência de um líder, um sub-líder, chefes de equipes e

brigadistas de incêndio subdivididos em equipes de ação específica.

4. Os simulados realizados devem contar com todos os ocupantes do

Estabelecimento Assistencial de Saúde, inclusive com a participação de

deficientes locomotores para que sejam verificadas as reais dificuldades nas

operações programadas de abandono e assim, providenciados os ajustes

necessários no Plano de Abandono.

II. Instrução Técnica Nº 17/2016, do CBMBA: Serão apresentados aqui os itens normativos necessários ao dimensionamento,

formação e reciclagem da Brigada de Incêndio entendidos como mais pertinentes,

após análises dos resultados pesquisados.

1. Dimensionamento da brigada de incêndio As edificações, estruturas e áreas de risco que exigem brigada de incêndio

conforme Decreto 16.302/2015, bem como, os eventos em que haja concentração

de público deverão dispor de brigada de incêndio própria ou poderão contratar o

serviço de empresas licenciadas pelo CBMBA, devendo ser composta conforme

Tabela A.1 do Anexo A e Anexos I, J, K e L da IT 17.

a. A Tabela A.1 determina a composição mínima de brigadistas nível I para

cada pavimento, compartimento ou setor levando-se em conta a população

fixa, o grau de risco (baixo médio ou alto, conforme IT 14) e os

grupos/divisões (conforme Tabela 1 do Decreto 16.302) de composição da

planta da edificação, estrutura ou área de risco.

Page 133: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

132

b. Já os Anexos I, J, K e L, trazem os parâmetros para o dimensionamento e

aplicação de brigadistas nível II, também considerando o grau de risco

(baixo médio ou alto) e os grupos/divisões, da seguinte forma:

i. Anexo I: aplica-se a edificações dos Grupos B, C, D, E, H, I, J, L e M em

função da área construída total quando esta for superior a 5.000 m²,

dimensionando o número mínimo de brigadista nível II por turno a

depender do enquadramento entre uma das três faixas de área seguintes:

acima de 5.000 m² a 10.000 m² inclusive, acima de 10.000 m² a 50.000 m²

inclusive e acima de 50.000 m².

ii. Anexo J: aplica-se a edificações dos Grupos B, D, E e H, em função da

altura quando esta for superior a 30 m, dimensionando o número mínimo

de brigadista nível II por turno a depender do enquadramento entre uma

das três faixas de altura seguintes: acima de 30 m a 60 m inclusive, acima

de 60 m a 90 m inclusive e acima de 90 m.

Nota: No dimensionamento dos brigadistas nível II para os grupos B-1, B-2,

D-1, D-2, E-1, E-2, E-3, E-4, E-5, E-6 e H-6, quando os parâmetros

envolverem a área e a altura, deve prevalecer a maior exigência para

definição da quantidade, conforme Anexos I e J.

iii. Anexo K: aplica-se a edificações das Divisões F-1, F-2, F-3, F-4, F-5, F-7

e F-10, em função da população quando esta for superior a 2.500

pessoas, dimensionando o número mínimo de brigadista nível II por turno

a depender do enquadramento entre uma das três faixas de lotação

máxima seguintes: entre 2.500 a 5.000 pessoas, entre 5.001 a 10.000

pessoas e acima de 10.000 pessoas.

iv. Anexo L: aplica-se a edificações da Divisão F-6, em função da população

quando esta for superior a 500 pessoas, dimensionando o número mínimo

de brigadista nível II por turno a depender do enquadramento entre uma

das quatro faixas de lotação máxima seguintes: entre 500 a 1.000

pessoas, entre 1.001 a 2.500 pessoas, entre 2.501 a 5.000 pessoas e

acima de 5.000 pessoas.

c. Observações importantes para o dimensionamento e o treinamento da brigada de incêndio:

i. Quando em uma planta houver mais de um grupo de ocupação, o número

de brigadistas dever ser calculado levando-se em conta o grupo de

Page 134: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

133

ocupação de maior risco, exceto quando as unidades forem

compartimentadas ou se os riscos forem isolados quando pode ser o

número de brigadistas, calculado para cada grupo de ocupação.

ii. A seleção dos brigadistas deve levar em conta a participação de pessoas

de todos os setores, sendo que caso haja diversos turnos de serviço, o

número mínimo de brigadistas deve ser calculado em função da população

fixa do turno, ou seja, se durante o período diurno a população fixa for de

80 funcionários, calcula o número de brigadistas para essa quantidade de

funcionários e, se durante o período noturno a população fixa for de 20

funcionários, calcula o número de brigadistas somente para essa

quantidade de funcionários.

iii. Quando exigido brigadista nível II para as edificações das divisões B-1, B-

2, C-2, C-3, D-1, D-2, E-1, E-2, E-3, E-4, E-5, E-6, H-2, H-3, H-6, I-3, J-4,

L-1 ou M-2, ainda que não haja nenhum tipo de atividade desenvolvida no

turno, deve permanecer no mínimo 01 (um) para monitoramento da

edificação, estrutura ou área de risco.

iv. Quando exigido brigadista nível II para as edificações do Grupo E, a

quantidade prevista é para aplicação durante o período efetivo de aula.

v. Quando exigido brigadista nível II para as edificações do Grupo F, a

quantidade prevista é para aplicação durante o período de funcionamento

da edificação.

vi. O CBMBA poderá, mediante avaliação técnica, aumentar ou reduzir o

número de brigadistas para as edificações e eventos em virtude da

segurança e do risco de incêndio.

vii. As plantas que não possuírem hidrantes em suas instalações podem optar

pelo nível de treinamento básico de combate a incêndio e as que

possuírem devem, ainda que estabelecido curso básico pela IT 17, inserir

no treinamento as práticas de combate a incêndio com o sistema de

hidrante.

viii. Em edificações e/ou áreas de risco que produzam, manipulem ou

armazenem produtos perigosos deve-se também aplicar na formação e

reciclagem o estabelecido no Anexo B, Tabela B-1, item 31 (Emergências

químicas e tecnológicas), da IT 17, a todos os funcionários que trabalham

com os produtos perigosos.

Page 135: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

134

ix. Anualmente os brigadistas deverão passar por reciclagem, conforme

Tabela B.2 da IT 17.

x. Os cursos realizados anteriormente a publicação de IT 17, desde que

atualizados, com carga horária e matérias em conformidade com o Anexo

B da mesma, poderão ser submetidos à análise do Corpo de Bombeiros

Militar da Bahia para aproveitamento como parte da formação do

Brigadista Nível II.

xi. Deve ser realizado, no mínimo a cada 12 meses, um exercício simulado

no estabelecimento ou local de trabalho com participação de toda a

população da planta, com o objetivo de treinar a brigada de incêndio nas

suas atribuições e a população para o abandono seguro da edificação.

xii. As áreas militares ficam isentas das exigências da IT 17, ficando os

Comandantes de OM responsáveis pelo treinamento de seus militares no

combate ao princípio de incêndio e prestação dos primeiros socorros.

xiii. Recomenda-se para os casos isentos de brigada de incêndio a

permanência de pessoas capacitadas a operar os equipamentos de

combate a incêndio existentes na edificação.

d. Dos locais de reunião de público (dimensionamento mínimo) Nas edificações enquadradas nas divisões F-3 e F-7, onde se aplica a IT 12 –

Centros esportivos e de exibição e áreas afins, e nas divisões F-6 e F-10, devem

ainda ser observadas as seguintes condições:

i. Considerando que a população fixa em eventos não estará permanentemente

junto ao público, é permitida a substituição de brigadistas por Bombeiro Civil,

desde que atendam, no mínimo, aos requisitos da IT 17.

ii. Nesses casos o número mínimo de brigadistas deve ser calculado de acordo

com o previsto na Tabela A.1 para locais com lotação de até 500 (quinhentas)

pessoas, sendo que acima deste valor populacional deve-se levar em conta a

população máxima prevista para o local, na razão de:

a) Locais com lotação entre 500 e 1.000 pessoas, o número de brigadistas

deve ser no mínimo 05;

b) Locais com lotação entre 1.000 e 2.500 pessoas, o número de brigadistas

deve ser no mínimo 10;

c) Locais com lotação entre 2.500 e 5.000 pessoas, o número de brigadistas

deve ser no mínimo 15;

Page 136: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

135

d) Locais com lotação entre 5.000 e 10.000 pessoas, o número de

brigadistas deve ser no mínimo 20;

e) Locais com lotação acima de 10.000 pessoas, acrescentar 1 brigadista

para cada grupo de 500 pessoas.

A interpretação que é dada pelo CBMBA para este item da IT 17 é que é possível

a substituição dos brigadistas nível I dimensionados conforme Tabela A.1 e dos

brigadistas nível II dimensionados conforme Tabela K ou L, a depender do caso,

pelo número mínimo acima definido de Bombeiros Civis ou brigadistas nível II, desde

que empregados de forma exclusiva no evento.

Para locais com lotação de até 500 (quinhentas) pessoas vem sendo aceito, em

substituição aos brigadistas nível I dimensionados conforme Tabela A.1, o emprego

de Bombeiros Civis ou brigadistas nível II, desde que empregados de forma

exclusiva no evento, em número mínimo de 02 (dois).

2. Formação e reciclagem: a. A carga horária mínima para formação de brigadista nível I em nível de

treinamento básico, é de 8 horas, para o nível intermediário, 20 horas e

para o nível avançado, 30 h, devendo a reciclagem anual ser de 8 h. Os

módulos exigidos devem ser consultados conforme o Anexo B da IT 17.

b. Já a carga horária mínima para formação de brigadista nível II é de 80 horas, com módulos teóricos e práticos previstos também no Anexo B da IT

17, devendo a reciclagem anual ser de pelo menos 10 horas.

3. Outras informações importantes que devem constar no projeto a. Organograma da brigada de incêndio da planta, o qual pode variar de

acordo com o número de edificações, o número de pavimentos em cada

edificação e o número de empregados em cada pavimento, compartimento,

setor ou turno, conforme Anexo E da IT 17.

b. Previsão em memorial e localização em planta de um ou mais pontos de encontro da brigada de incêndio, tendo como parâmetros desse

dimensionamento a complexidade da planta e a quantidade de integrantes da

brigada de incêndio, objetivando uma melhor distribuição das tarefas.

c. Inventário de primeiros socorros distribuídos de tal forma que estejam

facilmente disponibilizados para a prestação de socorro às vítimas. Os

inventários devem atender no mínimo os itens constantes no Anexo H da IT

17, conforme dimensionamento em função da população fixa.

Page 137: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

136

d. Recomendação da observância do Anexo D da IT 17 para cumprimento das

etapas de implantação da brigada de incêndio da planta.

e. Recomendação da observância e elaboração do fluxograma de procedimento de emergência da brigada de incêndio conforme Anexo F

da IT 17, contendo os procedimentos básicos de emergência.

5.1.9 Iluminação de emergência

A iluminação também se constitui em um dos mecanismos que poderão levar ou

não ao pânico. Para tanto deve ser bem planejada e dinâmica, isto é, deve

acompanhar as necessidades visuais das pessoas e proporcionar suficiente nível de

iluminação, fornecendo segurança aos usuários.

Conforme definição da IT 03/2016 do CBMBA, iluminação de emergência é o

sistema que permite clarear áreas escuras de passagens, horizontais e verticais,

incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de restabelecimento de

serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal.

Deve ser prevista nas rotas de fuga, tais como corredores, acessos, passagens

antecâmara e patamares de escadas.

Esse sistema consiste em um conjunto de componentes e equipamentos que, em

funcionamento, propicia a iluminação suficiente e adequada para:

a. Permitir a saída fácil e segura do público para o exterior, no caso de interrupção

de alimentação normal;

b. Garantir a execução das manobras de interesse da segurança e intervenção de

socorro.

A iluminação de emergência para fins de segurança contra incêndio pode ser de

dois tipos:

a. De balizamento: que é aquela associada à sinalização de indicação de rotas de fuga, com a função de orientar a direção e o sentido que as pessoas devem

seguir em caso de emergência;

b. De aclaramento: que se destina a iluminar as rotas de fuga de tal forma que os

ocupantes não tenham dificuldade de transitar por elas.

A iluminação de emergência se destina a substituir a iluminação artificial normal

que pode falhar em caso de incêndio, por isso deve ser alimentada por baterias ou

Page 138: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

137

por motogeradores de acionamento automático e imediato, a partir da falha do

sistema de alimentação normal de energia.

Métodos de iluminação de emergência:

a. Iluminação permanente: quando as instalações são alimentadas em serviço

normal pela fonte normal e cuja alimentação é comutada automaticamente para a

fonte de alimentação própria em caso de falha da fonte normal;

b. Iluminação não permanente: quando as instalações não são alimentadas em

serviço normal e, em caso de falha da fonte normal será alimentada

automaticamente pela fonte de alimentação própria.

Existe ainda a iluminação auxiliar, que é àquela destinada a permitir a

continuação do trabalho, em caso de falha do sistema normal de iluminação. Por

exemplo: centros médicos, aeroportos, metrô etc.

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais

de Saúde (ANVISA, 2014): Este manual traz uma série de recomendações que devem ser seguidas, dentre

as quais, para aplicação nos projetos de segurança contra incêndio e pânico, se

destacam as seguintes:

1. A intensidade da iluminação provida pelo sistema de iluminação de

emergência deve ser adequada para evitar acidentes, produzindo no mínimo

5 lux ao nível do piso.

2. Recomenda-se que a variação da intensidade de iluminação não supere a

proporção de 20:1, respeitando-se as limitações de adaptação da visão

humana.

3. Os pontos de luz não devem ser instalados de modo a causar ofuscamento

aos olhos, seja diretamente ou por iluminação refletida.

a) Iluminação de aclaramento 4. Deve ser implementada em todos os locais que proporcionam circulação

vertical ou horizontal de saída para o exterior da edificação, ou seja, nas rotas

de fuga.

Page 139: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

138

5. Os pontos de iluminação de emergência devem ser instalados a

aproximadamente 2,10 metros de altura do piso acabado, respeitando a

distância máxima de 15,00 m entre eles.

b) Iluminação para sinalização (balizamento) 6. Deve indicar todas as mudanças de direção, obstáculos, saídas (acima dos

batentes das portas de saída de todos os ambientes ocupados), escadas,

rampas e etc., não devendo ser obstruída por outras sinalizações ou arranjos

decorativos.

7. O fluxo luminoso dos pontos de iluminação para sinalização deve ser

superior a 30 lumens.

c) Iluminação auxiliar: destinada a permitir com segurança a continuidade de

serviços essenciais

8. Deve prover no mínimo 70% do nível de iluminamento do sistema de

iluminação normal.

d) Luminárias 9. Devem resistir ao impacto indireto de água (combate ao incêndio)

apresentando grau de proteção mínimo IP24 (de acordo com a ABNT NBR

IEC 60.529) sem danos mecânicos nem o desprendimento da luminária do

local da montagem.

10. Devem apresentar funcionamento normal por no mínimo 1 (uma) hora

quando submetidas a temperatura igual ou superior a 70 °C.

e) Sistema distribuído de blocos autônomos de emergência (com baterias recarregáveis incorporadas) 11. Os circuitos de alimentação elétrica dos blocos autônomos devem ser

realizados através de circuitos elétricos dedicados, exclusivos e

independentes dos demais circuitos de força, permitindo a realização de

testes de funcionamento com facilidade.

12. Esses circuitos de alimentação elétrica devem permanecer

constantemente energizados (pela concessionária ou pelo grupo

motogerador), mantendo as baterias carregadas e em plena capacidade.

f) Sistema centralizado com baterias recarregáveis (alimentação por central com carregador adequado) 13. Circuitos elétricos dedicados, normalmente em baixa tensão.

14. Utilização de condutos metálicos para uma maior resistência.

Page 140: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

139

15. Não é adequada a ligação em série de luminárias.

16. Central do sistema: mantém as baterias constantemente carregadas,

monitora a tensão da rede elétrica e no caso de qualquer falha, faz o

acionamento automático dos circuitos de iluminação de emergência.

17. A central de baterias deve ser instalada em um local seguro contra ações

de um incêndio, adequadamente ventilado e constantemente supervisionado.

g) Sistema centralizado com grupo motogerador (com partida automática) 18. Alimentação por gerador com partida automática, realizada em cerca de 10

segundos depois de detectada a falta de energia da concessionária.

19. Deve estar instalado em compartimento corta-fogo e fumaça com TRRF 120 min., dotado de acesso protegido por PCF-P90, além de estar

adequadamente ventilado e sem risco de captação de fumaça de um

incêndio.

20. A tensão de alimentação elétrica das luminárias de aclaramento e

balizamento dos sistemas de iluminação de emergência em áreas com carga de incêndio, onde se antevê o combate com o emprego de água, deve ser

de, no máximo, 30 volts.

21. Para instalações existentes e na impossibilidade de reduzir-se a tensão de

alimentação das luminárias, recomenda-se a instalação nos circuitos elétricos

de alimentação de interruptores diferenciais de 30 mA, protegidos através de

disjuntores termomagnéticos de no máximo 10 A.

22. No caso de utilização de iluminação baseada na tecnologia led (light emitting

diode), recomenda-se que a temperatura de cor do conjunto de iluminação

seja, no mínimo, superior a 4.000 K propiciando um índice de reprodução de

cor mais adequado às intervenções médicas.

23. Sugere-se a instalação de luminárias de emergência à prova de explosão

para aclaramento ou sinalização do depósito de combustíveis, ou outras áreas com risco de explosão.

24. Recomenda-se que os sistemas de iluminação de emergência sejam

completamente testados mensalmente.

25. Deve ser verificado o sistema de comutação automática, o funcionamento de todas as luminárias, bem como se o tempo mínimo requerido para o funcionamento do sistema é atendido.

Page 141: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

140

II. Lista de verificação de análise de projetos, do CBMDF: Esta lista de verificação, publicada em junho de 2016, encontra-se disponível no

site do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal e visa criar parâmetros

técnicos para as análises de projetos dos analistas do CBMDF, podendo ainda ser

seguida por projetistas de segurança contra incêndio e traz uma série de itens de

verificação, dentre os quais:

1. Dimensionar iluminação de emergência nas rotas de fuga e locais que estimulem concentração de público, conforme NT 01 – CBMDF;

2. Redimensionar as luminárias de emergência, de forma que a distância entre elas seja no máximo de 04 (quatro) vezes a altura de instalação, de acordo

com o item 8.1.18 da NBR 10898/2013 da ABNT;

3. Apresentar nota ou detalhe com as especificações do sistema de iluminação

de emergência incluindo:

a. Tipo de luminárias (incandescente ou fluorescente ou led) de acordo

com o item 4.3 da NBR 10898/2013 da ABNT;

b. Tensão de alimentação, (máximo de 30 v), Potência (W), de acordo

com os itens 8.1.11 da NBR10898/2013 da ABNT;

c. Tempo de autonomia de 1h no mínimo, de acordo com item 4.5 da

NBR10898/2013 da ABNT;

4. Dimensionar no projeto de iluminação de emergência ponto de iluminação na casa de máquinas do sistema de pressurização de escadas, proteção por

hidrantes, proteção por chuveiros automáticos, gerador automatizado, locais de

acionamento manual alternativo e central do sistema de detecção e alarme,

conforme item 5.1.8 da NBR 14880/2002 da ABNT;

5. Apresentar nota informando que o sistema de iluminação de emergência

alimentado por central de baterias foi dimensionado de acordo com o item 4.1.2

da NBR 10898/2013 da ABNT;

6. Apresentar nota informando que o sistema de iluminação de emergência

alimentado por grupo motogerador foi dimensionado de acordo com o item 4.3

da NBR 10898/2013 da ABNT.

Page 142: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

141

III. Norma Técnica Nº 45/2012, do CBMGO: A Norma Técnica Nº 45/2012 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás

(CBMGO), traz um Check List – Sumário técnico para orientação de inspeções e

elaboração de projetos, devendo o analista de projetos verificar no momento da

analise os seguintes itens:

1. A classificação da categoria de exigências conforme abaixo:

a. Tipo A - O sistema de iluminação de emergência deve ser alimentado por

uma fonte central (baterias de acumuladores ou grupo motogerador). Não

serão aceitos blocos autônomos para esta categoria. As edificações com área

construída superior a 1500 m2 ou com altura superior a 30 metros devem

adotar este sistema de iluminação de emergência.

b. Tipo B - A iluminação de emergência deve ser alimentada por uma fonte

central (baterias de acumuladores ou grupo motogerador) ou por blocos

autônomos do tipo permanente. Todas as edificações com área construída

inferior ou igual a 1500 m2 ou altura inferior ou igual a 30 metros, podem

optar por este sistema.

c. Tipo C - A iluminação de emergência deve ser alimentada por uma fonte

central (baterias de acumuladores ou grupo motogerador) ou por blocos

autônomos do tipo permanente ou não permanente. As edificações com área

construída inferior ou igual a 1500 m2 ou altura inferior ou igual a 30 metros,

podem optar por este sistema.

d. Tipo D - A iluminação de emergência pode ser constituída por lanternas

portáteis, alimentadas por pilhas ou por baterias. Só e permitido seu uso em

edificações térreas com área construída menor ou igual a 750 m2 e, se e

somente se, o ambiente tiver população/lotação inferior ou igual a 200

(duzentas) pessoas.

2. Se existe uma nota explicando que o sistema ira atender a Norma Técnica

especifica, o que dispensa a locação dos pontos de iluminação diretamente no

projeto;

3. Se o sistema for alimentado por Grupo Motogerador (GMG) devera constar no

Projeto Técnico a abrangência, autonomia e sistema de automatização, além

de:

Page 143: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

142

a. Duto de entrada, duto de saída, parede corta-fogo e porta corta-fogo da

sala do GMG, quando o mesmo estiver localizado em área com risco de

captação de fumaça ou gases quentes provenientes de um incêndio;

b. O reservatório de combustível do GMG e sua capacidade, bem como as

dimensões do dique de contenção;

c. O posicionamento da central do sistema;

d. Detalhe ou nota em planta da proteção dos dutos quando passarem por

área de risco.

a) Devera ser verificado no momento da inspeção:

4. Se estão em pleno funcionamento quando na ausência de energia elétrica

garantido um tempo máximo de interrupção de 12s para comutação entre

fontes alternativas;

5. Se existe pelo menos um ponto em cada pavimento da caixa de escada;

6. A distancia máxima entre os pontos de iluminação não deve ultrapassar 15m;

7. Se assinala todas as mudanças de direção, obstáculos, saídas, escadas,

etc. e não sendo obstruída por anteparos ou arranjos decorativos;

8. Se a alimentação do sistema for feita por GMG, então devera verificar:

a. O pleno funcionamento do GMG num tempo máximo de interrupção de 12s para comutação;

b. O posicionamento da central do sistema.

IV. Norma Técnica Nº 01/2018, Parte 06, do CBMES: Esta NT, em seu Anexo A.18, traz uma série de itens de verificação em vistoria,

os quais devem estar em conformidade com o projeto aprovado junto ao corpo de

bombeiros. Destes inúmeros itens, entende-se que devem ser observados na

elaboração dos projetos de segurança contra incêndio os seguintes:

a) Sistema centralizado com baterias recarregáveis

1. Verificar a localização da central de baterias recarregáveis;

2. Verificar se o local da central de baterias recarregáveis está

compartimentado por paredes com características de TRRF de 2 h e portas

de acesso do tipo PCF P-60;

3. Verificar se a alimentação principal dos circuitos de recarga da bateria está

ligada ao quadro geral de energia elétrica (disjuntor termomagnético);

Page 144: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

143

4. Verificar se o disjuntor é a única forma de desligamento da central de

baterias;

5. Verificar se o painel de controle do sistema de IE mostra a situação de

recarga, flutuação e controle das proteções das baterias;

6. Verificar se a tensão de saída para o sistema de iluminação de emergência

possui alimentação inferior a 30 Vcc;

7. Verificar se o sistema centralizado com baterias é exclusivo para o sistema

de iluminação de emergência;

8. Verificar, quando possível, se o sistema centralizado com baterias possui

dispositivo contra curto-circuito;

9. Verificar, quando visualmente exposto, se os eletrodutos utilizados para os

condutores da iluminação de emergência são de materiais incombustíveis ou metálicos;

i. Teste do sistema centralizado com baterias recarregáveis 10. Desligar o disjuntor de alimentação do sistema de recarga da central de

baterias verificando o funcionamento do sistema de iluminação de

emergência com todas as luminárias de emergência acesas;

11. Verificar se a comutação do estado de vigília (supervisão) para o estado de funcionamento da iluminação de emergência ocorre automaticamente

em um tempo não superior a 2 s;

12. Verificar se a comutação do estado de funcionamento para o estado de vigília (supervisão) da iluminação de emergência ocorre automaticamente;

13. Verificar se o sistema mantém iluminação constante por no mínimo 30 minutos com todas as luminárias em funcionamento;

b) Sistema centralizado com grupo motogerador (GMG) 14. Verificar a localização do GMG;

15. Verificar se o local do GMG está compartimentado por paredes com

características de TRRF de 2 h e portas de acesso tipo PCF P-60;

16. Verificar se o local do GMG possui ventilação segura de entrada de ar (protegida contra o fogo)

17. Verificar se o local do GMG possui ventilação para exaustão de fumaça;

18. Exigir a não existência de materiais combustíveis no local do GMG,

exceto o tanque-combustível;

19. Verificar se o painel de controle está na mesma sala do GMG;

Page 145: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

144

20. Verificar se o painel de controle possui botão manual de partida;

21. Verificar se GMG possui dreno para escoamento de óleos e líquidos

lubrificantes;

22. Verificar se o tanque combustível, acima de 200 l, possui bacia de contenção;

23. Verificar se a tensão de saída do GMG para o sistema de iluminação de

emergência possui alimentação inferior a 30 Vcc;

Nota: Locais compartimentados para escoamento de pessoas e livres de

materiais combustíveis, com separação corta-fogo, podem manter a alimentação

em 110/220 Vca (Ex.: Escadas Enclausuradas);

24. Verificar se o GMG, caso não seja exclusivo para alimentação de iluminação

de emergência, possui derivação de energia elétrica para atender

luminárias de emergência com tensão máxima de 30 Vcc;

i. Teste do sistema centralizado com grupo motogerador (GMG) 25. Desligar a alimentação do GMG verificando o arranque automático de

funcionamento do sistema de iluminação de emergência;

26. Verificar a comutação do estado de vigília (supervisão) para o estado de funcionamento da iluminação de emergência ocorre automaticamente em

um tempo não superior a 12 s;

27. Verificar a comutação do estado de funcionamento para o estado de vigília (supervisão) da iluminação de emergência automaticamente;

28. Verificar se o sistema mantém iluminação constante por no mínimo 30 minutos com todas as luminárias em funcionamento;

c) Sistema de conjunto de Blocos Autônomos 29. Verificar se os blocos autônomos/luminárias de emergência estão

devidamente fixados;

30. Verificar se as luminárias de emergência estão na posição “on” (ligadas); 31. Verificar se os blocos autônomos funcionam com tensão inferior a 30 Vcc;

32. Verificar se a conexão elétrica de alimentação dos blocos

autônomos/luminárias de emergência está ligada à rede geral de distribuição de energia da edificação;

i. Teste do conjunto de Blocos Autônomos 33. 1ª Possibilidade: Verificar, com o corte geral da rede elétrica, se ocorre o

funcionamento de todas as luminárias;

Page 146: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

145

34. 2ª Possibilidade: Verificar, com o corte do circuito elétrico exclusivo das

luminárias de emergência, se ocorre o funcionamento de todas as luminárias;

35. 3ª Possibilidade: Verificar, com o desligamento pontual e manual das

luminárias de emergência (retirada de plugues de alimentação da tomada da

rede elétrica), o funcionamento de todas as luminárias.

36. Verificar se o conjunto de blocos autônomos mantém iluminação constante

por, no mínimo, 30 minutos;

d) Luminárias 37. Verificar a posição das luminárias de emergência:

i. Nos corredores de acesso

ii. Nas escadas

iii. Nas rampas

iv. Nas descargas

38. Verificar a instalação das luminárias de emergência nos locais de reunião de público (acima de 50 pessoas);

39. Verificar se as luminárias de emergência estão devidamente lacradas ou

fechadas com anteparo translúcido, leitoso ou transparente e em

invólucro apropriado;

40. Verificar se as luminárias de emergência não provocam o ofuscamento às vistas das pessoas ou das equipes de bombeiro.

41. Verificar se as luminárias de emergência estão devidamente fixadas de

forma a impedir sua avaria ou remoção acidentais;

V. Instrução Técnica Nº 18/2017, do CBMBA: Serão apresentados aqui os itens normativos entendidos como mais pertinentes,

após análises dos resultados pesquisados, divididos em tópicos, os quais estarão

melhores detalhados no check list apresentado ao final deste trabalho.

a) Grupo motogerador (GMG) 1. Deve-se garantir acesso controlado e desobstruído desde a área externa

da edificação até o grupo motogerador.

2. No caso de grupo motogerador instalado em local confinado, para o seu

perfeito funcionamento, deve ser garantido que a tomada de ar seja realizada

sem o risco de se captar a fumaça oriunda de um incêndio.

Page 147: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

146

3. Quando em local confinado, o grupo motogerador deve ser instalado em

compartimento resistente ao fogo por 2 h, com acesso protegido por PCF P-90.

4. Quando a tomada de ar externo for realizada por meio de duto, este deve

ser construído ou protegido por material resistente ao fogo por 2 h.

5. Nas edificações atendidas por grupo motogerador, quando o tempo de comutação do sistema for superior ao estabelecido pela NBR 10898, deve

ser previsto sistema centralizado por bateria ou bloco autônomo.

6. Os circuitos elétricos do grupo motogerador devem atender as prescrições

da IT especifica que trate de inspeção visual em instalações elétricas de baixa

tensão.

b) Sistema centralizado com baterias 7. Os componentes da fonte de energia centralizada de alimentação do

sistema de iluminação de emergência, bem como seus comandos, devem

ser instalados em local não acessível ao público, sem risco de incêndio,

ventilado e que não ofereça risco de acidentes aos usuários.

8. Se houver baterias reguladas por válvulas, o painel de controle pode ser

instalado no mesmo local das baterias. O local da instalação deverá ser em

lugar ventilado e protegido do acúmulo de gases.

c) Conjunto de blocos autônomos 9. As baterias para sistemas autônomos devem ser de chumbo-ácido selada

ou níquel-cádmio, isenta de manutenção.

d) Considerações gerais 10. No caso de instalação aparente, a tubulação e as caixas de passagem

devem ser metálicas ou em PVC rígido antichama, conforme NBR 15465.

11. A distância máxima entre os pontos de iluminação de emergência não

deve ultrapassar 15 m e entre o ponto de iluminação e a parede 7,5 m.

Outro distanciamento entre pontos pode ser adotado, desde que atenda aos

parâmetros da NBR 10898.

12. Deve-se garantir um nível mínimo de iluminamento de 3 lux em locais planos (corredores, halls, áreas de refúgio) e 5 lux em locais com desnível (escadas ou passagens com obstáculos).

Page 148: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

147

13. A tensão das luminárias de aclaramento e balizamento para iluminação de

emergência em áreas com carga de incêndio deve ser no máximo 30 Volts.

14. Para instalações existentes e na impossibilidade de reduzir a tensão de

alimentação das luminárias, pode ser utilizado um interruptor diferencial de

30mA, com disjuntor termomagnético de 10A.

15. Recomenda-se a instalação de uma tomada externa à edificação,

compatível com a potência da iluminação, para ligação de um gerador móvel.

Esta tomada deve ser acessível, protegida adequadamente contra

intempéries e devidamente identificada.

VI. ABNT NBR 10.898:2013: Em razão da IT 18/2017 do CBMBA adotar a ABNT NBR 10898 – Sistema de

iluminação de emergência (2013), naquilo que a não contrariar, foi realizada a

pesquisas bibliográfica na mesma, sendo o apresentados aqui os itens normativos

entendidos como mais pertinentes, após análises dos resultados pesquisados,

divididos em tópicos, os quais estarão melhores detalhados no check list

apresentado ao final deste trabalho.

1. Previsão em projeto dos pontos de iluminação, sua disposição, distância e altura

de instalação, área máxima de iluminação, dentre outros.

2. Previsão em projeto de notas referentes a: bitola mínima dos condutores e cores

de isolamento, queda de tensão, tipo de bateria, autonomia do sistema, proteção

dos condutores, tempo de comutação do sistema, dentre outros.

3. Previsão em planta: das áreas de passagens dos cabos, da localização das

fontes de energia, da posição dos pontos de luz e das suas proteções.

4. Critérios básicos para os quatro tipos de sistemas:

a. Blocos autônomos;

b. Baterias recarregáveis;

c. Grupo motogerador;

d. Equipamentos portáteis.

5. Requisitos das luminárias.

6. Exigência da iluminação de aclaramento.

7. Exigência e requisitos da iluminação de balizamento.

8. Requisitos para o circuito de alimentação.

Page 149: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

148

9. Previsão de autonomia do sistema.

10. Iluminação auxiliar.

11. Situações especiais com risco de explosão.

5.1.10 Alarme de incêndio

O sistema de alarme de incêndio é uma das principais medidas de proteção ativa

de qualquer edificação, tendo como finalidade propiciar meio confiável de alertar os

ocupantes sobre uma situação de sinistro com risco iminente. O alarme, quando de

um sinistro confirmado, possibilita uma melhor organização dos indivíduos

viabilizando a evasão mais calma e segura.

Trata-se de um sistema de processamento centralizado, contemplando diversos

acionadores manuais distribuídos na edificação, adequadamente interligados entre

si e a um Painel Central de Alarme de Incêndio, por linhas de comunicação

apropriadas (circuitos de detecção). Essa Central de Alarme de Incêndio, por sua

vez, estará interligada através de outro tipo de linhas de comunicação (circuitos de

comando) a avisadores audiovisuais dispostos estrategicamente na edificação.

Os acionadores manuais são dispositivos destinados a transmitir a informação

(sinal) de um alarme, quando acionados manualmente por um usuário da edificação.

Já os avisadores são dispositivos sonoros e/ou visuais destinados a alertar os

ocupantes da edificação de uma situação de emergência, informando-os que devem

desocupá-la organizadamente.

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais

de Saúde (ANVISA, 2014): Este manual traz uma série de recomendações que devem ser seguidas, dentre

as quais, para aplicação nos projetos de segurança contra incêndio e pânico, se

destacam as seguintes:

1. Os acionadores manuais devem ser instalados junto às saídas de emergência

e próximos aos hidrantes, se existirem.

Page 150: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

149

2. Deve ser observada a altura de 1,00 metro do piso acabado, conforme prescrito

na ABNT NBR 9.050, para instalação dos acionadores manuais.

3. A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer ponto do

Estabelecimento Assistencial de Saúde até o acionador manual mais próximo,

não deve ser superior a 30,00 metros.

4. Nas edificações com mais de um pavimento, deve ser implementado pelo

menos um acionador por pavimento.

5. As edificações de uso coletivo, como no caso dos Estabelecimentos

Assistenciais de Saúde, devem prever ocupação por deficientes físicos, auditivos

e visuais, tornando mandatório que o sistema de alarme de incêndio contemple

sinalização sonora e visual, em conformidade com o disposto na ABNT NBR

9.050.

6. Os avisadores devem ser projetados de maneira que de todos os ambientes

do Estabelecimento Assistencial de Saúde seja possível perceber (ver e/ou ouvir) o alarme, diminuindo o tempo de reação dos ocupantes da edificação,

tornando a desocupação mais eficiente e minimizando a possibilidade de vítimas

pelas consequências do sinistro.

7. Sugere-se que os avisadores sonoros e visuais sejam implementados sobre o batente das portas de saída de emergência, auxiliando instintivamente no

direcionamento do fluxo de pessoas para áreas seguras.

8. Recomenda-se que o acionamento do alarme geral (sonoro e visual) para

abandono do Estabelecimento Assistencial de Saúde seja realizado mediante comando manual, após a constatação da emergência, reduzindo as chances

de perturbar desnecessariamente o ambiente ou ainda de gerar uma situação de

estresse ou pânico.

9. Se não houver o reconhecimento do alarme na Central de Alarme do sistema

em até 30 segundos do recebimento do sinal de acionamento de um acionador

manual, o alarme de abandono deve ser automaticamente acionado.

10. Recomenda-se que as centrais de alarme possuam um painel/esquema ilustrativo indicando a localização com identificação dos acionadores manuais

dispostos na área da edificação, respeitadas as características técnicas da

central.

11. Esse painel pode ser substituído por um display da central que indique a

localização do acionamento.

Page 151: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

150

12. O sistema de alarme de incêndio deve ter duas fontes distintas de alimentação, uma principal alimentada pela rede elétrica da edificação e uma

auxiliar, constituída por baterias ou nobreak.

13. A fonte auxiliar deve apresentar autonomia mínima de 24 horas em regime de supervisão e 30 minutos em regime de alarme.

14. A central do sistema de alarme de incêndio ou o respectivo painel repetidor (se

necessário) devem ser instalados em local seguro contra as ações do incêndio, permitindo fácil visualização do eventual local do sinistro, em área

com constante vigilância humana.

No “Formulário de avaliação simplificada de condições de segurança contra incêndio”, constante no Anexo do Manual são estabelecidas algumas outras

verificações importantes, dentre as quais:

15. O sistema de alarme possui alguma certificação?

16. O sistema de alarme é regularmente mantido e testado (semestralmente)?

II. Lista de verificação de análise de projetos, do CBMDF: Esta lista de verificação, publicada em junho de 2016, encontra-se disponível no

site do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal e visa criar parâmetros

técnicos para as análises de projetos dos analistas do CBMDF, podendo ainda ser

seguida por projetistas de segurança contra incêndio e traz uma série de itens de

verificação, dentre os quais:

1. Os símbolos para projetos do sistema de detecção e alarme de incêndio

deverão estar em conformidade com o previsto no Anexo A da NBR 17240/2010 da ABNT;

a) Central de alarme 2. A locação da central de alarme deverá ser feita de acordo com o previsto no

item 5.3.1 da NBR 17240/2010 da ABNT;

3. A central de alarme deverá estar em local ventilado e protegido contra a penetração de gases e fumaça de acordo com o item 5.3.3 da NBR

17240/2010 da ABNT;

4. A fonte de alimentação da central de alarme deverá possuir autonomia de 24h em condições normais (sem alarme) mais 5min em regime de alarme

de acordo com o item 6.1.4,c da NBR 17240/2010 da ABNT;

Page 152: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

151

b) Acionador manual 5. Dimensionar acionador manual de acordo com o item 5.5 da NBR 17240/2010

da ABNT;

6. Altura de instalação do acionador manual deverá estar entre 0,90 e 1,35m

de altura de acordo com o item 5.5.2 da NBR 17240/2010 da ABNT;

7. A distância máxima do ponto mais distante até o acionador manual deverá

ser de 30m, de acordo com o item 5.5.3 da NBR 17240/2010 da ABNT;

8. Dimensionar no mínimo 01 (um) acionador por pavimento de acordo com o

item 5.5.4 da NBR 17240/2010 da ABNT;

c) Avisadores sonoros e/ou visuais 9. Dimensionar avisadores sonoros e/ou visuais de acordo com o item 5.6 da

NBR 17240/2010 da ABNT;

10. Apresentar nota informando que os avisadores sonoros devem ser audíveis em todos os pontos da edificação sem inibir a comunicação verbal de

acordo com o item 5.6.1 da NBR 17240/2010 da ABNT;

11. Apresentar nota ou detalhe informando que os avisadores sonoros e/ou

visuais devem ser instalados a uma altura entre 2,20m a 3,50m de acordo

com o item 5.6.3 da NBR 17240/2010 da ABNT;

III. Norma Técnica Nº 45/2012, do CBMGO: A Norma Técnica Nº 45/2012 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás

(CBMGO), traz um Check List – Sumário técnico para orientação de inspeções e

elaboração de projetos, devendo o analista de projetos verificar no momento da

analise os seguintes itens:

a) Localização: 1. Sinalizadores sonoros e visuais;

2. Acionadores manuais de alarme de incêndio (preferencialmente junto aos

hidrantes);

3. Central dos sistemas de detecção e alarme;

4. Painel repetidor, quando houver;

5. Fonte alternativa do sistema;

6. Nota Técnica do Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio conforme NT 19

do CBMGO.

Page 153: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

152

b) Devera ser verificado no momento da inspeção: 7. A localização da fonte alternativa do sistema (Bateria ou Nobreak);

8. Se as centrais de detecção e alarme estão em local com constante vigilância humana e de fácil visualização;

9. Se as centrais de detecção e alarme possuem dispositivo de teste dos

indicadores luminosos e acústicos (Testar);

10. Se as centrais de detecção e alarme possuem um painel/esquema ilustrativo com a localização dos acionadores manuais ou detectores, ou um display que indique a localização do acionamento (Testar);

11. Se a distancia máxima a ser percorrida ate um acionador manual e de 30 m (Coloca-los preferencialmente junto aos hidrantes);

12. Se possui dispositivo de alarme no sistema de interfone dos edifícios residenciais com altura superior a 23 m; Se possuir, o interfone localizado

nas garagens devera estar devidamente sinalizado conforme NT 20;

13. Se possui avisadores visuais e sonoros nos locais com atividade sonora

intensa, onde não seja possível ouvir o alarme geral.

IV. Norma Técnica Nº 01/2018, Parte 06, do CBMES: Esta NT, em seu Anexo A.28, traz uma série de itens de verificação em vistoria,

os quais devem estar em conformidade com o projeto aprovado junto ao corpo de

bombeiros. Destes inúmeros itens, entende-se que devem ser observados na

elaboração dos projetos de segurança contra incêndio os seguintes:

a) Verificação de componentes e instalação da Central de Alarme 1. Conferir localização da Central;

2. Conferir se a Central não foi instalada próxima a materiais inflamáveis, tóxicos ou está sendo utilizada como deposito de materiais que dificulte sua operação;

3. Conferir se a Central apresenta fonte de energia principal e outra de emergência com capacidades iguais e tensão nominal de 24 Vcc;

4. Conferir a existência de meios para identificar os circuitos de alarme e indicação da respectiva área ou local a ser protegido;

Page 154: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

153

b) Verificação de indicadores e dispositivos de controle na Central do Sistema de Alarme 5. Conferir a existência de indicação visual de incêndio na cor vermelha, de

falha na cor amarela e de normalidade na cor verde;

6. Conferir a existência de indicativo sonoro e visual de falha geral; 7. Conferir a existência de indicativo visual de falha pontual no circuito do

sistema;

8. Conferir a existência de indicativo visual de interrupção de alimentação da

rede elétrica, baterias ou fonte de emergência;

c) Painel Repetidor e/ou Painel Sinóptico 9. Caso exista Painel Repetidor ou Sinóptico, conferir sua localização;

d) Acionador Manual (Botoeira de Alarme) 10. Verificar a existência e distribuição dos acionadores manuais respeitando-

se sempre a distância máxima de 30 m para se percorrer até uma botoeira;

11. Verificar se a altura de instalação das botoeiras se encontra entre 0,9 m e 1,35 m;

12. Verificar se a botoeira se encontra em corpo rígido na cor vermelha;

13. Verificar a existência de informações de operação no próprio corpo do acionador de forma clara, em lugar visível e, se escrita, na língua

portuguesa;

14. Verificar em um acionador aleatório se o seu acionamento é do tipo travante, ou seja, que possibilite à identificação do dispositivo acionado

permitindo seu retorno a posição normal apenas de modo manual e não de

modo eletrônico;

15. Verificar a existência de sinalização do acionador manual conforme NT14 –

Sinalização de Equipamentos de Incêndio (E2);

e) Avisador Sonoro/Luminoso 16. Verificar a distribuição de avisadores;

17. Verificar o tipo de avisador (sonoro ou sonoro/luminoso) instalado na

edificação;

18. Verificar se o som do avisador e/ou sua mensagem visual é possível de ser

compreendida em qualquer ponto do ambiente que está sob vigilância

desse dispositivo;

Page 155: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

154

19. Verificar se a altura de instalação do avisador se encontra entre 2,2 m e 3,5 m, conforme previsto em projeto técnico;

20. Verificar se em ambientes com nível sonoro acima de 105 dB ou locais em que as pessoas trabalham com protetores auriculares os avisadores

sonoros preveem sinalização luminosa;

21. Solicitar ao operador do sistema que simule a desabilitação de um avisador e

verificar a indicação de rompimento de fiação do avisador na Central;

V. Instrução Técnica Nº 19/2017, do CBMBA: Serão apresentados aqui os itens normativos entendidos como mais pertinentes,

após análises dos resultados pesquisados, divididos em tópicos, os quais estarão

melhores detalhados no check list apresentado ao final deste trabalho.

a) Procedimentos: 1. Detalhes para execução gráfica: atender a IT 04/2016 do CBMBA;

2. Possibilidade de substituição do sistema de alarme por interfone para edifícios

residenciais com altura até 30 m, devendo suas garagens possuírem interfone

sinalizado distante no máximo 5m do acesso a rota de fuga;

b) Requisitos para a Central: 3. Dispositivo de teste dos indicadores luminosos e dos sinalizadores acústicos;

4. Localização (local onde haja constante vigilância humana e de fácil

visualização);

5. Acionamento do alarme geral audível em toda a edificação;

6. Painel/esquema ilustrativo, indicando a localização com identificação dos

acionadores manuais ou detectores dispostos na área da edificação, o qual

pode ser substituído por um display da central que indique a localização do

acionamento;

7. Sistemas complementares de confirmação de indicação de alarme, tais como

interfone, rede rádio etc, devidamente sinalizados para Locais de ocupação

de indústria e depósito com alto risco de propagação de incêndio;

c) Painel repetidor 8. Localização (local onde haja constante vigilância humana e de fácil

visualização);

9. Subcentral

Page 156: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

155

10. Caso existente deverá estar interligada à central supervisionadora, emitindo

sinal simultâneo de alarme, podendo o alarme geral ser soado somente na

edificação ou área protegida pela subcentral, mas emitindo sinal de pré-

alarme para a central. O alarme geral para toda a edificação será soado caso,

em 2 minutos, não sejam tomadas medidas de ação junto à central

supervisionadora

d) Alarme geral 11. Obrigatório para toda a edificação;

12. Pode ser substituído por um sinal sonoro (pré-alarme) apenas na sala de

segurança, junto à central, para evitar tumulto, com o intuito de acionar

primeiramente a brigada de incêndio para verificação do sinal de pré-alarme,

desde que a central possua um temporizador para o acionamento posterior do

alarme geral, com tempo de retardo de, no máximo, 2 minutos, caso não

sejam tomadas as ações necessárias para verificar o pré-alarme da central;

13. Pode-se ainda optar por uma mensagem eletrônica automática de orientação

de abandono, como pré-alarme; sendo que só será aceita essa comunicação,

se houver brigada de incêndio na edificação;

e) Acionador manual 14. Obrigatoriedade e exceções;

15. Distância máxima a ser percorrida até o acionador manual mais próximo: 30

metros;

16. Localização (junto aos hidrantes);

17. Pelo menos um em cada pavimento;

18. Sistema com central convencional: os acionadores manuais devem

obrigatoriamente conter a indicação de funcionamento (cor verde) e alarme

(cor vermelha) indicando o funcionamento e supervisão do sistema;

19. Sistema com central do tipo inteligente: pode ser dispensada a presença dos

leds nos acionadores, desde que haja na central uma supervisão constante e

periódica dos equipamentos periféricos (acionadores manuais, indicadores

sonoros, detectores etc.);

20. Sistema com central do tipo inteligente que possui sistema de pré-alarme:

obrigatoriamente deverá ter o led de alarme nos acionadores, indicando que o

sistema foi acionado;

f) Avisadores visuais

Page 157: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

156

21. Obrigatórios nos locais onde não seja possível ouvir o alarme geral devido a

sua atividade sonora intensa;

22. Fonte de alimentação

23. Deve existir pelo menos duas: a principal que é a rede do sistema elétrico da

edificação, e a auxiliar que é constituída por baterias, nobreak ou gerador;

24. Fonte de alimentação auxiliar: deve ter autonomia mínima de 24 horas em

regime de supervisão, sendo que no regime de alarme deve ser de, no

mínimo, 15 minutos para suprimento das indicações sonoras e/ou visuais ou o

tempo necessário para o abandono da edificação;

VI. ABNT NBR 17.240:2010: Em razão da IT 19/2017 do CBMBA adotar a ABNT NBR 17240 – Sistema de

detecção e alarme (2010), naquilo que a não contrariar, foi realizada a pesquisas

bibliográfica na mesma, sendo o apresentados aqui os itens normativos entendidos

como mais pertinentes, após análises dos resultados pesquisados, divididos em

tópicos, os quais estarão melhores detalhados no check list apresentado ao final

deste trabalho.

1. Conteúdo do projeto executivo: a. Desenho com localização de todos os equipamentos do sistema;

b. Distribuição da central e dos equipamentos;

c. Especificação dos equipamentos;

d. Trajeto dos condutores elétricos;

e. Diagrama multifilar típico;

2. Quadro resumo da instalação; 3. Requisitos para a central, painel repetidor e quadro sinóptico como local e

altura de instalação, alimentação elétrica, indicações e controle e princípio de

funcionamento;

4. Requisitos para os acionadores manuais como local e altura de instalação,

tipo de material, sua cor, forma de acionamento e tempo de ativação na central;

5. Requisitos para os avisadores sonoros e visuais como sua percepção em

todo ambiente onde estão instalados, local, altura e forma de instalação, bem

como obrigatoriedade do avisador visual;

6. Circuitos elétricos para os sistemas convencional e endereçável;

7. Infraestrutura de eletrodutos e fios.

Page 158: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

157

5.1.11 Detecção de incêndio

Apesar de serem medidas de segurança contra incêndio e pânico distintas e nem

sempre exigidas de forma combinadas, o alarme e a detecção de incêndio estão

previstos na mesma norma técnica (Instrução Técnica Nº 19 do CBMBA e ABNT

NBR 17.240).

São medidas que se complementam, trabalhando de forma conjunta para um

mesmo objetivo. É possível, por exemplo, se ter para uma edificação a exigência do

sistema de alarme de incêndio sem necessariamente ser obrigatória a instalação do

sistema de detecção automática, não sendo possível, entretanto, a situação inversa.

Resta evidentemente que a detecção precoce de um “princípio” de incêndio e o

adequado alarme para o início de combate e eventual abandono da edificação

atingida agilizam as medidas de contenção e maximizam as condições de fuga

segura dos usuários e visitantes, minimizando todo tipo de prejuízos humano e/ou

material.

O sistema de detecção de incêndio é um sistema de processamento

centralizado, contemplando um conjunto de dispositivos de inicialização automática

de alarme de incêndio, distribuídos na edificação, adequadamente interligados entre

si e a um Painel Central de Alarme de Incêndio, por linhas de comunicação

apropriadas (circuitos de detecção).

Esse Painel Central de Alarme de Incêndio também integra os dispositivos de

manuais de alarme de incêndio (acionadores) e está interligado, através de outro

tipo de linhas de comunicação (circuitos de comando), a avisadores audiovisuais

dispostos estrategicamente na edificação, bem como a outros equipamentos a

serem comandados.

O sistema de detecção e alarme de incêndio é normalmente responsável pelas

seguintes tarefas:

a. Detecção de fumaça e/ou elevação de temperatura;

b. Supervisão de acionadores manuais de incêndio;

c. Sinalização audiovisual de situações de alarme;

d. Supervisão do sistema de combate por hidrantes (se existente);

e. Supervisão e comando do sistema de combate por chuveiros automáticos (se

existente);

Page 159: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

158

f. Comando de door-holders e fechaduras eletromagnéticas de portas corta-fogo;

g. Comando de desligamento do sistema de condicionamento de ar;

h. Comando do sistema de pressurização de escadas (se existente);

i. Comando do sistema de controle de fumaça (se existente);

j. Comando de registros corta-fogo (dampers);

k. Disparo de agentes extintores para supressão de incêndio (se existentes).

Os sistemas de detecção e alarme de incêndio do tipo “convencional” apresentam os eventos e/ou alarmes por áreas (zonas) dentro da edificação, ou

seja, não existe a localização precisa do ambiente de origem e sim de uma área

protegida por diversos detectores. Normalmente as zonas de alarme são atribuídas

a andares e/ou compartimentos inteiros. Esses sistemas convencionais são mais

econômicos e assim, aplicados em edificações de menor porte.

Já os sistemas de detecção e alarme de incêndio do tipo “endereçável” apresentam os eventos e/ou alarmes com a localização precisa do ambiente de origem, ou seja, tem-se a localização específica dentro da área, como um quarto

em um determinado pavimento. Os sistemas endereçáveis são recomendados para

aplicações em edificações de grande porte.

Os sistemas de detecção e alarme de incêndio do tipo analógico endereçável, indicam com precisão, a presença de fumaça ou de altas temperaturas em áreas

específicas sensoriadas através de detectores automáticos localizados nessas

áreas. A central monitora continuamente os valores (temperatura e fumaça) dos

dispositivos de detecção, comparando-os com os previamente definidos para aquela

instalação e permite o ajuste do nível de alarme dos dispositivos de detecção via central.

Existe ainda o sistema de detecção analógico algorítmico no qual os detectores

possuem um ou mais critérios de avaliação de medições do ambiente em função do

tempo, cujos sinais são comparados por um circuito de lógica pré-programada para

ativar o alarme. Os detectores monitoram continuamente os valores de seus

elementos sensores (por exemplo,temperatura, fumaça), são capazes de realizar

tomadas de decisões e de se comunicar com a central, informando seu estado de

alarme, pré-alarme e/ou falha, entre outros.

Existem diversos tipos de tecnologia de detecção automática de incêndio:

detectores de temperatura (fixa), detectores de gradiente de temperatura (variação no tempo), detectores de fumaça e detectores de chama. A seleção do

Page 160: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

159

tipo de detecção a ser utilizada e da tecnologia empregada, bem como a melhor

localização para instalação dos detectores automáticos deve ser fundamentalmente

efetuada, com base nas características da carga incêndio da área a ser protegida,

levando também em consideração as condicionantes de instalação.

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais

de Saúde (ANVISA, 2014): Este manual traz uma série de recomendações que devem ser seguidas, dentre

as quais, para aplicação nos projetos de segurança contra incêndio e pânico, se

destacam as seguintes:

1. A área de cobertura (ou área de atuação) de cada tipo de detector é dada em

função de diversos fatores característicos do ambiente a ser supervisionado,

como: forma do piso ou teto, temperatura, umidade, velocidade do ar, volume de ar trocado nesse ambiente e mais.

2. Os detectores de fumaça deverão manter afastamento mínimo de 1,00 metro de distância de difusores de ar-condicionado, conforme prescrito na ABNT

NBR 17.240, objetivando minimizar o tempo de resposta no caso de sinistro e

resguardar a eficiência em situações de severa movimentação de ar.

3. A localização de detectores de fumaça deve considerar o afastamento mínimo de 0,40 m (quarenta centímetros) de luminárias, minimizando a possibilidade

de interferências eletromagnéticas provocadas pelos reatores de lâmpadas

fluorescentes ou de descarga.

4. Devem ser adotados cuidados especiais na implementação de detecção de

fumaça em ambientes com grande movimentação de ar, especialmente em

salas cirúrgicas ou salas de exames invasivos com fluxo laminar. Além do(s)

detector(es) pontual(is) no ambiente, recomenda-se que sejam instalados

detectores de fumaça nos dutos de retorno do sistema de condicionamento de ar.

5. Recomenda-se implementar integração entre o sistema de detecção e alarme de

incêndio e o eventual sistema de controle de acessos do Estabelecimento

Assistencial de Saúde, no sentido de propiciar a liberação automática de

Page 161: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

160

todas as portas controladas da edificação em caso de sinistro, possibilitando

tanto a rápida evasão dos ocupantes como a entrada das equipes de

intervenção, não comprometendo assim as condições de segurança dos

ocupantes.

6. Sugere-se também implementar integração entre o sistema de detecção e alarme

de incêndio e o eventual sistema de automação e supervisão predial do EAS,

viabilizando o comando automático de desligamento dos condicionadores de ar distribuídos na edificação quando de um alarme de incêndio, contribuindo

para minimizar a velocidade de crescimento e propagação de eventual sinistro.

7. O sistema de detecção e alarme de incêndio pode também ser utilizado para

acionar diretamente os membros da Brigada de Incêndio do Estabelecimento

Assistencial de Saúde através de integração com um sistema de telefonia digital,

minimizando o tempo de resposta em situações de emergência.

8. Se o primeiro sinal de alarme por detecção de fumaça não for reconhecido manualmente no painel central de alarme de incêndio em até 120 segundos, o

Painel Central de Alarme de Incêndio deve “presumir” que o sistema encontra-se

erroneamente desassistido e, assim, proceder automaticamente ao alarme geral para abandono.

II. Lista de verificação de análise de projetos, do CBMDF: Esta lista de verificação, publicada em junho de 2016, encontra-se disponível no

site do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal e visa criar parâmetros

técnicos para as análises de projetos dos analistas do CBMDF, podendo ainda ser

seguida por projetistas de segurança contra incêndio e traz uma série de itens de

verificação, dentre os quais:

a) Detector pontual de temperatura 1. Dimensionar detectores pontuais de temperatura de acordo com o item 5.4.2

da NBR 17240/2010 da ABNT;

2. A área máxima de ação do detector pontual de temperatura deverá ser de

36m² para altura de instalação até 5m de acordo com o item 5.4.2.1 da NBR

17240/2010 da ABNT;

3. O raio máximo de ação do detector pontual de temperatura deverá ser de

4,2m para altura de instalação até 5m de acordo com o item 5.4.2.1 da NBR

17240/2010 da ABNT;

Page 162: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

161

4. Para altura de instalação de detectores pontuais de temperatura, superior a 5m, atender ao afastamento máximo entre detectores previsto no item

5.4.2.10 da NBR 17240/2010 da ABNT;

b) Detector pontual de fumaça 5. Dimensionar detectores pontuais de fumaça de acordo com o item 5.4.1 da

NBR 17240/2010 da ABNT;

6. A área máxima de ação do detector pontual de fumaça deverá ser de 81m² para altura de instalação até 8m de acordo com o item 5.4.1.1 da NBR

17240/2010 da ABNT;

7. O raio máximo de ação do detector pontual de fumaça deverá ser de 6,3m

de acordo com o item 5.4.1.1 da NBR 17240/2010 da ABNT;

8. Instalar detectores pontuais de fumaça em nível intermediário, quando a

altura de instalação dos detectores no teto for superior a 8m, de acordo com

o item 5.4.1.17 da NBR 17240/2010 da ABNT;

9. Instalar detectores pontuais de fumaça nas prateleiras com altura superior a 8m, de acordo com o item 5.4.1.18 da NBR 17240/2010 da ABNT;

10. O ambiente deverá ser protegido em toda a sua extensão pelo mesmo tipo de

detector, sendo vedada a utilização de detectores térmicos e de fumaça no

mesmo ambiente, de acordo com o item 5.4.1.19 da NBR 17240/2010 da

ABNT;

c) Detector linear de fumaça 11. Dimensionar detectores lineares de fumaça de acordo com o item 5.4.4 da

NBR 17240/2010 da ABNT;

12. Apresentar no projeto de detecção linear de fumaça os dados do fabricante

relativos às distancias máximas e mínimas permitidas, entre o emissor e receptor/refletor, de acordo com o item 5.4.4.12 da NBR 17240/2010 da

ABNT;

13. Atender o distanciamento de 0,3m a 1,0m entre o detector linear de fumaça e o plano do teto, de acordo com o item 5.4.4.3 da NBR 17240/2010

da ABNT;

14. A distância entre o emissor e o receptor/refletor não pode exceder a

máxima distância citada nas especificações documentadas do fabricante, e

nunca ultrapassar 100m, de acordo com o item 5.4.4.4 da NBR 17240/2010

da ABNT;

Page 163: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

162

15. As distâncias adjacentes entre as linhas ópticas dos detectores lineares

de fumaça, não pode ser maior que 15m, de acordo com o item 5.4.4.6 da

NBR 17240/2010 da ABNT;

16. As distâncias laterais entre as linhas ópticas dos detectores lineares de

fumaça e a parede da edificação, não pode ser maior que 7,5m, de acordo

com o item 5.4.4.7 da NBR 17240/2010 da ABNT;

d) Detector de fumaça por amostragem de ar 17. Dimensionar detectores de fumaça por amostragem de ar, de acordo com o

item 5.4.6 da NBR 17240/2010 da ABNT;

18. O raio máximo de ação, do ponto de coleta de amostragem, do detector de

fumaça deverá ser de 6,3m, de acordo com o item 5.4.6.2 da NBR

17240/2010 da ABNT;

III. Norma Técnica Nº 45/2012, do CBMGO: A Norma Técnica Nº 45/2012 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás

(CBMGO), traz um Check List – Sumário técnico para orientação de inspeções e

elaboração de projetos, devendo o analista de projetos verificar no momento da

analise os seguintes itens:

a) Localização: 1. Detectores de incêndios (pontual);

2. Nota Técnica do Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio conforme NT 19

do CBMGO.

b) Devera ser verificado no momento da inspeção: 3. Se possui detectores nos entre forros e entrepisos que contenham

materiais combustíveis;

IV. Norma Técnica Nº 01/2018, Parte 06, do CBMES: Esta NT, em seu Anexo A.30, traz uma série de itens de verificação em vistoria,

os quais devem estar em conformidade com o projeto aprovado junto ao corpo de

bombeiros. Destes inúmeros itens, entende-se que devem ser observados na

elaboração dos projetos de segurança contra incêndio os seguintes:

Page 164: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

163

a) Sistema de Detecção adotado na edificação 1. Verificar se o sistema de detecção e alarme adotado na edificação é o mesmo

descrito no “Quadro Resumo” das medidas de segurança do Projeto Técnico.

(Sistema Convencional, Endereçável, Analógico ou Algorítmico);

2. Verificar se o tipo de detector adotado na edificação (pontual de fumaça, pontual de temperatura, linear, etc) é o mesmo descrito no “Quadro

Resumo” das medidas de segurança do Projeto Técnico;

b) Detector Pontual de Fumaça 3. Verificar indicação visual de alarme na cor vermelha no corpo ou base do

detector pontual;

4. Verificar a distribuição dos pontos de detecção;

5. No caso de haver vigas no teto, com mais de 20 cm de altura, verificar se

existem detectores presentes dentro do perímetro formado pelas vigas;

6. Verificar se todos os pontos de detecção estão instalados a altura máxima de 8m;

7. Em locais com altura do pé direito superior a 8 m, verificar se os

detectores pontuais de fumaça estão instalados em níveis de no máximo 8 m;

c) Detector Pontual de Temperatura 8. Verificar indicação visual de alarme na cor vermelha no corpo ou base do

detector pontual;

9. Verificar a distribuição dos pontos de detecção;

10. Verificar junto ao instalador e manual de especificação do detector se a

temperatura de atuação do detector confere com à prevista no quadro

resumo do projeto técnico;

11. Verificar a altura de instalação do detector

12. No caso de haver vigas no teto, com mais de 20 cm de altura, verificar se

existem detectores presentes dentro do perímetro formado pelas vigas;

d) Detectores de Chama 13. Verificar a distribuição dos pontos de detecção;

e) Detectores Lineares de Fumaça 14. Verificar a distribuição dos pontos de detecção;

15. No caso de haver vigas no teto, com mais de 20 cm de altura, verificar se

existem detectores presentes dentro do perímetro formado pelas vigas;

Page 165: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

164

f) Detectores Lineares de Temperatura 16. Verificar a distribuição dos pontos de detecção;

g) Detector de Fumaça por Amostragem de Ar 17. Verificar a distribuição dos pontos de detecção;

V. Instrução Técnica Nº 19/2017, do CBMBA: Serão apresentados aqui os itens normativos entendidos como mais pertinentes,

após análises dos resultados pesquisados, divididos em tópicos, os quais estarão

melhores detalhados no check list apresentado ao final deste trabalho.

a) Considerações gerais: 1. Devem cobrir toda a área onde são exigidos;

2. Devem ser instalados nos entreforros e entrepisos (pisos falsos) que

contenham instalações com materiais combustíveis.

VI. ABNT NBR 17.240:2010: Em razão da IT 19/2017 do CBMBA adotar a ABNT NBR 17240 – Sistema de

detecção e alarme (2010), naquilo que a não contrariar, foi realizada a pesquisas

bibliográfica na mesma, sendo o apresentados aqui os itens normativos entendidos

como mais pertinentes, após análises dos resultados pesquisados, divididos em

tópicos, os quais estarão melhores detalhados no check list apresentado ao final

deste trabalho.

a) Condições gerais: 1. Um ambiente deve ser protegido em toda a sua extensão pelo mesmo tipo de

detector;

b) Requisitos gerais dos detectores: 2. Devem ter identificação de seu fabricante, tipo, temperatura, faixa e/ou

parâmetros para atuação convenientemente impressos em seu corpo;

3. A indicação de alarme deve ser vermelha;

c) Requisitos para os detectores pontuais de fumaça 4. Tempo de atuação

5. Área máxima de cobertura

6. Redução da área máxima de cobertura

7. Instalação dos detectores

Page 166: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

165

d) Requisitos para os detectores pontuais de temperatura 8. Tempo de operação

9. Área máxima de cobertura

10. Redução da área máxima de cobertura

11. Instalação dos detectores

e) Requisitos para os detectores de chama 12. Tempo máximo de resposta;

13. Máximo alcance;

14. Redução da sensibilidade;

f) Requisitos para os detectores lineares de fumaça 15. Posicionamento

16. Afastamentos longitudinais e laterais

17. Cuidados para locais que possuem vigas altas

g) Requisitos para os detectores lineares de temperatura 18. Local de instalação;

h) Requisitos para o detector de fumaça por amostragem de ar 19. Tempo máximo de transporte;

20. Sensibilidade do detector;

21. Tubos de amostragem

5.1.12 Sinalização de emergência

A sinalização de emergência e as cores de segurança são também um dos

aspectos marcantes no sucesso do projeto de abandono de uma edificação. A

sinalização de emergência conjugada com as cores de segurança irão orientar a

população que transita pelas rotas de fuga, pessoas que podem estar

emocionalmente alteradas e precisam de um componente de alívio para não entrar

em pânico. Uma sinalização adequada e que transmita as informações necessárias

a quem dela necessite é fator primordial.

Comprovadamente, a descrição e uso de símbolos em situações de emergência

têm fornecido maiores detalhes na transmissão de informações. A utilização de uma

padronização leva a uma maior eficiência do sistema e dá mais conforto e

segurança às pessoas. A padronização dos símbolos reduz a confusão e trás uma

comunicação mais rápida e segura.

Page 167: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

166

Os símbolos contêm as informações para situações de emergências, orientam

direções, transmitem instruções para qualquer uso nas edificações. A sua maior

vantagem é da comunicação, essencial sem uso da palavra.

Conceitualmente, conforme definição da IT 03/2016 (CBMBA), “sinalização de

emergência” é conjunto de sinais visuais que indicam, de forma rápida e eficaz, a

existência, a localização e os procedimentos referentes a saídas de emergência,

equipamentos de segurança contra incêndios e riscos potenciais de uma edificação

ou áreas relacionadas a produtos perigosos.

É uma medida de segurança contra incêndio e pânico que possui os seguintes

objetivos:

1. Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndio; 2. Indicar as ações apropriadas em caso de incêndio.

O primeiro objetivo tem caráter preventivo e assume as funções de:

a. alertar para os riscos potenciais;

b. requerer ações que contribuam para a segurança contra incêndio;

c. proibir ações capazes de afetar a segurança contra incêndio.

O segundo objetivo tem caráter de proteção e assume as funções de:

a. indicar a localização dos equipamentos de combate;

b. orientar as ações de combate;

c. indicar as rotas de fuga e os caminhos a serem seguidos.

A sinalização de emergência deve ser dividida de acordo com suas funções em

5 categorias:

1. Sinalização de alerta, cuja função é alertar para áreas e materiais com potencial

de risco;

2. Sinalização de comando, cuja função é requerer ações que deem condições

adequadas para a utilização das rotas de fuga;

3. Sinalização de proibição, cuja função é proibir ações capazes de conduzir ao

início do incêndio;

4. Sinalização de condições de orientação e salvamento, cuja função é indicar

as rotas de saída e ações necessárias para o seu acesso;

5. Sinalização dos equipamentos de combate, cuja função é indicar a localização

e os tipos dos equipamentos de combate.

Page 168: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

167

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais

de Saúde (ANVISA, 2014): Este manual traz uma série de recomendações que devem ser seguidas, dentre

as quais, para aplicação nos projetos de segurança contra incêndio e pânico, se

destacam as seguintes:

1. Os diversos tipos de sinalização de emergência devem ser implantados em

função de características específicas de uso e dos riscos de cada área do

Estabelecimento Assistencial de Saúde, bem como em função de necessidades

básicas para garantir a segurança contra incêndio, conforme disposto na ABNT

NBR 13.434, constando de:

a. Sinalização básica:

i. proibição;

ii. alerta;

iii. orientação e Salvamento;

iv. equipamentos de Combate e Alarme.

“As sinalizações básicas de emergência destinadas a orientação e salvamento,

alarme de incêndio e equipamentos de combate a incêndio devem possuir efeito fotoluminescente.”

b. Sinalização complementar:

i. rotas de Saída;

ii. obstáculos e Riscos;

iii. mensagens Escritas;

iv. demarcações de Áreas.

“As sinalizações complementares de indicação continuada das rotas de saída e

as de indicação de obstáculos e riscos devem também possuir efeito fotoluminescente.”

2. As sinalizações de emergência devem ser instaladas em locais visíveis a uma

altura mínima de 1,80 metro, medida do piso acabado à base da sinalização,

distribuídas em mais de um ponto nas áreas de risco e/ou compartimentos, de

modo que pelo menos uma delas possa ser claramente visível de qualquer

Page 169: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

168

posição dentro da aludida área, estando distanciadas por no máximo 15 (quinze) metros entre si.

3. Adicionalmente, a sinalização de orientação e/ou de rotas de saída deve ser

instalada de maneira tal que, de qualquer ponto na direção de evasão, seja possível visualizar o ponto seguinte, respeitando o mesmo limite máximo.

4. A mensagem indicativa de “SAÍDA” deve estar sempre grafada em língua portuguesa, opcionalmente podendo ser complementada com indicação em

língua estrangeira.

5. Em escadas contínuas, além da identificação do pavimento de descarga no

interior da caixa de escada de emergência, deve-se incluir uma sinalização de porta de saída com seta indicativa da direção do fluxo através do pictograma

apropriado. Observar que a abertura das portas em escadas não deve obstruir a

visualização de qualquer sinalização.

6. Quando o equipamento de combate a incêndio se encontrar instalado em uma

das faces de um pilar, todas as faces visíveis do pilar devem ser sinalizadas

para que seja possível a localização do equipamento de qualquer posição dentro

da área.

7. A fumaça desenvolvida no incêndio pode encobrir a sinalização mais alta e

comprometer o entendimento da sinalização de segurança, dificultando em muito

ou inviabilizando a rápida localização das saídas e rotas de fuga, justificando

assim os investimentos na implementação de sinalização de fuga a baixa altura, a qual deve possuir características fotoluminescentes distintas e mais

rigorosas que a sinalização aplicada em altura convencional, pois por estar mais

afastada das fontes de iluminação, apresenta um carregamento mais lento.

8. Materiais devem possuir resistência mecânica suficiente, destacando-se da comunicação visual instalada para outros fins.

9. Observar que os materiais utilizados para a confecção das sinalizações de

emergência devem utilizar elementos fotoluminescentes para as cores branca e amarela dos símbolos, faixas e outros elementos empregados para indicar

sinalizações de orientação e salvamento, equipamentos de combate a incêndio,

alarme de incêndio e sinalização complementar de rotas de saída. Destaca-se

que o aludido material fotoluminescente deve atender à DIN 67510 ou norma

internacional de igual ou maior rigor.

Page 170: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

169

10. As placas de sinalização de emergência devem ser confeccionadas em material rígido fotoluminescente de alta intensidade luminosa, não inflamável e

autoextinguível, não radioativo, isento de fósforo e chumbo, resistente a raios UV e agentes químicos, apresentando no mínimo 2,00 mm de espessura.

11. Considerando que grande parte dos ocupantes desconhece a edificação, sugere-

se a implementação de placas de sinalização com “mapas” das rotas de fuga em

todas as salas de espera e atrás das portas das áreas de internação. De maneira

análoga, devem igualmente ser disponibilizados em locais estratégicos “mapas”

táteis com as rotas de fuga.

12. Nos corredores de circulação, a sinalização de emergência deve

preferencialmente ser instalada perpendicularmente às paredes, permitindo a

visualização de ambos os lados desses. Ressalta-se que a sinalização de

emergência não deve interferir no funcionamento dos demais sistemas de

proteção do EAS, especialmente com a atuação dos bicos de chuveiros

automáticos, sendo necessário manter-se um afastamento desses.

13. Recomenda-se realizar projeto específico de sinalização de emergência,

integrando-a às premissas de comunicação para atendimento aos portadores de

necessidades especiais conforme o disposto na ABNT NBR 9.050, em uma

solução única.

II. Lista de verificação de análise de projetos, do CBMDF: Esta lista de verificação, publicada em junho de 2016, encontra-se disponível no

site do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal e visa criar parâmetros

técnicos para as análises de projetos dos analistas do CBMDF, podendo ainda ser

seguida por projetistas de segurança contra incêndio e traz uma série de itens de

verificação, dentre os quais:

1. Inserir em prancha o círculo dividido horizontalmente com código do símbolo

na parte superior (figura 12 a 27 da NBR 13424/2) e com as dimensões

(A>L²/200) da placa na parte inferior atendendo ao prescrito nas NBR’s 13434/2

da ABNT;

2. Readequar os sistemas de sinalização de emergência com 15m de distância entre as placas nas rotas de fuga de acordo com o item 5.1.3, b da NBR

13434-1 da ABNT;

Page 171: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

170

3. A altura das placas de sinalização de emergência nas rotas de fuga deve ser de

1,80m do piso acabado, de acordo com item 5.1.3, b da NBR 13434 da ABNT;

4. Apresentar detalhe que mostre as cores da placa de sinalização com o fundo

verde, símbolo branco ou amarelo e margem branca ou amarela

(fotoluminescente), de acordo com o item 4.4.3 da NBR 13434-2 da ABNT;

5. Apresentar detalhe das placas de sinalização em formato quadrado ou

retangular, de acordo com o item 4.4.3 da NBR 13434-2 da ABNT;

6. Dimensionar sinalização de emergência, acima das portas das saídas de emergência (10cm), de acordo com item 5.1.3,a da NBR 13434-1 da ABNT;

7. Dimensionar sinalização de emergência, com a identificação do pavimento na caixa de escada e antecâmaras, de acordo com item 5.1.3, c da NBR 13434-1

da ABNT;

8. As placas de identificação de pavimento, devem ser dimensionadas a 1,8m de altura, de acordo com item 5.1.3, c da NBR 13434-1 da ABNT;

9. Dimensionar sinalização específica para a PCF, instalada a 1,2m do piso acabado, conforme a figura 30 do item 6.4 da NBR 13434/2 e figura A1 e A2 da

NBR 13434-1;

10. Dimensionar sinalização específica para a PCF com barra antipânico,

instalada a 1,20m do piso acabado, conforme figura 29 do item 6.4 da NBR

13434/2 e figura A5 da NBR 13434/1;

11. Dimensionar sinalização de proibição de uso do elevador em caso de incêndio a 1,80m do piso acabado de acordo com o item 5.1.1 da NBR 13434/1

da ABNT;

12. Redimensionar a sinalização dos equipamentos de combate a incêndio a

1,80m de altura, e em caso de obstáculo, repeti-la a altura suficiente para sua

visualização de acordo com o item 5.1.4, a da NBR13434/1 da ABNT;

13. Dimensionar tarja colorida nas portas de vidro das rotas de fuga com no

mínimo 5 cm de espessura de 1,0m a 1,4m de altura de acordo com a nota 2

do item 5.2.3,c da NBR13434/1 da ABNT;

14. Apresentar detalhe da sinalização de extintores de acordo com o item 5.4 da

NBR 13434-2 da ABNT;

15. Apresentar detalhe da sinalização em todas as faces do pilar que possui

extintor instalado, de acordo com o item 5.1.4,b da NBR 13434-1 da ABNT;

Page 172: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

171

16. Apresentar detalhe da sinalização do hidrante de parede de acordo com o

item 5.4 da NBR 13434-2 da ABNT;

17. Apresentar detalhe da sinalização do acionador manual e alarme sonoro de

acordo com o item 5.4 da NBR 13434-2 da ABNT;

18. A sinalização da central de GLP deverá estar visível de qualquer direção

(perigo, inflamável, proibido fumar) de acordo com o item 5.18.1 da NBR

13523 da ABNT;

III. Norma Técnica Nº 45/2012, do CBMGO: A Norma Técnica Nº 45/2012 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás

(CBMGO), traz um Check List – Sumário técnico para orientação de inspeções e

elaboração de projetos, devendo o analista de projetos verificar no momento da

analise os seguintes itens:

1. Devera constar a seguinte nota: O sistema de sinalização de emergência

atendera ao contido na Norma Técnica n. 20 do CBMGO.

a) Devera ser verificado no momento da inspeção:

2. Verificar se a sinalização de emergência instalada atende as exigências

(formato, tamanho das placas e letras, material e cores).

3. Verificar se as rotas de fuga estão devidamente sinalizadas, com o

distanciamento correto entre as placas e se ha placas instaladas nas

mudanças de direção;

4. Verificar se os equipamentos de combate a incêndio e alarme e os locais com

risco especifico estão devidamente sinalizados;

5. Verificar se a sinalização de emergência esta alocada a 1,80m de altura em relação ao piso;

6. Verificar se a tubulação dos sistemas de combate a incêndio e seus acessórios

hidráulicos (válvulas, registros, tampa do abrigo do registro de recalque) estão

na cor vermelha.

IV. Norma Técnica Nº 01/2018, Parte 06, do CBMES: Esta NT, em seu Anexo A.20, traz uma série de itens de verificação em vistoria,

os quais devem estar em conformidade com o projeto aprovado junto ao corpo de

bombeiros. Destes inúmeros itens, entende-se que devem ser observados na

elaboração dos projetos de segurança contra incêndio os seguintes:

Page 173: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

172

a) Sinalização de Emergência do Tipo Proibição

1. Verificar nas áreas de risco especificas (depósito de explosivo, postos de combustíveis, etc) a necessidade das devidas sinalizações de proibição

atentando para os checklists específicos;

b) Sinalização de Emergência do Tipo Alerta 2. Verificar nas áreas de risco especificas (depósito de explosivo, postos de

combustíveis, etc) a necessidade das devidas sinalizações de alerta

atentando para os checklists específicos;

c) Sinalização de Emergência do Tipo Equipamentos 3. Verificar o atendimento da sinalização de emergência de equipamentos

conforme checklist de cada medida de segurança, quando for o caso;

d) Sinalização de Orientação e Salvamento i. Posição

4. Verificar, a partir dos pontos de distância mais desfavoráveis (maior DMP), se

as sinalizações de emergência estão corretamente orientadas para as rotas fugas principais (escadas, rampas) ou área externa, quando localizada em

pavimento térreo;

5. Verificar se os pictogramas das sinalizações de emergência das saídas de

emergência são compatíveis com a NT 14/CBMES (códigos S1 a S21 da NT

14);

6. Verificar, dentro das unidades autônomas (salas, auditórios, cinemas, etc)

com público estimado superior a 50 pessoas, a existência e

compatibilidade da fixação das sinalizações de emergência para orientação

de fuga (sinalizações com códigos de S1 ao S3);

7. Verificar, nos corredores/halls de acesso, a existência e compatibilidade da

fixação das sinalizações de emergência para orientação de fuga;

(sinalizações com códigos S1 ao S3);

8. Verificar nos acessos às escadas e rampas a existência e compatibilidade

da fixação das sinalizações de emergência para orientação de fuga;

(sinalizações com códigos de S4 ao S9);

9. Verificar nas descargas a existência e compatibilidade da fixação das

sinalizações de emergência para orientação de fuga (sinalizações com

códigos de S12 ao S16);

Page 174: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

173

10. Verificar, para os recintos destinados à reunião de público da divisão F-5 (Arte cênica e auditório) e F-6 (Clubes social e Diversão) cujas atividades

se desenvolvem sem aclaramento natural, se a sinalização de emergência é do tipo luminárias de balizamento com a indicação de saída

(mensagem escrita e/ou símbolo correspondente conforme códigos previstos

na NT 14 e requisitos de funcionamento conforme ABNT NBR 10898);

e) Sinalização de Complementares 11. Verificar no acesso principal dos recintos destinados à reunião de público

das divisões F-3 (Centro esportivo e de exibição), F-5, F-6 e F-7 (Construção provisória), sinalização que indique a capacidade máxima de público admitida para o estabelecimento;

Nota: A sinalização de capacidade máxima de público no acesso principal

deverá estar disposta de forma que seja plenamente visível ao público externo

que adentra aos locais de reunião de público.

f) Tamanho e características 12. Verificar se o tamanho das placas de sinalização de emergência das saídas

de emergência é compatível com a distância de visualização – (Tabela 1

do Anexo A da NT 14). 13. Verificar se o pictograma da sinalização de emergência está de acordo com

a NT 14 – CBMES;

14. Verificar se a cor de fundo da sinalização de emergência está de acordo com

a NT 14 – CBMES;

g) Instalação 15. Verificar se as sinalizações de emergência estão fixadas a uma altura

mínima de 1,80m;

Nota: Para os locais de reunião de público (F-5 e F-6) as sinalizações deverão

estar fixadas e visíveis, podendo estas, estar em alturas superiores as

recomendadas em norma (1,80m) de forma que possam ser vistas pelo público;

V. Instrução Técnica Nº 20/2017, do CBMBA: Serão apresentados aqui os itens normativos entendidos como mais pertinentes,

após análises dos resultados pesquisados, divididos em tópicos, os quais estarão

melhores detalhados no check list apresentado ao final deste trabalho.

Page 175: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

174

a) Sinalização de proibição

1. Deve ser instalada em local visível e a uma altura de 1,8 m medida do piso

acabado à base da sinalização, distribuída em mais de um ponto dentro da área de risco, de modo que pelo menos uma delas possa ser claramente

visível de qualquer posição dentro da área, distanciadas em no máximo 15 m entre si.

b) Sinalização de alerta 2. Deve ser instalada em local visível e a uma altura de 1,8 m medida do piso

acabado à base da sinalização, próxima ao risco isolado ou distribuída ao longo da área de risco generalizado, distanciadas entre si em, no máximo, 15 m.

c) Sinalização de orientação e salvamento 3. Deve assinalar todas as mudanças de direção, saídas, escadas etc., e ser

instalada segundo sua função (portas de saída de emergência, rotas de saída, identificação dos pavimentos no interior da caixa de escada de emergência, escadas contínuas - direção do fluxo).

4. A mensagem escrita “SAÍDA” deve estar sempre grafada no idioma

português.

5. A abertura das portas em escadas não deve obstruir a vis ualização

de qualquer sinalização.

d) Sinalização de equipamentos de combate a incêndio 6. Deve estar a uma altura de 1,8 m, medida do piso acabado à base da

sinalização, e imediatamente acima do equipamento sinalizado.

7. Quando houver, na área de risco, obstáculos que dificultem ou impeçam a

visualização direta da sinalização básica no plano vertical, a mesma

sinalização deve ser repetida a uma altura suficiente para a sua

visualização;

8. Quando a visualização direta do equipamento ou sua sinalização não for possível no plano horizontal, a sua localização deve ser indicada a partir do ponto de boa visibilidade mais próxima. A sinalização deve incluir o símbolo do equipamento em questão e uma seta indicativa, sendo que o

conjunto não deve distar mais que 7,5 m do equipamento;

Page 176: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

175

9. Quando o equipamento encontrar-se instalado em pilar, devem ser

sinalizadas todas as faces do pilar que estiverem voltadas para os

corredores de circulação de pessoas ou veículos;

10. Quando se tratar de hidrante e extintor de incêndio instalados em garagem, área de fabricação, depósito e locais utilizados para movimentação de mercadorias e de grande varejo deve ser implantada também a sinalização de piso.

e) Implantação da sinalização complementar i. De indicação continuada das rotas de saída (facultativa) ii. De indicação de obstáculos ou de riscos nas circulações das rotas de saída

(faixas zebradas ou tarjas) 11. Deve ser implantada toda vez que houver uma das seguintes condições:

a. Desnível de piso;

b. Rebaixo de teto;

c. Outras saliências resultantes de elementos construtivos ou equipamentos

que reduzam a largura das rotas de saída, prejudicando a sua utilização;

d. Elementos translúcidos e transparentes, tais como vidros, utilizados em

esquadrias destinadas a portas e painéis (com função de divisórias ou de

fachadas, desde que não assentadas sobre muretas com altura mínima de

1m).

iii. Mensagens que indicam circunstâncias específicas 12. Devem ser utilizadas em placas a serem instaladas nas seguintes situações:

a. No acesso principal da edificação, com informações ao público previstas

em norma;

b. No acesso principal dos recintos destinados a reunião de público,

indicando a lotação máxima admitida, regularizada em projeto aprovado

no Corpo de Bombeiros Militar da Bahia;

c. No acesso principal da área de risco, com informações ao público

previstas em norma;

d. Próximo aos produtos armazenados, separados por categoria, indicando o

nome comercial e científico do produto.

e. demarcação de áreas

f. identificação de sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio

Page 177: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

176

13. Deve ser instalada perpendicularmente aos corredores de circulação de pessoas e veículos, permitindo-se condições de fácil visualização;

14. As sinalizações básicas de emergência destinadas à orientação e salvamento, alarme de incêndio e equipamentos de combate a incêndio

devem possuir efeito fotoluminescente;

15. As sinalizações complementares de indicação continuada das rotas de

saída e de indicação de obstáculos devem possuir efeito fotoluminescente;

16. Os recintos destinados à reunião de público, cujas atividades se

desenvolvem sem aclaramento natural ou artificial suficientes para

permitir o acúmulo de energia no elemento fotoluminescente das sinalizações

de saídas, devem possuir luminária de balizamento com a indicação de

saída (mensagem escrita e/ou símbolo correspondente), sem prejuízo do

sistema de iluminação de emergência, em substituição à sinalização

apropriada de saída com o efeito fotoluminescente;

17. Deve ser indicada uma nota no projeto técnico de proteção e segurança

contra incêndio referente ao atendimento das exigências contidas na IT 20.

5.1.13 Extintores de incêndio

Os extintores de incêndio surgiram no século XV de forma rudimentar, sendo

constituído de uma espécie de seringa metálica provida de um cabo de madeira,

lembrando uma seringa de injeção de dimensões exageradas, sem a agulha.

No século XVI, Jacob Besson inventou um extintor que era constituído de um

grande recipiente de ferro montado sobre-rodas, provido de um enorme gargalo

curvo, que podia, dessa forma, penetrar nas aberturas dos edifícios em chamas.

Conforme definição da Instrução Técnica Nº 03/2016 - Terminologia de

segurança contraincêndio, do CBMBA, extintor de incêndio é o aparelho de

acionamento manual, portátil ou sobrerodas, destinado a combater princípios de incêndio.

O extintor portátil, por sua vez, é um aparelho manual, constituído de recipiente e

acessório, contendo o agente extintor, destinado a combater princípios de incêndio.

O extintor portátil com massa até 196 N (20 kgf) não precisa ser colocado

sobrerrodas, acima desse valor necessita estar sobrerrodas.

Page 178: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

177

Já o extintor sobre rodas (carreta) também é constituído em um único recipiente

com agente extintor para extinção do fogo, porém com capacidade de agente

extintor em maior quantidade.

O extintor com massa próxima a 196 N (20 kgf) não atende à portabilidade acima

citada, principalmente quando colocado em ambiente cujas pessoas não estão

acostumadas a esforços físicos (DEL CARLO; ALMIRON; PEREIRA, 2008).

Esses equipamentos primam pela facilidade de manuseio, de forma a serem

utilizados por homens e mulheres, contando unicamente com um treinamento

básico.

As previsões desses equipamentos nas edificações decorrem da necessidade de

se efetuar o combate ao incêndio imediato, enquanto são pequenos focos.

Os princípios de incêndios têm características diferentes em função de sua

origem elétrica ou não, e materiais combustíveis envolvidos, o que exige o uso de

agentes extintores apropriados para cada caso.

Entende-se por agentes extintores, certas substâncias químicas (sólidas,

líquidas, gasosas ou outros materiais) que são utilizados na extinção de um

incêndio, quer abafando, quer resfriando ou, ainda, acumulando esses dois

processos o que, aliás, é o mais comum. Os principais agentes extintores são os

seguintes: água; espuma; dióxido de carbono; pó químico seco; agentes

halogenados e agentes umectantes (IT 03/2016, do CBMBA).

Capacidade extintora do extintor é um dado importante, pois é o que vai

determinar o poder de extinção e não deve ser confundido com unidade extintora,

que é a representação da capacidade extintora mínima e varia a depender do tipo de

extintor, portátil ou sobrerrodas, e de sua carga (agente extintor).

Para a utilização dos extintores, é importante conhecer os incêndios de acordo

sua classificação em função do material em combustão, conforme as seguintes

classes:

a. CLASSE A: fogo em materiais combustíveis sólidos comuns (ex.: madeira, papel,

tecido e outros materiais fibrosos, lixo, borracha, plásticos termoestáveis, fibras

orgânicas e outros) que queimam em superfície e profundidade, deixando

resíduos.

b. CLASSE B: fogo em líquidos ou gases inflamáveis ou combustíveis, ou ainda em

sólidos que se liquefazem para entrar em combustão (ex.: GLP, gasolina, óleos

combustíveis, tintas, parafina e outros) que queimam somente em superfície.

Page 179: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

178

c. CLASSE C: fogo envolvendo equipamentos elétricos energizados (ex.: painéis

elétricos, motores, cabos, equipamentos elétricos e outros).

d. CLASSE D: fogo em metais ou ligas metálicas combustíveis (ex.: materiais

pirofóricos como magnésio, fósforo, titânio, alumínio, lítio, sódio, potássio, zinco,

urânio, etc.).

e. CLASSE K: fogo em óleos ou gorduras vegetais ou animais, utilizados na

cocção.

Desta forma, para cada “classe” de fogo existe um agente extintor mais

adequado, ou seja, apresentando maior ou menor eficiência no combate.

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Instrução Técnica Nº 02/2018 - Conceitos básicos de segurança contra

incêndio, do CBPMESP Esta IT, alem dos conceitos básicos, apresenta algumas medidas de segurança

contra incêndio em um capítulo próprio, evidenciando também alguns parâmetros

importantes a serem seguidos nos projetos de incêndio, dentre os quais:

1. A quantidade e o tipo de extintores portáteis e sobrerrodas devem ser

dimensionados para cada ocupação em função:

a. da área a ser protegida;

b. das distâncias a serem percorridas para alcançar o extintor;

c. os riscos a proteger (decorrente de variável “natureza da atividade

desenvolvida ou equipamento a proteger”).

2. Os riscos especiais, como casa de medidores, cabinas de força, depósitos de

gases inflamáveis e caldeiras, devem ser protegidos por extintores,

independentemente de outros que cubram a área onde se encontram os demais

riscos.

3. Os extintores portáteis devem ser instalados, de tal forma que sua parte superior não ultrapasse a 1,6 m de altura em relação ao piso acabado, e a

parte inferior fique acima de 0,2 m (podem ficar apoiados em suportes

apropriados sobre o piso).

Page 180: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

179

4. Devem ser previstas, no mínimo, independente da área, risco a proteger e

distância a percorrer, duas unidades extintoras, sendo destinadas para

proteção de incêndio em sólidos e equipamentos elétricos energizados.

Os parâmetros acima descritos são definidos de acordo com o risco de incêndio

do local.

5. Quanto aos extintores sobrerrodas, esses podem substituir até a metade da

capacidade dos extintores em um pavimento, não podendo, porém, ser previstos

como proteção única para uma edificação ou pavimento.

6. Tanto os extintores portáteis como os extintores sobrerrodas devem possuir selo

ou marca de conformidade de órgão competente ou credenciado e ser

submetidos a inspeções e manutenções frequentes.

II. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (ANVISA, 2014): Este manual traz uma série de recomendações que devem ser seguidas, dentre

as quais, para aplicação nos projetos de segurança contra incêndio e pânico, se

destacam as seguintes:

1. Deve ser instalado pelo menos um extintor de incêndio a não mais de 5,00 m da entrada principal da edificação, bem como a não mais de 5,00 m das portas corta-fogo das escadas de emergência nos demais pavimentos (CBPMESP,

2011).

2. Cada pavimento do EAS deve possuir, no mínimo, duas unidades extintoras,

sendo uma para incêndio “classe” A e outra para incêndio “classes” B e C ou,

ainda, podem também ser instaladas duas unidades extintoras iguais com agente

extintor triclasse (ABC) (CBPMESP, 2011).

3. Os extintores de incêndio devem ser adequados à “classe” de incêndio

predominante dentro da área de risco a ser protegida, de forma que sejam

intercalados na proporção de dois extintores para o risco de incêndio

predominante e um para a proteção do risco secundário (CBPMESP, 2011).

4. Recomenda-se a adoção de extintores triclasse (ABC), facilitando o

treinamento da brigada de incêndio, uma vez que um único extintor pode ser

utilizado nas diversas “classes” de incêndio.

5. Considerando a predominância feminina na população fixa em Estabelecimentos

Assistenciais de Saúde, sugere-se o emprego de extintores com capacidade

Page 181: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

180

extintora 2-A: 20-B:C ou superior, com peso aproximado de 6 kg ou ainda 3-A: 40-B:C, com peso aproximado de 8 kg.

6. Os extintores portáteis devem ser distribuídos de forma que o operador não percorra mais que 20,00 m para alcançá-los.

7. Os extintores portáteis juntos à área de ressonância magnética devem ser

específicos, ou seja, todos os seus componentes devem ser confeccionados em

materiais não magnetizáveis (ex.: alumínio).

8. Sugere-se a utilização de extintores portáteis com pressão igual ou superior a 1,4 Mpa ou ainda extintores sobre rodas (carretas), em áreas com pé-direito

elevado (acima de 4,00 m), para que o alcance do jato seja capaz de combater

com eficiência incêndios junto ao forro/teto.

9. A instalação de extintores em corredores não deve reduzir a largura mínima

necessária para circulação normal ou para circulação em emergência.

Recomenda-se que a implementação de extintores portáteis seja realizada em

nichos, embutidos nas paredes, com sinalização em conformidade com a Norma

Técnica, e um visor que possibilite a visualização do extintor no interior do abrigo.

10. Quando os extintores portáteis forem instalados em paredes, de forma aparente,

deve ser implementada sinalização tátil adequada junto à projeção desses no

piso, alertando eventuais deficientes visuais quanto à existência do obstáculo,

em conformidade com o disposto na ABNT NBR 9.050 (ANO).

11. Acima de cada unidade extintora é necessária a implementação de sinalização fotoluminescente adequada que identifique facilmente o agente extintor

disponível e a “classe” de fogo recomendada para seu uso, bem como as

restrições de utilização.

No “Formulário de avaliação simplificada de condições de segurança contra incêndio”, constante no Anexo do Manual são estabelecidas algumas outras

verificações, dentre as quais:

12. Todos os extintores encontram-se no prazo de validade?

13. Todos os acessos aos extintores estão desobstruídos?

14. O ponteiro do manômetro está no verde?

15. Os extintores estão instalados corretamente, em suporte na parede a h=1,60 m

ou em suporte no piso?

16. Existe evidência documental que os extintores são inspecionados em uma base regular?

Page 182: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

181

17. Existe evidência documental de que os extintores são recarregados e testados

em uma base regular?

III. Lista de verificação de análise de projetos, do CBMDF: Esta lista de verificação, publicada em junho de 2016, encontra-se disponível no

site do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal e visa criar parâmetros

técnicos para as análises de projetos dos analistas do CBMDF, podendo ainda ser

seguida por projetistas de segurança contra incêndio e traz uma série de itens de

verificação, dentre os quais:

1. Dimensionar o risco da edificação: baixo, médio ou alto, de acordo com o Anexo

A da NT 02 - CBMDF;

2. Adequar o agente extintor à natureza dos materiais combustíveis empregados,

de acordo com os itens 4.1.1.4 e 4.2.1.4 da NT 03 – CBMDF;

3. Corrigir a seleção e/ou redimensionar a distribuição dos aparelhos extintores

de modo que a capacidade extintora mínima por unidade extintora seja de 2A,

conforme risco baixo para fogo classe A, atendendo a distância máxima a percorrer até alcançá-los de 25 metros, em conformidade com as Tabelas 2 e 3

da NT 03 – CBMDF;

4. Corrigir a seleção e/ou redimensionar a distribuição dos aparelhos extintores

de modo que a capacidade extintora mínima por unidade extintora seja de 3A,

conforme risco médio para fogo classe A, atendendo a distância máxima a percorrer até alcançá-los de 20 metros, em conformidade com as Tabelas 2 e 3

da NT 03 – CBMDF;

5. Corrigir a seleção e/ou redimensionar a distribuição dos aparelhos extintores

de modo que a capacidade extintora mínima por unidade extintora seja de 4A,

conforme risco alto para fogo classe A, atendendo a distância máxima a percorrer até alcançá-los de 15 metros, em conformidade com as Tabelas 2 e 3

da NT 03 – CBMDF;

6. Corrigir a seleção e/ou redimensionar a distribuição dos aparelhos extintores

de modo que a capacidade extintora mínima por unidade extintora seja de 20B,

conforme risco baixo e médio para fogo classe B, atendendo a distância máxima a percorrer até alcançá-los de 15 metros, em conformidade com as

Tabelas 2 e 3 da NT 03 – CBMDF;

Page 183: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

182

7. Corrigir a seleção e/ou redimensionar a distribuição dos aparelhos extintores

de modo que a capacidade extintora mínima por unidade extintora seja de 40B ou 80B, conforme risco alto para fogo classe B, atendendo a distância máxima a percorrer até alcançá-los de 15 metros, em conformidade com as Tabelas 2 e

3 da NT 03 – CBMDF;

8. Dimensionar proteção por extintores para fogo da classe C, em conformidade

com os itens 4.1.1.3 e 4.2.1.3 da NT 03 – CBMDF;

9. Dimensionar extintores para a central de GLP em conformidade com a Tabela 4

da NT 03 – CBMDF;

10. Dimensionar extintores para áreas de armazenamento e revenda de GLP em

função da classe, em conformidade com a Tabela 5 da NT 03 – CBMDF;

11. A altura máxima de instalação do extintor deverá ser de 1,60m para a alça de

manuseio e a altura mínima da base do extintor deverá se de 0,10m, em

conformidade com o item 4.1.2.1 da NT 03 – CBMDF;

12. Os extintores devem estar em locais facilmente acessíveis e prontamente disponíveis numa ocorrência de incêndio. Preferencialmente, devem estar

localizados nos caminhos normais de passagem, incluindo saídas das áreas,

não podendo ser instalado em escadas, não podem estar obstruídos e devem

estar visíveis e sinalizados em conformidade com item 4.1.2.4 da NT 03 –

CBMDF;

13. Dimensionar aparelho extintor distante a não mais de 5 metros da porta de acesso da entrada principal da edificação, entrada do pavimento ou entrada da

área de risco, em conformidade com item 4.1.2.4 da NT 03 – CBMDF;

14. Instalar extintores no lado externo dos riscos especiais, em conformidade com

item 4.1.2.9 da NT 03 – CBMDF;

15. Dimensionar sistema proteção de extintores de incêndio atendendo os requisitos

definidos nos itens 4.1.2.6 e item 4.2.2.4 da NT 03 – CBMDF;

16. Dimensionar proteção por extintores de incêndio sobre rodas nas edificações

definidas no item 4.2.2.1 da NT 03 – CBMDF;

17. Corrigir a seleção e/ou redimensionar a distribuição dos aparelhos extintores sobre rodas de modo que a capacidade extintora mínima por unidade

extintora e distância máxima a percorrer estejam em conformidade com as

Tabelas 8 e 9 da NT 03 – CBMDF;

Page 184: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

183

18. Dimensionar extintores sobre rodas para áreas de armazenamento e revenda de GLP em função da classe, em conformidade com a Tabela 10 da NT 03 –

CBMDF;

19. Dimensionar extintores portáteis e sobre rodas para áreas destinadas à proteção dos tanques aéreos fechados e dos tanques enterrados de armazenamento de líquidos inflamáveis combustíveis de GLP em função da classe, em conformidade com as Tabelas 6 e 11 da NT 03 – CBMDF;

20. Redimensionar extintores sobre rodas de forma que no mínimo 50% das unidades extintoras sejam portáteis, de acordo com o item 4.1.2.11 da NT 03

– CBMDF;

IV. Norma Técnica Nº 45/2012, do CBMGO: A Norma Técnica Nº 45/2012 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás

(CBMGO), traz um Check List – Sumário técnico para orientação de inspeções e

elaboração de projetos, devendo o analista de projetos verificar no momento da

analise os seguintes itens:

1. Legenda conforme NT-04;

2. Detalhe de instalação do extintor (altura do extintor e da sinalizacao);

3. Distancia máxima a percorrer; 4. Distancia máxima de 5m dos acessos ou das escadas/rampas em pavimento

elevado;

5. Uma unidade extintora para pavimento de ate 150 m²; 6. 12.1.6 Duas unidades extintoras para pavimento maior que 150m² devendo ser

uma A e outra BC ou duas ABC;

7. Proporcao de duas para o risco principal e uma para o risco secundario;

8. Capacidade minima do extintor sobre rodas, conforme item 5.2.2.3 da NT-21;

9. Extintores sobre rodas devem proteger ate, no Maximo, cinquenta por cento da área a que se destinam. Complementar com extintores portateis;

10. Extintores sobre rodas devem ficar em área restrita ao nível do solo em que se encontram;

11. Representar graficamente no projeto os extintores e a legenda;

12. Os extintores não devem ser instalados em escadas;

13. Centrais de GLP: devem ter extintores para sua proteção conforme Tabela 9 da

NT - 28, Parte 01.

Page 185: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

184

V. Norma Técnica Nº 01/2018, Parte 06, do CBMES: Esta NT, em seu Anexo A.22, traz uma série de itens de verificação em vistoria,

os quais devem estar em conformidade com o projeto aprovado junto ao corpo de

bombeiros. Destes inúmeros itens, entende-se que devem ser observados na

elaboração dos projetos de segurança contra incêndio os seguintes:

a) Localização e Fixação dos aparelhos extintores 1. Verificar se os extintores estão localizados nas posições definidas em planta;

2. Verificar se o agente extintor do extintor está conforme especificado em

planta;

3. Verificar se a capacidade extintora está conforme especificada em planta;

4. Verificar se os extintores estão fixados em colunas, paredes ou divisórias, de

maneira que sua parte superior (gatilho) fique a uma altura máxima de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) do piso acabado, podendo ser

disposto sobre suporte apropriado com altura de 0,20 m;

5. Verificar, para extintores sobrerrodas, se a sua localização está na área a

ser protegida definida em planta;

b) Sinalização dos Extintores 6. Pictograma compatível com a NT 14/CBMES (E5, E11 e E17);

7. Tamanho da placa compatível com a distância de visualização (Tabela 1 do

Anexo A NT 14/CBMES);

8. Placa instalada a uma altura de 1,80 m do piso acabado;

9. Espessura mínima das placas de 1 mm;

10. Verificar se as sinalizações de emergência possuem na borda inferior direita

a descrição do fabricante (Razão Social ou CNPJ) e as características do

ensaio de efeitos fotoluminescente (Ex.: 427/20,3 -1800 - K - W) com o devido

símbolo da empresa certificadora;

VI. Instrução Técnica Nº 21/2017, do CBMBA: Serão apresentados aqui os itens normativos entendidos como mais pertinentes,

após análises dos resultados pesquisados, divididos em tópicos, os quais estarão

melhores detalhados no check list apresentado ao final deste trabalho.

Page 186: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

185

a) Distância de percurso: 1. Os extintores portáteis devem ser distribuídos de tal forma que o operador

não percorra distância maior do que a estabelecida na Tabela 1. Quadro 17 - Capacidade extintora mínima e distância máxima a ser percorrida em função

da classe de risco

Fonte: IT 21 (CBMBA, 2017).

2. As distâncias máximas de caminhamento para os extintores sobre rodas

devem ser acrescidas da metade dos valores estabelecidos na Tabela 1.

b) Instalação e sinalização 3. Quando os extintores forem instalados em paredes ou divisórias, a altura

máxima de fixação do suporte deve ser de 1,60 m do piso, podendo esta

altura variar para menos, desde que a parte inferior do extintor permaneça,

no mínimo, a 0,10 m do piso acabado. 4. É permitida a instalação de extintores sobre o piso acabado, desde que

permaneçam apoiados em suportes apropriados, com altura entre 0,10 m e 0,20 m do piso.

5. Os extintores não podem ser instalados em escadas e devem permanecer

desobstruídos e sinalizados de acordo com o estabelecido na IT 20 –

Sinalização de Emergência. 6. Cada pavimento deve possuir, no mínimo, duas unidades extintoras, sendo

uma para incêndio classe A e outra para incêndio classe B e C. É permitida

a instalação de duas unidades extintoras iguais de pó ABC. 7. É permitida a instalação de uma única unidade extintora de pó ABC em

edificações, mezaninos e pavimentos com área construída inferior a 50 m². 8. Os extintores de incêndio devem ser adequados à classe de incêndio

predominante dentro da área de risco a ser protegida, de forma que sejam

Page 187: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

186

intercalados na proporção de dois extintores para o risco predominante e

um para a proteção do risco secundário. 9. Quando os extintores de incêndio forem instalados em abrigo embutido na

parede ou divisória, além da sinalização, deve existir uma superfície transparente que possibilite a visualização do extintor no interior do abrigo.

10. As capacidades extintoras devem ser as correspondentes a um só extintor,

não sendo aceitas combinações de dois ou mais extintores, à exceção do

extintor de espuma mecânica, bem como a prevista na Tabela 01. 11. Em locais de riscos específicos devem ser instalados extintores de incêndio,

independente da proteção geral da edificação ou risco. 12. Deve ser instalado pelo menos um extintor de incêndio a não mais de 5 m da

entrada principal da edificação e das escadas nos demais pavimentos. 13. Em locais de abastecimento e/ou postos de abastecimento e serviços

onde os tanques de combustíveis são enterrados, além dos extintores

instalados por percurso máximo e riscos específicos, devem ser instaladas

mais uma unidade extintora portátil de pó químico seco (pó ABC ou BC) ou

espuma mecânica, em local de fácil acesso, destinada a cada bomba de

abastecimento, fixado preferencialmente nos pilares. 14. Para proteção de reservatórios de alimentação exclusivo de grupo

motogerador, com capacidade máxima de 500 litros, serão necessários

dois extintores portáteis (pó ABC, pó BC ou espuma mecânica). c) Extintores sobre rodas (carretas)

15. A proteção por extintores sobre rodas deve ser obrigatória nas edificações

de risco alto onde houver manipulação e ou armazenamento de explosivos e líquidos inflamáveis ou combustíveis, exceto quando os

reservatórios de inflamáveis/combustíveis forem enterrados.

16. Não é permitida a proteção de edificações ou áreas de risco unicamente por

extintores sobre rodas, admitindo- se, no máximo, a proteção da metade da área total correspondente ao risco, considerando o complemento por

extintores portáteis, de forma alternada entre extintores portáteis e sobre

rodas na área de risco.

17. Os extintores sobre rodas devem ser localizados em pontos estratégicos e

sua área de proteção deve ser restrita ao nível do piso que se encontram.

Page 188: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

187

5.1.14 Hidrantes e mangotinhos

De acordo com a definição contida na Instrução Técnica Nº 03/2016 do CBMBA,

sistema de hidrantes ou de mangotinhos é um conjunto de dispositivos de combate a

incêndio composto por reserva de incêndio, bombas de incêndio (quando

necessário), rede de tubulação, hidrantes ou mangotinhos, dentre outros acessórios.

Trata-se de uma medida de proteção ativa exigida para edificações com área

construída superior a 750 m² (setecentos e cinquenta metros quadrado), que deve

ser utilizada por equipe de brigadistas treinada para tal, conforme a IT 17/2017 do

CBMBA.

Esse sistema de combate a incêndio está classificado em sistema tipo 1

(mangotinho) e sistemas tipo 2, 3, 4 e 5 (hidrantes), conforme especificado na

Tabela 2 da IT 22 do CBMBA, a ser definido em função da ocupação, risco

específico e área construída da edificação, observando-se a Tabela 3 da citada

norma.

Esses cinco tipos de sistema se diferenciam em razão do diâmetro nominal do

esguicho regulável, diâmetro nominal da mangueira de incêndio, número de

expedições, vazão mínima na válvula do hidrante mais desfavorável e da pressão

residual mínima na ponta do esguicho mais desfavorável.

Os sistemas poderão, ainda, ser diferenciados quanto:

a. Ao tipo de sistema de reservação: elevado, nível do solo, semienterrados

ou enterrado;

b. À fonte de energia: ligação independente ou por gerador automatizado;

c. Ao tipo de sistema de comando: manual (botoeira) e automático (chave de

fluxo ou pressostatos);

d. Aos tipos de bombas empregadas: bomba principal, bomba auxiliar, bomba

de reforço e bomba de escorva;

e. Às características do reservatório: concreto armado, fibra, metálico,

utilização de piscinas ou reservas naturais;

f. Ao material da tubulação: aço, cobre e termoplásticos;

g. Às características do sistema de distribuição: interno ou externo à

edificação;

h. Ao tipo de rede de tubulação: rede aberta (sistema ramificado), rede

fechada (sistema em malha) e rede mista (sistema ramificado e em malha)

Page 189: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

188

Os componentes de um sistema de hidrantes são: a. Reservatório de água:

Seu volume deve permitir uma autonomia para o funcionamento do sistema, que

varia conforme o risco e a área total do edifício.

b. Sistema de pressurização: O sistema de pressurização consiste normalmente em uma bomba de incêndio,

dimensionada a propiciar um reforço de pressão e vazão, conforme o

dimensionamento hidráulico de que o sistema necessitar.

Quando os desníveis geométricos entre o reservatório e os hidrantes são

suficientes para propiciar a pressão e vazão mínima requeridas ao sistema, as

bombas hidráulicas são dispensadas.

c. Conjunto de peças hidráulicas e acessórios: São compostos por registros (gaveta, ângulo aberto e recalque), válvula de

retenção, esguichos etc.

d. Tubulação: A tubulação é responsável pela condução da água, cujos diâmetros são

determinados, por cálculo hidráulico.

Forma de acionamento do sistema de hidrantes: As bombas de recalque podem ser acionadas por botoeiras do tipo liga-desliga,

pressostatos, chaves de fluxo ou uma bomba auxiliar de pressurização (jóckey).

O Corpo de Bombeiros, em sua intervenção a um incêndio, pode utilizar a rede

de hidrantes (principalmente nos casos de edifícios altos). Para que isso ocorra, os

hidrantes devem ser instalados em todos os andares, em local protegido dos efeitos

do incêndio, e nas proximidades das escadas de segurança.

A canalização do sistema de hidrante deve ser dotada de um prolongamento até

o exterior da edificação de forma que possa permitir, quando necessário, recalcar

água para o sistema pelas viaturas do Corpo de Bombeiros

O sistema de hidrantes é projetado: a. De acordo com a classificação de carga de incêndio que se espera;

b. De forma a garantir uma pressão e vazão mínima nas tomadas de água

(hidrantes) mais desfavoráveis;

c. Para assegurar uma reserva de água durante funcionamento de um número

mínimo de hidrantes mais desfavoráveis, por um determinado tempo.

Page 190: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

189

O sistema de mangotinhos podem ser utilizados em substituição aos hidrantes

nos casos de ocupações de risco leve, definidas na Tabela 3 da IT 22 do CBMBA.

Os mangotinhos apresentam a grande vantagem de poder ser operado de

maneira rápida por uma única pessoa. Devido a vazões baixas de consumo, seu

operador pode contar com grande autonomia do sistema.

Por esses motivos os mangotinhos são recomendados pelos bombeiros,

principalmente nos locais onde o manuseio do sistema é executado por pessoas não

habilitadas (Ex.: uma dona de casa em um edifício residencial).

O dimensionamento do sistema de mangotinhos é idêntico ao sistema de

hidrantes.

A seguir são apresentadas diretrizes para atendimento desta medida de segurança contra incêndio e pânico, baseado nos documentos pesquisados.

I. Manual de Segurança Contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais

de Saúde (ANVISA, 2014): Este manual traz uma série de recomendações que devem ser seguidas, dentre

as quais, para aplicação nos projetos de segurança contra incêndio e pânico, se

destacam as seguintes:

1. Os mangotinhos ou os lances de mangueiras para combate a incêndios devem

ser acondicionados de forma específica, prontos para o uso, em caixas

padronizadas (abrigos) junto aos pontos de hidrantes. Esses equipamentos

de proteção devem ser adequadamente sinalizados, em conformidade com a

ABNT NBR 13.434.

2. Deve ser verificada marca de conformidade nas mangueiras de incêndio

conforme ABNT NBR 11.861, ou seja, as extremidades devem conter as

seguintes marcações: nome do fabricante, modelo, NBR 11.861, tipo, mês e ano

de fabricação.

3. Conforme o disposto na ABNT NBR 12.779, deve ser realizada a inspeção a cada 6 (seis) meses e manutenção a cada 12 (doze) meses de todas as

mangueiras de incêndio da edificação.

4. Para uma maior eficiência no eventual emprego dos hidrantes, sugere-se a

utilização de esguicho manual de vazão regulável.

Page 191: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

190

5. Sugere-se a implementação de etiquetas adesivas como “lacres de segurança” nas portas dos armários dos hidrantes, visando resguardar o acesso

aos equipamentos de combate a incêndio da edificação, evitando que sejam

abertos inadvertidamente, mas possibilitando que sejam facilmente abertos em

situações de emergência.

6. Os alimentadores devem também estar interligados a uma válvula de recalque localizada na fachada da edificação ou no passeio público (calçada)

em frente ao Estabelecimento Assistencial de Saúde, normalmente no pavimento

de descarga, permitindo a conexão direta da rede de hidrantes a um caminhão

motobomba do Corpo de Bombeiros.

7. O recalque deve estar claramente identificado, permitindo sua fácil localização

pelos bombeiros.

8. Recomenda-se que as bombas de pressurização do sistema de combate a

incêndios por hidrantes e mangotinhos tenham sua partida automatizada,

através de chave de fluxo de água (com retardo pneumático) ou pressostatos.

9. Complementando o sistema de partida automatizada, devem ser previstos

comandos manuais de acionamento em pontos estratégicos.

10. Adicionalmente, sugere-se que o painel central do sistema de detecção e alarme do Estabelecimento Assistencial de Saúde seja equipado com chave específica tipo “liga”, para acionamento manual à distância da bomba principal de pressurização desse sistema.

11. Cabe a esse mesmo painel central, através de módulo de supervisão específico, a monitoração constante das variáveis fundamentais de

funcionamento do sistema de combate de incêndio por hidrantes e mangotinhos,

conforme especificada na ABNT NBR 13.714, verificando a disponibilidade de

energia elétrica no quadro de comando da bomba de pressurização, a

disponibilidade da reserva de incêndio e o efetivo funcionamento da bomba

em si.

12. O sistema de automação deve ser executado de tal forma que após qualquer

comando de partida do motor da bomba, somente seja possível seu

desligamento através de comando manual junto ao quadro de comando desse,

localizado na casa de bombas.

Page 192: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

191

13. A casa de bombas dos sistemas de combate a incêndios deve ser

adequadamente compartimentada em relação às áreas adjacentes com TRRF 120 min e apresentar um sistema de ventilação com renovação de ar que não

comprometa a compartimentação.

II. Lista de verificação de análise de projetos, do CBMDF: Esta lista de verificação, publicada em junho de 2016, encontra-se disponível no

site do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal e visa criar parâmetros

técnicos para as análises de projetos dos analistas do CBMDF, podendo ainda ser

seguida por projetistas de segurança contra incêndio e traz uma série de itens de

verificação, dentre os quais:

1. Unificar as informações relativas às bombas de combate a incêndio e dos hidrantes hidraulicamente mais favoráveis e desfavoráveis do sistema de

proteção por hidrantes de parede, apresentadas no memorial de cálculo e

projeto de instalações contra incêndio: tais como altura manométrica,

potência e vazão das bombas, pressão e vazão dos hidrantes de paredes,

respectivamente;

2. Apresentar a classificação de risco da edificação em função da atividade e

ocupação, em conformidade com o Anexo A da Norma Técnica n° 002/2009-

CBMDF;

3. Apresentar o cálculo da reserva técnica para incêndio – RTI, com base nas

Tabelas 1 e 2 e itens 4.4, 4.5 e 4.6, todos da NT 04/2000 – CBMDF;

4. Informar a área da edificação para efeito de cálculo da RTI;

5. Redimensionar a RTI de acordo com os itens 4.4, 4.5 e 4.6, usando a

fórmula {[((At – 2500) ÷ 100) x k2] + k1}, onde k1 e k2 são volumes d’água

definidos pelas Tabelas 01 e 02 da NT 04 – CBMDF;

a) Reservatório

6. Apresentar reserva técnica de incêndio em conformidade com a aprovação do

projeto de arquitetura em consulta prévia.

7. O reservatório de água destinada à reserva técnica de incêndio (RTI) deve

ser resistente a 04 horas de fogo, de acordo com o item 4.1 da NT 04 –

CBMDF;

Page 193: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

192

8. Dimensionar reservatório superior ou apresentar dados que justifiquem a utilização de reservatório inferior de acordo com o item 4.2 da NT 04 do

CBMDF;

9. O reservatório metálico ou de polietileno deve ter distanciamento mínimo de 3m da edificação, de acordo com o item 4.3 da NT 04 – CBMDF;

10. Apresentar detalhe da caixa d’água com as dimensões e a cota da saída de

consumo garantindo a RTI pela diferença do nível da canalização de

consumo predial saindo pela lateral e a RTI pelo fundo da caixa d’água, de

acordo com o item 4.10 da NT 04 – CBMDF;

11. A canalização do dreno de limpeza da caixa d’água deve ser metálica no mínimo até o registro;

b) Pressurização 12. Apresentar a locação das bombas de incêndio, com no mínimo 02 bombas

de incêndio, sendo uma principal e outra reserva, ambas com as mesmas especificações informando ainda a altura manométrica, potência e vazão,

de acordo com o item 4.11 da NT 04 – CBMDF;

13. Instalar válvula de retenção e derivação “by pass” na rede hidráulica de

incêndio a fim de garantir o funcionamento do sistema por gravidade, de

acordo com o item 4.12 da NT 04 – CBMDF;

14. Apresentar detalhe do quadro ou nota em projeto especificando a automação das bombas de incêndio, de acordo com o item 4.13 da NT 04 –

CBMDF;

15. Apresentar detalhe do quadro (do medidor) ou nota em projeto

especificando que as bombas de incêndio possuem instalação independente da rede elétrica geral, de acordo com o item 4.14 da NT 04 –

CBMDF;

16. Deve ser instalado dreno para teste de funcionamento das bombas de

incêndio, de acordo com o item 4.17 da NT 04 – CBMDF;

17. Instalar registro antes e depois das bombas e válvulas de retenção na saída das bombas para evitar refluxo de água no sistema;

18. Instalar dois sistemas de alimentação (elétrico ou explosão), o último com

combustível suficiente para funcionamento durante 2h, de acordo com o

item 4.15 da NT 04 – CBMDF;

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193

19. As bombas de incêndio devem ser locadas em abrigo com dimensões mínimas de 1,50 x 1,50 x 1,50m, de acordo com o item 4.18 da NT 04 –

CBMDF;

20. O acesso ao abrigo deve possuir dimensões mínimas de 1,40 x 0,50m, no

caso de acesso por alçapão, este deve possuir dimensões mínimas de 0,70 x 0,70m, de acordo com os itens 4.18.1 e 4.18.2 da NT 04 – CBMDF;

21. Apresentar detalhe para instalação da válvula redutora de pressão da

rede de distribuição para os hidrantes, de modo a cumprir o item 4.8 da NT 04

– CBMDF;

c) Memorial de cálculo 22. Apresentar memorial de cálculo do sistema de proteção por hidrantes de

parede;

23. Unificar o diâmetro do requinte no projeto e no memorial de acordo com o

item 5.1.9 da NT 04 – CBMDF;

24. Calcular a vazão nos dois hidrantes mais desfavoráveis, funcionando

simultaneamente, com a vazão mínima no requinte atendendo os valores da

Tabela 03 da NT 04 – CBMDF;

25. A pressão na saída do requinte nos dois hidrantes mais desfavoráveis deve

ser entre 10 e 40mca de acordo com o item 4.8 da NT 04 – CBMDF;

d) Canalização 26. Apresentar nota especificando que o material utilizado nas canalizações,

conexões e registros utilizados no sistema de hidrante serão de ferro fundido, galvanizado, aço galvanizado e cobre resistentes às pressões

internas e esforços mecânicos, conforme o item 4.19 da NT 04 – CBMDF;

27. Alterar o diâmetro da canalização (50mm para A e B-1 e 63mm para demais

riscos), de acordo com o item 4.19.1 da NT 04 – CBMDF;

28. A canalização do barrilete deverá ser um diâmetro nominal acima do

diâmetro da canalização utilizada no sistema, de acordo com o item 4.20 da

NT 04 – CBMDF;

29. A canalização de incêndio aparente deverá ser pintada na cor vermelha

(apresentar nota), de acordo com o item 4.21 da NT 04 – CBMDF;

e) Hidrantes de parede 30. Redimensionar os hidrantes de parede de forma que a distância entre eles

não seja maior que 30m, de acordo com o item 4.23.2 da NT 04 – CBMDF;

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194

31. Apresentar detalhe informando que a altura de instalação do hidrante de parede esteja entre 1,30m a 1,50m medida da face superior do piso acabado

ao eixo horizontal do registro de hidrante, de acordo com o item 4.23.6 da NT

04 – CBMDF;

32. Redimensionar os hidrantes de parede de forma que haja, no mínimo, um hidrante por pavimento, de acordo com item 4.23.4 da NT 04 – CBMDF;

33. Redimensionar os hidrantes de parede de modo que qualquer ponto seja

alcançado simultaneamente por duas linhas de mangueira de hidrantes distintos, de acordo com o item 4.23.7 da NT 04 – CBMDF;

34. Apresentar detalhe informando que os abrigos dos hidrantes sejam pintados

na cor vermelha, com dimensões suficientes para acomodar o registro, o

esguicho e a mangueira, de acordo com os itens 4.24.1 e 4.24.2 da NT 04 –

CBMDF;

35. Apresentar detalhe ou nota informando que os esguichos dos hidrantes de

parede são reguláveis, de acordo com o item 4.24.5 da NT 04 – CBMDF;

36. Redimensionar o comprimento das linhas de mangueira (no máximo 30m,

dividido em duas mangueiras de 15m) de acordo com os itens 4.26.2 e

4.26.3 da NT 04 – CBMDF;

37. Redimensionar o diâmetro das mangueiras para 38mm de acordo com a

Tabela 04 da NT 04 – CBMDF;

38. Os hidrantes de parede devem estar em locais facilmente acessíveis e

prontamente disponíveis, não podendo estar obstruídos por elementos do

layout, vagas de garagens ou similares, de acordo com o item 4.23.3 da NT

04 – CBMDF;

f) Hidrante de recalque 39. Dimensionar hidrante de recalque de acordo com o item 4.25 da NT 04 –

CBMDF;

40. Locar o hidrante de recalque entre 1 e 10m do meio-fio da via de acesso,

de acordo com o item 4.25.1 da NT 04 – CBMDF;

41. Apresentar detalhe do hidrante de recalque com as dimensões mínimas da tampa (0,50 x 0,50m) e profundidade de 0,50m, de acordo com o item

4.25.5 da NT 04 do CBMDF;

Page 196: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

195

42. Apresentar detalhe do hidrante de recalque especificando o uso de válvula de retenção que possibilite o fluxo de água somente para o interior da

edificação, de acordo com os itens 4.25.3 e 4.25.5 da NT 04/2000 CBMDF;

43. Apresentar detalhe do hidrante de recalque especificando o uso de registro tipo globo ou gaveta a 15cm de profundidade e ângulo de 45°, de modo a

possibilitar a conexão da mangueira livre de obstruções, de acordo com o

item 4.25.5 da NT 04 – CBMDF;

III. Norma Técnica Nº 45/2012, do CBMGO: A Norma Técnica Nº 45/2012 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás

(CBMGO), traz um Check List – Sumário técnico para orientação de inspeções e

elaboração de projetos, devendo o analista de projetos verificar no momento da

analise os seguintes itens:

1. Os sistemas de combate a incêndio devem ser classificados quanto ao tipo de

acordo com a Tabela 2 da NT-22;

2. Todos os parâmetros, ábacos, tabelas e outros recursos utilizados no projeto e

no dimensionamento devem ser relacionados no memorial; 3. Ao sistema a ser instalado deve corresponder um memorial constando

cálculos, dimensionamentos e uma perspectiva isométrica da tubulação

(sem escala, com cotas e com os hidrantes numerados);

4. Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivos de recalque, consistindo

em um prolongamento de diâmetro no mínimo igual ao da tubulação principal,

cujos engates devem ser compatíveis com junta de união tipo engate rápido de

DN 65 mm;

5. Quando a vazão do sistema for superior a 1000 L/min, o dispositivo de recalque

deve possuir um registro de recalque adicional com as mesmas características

definidas no item acima, sendo que o prolongamento da tubulação deve ter

diâmetro no mínimo igual ou superior ao existente na tubulação de recalque do

sistema;

6. Quando existir registro de recalque na edificação a mesma deve contemplar no

projeto todas as características seguintes:

a. Ser enterrado em caixa de alvenaria, com fundo permeável ou dreno;

Page 197: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

196

b. A tampa deve ser articulada e requadro em ferro fundido ou material

similar, identificada pela palavra “INCENDIO”, com dimensões de 0,4 m x 0,6 m;

c. Estar afastada a 0,5 m da guia do passeio;

d. A introdução voltada para cima em angulo de 45° e posicionada no máximo a 0,15 m de profundidade em relação ao piso do passeio;

e. O volante de manobra deve ser situado a no máximo 0,5 m do nível do piso acabado;

f. A válvula deve ser do tipo gaveta ou esfera.

g. Deve ser dotado de válvula de retenção permitindo o fluxo de água somente

no sentido de entrada da rede.

7. Especificar se o dispositivo de recalque esta instalado na fachada principal da edificação ou no muro da divisa com a rua. Nesse caso, deve estar com a

introdução voltada para a rua e para baixo em um angulo de 45°, e a uma altura

entre 0,60 m e 1 m em relação ao piso do passeio da propriedade. A localização

do dispositivo de recalque sempre deve permitir aproximação da viatura

apropriada para o recalque da água, a partir do logradouro publico, para o livre

acesso dos bombeiros.

8. O dispositivo de recalque pode ser constituído de um hidrante de coluna externo, localizado a distância máxima de 10 m ate o local de estacionamento das viaturas do Corpo de Bombeiros.

9. Observar se não há recalques demonstrados em locais onde há trânsito de pessoas e veículos.

10. Analisar no demonstrativo da caixa de mangueiras a forma de acondicionamento de mangueiras, de acordo com o seu comprimento e a sua

utilização.

11. No interior do abrigo pode ser instalada a válvula angular, desde que o seu

manuseio e manutenção estejam garantidos, demonstrado no projeto.

12. Os abrigos podem ser construídos com materiais metálicos, de madeira, de fibra ou de vidro, podendo ser pintados em qualquer cor, desde que

devidamente sinalizados e demonstrados no projeto e apresentados em notas

especificas.

13. No projeto deve ser apresentado apoio ou fixação própria para os abrigos,

independente da tubulação que abastece o hidrante ou o mangotinho.

Page 198: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

197

14. Os abrigos dos sistemas de hidrantes ou de mangotinhos não devem ser

instalados a mais de 5 m da expedição da tubulação, devendo estar em local visível e de fácil acesso.

15. Especificar no projeto que as portas dos abrigos ficam abertas.

16. As válvulas dos hidrantes devem ser do tipo angulares de diâmetro DN65

(2½”), já as válvulas para mangotinhos devem ser do tipo abertura rápida, de

passagem plena e diâmetro mínimo DN25 (1”), devidamente demonstradas no

isométrico de hidrantes.

17. Demonstrar que a edificação é do tipo 1 e mostrar que os pontos de tomada de água de engate rápido para mangueira de incêndio são de diâmetro 40 mm

(1½”).

18. De acordo com o tipo de sistema de demonstrar quais são os materiais necessários.

19. Colocar no projeto os seguintes itens a respeito dos pontos de tomada de água:

a. Nas proximidades das portas externas, escadas e/ou acesso principal a ser protegido, a não mais de 5 m;

b. Em posições centrais nas áreas protegidas, devendo atender

obrigatoriamente ao item “a”;

c. Fora das escadas ou antecâmaras de fumaça;

d. De 1 m a 1,5 m do piso.

20. No caso de projetos utilizando hidrantes externos, devera atender ao

afastamento de no mínimo uma vez e meia a altura da parede externa da edificação a ser protegida, em que podem ser utilizados ate 60 m de mangueira de incêndio (preferencialmente em lances de 15 m), desde que

devidamente dimensionados por calculo hidráulico. Recomenda-se que sejam

utilizadas mangueiras de incêndio de 65 mm de diâmetro para redução da perda

de carga, e o ultimo lance de 40 mm para facilitar seu manuseio (nesse caso

deve haver uma redução de mangueira de 2½” para 1½”).

21. O dimensionamento deve consistir na determinação do caminhamento das

tubulações, dos diâmetros dos acessórios e dos suportes, necessários e

suficientes para garantir o funcionamento dos sistemas.

22. Independente do tipo de sistema deve ser previsto o esguicho do tipo regulável, em função da melhor efetividade no combate, desde que seja

atendida a vazão mínima para cada esguicho e alcance do jato.

Page 199: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

198

23. Cada sistema deve ser dimensionado de modo que as pressões dinâmicas nas entradas dos esguichos não ultrapassem o dobro daquela obtida no esguicho mais desfavorável considerado no cálculo. Podem-se utilizar

quaisquer dispositivos para redução de pressão, desde que comprovadas as

suas adequações técnicas. Recomenda-se que o sistema seja dimensionado de

forma que a pressão máxima de trabalho em qualquer ponto não ultrapasse

100 mca (1000 kPa). Situações que requeiram pressões superiores a estipulada

serão aceitas, desde que comprovada a adequação técnica dos componentes

empregados.

24. O calculo hidráulico da somatória de perda de carga nas tubulações deve

ser executado por métodos adequados para este fim. A velocidade da água no

tubo de sucção das bombas de incêndio não devem ser superior a 2 m/s

(sucção negativa) ou 3 m/s (sucção positiva). A velocidade máxima da água na

tubulação não deve ser superior a 5 m/s. Para efeito de equilíbrio de pressão

nos pontos de cálculos, e admitida a variação máxima de 0,50 mca (5,0 kPa) para mais ou para menos.

25. A reserva de incêndio deve estar devidamente delimitada na planta da

edificação e serve para o primeiro combate. Existe um padrão para a construção

dos reservatórios. O valor da reserva será determinado por tabela especifica.

26. Pode ser admitida a alimentação de outros sistemas de proteção contra incêndio sob comando ou automáticos, através da interligação das

tubulações, desde que atenda aos parâmetros da NT 23 – Sistema de chuveiros

automáticos.

27. O reservatório pode ser subdividido desde que todas as unidades estejam

ligadas diretamente a tubulação de sucção da bomba de incêndio, e tenha

subdivisões em unidades mínimas de 3 m³. 28. Não é permitida a utilização da reserva de incêndio pelo emprego conjugado de

reservatórios subterrâneos e elevados.

29. Deve ser especificado o tipo da bomba de incêndio que deve ser do tipo centrífuga, acionado por motor elétrico ou combustão.

30. No caso de ocupações mistas com uma bomba de incêndio principal, deve ser

feito o dimensionamento de vazão da bomba e de reservatório para o maior risco, e os esguichos e mangueiras podem ser previstos de acordo com os

Page 200: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

199

riscos específicos. A altura manométrica total da bomba deve ser calculada

para o hidrante mais desfavorável do sistema.

31. Os componentes que não satisfaçam a todas as especificações das normas

existentes ou as exigências dos órgãos competentes e entidades envolvidas

devem ser submetidos a ensaios e verificações, a fim de obterem aceitação

formal da utilização nas condições especificas da instalação, expedida pelos

órgãos competentes.

32. O alcance do jato produzido por qualquer tipo de jato deve ser de 8 metros no mínimo.

33. Os esguichos devem ser construídos em latão ligas C- 37700, C-46400 e C-

48500 da ASMT B 283 para forjados ou C-83600, C-83800, C-84800 e C- 86400

da ASMT B 584, liga 864 da ASMT B 30 para fundidos, ou bronze ASMT B 62

para fundidos. Outros materiais podem ser utilizados, desde que comprovada a

sua adequação técnica e aprovado por órgão competente.

34. Cada esguicho instalado deve ser adequado aos valores de pressão disponível

e de vazão de água no ponto de hidrante considerado, de modo a proporcionar o

seu perfeito funcionamento.

35. A mangueira de incêndio para uso de hidrante deve atender as condições da

NBR 11861/98. Se na edificação for a mangueira de incêndio semirrígida para

uso de mangotinho deve atender as condições da EN 694/96 para o sistema

Tipo 1.

36. Para sistemas de hidrantes utilizam-se preferencialmente lances de 15metros de mangueira.

37. As uniões de engate rápido entre mangueiras de incêndio devem ser conforme

a NBR 14349/99. As dimensões e os materiais para a confecção dos

adaptadores tipos engate rápido devem atender a NBR 14349/99.

38. A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal inferior a DN65 mm

(2½”).

39. Para sistemas tipo 1 ou 2 pode ser utilizada tubulação com diâmetro nominal DN50 (2”), desde que comprovado tecnicamente o desempenho hidráulico dos

componentes e do sistema, através de laudo de laboratório oficial competente.

40. Os trechos das tubulações do sistema, que passam em dutos verticais ou

horizontais e que sejam visíveis através da porta de inspeção, devem ser em

cor vermelha.

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41. Opcionalmente, a tubulação aparente do sistema pode ser pintada em outras

cores, desde que identificada com anéis vermelhos com 0,20 m de largura e dispostos no máximo a 5 m um do outro, exceto para edificações do Grupo I,

J, L e M da Tabela 1 Código Estadual de Proteção Contra Incêndio, Explosão,

Pânico e Desastres.

42. A tubulação deve ser fixada nos elementos estruturais da edificação por meio

de suportes metálicos, conforme a NBR 10897/90, rígidos e espaçados em no

máximo 4 m, de modo que cada ponto de fixação resista a cinco vezes a massa do tubo cheio de água mais a carga de 100 kg.

43. Os materiais termoplásticos, na forma de tubos e conexões, somente devem

ser utilizados enterrados a 0,50 m e fora da projeção da planta da edificação,

satisfazendo a todos os requisitos de resistência a pressão interna e a esforços

mecânicos necessários ao funcionamento da instalação.

44. Tubulação do sistema 65 mm 45. Sistema tipo 1 ou 2 pode ter tubulação 50 mm 46. As tubulações não podem passar por poços de elevadores e/ou dutos de

ventilação 47. O reservatório pode ser uma piscina da edificação desde que garantida a

reserva efetiva

48. Em reservatório elevado não há bomba se o mesmo atender a pressões e

vazões mínimas

49. Quando o abastecimento for feito por bomba de incêndio deve possuir uma elétrica e uma de combustão interna

50. Bombas de incêndio dispor de dispositivos para acionamento automático ou manual.

51. Para o acionamento manual devem ser previstas botoeiras do tipo liga-desliga,

junto a cada hidrante ou mangotinhos.

52. Instalação de bomba de reforço acionada por botoeira do tipo liga-desliga

podem dispensar as botoeiras junto a estes hidrantes ou mangotinhos, devendo

ser demonstrado nos cálculos hidráulicos e detalhe isométrico da rede.

53. Os condutores elétricos das botoeiras devem ser protegidos contra danos físicos e mecânicos através de eletrodutos rígidos embutidos nas paredes, ou

quando aparentes em eletrodutos metálicos, não devendo passar em áreas de risco.

Page 202: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

201

54. As bombas de incêndio não podem ser instaladas em salas que contenham qualquer outro tipo de maquina ou motor, exceto quando estes últimos se

destinem a sistemas de proteção e combate a incêndio que utilizem a água como

agente de combate.

55. Instalação de bombas de incêndio com as sucções acima do nível de água:

a. Ter a sua própria tubulação de sucção;

b. Ter a válvula de pé com crivo no extremo da tubulação de sucção;

c. Ter meios adequados que mantenham a tubulação de sucção sempre cheia

de água;

d. O volume do reservatório de escorva e o diâmetro da tubulação que abastece

a bomba de incêndio devem ser para sistemas do Tipo 1 (mínimo de 100 L e

diâmetro de 19 mm) e, sistemas dos Tipos 2 e 3 (mínimo de 200 L e diâmetro

de 19 mm);

56. Alimentação elétrica das bombas de incêndio deve ser independente do consumo geral.

57. A entrada de força para a edificação a ser protegida deve ser dimensionada

para suportar o funcionamento das bombas de incêndio em conjunto com os

demais componentes elétricos da edificação, a plena carga.

58. As chaves elétricas de alimentação das bombas de incêndio devem ser

sinalizadas com a inscrição “ALIMENTACÃO DA BOMBA DE INCÊNDIO – NÃO DESLIGUE”.

59. Os fios elétricos de alimentação do motor das bombas de incêndio, quando

dentro da área protegida pelo sistema de hidrantes, devem ser protegidos contra danos mecânicos e químicos, fogo e umidade.

60. A bomba de pressurização (jockey) pode ser sinalizada apenas com recurso

ótico, indicando bomba em funcionamento.

61. Características da placa de identificação de cada bomba principal ou de reforço: a. Nome do fabricante;

b. Numero de serie;

c. Modelo da bomba;

d. Vazão nominal;

e. Pressão nominal;

f. Rotações por minutos de regime;

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202

g. Diâmetro do rotor.

62. Características da placa de identificação dos motores elétricos: a. Nome do fabricante;

b. Tipo;

c. Modelo;

d. Numero de serie;

e. Potencia (em CV);

f. Rotações por minuto sob a tensão nominal;

g. Tensão de entrada em volts;

h. Corrente de funcionamento (em amperes);

i. Frequência (em hertz).

63. Painel de comando para proteção e partida automática do motor da bomba de

incêndio deve ser selecionado de acordo com a potencia em CV do motor.

64. Sistema de partida deve ser do tipo magnético.

65. O período de aceleração do motor não deve exceder a 10 s.

66. O painel deve ser localizado o mais próximo possível do motor da bomba de

incêndio, e protegido contra respingos de água e penetração de poeira.

67. O painel deve ser fornecido com os desenhos dimensionais, layout, diagrama

elétrico, régua de bornes, diagrama elétrico interno e listagem dos materiais

aplicados.

68. Todos os fios devem ser anilhados de acordo com o diagrama elétrico

correspondente.

69. O alarme acústico do painel deve ser tal que, uma vez cancelado por botão de

impulso, volte a funcionar normalmente quando surgir um novo evento.

70. As bombas de incêndio com vazão nominal acima de 600 L/min deverão

dispor de um fluxo contínuo de água através de uma tubulação de 6 mm ou

placa de orifício de 6 mm, derivada da voluta da bomba e com retorno

preferencialmente para o reservatório ou tanque de escorva, a fim de se evitar o

superaquecimento das mesmas;

71. Atentar-se para os casos de isenção.

IV. Norma Técnica Nº 01/2018, Parte 06, do CBMES: Esta NT, em seu Anexo A.24, traz uma série de itens de verificação em vistoria,

os quais devem estar em conformidade com o projeto aprovado junto ao corpo de

Page 204: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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bombeiros. Destes inúmeros itens, entende-se que devem ser observados na

elaboração dos projetos de segurança contra incêndio os seguintes:

a) Reserva Técnica de Incêndio (RTI) 1. Verificar se a RTI está protegida contra o fogo conforme indicado em planta

(nos casos em que a RTI não for de TRRF 2 h);

2. Verificar as dimensões e volume da RTI;

3. Verificar a tomada da água da RTI para o Sistema de Hidrantes (diâmetro da tubulação e posição - altura);

4. Verificar altura de tomada de consumo, quando houver;

5. Verificar na parte superior da RTI a presença de tampa de inspeção;

6. Verificar, quando couber, o acesso a RTI através de escada marinheiro;

b) Tubulações de Sucção (tubulação da RTI a entrada da BCI) 7. Verificar a existência de registro de gaveta;

8. Verificar a existência de válvula de retenção e sua posição de sentido

(somente para sistemas de gravidade);

9. Verificar o desnível da RTI à entrada da BCI; 10. Verificar o comprimento da tubulação da saída da RTI à entrada da BCI;

11. Verificar o diâmetro da tubulação da saída da RTI à entrada da BCI;

12. Verificar o tipo de tubo (aço preto, aço galvanizado, ferro fundido, cobre, etc);

13. Verificar, quando aparente, se o tubo está pintado na cor vermelha;

c) Bombas de Combate a Incêndio (BCI) 14. Verificar se a BCI está protegida contra o fogo (ambiente compartimentado),

umidade e intempéries;

15. Verificar o número de bombas instaladas;

16. Verificar se a especificação da BCI (vazão e altura manométrica) está

conforme Projeto Técnico e de acordo com seu respectivo catálogo;

17. Verificar especificação da potência (CV ou HP) do motor da BCI;

18. Verificar se as BCI estão com ligação elétrica independente em relação à ligação elétrica das demais cargas da edificação, como também,

identificada e protegida;

19. Verificar se o painel elétrico está identificado e operante;

20. Verificar se em caso de sucção negativa está instalado uma reserva mínima de escorva de 500 litros, instalada em nível superior a sucção da BCI;

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204

21. Verificar para a RTI enterrada um sistema motriz para bomba através de

motor de combustão interna;

22. Verificar passagem by-pass interligando tubulação de sucção a tubulação de

recalque com a correta instalação da válvula de retenção,

23. Verificar a existência do registro de gaveta na entrada e na saída de cada

BCI;

24. Verificar a presença de válvula de retenção na saída de cada BCI;

25. Verificar a existência do conjunto de acionamento automático (pressostato,

manômetro ou válvula de fluxo) de cada BCI;

26. Verificar a existência do cilindro de pressão para proteção da BCI (golpe de

aríete);

27. Verificar a existência de válvula do tipo teste para cada BCI;

28. Verificar a capacidade do tanque a diesel (para conjunto motobomba a

diesel);

29. Verificar para a bomba a diesel a disponibilidade de entrada de ar na casa de bombas;

30. Verificar a presença de outros componentes do sistema de hidrantes

(válvula de alívio, retorno de água, etc); 31. Verificar a ausência de material combustível na casa de bomba/barrilete;

32. Verificar a existência de extintor de incêndio para proteção da casa de

bombas (Pó 20 B:C ou CO2 5 B:C);

d) Tubulações de Recalque (tubulação da BCI aos hidrantes de parede/recalque) 33. Verificar o comprimento da tubulação da saída da BCI ao Hidrante de

Parede mais desfavorável;

34. Verificar o diâmetro da tubulação da saída da BCI ao Hidrante de Parede

mais desfavorável;

35. Verificar o tipo de tubo (aço preto, aço galvanizado, ferro fundido, cobre, etc)

da BCI ao Hidrante de Parede;

36. Verificar o desnível entre a BCI ao Hidrante de Parede mais desfavorável; 37. Verificar, quando possível, todo o percurso das tubulações até todos os

hidrantes;

38. Verificar, quando possível, em todo o percurso o diâmetro das tubulações

até todos os hidrantes;

Page 206: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

205

39. Verificar, quando possível, em todo o percurso o tipo de tubo (aço preto,

aço galvanizado, ferro fundido, cobre, etc) das tubulações até todos os

hidrantes;

40. Verificar se a rede, conexões e bombas apresentam qualquer vazamento;

41. Verificar a existência de válvula redutora de pressão, quando houver;

e) Hidrante de Parede - Posição 42. Verificar as posições dos hidrantes;

43. Verificar se os hidrantes estão cobrindo toda a área do pavimento;

44. Verificar se os hidrantes estão desobstruídos;

f) Hidrante de Parede – Componentes 45. Verificar se o tamanho da caixa de hidrante está compatível com as

mangueiras e acessórios a armazenar;

46. Verificar se para os abrigos com fachada envidraçada o seu interior está

pintado na cor vermelha;

47. Verificar se existe na porta de abertura da caixa de hidrantes vidro/acrílico e

aberturas de ventilação que possibilite o não ressecamento das mangueiras de incêndio;

48. Verificar o comprimento da mangueira;

49. Verificar o diâmetro da mangueira;

50. Verificar se o tipo de mangueira está conforme indicado em memorial do

Projeto Técnico;

51. Verificar se a mangueira possui a devida certificação (ABNT, UL, FM, etc).

52. Verificar a condição da válvula de registro 45º de acoplamento da

mangueira;

53. Verificar se o adaptador/rosca da mangueira é compatível com a conexão da

mangueira;

54. Verificar se o esguicho é regulável constituído em latão ou cobre;

55. Verificar se o esguicho encontra-se acoplado para uso juntamente com a

mangueira de incêndio ao registro de 45º;

56. Verificar se o conjunto mangueira e esguicho está acondicionado (aduchado) no suporte de mangueira;

57. Verificar se a chave de mangueira é compatível com a junta storz;

Page 207: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

206

g) Hidrante de Parede – Sinalização 58. Verificar se o pictograma da sinalização de emergência dos hidrantes de

parede é compatível com a NT 14/CBMES (E6, E7 e E8);

59. Verificar se o tamanho da placa da sinalização de emergência dos hidrantes

de parede é compatível com a distância de visualização (Tabela 1 do

Anexo A da NT 14);

60. Verificar se as sinalizações de emergência possuem na borda inferior direita

a descrição do fabricante (Razão Social ou CNPJ) e as características do

ensaio de efeitos fotoluminescente (Ex.: 427/20,3 -1800 - K - W) com o devido

símbolo da empresa certificadora;

h) Hidrante de Recalque 61. Verificar a posição do hidrante de recalque (passeio público);

62. Verificar se a tubulação de chegada ao hidrante

63. Verificar o abrigo do hidrante de recalque – dimensões mínimas de (0,60 x 0,40 x 0,40)m;

64. Verificar se a tampa do abrigo possui a inscrição “INCÊNDIO”;

65. Verificar a existência do registro, rosca e tampão do hidrante de recalque;

66. Verificar a presença do dreno no abrigo do hidrante de recalque;

67. Verificar se a tampa do hidrante de recalque está pintada com a cor vermelha;

V. Instrução Técnica Nº 22/2016, do CBMBA: Serão apresentados aqui os itens normativos entendidos como mais pertinentes,

após análises dos resultados pesquisados, divididos em tópicos, os quais estarão

melhores detalhados no check list apresentado ao final deste trabalho.

1. Definição do tipo de sistema: o sistema tipo 1 refere-se a mangotinhos e os

sistemas tipo 2, 3, 4 e 5 a hidrantes.

2. Constar em projeto: parâmetros, ábacos e tabelas (em memorial); memorial de

cálculo; planta com perspectiva isométrica; determinação do volume da RTI.

3. Distribuição dos hidrantes ou mangotinhos: posicionamento, afastamento, altura

e hidrantes externos.

4. Dimensionamento: quantidade de jatos d’água considerados; vazões e

pressões consideradas; pressões e velocidades máximas consideradas; NPSH;

cálculo hidráulico; definição de bombas; observações para ocupações mistas.

Page 208: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

207

5. Dispositivo de recalque: tipo; critérios de instalação para recalque de coluna e

de passeio.

6. Reservatório e RTI: tipo; critérios de construção para reservatórios elevado, ao

nível do solo, semienterrado ou subterrâneo; e de fontes naturais.

7. Bombas de incêndio: necessidade e tipo; automatização e partida manual para

bombas principais e de reforço; exigência de bomba jóquei, sua vazão, pressão e

automatização.

8. Casa de bombas: requisitos de construção.

9. Painel de sinalização: previsão de botoeira para acionamento manual das

bombas e sinalizações ótica e acústica das bombas elétricas e de combustão

interna.

10. Bombas de incêndio acopladas a motores elétricos: requisitos de instalação;

critérios quando a sucção for negativa; instalação elétrica; painel de comando e

placas de identificação da bomba e do motor.

11. Bombas de incêndio acopladas a motores de combustão interna: critérios do

motor a combustão; sistema de refrigeração e placas de identificação do motor.

12. Abrigo: critérios construtivos; localização e conteúdo.

13. Válvulas de abertura: tipo (para hidrantes e para mangotinhos).

14. Requisitos para os seguintes componentes do sistema: esguichos; mangueiras

de incêndio; juntas de união; válvulas; tubulações e conexões; manômetros;

pressostatos e chaves de nível.

5.2 CHECK LIST PRELIMINAR E AVALIAÇÃO DOS PROJETISTAS E ANALISTAS DO CBMBA

Com base na identificação dos requisitos normativos apresentados no item 5.1,

foi elaborado o Check List para Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico

(Apêndice 1). Esta ferramenta foi, então, avaliada por 03 (três) projetistas e 02 (dois)

analistas do CBMBA visando verificar se os itens normativos das medidas de

segurança exigidas para as edificações em estudo mais comumente notificados

estão nele contemplados e se as causas dessas notificações, seja por erro de

dimensionamento de um item da medida ou ausência de previsão de informação

Page 209: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

208

necessária para o seu completo dimensionamento seriam minimizadas, ou até

mesmo eliminadas através da utilização da lista de verificação proposta.

Foi analisada a pertinência dos itens constantes nessa lista de verificação para

uso dos projetistas na elaboração dos seus PSCIP, apresentando o material

utilizado como fonte e o seu objetivo instrutivo, além da necessidade de se conter

itens para dimensionamento completo das medidas de segurança estudadas. A

seguir, apresenta-se a avaliação dos entrevistados.

Projetista nº 01: O primeiro projetista entrevistado mostrou uma boa

receptividade à proposta e ao uso para consulta e dimensionamento das medidas de

segurança contra incêndio, considerando pertinente o check list e indicando

inclusive, uma série de itens nele constante que até então passavam despercebidos

aos seus olhos, sendo, entretanto, necessários de serem melhores previstos,

detalhados e diferenciados com vistas a um projeto mais seguro, sobretudo os

relativos as medidas de saídas de emergência e hidrantes e mangotinhos. As

intervenções propostas pelo projetista nº 01 restringiram-se aos documentos

exigidos pela IT 01 (CBMBA, 2016), sendo, portanto, procedimentais, o que foi

repassado como sugestão para a Comissão de Normatização do CBMBA.

Projetista nº 02: O segundo projetista teceu inúmeros elogios ao check list

apresentado, acreditando ser esta uma importante iniciativa com vistas a despertar o

aprofundamento do conhecimento dos projetistas de segurança contra incêndio do

estado da Bahia, vez que ele considerou, além de uma lista contendo itens de

verificação normativa, um documento instrutivo-orientativo que trouxe alguns

detalhamentos conceituais desconhecidos ou despercebidos por muitos projetistas e

que são de primordial importância para dimensionamento de medidas como

isolamento de risco, segurança contra o fogo dos elementos construtivos, iluminação

de emergência e alarme e detecção de incêndio.

Projetista nº 03: O projetista número três elogiou o check list apresentado por ter

conseguido em um único documento trazer um resumo das normas de segurança

contra incêndio e pânico o qual ele classificou como excelente e contemplando os

principais itens normativos de projeto; entretanto para a funcionalidade como uma

lista de verificação ele sugeriu que fossem melhores divididos os tópicos por

grandes áres como projeto, instalação e fabricante, por exemplo, bem como

houvesse uma hierarquização das fontes para melhor identificar as subdivisões

existentes dentro de cada medida. Sugeriu ainda que fosse feita a definição de cada

Page 210: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

209

medida para melhor esclarecimento sobretudo dos projetistas iniciantes. Ele

ressaltou também o caráter instrutivo dado pelo documento e que sem dúvidas o

utilizaria para a elaboração de seus projetos como um manual de consulta frequente. Analistas nº 01 e 02: A entrevista dos analistas ocorreu de forma conjunta. Foi

informado o objetivo principal da lista de verificação que é a orientação para

dimensionamento das medidas de segurança contra incêndio pelos projetistas nos

PSCIP apresentados ao CBMBA, com vistas, sobretudo a diminuição do maciço

número de notificações existentes dos projetos apresentados. Do ponto de vista

prático para utilização nas análises realizadas sinalizaram como sendo um pouco

extenso o check list apresentado, se tornando desta forma de aplicação mais restrita

em consultas aos itens normativos nele constantes, em razão do imenso número de

processos de análise de projetos existentes no CBMBA e da celeridade que é

requerida nessas análises de forma a atender a demanda existente.

Desta forma, foi sugerido para, em um trabalho futuro, serem extraídas algumas

informações julgadas importantes para conhecimento e utilização pelos projetistas,

mas possíveis de serem suprimidas em um documento final capaz de ser utilizado

de forma mais prática na padronização das análises realizadas pelo CBMBA.

Entretanto, em atendimento ao objetivo principal deste trabalho e por ser um

tema novo no estado da Bahia e da necessidade de neste momento inicial se ter

uma referência mais teórica na percepção da importância e abrangência das

medidas de segurança previstas na legislação estadual, julgaram a lista de

verificação apresentada pertinente.

5.2.1 Revisão e formatação do check list final

De posse do feedback obtido juntos aos projetistas e analistas, a lista de

verificação preliminar foi revisada, sendo novamente confrontada com os já citados

documentos, obtendo-se uma formatação final da lista de verificação proposta como

produto deste trabalho. O ckeck list completo encontra-se no Apêndice 1.

A seguir são descritas as principais revisões realizadas com base na avaliação

de projetistas e analistas.

Alguns itens relativos a detalhamentos elétricos foram retirados, por entender ser

uma matéria específica que deve comtemplada em um projeto executivo a parte,

Page 211: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

210

tanto para o sistema de iluminação de emergência, quanto para o sistema de

detecção e alarme de incêndio.

Já outros itens foram mantidos, devido o seu caráter instrutivo, a exemplo dos

dimensionamentos dos elementos construtivos em suas resistências ao fogo, pois,

ainda que esse detalhamento estrutural não seja apresentado ao CBMBA, esse

conhecimento de comportamento dos materiais é imprescindível de ser adquirido

pelos projetistas.

Os itens que referenciam normas a serem seguidas para dimensionamento,

ensaios ou testes foram também mantidos de modo a proporcionar que o projetista

tenha ciência e entendendo necessário acesse tais regulamentos para subsidiar

seus projetos.

Itens referentes a processos construtivos, a exemplo do dimensionamento de

dutos e ventilação para as saídas de emergência, elementos de compartimentação e

reservatórios para sistemas de hidrantes e mangotinhos que também se encontram

na lista de verificação devem ser também observados em projetos de forma a

proporcionarem a eficiência de medida de segurança projetada.

Page 212: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

211

6 CONCLUSÃO

Em face da extensa apresentação dos resultados que culminou na elaboração do

guia de orientações e procedimentos para elaboração de Projetos de Segurança

Contra Incêndio e Pânico apresentado e da Lista de Verificação para esta mesma

finalidade constante no Apêndice, produtos finais deste trabalho, é possível se

verificar a dimensão do tema Segurança Contra Incêndio e Pânico das edificações.

Como já dito em outro momento, essa temática e preocupação são novas no

estado da Bahia, que carece de orientações mais consolidadas frente ao grande

número de normas aplicadas, tanto em nível federal, quanto estaduais, as quais

muitas vezes são de leitura e compreensão difíceis, sobretudo para os profissionais

iniciantes na área e possuem nuances regionais que, mesmo para o

dimensionamento de uma mesma medida de segurança, se distanciam e divergem

em alguns requisitos.

Hoje a Bahia possui um conjunto de normas de aplicação única em todo o

estado, porém difusas e extensas, ficando os projetistas sem um documento que

possa guiá-los na elaboração de projetos de forma mais célere e que contemple de

maneira mais acessível e direta os principais itens normativos já verificados por

outros corpos de bombeiros militares, ressalvadas as especificidades locais.

Por meio de uma lista de verificação apresentada de forma mais aprazível,

instrutiva e resumida das normas aplicadas no estado da Bahia, sem, entretanto,

deixar de contemplar itens normativos importantes para dimensionamento das

medidas de segurança contra incêndio, acredita-se estar facilitando o trabalho de

elaboração dos projetos e fornecendo diretrizes para dimensionamento dessas

medidas em um nível de detalhamento que apesar de importante, é por vezes

negligenciado.

Desta forma, espera-se que este trabalho possa ser utilizado pelos projetistas de

segurança contra incêndio e pânico do estado da Bahia, orientando também os

analistas de projetos do CBMBA, na concepção e avaliação, respectivamente, dos

Projetos de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP) das edificações baianas,

contribuindo, sobretudo, para a diminuição das frequentes notificações verificadas

nos projetos apresentados ao CBMBA.

Page 213: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

212

APÊNDICE – CHECK LIST PARA PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

Page 214: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

213

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VARGAS, Mauri Resende; SILVA; Valdir Pignatta e. Resistência ao Fogo das Estruturas de Aço. Instituto Brasileiro de Siderurgia - IBS / Centro Brasileiro da

Construção em Aço - CBCA, Rio de Janeiro, 2003. Disponível em:

http://www.skylightestruturas.com.br/downloads/CBCA_Resistencia%20ao%20Fogo.

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Page 221: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

0

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA

COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

APÊNDICE

CHECK LIST PARA PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

Salvador 2018

Page 222: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

1

SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO, ESTRUTURA OU ÁREA DE RISCO .................................. ……..9 2. ELEMENTOS ESTRUTURAIS E DE COMPARTIMENTAÇÃO ..................................................... ……..9 3. FORMA DE APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... ……..9 4. RISCOS ESPECIAIS....................................................................................................................... ……..9 5. RISCO DE INCÊNDIO (IT 14) ......................................................................................................... ……..9 I.A. MÉTODO PROBABILÍSTICO (ANEXO A) ................................................................................... .........9 I.B. MÉTODO PROBABILÍSTICO (ANEXO B - DEPÓSITOS) .......................................................... .........9 II. MÉTODO DETERMINÍSTICO (ANEXOS C E D) ........................................................................... .........9 6. APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS E PLANTAS .................................................................... …….10 I. PROJETO TÉCNICO (PT) .......................................................................................................... ........10 II. PROJETO TÉCNICO PARA INSTALAÇÃO E OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA (PTIOT) ............... ........13 III. PROJETO TÉCNICO DE OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA EM EDIFICAÇÃO PERMANENTE (PTOTEP) ………………………………………………………………………………………………………………….14 7. ISOLAMENTO DE RISCO (IT 07) .................................................................................................. …….15 DETALHES ESPECÍFICOS DE PLANTAS (IT 01) ............................................................................ ........15 I. ISOLAMENTO DE RISCO POR DISTÂNCIA DE SEPARAÇÃO ENTRE FACHADAS (CRITÉRIO I) ………………………………………………………………………………………………………………….16 II. ISOLAMENTO DE RISCO POR DISTÂNCIA DE SEPARAÇÃO ENTRE COBERTURA E FACHADA (CRITÉRIO II) ..................................................................................................................................... ........17 III. PROTEÇÃO POR PAREDES CORTA-FOGO EM EDIFICAÇÕES CONTÍGUAS / GEMINADAS (CRITÉRIO III) .................................................................................................................................... ........18 8. MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO .................................................... …….19 I. ACESSO DE VIATURA NA EDIFICAÇÃO (IT 06) .................................................................... …….19 A. Via de acesso para as viaturas ...................................................................................................... ........19 B. Portão de acesso (quando houver) ................................................................................................ ........19 Detalhes específicos de plantas (IT 01) ............................................................................................. ........19 II. SEGURANÇA ESTRUTURAL CONTRA INCÊNDIO - RESISTÊNCIA AO FOGO DOS ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO (IT 08) ......................................................................................... …….20 A. Tempo requerido de resistência ao fogo.................................................................................. ........20 A.1 Tempo requerido de resistência ao fogo dos elementos estruturais ........................................... ........20 A.2 Tempo requerido de resistência ao fogo dos elementos de compartimentação ......................... ........22 B. Material de revestimento contra o fogo .................................................................................... ........23 Detalhes específicos de plantas (IT 01) ............................................................................................. ........23 III. COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL E COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL (IT 09) ........ …….24 A. Compartimentação horizontal .............................................................................................. ........24

A.1 Características construtivas das paredes de compartimentação (paredes corta-fogo) .......... 24

A.2 Características construtivas das aberturas (afastamento horizontal) ...................................... 24

A.3 Proteção das aberturas nas paredes de compartimentação ................................................... 25

a. Portas corta-fogo ................................................................................................................ 25

b. Vedadores corta-fogo ......................................................................................................... 25

c. Selos corta-fogo.................................................................................................................. 25

d. Registros corta-fogo (Dampers) ......................................................................................... 26

B. Compartimentação vertical ................................................................................................... ........27 B.1 Compartimentação vertical na envoltória do edifício (fachadas) - Características construtivas ........................................................................................................................................................ 27

Page 223: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

2

B.2 Compartimentação vertical no interior do edifício (entre-pisos) .............................................. 27

B.3 Aberturas nos entrepisos e suas proteções............................................................................. 28

a. Escadas .............................................................................................................................. 28

b. Elevadores e Monta-cargas ................................................................................................ 28

c. Prumadas das instalações de serviço (elétricas, hidrossanitárias, telefônicas e outras) .. 29

d. Aberturas de passagem de dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão .................. 29

e. Aberturas de passagem de materiais ................................................................................. 29

f. Prumadas enclausuradas (instalações de serviço como esgoto e águas pluviais) ........... 30

g. Prumadas de ventilação permanente (banheiros, lareiras, churrasqueiras e similares) ... 30

h. Átrios ................................................................................................................................... 30

C. Cortinas automatizadas corta-fogo .......................................................................................... ........31 Detalhes específicos de plantas (IT 01) ............................................................................................. ........32 IV. CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO E DE REVESTIMENTO (IT 10) ................. …….33 Dispensa de CMAR ............................................................................................................................ ........33 Detalhes específicos de plantas (IT 01) ............................................................................................. ........33 V. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA (IT 11) ........................................................................................... …….34 A. Dimensionamento das saídas de emergência ......................................................................... ........34

A.1 Cálculo da população (P) ......................................................................................................... 34

A.2 Largura dos acessos, descargas, escadas, rampas e portas ................................................. 34

A.3 Larguras mínimas a serem adotadas (Acessos, Descarga, Escadas e Rampas) .................. 34

A.4 Larguras mínimas a serem adotadas (Portas)......................................................................... 35

A.5 Exigências adicionais sobre largura de saídas ........................................................................ 35

A.6 Distâncias máximas a serem percorridas ................................................................................ 35

A.7 Saídas - observações .............................................................................................................. 35

B. Acessos ........................................................................................................................................36 B.1 Portas de saídas de emergência ............................................................................................. 36

C. Descarga - tipo ......................................................................................................................... ........37 C.1 Corredor ou átrio enclausurado ............................................................................................... 37

C.2 Área em pilotis ......................................................................................................................... 37

C.3 Saguão ou hall térreo não enclausurado ................................................................................. 37

C.4 Descarga - considerações sobre dimensionamento ............................................................... 37

C.5 Outros ambientes com acesso a descarga ............................................................................. 37

D. Escadas - classificação ............................................................................................................ ........38 D.1 Escadas para mezaninos e áreas privativas ........................................................................... 38

D.2 Escadas em edificações em construção ................................................................................. 38

D.3 Escadas à prova de fumaça pressurizadas (PFP) .................................................................. 38

D.4 Escadas não enclausuradas ou escada comum (NE) ............................................................. 39

a. Observações sobre largura ................................................................................................ 39

b. Dimensionamento de degraus ............................................................................................ 39

c. Dimensionamento de patamares........................................................................................ 39

D.5 Escadas enclausuradas protegidas (EP) ................................................................................. 40

Page 224: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

3

a. Observações sobre largura ................................................................................................ 40

b. Dimensionamento de degraus ............................................................................................ 40

c. Dimensionamento de patamares........................................................................................ 40

d. Caixas das escadas ........................................................................................................... 41

e. Ventilação e janelas ........................................................................................................... 41

f. Impossibilidade de colocação de janelas (alternativas) ..................................................... 42

D.6 Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF) .................................................................... 43

a. Observações sobre largura ................................................................................................ 43

b. Dimensionamento de degraus ............................................................................................ 43

c. Dimensionamento de patamares........................................................................................ 43

d. Caixas das escadas ........................................................................................................... 44

D.6.1 Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF) Ventilada por dutos ............................ 44

D.6.2 Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF) Ventilada balcões, varandas ou terraços ............................................................................................................................................46

D.7 Escada aberta externa (AE) (figuras 12 e 13) ......................................................................... 47

a. Observações sobre largura ................................................................................................ 47

b. Dimensionamento de degraus ............................................................................................ 47

c. Dimensionamento de patamares........................................................................................ 48

E. Rampas - obrigatoriedade ........................................................................................................ ........49 E.1 Rampas - classificação ............................................................................................................ 49

E.2 Rampas - condições de atendimento ...................................................................................... 49

F. Guardas e corrimãos ................................................................................................................ ........50 F.1 Guarda-corpos e balaústres ..................................................................................................... 50

F.2 Corrimãos ................................................................................................................................. 50

G. Elevadores de emergência - obrigatoriedade .......................................................................... ........51 G.1 Elevadores de emergência - exigências .................................................................................. 51

G.2 Painel de comando .................................................................................................................. 51

H. Área de refúgio – obrigatoriedade (figura 17) .......................................................................... ........52 H.1 Área de refúgio - exigências .................................................................................................... 52

H.2 Hospitais e assemelhados ....................................................................................................... 52

I. Iluminação e sinalização de saídas de emergência ................................................................ ........53 Detalhes específicos de plantas (IT 01) ............................................................................................. ........53 VI. BRIGADA DE INCÊNDIO (IT 17) ............................................................................................... …….54 A. Brigadista nível I ....................................................................................................................... ........54

A.1 Dimensionamento de brigadista nível I .................................................................................... 54

A.2 Treinamento e reciclagem de brigadista nível I ....................................................................... 54

B. Brigadista nível II ...................................................................................................................... ........55 B.1 Dimensionamento de brigadista nível II para os grupos B-1,B-2,D-1, D-2, E-1, E-2, E-3, E-4, E-5, E-6 e H-6 ................................................................................................................................. 55

B.2 Dimensionamento de brigadista nível II para os grupos C-2, C-3, H-2, H-3, I-3, J-4, L-1 e M-2 ........................................................................................................................................................ 55

B.3 Dimensionamento de brigadista nível II para os grupos F-1, F-2, F-3, F-4, F-5, F-7 e F-10 .. 55

Page 225: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

4

B.4 Dimensionamento de brigadista nível II para o grupo F-6 ....................................................... 55

B.5 Treinamento e reciclagem de brigadista nível II ...................................................................... 55

C. Dimensionamento mínimo para locais de reunião de público (Divisões F-3, F-6,F-7 e F-10). ........56 D. Outras informações importantes que devem constar no projeto ............................................. ........56 VII. PLANO DE EMERGÊNCIA (IT 16) ............................................................................................ …….57 A. Elaboração ............................................................................................................................... ........57 B. Revisão ........................................................................................................................................57 C. Planilha de informações operacionais ..................................................................................... ........57 D. Planta de risco de incêndio ...................................................................................................... ........57 VIII. SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA (IT 18 E NBR 10898) ................................... …….58 A. Tipos de sistemas de iluminação ............................................................................................. ........58 B. Considerações gerais............................................................................................................... ........58

Dispensa do sistema de Iluminação de Emergência (IT 42 e Decreto 16.302) ............................. 58

Detalhes específicos de plantas (IT 01) ............................................................................................. ........58 C. Itens de previsão em projeto .................................................................................................... ........59 D. Manutenção .............................................................................................................................. ........59 E. Conjunto de blocos autônomos ................................................................................................ ........60

E.1 Manutenção ............................................................................................................................. 60

F. Sistema centralizado com baterias recarregáveis ................................................................... ........61 Painel de controle ........................................................................................................................... 61

Localização da fonte de energia..................................................................................................... 61

F.1 Manutenção .............................................................................................................................. 61

G. Sistema centralizado com grupo motogerador ........................................................................ ........62 Painel de controle ........................................................................................................................... 62

Localização da fonte de energia..................................................................................................... 62

G.1 Manutenção ............................................................................................................................. 62

H. Equipamentos portáteis com a alimentação compatível com o tempo de funcionamento exigido ..........................................................................................................................................................63

H.1 Manutenção ............................................................................................................................. 63

I. Luminárias ................................................................................................................................ ........64 J. Iluminação de Aclaramento ...................................................................................................... ........64 K. Iluminação de Balizamento (iluminação para sinalização) ...................................................... ........64 L. Iluminação de saídas de emergência (IT 11) ........................................................................... ........65

Locais de reunião de público (IT 20 e 11) ...................................................................................... 65

M. Autonomia ........................................................................................................................................65 N. Iluminação de aclaramento para continuidade de atividade (Iluminação Auxiliar) .................. ........65 O. Situações especiais: Locais onde haja perigo de explosão .................................................... ........65 P. Circuito de alimentação ............................................................................................................ ........66 IX. SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME (IT 19 E NBR 17240) .................................................. …….67 A. Tipos de sistemas de detecção ................................................................................................ ........67 B. Conteúdo do projeto (executivo) .............................................................................................. ........67 Detalhes específicos de plantas (IT 01) ............................................................................................. ........67 C. Procedimentos ......................................................................................................................... ........67 D. Detectores de incêndio............................................................................................................. ........68

D.1 Tipos de detectores ................................................................................................................. 68

D.2 Considerações gerais .............................................................................................................. 68

Page 226: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

5

D.3 Requisitos dos detectores........................................................................................................ 68

D.4 Detectores pontuais de fumaça ............................................................................................... 69

a. Tipo ..................................................................................................................................... 69

b. Tempo de atuação .............................................................................................................. 69

c. Área máxima de cobertura ................................................................................................. 69

d. Redução da área máxima de cobertura ............................................................................. 69

e. Instalação dos detectores ................................................................................................... 69

D.5 Detectores pontuais de temperatura ....................................................................................... 71

a. Tipo ..................................................................................................................................... 71

b. Tempo de operação ........................................................................................................... 71

c. Área máxima de cobertura ................................................................................................. 71

d. Redução da área máxima de cobertura ............................................................................. 71

e. Instalação dos detectores ................................................................................................... 71

D.6 Detectores de chama ............................................................................................................... 72

D.7 Detectores lineares de fumaça ................................................................................................ 73

a. Tipo ..................................................................................................................................... 73

b. Espaçamento máximo entre feixes em locais que possuem vigas .................................... 73

D.8 Detectores lineares de temperatura ........................................................................................ 74

a. Tipo ..................................................................................................................................... 74

D.9 Detector de fumaça por amostragem de ar ............................................................................. 75

Aplicação e configuração dos detectores por amostragem de ar .............................................. 75

a. Tubos de amostragem ........................................................................................................ 76

E. Central, painel repetidor e painel sinóptico .............................................................................. ........77 E.1 Central (itens da IT) ................................................................................................................. 77

E.2 Painel repetidor (itens da IT) .................................................................................................... 77

E.3 Subcentral (itens da IT) ............................................................................................................ 77

E.4 Alarme geral (itens da IT)......................................................................................................... 77

E.5 Localização e instalação da central, painel repetidor e painel sinóptico (itens da NBR) ........ 78

E.6 Localização e instalação das baterias (itens da NBR) ............................................................ 78

E.7 Alimentação elétrica da central (itens da NBR) ....................................................................... 78

E.8 Indicações e controles da central (itens da NBR) .................................................................... 79

E.9 Indicações do painel repetidor e painel sinóptico (itens da NBR) ........................................... 79

E.10 Princípio de funcionamento da central (itens da NBR) .......................................................... 79

F. Acionador manual .................................................................................................................... ........80 Obrigatoriedade .............................................................................................................................. 80

Exceções ........................................................................................................................................ 80

Tempo de ativação ......................................................................................................................... 80

G. Avisadores sonoros e/ou visuais .............................................................................................. ........81 Avisadores visuais (itens da IT)...................................................................................................... 81

Avisadores visuais ( itens da NBR) ................................................................................................ 81

Page 227: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

6

Avisadores sonoros (itens da NBR) ............................................................................................... 81

Avisadores sonoros e visuais (itens da NBR) ................................................................................ 81

H. Circuitos elétricos do sistema .................................................................................................. ........82 Fonte de alimentação ..................................................................................................................... 82

Sistema convencional ..................................................................................................................... 82

Sistemas endereçáveis .................................................................................................................. 82

I. Infra-estrutura ........................................................................................................................... ........82 Eletrodutos...................................................................................................................................... 82

J. Fiação ........................................................................................................................................83 K. Sistemas automáticos de combate a incêndios ....................................................................... ........84

Requisitos do sistema .................................................................................................................... 84

Locais habitados – sequência de funcionamento do sistema ........................................................ 84

Comando do sistema de detecção e alarme .................................................................................. 84

X. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA (IT 20) ................................................................................ …….85 Locais de reunião de público (IT 20 e 11) .......................................................................................... ........85 Materiais de confecção ....................................................................................................................... ........85

Características dos materiais utilizados ......................................................................................... 85

Detalhes específicos de plantas (IT 01) ............................................................................................. ........85 A. Sinalização básica .................................................................................................................... ........86

A.1 Sinalização de proibição .......................................................................................................... 86

A.2 Sinalização de alerta ................................................................................................................ 86

A.3 Sinalização de orientação e salvamento ................................................................................. 86

A.4 Sinalização de equipamentos de combate a incêndio ............................................................. 86

B. Sinalização complementar ....................................................................................................... ........87 B.1 Sinalização complementar de indicação continuada das rotas de saída (facultativa) ............ 87

B.2 Sinalização complementar de indicação de obstáculos ou de riscos nas circulações das rotas de saída .......................................................................................................................................... 87

a. Faixa zebrada – situação de aplicação 1 ........................................................................... 87

b. Faixa zebrada – situação de aplicação 2 ........................................................................... 87

c. Tarjas – situação de aplicação ........................................................................................... 87

B.3 Sinalização complementar: mensagens escritas específicas (acompanham a sinalização básica) ............................................................................................................................................ 87

B.4 Sinalização complementar destinada à demarcação de áreas ............................................... 88

Situações de implantação .......................................................................................................... 88

B.5 Sinalização complementar destinada à identificação de sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio ....................................................................................................................................... 88

XI. SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO (IT 21) ................................... …….89 A. Extintores portáteis ................................................................................................................... ........89

Distância máxima de percurso para se alcançar os extintores portáteis ....................................... 89

B. Extintores sobre rodas (carretas) ............................................................................................. ........90 Obrigatoriedade .............................................................................................................................. 90

Distância máxima de percurso para se alcançar os extintores sobre rodas .................................. 90

Detalhes específicos de plantas (IT 01) ............................................................................................. ........90

Page 228: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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XII. SISTEMAS DE HIDRANTES E DE MANGOTINHOS (IT 22) .................................................... …….91 A. Tipo de sistema ........................................................................................................................ ........91

Materiais necessários por tipo de sistema ..................................................................................... 91

B. Projeto 91 Detalhes específicos de plantas (IT 01) ............................................................................................. ........91 C. Distribuição dos hidrantes e ou mangotinhos (instalação e posicionamento) ......................... ........92 D. Dimensionamento .................................................................................................................... ........92 E. Dispositivo de recalque ............................................................................................................ ........94

E.1 Dispositivo de recalque de coluna ........................................................................................... 94

E.2 Dispositivo de recalque instalado no passeio público ............................................................. 94

F. Reservatório e reserva técnica de incêndio (Anexo B) ............................................................ ........95 F.1 Reservatório elevado (ação da gravidade) .............................................................................. 95

F.2 Reservatório ao nível do solo, semienterrado ou subterrâneo ................................................ 96

F.3 Fontes naturais (lagos, rios, açudes, lagoas) .......................................................................... 96

G. Bombas de incêndio (Anexo C) ............................................................................................... ........97 G.1 Bombas principais ................................................................................................................... 97

a. Funcionamento automático (pressostato) .......................................................................... 97

b. Funcionamento manual ...................................................................................................... 97

G.2 Bomba de reforço .................................................................................................................... 97

a. Funcionamento automático (chave de fluxo) ..................................................................... 97

b. Funcionamento manual (botoeira)...................................................................................... 97

G.3 Bomba jockey .......................................................................................................................... 98

a. Obrigatoriedade .................................................................................................................. 98

b. Automatização .................................................................................................................... 98

G.4 Casas de bombas .................................................................................................................... 98

G.5 Painel de sinalização ............................................................................................................... 98

a. Sinalização ótica e acústica da bomba elétrica – indicações obrigatórias......................... 98

b. Sinalização ótica e acústica da bomba de combustão interna – indicações obrigatórias . 98

G.6 Bombas de incêndio acopladas a motores elétricos ............................................................... 99

a. Bombas de incêndio com sucção negativa – Requisitos de instalação (ver Figura C.3 da IT 22) .......................................................................................................................................... 99

b. Instalação elétrica ............................................................................................................... 99

c. Painel de comando ............................................................................................................. 99

d. Placa de identificação da bomba principal ou de reforço - características ...................... 100

e. Placa de identificação dos motores elétricos - características ......................................... 100

G.7 Bombas acopladas a motores de combustão interna ........................................................... 101

a. Motor a combustão ........................................................................................................... 101

b. Sistemas de refrigeração – possiblidades ........................................................................ 101

c. Placa de identificação do motor a explosão - características .......................................... 101

H. Abrigo (Anexo D) ...................................................................................................................... ......102 I. Válvulas de abertura para hidrantes ou mangotinhos ............................................................. ......102 J. Componentes das instalações ................................................................................................. ......102

Page 229: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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J.1 Esguichos ............................................................................................................................... 102

J.2 Mangueira de incêndio ........................................................................................................... 103

J.3 Juntas de união ...................................................................................................................... 103

J.4 Válvulas .................................................................................................................................. 103

J.5 Tubulações e conexões .......................................................................................................... 103

J.6 Instrumentos do sistema ......................................................................................................... 103

Page 230: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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Check List para Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico 1. Identificação da edificação, estrutura ou área de risco Razão social: CNPJ: Logradouro: Nº: CEP: Bairro: Município: UF: Proprietário ou responsável pelo uso: CPF: Fone: ( ) Cel: ( ) E-mail: Responsável técnico: CREA/CAU: Fone: ( ) Cel: ( ) E-mail: Área existente: m² A construir: m² Total: m² Ocupação: (*)Risco: MJ/m² Altura: m Nº de pavimentos: Ocupação do subsolo: 2. Elementos estruturais e de compartimentação Estrutura portante (concreto, aço, madeira, outros): TRRF: min Estrutura de sustentação da cobertura (concreto, aço, madeira, outros): TRRF: min Compartimentação (alvenaria, drywall, outros): TRRF: min Notas: 1) Juntar o memorial básico de construção conforme Anexo P da IT 01; 2) Juntar o memorial de segurança contra incêndio das estruturas conforme Anexo Q da IT 01. 3. Forma de apresentação PT PTIOT PTOTEP 4. Riscos especiais Armazenamento de líquidos inflamáveis/combustíveis Fogos de artifício Gás Liquefeito de Petróleo / Gás Natural Vaso sob pressão (caldeira) Armazenamento de produtos perigosos Outros (especificar) Não existentes 5. Risco de incêndio(*) Carga de incêndio nas edificações, estruturas e áreas de risco (IT 14) Método aplicado:

I. Método probabilístico (Anexo A ou B) II. Método determinístico (Anexo C) (Grupo L – Explosivos ou Grupo M – Especiais e;

alternativamente Grupo J - Depósitos) I.A. Método probabilístico (Anexo A)

Ocupação / uso Descrição Divisão Carga de incêndio (qfi) em MJ/m²

I.B. Método probabilístico (Anexo B - Depósitos)

Tipo de material Carga de incêndio (qfi) em MJ/m²

Altura de armazenamento em metros 1 2 4 6 8 10

II. Método determinístico (Anexos C e D)

Tipo do material existente na edificação por compartimento

Massa total de cada material Mi (Kg)

Potencial calorífico específico Hi (MJ/Kg)

Potencial calorífico por material

Mi x Hi = qi (MJ) 1 2 3

Total do potencial calorífico do pavimento qi (MJ) = ∑ Mi x Hi Área do piso do pavimento Af (m²)

Carga de incêndio específica do pavimento qfi = ∑ 𝐌𝐢 𝐱 𝐇𝐢

𝐀𝐟

Notas: 1) O levantamento da carga de incêndio específica constante do Anexo C deve ser realizado em módulos de, no

máximo, 1000 m² de área de piso (espaço considerado). Módulos maiores de 1000 m² podem ser utilizados quando o espaço analisado possuir materiais combustíveis com potenciais caloríficos semelhantes e uniformemente distribuídos;

2) A carga de incêndio específica do piso analisado deve ser tomada como sendo a média entre os 2 (dois) módulos de maior valor;

3) Considerar para o cálculo: 1(um) kg (um quilograma) de madeira equivale a 19,0 megajoules (MJ); 1(uma) caloria equivale a 4,185 joules (J); e 1 (um) BTU equivale a 252 calorias (cal);

4) Juntar o memorial de dimensionamento da carga de incêndio conforme item 5.1.2.6.6 da IT 01.

Page 231: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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6. Apresentação de documentos e plantas pg. 01/03

Procedimentos administrativos (IT 01) I. Projeto Técnico (PT)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.1.4.1 Deve ser apresentado em no mínimo duas vias, sendo uma em meio físico e uma em meio eletrônico no formato PDF

5.1.4.1 Documentos pertinentes ao processo devidamente preenchidos e assinados, tanto em meio físico quanto em meio eletrônico

5.5.7 Todas as páginas dos documentos onde não haja campo para assinatura devem ser rubricadas pelo responsável técnico

5.1.4.2 Original e cópia do Documento de Arrecadação Estadual (DAE) 5.1.4.2 Original e cópia do comprovante de pagamento da taxa referente ao serviço

de análise da área indicada no Projeto Técnico

5.1.2.1 Cartão de identificação (Anexo A) 5.1.2.2 Pasta do Projeto Técnico 5.1.2.3 Formulário de segurança contra incêndio de Projeto Técnico (Anexo B),

preenchido na íntegra e apresentado como a primeira folha do Projeto Técnico

5.1.2.4 Procuração do proprietário, quando este transferir seu poder de signatário 5.1.2.5 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Registro de

Responsabilidade Técnica (RRT) do projetista

5.1.2 i. Memorial descritivo rubricado pelo responsável técnico em todas as páginas e assinado na última

5.1.2.6 Documentos complementares (conforme o caso ou quando solicitados) 5.1.2.6.1 Memorial industrial de segurança contra incêndio (Anexo H) 5.1.2.6.2 Memorial de cálculo para dimensionamento dos sistemas fixos contra

incêndio, tais como hidrantes, chuveiros automáticos, pressurização de escada, sistema de espuma e resfriamento, controle de fumaça

5.1.2.6.3 Memorial do sistema fixo de gases para combate a incêndio (descrever norma adotada, tipo de sistema, agente extintor empregado e forma de acionamento)

5.1.2.6.4 Autorização da Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados da Polícia Civil (CFPC), para comercialização e/ou armazenamento de explosivos, especificando quantidade máxima

5.1.2.6.5 Documentos referentes ao comércio de fogos de artifício: inventário, documento municipal, autorização da CFPC e detalhes construtivos conforme IT 30

5.1.2.6.6 Memorial de dimensionamento da carga de incêndio (conforme IT 14) 5.1.2.6.7 Documento comprobatório de existência, como plantas aprovadas em

prefeitura ou imposto predial

5.1.2.6.8 Memorial de cálculo de dimensionamento de lotação e saídas de emergência em centros esportivos e de exibição (conforme IT 12)

5.1.2.6.9 Cálculo de dimensionamento de lotação e saídas de emergência em locais de reunião de público (conforme IT 11)

5.1.2.6.10 Planilha de informações operacionais (conforme IT 16 – Plano de Emergência) 5.1.2.6.11 Licença de funcionamento para instalações radioativas, nucleares, ou de

radiografia industrial, ou qualquer instalação que trabalhe com fontes radioativas emitida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)

5.1.2.6.12 Memorial básico de construção (Anexo P) 5.1.2.6.13 Memorial de dimensionamento e descritivo da lógica de funcionamento do

sistema de controle de fumaça

5.1.2.6.14 Memorial de cálculo de pressurização de escada 5.1.2.6.15 Memorial de cálculo de isolamento de risco (conforme IT 07) 5.1.2.8 Desenhos gráficos (Plantas das medidas de segurança contra incêndio, conforme Anexo F) 5.1.3.1 a. Plantas impressas assinadas 5.1.3.1 a. Cópia das plantas assinadas em mídia com os arquivos eletrônicos em extensão

PDF

5.1.3.1 b. Plantas em formato A4 (2l0 mm x 297 mm), A3 (297 mm x 420 mm), A2 (420 mm x 594 mm), Al (594 mm x 840mm) ou A0 (840mm x 1188mm)

5.1.3.1 c. Plantas em escala que permita a visualização das medidas de segurança contra incêndio

5.1.3.1 e. e 5.1.3.2.1 a.

Símbolos gráficos conforme IT 04 com a localização das medidas de segurança contra incêndio em planta baixa

5.1.3.1 f. Apresentação gráfica conforme padrão adotado por normas oficiais 5.1.3.2.1 e. Apresentação das medidas de segurança contra incêndio na cor vermelha

Page 232: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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6. Apresentação de documentos e plantas pg. 02/03

Procedimentos administrativos (IT 01) I. Projeto Técnico (PT)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.1.2 h. e Plantas baixas com a localização das medidas de segurança contra incêndio

5.1.3.2.1 i. Cotas dos desníveis em planta baixa, quando houver 5.1.2 h. Plantas de cortes

5.1.3.1 h. Apresentação dos detalhes de proteção estrutural, compartimentação vertical e escadas em planta de corte

5.1.3.2.1 j. Apresentação das medidas de proteção passiva contra incêndio nas plantas de corte, tais como: dutos de ventilação da escada, distância verga peitoril, escadas, antecâmaras, detalhes de estruturas e outros

5.1.2 h. Plantas de fachadas

5.1.2 h. e 5.1.3.2.1 g.

Planta de situação sem escala, indicando os logradouros que delimitam a quadra

5.1.2 h. Planta de localização

5.1.2.7 Planta de implantação (quando houver mais de uma edificação dentro do mesmo lote ou sua representação não couber em única folha A0, cf Anexo E)

5.1.3.1 d. Planta de fracionamento de área deve adotar numeração que indique onde está localizada tal área na implantação

5.1.3.2.1 l. Miniatura da implantação com hachuramento da área sempre que houver planta fracionada em mais de uma folha, conforme planta chave

Notas Detalhes genéricos das plantas (devem ser apresentados nas primeiras folhas)

5.1.3.1 g. e Nota e)

Quadro de áreas da edificação e áreas de risco (deve constar na primeira folha)

5.1.3.2.1 b. e Nota a)

Legenda de todas as medidas de segurança contra incêndio utilizadas no Projeto Técnico

5.1.3.2.1 h. e Nota c)

Quadro resumo das medidas de segurança contra incêndio indicando as normas e/ou legislações aplicadas nas respectivas medidas de segurança constantes do Projeto Técnico conforme Anexo G

5.1.3.2.1 c. Nota em planta com a indicação dos equipamentos móveis ou fixos ou sistemas de segurança instalados que possuírem a mesma capacidade ou dimensão

Nota j) Nota sobre o sistema de sinalização adotado 5.1.3.2.1 m.

Destaque no desenho das áreas frias não computáveis (banheiros, vestiários, escadas enclausuradas, dentre outros) especificadas em um quadro de áreas próprio, quando houver solicitação de isenção de medidas de segurança contra incêndio

5.1.3.2.1 k. Localização e independência do sistema elétrico em relação à chave geral de energia da edificação e áreas de risco (para medida de segurança contra incêndio que tiver seu funcionamento baseado em motores elétricos)

5.1.3.2.1 d. e Nota d)

Localização das seguintes áreas com suas características (em planta e quadro de localização) 1) tanques de combustível (produto e capacidade) 2) casa de caldeiras ou vasos sob pressão 3) dutos e aberturas que possibilitem a propagação de calor 4) cabinas de pintura 5) locais de armazenamento de recipientes contendo gases inflamáveis (capacidade do recipiente e quantidade armazenada) 6) áreas com risco de explosão 7) centrais prediais de gases inflamáveis 8) depósitos de metais pirofóricos 9) depósito de produtos perigosos 10) outros riscos que necessitem de segurança contra incêndio

Nota m) Quadro do sistema de gases e líquidos inflamáveis e combustíveis e outros Nota f) Detalhes de corrimãos e guarda-corpos Nota g) Detalhes de degraus Nota h) Detalhe da ventilação efetiva da escada de segurança Nota i) Detalhe do registro de recalque Nota k) Detalhe da sucção da bomba de incêndio 5.1.3.2.1 f. e Nota b)

Esquema isométrico da tubulação (deve ser apresentado de acordo com o item 5.1.3.2.2, com cotas de diâmetros e comprimentos)

5.1.3.1 j. Planta preliminar do sistema de chuveiros automáticos (deve obedecer a ordem numérica sequencial do Projeto Técnico)

Nota l) Especificação dos chuveiros automáticos

Page 233: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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6. Apresentação de documentos e plantas pg. 03/03

Procedimentos administrativos (IT 01) I. Projeto Técnico (PT)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.5.1 Cada medida de segurança contra incêndio deve ser dimensionada conforme o critério existente em uma única norma

5.5.2 Se for utilizada norma estrangeira, o sistema de segurança estabelecido deve oferecer melhor nível de segurança

5.5.3 Se o responsável técnico fizer uso de norma estrangeira, deve apresentá-la obrigatoriamente anexada ao Projeto Técnico no ato de sua entrega para análise

5.5.4 A norma estrangeira deve ser apresentada sempre em seu texto total e traduzida para a língua portuguesa, por um tradutor juramentado

Page 234: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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6. Apresentação de documentos e plantas pg. 01/01

Procedimentos administrativos (IT 01) II. Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária (PTIOT) Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.3.4.1 Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária apresentado em três

vias, sendo uma em meio eletrônico no formato PDF

5.3.4.1 Documentos pertinentes ao processo devidamente preenchidos e assinados, tanto em meio físico quanto em meio eletrônico

5.5.7 Todas as páginas dos documentos onde não haja campo para assinatura devem ser rubricadas pelo responsável técnico

5.3.4.9 Apresentação do projeto para análise com o prazo mínimo de 07 (sete) dias de antecedência do evento

5.3.4.10 Original e cópia do taxa de análise (com comprovante de pagamento) do Projeto Técnico de Instalação e Ocupação Temporária calculada de acordo com a área delimitada a ser ocupada pelo evento, incluindo as áreas edificadas, arenas cobertas, estandes, barracas, camarotes, arquibancadas cobertas, palcos e similares, excluindo-se as áreas descobertas destinadas a circulação de pessoas e a estacionamentos

5.3.2 a. Cartão de identificação (Anexo A) 5.3.2 b. Pasta do Projeto Técnico 5.3.2 c. Formulário de segurança contra incêndio de Projeto Técnico (Anexo B),

preenchido na íntegra e apresentado como a primeira folha do Projeto Técnico

5.3.2 d. Procuração do proprietário, quando este transferir seu poder de signatário 5.3.2 e. Atestado de brigada de incêndio (Anexo J) 5.3.2 f. ART/RRT do responsável técnico sobre: 5.3.2 f. 1) Elaboração do Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária

(Engenheiro de Segurança, Civil ou Arquiteto)

5.3.2 f. 2) Instalação das medidas de segurança contra incêndio 5.3.2 f. 3) Lona de cobertura de material específico, conforme determinado na IT 10 para

ocupação com lotação superior a 100 pessoas

5.3.2 f. 4) Instalação e estabilidade das arquibancadas e arenas desmontáveis 5.3.2 f. 5) Instalações dos brinquedos de parques de diversão 5.3.2 f. 6) Instalação e estabilidade dos palcos 5.3.2 f. 7) Instalação e estabilidade das armações de circos 5.3.2 f. 8) Instalações elétricas (apresentar também o Anexo R da IT 01) 5.3.2 f. 9) Grupo motogerador 5.3.2 f. 10) Outras montagens mecânicas ou eletroeletrônicas 5.3.2 h. Memorial descritivo da instalação 5.3.3 Planta(s) de instalação e ocupação temporária, contendo: 5.3.3.1 Área com as cotas de todos os perímetros e larguras das saídas em escala

padronizada

5.3.3.2 Lotação da edificação e áreas de risco 5.3.3.3 Indicação de todas as dependências, áreas de risco, arquibancadas, arenas

e outras áreas destinadas à permanência de público, instalações, equipamentos, brinquedos de parques de diversões, palcos, centrais de gases inflamáveis e demais instalações físicas, com a identificação (em vermelho) das medidas da respectiva área

5.3.3.4 Nota com os seguintes dizeres: “A responsabilidade pelo controle de acesso ao recinto e da lotação, bem como em manter as saídas desimpedidas e desobstruídas, e demais exigências constantes da IT 12 é do responsável pela organização do evento”

5.3.3.5 Símbolos gráficos dos sistemas e equipamentos de segurança contra incêndio conforme IT 04

5.3.3.6 Apresentação em folha tamanho até A0 5.3.3.6 Planta(s) assinada(s) pelo proprietário ou responsável pelo uso e

responsável técnico

5.5.1 Cada medida de segurança contra incêndio deve ser dimensionada conforme o critério existente em uma única norma

5.5.2 Se for utilizada norma estrangeira, o sistema de segurança estabelecido deve oferecer melhor nível de segurança

5.5.3 Se o responsável técnico fizer uso de norma estrangeira, deve apresentá-la obrigatoriamente anexada ao Projeto Técnico no ato de sua entrega para análise

5.5.4 A norma estrangeira deve ser apresentada sempre em seu texto total e traduzida para a língua portuguesa, por um tradutor juramentado

Page 235: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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6. Apresentação de documentos e plantas pg. 01/01

Procedimentos administrativos (IT 01) III. Projeto Técnico de Ocupação Temporária em Edificação Permanente (PTOTEP)

Notas: 1) PTOTEP é o procedimento adotado para evento temporário (evento com prazo máximo de 6 meses) em

edificação e áreas de risco permanente;

2) A composição do processo deve estar em conformidade com as seções 5.1.2 ou 5.3.2 da IT 01 (resumidos nas

Tabelas 6.I. Projeto Técnico ou 6.II. Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária);

3) A apresentação do processo deve estar em conformidade com as seções 5.1.4 ou 5.3.4 da IT 01 (resumidos nas

Tabelas 6.I. Projeto Técnico ou 6.II. Projeto Técnico para Instalação e Ocupação Temporária).

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.4 a) O evento temporário deve possuir o prazo máximo de 06 (seis) meses 5.4 b) A atividade temporária que se pretende desenvolver deve atender às

exigências do Decreto nº 16.302/2015

5.4 b) A edificação e áreas de risco permanente devem atender às medidas de segurança contra incêndio previstas no Decreto nº 16.302/2015

5.4 c) A edificação e áreas de risco permanente devem estar devidamente regularizadas junto ao CBMBA

5.4 d) Se não constituir risco isolado e for acrescida uma instalação temporária em área externa junto da edificação e áreas de risco permanente, esta instalação deve estar regularizada de acordo com o item 5.1 (Projeto Técnico) da IT 01

5.4 e) Se no interior da edificação e áreas de risco permanente for acrescida instalação temporária, tais como boxe, estande, entre outros, prevalece a proteção da edificação e áreas de risco permanente, desde que atenda aos requisitos para a atividade temporária em questão

5.4 f) Excepcionalmente, admite-se evento temporário em área descoberta da edificação permanente sem AVCB, desde que a área a ser utilizada do imóvel seja considerada risco isolado e atenda medidas de segurança compensatórias estabelecidas pelo CBMBA

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7. Isolamento de risco pg. 01/04

Separação entre edificações (IT 07) Aplicado critério? Sim Não

Notas: 1) Considera-se isolamento de risco a distância ou proteção, de tal forma que, para fins de previsão das

exigências de medidas de segurança contra incêndio, uma edificação seja considerada independente em relação à adjacente;

2) As edificações situadas no mesmo lote que não atenderem às exigências de isolamento de risco deverão ser consideradas como uma única edificação para o dimensionamento das medidas de proteção;

3) Em edificações geminadas admite-se o telhado comum desde que haja lajes com TRRF de 2 h; 4) Para separação entre edificações de propriedades distintas (em lotes distintos), a IT 07 será recomendatória,

nos termos do prescrito no seu anexo D; 5) Para serem consideradas propriedades distintas não deve haver qualquer tipo de abertura ou comunicação

de área entre as edificações; 6) Juntar o memorial de cálculo de isolamento de risco conforme item 5.1.2.6.15 da IT 01. 5.1.3.2.2 b. Detalhes específicos de plantas (IT 01)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

2) Ocupação 3) Carga de incêndio 1) Distância de outras edificações 5) Fachada da edificação considerada para o cálculo de isolamento de risco e

suas respectivas dimensões

4) Aberturas nas fachadas e suas respectivas dimensões 6) Parede corta-fogo para isolamento de risco

Critério(s) aplicado(s):

I. Isolamento (distância de segurança) entre fachadas de edificações adjacentes

II. Isolamento (distância de segurança) entre a cobertura de uma edificação de menor altura e a fachada de uma edificação adjacente III. Parede corta-fogo sem aberturas entre edificações contíguas

Notas: 1) Para edificações com alturas distintas, deverão ser consideradas as distâncias contidas na Tabela 4 da IT 07

(critério II) caso a cobertura da edificação de menor altura não atenda, como um todo, ao TRRF estabelecido na Tabela “A” da IT 08;

2) Para os casos da nota 1 acima, deve-se adotar a distância de separação mais rigorosa dentre as dimensionadas pelos métodos do critério I para os edifícios envolvidos, e do critério II para o edifício mais baixo;

3) Para a distância de separação entre edificações adjacentes com a mesma altura, pode-se desconsiderar o dimensionamento decorrente da propagação pela cobertura (critério II), permanecendo somente o dimensionamento pelas fachadas das edificações (critério I).

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7. Isolamento de risco pg. 02/04

Separação entre edificações (isolamento de risco – IT 07) I. Isolamento de risco por distância de separação

entre fachadas (critério I)

Aplicado critério? Sim Não

Parte da fachada considerada no dimensionamento (Tabela 1 da IT 07):

Existe compartimentação horizontal? Sim Não Existe compartimentação vertical?

Sim Não

Número de pavimentos da edificação:

Toda a fachada do edifício Toda a fachada da área do maior compartimento Toda a fachada do pavimento Notas: 1) Edificações com TRRF inferior ao especificado na Tabela A da IT 08 – Resistência ao fogo dos elementos de

construção, devem ser consideradas sem compartimentação horizontal e vertical, e com porcentagem de abertura de 100%;

2) Para edifícios residenciais, consideram-se compartimentadas horizontalmente as unidades residenciais separadas por paredes e portas que atendam aos critérios de TRRF especificados na IT 08 para unidades autônomas;

3) Para as edificações que possuem fachadas não paralelas ou não coincidentes, devem-se efetuar os dimensionamentos de acordo com a Tabela 1 da IT 07 e aplicar a distância para o ponto mais próximo entre as aberturas das edificações.

Severidade da carga de incêndio (Tabela 2 da IT 07):

Existe proteção por chuveiros automáticos? Sim Não I (0 – 680 MJ/m²) II (680 – 1.460 MJ/m²) III (acima de 1.460 MJ/m²) Notas: 1) Caso a edificação possua proteção por chuveiros automáticos, a classificação da severidade será reduzida

em um nível. 2) Para os casos da nota 1, se essa edificação tiver inicialmente a classificação “I”, então, poder-se-á reduzir o

índice “D” da tabela A-1 da IT 07 em 50%; 3) Para determinação dos valores de carga de incêndio para as diversas ocupações, deve-se consultar a IT 14. Dimensionamento: Largura do setor da fachada considerado na edificação conforme Tabela 1 da IT 07: m Altura do setor da fachada considerado na edificação conforme Tabela 1 da IT 07: m Relação largura / altura ou altura / largura (divide-se sempre a maior dimensão pela menor) – “X”:

Porcentagem de aberturas “Y” no setor considerado: Y = área considerada da fachada - vedos / área total da fachada

Nota: 1) Se o valor obtido de “X” ou de “Y” for um valor intermediário na Tabela A-1, deve-se adotar o valor

imediatamente superior. Índice α (Tabela A-1 da IT 07): O município possui Corpo de Bombeiros com viaturas para combate a incêndios? Sim

(β=1,5 m) Não

(β=3,0 m) Distância de separação (D = “D” x (menor dimensão entre largura ou altura) + “E”): m

Notas: 1) Deve-se refazer todos os cálculos para o edifício do qual se pretende isolar o risco, obtendo-se uma nova

distância “D” de separação; 2) Deverá ser empregada a maior distância encontrada para o isolamento do risco 3) Pode-se aplicar os fatores de redução de distância de separação, conforme Tabela B-1 (Anexo B) da IT 07; 4) Se a edificação em exposição ou expositora possuir até 12 metros de altura e até 750 m² de área,

desconsiderando aquelas áreas permitidas pelo Decreto Estadual Nº 16.302/2015, a distância máxima de separação “D” pode ser de definida, alternativamente, de acordo com a Tabela 3 da IT 07.

Page 238: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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7. Isolamento de risco pg. 03/04

Separação entre edificações (isolamento de risco – IT 07) II. Isolamento de risco por distância de separação

entre cobertura e fachada (critério II)

Aplicado critério? Sim Não

Mínima distância de separação entre a cobertura da edificação menor em relação a outra edificação adjacente de maior altura (Tabela 4)

Número de pisos que contribuem para a propagação pela cobertura

Distância de separação horizontal em metros

1 4 2 6

3 ou mais 8 Notas: 1) Considera-se o número de pavimentos que contribuem para o incêndio e que variam conforme a existência

de compartimentação vertical; 2) Caso a edificação menor possua resistência ao fogo parcial da cobertura, a área a ser computada na

determinação da distância de separação será aquela desprotegida; 3) O distanciamento horizontal, previsto na Tabela 4, pode ser substituído por paredes de isolamento,

prolongando-se acima do topo da fachada, com altura igual ou superior ao distanciamento obtido; 4) O distanciamento horizontal, previsto na Tabela 4, pode ser desconsiderado quando a fachada da

edificação adjacente for “cega”, e com resistência ao fogo de acordo com a IT 08.

Page 239: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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7. Isolamento de risco pg. 04/04

Separação entre edificações (isolamento de risco – IT 07) III. Proteção por paredes corta-fogo em edificações

contíguas / geminadas (critério III)

Aplicado critério? Sim Não

Notas: 1) Independentes dos critérios anteriores (critérios I e II) são considerados isolados os riscos que estiverem

separados por parede corta-fogo, construída de acordo com as normas técnicas e que atendem os requisitos abaixo.

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.4.2 A parede corta-fogo deve ser dimensionada de acordo com os ensaios realizados em laboratórios técnicos oficiais ou normas técnicas, em função do material empregado, devendo o conjunto apresentar as características de isolamento térmico, estanqueidade e estabilidade

6.4.8 A parede corta-fogo, para fins de isolamento de risco, deve possuir um tempo mínimo de resistência ao fogo igual ao TRRF da estrutura principal, porém nunca inferior a 120 min

6.4.12 A parede corta-fogo, para fins de isolamento de risco, não deve possuir nenhum tipo de abertura, mesmo que protegida

6.4.3 A parede corta-fogo deve ultrapassar 1 m, acima dos telhados ou das coberturas dos riscos Obs.: Existindo diferença de altura nas paredes, de no mínimo 1 m entre dois telhados ou coberturas, não haverá necessidade desse prolongamento

6.4.9 As aberturas situadas em lados opostos de uma parede corta-fogo devem ser afastadas no mínimo 2 m entre si (exceto se as aberturas forem de áreas frias com ventilação permanente); ou

6.4.10 A distância mencionada no item anterior pode ser substituída por uma aba vertical, perpendicular ao plano das aberturas, com 90 cm de saliência, a qual deve ser solidária à estrutura da parede corta-fogo

6.4.5 Deve ser prevista uma distância de compensação da parede para o caso de dilatação dos consolos (suportes) das armações dos telhados ou das coberturas decorrente de um incêndio, quando essas estruturas não tiverem apoiadas em uma parede corta-fogo

6.4.6 Declaração de que parede corta-fogo deve ser capaz de permanecer estável quando a estrutura do telhado entrar em colapso

6.4.7 Declaração de que parede corta-fogo deve ter resistência suficiente para suportar, sem grandes danos, impactos de cargas ou equipamentos normais em trabalho dentro da edificação

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 01/01

I. Acesso de viatura na edificação (IT 06) Exigida/projetada? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.1 A. Via de acesso para as viaturas 5.1.1.1 Largura mínima de 6 m 5.1.1.2 Suporte de viaturas com peso de 25 toneladas distribuídas em dois eixos 5.1.1.3 Altura livre mínima de 4,5 m 5.1.1.5 Retornos em vias de acesso com extensão superior a 45 m, dos seguintes

tipos: a) Circular; b) Em formato de “Y”; ou c) Em formato de “T”. Nota: ver modelos no Anexo B

5.1.1.4 B. Portão de acesso (quando houver) 5.1.1.4 a) Largura mínima de 4,0 m 5.1.1.4 b) Altura mínima de 4,5 m

5.1.3.2.2 a. Detalhes específicos de plantas (IT 01)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

1) Largura da via de acesso 2) Indicação se a via de acesso é mão única ou mão dupla 3) Indicação do peso suportado pelo pavimento da via de acesso em Kgf 4) Largura e altura do portão de entrada da via de acesso

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 01/04

II. Segurança estrutural contra incêndio - Resistência ao fogo dos elementos de construção (IT 08)

Exigida/projetada? Sim Não

A. Tempo requerido de resistência ao fogo

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.1 Devem ser atendidos os tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) aplicados aos elementos estruturais e de compartimentação, conforme os critérios estabelecidos no Anexo A (tabela) da IT 08.

Notas gerais: 1) Pode ser utilizado o método do tempo equivalente para redução dos TRRF, conforme item 5.4 e Anexo D da IT

08, limitada a redução de 30 min dos valores dos TRRF constantes da Tabela A, Anexo A, da IT 08; 2) Na utilização do método de tempo equivalente, os TRRF resultantes dos cálculos não podem ter valores inferiores a:

a. 15 minutos, para edificações com altura menor ou igual a 6 metros dos Grupos A; D; E e G e Divisões I-1; I-2, J-1 e J-2;

b. 30 minutos, para as demais edificações. 3) Pode ser aplicada alguma das condições de isenção de verificação e redução dos TRRF, conforme item A.2 do

Anexo A da IT 08; 4) As isenções e reduções não se aplicam:

a. aos subsolos com mais de um piso de profundidade ou área de pavimento superior a 500 m²; b. à estrutura e paredes de vedação das escadas e elevadores de segurança, de isolamento de riscos e de

compartimentação descritos no item 5.7 e respectivos subitens da IT 08; c. às edificações do Grupo L (explosivos) e às divisões M1 (túneis), M2 (parques de tanques) e M3 (centrais de

comunicação e energia); 5) Caso seja utilizado o método do tempo equivalente para redução dos TRRF ou aplicada alguma das condições de

isenção de verificação e redução dos TRRF, os cálculos e justificativas devem ser apresentados em memorial; 6) Nas ocupações mistas, para determinação dos TRRF necessários, devem ser avaliados os respectivos usos, as

áreas e as alturas, podendo-se proteger os elementos de construção em função de cada ocupação. A.1 Tempo requerido de resistência ao fogo dos elementos estruturais

Metodologia aplicada para comprovação:

a. Execução de ensaios específicos de resistência ao fogo em laboratórios b. Atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultados obtidos em

ensaios de resistência ao fogo (Tabelas dos Anexos B e C da IT 08) c. Modelos matemáticos (analíticos) devidamente normatizados ou

internacionalmente reconhecidos Notas específicas: 1) As lajes, os painéis pré-moldados que apresentem função estrutural e os painéis alveolares utilizados para

compartimentação são considerados como elementos estruturais; 2) A metodologia de que trata a letra “c”, somente será aceita após análise em Comissão Técnica pelo CBMBA.

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.6.1 Estruturas de aço (dimensionamento) 5.6.1 Deve-se adotar a NBR 14323 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas

mistas de aço e concreto de edifícios em situação de incêndio

5.6.1 A temperatura crítica do aço deve ser tomada como um valor máximo de 550ºC para os aços convencionais utilizados em perfis cujo estado limite último à temperatura ambiente não seja o de instabilidade local elástica; ou,

5.6.1 A temperatura crítica do aço deve ser calculada para cada elemento estrutural de acordo com a NBR 14323; ou,

5.6.1 O dimensionamento pode ser feito através de ensaios de resistência ao fogo de acordo com a NBR 5628

5.13 Estruturas de aço situadas no exterior da edificação livre da ação do incêndio - critérios 5.13.1 O afastamento das aberturas existentes na fachada deve ser suficiente para

garantir que a sua elevação de temperatura não superará a temperatura crítica considerada (comprovação técnica do responsável técnico pelo projeto estrutural)

5.13.2 Procedimento de verificação analítico: 5.13.2 a. Definição das dimensões do setor que pode ser afetado pelo incêndio 5.13.2 b. Determinação da carga de incêndio específica 5.13.2 c. Determinação da temperatura atingida pelo incêndio 5.13.2 d. Determinação da altura, profundidade e largura das chamas emitidas para o

exterior à edificação

5.13.2 e. Determinação da temperatura das chamas nas proximidades dos elementos estruturais

5.13.2 f. Cálculo da transferência de calor para os elementos estruturais 5.13.2 g. Determinação da temperatura do aço no ponto mais crítico

Nota: 1) Caso a temperatura determinada seja superior à temperatura crítica das estruturas calculadas, essas devem ter o TRRF

conforme o estabelecido na IT 08 e verificação analítica apresentada acima.

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 02/04

II. Segurança estrutural contra incêndio - Resistência ao fogo dos elementos de construção (IT 08)

A.1 Tempo requerido de resistência ao fogo dos elementos estruturais

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.6.2 Estruturas de concreto (dimensionamento) 5.6.2 Deve-se adotar a NBR 15200 - Projeto de estruturas de concreto em situação de

incêndio; ou,

5.6.2 O dimensionamento pode ser feito através de ensaios de resistência ao fogo de acordo com a NBR 5628

5.6.3 Outros materiais estruturais (dimensionamento) 5.6.3 Deve-se adotar normas internacionais (especificar); ou, 5.6.3 Em sua ausência, deve-se adotar o Eurocode em sua última edição, ou norma

similar reconhecida internacionalmente; ou,

5.6.3 O dimensionamento pode ser feito através de ensaios de resistência ao fogo de acordo com a NBR 5628

Notas: 1) No momento da publicação de norma nacional sobre o assunto, esta passará a ser adotada nos termos da IT 08. 2) Estruturas externas:

a. O afastamento das aberturas existentes na fachada deve ser suficiente para garantir que a sua elevação de temperatura não superará a temperatura crítica considerada (comprovação técnica do responsável técnico pelo projeto estrutural)

b. Para outros materiais estruturais distintos do aço, aceita-se método analítico internacionalmente reconhecido (especificar)

5.14 Estruturas encapsuladas ou protegidas por forro resistente ao fogo consideradas livres da ação do incêndio- critério

5.14.1 O encapsulamento deve possuir o TRRF no mínimo igual ao exigido para a estrutura considerada

Nota: 1) Considera-se forro resistente ao fogo o conjunto envolvendo as placas, perfis, suportes e selagens das aberturas,

devidamente ensaiado (conjunto), atendendo ao TRRF mínimo igual ao que seria exigido para o elemento protegido considerado.

2) O ensaio de resistência ao fogo deve mencionar as soluções adotadas para as selagens das aberturas (penetrações) no forro, tais como: iluminação, ar-condicionado e outras.

5.7 Cobertura 5.7 As estruturas das coberturas que não atendam aos requisitos de isenção do

Anexo A da IT 08 (item A.2.3.6), devem ter, no mínimo, o mesmo TRRF das estruturas principais da edificação, conforme a metodologia aplicada.

5.9 Mezaninos 5.9 Os mezaninos que não atendam aos requisitos de isenção do Anexo A da IT 08

(item A.2.3.7), devem ter os TRRF conforme metodologia aplicada e de acordo com a respectiva ocupação da edificação a qual pertencem

5.11 Subsolo 5.11 Os subsolos das edificações devem ter o TRRF estabelecido em função do

TRRF da ocupação a que pertencer, conforme Anexo A da IT 01

5.11 Os TRRF dos elementos estruturais do subsolo, cujo dano possa causar colapso progressivo das estruturas dos pavimentos acima do solo, a critério do profissional habilitado, responsável pelo projeto, não poderão ser inferiores ao TRRF dos pavimentos situados acima do solo

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 03/04

II. Segurança estrutural contra incêndio - Resistência ao fogo dos elementos de construção (IT 08)

A.2 Tempo requerido de resistência ao fogo dos elementos de compartimentação

Metodologia aplicada para comprovação:

a. Execução de ensaios específicos de resistência ao fogo em laboratórios b. Atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultados obtidos em

ensaios de resistência ao fogo (Tabelas dos Anexos B e C da IT 08) Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.8.1 Escadas e elevadores de segurança 5.8.1 Os elementos de compartimentação, constituídos pelo sistema estrutural das

compartimentações e vedações das caixas, dutos e antecâmaras, devem atender, no mínimo, ao TRRF estabelecido no Anexo A da IT 08, porém nunca inferior a 120 min

5.8.2 Elementos de compartimentação e elementos estruturais essenciais à estabilidade desta compartimentação

5.8.2 Devem ter, no mínimo, o mesmo TRRF da estrutura principal da edificação, não podendo ser inferior a 60 min, inclusive para as selagens dos shafts e dutos de instalações

5.8.3 Vedações usadas como isolamento de riscos e elementos estruturais essenciais à estabilidade destas vedações

5.8.3 Devem ter, no mínimo, TRRF de 120 min 5.8.4 Paredes divisórias entre unidades autônomas e entre unidades e as áreas comuns 5.8.4 Para as ocupações dos Grupos A (A2 e A3), B, E e H (H2; H3; H5 e H6): devem

possuir TRRF mínimo de 60 min, independente do TRRF da edificação e das possíveis isenções Obs.: Para as edificações com chuveiros automáticos, isenta-se desta exigência

5.8.4.1 As portas das unidades autônomas que dão acesso aos corredores e/ou hall de entrada das divisões B-1, B-2, H-2, H-3 e H-5, excetuando-se edificações térreas, devem ser do tipo resistente ao fogo (30 min) Obs.: Para as edificações com chuveiros automáticos, isenta-se desta exigência

Nota: 1) São consideradas unidades autônomas os apartamentos residenciais, os apartamentos de hotéis, motéis e

“flats”, as salas de aula, as enfermarias e quartos de hospitais, as celas dos presídios e assemelhados.

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 04/04

II. Segurança estrutural contra incêndio - Resistência ao fogo dos elementos de construção (IT 08)

B. Material de revestimento contra o fogo Foi aplicado material de revestimento contra o fogo nos elementos de construção? (em caso positivo verificar os requisitos abaixo os quais devem constar no memorial de segurança contra incêndio dos elementos de construção)

Sim Não

Notas: 1) A escolha, o dimensionamento e a aplicação de materiais de revestimento contra fogo são de responsabilidade do(s)

responsável(eis) técnico(s); 2) As propriedades térmicas e o desempenho dos materiais de revestimento contra fogo quanto à aderência,

combustibilidade, fissuras, toxidade, erosão, corrosão, deflexão, impacto, compressão, densidade e outras propriedades necessárias para garantir o desempenho e durabilidade dos materiais, devem ser determinados por ensaios realizados em laboratório nacional ou estrangeiro reconhecido internacionalmente, de acordo com norma técnica nacional ou, na ausência desta, de acordo com norma estrangeira reconhecida internacionalmente.

5.20 Memorial de segurança contra incêndio dos elementos de construção (conteúdo):

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.20.1 a. Definição da metodologia para atingir os TRRF dos elementos estruturais da edificação, citando a norma empregada

5.20.1 b. Definição dos TRRF para os diversos elementos construtivos: estruturas internas e externas, compartimentações, mezaninos, coberturas, subsolos, proteção de dutos e shafts, encapsulamento de estruturas etc

5.20.1 c. Definição das especificações e condições de isenções e/ou reduções de TRRF

5.20.1 d. Definição do tipo e das espessuras de materiais de revestimento contra fogo utilizados nos elementos construtivos e respectivas cartas de cobertura adotadas

5.21 Elementos de construção em madeira

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.21 Se existentes em edificações com área superior a 750 m², independentemente da resistência da estrutura e das possíveis isenções ou reduções de TRRF, devem possuir tratamento retardante ao fogo

5.1.3.2.2 c. Detalhes específicos de plantas (IT 01)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

1) Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF) das estruturas em nota ou legenda e no memorial de construção, independente do tipo de estrutura

2) Tipos de estruturas 3) As áreas das estruturas protegidas com material resistente ao fogo e, se for

o caso, os locais isentos de revestimento, conforme Anexo A da IT08

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 01/09

III. Compartimentação horizontal e compartimentação vertical (IT 09) A. Compartimentação horizontal Exigida/projetada? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.1 Deve-se restringir as áreas dos compartimentos, de acordo com o Anexo B “Tabela de área máxima de compartimentação” da IT 09, em função da ocupação e da altura da edificação

5.4.1 As áreas de compartimentação horizontal devem, no interior da edificação, ser separadas por paredes de compartimentação que atendam aos tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF), conforme IT 08 (mínimo de 60 min)

5.2.12 Cada área compartimentada deve ser dotada de no mínimo uma saída para local de segurança respeitando-se às distâncias máximas a serem percorridas previstas na IT 11

5.5.2 As paredes divisórias entre unidades autônomas e entre unidades e as áreas comuns, para as ocupações dos grupos A (A2 e A3), B, E e H (H2, H3, H5 e H6) devem possuir requisitos mínimos de resistência ao fogo, de acordo com o prescrito na IT 08 (mínimo de 60 min)

Dispensa de compartimentação horizontal 5.5.1 Está dispensada nas áreas destinadas exclusivamente a estacionamento de

veículos

A.1 Características construtivas das paredes de compartimentação (paredes corta-fogo) 5.2.1 Devem ter a propriedade corta-fogo 5.2.1 Devem ser construídas entre o piso e o teto devidamente vinculadas à

estrutura do edifício, com reforços estruturais adequados

5.2.10 Devem ser dimensionadas estruturalmente de forma a não entrarem em colapso caso ocorra à ruína da cobertura do edifício do lado afetado pelo incêndio

5.2.11 A resistência ao fogo dos materiais constitutivos da parede de compartimentação sem função estrutural deve ser comprovada por meio do teste previsto na NBR 10636

5.2.2 Devem estender-se, no mínimo, 1 m acima da linha de cobertura, se existirem coberturas combustíveis (telhados); ou, (opção 1)

5.2.3 Se as telhas combustíveis, translúcidas ou não, estiverem distanciadas pelo menos 2 m da parede de compartimentação, não há necessidade de estender a parede 1 m acima do telhado (opção 2)

A.2 Características construtivas das aberturas (afastamento horizontal) 5.2.4 As aberturas situadas na mesma fachada, em lados opostos da parede de

compartimentação, devem ser afastadas horizontalmente entre si por trecho de parede com 2 m de extensão devidamente consolidada à parede de compartimentação e apresentando a mesma resistência ao fogo; ou, (opção 1)

5.2.5 A distância mencionada no item anterior pode ser substituída por um prolongamento da parede de compartimentação, externo à edificação, com extensão mínima de 0,90 m (opção 2)

5.2.6 As aberturas situadas em fachadas ortogonais, pertencentes a áreas de compartimentação horizontal distintas do edifício devem estar distanciadas 4 m na projeção horizontal, de forma a evitar a propagação do incêndio por radiação térmica

5.2.7 As aberturas situadas em fachadas paralelas, coincidentes ou não, pertencentes a áreas de compartimentação horizontal distintas dos edifícios situados no mesmo lote ou terreno, devem estar distanciadas (d) de forma a evitar a propagação do incêndio por radiação térmica, atendendo ao constante na Tabela 1 da IT 09 (abaixo), em função da porcentagem de abertura de toda a fachada (%)

% d (m) % d (m) Até 20 4 De 51 a 60 8

De 21 a 30 5 De 61 a 70 9 De 31 a 40 6 Acima de 70 10 De 41 a 50 7

Notas:

1) % = 𝐬𝐨𝐦𝐚 𝐝𝐚𝐬 á𝐫𝐞𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐚𝐛𝐞𝐫𝐭𝐮𝐫𝐚𝐬 𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐮𝐚𝐬 𝐞𝐝𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚çõ𝐞𝐬á𝐫𝐞𝐚 𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐜𝐡𝐚𝐝𝐚 𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐮𝐚𝐬 𝐞𝐝𝐢𝐟𝐢𝐜𝐚çõ𝐞𝐬

2) As distâncias acima devem ser aplicadas entre as aberturas mais próximas na projeção horizontal, independente do

pavimento; 3) A distância entre aberturas situadas em banheiros, vestiários, saunas e piscinas pode ser de 4 m.

Page 246: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 02/09

III. Compartimentação horizontal e compartimentação vertical (IT 09) A. Compartimentação horizontal A.3 Proteção das aberturas nas paredes de compartimentação

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.3 Deve ser realizada por meio de elementos corta-fogo, de forma a não serem comprometidas suas características de resistência ao fogo, conforme as condições do item 5.4.2 da IT 09

5.4.2 Os elementos de proteção das aberturas existentes nas paredes corta-fogo de compartimentação podem apresentar TRRF de 30 min menor que a resistência das paredes de compartimentação, porém nunca inferior a 60 min

5.3 Deve-se indicar os elementos de vedação Portas corta-fogo Vedadores corta-fogo Selos corta-fogo Registros corta-fogo (dampers) Cortina corta-fogo (lista de verificação ao final) a. Portas corta-fogo

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.3.1.1 Devem atender ao disposto na norma NBR 11742 para saída de emergência 5.3.1.1 Devem atender ao disposto na norma NBR 11711 para compartimentação em

ambientes comerciais, industriais e de depósitos

5.3.1.3 Quando houver necessidade de passagem (rota de saída) entre ambientes compartimentados providos de portas de acordo com a NBR 11711, devem ser instaladas adicionalmente portas de acordo com a NBR 11742

5.4.2 Podem apresentar TRRF de 30 min menor que as paredes, porém nunca inferior a 60 min

b. Vedadores corta-fogo

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.3.2 Devem proteger as aberturas nas paredes de compartimentação de passagem exclusivas de materiais

5.3.2.1 Devem atender ao disposto na norma NBR 11711 5.3.2.2 Deve ter seu fechamento automático comandado por sistema de detecção

automática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 17240, caso a classe de ocupação não se refira a edifícios industriais ou depósitos

5.3.2.3 Em fechamentos comandados por sistema de detecção automática de incêndio, o status dos equipamentos deve ser indicado na central do sistema

5.3.2.3 Deve ainda ser prevista a possibilidade de fechamento dos dispositivos de forma manual na central do sistema

5.4.2 Podem apresentar TRRF de 30 min menor que as paredes, porém nunca inferior a 60 min

Impossibilidade de utilização de vedadores corta-fogo (alternativa) 5.3.2.4 Se não for possível utilizar vedadores corta-fogo, pela existência de obstáculos

na abertura, representados, por exemplo, por esteiras transportadoras, pode-se utilizar alternativamente a proteção por cortina d’água, desde que a área da abertura não ultrapasse 1,5 m²

c. Selos corta-fogo

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.3.3 Devem selar as aberturas existentes nas paredes de compartimentação destinadas à passagem de instalações elétricas, hidrossanitárias, telefônicas e outros

5.3.3.1 Devem ser ensaiados para caracterização da resistência ao fogo seguindo os procedimentos da NBR 6479

5.3.3.2 Devem proteger, de forma especial, os tubos plásticos de diâmetro interno superior a 40 mm, em ambos os lados da parede, de modo a fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo

5.4.2 Podem apresentar TRRF de 30 min menor que as paredes, porém nunca inferior a 60 min

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 03/09

III. Compartimentação horizontal e compartimentação vertical (IT 09) A. Compartimentação horizontal A.3 Proteção das aberturas nas paredes de compartimentação d. Registros corta-fogo (Dampers)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.3.4 Devem proteger as aberturas de dutos de ventilação, ar condicionado ou exaustão que atravessarem paredes de compartimentação

5.3.4 Devem estar devidamente ancorados à parede de compartimentação 5.3.4 Deve haver a adequada selagem corta-fogo na abertura em torno dos dutos 5.3.4 Devem ser ensaiados para caracterização da resistência ao fogo seguindo os

procedimentos da NBR 6479

5.3.4.1 Devem ser dotados de acionamentos automáticos comandados por meio de fusíveis bimetálicos ou por sistema de detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 17240

5.3.4.2 Devem ter seu fechamento automático comandado por sistema de detecção automática de fumaça, no caso da classe de ocupação não se referir aos edifícios industriais ou depósitos

5.3.4.3 Em fechamentos comandados por sistema de detecção automática de incêndio, o status dos equipamentos deve ser indicado na central do sistema

5.3.4.3 Deve ainda poder ter o seu fechamento efetuado por decisão humana na central do sistema

5.3.4.4 A falha do dispositivo de acionamento do registro corta-fogo deve se dar na posição de segurança, ou seja, qualquer falha que possa ocorrer deve determinar automaticamente o fechamento do registro

5.4.2 Podem apresentar TRRF de 30 min menor que as paredes, porém nunca inferior a 60 min

Impossibilidade de utilização de registros corta-fogo (alternativa) 5.3.4.5 Os dutos de ventilação, ar-condicionado e/ou exaustão, que não possam ser

dotados de registros corta-fogo, devem ser dotados de proteção em toda a extensão de ambos os lados das paredes, garantindo resistência ao fogo igual a das paredes

Page 248: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 04/09

III. Compartimentação horizontal e compartimentação vertical (IT 09) B. Compartimentação vertical Exigida/projetada? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.1 Deve existir para garantir a área máxima compartimentada, de acordo com o Anexo “B” da IT 09

6.1 Se não existir ou se houver a simples quebra da compartimentação vertical, por qualquer meio, as áreas dos pavimentos, devem ser somadas, para fins de cálculo da área máxima compartimentada, de acordo com o Anexo “B” da IT 09

6.5.1 Só será permitida a interligação de até três pavimentos consecutivos nos pisos acima do térreo, por intermédio de átrios, escadas, rampas de circulação ou escadas rolantes, se o somatório de áreas desses pavimentos não ultrapasse os valores estabelecidos para a compartimentação de áreas, conforme Anexo “B” da IT 09

Observação: 1) Esta exceção não se aplica para as compartimentações das fachadas, selagens dos shafts e dutos de instalações.

Subsolo 6.5.2 Os dutos e shafts de instalações dos subsolos devem ser compartimentados

integralmente em relação ao piso térreo, piso de descarga e demais pisos elevados, independente da área máxima compartimentada

6.5.3 As escadas e rampas destinadas à circulação de pessoas provenientes dos subsolos das edificações devem ser compartimentados com PCF P-90 em relação aos demais pisos contíguos, independente da área máxima compartimentada

B.1 Compartimentação vertical na envoltória do edifício (fachadas) - Características construtivas

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.2.1.1.1 Pode ser realizada por meio de vigas e/ou parapeitos separando aberturas de pavimentos consecutivos, com altura mínima de 1,2 m; ou, (opção 1)

6.2.1.1.2 Pode ser realizada por meio dos prolongamentos dos entrepisos separando aberturas de pavimentos consecutivos, com abas que devem se projetar, no mínimo, 0,9 m além do plano externo da fachada (opção 2)

6.2.1.1.3 Para edificações de baixo risco (até 300 MJ/m²), podem ser somadas as dimensões da aba horizontal e a distância da verga até o piso da laje superior, totalizando o mínimo de 1,20 m

6.2.1.1 e 6.4.2

Esses elementos corta-fogo devem possuir tempo de resistência determinado pela IT 08 (mínimo de 60 min)

6.2.1.3 As fachadas pré-moldadas devem ter seus elementos de fixação devidamente protegidos contra a ação do incêndio e as frestas com as vigas e/ou lajes devidamente seladas, de forma a garantir a resistência ao fogo do conjunto

6.2.1.4 Os caixilhos e os componentes transparentes ou translúcidos das janelas devem ser compostos por materiais incombustíveis conforme o método ISSO 1182/2010

6.2.1.7.1 Nas edificações com fachadas totalmente envidraçadas ou “fachadas-cortina” se o vidro constituinte não for corta-fogo, devem ser instalados atrás delas parapeitos, vigas ou prolongamentos dos entrepisos (abas), conforme requisitos acima

6.2.1.7.2 As frestas ou as aberturas entre a “fachada-cortina” e os elementos de separação devem ser vedados com selos corta-fogo em todo perímetro

6.2.1.7.2 Tais selos devem ser fixados aos elementos de separação de modo que sejam estruturalmente independentes dos caixilhos da fachada não sendo danificados em caso de movimentação dos elementos estruturais da edificação

6.2.1.5 Todas as unidades envidraçadas devem atender aos critérios de segurança previstos na NBR 7199

6.2.1.6 Os revestimentos das fachadas das edificações devem atender ao contido na IT 10

B.2 Compartimentação vertical no interior do edifício (entre-pisos)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.2.2.1 Podem ser compostos por lajes de concreto armado ou protendido ou por composição de outros materiais que garantam a separação física dos pavimentos

6.2.2.2 Devem ter resistência ao fogo comprovada por meio de ensaio segundo a NBR 5628 ou dimensionada de acordo com norma brasileira pertinente

6.4.1 Devem atender aos TRRF, conforme IT 08 (mínimo de 60 min)

Page 249: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 05/09

III. Compartimentação horizontal e compartimentação vertical (IT 09) B. Compartimentação vertical B.3 Aberturas nos entrepisos e suas proteções a. Escadas Proteção: paredes de compartimentação

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3.1 Devem ser enclausuradas por meio de paredes de compartimentação e portas corta-fogo, atendendo aos requisitos da IT 11

6.3.1.1 A resistência ao fogo dos materiais constitutivos da parede de compartimentação sem função estrutural deve ser comprovada por meio do teste previsto na NBR 10636

6.3.1.8 A exigência de resistência ao fogo das paredes de enclausuramento da escada também se aplica às antecâmaras quando estas existirem

6.4.3.1 As paredes de enclausuramento devem atender, no mínimo, ao TRRF igual ao estabelecido na IT 08, não podendo ser inferior a 120 min

6.3.1.2 As portas corta-fogo de ingresso nas escadas e entre as antecâmaras e a escada devem atender ao disposto na NBR 11742

6.3.1.3 As portas corta-fogo utilizadas para enclausuramento das escadas devem ser construídas integralmente com materiais incombustíveis, caracterizados de acordo com o método ISSO 1182/2010, exceção feita à pintura de acabamento

6.4.3.3 As portas corta-fogo devem apresentar resistência mínima ao fogo de 90 min quando forem únicas (escadas sem antecâmaras)

6.4.3.3 As portas corta-fogo devem apresentar resistência mínima ao fogo 60 min quando a escada for dotada de antecâmara

6.3.1.4 As portas corta-fogo podem permanecer abertas desde que sejam utilizados dispositivos elétricos que permitam seu fechamento em caso de incêndio, comandados por sistema de detecção automática de fumaça e instalados nos halls de acesso às escadas, de acordo com a NBR 17240

6.3.1.5 A falha desses dispositivos deve dar-se na posição de segurança, determinando automaticamente o fechamento da porta

6.3.1.6 Deve ser indicada na central do sistema de detecção a situação das portas corta-fogo (aberto ou fechado)

6.3.1.6 Deve, alternativamente, ser efetuado o fechamento das portas por decisão humana na central

b. Elevadores e Monta-cargas Proteção: paredes de compartimentação

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3.2 / 6.3.3

Devem ter poços constituídos por paredes de compartimentação devidamente consolidadas aos entre pisos

6.3.2.2 e 6.3.1.1

A resistência ao fogo dos materiais constitutivos da parede de compartimentação sem função estrutural deve ser comprovada por meio do teste previsto na NBR 10636

6.4.3.1 As paredes de enclausuramento devem atender, no mínimo, ao TRRF igual ao estabelecido na IT 08, não podendo ser inferior a 120 min

6.3.2.1 / 6.3.3.1

Devem ter portas de andares classificadas como para-chamas, com resistência ao fogo de 30 minutos

6.3.2.3 / 6.3.3.3

As portas de andares não devem permanecer abertas em razão da presença da cabine nem abrir em razão do dano provocado pelo calor aos contatos elétricos que comandam sua abertura

6.3.2.4 / 6.3.3.5

As portas para-chamas podem ser substituídas pelo enclausuramento dos halls de acesso aos elevadores, por meio de paredes e portas corta- fogo

6.3.2.5 / 6.3.3.5

Esse enclausuramento pode também ser feito por meio de portas retráteis cortafogo, mantidas permanentemente abertas e comandadas por sistema de detecção automática de fumaça, de acordo com a NBR 17240, fechando automaticamente em caso de incêndio

6.3.2.5 / 6.3.3.2

A falha desses dispositivos deve dar-se na posição de segurança, determinando automaticamente o fechamento da porta retrátil corta-fogo

6.3.2.5 / 6.3.3.2

Deve ser indicada na central do sistema de detecção a situação das portas retráteis corta-fogo (aberto ou fechado)

6.3.2.6 / 6.3.3.5

As portas retráteis corta-fogo não devem estar incluídas nas rotas de fuga

6.3.2.7 / 6.3.3.5

As portas retráteis corta-fogo devem ser abertas ou fechadas no local de sua instalação, manual ou mecanicamente

6.3.2.9 / 6.3.3.4

As portas de andar de elevadores e as portas de enclausuramento dos halls devem ser ensaiadas para a caracterização da resistência ao fogo seguindo-se os procedimentos da NBR 6479

Page 250: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 06/09

III. Compartimentação horizontal e compartimentação vertical (IT 09) B. Compartimentação vertical B.3 Aberturas nos entrepisos e suas proteções c. Prumadas das instalações de serviço (elétricas,

hidrossanitárias, telefônicas e outras) Proteção: selos corta-fogo

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3.4 Devem ser seladas de forma a promover a vedação total corta-fogo 6.3.4.1 Os selos devem ser ensaiados para a caracterização da resistência ao fogo

seguindo-se os procedimentos da NBR 6479

6.4.2 e 6.4.3.2

Devem atender aos TRRF conforme IT 08, porém nunca inferior a 60 min

6.3.4.2 Os tubos plásticos com diâmetro interno superior a 40 mm devem receber proteção especial representada por selagem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo abaixo do entre piso

6.3.4.4 Tais selos podem ser substituídos por paredes de compartimentação cegas posicionadas entre piso e teto (alternativa)

d. Aberturas de passagem de dutos de ventilação, ar-condicionado e exaustão

Proteção: registros corta-fogo (dampers)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3.5 Devem existir registros corta-fogo devidamente ancorados aos entre pisos e atendidas as condições estabelecidas nos itens 5.3.4.1 a 5.3.4.5

6.3.5 Deve haver a adequada selagem corta-fogo na abertura em torno dos dutos 6.4.3.2 Esses registros e selos devem apresentar, no mínimo, os tempos requeridos de

resistência ao fogo conforme IT 08, porém nunca inferior a 60 min

6.3.5 e 5.3.4.1

Os registros corta-fogo devem ser dotados de acionamentos automáticos comandados por meio de fusíveis bimetálicos ou por sistema de detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 17240

6.3.5 e 5.3.4.2

Os registros corta-fogo devem ter seu fechamento automático comandado por sistema de detecção automática de fumaça, no caso da classe de ocupação não se referir aos edifícios industriais ou depósitos

6.3.5 e 5.3.4.3

Em fechamentos comandados por sistema de detecção automática de incêndio, o status dos equipamentos deve ser indicado na central do sistema

6.3.5 e 5.3.4.3

Deve ainda poder ter o seu fechamento efetuado por decisão humana na central do sistema

6.3.5e 5.3.4.4 A falha do dispositivo de acionamento do registro corta-fogo deve se dar na

posição de segurança, ou seja, qualquer falha que possa ocorrer deve determinar automaticamente o fechamento do registro

Impossibilidade de utilização de registros corta-fogo (alternativa) 6.3.5,

5.3.4.5 e 6.4.3.4

Os dutos de ventilação, ar-condicionado e/ou exaustão, que não possam ser dotados de registros corta-fogo, devem ser dotados de proteção em toda a extensão de ambos os lados das paredes, de forma a garantir a resistência mínima ao fogo de 120 min, porém nunca inferior ao TRRF estabelecido na IT 08

e. Aberturas de passagem de materiais Proteção: vedadores corta-fogo

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3.6 Devem ser protegidas por vedadores corta-fogo, atendendo às condições estabelecidas no item 5.3.2

6.3.6 e 5.3.2.1

Devem atender ao disposto na norma NBR 11711

6.3.6 e 5.3.2.2

Deve ter seu fechamento automático comandado por sistema de detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a NBR 17240, caso a classe de ocupação não se refira a edifícios industriais ou depósitos

6.3.6 e 5.3.2.3

Em fechamentos comandados por sistema de detecção automática de incêndio, o status dos equipamentos deve ser indicado na central do sistema

6.3.6 e 5.3.2.3

Deve ainda ser prevista a possibilidade de fechamento dos dispositivos de forma manual na central do sistema

Impossibilidade de utilização de vedadores corta-fogo (alternativa) 6.3.6 e 5.3.2.4

Se não for possível utilizar vedadores corta-fogo, pela existência de obstáculos na abertura, representados, por exemplo, por esteiras transportadoras, pode-se utilizar alternativamente a proteção por cortina d’água, desde que a área da abertura não ultrapasse 1,5 m²

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 07/09

III. Compartimentação horizontal e compartimentação vertical (IT 09) B. Compartimentação vertical B.3 Aberturas nos entrepisos e suas proteções f. Prumadas enclausuradas (instalações de serviço como esgoto e águas pluviais)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3.8 Não necessitam ser seladas desde que as paredes sejam de compartimentação e as derivações das instalações que as transpassam sejam devidamente seladas

g. Prumadas de ventilação permanente (banheiros, lareiras, churrasqueiras e similares)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3.9.1 Devem ser integralmente compostos por materiais incombustíveis 6.3.9.2 Cada prumada de ventilação deve fazer parte, exclusivamente, de uma única área

de compartimentação horizontal (áreas distintas de compartimentação horizontal não se devem intercomunicar por dutos de ventilação permanente)

6.3.9.3 Deve ser compartimentada em relação às demais áreas da edificação não destinadas a banheiros ou similares por meio de paredes e portas corta-fogo

6.3.9.4 Alternativamente cada derivação das prumadas pode ser protegida por registro corta-fogo, cujo acionamento deve atender às condições estabelecidas nos itens 5.3.4.1 a 5.3.4.5

6.4.3.5 As paredes corta-fogo devem apresentar resistência mínima ao fogo de 60 min 6.4.3.5 Os registros corta-fogo devem apresentar resistência mínima ao fogo de 30min

h. Átrios

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3.7.1 Quebra a compartimentação vertical, que pode ser substituída por medidas de proteções alternativas (sistemas de chuveiros automáticos, detecção de fumaça e controle de fumaça), de acordo com o previsto nas Tabelas 6A a 6M do Decreto Estadual 16.302/15

Edificações com mais de 60 metros de altura 6.3.7.2 Quando permitido em edificações com mais de 60 metros de altura, deve ser

protegido por vidros para-chamas, cortinas automatizadas parachamas ou outro elemento para-chama

6.3.7.2.1 Esses elementos de vedação devem ter o mesmo tempo de resistência ao fogo previsto para a edificação

6.3.7.2.2 A proteção do átrio deve ser feita em todos os pavimentos servidos em seu perímetro interno ou no perímetro da área de circulação que o rodeia em cada pavimento

6.3.7.2.3 Os vidros para-chamas devem atender aos requisitos da NBR 14.925 e da NBR 6.479, ou normas internacionais equivalentes

6.3.7.2.3 Os vidros para-chamas devem ser certificados por laboratório independente 6.3.7.2.4 As cortinas automatizadas para-chamas devem atender aos itens 7.2 ao 7.8

Átrios descobertos 6.3.7.3 Devem atender às condições de segurança previstas no item 6.2.1

(compartimentação vertical na envoltória do edifício) para evitar sua quebra

6.3.7.3 Devem possuir as seguintes dimensões mínimas (Tabela 2) Altura da edificação até 30 m entre 30 e 60 m entre 60 e 90 m entre 90 e 120 m

Porcentagem de abertura das faces laterais do átrio (%)

Diâmetro (d) em metros

Diâmetro (d) em metros

Diâmetro (d) em metros

Diâmetro (d) em metros

até 20 6 7 8 9 de 21 a 30 7 8 9 22 de 31 a 40 8 9 10 13 de 41 a 50 9 10 12 15 de 51 a 60 10 11 14 18 de 61 a 70 11 13 16 21

acima de 70 12 15 20 25 Notas:

1) % = 𝐬𝐨𝐦𝐚 𝐝𝐚𝐬 á𝐫𝐞𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐚𝐛𝐞𝐫𝐭𝐮𝐫𝐚𝐬 𝐝𝐚𝐬 𝐟𝐚𝐜𝐞𝐬 𝐥𝐚𝐭𝐞𝐫𝐚𝐢𝐬 𝐝𝐨 á𝐭𝐫𝐢𝐨á𝐫𝐞𝐚 𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥 𝐝𝐚𝐬 𝐟𝐚𝐜𝐞𝐬 𝐥𝐚𝐭𝐞𝐫𝐚𝐢𝐬 𝐝𝐨 á𝐭𝐫𝐢𝐨

2) A dimensão entre aberturas situadas em banheiros, vestiários, saunas e piscinas pode ser de 4 m; 3) Edificações acima de 120 m devem ser analisadas por meio de Comissão Técnica.

6.3.7.4 Caso o átrio não possua a dimensão constante na Tabela 2, suas aberturas devem ser protegidas com vidros ou cortinas automatizadas para-chamas

Page 252: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 08/09

III. Compartimentação horizontal e compartimentação vertical (IT 09) C. Cortinas automatizadas corta-fogo

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

7.1 Podem ser utilizadas na compartimentação horizontal ou vertical, em edificações protegidas por chuveiros automáticos

Situações de uso: Interligação de até dois pavimentos consecutivos situados acima do piso de descarga, através de escadas ou

rampas secundárias e átrios, podendo apenas uma abertura entre os pavimentos ser protegida por meio deste sistema

Entre o pavimento com uso exclusivo de estacionamento, situado acima ou abaixo do piso de descarga, e os demais pavimentos ocupados das edificações dos grupos A, C, D, E e G

Proteção de abertura situada no mesmo pavimento, entre uma edificação considerada existente e a parte ampliada, devendo esta medida ser analisada por meio de Comissão Técnica

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

7.2 Não devem ser utilizadas nas rotas de fuga e saídas de emergência 7.2 Não podem interferir ou inviabilizar o funcionamento dos sistemas de

proteção existentes na edificação

7.3 Não exclui a necessidade de compartimentação das fachadas, selagens dos shafts e dutos de instalações

7.4 As condições de fechamento das cortinas não devem oferecer risco de acidentes e ferimentos nas pessoas

7.5 Os materiais de construção da interligação devem ser incombustíveis 7.5 Não deve haver nenhum material combustível a menos de 2 m da cortina

corta-fogo

7.6 Devem ser acionadas por sistema de detecção automática e por acionamento alternativo manual, de acordo com a NBR 17240

7.7 Os integrantes da Brigada de Incêndio devem receber treinamento específico para a operacionalização deste sistema, sobretudo no que se refere à restrição para saída dos ocupantes

7.8 O equipamento deve ser certificado por laboratório independente, de acordo normas nacionais e/ou internacionais

Page 253: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 09/09

III. Compartimentação horizontal e compartimentação vertical (IT 09) 5.1.3.2.2 d. Detalhes específicos de plantas (IT 01)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

1) Áreas compartimentadas e o respectivo quadro de áreas 2) Aba horizontal 3) Aba vertical 4) Afastamento de aberturas perpendiculares à parede corta-fogo para

compartimentação

5) Tempo de resistência ao fogo dos elementos estruturais utilizados 6) Elementos corta-fogo 7) Parede corta-fogo para compartimentação 8) Vedador corta-fogo 9) Selo corta-fogo 10) Porta corta-fogo 11) Cortina corta-fogo 12) Cortina d’água 13) Vidro corta-fogo 14) Vidro para-chama

Page 254: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 01/01

IV. Controle de materiais de acabamento e de revestimento (IT 10)

Exigida/projetada? Sim Não

Nota: 1) Os métodos de ensaio que devem ser utilizados para classificar os materiais com relação ao seu comportamento frente ao

fogo (reação ao fogo) seguirão os padrões indicados nas Tabelas A.1, A.2 e A.3

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.1.2 e 5.1.3

Deve ser exigido o CMAR, em razão da ocupação da edificação, e em função da posição dos materiais de acabamento, materiais de revestimento e materiais termo acústicos (piso, paredes/divisórias, teto/forro e cobertura), conforme a classificação da Tabela B, incluindo as disposições estabelecidas nas respectivas Notas genéricas

6.1 Devem ser indicadas em planta baixa e respectivos cortes, correspondentes a cada ambiente, ou em notas específicas, as classes dos materiais de piso, parede, teto e forro (vide Anexo “C”)

Nota genérica a.

Fachadas: devem enquadrar-se entre as Classes I a II-B

Nota genérica b.

Coberturas: devem enquadrar-se entre as Classes I a III-B, exceto para os grupos/divisões C, F5, I-2, I-3, J-3, J4, L-1, M-23 e M-3, que devem enquadrar-se entre as Classes I a II-B

Nota genérica b.

Coberturas para os grupos/divisões C, F5, I-2, I-3, J-3, J4, L-1, M-23 e M-3: devem enquadrar-se entre as Classes I a II-B

Nota genérica c.

Materiais isolantes termo-acústicos não aparentes, que podem contribuir para o desenvolvimento do incêndio (espumas plásticas protegidas por materiais incombustíveis, lajes mistas com enchimento de espumas plásticas protegidas por forro ou revestimentos aplicados diretamente, forros em grelha com isolamento termoacústico envoltos em filmes plásticos e assemelhados): devem enquadrar-se entre as Classes I a II-A quando aplicados junto ao teto/forro ou paredes

Nota genérica c.

Materiais isolantes termo-acústicos não aparentes, que podem contribuir para o desenvolvimento do incêndio para os grupos/divisões A2, A3 e condomínios residenciais: deve ser da Classe I, II-A ou III-A quando aplicados nas paredes

Nota genérica d.

Materiais isolantes termo-acústicos aplicados nas instalações de serviço, em redes de dutos de ventilação e ar-condicionado, e em cabines ou salas de equipamentos, aparentes ou não: devem enquadrar-se entre as Classes I a II–A

Nota genérica j.

Circulações (corredores protegidos) que dão acesso às saídas de emergência enclausuradas: devem possuir CMAR Classe I ou Classe II – A (Tabela “A”)

Nota genérica j.

Saídas de emergência (escadas, rampas etc.): devem possuir CMAR Classe I ou Classe II – A, com Dm ≤ 100 (Tabela “A”)

Nota genérica k.

Materiais utilizados como revestimento, acabamento e isolamento termo acústico no interior dos poços de elevadores, monta-cargas e shafts: devem ser enquadrados na Classe I ou Classe II – A, com Dm ≤ 100 (Tabela “A”)

Nota genérica e.

Componentes construtivos onde não são aplicados revestimentos e/ou acabamentos em razão de já se constituírem em produtos acabados, incluindo-se divisórias, telhas, forros, painéis em geral, face inferior de coberturas, entre outros, também estão submetidos aos critérios da Tabela “B”

Nota genérica f.

Determinados componentes construtivos que podem expor-se ao incêndio em faces não voltadas para o ambiente ocupado, como é o caso de pisos elevados, forros, revestimentos destacados do substrato devem atender aos critérios da Tabela “B” para ambas as faces

Nota genérica g.

Materiais de proteção de elementos estruturais, juntamente com seus revestimentos e acabamentos devem atender aos critérios dos elementos construtivos onde estão inseridos, ou seja, de tetos para as vigas e de paredes para pilares

Nota genérica h.

Materiais empregados em subcoberturas com finalidades de estanqueidade e de conforto termo–acústico devem atender os critérios da Tabela “B” aplicados a tetos, bem como a superfície inferior da cobertura, mesmo que escondidas por forro

Dispensa de CMAR Nota

genérica i. Coberturas de passarelas e toldos, instalados no pavimento térreo, que não apresentem área superficial superior a 50,00 m² e que a área de cobertura não possua materiais incombustíveis estarão dispensados do CMAR

5.1.5 Não será exigido nas edificações com área menor ou igual a 750 m² e altura menor ou igual a 12 m nos grupos/divisões: A, C, D, E, G, F-9, F-10, H-1, H-4, H-6, I, J

5.1.3.2.2 e. Detalhes específicos de plantas (IT 01) Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA Devem apresentar nos respectivos cortes ou em notas específicas, as classes

dos materiais de piso, parede, divisória, teto e forro, correspondentes a cada ambiente

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 01/20

V. Saídas de emergência (IT 11) Exigida/projetada? Sim Não

A. Dimensionamento das saídas de emergência A.1 Cálculo da população (P)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.3.2 Deve ser realizado para cada pavimento da edificação através dos coeficientes da Tabela 1 do Anexo A, considerando a ocupação conforme classificação da Tabela 1 do Decreto Estadual nº 16.302/2015

5.3.3 a. Incluir nas áreas de pavimento as áreas de terraços, sacadas, beirais e platibandas, excetuadas àquelas pertencentes às edificações dos grupos de ocupação A, B e H

5.3.3 b. Para edificações dos grupos F-3 e F-6: incluir nas áreas de pavimento as áreas totais cobertas, inclusive canchas e assemelhados

5.3.3 c. Para edificações dos grupos F-3, F-6 e F-7: incluir nas áreas de pavimento as áreas de escadas, rampas e assemelhados, quando, em razão de sua disposição em planta, esses lugares puderem, eventualmente, ser utilizados como arquibancadas

5.3.4 Excluir das áreas de pavimento as áreas de elevadores

A.2 Largura dos acessos, descargas, escadas, rampas e portas Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA Notas: 1) A largura dos acessos deve ser dimensionada para cada pavimento em função de sua população; 2) A largura das escadas, rampas e descargas deve ser dimensionada em função do pavimento de maior

população, o qual determina as larguras mínimas para os lanços correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída.

5.4.1.2 Definir a população considerada (P), conforme coeficiente da Tabela 1 do Anexo A e requisitos definidos nas notas acima

5.4.1.2 Definir a capacidade da unidade de passagem (C) conforme Tabela 1 do Anexo A, para cada um dos seguintes componentes das saídas: Acessos/Descarga, Escadas/Rampas e Portas

5.4.1.2 Definir o número de unidades de passagem (N) para cada um dos seguintes componentes das saídas previstas na Tabela 1 (Acessos/Descarga, Escadas/Rampas e Portas), arredondado para número inteiro imediatamente superior, através da fórmula: N=P/C

5.4.1.2 Calcular a largura mínima de cada componente das saídas multiplicando-se N pelo fator 0,55. Este produto resultará na quantidade, em metros, da largura mínima total de cada um desses componentes (Acessos, Descarga, Escadas, Rampas e Portas)

5.4.1.2.1 A metragem total calculada das larguras de cada componente da saída (Acessos, Descarga, Escadas, Rampas e Portas) deve ser a mínima atendida, podendo, entretanto, quando houver mais de uma saída do mesmo componente, servindo ao mesmo pavimento, serem divididas em múltiplos de 0,55 m (1UP), respeitando-se, contudo, as larguras mínimas a serem adotadas por norma conforme item 5.4.2 da IT 11, informadas abaixo

Notas: 1) Unidade de passagem: largura mínima para a passagem de um fluxo de pessoas, fixada em 0,55m; 2) Capacidade de uma unidade de passagem: é o número de pessoas que passa por esta unidade em 1

minuto. A.3 Larguras mínimas a serem adotadas (Acessos, Descarga, Escadas e Rampas)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.4.2 Para acessos, escadas, rampas ou descargas das ocupações em geral: 1,10m

5.4.2 a. Para as escadas, os acessos (corredores e passagens) e descarga nas ocupações do grupo H, divisão H-2 e H-3: 1,65 m (correspondente a 3 unidades de passagem de 55 cm)

5.4.2 b. Para as rampas, acessos (corredores e passagens) e descarga, nas ocupações do grupo H, divisão H-2: 1,65 m (correspondente a 3 unidades de passagem de 55 cm)

5.4.2 c. Para as rampas, acessos às rampas (corredores e passagens) e descarga das rampas, nas ocupações do grupo H, divisão H-3: 2,20 m (correspondente a 4 unidades de passagem de 55 cm)

Page 256: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 02/20

V. Saídas de emergência (IT 11) A.4 Larguras mínimas a serem adotadas (Portas)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.5.4.3 Para portas (vão-luz): a. 80 cm, valendo por 1 unidade de passagem; b. 1 m, valendo por 2 unidades de passagem; c. 1,5 m, em duas folhas, valendo por 3 unidades de passagem; d. 2 m, em duas folhas, valendo por 4 unidades de passagem.

Notas: 1) Porta com dimensão maior que 1,2m devem ter duas folhas 2) Porta com dimensão maior ou igual a 2,2 m exige coluna central. A.5 Exigências adicionais sobre largura de saídas

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.4.3.1 A largura das saídas deve ser medida em sua parte mais estreita 5.4.3.1 Somente são desconsideradas as dimensões de saliências de alizares, pilares e

outros se estas possuírem comprimento menor ou igual a 25 cm e espessura inferior a 10 cm, e desde que as saídas possuam largura superior a 1,10m (vide figura 1 da IT 11)

5.4.3.2 As portas que abrem para dentro de rotas de saída, em ângulo de 180º, em seu movimento de abrir, no sentido do trânsito de saída, não podem diminuir mais do que a metade da largura efetiva dessas rotas, devendo sempre manter uma largura mínima livre de 1,10 m para as ocupações em geral e de 1,65 m para as divisões H-2 e H-3 (vide figura 2 da IT 11)

5.4.3.3 As portas que abrem no sentido do trânsito de saída, para dentro de rotas de saída, em ângulo de 90º, devem ficar em recessos de paredes, de forma a não reduzir a largura efetiva em valor maior que 10 cm (vide figura 2 da IT 11)

A.6 Distâncias máximas a serem percorridas Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.5.2.2 As distâncias máximas a serem percorridas para atingir as portas de acesso

às saídas das edificações e o acesso às escadas ou às portas das escadas nos pavimentos devem ser previstas conforme a Tabela 2 do Anexo B e consideradas a partir da porta de acesso da unidade autônoma mais distante, desde que o seu caminhamento interno não ultrapasse 10m

Nota: 1) As distâncias máximas a serem percorridas devem atingir um local de relativa segurança: espaço livre

exterior, área de refúgio, área compartimentada que tenha pelo menos uma saída direta para o espaço livre exterior, escada protegida ou à prova de fumaça e outros conforme conceito da IT 03.

A.7 Saídas - observações Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA Quantidade mínima de saídas

5.5.3.1 A quantidade de saídas de emergência e de escadas depende do cálculo da população, da largura das escadas, dos parâmetros de distância máxima a percorrer (Tabela 2 do Anexo B) e da quantidade mínima de unidades de passagem para a lotação prevista (Tabela 1), atentando para as notas da Tabela 3 da IT 11

5.5.3.4 No caso de duas ou mais escadas de emergência, a distância de trajeto entre as suas portas de acesso deve ser, no mínimo de 10 m, exceto quando o corredor de acesso possuir comprimento inferior a este valor

5.5.3.5 Nas edificações com altura acima de 36 m é obrigatória a quantidade mínima de duas escadas, exceto para grupo A-2

5.5.3.5 Nas edificações do grupo A-2, com altura acima de 80 m é obrigatória a quantidade mínima de duas escadas.

5.4.3.4 Nas edificações do grupo F, com capacidade acima de 300 pessoas, serão obrigatórias no mínimo duas saídas de emergência, afastadas por pelo menos 10 m, atendendo, entretanto, sempre as distâncias máximas a serem percorridas previstas no Anexo B da IT 11

Subsolos 5.5.3.7 As escadas e rampas destinadas à circulação de pessoas provenientes dos

subsolos das edificações devem ser compartimentadas com PCF P-90 em relação aos demais pisos contíguos, independente da área máxima compartimentada

Page 257: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 03/20

V. Saídas de emergência (IT 11) B. Acessos

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.5.1.1 b. e 5.5.1.2

Devem estar desobstruídos em todos os pavimentos e permanecer livres de quaisquer obstáculos, tais como móveis divisórias móveis, locais para exposição de mercadorias e outros, de forma permanente, mesmo quando o prédio esteja supostamente fora de uso

5.5.1.1 c. Devem ter larguras de acordo o estabelecido no item 5.4 e requisitos acima 5.5.1.1 d. Devem ter pé-direito mínimo de 2,5 m, com exceção de obstáculos

representados por vigas, vergas de portas e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2,10 m

5.5.1.1 e. Devem ser sinalizados e iluminados (iluminação de emergência de balizamento) com indicação clara do sentido da saída, de acordo com o estabelecido na IT 18 – Iluminação de emergência e na IT 20 – Sinalização de emergência

B.1 Portas de saídas de emergência Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.5.4.1 As portas das rotas de saídas e aquelas das salas com capacidade acima de 50

pessoas, em comunicação com os acessos e descargas, devem abrir no sentido do trânsito de saída

5.5.4.2 Se as portas dividirem corredores que constituem rotas de saída, devem abrir no sentido do fluxo de saída

5.5.4.3 A largura vão livre ou “luz” das portas, comuns ou corta-fogo, utilizadas nas rotas de saída de emergências, devem ser dimensionadas como estabelecido no item 5.4 e requisitos acima

5.5.4.4 As portas das antecâmaras das escadas à prova de fumaça devem ser do tipo cortafogo (PCF), obedecendo à NBR 11742, no que lhe for aplicável

5.5.4.4 As portas das paredes corta-fogo devem ser do tipo cortafogo (PCF), obedecendo à NBR 11742, no que lhe for aplicável

5.5.4.5 As portas das antecâmaras, escadas e similares devem ser providas de dispositivos mecânicos e automáticos, de modo a permanecerem fechadas, mas destrancadas no sentido do fluxo de saída

5.5.4.5 É admissível que as portas das antecâmaras, escadas e similares se mantenham abertas desde que disponham de dispositivo de fechamento, quando necessário, conforme estabelecido na NBR11742

5.5.4.9 É permitida a colocação de fechaduras com chave nas portas de acesso e descargas, desde que seja possível a abertura do lado interno, sem a necessidade de chave

5.5.4.6 Para as ocupações do grupo F, com capacidade total acima de 100 pessoas, será obrigatória a instalação de barra antipânico nas portas de saídas de emergência das salas, das rotas de saída, das portas de comunicação com os acessos às escadas e descarga, conforme NBR 11785

5.5.4.10 Quando não houver dispositivo de travamento, tranca ou fechadura na porta de saída de emergência, não haverá necessidade de dispositivo de barra antipânico

5.5.4.6.1 Se a ocupação for da divisão F-2 (local religioso e velório), térrea (com ou sem mezaninos), com área máxima construída de 1500 m², pode ser dispensada instalação de barra antipânico Obs.: Para tanto deve haver o compromisso do proprietário ou responsável pelo uso, através de termo de responsabilidade das saídas de emergência assinado, conforme modelo do Anexo M da IT 01, de que as portas permanecerão abertas durante a realização dos eventos

5.5.4.6.2 Não se admite porta de enrolar nas rotas de fuga (regra) 5.5.4.6.2 Se a porta de enrolar for utilizada com a finalidade de segurança patrimonial

da edificação, ela deve permanecer aberta durante todo o transcorrer dos eventos, mediante compromisso do proprietário ou responsável pelo uso, através de termo de responsabilidade das saídas de emergência assinado, conforme modelo do Anexo M da IT 01 (exceção)

5.5.4.8

São admitidas nas rotas de fuga e nas saídas de emergência portas de correr com sistemas de abertura automática desde que possuam dispositivo que, em caso de falta de energia, pane ou defeito de seu sistema, permaneçam abertas

5.5.4.8

Não são admitidas portas de correr com sistemas de abertura automática nas rotas de fuga e nas saídas de emergência das ocupações do Grupo F, com capacidade total acima de 100 pessoas

Page 258: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 04/20

V. Saídas de emergência (IT 11) C. Descarga - tipo Corredor ou átrio enclausurado Área em pilotis Corredor a céu aberto C.1 Corredor ou átrio enclausurado

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.11.1.2 a. Deve ter paredes resistentes ao fogo por tempo equivalente ao das paredes das escadas que a ele conduzirem, conforme IT 08 (mínimo de 120 min)

5.11.1.2 b. Deve ter pisos e paredes revestidos com materiais que atendam as condições da IT 10

5.11.1.2 c. Deve ter portas corta-fogo com resistência de 90 minutos de fogo quando a escada for à prova de fumaça ou enclausurada protegida, isolando-o de todo compartimento que com ele se comunique, tais como apartamentos, salas de medidores, restaurante e outros

C.2 Área em pilotis Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.11.1.4 a. Não deve ser utilizada como estacionamento de veículos de qualquer natureza,

sendo, quando necessário, dotada de divisores físicos que impeçam tal utilização

5.11.1.4 b. Não será exigido o item anterior, nas edificações onde as escadas exigidas forem do tipo NE – (escadas não enclausuradas) e altura até 12 m, desde que entre o acesso à escada e a área externa (fachada ou alinhamento predial) possua um espaço reservado e desimpedido, no mínimo, com largura de 2,20 m

5.11.1.4 c. Deve ser mantida livre e desimpedida, não podendo ser utilizada como depósito de qualquer natureza

C.3 Saguão ou hall térreo não enclausurado Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.11.1.3 Admite-se desde que entre o final da descarga e a fachada ou alinhamento predial

(passeio) mantenha-se um espaço livre para acesso ao exterior, atendendo-se às dimensões exigidas no item 5.11.2 (ver item de dimensionamento)

5.11.1.3 Nestes casos são admitidos elevadores, portaria, recepção, sala de espera, sala de estar e salão de festas (vide figura 18 da IT 11)

5.11.1.3 Devem possuir materiais de acabamento e revestimento de classe I ou II-A

C.4 Descarga - considerações sobre dimensionamento Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.11.1.5 Se o elevador de emergência estiver ligado ao hall de descarga, deve ser agregado

à largura desta uma unidade de saída (0,55 m)

5.11.2.2 b. A largura deve ser calculada conforme item 5.4, considerando-se esta largura para cada segmento de descarga entre saídas de escadas, não sendo necessário que a descarga tenha, em toda a sua extensão, a soma das larguras das escadas que a ela concorrem (vide figura 19 da IT 11)

C.5 Outros ambientes com acesso a descarga Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.11.4 Galerias comerciais (galerias de lojas) podem estar ligadas à descarga desde que

seja feito por meio de antecâmara enclausurada e ventilada diretamente para o exterior ou através de dutos, dentro dos padrões estabelecidos para as escadas à prova de fumaça (PF), dotadas de duas portas corta-fogo P-60 (figura 20 da IT 11)

Page 259: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 05/20

V. Saídas de emergência (IT 11) D. Escadas - classificação Não Enclausurada (NE) Enclausurada Protegida (EP) A Prova de Fumaça (PF) A Prova de Fumaça Pressurizada (PFP) Aberta Externa (AE) Notas: 1) Não são aceitas escadas com degraus em leque ou em espiral como escadas de segurança, exceto para

mezaninos e áreas privativas; 2) As escadas à prova de fumaça pressurizadas (PFP) podem sempre substituir as escadas enclausuradas

protegidas (EP) e as escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF), devendo atender a todas as exigências da IT 13 – Pressurização de escada de segurança;

3) Devem ser observadas as listas de verificação específicas para cada tipo de escada projetado. D.1 Escadas para mezaninos e áreas privativas

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.5.1 Podem ser aceitas escadas em leque, em espiral ou de lances retos, desde que: 5.7.5.1 a. A população seja inferior a 20 pessoas 5.7.5.1 a. Sua altura não seja superior a 3,7 m 5.7.5.1 b. Tenha largura mínima de 0,80 m 5.7.5.1 c. Tenha os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de

coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e que permaneçam antiderrapantes com o uso

5.7.5.1 d. Seja dotada de corrimãos, bastando nesses casos, apenas um corrimão nas escadas com até 1,10 m de largura e dispensando-se corrimãos intermediários

5.7.5.1 e. Seja dotada de guardas em seus lados abertos 5.7.5.1 f. Atenda ao prescrito no item 5.7.3 (dimensionamento dos degraus, conforme

fórmula de Blondel, balanceamento e outros)

5.7.3.1 c. Balanceamento dos degraus de escadas com lanço curvo (escada em leque) ou em espiral: a medida do degrau (largura do degrau) será feita segundo a linha de percurso e a parte mais estreita desses degraus ingrauxidos não tenha menos de 15 cm para lanço curvo (ver Figura 5 da IT 11) e 7 cm para espiral

Nota: 1) Admitem-se as seguintes alturas máximas (h) dos degraus respeitando, porém, sempre a fórmula de

Blondel: a. Ocupações dos grupos A, B, C, D, E, F e G: h = 20cm b. Ocupações do grupo H: h = 19cm c. Ocupações dos grupos I, J, L e M: h = 23cm

5.7.5.1 f. Nas escadas curvas (escadas em leque), dispensa-se a aplicação da fórmula dos patamares (5.7.3.3), bastando que o patamar tenha um mínimo de 0,80 m

D.2 Escadas em edificações em construção

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.6 Devem ser construídas concomitantemente com a execução da estrutura, permitindo a fácil evacuação da obra e o acesso dos bombeiros

D.3 Escadas à prova de fumaça pressurizadas (PFP)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.11 Podem sempre substituir as escadas enclausuradas protegidas (EP) e as escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF), devendo atender a todas as exigências da IT 13 – Pressurização de escada de segurança

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 06/20

V. Saídas de emergência (IT 11) D.4 Escadas não enclausuradas ou escada comum (NE) Exigida/projetada? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.1.1 a. Devem ser constituídas com material estrutural e de compartimentação incombustível

5.7.1.1 b. Devem oferecer resistência ao fogo nos elementos estruturais, conforme IT 08 5.7.1.1 c. Devem atender às condições específicas estabelecidas na IT 10, quanto aos

materiais de acabamento e revestimento utilizados

5.7.1.1 d. Devem ser dotadas de guardas em seus lados abertos 5.7.1.1 d. Devem ser dotadas de corrimãos em ambos os lados 5.7.1.1 e. Deve ser acrescida a iluminação de emergência e sinalização de balizamento,

conforme IT 18 e IT 20, indicando a rota de fuga e descarga

5.7.1.1 f. Devem ter os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e que permaneçam antiderrapantes com o uso

5.7.1.1 i. e 5.5.1.2

Devem permanecer livres de quaisquer obstáculos, tais como móveis divisórias móveis, locais para exposição de mercadorias e outros, de forma permanente, mesmo quando o prédio esteja supostamente fora de uso

a. Observações sobre largura

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.2 a. Deve ser proporcional ao número de pessoas que por ela deva transitar em caso de emergência (dimensionamento conforme item 5.4 e requisitos acima)

5.7.2 b. Deve ser medida no ponto mais estreito da escada ou patamar, excluindo os corrimãos (mas não as guardas ou balaustradas), que podem se projetar até 10 cm de cada lado, sem obrigatoriedade de aumento na largura das escadas

5.7.2 c. Quando se desenvolver em lanços paralelos, deve ter espaço mínimo de 10 cm entre eles, para permitir localização de guarda ou fixação do corrimão

b. Dimensionamento de degraus

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.3.1 a. Devem ter altura (h) compreendida entre 16 cm e 18 cm, com tolerância de 0,5cm (vide figura 4 da IT 11)

5.7.3.1 b. Devem ter largura (b) dimensionada pela fórmula de Blondel: 63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm (vide figura 4 da IT 11)

5.7.3.1 d. Devem ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais 5.7.3.1 d. Podem ter, em lanços sucessivos, diferenças entre as alturas de no máximo

5mm

5.7.3.1 e. e f.

Devem ter balanço ou bocel (nariz) da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com o valor máximo de 1,5 cm (vide figura 4 da IT 11)

c. Dimensionamento de patamares

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.3.2 Deve haver 1 patamar a cada lanço de escada ou rampa de no máximo 3,7 m de altura

5.7.3.2 Quando houver menos de 3 degraus entre patamares, estes devem ser sinalizados na borda e deve ser prevista iluminação de emergência de aclaramento, acima deles

5.7.3.3 a. Quando se tratar de escada reta o comprimento dos patamares (p) deve ser dado pela fórmula: p = (2h + b)n + b, sendo: (vide figura 6 da IT 11) h a altura do degrau da escada; b a largura do degrau da escada; e n é um número inteiro (1, 2 ou 3), medido na direção do trânsito

5.7.3.3 b. Quando houver mudança de direção o comprimento dos patamares dever ser, no mínimo, igual à largura da escada ou rampa

5.7.3.4 Deve haver patamares com comprimento mínimo igual à largura da folha da porta em ambos os lados de seu vão

Page 261: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 07/20

V. Saídas de emergência (IT 11) D.5 Escadas enclausuradas protegidas (EP) Exigida/projetada? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.1.1 a. Devem ser constituídas com material estrutural e de compartimentação incombustível

5.7.1.1 b. Devem oferecer resistência ao fogo nos elementos estruturais, conforme IT 08 5.7.1.1 c. Devem atender às condições específicas estabelecidas na IT 10, quanto aos

materiais de acabamento e revestimento utilizados

5.7.1.1 d. Devem ser dotadas de guardas em seus lados abertos 5.7.1.1 d. Devem ser dotadas de corrimãos em ambos os lados 5.7.1.1 e. Devem atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga 5.7.1.1 e. Devem terminar obrigatoriamente no piso de descarga, não podendo ter

comunicação direta com outro lanço na mesma prumada (vide figura 3 da IT 11)

5.7.1.1 e. Devem ter compartimentação, conforme a IT 09, na divisão entre os lanços ascendente e descendente em relação ao piso de descarga

5.7.1.1 g. Quando houver duas ou mais escadas enclausuradas de emergência ocupando a mesma caixa de escada (volume), deve haver compartimentação entre elas, de acordo com a IT 09

5.7.1.1 f. Devem ter os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e que permaneçam antiderrapantes com o uso

5.7.1.1 i. e 5.5.1.2

Devem permanecer livres de quaisquer obstáculos, tais como móveis divisórias móveis, locais para exposição de mercadorias e outros, de forma permanente, mesmo quando o prédio esteja supostamente fora de uso

a. Observações sobre largura

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.2 a. Deve ser proporcional ao número de pessoas que por ela deva transitar em caso de emergência (dimensionamento conforme item 5.4 e requisitos acima)

5.7.2 b. Deve ser medida no ponto mais estreito da escada ou patamar, excluindo os corrimãos (mas não as guardas ou balaustradas), que podem se projetar até 10 cm de cada lado, sem obrigatoriedade de aumento na largura das escadas

5.7.2 c. Quando se desenvolver em lanços paralelos, deve ter espaço mínimo de 10 cm entre eles, para permitir localização de guarda ou fixação do corrimão

b. Dimensionamento de degraus

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.3.1 a. Devem ter altura (h) compreendida entre 16 cm e 18 cm, com tolerância de 0,5cm (vide figura 4 da IT 11)

5.7.3.1 b. Devem ter largura (b) dimensionada pela fórmula de Blondel: 63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm (vide figura 4 da IT 11)

5.7.3.1 d. Devem ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais 5.7.3.1 d. Podem ter, em lanços sucessivos, diferenças entre as alturas de no máximo

5mm

5.7.3.1 e. e f.

Devem ter balanço ou bocel (nariz) da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com o valor máximo de 1,5 cm (vide figura 4 da IT 11)

c. Dimensionamento de patamares

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.3.2 Deve haver 1 patamar a cada lanço de escada ou rampa de no máximo 3,7 m de altura

5.7.3.2 Quando houver menos de 3 degraus entre patamares, estes devem ser sinalizados na borda e deve ser prevista iluminação de emergência de aclaramento, acima deles

5.7.3.3 a. Quando se tratar de escada reta o comprimento dos patamares (p) deve ser dado pela fórmula: p = (2h + b)n + b, sendo: (vide figura 6 da IT 11) h a altura do degrau da escada; b a largura do degrau da escada; e n é um número inteiro (1, 2 ou 3), medido na direção do trânsito

5.7.3.3 b. Quando houver mudança de direção o comprimento dos patamares dever ser, no mínimo, igual à largura da escada ou rampa

5.7.3.4 Deve haver patamares com comprimento mínimo igual à largura da folha da porta em ambos os lados de seu vão

Page 262: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 08/20

V. Saídas de emergência (IT 11) D.5 Escadas enclausuradas protegidas (EP) d. Caixas das escadas

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.4.1 Devem ter acabamento liso em suas paredes, guardas, acessos e descargas 5.7.4.2 Não podem ser utilizadas como depósitos ou para guarda de lixeiras, mesmo

por curto espaço de tempo, nem para a localização de quaisquer móveis ou equipamentos

5.7.4.3 Não podem existir aberturas para tubulações de lixo, passagem para rede elétrica, centros de distribuição elétrica, armários para medidores de gás e assemelhados

5.7.4.4 e 5.7.8.1 a.

Devem possuir paredes com Tempo de Resistência ao Fogo de, no mínimo, 120 minutos

5.7.4.5 Escadas metálicas: devem possuir pontos de fixação na caixa de escada com Tempo de Resistência ao Fogo de, no mínimo, 120 minutos

5.7.8.1 b. Devem ter as portas de acesso a esta caixa de escada do tipo corta-fogo (PCF), com resistência de 90 minutos de fogo

e. Ventilação e janelas

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

Ventilação permanente inferior 5.7.8.1 e. Devem ser dotadas de ventilação permanente inferior, com área mínima de

1,20 m² e largura mínima de 0,80 m

5.7.8.1 e. A ventilação permanente inferior deve ficar junto ao solo da caixa da escada, podendo ser no piso do pavimento térreo ou no patamar intermediário entre o pavimento térreo e o pavimento imediatamente superior, desde que permita a entrada de ar puro, em condições análogas à tomada de ar dos dutos de ventilação

Ventilação superior 5.7.8.1 d. Devem ser dotadas de janela que permita a ventilação em seu término

superior, com área mínima de 0,80 m²

5.7.8.1 d. A janela de ventilação superior deve estar localizada, no término da escada, na parede junto ao teto ou no máximo a 20 cm deste

Ventilação nos demais pavimentos e requisitos de janelas 5.7.8.1 c. Devem ser dotadas, em todos os pavimentos (exceto no da descarga, onde

isto é facultativo), de janelas abrindo para o espaço livre exterior, atendendo ao previsto no item 5.7.8.2 (ver itens abaixo)

5.7.8.2 a. As janelas das escadas protegidas devem estar situadas junto ao teto ou, no máximo, a 20 cm deste, estando o peitoril no mínimo a 1,10 m acima do piso do patamar ou degrau adjacente

5.7.8.2 a. As janelas das escadas protegidas devem ter largura mínima de 0,80 m, podendo ser aceitas na posição centralizada, acima dos lances de degraus

5.7.8.2 b. As janelas das escadas protegidas devem ter área de ventilação efetiva mínima de 0,80 m² em cada pavimento

5.7.8.2 c. As janelas das escadas protegidas devem ser dotadas de venezianas ou outro material que assegure a ventilação permanente

5.7.8.2 c. As janelas das escadas protegidas devem distar pelo menos 3 m, em projeção diagonal, de qualquer outra abertura, no mesmo nível Obs.: Essa distância pode ser reduzida para 2 m em aberturas instaladas em banheiros, vestiários ou áreas de serviço

5.7.8.2 c. As janelas das escadas protegidas devem ter distância de 1,40 m, de qualquer outra abertura, desde que estejam no mesmo plano de parede e no mesmo nível

5.7.8.2 d. As janelas das escadas protegidas devem ser construídas em perfis metálicos reforçados, sendo vedado o uso de perfis ocos, chapa dobrada, madeira, plástico e outros

5.7.8.2 e. Os caixilhos podem ser do tipo basculante, junto ao teto, sendo vedados os tipos em eixo vertical e “máxiar”

5.7.8.2 e. Os caixilhos devem ser fixados na posição aberta

Page 263: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 09/20

V. Saídas de emergência (IT 11) D.5 Escadas enclausuradas protegidas (EP) f. Impossibilidade de colocação de janelas (alternativas)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.8.3 a. Os corredores de acesso devem ser ventilados por janelas, com distâncias de outras aberturas a no máximo 5 m da porta da escada, abrindo para o espaço livre exterior, com área mínima de 0,80 m², largura mínima de 0,80 m, situadas junto ao teto ou, no mínimo, a 20 cm deste, devendo ainda prever no topo da caixa de escada uma janela de ventilação ou alçapão para saída da fumaça; ou

5.7.8.3 b. Os corredores de acesso devem ter sua ligação com a caixa da escada por meio de antecâmaras ventiladas, executadas nos moldes do especificado no item 5.7.9.2 ou 5.7.10 (dutos ou balcões, varandas ou terraços – ver itens abaixo)

Page 264: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 10/20

V. Saídas de emergência (IT 11) D.6 Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF) Exigida/projetada? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.1.1 a. Devem ser constituídas com material estrutural e de compartimentação incombustível

5.7.1.1 b. Devem oferecer resistência ao fogo nos elementos estruturais, conforme IT 08 5.7.1.1 c. Devem atender às condições específicas estabelecidas na IT 10, quanto aos

materiais de acabamento e revestimento utilizados

5.7.1.1 d. Devem ser dotadas de guardas em seus lados abertos 5.7.1.1 d. Devem ser dotadas de corrimãos em ambos os lados 5.7.1.1 e. Devem atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga 5.7.1.1 e. Devem terminar obrigatoriamente no piso de descarga, não podendo ter

comunicação direta com outro lanço na mesma prumada (vide figura 3 da IT 11)

5.7.1.1 e. Devem ter compartimentação, conforme a IT 09, na divisão entre os lanços ascendente e descendente em relação ao piso de descarga

5.7.1.1 g. Quando houver duas ou mais escadas enclausuradas de emergência ocupando a mesma caixa de escada (volume), deve haver compartimentação entre elas, de acordo com a IT 09

5.7.1.1 f. Devem ter os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e que permaneçam antiderrapantes com o uso

5.7.1.1 i. e 5.5.1.2

Devem permanecer livres de quaisquer obstáculos, tais como móveis divisórias móveis, locais para exposição de mercadorias e outros, de forma permanente, mesmo quando o prédio esteja supostamente fora de uso

a. Observações sobre largura

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.2 a. Deve ser proporcional ao número de pessoas que por ela deva transitar em caso de emergência (dimensionamento conforme item 5.4 e requisitos acima)

5.7.2 b. Deve ser medida no ponto mais estreito da escada ou patamar, excluindo os corrimãos (mas não as guardas ou balaustradas), que podem se projetar até 10 cm de cada lado, sem obrigatoriedade de aumento na largura das escadas

5.7.2 c. Quando se desenvolver em lanços paralelos, deve ter espaço mínimo de 10 cm entre eles, para permitir localização de guarda ou fixação do corrimão

b. Dimensionamento de degraus

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.3.1 a. Devem ter altura (h) compreendida entre 16 cm e 18 cm, com tolerância de 0,5cm (vide figura 4 da IT 11)

5.7.3.1 b. Devem ter largura (b) dimensionada pela fórmula de Blondel: 63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm (vide figura 4 da IT 11)

5.7.3.1 d. Devem ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais 5.7.3.1 d. Podem ter, em lanços sucessivos, diferenças entre as alturas de no máximo

5mm

5.7.3.1 e. e f.

Devem ter balanço ou bocel (nariz) da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com o valor máximo de 1,5 cm (vide figura 4 da IT 11)

c. Dimensionamento de patamares

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.3.2 Deve haver 1 patamar a cada lanço de escada ou rampa de no máximo 3,7 m de altura

5.7.3.2 Quando houver menos de 3 degraus entre patamares, estes devem ser sinalizados na borda e deve ser prevista iluminação de emergência de aclaramento, acima deles

5.7.3.3 a. Quando se tratar de escada reta o comprimento dos patamares (p) deve ser dado pela fórmula: p = (2h + b)n + b, sendo: (vide figura 6 da IT 11) h a altura do degrau da escada; b a largura do degrau da escada; e n é um número inteiro (1, 2 ou 3), medido na direção do trânsito

5.7.3.3 b. Quando houver mudança de direção o comprimento dos patamares dever ser, no mínimo, igual à largura da escada ou rampa

5.7.3.4 Deve haver patamares com comprimento mínimo igual à largura da folha da porta em ambos os lados de seu vão

Page 265: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 11/20

V. Saídas de emergência (IT 11) D.6 Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF) d. Caixas das escadas

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.4.1 Devem ter acabamento liso em suas paredes, guardas, acessos e descargas 5.7.4.2 Não podem ser utilizadas como depósitos ou para guarda de lixeiras, mesmo

por curto espaço de tempo, nem para a localização de quaisquer móveis ou equipamentos

5.7.4.3 Não podem existir aberturas para tubulações de lixo, passagem para rede elétrica, centros de distribuição elétrica, armários para medidores de gás e assemelhados

5.7.4.4 e 5.7.8.1 a.

Devem possuir paredes com Tempo de Resistência ao Fogo de, no mínimo, 120 minutos

5.7.4.5 Escadas metálicas: devem possuir pontos de fixação na caixa de escada com Tempo de Resistência ao Fogo de, no mínimo, 120 minutos

5.7.9.1 c. Devem ser providas de portas corta-fogo (PCF) com resistência de 60 minutos ao fogo

5.7.9.1 b. Devem ter ingresso por: Antecâmaras ventiladas (por dutos) Terraços ou balcões D.6.1 Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF) Ventilada por dutos

Exigida/projetada? Sim Não

a) Antecâmaras ventiladas (por dutos) – ver figura 9 da IT 11

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.9.2 a. Devem ter comprimento mínimo de 1,80 m 5.7.9.2 b. Devem ter pé-direito mínimo de 2,50 m 5.7.9.2 i. Devem ter paredes resistentes ao fogo por, no mínimo, 120 minutos 5.7.9.2 c. Devem ser dotadas de porta corta-fogo (PCF) na entrada e na comunicação da

caixa da escada, com resistência de 60 minutos de fogo cada

5.7.9.2 d. Devem ser ventiladas por dutos de entrada e saída de ar, os quais devem ficar entre as PCFs para garantia da ventilação

5.7.9.2 e. Devem ter a abertura de entrada de ar do duto respectivo situada junto ao piso ou, no máximo, a 20 cm deste, com área mínima de 0,84 m² e, quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões

5.7.9.2 f. Devem ter a abertura de saída de ar do duto respectivo situada junto ao teto ou, no máximo, a 20 cm deste, com área mínima de 0,84 m² e, quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões

5.7.9.2 g. Devem ter, entre as aberturas de entrada e de saída de ar, a distância vertical mínima de 30 cm, medida entre a base inferior da abertura superior e a base superior da abertura inferior

5.7.9.2 h. Devem ter a abertura de entrada de ar (DE) situada, no máximo, a uma distância horizontal de 3 m, medida em planta, da porta de entrada da escada

5.7.9.2 h. Devem ter a abertura de saída de gases e fumaça (DS), no máximo, a uma distância horizontal de 3 m, medida em planta, da porta de entrada da antecâmara

5.7.9.2 j. As aberturas dos dutos de entrada de ar e saída de gases e fumaças das antecâmaras devem ser guarnecidas por telas de arame, com espessura dos fios superior ou igual a 3 mm e malha com dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5cm

Antecâmara nos subsolos e pavimentos inferiores 5.7.9.3 A antecâmara nos subsolos e pavimentos inferiores, até 12 m de altura

descendente, terá apenas o duto de saída de fumaça

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 12/20

V. Saídas de emergência (IT 11) D.6.1 Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF) Ventilada por dutos

Exigida/projetada? Sim Não

b) Dutos de ventilação natural – ver figura 10 da IT 11 b.1) Dutos de saída de gases e fumaça (DS)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.9.5.3 a. Devem ter paredes resistentes, no mínimo, a 120 minutos de fogo 5.7.9.5.3 c. Devem ter paredes com revestimento interno liso 5.7.9.5.2 a. Devem ter aberturas somente nas paredes que dão para as antecâmaras 5.7.9.5.2 b. Devem ter secção mínima calculada pela expressão abaixo, porém nunca

inferior a 0,84 m²: s = 0,105 x n, onde: s = secção mínima em m² n = número de antecâmaras ventiladas pelo duto

5.7.9.5.2 c. Devem ter área mínima de 0,84 m², largura mínima de 0,80 m, e, quando de secção retangular, obedecer à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões

5.7.9.5.2 d. Devem elevar-se, no mínimo, 3 m acima do eixo da abertura da antecâmara do último pavimento servido pelo eixo

5.7.9.5.2 d. Devem ter seu topo situado 1 m acima de qualquer elemento construtivo existente sobre a cobertura e de preferência totalmente aberto

5.7.9.5.2 e. Quando não forem totalmente abertos no topo, devem possuir aberturas de saída de ar com área efetiva superior ou igual a 1,5 vezes a área da secção do duto, guarnecidas ou não por venezianas ou equivalente, devendo essas aberturas ser dispostas em pelo menos duas faces opostas com área nunca inferior a 1 m² cada uma, e situadas em nível superior a qualquer elemento construtivo do prédio (reservatórios, casas de máquinas, cumeeiras, muretas e outros)

5.7.9.5.2 f. Não devem ser utilizados para a instalação de quaisquer equipamentos ou canalizações

5.7.9.5.2 g. Devem ser fechados na base

b.2) Dutos de entrada de ar (DE)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.9.5.4 a. Devem ter paredes resistentes ao fogo por 120 minutos, no mínimo 5.7.9.5.4 b. Devem ter revestimento interno liso 5.7.9.5.2 a. Devem ter aberturas somente nas paredes que dão para as antecâmaras 5.7.9.5.2 b. Devem ter secção mínima calculada pela expressão abaixo, porém nunca

inferior a 0,84 m²: s = 0,105 x n, onde: s = secção mínima em m² n = número de antecâmaras ventiladas pelo duto

5.7.9.5.2 c. Devem ter área mínima de 0,84 m², largura mínima de 0,80 m, e, quando de secção retangular, obedecer à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões

5.7.9.5.2 f. Não devem ser utilizados para a instalação de quaisquer equipamentos ou canalizações

5.7.9.5.4 d. Devem ser totalmente fechados em sua extremidade superior 5.7.9.5.6 Devem ter sua tomada de ar, de preferência, ao nível do solo ou abaixo deste,

longe de qualquer eventual fonte de fumaça em caso de incêndio

5.7.9.5.4 e. Devem ter abertura em sua extremidade inferior ou junto ao teto do 1º pavimento, possuindo acesso direto ao exterior que assegure a captação de ar fresco respirável, devendo esta abertura ser guarnecida por telas de arame, com espessura dos fios superior ou igual a 3 mm e malha com dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm; que não diminua a área efetiva de ventilação

5.7.9.5.5 a. Em edificações com altura igual ou inferior a 30 m: a secção da parte horizontal inferior do duto de entrada de ar deve ser, no mínimo, igual à do duto

5.7.9.5.5 b. No caso de edificações com mais de 30 m de altura: a secção da parte horizontal inferior do duto de entrada de ar deve ser igual a 1,5 vez a área da secção do trecho vertical do duto de entrada de ar

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 13/20

V. Saídas de emergência (IT 11) D.6.2 Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF) Ventilada balcões, varandas ou terraços

Exigida/projetada? Sim Não

a) Acesso por balcões, varandas e terraços – ver figura 11 da IT 11

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.10.5 d. As antecâmaras devem ter comprimento mínimo de 1,80 m 5.7.10.5 d. As antecâmaras devem ter pé-direito mínimo de 2,50 m 5.7.10.1 a. Devem ser dotados de portas corta-fogo na entrada e na saída com resistência

mínima de 60 minutos

5.7.10.1 b. Devem ter guarda de material incombustível e não vazada com altura mínima de 1,30m

5.7.10.1 c. Devem ter piso praticamente em nível ou em desnível máximo de 3 cm dos compartimentos internos do prédio e da caixa de escada enclausurada

5.7.10.5 g. Os pisos de balcão, varandas e terraços devem ser antiderrapantes 5.7.10.5 a. Se houver janela com ventilação permanente para no balcão, sua área efetiva

mínima de ventilação deve ser de 1,5m²

5.7.10.1 d. Em se tratando de terraço a céu aberto, não situado no último pavimento, o acesso deve ser protegido por marquise com largura mínima de 1,10m

5.7.10.2 Devem possuir distância horizontal entre o paramento externo das guardas dos balcões, varandas e terraços que sirvam para ingresso às escadas enclausuradas à prova de fumaça e qualquer outra abertura desprotegida do próprio prédio ou das divisas do lote de, no mínimo, um terço da altura da edificação, ressalvado o estabelecido no item 5.7.10.3, porém nunca a menos de 3m (vide figura 11 da IT 11)

5.7.10.4 Será aceita uma distância de 1,20 m, para qualquer altura da edificação, entre a abertura desprotegida do próprio prédio até o paramento externo do balcão, varanda ou terraço para o ingresso na escada enclausurada à prova de fumaça (PF), desde que entre elas seja interposta uma parede com TRF mínimo de 120 minutos (vide figura 11 da IT 11)

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 14/20

V. Saídas de emergência (IT 11) D.7 Escada aberta externa (AE) (figuras 12 e 13) Exigida/projetada? Sim Não

Notas: 1) As escadas abertas externas (AE) podem substituir os demais tipos de escadas; 2) As escadas abertas externas (AE) só serão admitidas para edificações com altura até 45 m.

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.12.1 e 5.7.1.1 a.

Devem ser constituídas com material estrutural e de compartimentação incombustível

5.7.12.1 e 5.7.1.1 b.

Devem oferecer resistência ao fogo nos elementos estruturais, conforme IT 08

5.7.12 g. A estrutura portante da escada aberta externa deverá ser construída em material incombustível, atendendo aos critérios estabelecidos na IT 08, com TRRF de 120 min;

5.7.12.1 e 5.7.1.1 c.

Devem atender às condições específicas estabelecidas na IT 10, quanto aos materiais de acabamento e revestimento utilizados

5.7.12 d. Entre a escada aberta e a fachada da edificação deverá ser interposta outra parede com TRRF mínimo de 120 min

5.7.12 a. Devem ter seu acesso provido de porta corta-fogo com resistência mínima de 90 min

5.7.12 c. Devem atender tão somente aos pavimentos acima do piso de descarga, terminando obrigatoriamente neste

5.7.12.1e 5.8.1.3

Devem ser dotadas de guardas em seus lados abertos com alturas de no mínimo 1,30 m

5.7.12.1e 5.8.2

Devem ser dotadas de corrimãos em ambos os lados

5.7.12.1 e 5.7.1.1 f.

Devem ter os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e que permaneçam antiderrapantes com o uso

5.7.12.1 e 5.7.1.1 i.

Devem permanecer livres de quaisquer obstáculos, tais como móveis divisórias móveis, locais para exposição de mercadorias e outros, de forma permanente, mesmo quando o prédio esteja supostamente fora de uso

5.7.12 e. Em edificação com altura inferior ou igual a 12 m: deverá manter distância mínima de 3 m de toda abertura desprotegida do próprio prédio (ver figuras 12 e 13)

5.7.12 e. Em edificação com altura superior a 12 m: deverá manter distância mínima de 8 m de toda abertura desprotegida do próprio prédio (ver figuras 12 e 13)

5.7.12 f. Distância do paramento externo da escada aberta até o limite de outra edificação no mesmo terreno ou limite da propriedade: deverá atender aos critérios adotados na IT 07 – Separação entre edificações

5.7.12 h. Se existirem aberturas de shafts, dutos ou outras aberturas verticais tangenciando a projeção da escada aberta externa, elas deverão ser delimitadas por paredes estanques nos termos da IT 08

a. Observações sobre largura

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.2 a. Deve ser proporcional ao número de pessoas que por ela deva transitar em caso de emergência (dimensionamento conforme item 5.4 e requisitos acima)

5.7.2 b. Deve ser medida no ponto mais estreito da escada ou patamar, excluindo os corrimãos (mas não as guardas ou balaustradas), que podem se projetar até 10 cm de cada lado, sem obrigatoriedade de aumento na largura das escadas

5.7.2 c. Quando se desenvolver em lanços paralelos, deve ter espaço mínimo de 10 cm entre eles, para permitir localização de guarda ou fixação do corrimão

b. Dimensionamento de degraus

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.3.1 a. Devem ter altura (h) compreendida entre 16 cm e 18 cm, com tolerância de 0,5cm (vide figura 4 da IT 11)

5.7.3.1 b. Devem ter largura (b) dimensionada pela fórmula de Blondel: 63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm (vide figura 4 da IT 11)

5.7.3.1 d. Devem ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais 5.7.3.1 d. Podem ter, em lanços sucessivos, diferenças entre as alturas de no máximo

5mm

5.7.3.1 e. e f.

Devem ter balanço ou bocel (nariz) da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com o valor máximo de 1,5 cm (vide figura 4 da IT 11)

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 15/20

V. Saídas de emergência (IT 11) D.7 Escada aberta externa (AE) c. Dimensionamento de patamares

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.3.2 Deve haver 1 patamar a cada lanço de escada ou rampa de no máximo 3,7 m de altura

5.7.3.2 Quando houver menos de 3 degraus entre patamares, estes devem ser sinalizados na borda e deve ser prevista iluminação de emergência de aclaramento, acima deles

5.7.3.3 a. Quando se tratar de escada reta o comprimento dos patamares (p) deve ser dado pela fórmula: p = (2h + b)n + b, sendo: (vide figura 6 da IT 11) h a altura do degrau da escada; b a largura do degrau da escada; e n é um número inteiro (1, 2 ou 3), medido na direção do trânsito

5.7.3.3 b. Quando houver mudança de direção o comprimento dos patamares dever ser, no mínimo, igual à largura da escada ou rampa

5.7.3.4 Deve haver patamares com comprimento mínimo igual à largura da folha da porta em ambos os lados de seu vão

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 16/20

V. Saídas de emergência (IT 11) E. Rampas - obrigatoriedade Exigida/projetada? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.6.1 a. Em edificações das divisões H-2 (Local onde pessoas requerem cuidados especiais por limitações físicas ou mentais) e H-3 (Hospital e assemelhado) para interligar áreas de refúgio em níveis diferentes no mesmo pavimento

5.6.1 b. Na descarga e acesso de elevadores de emergência 5.6.1 c. Quando a altura a ser vencida não permitir o dimensionamento equilibrado

dos degraus de uma escada

5.6.1 d. Para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das edificações (NBR 9050), quando houver desnível

E.1 Rampas - classificação Não Enclausurada (NE) Enclausurada Protegida (EP) A Prova de Fumaça (PF) A Prova de Fumaça Pressurizada (PFP) Aberta Externa (AE) Nota: 1) Deve atender as condições específicas a cada tipo, similar as escadas. E.2 Rampas - condições de atendimento

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.1.1 a. Devem ser constituídas com material estrutural e de compartimentação incombustível

5.7.1.1 b. Devem oferecer resistência ao fogo nos elementos estruturais, conforme IT 08 5.7.1.1 c. Devem atender às condições específicas estabelecidas na IT 10, quanto aos

materiais de acabamento e revestimento utilizados

5.7.1.1 d. e 5.6.2.7

Devem ser dotadas de guardas em seus lados abertos

5.7.1.1 d. e 5.6.2.7

Devem ser dotadas de corrimãos em ambos os lados

5.7.1.1 e. Devem atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga 5.7.1.1 e. Devem terminar obrigatoriamente no piso de descarga, não podendo ter

comunicação direta com outro lanço na mesma prumada

5.7.1.1 e. Devem ter compartimentação, conforme a IT 09, na divisão entre os lanços ascendente e descendente em relação ao piso de descarga, exceto para rampas tipo NE (comum), onde deve ser acrescida a iluminação de emergência e sinalização de balizamento (IT 18 e 20), indicando a rota de fuga e descarga

5.7.1.1 g. Quando houver duas ou mais rampas enclausuradas de emergência ocupando a mesma caixa de rampa (volume), deve haver compartimentação entre elas, de acordo com a IT 09

5.7.1.1 f. e 5.6.2.6

Devem ter os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e que permaneçam antiderrapantes com o uso

5.6.2.2 Não podem terminar em degraus ou soleiras 5.6.2.4 Não podem preceder um lanço de escada, no sentido descendente de saída 5.6.2.4 Podem suceder um lanço de escada, no sentido descendente de saída, a

exceção das divisões H-2 e H-3

5.6.2.4.1 Para edificações das divisões H-2 e H-3, as rampas não podem proceder ou suceder ao lanço de escada

5.6.2.2 Devem ser precedidas e sucedidas sempre por patamares planos 5.6.2.3 Os patamares das rampas devem ser sempre em nível, tendo comprimento

mínimo de 1,20 m, medidos na direção do trânsito

5.6.2.3 Os patamares são obrigatórios sempre que houver mudança de direção ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,7 m

5.6.2.5 Não é permitida a colocação de portas em rampas 5.6.2.5 As portas devem estar situadas sempre em patamares planos, com largura

não inferior à da folha da porta de cada lado do vão

5.6.2.8 Devem ser sinalizadas e iluminadas, de acordo com o estabelecido na IT 18 – Iluminação de emergência e na IT 20 – Sinalização de emergência, indicando os acessos, ausência de obstáculos e outros

5.6.3.1 Devem possuir declividade de acordo com o prescrito na NBR 9050

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 17/20

V. Saídas de emergência (IT 11) F. Guardas e corrimãos F.1 Guarda-corpos e balaústres

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.8.1.1 Devem proteger ambos os lados das saídas de emergência, corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas e outros sempre que houver qualquer desnível maior de 19 cm, não protegido por paredes

5.8.1.2 Devem possuir altura mínima de 1,10 m, medida internamente, ao longo dos patamares, escadas, corredores, mezaninos e outros, medida verticalmente do topo da guarda a uma linha que una as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus

5.8.1.3 Para escadas aberta externa (AE): a altura deve ser de no mínimo 1,3 m, de seus patamares, de balcões e assemelhados

5.8.1.4 a. As guardas vazadas devem ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, grades, telas, vidros de segurança (laminados ou aramados) e outros, de modo que uma esfera de 15 cm de diâmetro não possa passar por nenhuma abertura

5.8.1.4 b. As guardas vazadas devem ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias ou quaisquer elementos que possam enganchar em roupas

5.8.1.4 c. As guardas vazadas devem ser constituídas por materiais não estilhaçáveis, exigindo-se o uso de vidros aramados ou de segurança laminados, se for o caso

5.8.3.1 a. Devem resistir a cargas transmitidas por corrimãos nelas fixados ou calculadas para resistir a uma força horizontal de 730 N/m aplicada a 1,10 m de altura (adota-se a condição que conduzir a maiores tensões) (ver figura 16 da IT 11)

5.8.3.1 b. Devem ter seus painéis, longarinas, balaústres e assemelhados calculados para resistir a uma carga horizontal de 1,20 kPa aplicada à área bruta da guarda ou equivalente da qual façam parte ver figura 16 da IT 11)

F.2 Corrimãos Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.8.2.1 Devem ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampas, 5.8.2.1 Devem estar situados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso, sendo em

escadas, essa medida tomada verticalmente do topo da corrimão a uma linha que una as pontas dos bocéis ou quinas dos degraus

5.8.2.2 Em escolas, jardins de infância e assemelhados, deve haver corrimãos nas alturas indicadas para os respectivos usuários, além do corrimão principal

5.8.2.3 Devem ser projetados de forma a poderem ser agarrados fáceis e confortavelmente

5.8.2.3 Devem permitir um contínuo deslocamento da mão ao longo de toda a sua extensão, sem encontrar quaisquer obstruções, arestas ou soluções de continuidade

5.8.2.3 No caso de secção circular, seu diâmetro deve variar entre 38 mm e 65 mm 5.8.2.4 Devem estar afastados 40 mm, no mínimo, das paredes ou guardas às quais

forem fixados

5.8.2.4 Devem ter largura máxima de 65 mm 5.8.2.5 Não podem ser constituídos por elementos com arestas vivas, tábuas largas e

outros, em saídas de emergência

5.8.2.6 Devem ser contínuos, sem interrupção nos patamares 5.8.2.6 Devem se prolongar, sempre que for possível, pelo menos 30 cm do início e

término da escada, com suas extremidades voltadas para a parede ou com solução alternativa

5.8.2.7 Nas rampas devem ser instalados a duas alturas: 0,92 m e 0,70 m do piso acabado

5.8.4.1 Em escadas com mais de 2,20 m de largura devem ter corrimãos intermediários, no máximo, a cada 1,80 m e com no mínimo 1,10 m de largura entre os corrimãos

5.8.4.1 No caso de escadas largas em ocupações dos tipos H-2 e H-3, utilizadas por pessoas muito idosas e portadores de necessidades especiais, que exijam apoio com ambas as mãos em corrimãos, pode ser previsto, uma unidade de passagem especial com 69 cm entre corrimãos

5.8.4.2 As extremidades dos corrimãos intermediários devem ser dotadas de balaústres ou outros dispositivos para evitar acidentes

5.8.3.2 Devem ser calculados para resistir a uma carga de 900 N, aplicada em qualquer ponto deles, verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos os sentidos

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 18/20

V. Saídas de emergência (IT 11) G. Elevadores de emergência - obrigatoriedade Exigido/projetado? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.9.1 a Edificações residenciais A-2 e A-3 com altura superior a 80 m 5.9.1 a Demais ocupações com altura superior a 60 m, excetuadas a ocupação G-1, e

em torres exclusivamente monumentais de ocupação F-2

5.9.1 b Ocupações institucionais H-2 e H-3, sempre que sua altura ultrapassar 12 m 5.9.1 b Para ocupações institucionais H-2 e H-3, deve haver um elevador de

emergência para cada área de refúgio

G.1 Elevadores de emergência - exigências

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.9.2 a. Deve ter sua caixa enclausurada por paredes resistentes a 120 minutos de fogo, independente dos elevadores de uso comum

5.9.2 b. Deve ter suas portas metálicas abrindo para antecâmara ventilada, para varanda, para hall enclausurado e pressurizado, para patamar de escada pressurizada ou local análogo do ponto de vista de segurança contra fogo e fumaça

5.11.1.5 Se o elevador de emergência estiver ligado ao hall de descarga, deve ser agregado à largura desta uma unidade de saída (0,55 m)

5.9.2 c. Deve ter circuito de alimentação de energia elétrica com chave própria independente da chave geral do edifício

5.9.2 c. Este circuito deve possuir chave reversível no piso da descarga, que possibilite que ele seja ligado a um gerador externo na falta de energia elétrica na rede pública

5.9.2 d. Deve estar ligado a um grupo moto gerador (GMG) de emergência 5.9.2.3 As caixas de corrida (poço) e casas de máquinas dos elevadores de

emergência devem ser enclausuradas e totalmente isoladas das caixas de corrida e casas de máquinas dos demais elevadores

5.9.2.3 A caixa de corrida (poço) deve ter abertura de ventilação permanente em sua parte superior, com área mínima de 0,80 m², localizada na parede junto ao teto ou no máximo a 20 cm deste

5.9.2.4 O elevador de emergência deve atender a todos os pavimentos do edifício, incluindo os localizados abaixo do pavimento de descarga com altura ascendente superior a 12 m

5.9.2.2 Nas ocupações institucionais H-2 e H-3 deve ter cabine com dimensões apropriadas para o transporte de maca

G.2 Painel de comando

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.9.2.1 a. Deve estar localizado no pavimento da descarga 5.9.2.1 b. Deve possuir chave de comando de reversão para permitir a volta do elevador

a este piso, em caso de emergência

5.9.2.1 c. Deve possuir dispositivo de retorno e bloqueio dos carros no pavimento da descarga, anulando as chamas existentes, de modo que as respectivas portas permaneçam abertas, sem prejuízo do fechamento do vão do poço nos demais pavimentos

5.9.2.1 d. Deve possuir duplo comando, automático e manual reversível, mediante chamada apropriada

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 19/20

V. Saídas de emergência (IT 11) H. Área de refúgio – obrigatoriedade (figura 17) Exigida/projetada? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.10.2 a. Edificações institucionais de ocupação E-5, E-6 e H-2 com altura superior a 12 m

5.10.2 a. Ocupação H-3 com altura superior a 6 m 5.10.2 a. Ocupação H-3, independente da altura, nos pavimentos onde houver

internação

H.1 Área de refúgio - exigências

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.10.2 Quando obrigatória, deve existir em todos os pavimentos 5.10.2 a. A área mínima de refúgio de cada pavimento deve ser de, pelo menos, 30% da

área do pavimento

Nota: 1) A existência de compartimentação de área no pavimento será aceita como área de refúgio, desde que

tenha acesso direto às saídas de emergência (escadas, rampas ou portas). 5.10.1.1 Cada área de refúgio deve ter acesso direto a pelo menos uma escada/rampa

de emergência ou saída para área externa

5.10.1.1 Deve ser separada, dentro do pavimento, por paredes corta-fogo e portas corta-fogo

5.10.1.2 As paredes e portas que definem as áreas de refúgio devem apresentar resistência ao fogo conforme a IT 08 e as condições estabelecidas na IT 09

H.2 Hospitais e assemelhados

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.10.3.1 Em ocupações H-2 e H-3, as áreas de refúgio não devem ter áreas superiores a 2.000 m²

5.10.3.2 Em ocupações H-2 e H-3, a comunicação entre as áreas de refúgio e/ou entre as áreas de refúgio e as saídas, deve ser em nível ou, caso haja desníveis, em rampas

5.10.3.2 Em ocupações E-6, a comunicação entre as áreas de refúgio e/ou entre essas áreas e saídas deve ser em nível ou, caso haja desníveis, em rampas

5.10.3.3 As portas que dividirem corredores componentes das rotas de saída, devem ser corta-fogo e à prova de fumaça conforme estabelecido na NBR 11742 e devem ser providas de visor transparente com área mínima de 0,07 m², altura mínima de 25 cm e mesma resistência ao fogo da porta

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 20/20

V. Saídas de emergência (IT 11) I. Iluminação e sinalização de saídas de emergência

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.12.1 Mesmo nos casos de edificações destinadas a uso unicamente diurno, é indispensável a iluminação artificial noturna

Locais de reunião de público 5.12.2.2 As luminárias de emergência localizadas acima das portas de saída

(intermediárias e finais) em ambientes fechados com lotação superior a 100 pessoas para as ocupações F-3, F-5, F-6, F-7 e F-10 devem ser do tipo balizamento, mantendo-se permanentemente acesas durante a utilização do ambiente (funcionamento: normal e emergência)

5.12.3.2 Nos locais de reunião de público, das divisões F-1, F-2, F-3, F-5, F-6, F-7, F-8 e F-10 deverá haver na entrada, em local visível, uma placa indicativa da capacidade populacional máxima admitida, conforme o modelo código M2 constante na IT 20

5.12.3.3 Nos locais de reunião de público, das divisões F-6 e F-7, com capacidade acima de 500 pessoas, deverá haver na entrada, em local visível ao público, um painel eletrônico que indique a quantidade de pessoas nas áreas de público, em tempo real, para controle de acesso do público

5.1.3.2.2 f. Detalhes específicos de plantas (IT 01)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

1) Detalhes de degraus, corrimãos e guarda-corpos 2) Largura das escadas 3) Detalhe da ventilação efetiva da escada de segurança 4) Largura das portas das saídas de emergência 5) Barra antipânico 6) Casa de máquinas do elevador de emergência 7) Antecâmaras de segurança 8) Lotação do ambiente quando se tratar de local de reunião de público,

individualizando a lotação por ambiente

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 01/03

VI. Brigada de incêndio (IT 17) Exigida/projetada? Sim Não

Notas gerais: 1) Os grupos/divisões de composição da planta da edificação, estrutura ou área de risco devem estar em

conformidade com a Tabela 1 do Decreto 16.302/15; 2) O grau de risco (baixo médio ou alto) de cada setor da planta é obtido na Tabela 3, do Decreto Estadual

16.302/15, observando-se a IT 14; 3) Quando em uma planta houver mais de um grupo de ocupação, o número de brigadistas dever ser calculado

levando-se em conta o grupo de ocupação de maior risco (nota 6 da Tabela A.1 da IT 17); 4) Quando as unidades forem compartimentadas ou se os riscos forem isolados o número de brigadistas,

pode ser calculado para cada grupo de ocupação (nota 6 da Tabela A.1 da IT 17); 5) O CBMBA poderá, mediante avaliação técnica, aumentar ou reduzir o número de brigadistas para as

edificações e eventos em virtude da segurança e do risco de incêndio. A. Brigadista nível I A.1 Dimensionamento de brigadista nível I

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.1.1 Deve ser realizado para cada pavimento, compartimento ou setor, conforme determinado pela Tabela A.1 do Anexo A, levando-se em conta a população fixa, o grau de risco e os grupos/divisões de composição da planta

6.1.3 Deve ser levado em conta os diversos turnos de trabalho

A.2 Treinamento e reciclagem de brigadista nível I

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3 e 6.3.3 Prever frequência em curso com aproveitamento mínimo de 70% e carga horária mínima definida na Tabela B.2 (8 horas para o nível básico, 20 horas para o intermediário e 30 horas para o avançado), abrangendo as partes teórica e prática, conforme Tabela B.1, ambas do Anexo B

6.3.2 Prever reciclagem anual conforme Tabela B.2 (8 horas)

Nota: 1) As plantas que não possuírem hidrantes em suas instalações podem optar pelo nível de treinamento básico

de combate a incêndio e as que possuírem devem, ainda que estabelecido curso básico pela IT 17, inserir no treinamento as práticas de combate a incêndio com o sistema de hidrante. (nota 11 da Tabela A.1 da IT 17)

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 02/03

VI. Brigada de incêndio (IT 17) B. Brigadista nível II B.1 Dimensionamento de brigadista nível II para os grupos B-1,B-2,D-1, D-2, E-1, E-2, E-3, E-4, E-5, E-6 e H-6

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.7.1 Deve ser determinado levando-se em conta os grupos/divisões de ocupação da edificação, o grau de risco e a altura da edificação, quando esta for superior a 30 m, conforme previsto no Anexo J. Identificar a faixa de enquadramento: acima de 30 m a 60 m inclusive, acima de 60 m a 90 m inclusive e acima de 90 m; e/ou

6.7.1 Deve ser determinado levando-se em conta os grupos/divisões de ocupação da edificação, o grau de risco e a área total construída da edificação quando esta for superior a 5.000 m², conforme previsto no Anexo I. Identificar a faixa de enquadramento: acima de 5.000 m² a 10.000 m² inclusive, acima de 10.000 m² a 50.000 m² inclusive e acima de 50.000 m²

6.1.3 Deve ser levado em conta os diversos turnos de trabalho

Notas: 1) No dimensionamento dos brigadistas nível II para os grupos B-1, B-2, D-1, D-2, E-1, E-2, E-3, E-4, E-5, E-6 e

H-6, quando os parâmetros envolverem a área e a altura, deve prevalecer a maior exigência para definição da quantidade, conforme Anexo I e J.

2) Quando exigido brigadista nível II, ainda que não haja nenhum tipo de atividade desenvolvida no turno, deve permanecer no mínimo 01 (um) para monitoramento da edificação, estrutura ou área de risco, quando esta for classificada em alguma das seguintes divisões: B-1, B-2, D-1, D-2, E-1, E-2, E-3, E-4, E-5, E-6 e H-6. (nota 1 do Anexo I da IT 17)

B.2 Dimensionamento de brigadista nível II para os grupos C-2, C-3, H-2, H-3, I-3, J-4, L-1 e M-2

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.7.2 Deve ser determinado levando-se em conta os grupos/divisões de ocupação da edificação, o grau de risco e a área total construída quando esta for superior a 5.000 m² da edificação, conforme Anexo I. Identificar a faixa de enquadramento: acima de 5.000 m² a 10.000 m² inclusive, acima de 10.000 m² a 50.000 m² inclusive e acima de 50.000 m²

6.1.3 Deve ser levado em conta os diversos turnos de trabalho

Nota: 1) Quando exigido brigadista nível II, ainda que não haja nenhum tipo de atividade desenvolvida no turno,

deve permanecer no mínimo 01 (um) para monitoramento da edificação, estrutura ou área de risco, quando esta for classificada em alguma das seguintes divisões: C-2, C-3, H-2, H-3, I-3, J-4, L-1 ou M-2. (nota 1 do Anexo J da IT 17)

B.3 Dimensionamento de brigadista nível II para os grupos F-1, F-2, F-3, F-4, F-5, F-7 e F-10

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.7.3 Deve ser determinado levando-se em conta a lotação máxima da edificação, quando esta for superior a 2.500 pessoas, conforme Anexo K. Identificar a faixa de enquadramento: entre 2.500 a 5.000 pessoas, entre 5.001 a 10.000 pessoas e acima de 10.000 pessoas

6.1.3 Deve ser levado em conta os diversos turnos de trabalho

B.4 Dimensionamento de brigadista nível II para o grupo F-6

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.7.3 Deve ser determinado levando-se em conta a lotação máxima da edificação, quando esta for superior a 500 pessoas, conforme Anexo L. Identificar a faixa de enquadramento: entre 500 a 1.000 pessoas, entre 1.001 a 2.500 pessoas, entre 2.501 a 5.000 pessoas e acima de 5.000 pessoas

6.1.3 Deve ser levado em conta os diversos turnos de trabalho

Nota: 1) Os brigadistas nível II poderão ser substituídos por bombeiros civis. B.5 Treinamento e reciclagem de brigadista nível II

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3 e 6.3.3 Prever frequência em curso com aproveitamento mínimo de 70% e carga horária mínima definida na Tabela B.2 (80 horas), abrangendo as partes teórica e prática, conforme Tabela B.1, ambas do Anexo B

6.3.2 Prever reciclagem anual conforme Tabela B.2 (10 horas)

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 03/03

VI. Brigada de incêndio (IT 17) C. Dimensionamento mínimo para locais de reunião de público (Divisões F-3, F-6,F-7 e F-10)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.1.5.1 Substituição de brigadistas por Bombeiro Civil, desde que atendam, no mínimo, aos requisitos da IT 17

5.1.5.2 Locais com lotação de até 500 (quinhentas) pessoas: o número mínimo de brigadistas deve ser calculado de acordo com o previsto na Tabela A.1

5.1.5.2 a) Locais com lotação entre 500 e 1.000 pessoas: o número de brigadistas deve ser no mínimo 05

5.1.5.2 b) Locais com lotação entre 1.000 e 2.500 pessoas: o número de brigadistas deve ser no mínimo 10

5.1.5.2 c) Locais com lotação entre 2.500 e 5.000 pessoas: o número de brigadistas deve ser no mínimo 15

5.1.5.2 d) Locais com lotação entre 5.000 e 10.000 pessoas: o número de brigadistas deve ser no mínimo 20

5.1.5.2 e) Locais com lotação acima de 10.000 pessoas: acrescentar 1 brigadista para cada grupo de 500 pessoas

Notas: 1) A interpretação que é dada para este item da IT 17 é que é possível a substituição dos brigadistas nível I

dimensionados conforme Tabela A.1 e dos brigadistas nível II dimensionados conforme Tabela K ou L, a depender do caso, pelo número mínimo acima definido de Bombeiros Civis ou brigadistas nível II, desde que empregados de forma exclusiva no evento;

2) Para locais com lotação de até 500 (quinhentas) pessoas vem sendo aceito, em substituição aos brigadistas nível I dimensionados conforme Tabela A.1, o emprego de Bombeiros Civis ou brigadistas nível II, desde que empregados de forma exclusiva no evento, em número mínimo de 02 (dois).

D. Outras informações importantes que devem constar no projeto

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.1.2 Organograma da brigada de incêndio da planta, o qual pode variar de acordo com o número de edificações, o número de pavimentos em cada edificação e o número de empregados em cada pavimento, compartimento, setor ou turno, conforme Anexo E da IT 17

5.1.3 Recomendação da observância do Anexo D da IT 17 para cumprimento das etapas de implantação da brigada de incêndio da planta e citação em MD das etapas necessárias

7.4 Recomendação da observância e elaboração do fluxograma de procedimento de emergência da brigada de incêndio conforme Anexo F da IT 17, contendo os procedimentos básicos de emergência

7.5.3 Prever realização, no mínimo a cada 12 meses, de exercício simulado no estabelecimento ou local de trabalho com participação de toda a população da planta, com o objetivo de treinar a brigada de incêndio nas suas atribuições e a população para o abandono seguro da edificação

7.6.1.1 Prever que devem ser distribuídos em locais visíveis e de grande circulação quadros de aviso ou similar, sinalizando a existência da brigada de incêndio e indicando seus integrantes com suas respectivas localizações

7.9 Previsão em memorial e localização em planta de um ou mais pontos de encontro da brigada de incêndio, tendo como parâmetros desse dimensionamento a complexidade da planta e a quantidade de integrantes da brigada de incêndio, objetivando uma melhor distribuição das tarefas

7.11 Prever inventário de primeiros socorros distribuídos de tal forma que estejam facilmente disponibilizados para a prestação de socorro às vítimas. Os inventários devem atender no mínimo os itens constantes no Anexo H da IT 17, conforme dimensionamento em função da população fixa

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 01/01

VII. Plano de emergência (IT 16) Exigida/projetada? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.1 A. Elaboração 5.1.2 Devem ser elaborados por engenheiros, arquitetos, tecnólogos ou técnicos,

de acordo com as atribuições definidas pelos respectivos conselhos de classe, conforme o levantamento prévio do nível dos riscos de incêndio existentes

5.1.1 Os riscos de incêndio identificados e relacionados devem ser representados em planta de risco de incêndio

5.1.3 e 5.1.4

Deve contemplar as informações detalhadas da edificação, conforme Anexos B e C da IT 16

5.1.3 Deve contemplar os procedimentos básicos de emergência em caso de incêndio

5.3.1 Prever a realização, pelo menos anual, de exercícios simulados de abandono de área, com a participação de todos os ocupantes

5.5 B. Revisão 5.5.1 a. Deve haver sempre que ocorrer uma alteração significativa nos processos

industriais, processos de serviços, de área ou leiaute

5.5.1 b. Deve haver sempre que for constatada a possibilidade de melhoria do plano 5.5.1 c. Deve haver sempre que completar 12 meses da última revisão 6.1.3 C. Planilha de informações operacionais

6.1.3.2 Devem ser fornecidas por meio do preenchimento de planilha, constante do Anexo D da IT 16

6.1.3.3 Devem ser atualizadas quando da alteração dos dados ou dos riscos existentes na edificação

6.1.4 D. Planta de risco de incêndio 6.1.4.3 Deve ser elaborada conforme modelo do Anexo E da IT 16 6.1.4.3 Deve ser elaborada em formato A2, A3 ou A4 em escala padronizada 6.1.4.2 Deve fornecer as seguintes informações:

a. Principais riscos (explosão, incêndio, etc) b. Paredes e portas corta-fogo c. Hidrantes externos d. Número de pavimentos e. Registro de recalque f. Reserva técnica de incêndio g. Local de manuseio e/ou armazenamento de produtos perigosos h. Vias de acesso às viaturas do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia i. Hidrantes urbanos próximos da edificação j. Localização das saídas de emergência

6.1.4.4 Deve permanecer afixada na entrada da edificação, portaria ou recepção, nos pavimentos de descarga e junto ao “hall” dos demais pavimentos, de forma que seja visualizada por ocupantes da edificação e equipes do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, em caso de emergências

6.1.4.6 Deve ser substituída por ocasião da alteração dos riscos existentes na edificação

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 01/09

VIII. Sistema de iluminação de emergência (IT 18 e NBR 10898)

Exigida/projetada? Sim Não

A. Tipos de sistemas de iluminação Conjunto de blocos autônomos Sistema centralizado com baterias recarregáveis, com carregadores adequados para o tipo de bateria

utilizado no projeto e ao tempo necessário para a recarga Sistema centralizado com grupo motogerador com arranque automático Equipamentos de iluminação portáteis, compatíveis com o tempo de funcionamento exigido

B. Considerações gerais Item (IT) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.4.1 Instalação aparente: a tubulação e as caixas de passagem devem ser

metálicas ou em PVC rígido antichama, conforme NBR 15465

5.4.2 Distância máxima entre os pontos de iluminação de emergência: não deve ultrapassar 15 m

5.4.2 Distância máxima entre o ponto de iluminação e a parede: não deve ultrapassar 7,5 m

5.4.2.1 Nível mínimo de iluminamento: 3 lux em locais planos (corredores, halls, áreas de refúgio)

5.4.2.1 Nível mínimo de iluminamento: 5 lux em locais com desnível (escadas ou passagens com obstáculos)

5.4.3 Tensão das luminárias de aclaramento e balizamento para iluminação de emergência: deve ser no máximo 30 Volts, em áreas com carga de incêndio

5.4.4 Instalações existentes: na impossibilidade de reduzir a tensão de alimentação das luminárias, pode ser utilizado um interruptor diferencial de 30mA, com disjuntor termomagnético de 10A

5.4.4.1 Tomada externa à edificação: recomenda-se a sua instalação, devendo ser compatível com a potência da iluminação, para ligação de um gerador móvel. Deve ainda ser acessível, protegida adequadamente contra intempéries e devidamente identificada

5.4.5 Os equipamentos utilizados no sistema de iluminação de emergência devem ser certificados pelo Sistema Brasileiro de Certificação

Item (IT e Dec)

Dispensa do sistema de Iluminação de Emergência (IT 42 e Decreto 16.302)

9.2.5.1 a. Não será exigido nas edificações com 01 (um) pavimento e área construída menor ou igual a 750 m² dos Grupos: A (residencial), C (comercial), D (serviço profissional), E (educacional e cultura física), G (serviços automotivos e assemelhados), H (serviços de saúde ou institucional), I (indústria) e J (depósito)

9.2.5.1 b. Não será exigido nos motéis (Divisão B-1) que não possuam corredores internos de serviços com até 03 (três) pavimento e área construída menor ou igual a 750 m²

Decreto 16.302

Não será exigido nos motéis (Divisão B-1) que não possuam corredores internos de serviços com altura menor igual a 6 m (Nota específica 4 da Tabela 6B do Decreto 16.302)

9.2.5.1 c. Não será exigido nas edificações do Grupo F (Locais de reunião de público) com 01(um) pavimento, lotação de até 50 pessoas e área construída menor ou igual a 750 m²

5.1.3.2.2 k. Detalhes específicos de plantas (IT 01) Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 1) Os pontos de iluminação de emergência 2) As luminárias a serem acionadas em caso de emergência, quando o sistema de

iluminação de emergência for alimentado por grupo moto gerador (GMG) que não abranja todas as luminárias da edificação e áreas de risco

3) O posicionamento da central do sistema 4) Fonte alternativa de energia do sistema 5) A abrangência, autonomia e sistema de automatização, quando o sistema for

alimentado por GMG

6) Duto de entrada de ar, parede corta-fogo e porta corta-fogo da sala do GMG quando o mesmo estiver localizado em área com risco de captação de fumaça ou gases quentes provenientes de um incêndio

7) Detalhe ou nota em planta da proteção dos dutos quando passarem por área de risco

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 02/09

VIII. Sistema de iluminação de emergência (IT 18 e NBR 10898) C. Itens de previsão em projeto

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

8.1.3 Duas situações de emergência: falta ou falha de energia elétrica fornecida pela concessionária ou o desligamento voluntário, em caso de incêndio na área afetada ou em todas as áreas de risco com materiais combustíveis

8.1.4 Pontos da instalação dos dispositivos de iluminação 8.1.16 Disposição dos pontos de iluminação: deve ocorrer forma que, na direção de

saída de cada ponto, seja possível visualizar o ponto seguinte

8.1.18 Distância máxima entre dois pontos de iluminação de ambiente: deve ser equivalente a quatro vezes a altura da instalação destes em relação ao nível do piso, conforme demonstrado na Figura A.1 (máxima de 15 m conforme IT 18)

8.1.19 Altura de instalação dos pontos de iluminação de emergência em áreas onde exista a possibilidade de penetração ou geração de fumaça: deve ser abaixo da posição superior da saída/exaustão da fumaça (por exemplo, aberturas elevadas, altura das portas etc.)

8.1.20 Altura de instalação dos pontos de iluminação de emergência em áreas onde não exista a possibilidade de penetração ou geração de fumaça: é livre, desde que atenda às exigências mínimas de intensidade e nível de iluminamento previstas no piso

8.1.21 Recomenda-se que seja instalado em cada ambiente pelo menos duas luminárias e dois circuitos de alimentação

8.1.22 Recomenda-se que quando utilizando lâmpadas com filamento, sejam instaladas pelo menos duas unidades por ponto de luz

8.1.4 Áreas básicas a serem iluminadas 8.1.17 Área máxima de iluminação de um ponto de luz de ambiente: não pode ser

superior àquela determinada por sua altura em relação ao piso, como ilustrado na Figura A.2 da NBR 10898

8.1.13 Uniformidade de iluminação em todos os ambientes 8.1.13 luminárias intercaladas de tal modo que uma falha da rede elétrica ou em uma

luminária não comprometa a iluminação parcial ou totalmente em um ambiente

8.1.4 Tempo mínimo de funcionamento do sistema previsto nessas áreas (em caso de planejamento da variação da autonomia de iluminação de emergência em diferentes áreas)

8.1.7 b) Especificação dos aparelhos 8.1.7 d) Nota com referência a:

8.1.7 d) 1) Bitola mínima dos condutores com a cor do isolamento 8.1.7 d) 2) Queda máxima de tensão na última luminária 8.1.7 d) 3) Tipo de bateria 8.1.7 d) 4) Autonomia do sistema na temperatura mais baixa possível de ser atingida pela

bateria no local da instalação

8.1.7 d) 5) Proteção dos condutores contra riscos de incêndio ou danos físicos e agressão por produtos químicos

8.1.7 d) 6) Tempo de comutação do sistema 8.1.7 b) Devem ser previstos em plantas: 8.1.7 b) As áreas percorridas pelos cabos dos circuitos de iluminação de emergência 8.1.7 b) Localização das fontes de energia 8.1.7 b) Posição dos pontos de luz e demais componentes 8.1.7 b) Proteções do sistema e da montagem

D. Manutenção Item

(NBR) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 9.1.3 Em lugar visível, no aparelho instalado, deve existir um resumo dos principais

itens de manutenção que podem ser executados pelo próprio usuário, como a verificação das baterias, dos fusíveis ou disjuntores, nível de eletrólito e garantia das baterias a partir da data de fabricação

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 03/09

VIII. Sistema de iluminação de emergência (IT 18 e NBR 10898) E. Conjunto de blocos autônomos Projetado? Sim Não

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

4.1.1 Podem ser ligadas uma ou várias lâmpadas em paralelo para iluminação do mesmo local

4.1.1 Iluminação com LED: a temperatura da cor deve ser superior a 3 000 K e o chaveamento de liga/desliga, não pode interferir na vida útil projetada para as fontes de luz

4.1.1 Lâmpadas fluorescentes e incandescentes: não é recomendada a utilização de equipamentos de chaveamento que possam limitar a vida útil projetada

4.1.1 Circuito de alimentação: deve estar permanentemente ligado à rede pública, de modo a carregar e manter as baterias em plena capacidade

4.4.6 Eletrodutos: podem ser de plástico sem especificações especiais para a recarga das baterias em 110/220 Vca, mas não para luminárias alimentadas pelo bloco autônomo

4.4.6 Cabos com armadura aprovados para o uso sem proteção térmica adicional, na passagem de áreas de acesso público, devem ser protegidos contra danos mecânicos em altura menor que 2 m do piso

Item (IT) Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.3 Baterias: devem ser de chumbo-ácido selada ou níquel-cádmio, isenta de manutenção

E.1 Manutenção Item

(NBR) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 9.2.1 Prever controle mensal conforme este item (funcionamento das luminárias) 9.2.2 Prever controle semestral conforme este item (teste de carga)

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 04/09

VIII. Sistema de iluminação de emergência (IT 18 e NBR 10898) F. Sistema centralizado com baterias recarregáveis Projetado? Sim Não

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

4.1.2 a. A recarga automática da bateria deve ocorrer em até 24 h 4.1.2 b. Deve ser garantido 50% da autonomia em até 12 h de carga 4.1.2 c. Deve ter supervisão permanente de funcionamento 4.1.2 f. Alimentação principal dos circuitos de recarga da bateria: deve estar ligada ao

quadro geral de distribuição de energia elétrica

4.1.2 f. Sistema de carga: deve ser protegido por disjuntores termomagnéticos em caso de curtos-circuitos no sistema de recarga das baterias e pulsos de sobretensão vindos da rede pública

4.1.2 h. O disjuntor deve ser o único meio de desligamento voluntário da carga da bateria

4.1.2 m. Tempo de comutação do estado de vigília (supervisão) para o de funcionamento: não deve ser superior a 2 s

4.1.2 m. Tempo de comutação do estado de funcionamento para o de vigília: deve ser instantânea

4.1.2 n. Passagem do estado de funcionamento ou em estado do desligamento por falta de carga nas baterias para o de vigília no retorno da alimentação da rede pública: deve ser automático

4.1.2 o. Não pode ser utilizado para alimentar qualquer outro circuito ou equipamento na edificação, de modo a não interferir no tempo da autonomia da iluminação de emergência definida na aceitação do sistema

4.1.2 q Temperatura média de operação das baterias estacionárias: deve ser mantida na faixa de 15 °C a 30 °C, e nunca ultrapassar 38 °C

4.1.2 r Vida útil das baterias utilizadas: deve ser de no mínimo quatro anos de uso com perda máxima de capacidade de 20% do valor exigido na instalação

Painel de controle 4.1.2 p. No caso de baterias ventiladas, uma ventilação adequada evitará possíveis

acúmulos de gases, com saída de ar junto ao teto do ambiente. O painel de controle deve ser instalado em local separado da bateria

4.1.2 p. No caso de baterias reguladas por válvula, também é recomendada ventilação adequada na sala de baterias, de modo a dissipar eventual acúmulo de gases H2 no teto do ambiente. Neste caso o painel de controle pode ser instalado no mesmo local

4.1.2 i. A sinalização no painel de controle do sistema deve mostrar a situação de recarga, flutuação e o controle das proteções das baterias e estar sob permanente supervisão humana

4.1.2 j. A supervisão permanente deve incluir um sinalizador de falta de energia da concessionária ou a abertura da chave geral que alimenta o circuito da iluminação de emergência

Localização da fonte de energia 4.2 a. Deve ser exclusivo 4.2 b. Deve ser protegido por paredes que apresentem resistência ao fogo por 2 h 4.2 d. Deve possuir fácil acesso e espaço para movimentação ao pessoal especializado

para inspeção e manutenção

4.2 c. Os gases H2 não podem passar por locais ou compartimentos acessíveis ao público

Item (IT) Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.2.1 Local de instalação dos componentes da fonte de energia centralizada de alimentação do sistema de iluminação de emergência, bem como seus comandos: deve ser não acessível ao público, sem risco de incêndio, ventilado e que não ofereça risco de acidentes aos usuários

5.2.2 Baterias reguladas por válvulas: o painel de controle pode ser instalado no mesmo local das baterias

5.2.2 Baterias reguladas por válvulas: o local da instalação deverá ser em lugar ventilado e protegido do acúmulo de gases

F.1 Manutenção Item

(NBR) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

9.3.1 Prever controle mensal conforme este item (funcionamento do sistema) 9.3.2 Prever controle semestral conforme este item (teste de carga) 9.3.3 Prever controle anual conforme este item (capacidade de armazenamento)

Page 283: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 05/09

VIII. Sistema de iluminação de emergência (IT 18 e NBR 10898) G. Sistema centralizado com grupo motogerador Projetado? Sim Não

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

4.1.3 a. O acionamento dos dispositivos adicionais que garantam o arranque automático após a falta de energia da concessionária, deve ser no máximo em 12 s (se necessário, deve ser adicionado dispositivo para preaquecimento do motor em estado de vigília)

4.1.3 b. Não deve existir material combustível no acesso ao gerador 4.1.3 d. Deve conter escapamento e silenciador sem perdas, facilidade de acesso à

manutenção do motogerador e duto de descarga do radiador

4.1.3 e. O motogerador deve estar apoiado em base, com isoladores de vibrações, dreno com filtro de cascalho para absorver a perda de óleo combustível e líquidos lubrificantes e parafuso de dreno no ponto mais baixo

4.1.3 f. Deve ser adequadamente ventilado para o funcionamento com carga máxima, sem limitação de tempo

4.1.3 h. Quantidade de combustível armazenada: deve assegurar o funcionamento no tempo garantido de autonomia do sistema do motogerador, incluindo o consumo nos arranques periódicos essenciais e os testes de manutenção preventivos e corretivos, com periodicidade de 30 dias

4.1.3 h. Deve ser garantida a manutenção de reserva adicional de combustível para pelo menos 12 h de funcionamento irrestrito do motogerador

4.1.3 i. Deve haver uma comunicação visual ou sonora à distância, quando for atingido o seu nível crítico na reserva de combustível por 2 h de funcionamento

4.1.3 j. O conjunto de baterias para partida do motor do gerador deve ser dimensionado de modo a permitir no mínimo dez acionamentos de 10 s, com intervalos a cada 30 s, devendo ser considerada a menor temperatura do ambiente atingível no decorrer do ano

4.1.3 l. Os tanques de armazenamento de combustível, com volume superior ou igual a 200 L, devem ser montados dentro das bacias de contenção com dreno e filtro de cascalho, além de atender às exigências da legislação local sobre segurança

Painel de controle 4.1.3 c. Devem ter indicador de quantidade de combustível, botão de arranque manual,

supervisão da temperatura da água de resfriamento do motor em local visível, dispositivos de proteção elétrico do gerador contra sobrecarga

4.2 e. Devem estar compartilhados da sala do(s) gerador (s), de modo a facilitar a comunicação entre pessoas com o equipamento em funcionamento e acessíveis pela parte externa do edifício

8.1.34 Deve estar próximo ao acesso, para garantir comunicação entre o operador e as pessoas de intervenção, considerando o nível de ruído esperado nesta área.

8.1.34 nota Em casos específicos com alta rotação de pessoas não familiarizadas com o prédio, a instalação do motogerador deve ser em nível térreo (ex: aeroportos, estações de trens etc)

Localização da fonte de energia 4.2 a. Deve ser exclusivo e protegido contra incêndio ou aquecimento 4.2 b. Deve ser protegido por paredes que apresentem resistência ao fogo por 2 h 4.2 d. Deve possuir fácil acesso e espaço para movimentação ao pessoal especializado para

inspeção e manutenção

4.2 c. Os gases de combustão dos motores dos geradores não podem passar por locais ou compartimentos acessíveis ao público

Item (IT) Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.1.1 Deve-se garantir acesso controlado e desobstruído desde a área externa da edificação até o grupo motogerador

5.1.2 Instalação em local confinado: deve ser garantido que a tomada de ar seja realizada sem o risco de se captar a fumaça oriunda de um incêndio

5.1.3 Instalação em local confinado: o compartimento deve ser resistente ao fogo por 2 h, com acesso protegido por PCF P-90

5.1.4 Tomada de ar externo realizada por meio de duto: este deve ser construído ou protegido por material resistente ao fogo por 2 h

5.1.5 Tempo de comutação do sistema: se for superior ao estabelecido pela NBR 10898, deve ser previsto sistema centralizado por bateria ou bloco autônomo

5.1.6 Circuitos elétricos: devem atender as prescrições da IT 41

G.1 Manutenção Item

(NBR) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

9.4.1 Prever controle mensal conforme este item (funcionamento e nível de combustível e óleo lubrificante)

9.4.2 Prever controle semestral conforme este item (funcionamento a plena carga por 1 h)

Page 284: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 06/09

VIII. Sistema de iluminação de emergência (IT 18 e NBR 10898) H. Equipamentos portáteis com a alimentação compatível

com o tempo de funcionamento exigido

Projetado? Sim Não

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

4.1.4 Equipamentos de uso manual, lanternas e outros, situados em local demarcado, mas que podem ser retirados para utilização em outros locais, não devem ser usados para indicar saídas de emergência, aclaramento ou balizamento de rotas de fuga

4.1.4 A bateria para equipamento portátil deve ser de níquel-cádmio ou chumbo-ácido, regulada por válvula, do tipo que permita a inversão do conjunto sem saída do eletrólito

4.1.4 A bateria deve ser mantida em carga ou em flutuação constantemente, conforme especificação do fabricante

4.1.4 Elementos primários são permitidos, desde que garantam o funcionamento de três vezes o tempo especificado, cobrindo a perda da capacidade por envelhecimento e data de fabricação menor de três anos

4.1.4 O sistema de iluminação por elementos químicos sem geração de calor, deve ser acionado manualmente, ou eletricamente à distância

H.1 Manutenção Item

(NBR) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

9.5 Prever conforme este item 9.5.3 Prever uma reserva de componentes de vida limitada, sobressalentes, como

lâmpadas, fusíveis, etc., em quantidade igual a 10 % do número de peças, de cada modelo utilizado, com um mínimo de duas unidades por modelo

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 07/09

VIII. Sistema de iluminação de emergência (IT 18 e NBR 10898) I. Luminárias

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

8.1.2 Devem ser previstos em projeto: 8.1.2 a. O tipo de lâmpada e suas limitações nas instalações 8.1.2 b. Potência, em watts 8.1.2 c. Tensão, em volts 8.1.2 d. Fluxo luminoso nominal, em lumens 8.1.2 e. Ângulo da dispersão da luz 8.1.2 f. Vida útil projetada e declarada pelo fabricante 4.3.1 Devem funcionar, no mínimo por 1 h, no ensaio de temperatura a 70 °C 4.3.2 Não devem causar ofuscamento aos olhos, seja diretamente ou por iluminação refletida

4.3.2 e 8.1.14

A variação da intensidade de iluminação não pode ser superior ao valor de iluminação de 20:1 (ou 5 lux mínimo e 100 luz máximo), conforme Figura A.3 da NBR 10898. Ou seja, a proporção média do nível de iluminância entre áreas claras e escuras deve ser de no máximo 20:1

4.3.2 Devem ser observados os valores de intensidade luminosa da Tabela 1 – Intensidade máxima para evitar ofuscamento, da NBR 10898

4.3.3 Não pode haver entrada de fumaça quando utilizado anteparo em luminárias fechadas 4.3.4 O material utilizado não pode propagar chamas 4.3.4 Caso haja combustão desse material, os gases tóxicos não podem ultrapassem 1% da

fumaça produzida pela carga combustível existente no ambiente

4.3.4 Todas as partes metálicas, em particular os condutores e contatos elétricos, devem ser protegidos contra corrosão

4.3.5 O invólucro deve resistir ao impacto indireto de água no caso de combate ao incêndio, sem causar danos mecânicos nem o desprendimento da luminária do local da montagem, conforme ABNT NBR IEC 60529

8.1.1 Sua fixação deve ser de forma rígida, para impedir queda acidental, remoção sem auxílio de ferramenta, impedindo-a de ser avariada ou colocada fora de serviço

8.1.1 Deve-se prever que, em áreas com material inflamável, a luminária suporte um jato de água de 110 L/min sem o desprendimento parcial ou total do ponto de fixação

8.2.8 Luminárias tipo faróis: podem ser utilizadas somente em caso específicos, sem a possibilidade de se utilizar outro tipo de luminária, porém nunca podem ser utilizadas em escadas ou áreas em desnível, onde sombra ou ofuscamento podem ocasionar acidentes

J. Iluminação de Aclaramento Item

(NBR) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.1.1.1 É obrigatória para todos os locais que proporcionam uma circulação vertical ou

horizontal, de saídas para o exterior da edificação, ou seja, rotas de saída e para as áreas ou locais de alto risco de acidentes (Anexo E da NBR 10898)

K. Iluminação de Balizamento (iluminação para sinalização) Item

(NBR) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.1.2.1 Deve assinalar todas as mudanças de direção, obstáculos, saídas, escadas

etc. e não pode ser obstruída por anteparos ou arranjos decorativos

5.1.2.2 O fluxo luminoso do ponto de luz deve ser no mínimo igual a 30 lumens 5.1.2.3 Deve haver textos escritos e/ou símbolos gráficos, reflexivos ou

luminosos/transparentes

5.1.2.3.1 Os textos devem ser escritos em português com letra tipo Universal 65, conforme a ABNT NBR 14100

5.1.2.3.3 Símbolos e textos apostos à luminária: o fundo deve ser na cor branca com cristais, refletindo a luz da fonte ou transparente e os símbolos gráficos ou textos devem ser na cor de verde ou vermelha, com letras reflexivas. Como opção, pode ser utilizado o fundo vermelho ou verde e as letras brancas

5.1.2.3.4 Símbolos e textos não apostos à luminária: o fundo deve ser na cor branca e os símbolos e textos na cor verde ou na cor vermelha

5.1.2.3.7 O material empregado para a sinalização e a sua fixação deve ser tal que não possa ser facilmente danificado.

5.1.2.3.7 A fixação dos elementos para sinalização, como a interligação elétrica, deve ser prevista de modo que suporte um jato de água indireto sem desprendimento parcial ou total da fixação ou soltura das peças

5.1.2.6 É recomendado o uso de faixas reflexivas ou “olho de gato” no nível do piso ou rodapé dos corredores e escadas, assim como o uso de faixas antiderrapantes em cores chamativas em escadas e rampas

Page 286: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 08/09

VIII. Sistema de iluminação de emergência (IT 18 e NBR 10898) L. Iluminação de saídas de emergência (IT 11)

Item (IT) Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.5.1.1 e. (IT 11) Os acessos devem ser sinalizados e iluminados (iluminação de emergência de

balizamento) com indicação clara do sentido da saída, de acordo com o estabelecido na IT 18 – Iluminação de emergência e na IT 20 – Sinalização de emergência.

5.7.3.2 (IT 11) Quando houver menos de 3 degraus entre patamares, estes devem ser sinalizados

na borda dos degraus e prever iluminação de emergência de aclaramento, acima deles

5.12.1 (IT 11) As rotas de saída devem ter iluminação natural e/ou artificial em nível suficiente, de

acordo com a NBR 5413

5.12.1 (IT 11) Mesmo nos casos de edificações destinadas a uso unicamente diurno, é

indispensável a iluminação artificial noturna

Locais de reunião de público (IT 20 e 11)

Item (IT) Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3 g. (IT 20)

Os recintos destinados à reunião de público, cujas atividades se desenvolvem sem aclaramento natural ou artificial suficientes para permitir o acúmulo de energia no elemento fotoluminescente das sinalizações de saídas, devem possuir luminária de balizamento com a indicação de saída (mensagem escrita e/ou símbolo correspondente), sem prejuízo do sistema de iluminação de emergência, em substituição à sinalização apropriada de saída com o efeito fotoluminescente

5.12.2.2 (IT 11)

As luminárias de emergência localizadas acima das portas de saída (intermediárias e finais) em ambientes fechados com lotação superior a 100 pessoas para as ocupações F-3, F-5, F-6, F-7 e F-10 devem ser do tipo balizamento, mantendo-se permanentemente acesas durante a utilização do ambiente (funcionamento: normal e emergência)

M. Autonomia Item

(NBR) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 4.5 O sistema não pode ter uma autonomia menor que 1 h de funcionamento,

incluindo uma perda não maior que 10% de sua luminosidade inicial

N. Iluminação de aclaramento para continuidade de atividade (Iluminação Auxiliar) Item

(NBR) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.2 Nos locais onde, pela natureza do trabalho, não possa haver interrupção da

iluminação, deve-se garantir que o nível de iluminamento do sistema não seja inferior a 70 % do nível da iluminação normal (por exemplo, em salas de cirurgia, salas de primeiros-socorros, laboratórios químicos, controle de tráfego em ferrovias e aerovias etc., conforme a ABNT NBR 5413)

5.2.1 Recomenda-se que sejam utilizados sistemas do tipo no-break com tempo de funcionamento adequado ao risco, por exemplo, em salas de cirurgia, centro de tráfego, metrô, trens, salas de primeiros socorros e outros

5.2.1 Devem ser utilizadas luminárias adequadas para a visualização das cores

O. Situações especiais: Locais onde haja perigo de explosão Item

(NBR) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 6.1.1 Nesses locais as luminárias ou blocos autônomos devem estar aprovados de

acordo com exigências das respectivas normas

6.1.2 No caso de alimentação centralizada, a bateria deve estar localizada em local sem restrições, fora da área perigosa

6.1.2 Os circuitos devem estar em tubulações blindadas e a movimentação de gases bloqueada por selos dentro e fora da tubulação elétrica

Page 287: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 09/09

VIII. Sistema de iluminação de emergência (IT 18 e NBR 10898) P. Circuito de alimentação

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

4.4 Motogerador automático: pode manter a alimentação em 110/220 Vca em todas as áreas protegidas para escoamento das pessoas, e livres de materiais combustíveis, com separação por porta corta-fogo, desde que essas áreas e a instalação dos cabos de alimentação não possam ser penetradas por vapores produzidos pelo combate ao fogo para evitar condensação e consequentemente curtocircuito e que não haja qualquer passagem dos cabos por áreas de risco

4.4 Qualquer passagem dos cabos por áreas de risco proíbe o uso de tensão 110/220 Vca da rede normal ou do gerador

8.1.12 A tensão de alimentação das luminárias instaladas em áreas onde não seja previsto combate a incêndio pode ser de 110/220 Vca, desde que:

8.1.12 a) Os condutores de alimentação não passem por áreas sujeitas à elevação de temperatura por incêndio

8.1.12 b) A alimentação dos circuitos seja através da alimentação da rede elétrica da concessionária, em paralelo com as bombas de incêndio, ou através da fonte alternativa do sistema de iluminação de emergência

8.1.12 c) Sejam previstos pelo menos dois circuitos independentes, ou um circuito em “classe A” com dispositivo para eliminar cabos em curto-circuito, para formar dois circuitos comuns alimentados individualmente

4.4.2 As bitolas dos fios rígidos não podem ser inferiores a 1,5 mm², para garantir a resistência mecânica na montagem

4.4.3 Não são permitidas ligações em série de pontos de luz 4.4.4 A isolação dos condutores e suas derivações devem ser do tipo não propagante

de chama

4.4.5 Os condutores e suas derivações devem sempre passar em eletrodutos com caixas de passagem

4.4.6 No caso de blocos autônomos, os eletrodutos podem ser de plástico sem especificações especiais para a recarga das baterias em 110/220 Vca, mas não para luminárias alimentadas por esse bloco autônomo

4.4.6 Cabos com armadura aprovados para o uso sem proteção térmica adicional, na passagem de áreas de acesso público, devem ser protegidos contra danos mecânicos em altura menor que 2 m do piso

4.4.7 No caso de eletrodutos externos passarem por áreas de risco, eles devem ser metálicos e isolados contra calor, exceto a alimentação para os blocos autônomos pela rede da concessionária

4.4.7 Os eletrodutos utilizados para condutores de iluminação de emergência não podem ser usados para outros fins, salvo instalação de detecção e alarme de incêndio ou de comunicação, conforme a ABNT NBR 5410, contanto que as tensões de alimentação estejam abaixo de 30 Vcc e todos os circuitos devidamente protegidos contra curtos-circuitos

8.1.29 Todos os eletrodutos e cabos que atravessam áreas protegidas, ou passam por separações de áreas compartimentadas, devem ter selos internos e externos (entre a tubulação e a alvenaria), à prova de passagem de gases e de fumaça. Os selos devem ser de materiais adequados para tal fim e colocados de maneira que suportem a ação do calor do fogo, no mesmo tempo previsto para a parede onde estão colocados

4.4.8 Cada circuito não pode alimentar mais de 25 luminárias 4.4.10 Polaridade dos condutores – identificação (cores)

4.4.10 a) para Vcc (corrente contínua): — positivo: vermelho ou branco — negativo: cinza ou azul

4.4.10 b) para Vca (corrente alternada): ambos os condutores pretos — para ligação à terra: verde ou verde/amarelo

4.4.11 Os dispositivos de proteção utilizados devem ter um poder de interrupção adequado para suportar a corrente de curto-circuito da fonte (Vca ou Vcc) com segurança.

8.1.30 Os dispositivos de proteção elétrica dos circuitos de iluminação de emergência devem ser identificados e, quando não ventilados adequadamente, necessariamente devem ser separados fisicamente dos outros componentes do sistema, para evitar explosões

4.14 As instalações da fiação troncal devem ser devidamente projetadas para suportar o fogo por pelo menos 3 h no prédio, sem comprometimento do funcionamento do sistema de iluminação

4.15 A proteção dos cabos ramais, além da proteção contra curto-circuito, deve resistir 30 min em caso de incêndio

4.16 Qualquer anormalidade em um ou vários circuitos, como também nas fontes incluídas na supervisão, deve ser indicada na área de controle do edifício

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 01/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240)

Exigida/projetada? Sim Não

Nota: 1) A utilização do sistema de detecção e alarme contra incêndio com tecnologia sem fio deve atender aos

objetivos e desempenho da Norma Brasileira, bem como, deve possuir certificação em laboratório reconhecido com laudo de ensaio.

2) Caso seja exigível para a edificação apenas o sistema de alarme de incêndio não serão aplicáveis os itens de verificação referentes aos detectores automáticos de incêndio.

A. Tipos de sistemas de detecção Sistema de detecção convencional (identifica somente a área protegida pelo circuito de detecção onde o

dispositivo está instalado) Sistema de detecção endereçável (identifica a área protegida e o dispositivo em alarme) Sistema de detecção analógico (endereçável que permite o ajuste do nível de alarme dos dispositivos de

detecção via central) Sistema de detecção algorítmico (analógico no qual os detectores possuem um ou mais critérios de avaliação

de medições do ambiente em função do tempo para tomada de decisões) B. Conteúdo do projeto (executivo)

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.2 a) Desenho indicando a localização de todos os equipamentos do sistema e o seu esquema típico de instalação

5.2 b) Distribuição da central e equipamentos 5.2 c) Especificação dos equipamentos e características dos materiais de instalação 5.2 d) Trajeto dos condutores elétricos nas diferentes áreas, com identificação do

material combustível do ambiente a ser protegido

5.2 e) Diagrama multifilar típico, mostrando uma interligação entre todos os equipamentos dos circuitos de detecção, alarme e comando, e entre estes e a central

5.2 h) Quadro resumo da instalação, contendo no mínimo: 5.2 h) Número de circuitos de detecção e sua respectiva área, local ou pavimento 5.2 h) Quantidade e tipo de detectores, acionadores manuais e módulos eletrônicos

correspondentes a cada circuito, consumo elétrico e os respectivos locais de instalação

5.2 h) Quantidade e tipos de equipamentos a serem atuados em cada circuito de comando, consumo e os respectivos locais de instalação

5.2 h) Tabela da lógica dos alarmes, sinalizações, temporizações, comandos e avisadores para abandono do local, em conformidade com o plano de emergência da edificação

5.2 h) Interfaces com outros sistemas 5.1.3.2.2 l. Detalhes específicos de plantas (IT 01)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

1) Localização pontual dos detectores 2) Os acionadores manuais de alarme de incêndio 3) Os sinalizadores sonoros e visuais 4) Central do sistema 5) Painel repetidor 6) Fonte alternativa de energia do sistema

C. Procedimentos Item (IT) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.2 Os detalhes para execução gráfica devem atender a IT 04 - Símbolos gráficos

para projeto de segurança contra incêndio

5.20 Edifícios residenciais com altura até 30 m: o sistema de alarme pode ser substituído pelo sistema de interfone, desde que cada apartamento possua um ramal ligado à central que deve ficar em portaria com vigilância humana de 24 horas, e tenha fonte autônoma com duração mínima de 60 minutos

5.20.1 Garagens de edifícios residenciais que se valerem do sistema de interfone como substituto do sistema de alarme: devem possuir interfone devidamente sinalizado, conforme IT 20 - Sinalização de emergência, devendo ter pelo menos um aparelho de interfone, o qual deve estar posicionado, no máximo, a 5 m do acesso à rota de fuga

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 02/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) D. Detectores de incêndio Notas: 1) Detectores pontuais de fumaça: devem ser usados em ambientes contendo materiais, cuja característica no início

da combustão é a geração de fumaça, não sendo recomendados em ambientes com presença de vapor, gases ou muitas partículas em suspensão, onde os detectores de fumaça estariam sujeitos a alarmes indesejáveis.

2) Detectores pontuais de temperatura: devem ser usados para monitorar ambientes com presença de materiais, cuja característica no início da combustão é gerar muito calor e pouca fumaça, bem como aqueles com vapor, gases ou muitas partículas em suspensão, onde os detectores de fumaça estão sujeitos a alarmes indesejáveis.

3) Detectores de chama: devem ser instalados em ambientes onde se deseja detectar o surgimento de uma chama, não podendo seu campo de visão ser impedido por obstáculos. Aplicações:

a. Áreas onde uma chama possa ocorrer rapidamente, tais como hangares, áreas de produção petroquímica, áreas de armazenagem e transferência de materiais inflamáveis, instalações de gás combustível, cabines de pintura ou áreas com solventes inflamáveis;

b. Áreas abertas ou semiabertas onde ventos podem dissipar a fumaça e calor, impedindo a ação dos detectores de fumaça e temperatura.

4) Detectores com tecnologias que atuam pelo princípio de detecção linear: devem ser usados em locais em que a altura da cobertura do prédio prejudique a sensibilidade ou desempenho dos detectores, bem como naqueles pontos em que não se recomenda o uso de detectores sobre equipamentos (ver indicações nas tabelas específicas abaixo).

D.1 Tipos de detectores Detectores pontuais de fumaça Detectores lineares de fumaça Detectores pontuais de temperatura Detectores lineares de temperatura Detectores de chama Detector de fumaça por amostragem de ar D.2 Considerações gerais

Item (IT) Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

Devem cobrir toda a área da edificação onde são exigidos, com as seguintes ressalvas:

Decreto Ocupações do grupo B: devem ser instalados em todos os quartos Decreto Ocupações das divisões H-1 e H-2: devem ser instalados em todos os quartos Decreto Ocupações da divisão H-5 (prisões em geral): não é necessária detecção

automática de incêndio

5.13 Devem ser instalados nos entreforros e entrepisos (pisos falsos) que contenham instalações com materiais combustíveis

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.4.1.19 Um ambiente deve ser protegido em toda a sua extensão pelo mesmo tipo de detector, ou seja, não é permitido proteger parte de um ambiente com detectores de fumaça e a parte restante com detectores térmicos, por exemplo

5.4.1.20 Num ambiente totalmente protegido por um tipo de detector, é permitida uma proteção adicional em uma determinada área, utilizando-se outro tipo de detecção

6.6.6 Em ambientes com presença de equipamentos eletrônicos, painéis elétricos, líquidos e gases inflamáveis, fontes de calor e outros materiais com alto risco de ignição, cuja área seja maior que a metade da área de cobertura de um único detector, devem ser instalados no mínimo dois detectores

D.3 Requisitos dos detectores Item

(NBR) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 6.3 e) Devem ter identificação de seu fabricante, tipo, temperatura, faixa e/ou

parâmetros para atuação convenientemente impressos em seu corpo

6.3 g) Detectores pontuais: devem conter indicação visual no próprio corpo ou em sua base, que sinalize a atuação deste detector

6.3 g) Detectores pontuais: o reset do detector deve ser realizado somente pela central 6.3 h) Indicação de alarme: deve ser vermelha 6.3 h) Indicação de funcionamento (opcional): deve ser de acordo com a especificação

documentada de cada fabricante

6.3 i) Detectores de chama: devem indicar falha quando a detecção for prejudicada pela sujeira no sistema óptico

6.3 j) Áreas classificadas: devem ter todos os equipamentos à prova de explosão ou intrinsecamente seguros, com aprovações para a classe de risco do local de instalação por entidades competentes

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 03/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) D.4 Detectores pontuais de fumaça Projetado? Sim Não

a. Tipo Óptico (fotoelétrico): feixe de luz e sensor Iônico: fonte de radiação inofensiva

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3.1 Devem atender aos requisitos das ISO 7240-7 e ISO 7240-15 6.3 g) Devem conter indicação visual no próprio corpo ou em sua base, que sinalize a

atuação deste detector

6.3 g) O reset do detector deve ser realizado somente pela central

b. Tempo de atuação 8.1.3 O sinal de alarme na central deve atuar em no máximo 30 s 8.1.3 Detectores com retardo no sinal de alarme: deve atuar em no máximo 60 s

c. Área máxima de cobertura 5.4.1.1 Área máxima de cobertura: se instalado em um ambiente livre e

desobstruído, a uma altura de até 8 m, em teto plano ou com vigas de até 20 cm, e com até oito trocas de ar por hora, é de 81 m². Obs.: Essa área pode ser considerada um quadrado de 9 m de lado, inscrito em um círculo, cujo raio seja igual a 6,30 m

5.4.1.1 Proteção de áreas retangulares: os retângulos correspondentes a essas áreas devem estar contidos no círculo de raio igual a 6,30 m

5.4.1.4 Proteção de áreas irregulares: o posicionamento dos detectores pontuais de fumaça deve ser executado de forma que, partindo-se dos detectores, qualquer ponto do teto não esteja à distância superior a 6,30 m

Nota: 1) Para a distribuição e definição da quantidade de detectores necessários deve-se observar que toda a área a

ser protegida deve estar contida em círculos de raio igual a 6,30 m, centrados nos detectores. d. Redução da área máxima de cobertura

5.4.1.5 Para viga com altura entre 21 cm e 60 cm abaixo da laje: a máxima área de cobertura do detector pontual de fumaça deve ser reduzida para dois terços do espaçamento original

5.4.1.6 Para viga com altura maior que 61 cm abaixo da laje: a máxima área de cobertura do detector pontual de fumaça deve ser reduzida para a metade do espaçamento original

Nota: 1) A redução da área de cobertura de um detector pontual de fumaça não precisa ser aplicada quando for

instalado junto à laje pelo menos um detector em cada “caixa” formada por vigas, desde que obedecendo à máxima área de cobertura do detector, de 81 m².

5.4.1.12 Em função número de trocas de ar superior a 8 por hora no ambiente: deve ser obtida redução da área máxima de cobertura através da Figura 11 da NBR 17240, sendo permitidas interpolações para valores intermediários Obs.: Para situações em que o número de trocas de ar por hora seja crítica ou superior a 30, o projetista deve buscar soluções alternativas a serem aplicadas e comprovadas

e. Instalação dos detectores 5.4.1.2 Local de instalação: devem estar localizados no teto, distantes no mínimo 15

cm da parede lateral ou vigas

5.4.1.2 Local de instalação: em casos justificados, os detectores podem ser instalados na parede lateral, a uma distância entre 15 cm e 30 cm do teto, desde que garantido o tempo de resposta do sistema

5.4.1.9 Tetos inclinados, com ventilação na cumeeira: deve-se locar uma fileira de detectores, sendo o primeiro instalado com afastamento lateral de no máximo 90 cm da cumeeira, medido em projeção horizontal do teto, acrescentando-se a seguir a quantidade de detectores necessária (ver Figuras 7 e 8 da NBR 17240)

5.4.1.9 Para cumeeira fechada e sem ventilação: os detectores pontuais de fumaça devem ser instalados abaixo da área hachurada, que corresponde a área formada por um triângulo com vértice superior na cumeeira e com 1,80 m de base, sendo o primeiro detector instalado com afastamentos laterais de no máximo 90 cm da cumeeira e os demais regularmente distribuídos (ver Figura 9 da NBR 17240)

5.4.1.10 Locais sujeitos a estratificação do ar (camada de ar quente junto ao teto, que dificulta a chegada da fumaça a este local): os detectores pontuais de fumaça devem ser instalados alternadamente no teto e em níveis distintos, conforme Figura 10 da NBR 17240

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 04/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) D.4 Detectores pontuais de fumaça

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

e. Instalação dos detectores 5.4.1.17 Locais com altura superior a 8 m: os detectores pontuais de fumaça devem ser

instalados em níveis de no máximo 8 m (níveis intermediários) Obs.: Recomenda-se a instalação de coletores de fumaça com área mínima de 900 cm², em todos os detectores pontuais de fumaça localizados nos níveis intermediários

5.4.1.18 Locais de armazenamento com prateleiras com altura superior a 8 m: recomenda-se a distribuição de detectores pontuais de fumaça nas prateleiras em níveis (ver Figuras 12 e 13 da NBR 17240)

5.4.1.11 A velocidade do ar ambiente junto aos detectores pontuais de fumaça não pode ser maior que a velocidade máxima citada na especificação documentada do fabricante dos detectores

5.4.1.15 Instalação no interior de dutos: deve ser tomada especial atenção com relação à velocidade do ar, utilizando-se detectores específicos para dutos ou dispositivos especiais

5.4.1.16 Instalação no interior de dutos ou retornos de ar: não substituem os detectores destinados a proteger uma determinada área (complementares)

5.4.1.14 Ambientes dotados de sistemas de ar-condicionado ou ventilação forçada: recomenda-se adicionar detectores de fumaça próximos aos retornos do fluxo ou detectores em dutos, para melhorar o desempenho do sistema.

5.4.1.14 Ambientes dotados de sistemas de ar-condicionado ou ventilação forçada: recomenda-se evitar a instalação dos detectores pontuais de fumaça a menos de 1,50 m, a partir da borda dos pontos de insuflamento ou entrada de ar no ambiente

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 05/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) D.5 Detectores pontuais de temperatura Projetado? Sim Não a. Tipo Temperatura fixa (ao se atingir determinada

temperatura no sensor indica um princípio de incêndio)

Termovelocimétricos (a rapidez na elevação da temperatura no sensor indica um princípio de incêndio)

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3.2 Devem atender aos requisitos da ABNT NBR ISO 7240-5 6.3 g) Devem conter indicação visual no próprio corpo ou em sua base, que sinalize a

atuação deste detector

6.3 g) O reset do detector deve ser realizado somente pela central

b. Tempo de operação 8.1.2 Máximo: 90 s

c. Área máxima de cobertura 5.4.2.1 Área máxima de cobertura: se instalado a uma altura de até 5 m e em teto

plano ou com vigas de até 20 cm, é de 36 m² Obs.: Essa área pode ser considerada um quadrado de 6 m de lado, inscrito em um círculo cujo raio será igual a 4,20 m

5.4.2.1 Proteção de áreas retangulares: os retângulos correspondentes a essas áreas, devem estar contidos no círculo de raio igual a 4,20 m

5.4.2.4 Proteção de áreas irregulares: o posicionamento dos detectores pontuais de temperatura deve ser executado de forma que, partindo-se dos detectores, qualquer ponto do teto não esteja à distância superior a 4,20 m

Nota: 1) Para a distribuição e definição da quantidade de detectores necessários deve-se observar que toda a área a

ser protegida deve estar contida em círculos de raio igual a 4,20 m, centrados nos detectores. d. Redução da área máxima de cobertura

5.4.2.5 Para viga com altura entre 21 cm e 60 cm abaixo da laje: a máxima área de cobertura do detector pontual de temperatura deve ser reduzida para dois terços do espaçamento original

5.4.2.6 Para viga com altura maior que 61 cm abaixo da laje: a máxima área de cobertura do detector pontual de temperatura deve ser reduzida para a metade do espaçamento original

Nota: 1) A redução da área de cobertura de um detector pontual de temperatura não precisa ser aplicada quando for

instalado junto à laje pelo menos um detector em cada “caixa” formada por vigas, desde que obedecendo à máxima área de cobertura do detector, de 36 m².

e. Instalação dos detectores 5.4.2.2 Local de instalação: devem estar localizados no teto, distantes no mínimo 15

cm da parede lateral ou vigas

5.4.2.2 Local de instalação: em casos justificados, os detectores podem ser instalados na parede lateral, a uma distância entre 15 cm e 30 cm do teto

5.4.2.10 Locais com teto plano de altura superior a 5 m: o espaçamento entre detectores pontuais de temperatura deve ser reduzido conforme Tabela 2 da NBR 17240, sendo permitidas interpolações para alturas intermediárias

Tabela 2 – Redução de espaçamento em função da altura Altura do local (m) Espaçamento máximo (m)

Até 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0

> 10,0

6,0 5,6 5,2 4,8 4,4 4,0

5.4.2.9 Áreas cuja temperatura do teto seja normalmente elevada: a seleção da temperatura nominal do detector pontual de temperatura deve ser feita de acordo com a Tabela 1 da NBR 17240

Tabela 1 – Seleção da temperatura de atuação do detector pontual de temperatura Temperatura máxima do teto (°C) Temperatura de atuação do detector (°C)

47 69

111 152 194 249

57 a 79 80 a 121

122 a 162 163 a 204 205 a 259 260 a 302

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 06/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) D.6 Detectores de chama Projetado? Sim Não

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3.3 b) O tempo máximo de resposta requerido para detecção de uma chama deve ser de 5 s, ressalvado os locais de riscos especiais com potencial de explosão ou rápida propagação de chamas, em que deve-se escolher o detector de chama com tempo de resposta mais adequado ao tipo de risco, atuando em circuito simples ou cruzado

6.3.3 c) Alimentação elétrica: devem ser alimentados em 24 Vcc, pela fonte da central ou fonte auxiliar

6.3.3 d) Devem ser previstos dispositivos para evitar acúmulo de poeira ou sujeira na lente do detector de chama, de forma a não diminuir sua sensibilidade entre as manutenções preventivas

6.3 i) e 6.3.3 d)

Devem indicar falha quando a detecção for prejudicada pela sujeira no sistema óptico

5.4.3.3 Máximo alcance: se encontra no eixo de um cone imaginário com vértice no detector

5.4.3.3 Redução de sensibilidade: nos extremos do campo de visão do detector de chama (ângulo de 45° em relação ao eixo) deve ser de 50 % do valor no eixo do cone, quando não definido na especificação do detector (ver Figura 19 da NBR 17240)

5.4.3.8 Os critérios de alcance, campo de visão e sensibilidade devem ser verificados através das características técnicas do detector de chama, fornecidas em especificações documentadas do fabricante

5.4.3.11 O projeto deve mostrar o posicionamento de todos os detectores de chama em planta baixa e de elevação (cortes), incluindo seus campos de visão, os equipamentos a serem protegidos e os possíveis obstáculos existentes no local

5.4.3.4 Locais com vários tipos de combustíveis: o projeto do sistema deve considerar o combustível mais desfavorável para detecção, para todo o ambiente

5.4.3.6 Devem ser protegidos por anteparos ou ser instalados de forma a evitar alarmes indesejáveis, não originados por um incêndio (se necessário)

5.4.3.7 Quando instalados em ambientes com muita vibração, como turbinas, compressores, ambientes industriais e áreas de plataformas móveis, devem ser previstos suportes especiais para amortecimento da vibração

5.4.3.9 Se forem utilizados para comandar sistemas automáticos de combate a incêndios: recomenda-se a atuação de pelo menos dois detectores

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 07/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) D.7 Detectores lineares de fumaça Projetado? Sim Não Notas: a. Devido ao emissor e receptor poderem ser instalados à grande distância, são indicados para

ambientes com as seguintes características: a. Locais de difícil acesso para instalação e manutenção de detectores pontuais; b. Locais com altura elevada (teto alto); c. Locais com forte ventilação; d. Locais onde o comprimento é proporcionalmente bem superior à largura; e. Locais com grande interferência eletromagnética ou vibração, desde que instalados fora do

local de interferências; b. Devem ser observadas as instruções e especificações documentadas do fabricante. a. Tipo Emissor distinto do receptor: se encontram alinhados e distantes um do outro Emissor e receptor em único corpo: o feixe de luz emitido pelo emissor reflete em um prisma (refletor)

colocado no extremo oposto, enviando um sinal de volta ao receptor Item

(NBR) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 6.3.4 c) Deve ser ativado na central um sinal de falha caso o feixe de luz no receptor

se interrompa totalmente

6.3.4 e) Alimentação elétrica: devem ser alimentados em 24 Vcc, pela fonte da central ou fonte auxiliar

5.4.4.1 Devem ser posicionados com seus feixes de luz projetados em direção paralela ao teto

5.4.4.1 Em casos específicos, tais como prumadas de cabos elétricos em um edifício, os feixes podem ser instalados verticalmente ou em qualquer ângulo necessário

5.4.4.2 Feixe de luz: deve estar preferencialmente instalado no sentido longitudinal do teto e próximo das saídas de ar do ambiente

5.4.4.12 Devem ser informadas as distâncias máximas e mínimas permitidas entre emissor e receptor/refletor, bem como os valores máximos e mínimos para o ajuste de sensibilidade desses detectores (dados do fabricante)

5.4.4.3 Distância entre o detector linear de fumaça e o plano do teto: recomenda-se adotar entre 30 cm e 1,0 m, levando em consideração as características do teto, estratificação e ventilação

5.4.4.4 Distância entre o emissor e o receptor/refletor: máxima de 100 m 5.4.4.6 Distância entre os feixes de luz de dois detectores lineares de fumaça

adjacentes: máxima de 15 m (lateral)

5.4.4.7 Distância entre o detector linear de fumaça às paredes: máxima de 7,5 m (lateral)

5.4.4.8 O emissor deve ser instalado em uma parede e o receptor/refletor na parede oposta, salvo item abaixo

5.4.4.8 Ambientes com até oito trocas de ar por hora: é permitido instalar o emissor e/ou receptor/refletor em um ponto rígido, a uma distância da parede de até 3,75 m

5.4.4.9 Locais cujo comprimento do ambiente a ser protegido é maior que 100 m: devem ser instalados dois ou mais detectores lineares de fumaça alinhados e complementares, de forma a proteger integralmente o ambiente

5.4.4.9 Locais cujo comprimento do ambiente a ser protegido é maior que 100 m: a distância entre as extremidades dos feixes de luz de dois detectores complementares deve ser inferior a 3,75 m

b. Espaçamento máximo entre feixes em locais que possuem vigas 5.4.4.10 e

5.4.1.5 Para viga com altura entre 21 cm e 60 cm abaixo da laje: deve-se reduzir para dois terços do espaçamento original

5.4.4.10 e 5.4.1.6

Para viga com altura maior que 61 cm abaixo da laje: deve-se reduzir para a metade do espaçamento original

Nota: 1) A redução do espaçamento máximo entre feixes não precisa ser aplicada quando for instalado junto à

laje pelo menos um detector em cada “caixa” formada por vigas, desde que obedecendo à máxima distância entre os feixes de luz, de 15 m.

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 08/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) D.8 Detectores lineares de temperatura Projetado? Sim Não

Notas: 1) São dispositivos lineares que detectam aumento de temperatura ao longo de sua extensão. 2) São utilizados em aplicações especiais como bandejas de cabos, esteiras rolantes e similares. 3) Para definir comprimento máximo, flexibilidade, resistência mecânica, raio-limite da área de cobertura

e características físicas do cabo, deve-se consultar o fabricante. a. Tipo Detector linear de temperatura tipo cabo

É um cabo que detecta o aumento de temperatura em qualquer parte de sua extensão, constituído de um sensor de temperatura fixa. O cabo é composto de dois ou mais condutores elétricos isolados individualmente com um polímero sensível ao calor. No caso da elevação de temperatura ser determinada neste tipo de detector linear de temperatura, o polímero isolante reduz a resistência ôhmica entre os seus condutores elétricos, enviando um sinal de alarme à central. A localização da elevação de temperatura pode ser determinada neste tipo de detector linear de temperatura. Detector linear de temperatura tipo fibra óptica

Grandezas físicas mensuráveis como temperatura, pressão ou força têm influência sobre as fibras de vidro e mudam localmente as características da luz refletida no interior destas. Como resultado da atenuação da luz na fibra de vidro devido à dispersão luminosa, a localização da elevação de temperatura pode ser determinada neste tipo de detector linear de temperatura. Detector linear de temperatura tipo pneumático

Este tipo de detector linear de temperatura é baseado no princípio físico que, mantendo um volume de gases constante, conforme se aumenta a temperatura, a pressão também aumenta. Este detector linear de temperatura tem sensores de pressão instalados nas extremidades de um tubo. Caso exista alteração da temperatura ao longo de qualquer ponto deste tubo, implicará um aumento da pressão e esta atuará nos sensores das extremidades.

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.4.5 e 6.3.5

Deve, ser instalado próximo ou em contato direto com o material a ser protegido (aplicações localizadas)

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 09/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) D.9 Detector de fumaça por amostragem de ar Projetado? Sim Não Notas: 1) É composto por um dispositivo detector e uma rede de tubos para amostragem de ar. 2) Opera de forma ativa, aspirando o ar do ambiente, através de uma tubulação calculada, e fazendo-o passar pela

câmara do dispositivo detector. 3) É considerado um detector de alta sensibilidade. 4) Pela sua arquitetura e sensibilidade, este detector é recomendado para ambientes especiais, com as seguintes

características: a. Locais com grande interferência eletromagnética ou de radiofrequência, desde que o dispositivo detector

seja instalado fora do local da interferência; b. Locais onde existam equipamentos ou processos sensíveis à contaminação por fumaça; c. Locais onde é desejado ter um aviso de incêndio em estágio precoce.

5) Cada ponto de amostragem de um detector de fumaça por amostragem de ar será considerado um detector pontual de fumaça para o propósito de posicionamento e espaçamento

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3.6 a) Devem emitir um sinal de falha caso o fluxo de ar saia da faixa definida na especificação documentada do fabricante

6.3.6 a) Os pontos de amostragem e o filtro de ar, se utilizado, devem ser mantidos limpos conforme instruções documentadas do fabricante

6.3.6 b) Deve ser capaz de distinguir partículas de poeira das de fumaça, através de filtro de ar ou circuito eletrônico discriminador de tamanho de partícula

6.3.6 c) Deve possuir meios de monitoração do ar ambiente, cujas informações são importantes para programar os níveis de alerta e alarmes

6.3.6 d) Alimentação elétrica: devem ser alimentados em 24 Vcc, pela fonte da central ou fonte auxiliar

5.4.6.3 O tempo máximo de transporte da amostra de ar do ponto mais distante até a câmara de análise do dispositivo detector não pode exceder 120 s

5.4.6.4 Os tubos e as conexões da tubulação de amostragem de ar devem ser instalados de forma fixa, de modo a garantir que o ar amostrado entre somente pelos orifícios projetados para proteção do ambiente (pontos de amostragem)

5.4.6.4 A tubulação de amostragem deve ser claramente identificada a cada 3 m, com o texto “Detecção de incêndio – Tubo de amostragem”

5.4.6.5 Aplicação e configuração dos detectores por amostragem de ar Detecção principal: os pontos de amostragem são localizados com o mesmo critério especificado para os detectores

pontuais de fumaça Detecção secundária: os pontos de amostragem são localizados diretamente no fluxo de ar do ambiente protegido Obs.: Esta configuração é opcional e deve ser usada como complementar ao sistema de detecção do ambiente Detecção vertical: o tubo de amostragem é instalado na posição vertical ou inclinada, em locais com altura elevada

como torres, atrium, escadaria etc Detecção localizada: os pontos de amostragem são localizados dentro de painéis elétricos, equipamentos de

telecomunicações, informática, máquinas industriais, aparelhos de diagnóstico médico etc, com o objetivo é a detecção rápida, com o mínimo de perdas em materiais de alto valor agregado ou que afetem a linha de produção

Obs.: Esta configuração é opcional e deve ser usada como complementar ao sistema de detecção do ambiente 5.4.6.6 Instalações onde o local protegido é estanque ou com diferença de pressão com

a atmosfera externa: o tubo de exaustão do ar amostrado deve retornar ao mesmo ambiente onde ocorreu a aspiração, para evitar alteração no fluxo de ar de amostragem calculado no projeto

5.4.6.7 Local protegido sendo uma área classificada: o detector por amostragem de ar instalado dentro ou fora da área explosiva deve ser aprovado para a mesma classificação de Zona Ex

5.4.6.7 Local protegido sendo uma área classificada: a tubulação de exaustão deve retornar ao mesmo ambiente onde ocorreu a aspiração ou ser encaminhada para um ambiente onde não possa formar uma atmosfera explosiva

5.4.6.9 Não é permitida a utilização de dois níveis de alarme, de um mesmo detector por amostragem de ar, como sinal de laço cruzado destinado à descarga de agente extintor de incêndio

5.4.6.10 Deve ser fornecido o desenho isométrico com os comprimentos e diâmetros dos tubos, conexões, posição e diâmetro dos pontos de amostragem, indicando o comprimento máximo dos tubos de amostragem permitido pelo fabricante do detector por amostragem de ar e o comprimento máximo atingido no projeto

5.4.6.11 Deve fornecer memória de cálculo indicando o diâmetro e a pressão negativa em cada ponto de amostragem, tempo de transporte da amostra e sensibilidade total do detector, executada através de uma ferramenta específica (software, tabela etc.) do fabricante do detector por amostragem de ar

5.4.6.11 Sensibilidade total do detector: é calculada como uma relação direta entre a sensibilidade da câmara do dispositivo detector e a quantidade de pontos de amostragem

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 10/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) D.9 Detector de fumaça por amostragem de ar

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

a. Tubos de amostragem 5.4.6.11 Devem ser rígidos, podendo ser de cobre, latão, PVC, CPVC ou outro material

permitido pelas especificações documentadas e cálculos do fabricante do detector por amostragem de ar

5.4.6.11 Devem ser unidos por conexões do mesmo material dos tubos, de forma estanque e sem deformação na temperatura máxima do local de instalação

5.4.6.11 Quando fabricados em PVC ou CPVC, suportes rígidos devem ser instalados no máximo a cada 1,50 m para evitar a deformação

5.4.6.12 Utilização de tubos capilares como ponto de amostragem de ar – Regras: 5.4.6.12 a) O projeto deve fazer menção específica ao uso do tubo capilar e este deve constar

claramente nos cálculos de vazão do detector, respeitando as recomendações, limitações e especificações documentadas do fabricante do detector por amostragem de ar, principalmente no quesito comprimento máximo de cada capilar e quantidade destes por detector

5.4.6.12 b) Cada ponto de amostragem que utilize capilar também deve garantir uma sensibilidade no mínimo equivalente a um detector pontual de fumaça

5.4.6.12 c) O tubo capilar pode ser de material flexível, desde que este material seja estruturado, isto é, que se garanta que não haverá deformação no orifício de amostragem com o passar do tempo e que sua fixação não interfira no fluxo de ar

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 11/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) E. Central, painel repetidor e painel sinóptico

Item (IT) Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

E.1 Central (itens da IT) 5.4 Deve ter dispositivo de teste dos indicadores luminosos e dos sinalizadores

acústicos

5.5 Deve ficar em local onde haja constante vigilância humana e de fácil visualização

5.6 Deve acionar o alarme geral da edificação, devendo ser audível em toda edificação

5.17 É obrigatório conter um painel/esquema ilustrativo, indicando a localização com identificação dos acionadores manuais ou detectores dispostos na área da edificação, respeitadas as características técnicas da central.

5.17 Esse painel pode ser substituído por um display da central que indique a localização do acionamento

5.18 Locais de ocupação de indústria e depósito com alto risco de propagação de incêndio: podem ser acrescentados sistemas complementares de confirmação de indicação de alarme, tais como interfone, rede rádio etc, devidamente sinalizados

E.2 Painel repetidor (itens da IT) 5.5 Deve ficar em local onde haja constante vigilância humana e de fácil

visualização

E.3 Subcentral (itens da IT) 5.22 Caso existente deverá estar interligada à central supervisionadora, emitindo

sinal simultâneo de alarme, podendo o alarme geral ser soado somente na edificação ou área protegida pela subcentral, mas emitindo sinal de pré-alarme para a central. O alarme geral para toda a edificação será soado caso, em 2 minutos, não sejam tomadas medidas de ação junto à central supervisionadora

E.4 Alarme geral (itens da IT) 5.6.1 Pode ser substituído por um sinal sonoro (pré-alarme) apenas na sala de

segurança, junto à central, para evitar tumulto, com o intuito de acionar primeiramente a brigada de incêndio para verificação do sinal de pré-alarme, desde que a central possua um temporizador para o acionamento posterior do alarme geral, com tempo de retardo de, no máximo, 2 minutos, caso não sejam tomadas as ações necessárias para verificar o pré-alarme da central

5.6.2 Pode-se ainda optar por uma mensagem eletrônica automática de orientação de abandono, como pré- alarme; sendo que só será aceita essa comunicação, se houver brigada de incêndio na edificação

5.6.3 Mesmo com o pré-alarme na central de segurança, o alarme geral é obrigatório para toda a edificação

5.11 Nos locais onde não seja possível ouvir o alarme geral devido a sua atividade sonora intensa, será obrigatória a instalação de avisadores visuais e sonoros

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 12/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) E. Central, painel repetidor e painel sinóptico

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

E.5 Localização e instalação da central, painel repetidor e painel sinóptico (itens da NBR) 5.3.1 Deve ser localizada em áreas de fácil acesso, salas de controle, salas de

segurança ou bombeiros, portaria principal ou entrada de edifícios

5.3.1 Deve ser monitorada, local ou remotamente, 24 h por dia, por operadores treinados

5.3.2 Painel repetidor ou painel sinóptico: recomenda-se a instalação de um próximo da entrada da edificação, caso a central não esteja lá localizada

5.3.3 Não pode ser instalada próxima a materiais inflamáveis ou tóxicos 5.3.3 Deve ser instalada em local ventilado e protegido contra a penetração de

gases e fumaça

5.3.4 Deve ser instalada em local que possua rotas de fuga seguras para os operadores

5.3.5 Deve ser instalada em local que permita a rápida comunicação entre o operador e o corpo de bombeiros e a brigada de incêndio

5.3.6 Deve-se prever um espaço livre mínimo de 1 m² em frente à central, destinado à sua operação e manutenção preventiva e corretiva.

5.3.13 Deve ser instalada de forma que sua interface de operação (teclado/visor) fique a uma altura entre 1,40 m e 1,60 m do piso acabado, para operação em pé, 1,10 m a 1,20 m para operação sentada, para melhor visualização das informações

6.1.1 f) e 6.1.2 d)

Deve existir meios para identificação dos circuitos e indicação da respectiva área ou local protegido

6.1.1 i) e 6.1.2 f) Deve existir borne para aterramento com cabo de bitola calculada para o

sistema, sendo a mínima permitida de 2,5 mm²

6.1.1 j) e 6.1.2 g) Todas as ligações com os componentes externos devem ser executadas através

de bornes devidamente identificados

E.6 Localização e instalação das baterias (itens da NBR) 5.3.8 Devem ser instaladas em local que permita fácil acesso para manutenção 5.3.9 No gabinete da central só devem ser instaladas baterias seladas 5.3.10 Baterias não alojadas no interior da central: devem ser instaladas junto à

central, em área abrigada e ventilada, para evitar acúmulo de gases tóxicos e corrosivos

5.3.10 Baterias não seladas: se utilizadas, os eletrodutos que as interligam a central devem ser fechados de forma a inibir a penetração de gases no gabinete da central

5.3.11 Seção dos condutores para interligação das baterias à central: deve ser definida para que a queda de tensão não seja superior a 0,5 Vcc na máxima corrente prevista

5.3.12 Cálculos de fonte de alimentação e baterias: devem ser realizados conforme Anexo B da NBR 17240

E.7 Alimentação elétrica da central (itens da NBR) 6.1.4 a) Deve possuir sempre uma fonte de alimentação principal e uma de emergência,

com capacidades iguais e tensão nominal de 24 Vcc, as quais devem ser supervisionadas e dimensionadas para o consumo máximo do sistema

6.1.4 b) Fonte de alimentação principal: deve possuir capacidade para atender simultaneamente ao circuito de maior consumo do sistema em alarme de fogo, com todos os indicadores, avisadores e comandos acionados, durante pelo menos 15 min, com a bateria ou fonte de emergência desconectada

6.1.4 c) Fonte de emergência ou bateria: deve possuir capacidade suficiente para operar o sistema de detecção e alarme em condições normais (sem alarmes), por um período mínimo de 24 h

6.1.4 c) Baterias: devem possuir capacidade de operar todos os avisadores de alarme usados para o abandono ou localização de emergência por 5 min

6.1.4 c) Sistema incluindo avisador por voz: mantém-se o período mínimo de 24 h em condições normais e, no caso de abandono, deve operar todos os equipamentos de voz por 15 min

6.1.4 f) Deve possuir equipamento de recarga das baterias dimensionado para atingir 80 % da carga nominal do sistema, em no máximo 18 h

6.1.4 g) Deve possuir fusíveis e disjuntores de proteção da fonte de alimentação principal ou de emergência dimensionados para atuarem entre 150 % e 250 % da máxima corrente em alarme

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 13/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) E. Central, painel repetidor e painel sinóptico

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

E.8 Indicações e controles da central (itens da NBR) 6.1.3 a) No caso de sistemas convencionais: deve possuir indicação visual individual de

incêndio para cada circuito de detecção

6.1.3 a) No caso de outros sistemas de detecção e alarme: deve possuir indicação visual individual de incêndio para cada evento

6.1.3 b) Deve possuir indicação sonora e visual geral de incêndio 6.1.3 c) Deve possuir indicação visual individual de falha para cada circuito de detecção,

circuitos de sinalização e alarme e circuitos de comando

6.1.3 d) Deve possuir indicação sonora e visual de falha geral 6.1.3 e) Deve possuir indicação sonora e visual de fuga a terra 6.1.3 f) Deve possuir dispositivo de inibição do indicador sonoro da central, que possibilite

a atuação automática de qualquer nova informação de incêndio ou falha, permitindo sucessivas inibições

6.1.3 g) Deve possuir sinalização de interrupção na alimentação da rede elétrica Vca, baterias ou fonte de emergência, e entre a fonte de alimentação e o módulo eletrônico principal da central

6.1.3 h) A partir de 10 indicadores (LED ou lâmpadas), deve ser previsto um tipo de ensaio dos indicadores luminosos e dos sinalizadores acústicos

6.1.3 i) Deve permitir a inibição dos indicadores sonoros externos, após o reconhecimento do evento de alarme

6.1.3 j) Deve permitir o desligamento de um ou mais circuitos de detecção por meios adequados, sinalizando tal evento

6.1.3 k) Deve possuir instalação de dispositivos manuais destinados ao acionamento sequencial, parcial ou total, dos avisadores e ativação dos circuitos de comando necessários, em casos de emergência

E.9 Indicações do painel repetidor e painel sinóptico (itens da NBR) 6.2.2 a) Deve utilizar indicadores acústicos e visuais 6.2.2 b) Deve repetir no mínimo as sinalizações gerais de incêndio 6.2.2 c) Deve possuir tipos diferentes de indicação sonora, sendo uma para incêndio

e outra para as demais indicações

6.2.2 d) As cores a serem utilizadas nas indicações visuais são: vermelha para alarme de incêndio, amarela para falha e verde para funcionamento

6.2.2 e) A partir de 10 indicadores (LED ou lâmpadas), deve ser previsto um tipo de ensaio dos indicadores luminosos e dos sinalizadores acústicos

E.10 Princípio de funcionamento da central (itens da NBR) 6.1.5 a) Indicações de incêndio devem ter prioridade sobre as demais indicações 6.1.5 b) Indicações visuais de incêndio dos diferentes circuitos de detecção devem ser

memorizadas individualmente

6.1.5 b) O reset do alarme memorizado deve ser manual 6.1.5 c) Deve ser possível silenciar manualmente a indicação sonora dos eventos, de

modo que, na ocorrência de novo alarme de incêndio ou falha, a indicação sonora seja ativada novamente

6.1.5 d) As cores das indicações devem ser: vermelha para alarme de incêndio, amarela para falha e verde para funcionamento normal

6.1.5 e) Todos os circuitos de detecção, alarme e comando devem ser supervisionados contra interrupção de linha e esta sinalizada como falha

6.1.5 f) Todos os circuitos de detecção devem ser protegidos contra curto-circuito, sinalizando a ocorrência

6.1.5 g) Os circuitos de alarme e comando devem ser protegidos contra rompimento e curto-circuito, sinalizando a ocorrência

6.1.5 h) Tempo de resposta para a sinalização de um alarme de incêndio na central deve ser no máximo 30 s

6.1.5 h) Tempo de resposta para a sinalização de falha na central deve ser no máximo 200 s

6.1.5 i) As indicações visuais de incêndio ou falha não podem ser canceladas ou inibidas, sem antes normalizar ou reparar o elemento que gerou a ocorrência

6.1.5 j) A central deve ter pelo menos um contato reversor, destinado ao comando de equipamentos auxiliares

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 14/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) F. Acionador manual

Item (IT) Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

Obrigatoriedade 5.10 Em toda área da edificação em que é exigido o sistema

Exceções 5.10 Ocupações da divisão F-6: onde é opcional nas áreas de público e obrigatório

nas demais áreas

Decreto Ocupações do grupo B: em que devem ser instalados nas áreas de circulação Decreto Ocupações das divisões G-1, G-2, G-3 e G-4: onde deve haver pelo menos um

acionador manual, por pavimento, a no máximo 5 m da saída de emergência

Decreto Ocupações das divisões H-1, H-2, H-3 e H-4: onde são obrigatórios nos corredores

5.7 Distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo: não deve ser superior a 30 metros

5.8 Devem ser localizados junto aos hidrantes 5.9 Deve ser previsto pelo menos um acionador manual em cada pavimento 5.9 Dispensa em mezaninos: apenas se o acionador manual do piso principal der

cobertura para a área do mezanino (até 30 m para alcança-lo)

5.16 Sistema com central convencional: os acionadores manuais devem obrigatoriamente conter a indicação de funcionamento (cor verde) e alarme (cor vermelha) indicando o funcionamento e supervisão do sistema

5.16 Sistema com central do tipo inteligente: pode ser dispensada a presença dos leds nos acionadores, desde que haja na central uma supervisão constante e periódica dos equipamentos periféricos (acionadores manuais, indicadores sonoros, detectores etc.)

5.16 Sistema com central do tipo inteligente que possui sistema de pré-alarme: obrigatoriamente deverá ter o led de alarme nos acionadores, indicando que o sistema foi acionado

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.5.1 Local de instalação: local de trânsito de pessoas em caso de emergência, como saídas de áreas de trabalho, áreas de lazer, corredores, saídas de emergência para o exterior etc

5.5.2 Altura de instalação: entre 0,90 m e 1,35 m do piso acabado 5.5.2 Forma de instalação: embutida ou de sobrepor, na cor vermelho segurança 6.4.1 Devem ser na cor vermelha 6.4.1 Devem possuir corpo rígido, para impedir dano mecânico ao dispositivo de

acionamento

6.4.2 Devem conter informações de operação no próprio corpo, de forma clara e em lugar visível (se escrita devem ser em língua portuguesa)

6.4.3 O dispositivo de rompimento para acionar, caso existente, quando rompido, não deve formar fragmentos cortantes que tragam risco ao operador

6.4.4 Acionamento: deve ser do tipo travante, permitindo a identificação do dispositivo acionado

6.4.4 Acionamento: ao ser acionado deve ser colocado manualmente em posição normal e não eletronicamente via central

Tempo de ativação 8.1.4 A central deve ser ativada no máximo em 15 s, indicando corretamente o local

ou a linha em alarme

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 15/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) G. Avisadores sonoros e/ou visuais

Item (IT) Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

Avisadores visuais (itens da IT) 5.11 Nos locais onde não seja possível ouvir o alarme geral devido a sua atividade

sonora intensa, será obrigatória a instalação de avisadores visuais e sonoros

5.12 Nos locais de reunião de público, tais como: casa de show, música, espetáculo, dança, discoteca, danceteria, salões de baile etc.; onde se tem, naturalmente, uma situação acústica elevada, será obrigatória também a instalação de avisadores visuais

5.19 Locais onde a produção de fumaça seja esperada em grande quantidade: pode ser acrescentada a colocação de leds de alto brilho, para aviso visual sobre as saídas de emergência

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.6.1 e 6.5.1

Devem ser instalados em quantidades suficientes, nos locais que permitam sua visualização e/ou audição, em qualquer ponto do ambiente no qual estão instalados, nas condições normais de trabalho deste ambiente, sem impedir a comunicação verbal próximo do local de instalação

5.6.1 Local de instalação: locais de trânsito de pessoas em caso de emergência, como áreas de trabalho, corredores, saídas de emergência para o exterior etc.

5.6.2 Devem ser supervisionados pela central, com relação a rompimento de fios e cabos em suas ligações

5.6.3 Altura de instalação: entre 2,20 m a 3,50 m 5.6.3 Forma de instalação: embutida ou sobreposta, preferencialmente na parede 6.5.3 Não podem apresentar falhas, deformação, queda de rendimento sonoro ou

visual perceptível, por pelo menos 60 min de funcionamento contínuo

6.5 Devem possuir tensão de operação nominal de 24 Vcc

Avisadores visuais ( itens da NBR) 5.6.1 Avisadores visuais: devem ser previstos em locais com nível sonoro acima

de 105 dBA

5.6.5 Avisadores visuais: devem ser previstos em locais onde as pessoas trabalham com protetores auriculares

6.5.5 Devem ser pulsantes, com freqüência entre 1 Hz e 6 Hz 6.5.6 Devem ter intensidade luminosa mínima de 15 cd e máxima de 300 cd

Avisadores sonoros (itens da NBR) 6.5.7 Devem apresentar potência sonora de 15 dBA acima do nível médio de som

do ambiente ou 5 dBA acima do nível máximo de som do ambiente, medidos a 3 m da fonte

Avisadores sonoros e visuais (itens da NBR) 6.5.8 O som e a freqüência dos avisadores devem ser únicos na área e não podem

ser confundidos com outros sinalizadores que não pertençam ao alarme de incêndio

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 16/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) H. Circuitos elétricos do sistema

Item (IT) Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

Fonte de alimentação 5.3 Deve existir pelo menos duas: a principal que é a rede do sistema elétrico da

edificação, e a auxiliar que é constituída por baterias, nobreak ou gerador

5.3 Fonte de alimentação auxiliar: deve ter autonomia mínima de 24 horas em regime de supervisão, sendo que no regime de alarme deve ser de, no mínimo, 15 minutos para suprimento das indicações sonoras e/ou visuais ou o tempo necessário para o abandono da edificação

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

Sistema convencional 6.6.1 Um circuito pode monitorar no máximo uma área de cobertura de 1.600 m²

(correspondente a uma combinação de 20 dispositivos, entre detectores automáticos e acionadores manuais)

6.6.2 Deve existir uma proteção adequada, de tal forma que a falha em um laço não possa inibir o funcionamento de outros laços

6.6.3 Cada andar da edificação deve ter pelo menos um laço ou circuito distinto 6.6.4 Não é permitida a supervisão de duas prumadas ou escadas

Sistemas endereçáveis 6.6.5 O limite de dispositivos interligados em um mesmo circuito é dado pelas

especificações documentadas do fabricante

6.6.5 Deve-se prever a instalação de módulos isoladores, de forma a separar os dispositivos em zonas que atendam aos mesmos critérios citados acima (6.6.1 a 6.6.4)

6.6.7 Os circuitos destinados ao fechamento automático de portas corta-fogo devem ser supervisionados eletronicamente

6.6.9 Os fusíveis e disjuntores de proteção utilizados no sistema devem ser selecionados para atuação entre 150 % a 250 %, da corrente nominal do circuito protegido

6.6.12 Em locais sujeitos a alagamentos, devem ser utilizados fios e cabos com isolação e proteção própria para estes ambientes

6.6.13 A utilização de quaisquer dispositivos de seccionamento ou bloqueio nos circuitos de detecção, alarmes e comandos no campo fica condicionada à existência da correspondente sinalização do estado destes na central

6.6.14 Em caso de circuitos de detecção em classe A (em anel), a blindagem, quando existente, deve ser aterrada na central

I. Infra-estrutura Item

(NBR) Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA Eletrodutos

6.7.1 Toda a rede deve ser dedicada, ou seja, atender exclusivamente ao sistema de detecção e alarme

6.7.10 Toda a rede deve ser identificada com anéis de 2 cm de largura mínima, na cor vermelha, a cada 3 m no máximo

6.7.2 Devem ser preferencialmente metálicos, garantindo a proteção mecânica e eletromagnética da fiação que passa por eles

6.7.2 Podem ser aparentes ou embutidos

6.7.7 Resistência ôhmica dos eletrodutos metálicos: não pode exceder 50 Ώ entre a central e o ponto mais distante do sistema

6.7.3 O sistema deve ter todos os eletrodutos, caixas de passagem, blindagens de cabos e partes metálicas, ligados a um mesmo referencial de terra, preferencialmente o da área de instalação da central, sendo seguramente aterrados

6.7.5 Devem conter apenas circuitos elétricos na tensão nominal de 24 Vcc

6.7.11 Circuito Classe A: deve-se prever uma separação adequada entre os circuitos para a proteção física dos cabos, de no mínimo de 30 cm para circuitos instalados na vertical e 1,20 m quando os circuitos estiverem instalados na horizontal

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 17/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) J. Fiação

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.8.1 Os circuitos dos sistemas de detecção e de alarme devem atender aos requisitos da ABNT NBR 5410

6.8.2 Condutores elétricos: devem ser de cobre, rígidos ou flexíveis, e ter isolação não propagante à chama, que resista à temperatura maior ou igual a 70 °C

6.8.8 Quando o encaminhamento de fios e cabos passar por locais sujeitos a altas temperaturas, a isolação térmica dos condutores elétricos deve ser pelo menos 20 °C superior à máxima temperatura esperada, em condições de operação normal

6.8.2 Fios e cabos singelos: devem possuir tensão de isolação mínima de 600 Vca e bitola adequada, sendo a mínima permitida de 0,75 mm²

6.8.2 Cabos multipares: devem possuir tensão de isolação mínima de 300 Vca e bitola adequada, sendo a mínima permitida de 0,50 mm²

6.8.11 Fios, cabos e cabos multipares: devem ser de uso exclusivo do sistema, não sendo permitida a utilização dos condutores de um mesmo cabo multipar para quaisquer outros sistemas

6.8.13 Fios flexíveis: somente são aceitos quando todas as ligações forem executadas com terminais apropriados à bitola do cabo e dos parafusos dos terminais

6.8.3 Fios ou cabos elétricos sem blindagem: são necessários meios de proteção mecânica e contra-indução eletromagnética, como eletrodutos metálicos rígidos ou flexíveis, calhas e bandejamentos metálicos fechados, de uso exclusivo do sistema de detecção de incêndio

6.8.8 Não são permitidas soldas ou emendas de fios ou cabos dentro de eletrodutos, bandejas, calhas, caixas de ligação e de passagem

6.8.12 Resistência ôhmica da blindagem dos cabos: não pode exceder 50 Ώ entre a central e o ponto mais distante do sistema

6.8.14 Todas as interligações dos componentes entre si e destes com a central devem ser claramente identificadas

6.8.15 Em cada circuito do sistema, os condutores elétricos devem possuir cores distintas, de forma a identificar a correta polaridade do circuito, as quais devem ser mantidas ao longo de toda a sua extensão.

6.8.15 A capa externa dos cabos aparentes deve ser vermelha

6.8.16 Descidas de cabos para a interligação de acionadores manuais: devem ser protegidas contra danos mecânicos, no mínimo até uma altura de 2 m do piso acabado

6.8.17 Distância mínima entre cabos ou fios do sistema de detecção e os fios de energia de alimentação 127/220 Vca: deve ser de 50 cm

6.8.19 Fibras ópticas: são permitidas na interligação entre os equipamentos do sistema de detecção de incêndio, desde que atendam aos requisitos de supervisão ininterrupta entre transmissor e receptor

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 18/18

IX. Sistema de detecção e alarme (IT 19 e NBR 17240) K. Sistemas automáticos de combate a incêndios O sistema de detecção e alarme de incêndio está interligado a um sistema automático de combate?

Sim Não

Item (NBR)

Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

Requisitos do sistema 5.7.2 Todos os circuitos de comando para descarga de sistemas automáticos de

combate a incêndios devem ser supervisionados contra rompimento dos fios, que deve ser sinalizado como falha na central

5.7.3 A central deve acionar dispositivos sonoros e visuais, durante um tempo suficiente para abandono das pessoas presentes no local, e, somente após isto, deve efetuar a descarga do agente extintor

5.7.4 Cálculo do tempo de abandono: deve-se considerar o tempo que uma pessoa, caminhando em velocidade não superior a 40 m/min, partindo de local e condição mais desfavoráveis da área protegida, consegue chegar a um local seguro

5.7.5 O sistema de detecção comandante deve ser do tipo de laço cruzado, onde pelo menos dois detectores independentes devem entrar em estado de alarme

5.7.5 O sistema deve atuar os avisadores de abandono e iniciar o temporizador e somente após um tempo predefinido, o sistema de combate deve entrar em operação

5.7.8 As sonorizações de alarme na área protegida para primeiro detector atuado, primeiro alarme, e para segundo detector atuado, confirmação da necessidade da descarga do sistema de combate automático, devem possuir sons diferentes

5.7.8 Os acionadores manuais com função de combate devem ser diferenciados ou devidamente identificados para isso

5.7.9 Avisadores visuais de abandono: devem ser instalados em áreas com sistemas de combate, com pelo menos 15 cd de intensidade luminosa

5.7.10 O sistema deve prever uma chave de bloqueio do sistema de combate montada próximo da porta principal, que impossibilite a descarga do agente na presença de pessoas

5.7.11 Todas as operações de bloqueio no sistema de combate devem ser sinalizadas na central

5.7.15 O sistema deve possuir chave manual de seleção de descarga principal ou descarga reserva, devidamente identifi cada, onde aplicável

5.7.16 Locais habitados – sequência de funcionamento do sistema 5.7.16 a) Ativação do pré-alarme na atuação do primeiro detector, para a brigada de

incêndio poder verificar a origem do alarme

5.7.16 b) Na atuação do segundo detector, imediata ativação do alarme sonoro de abandono, em tom distinto do pré-alarme, com indicação visual das saídas de emergência disponíveis

5.7.16 c) Abertura da válvula direcional correspondente ao risco e dispositivos de alívio de pressão, quando aplicável

5.7.16 d) Iniciar temporização para ativação do sistema de combate, por um tempo predeterminado, de acordo com o cálculo do tempo de abandono (item 5.7.4 da NBR 17240)

5.7.16 e) Ao término da temporização, se não houver bloqueio, a central energizará o dispositivo de descarga do agente extintor

5.7.16 Comando do sistema de detecção e alarme 5.7.16 a) Destravamento de saídas de emergência e portas de fuga, que estejam

bloqueadas pelo sistema de controle de acesso ou outros meios

5.7.16 b) Desligamento da energia elétrica, sistemas de ventilação, ar-condicionado e bombas de combustíveis

5.7.16 c) Fechamento de portas corta-fogo, “dampers” de insuflamento e retorno de ar, e válvulas de alimentação de combustíveis

5.7.17 Deve ser previsto um dispositivo de disparo manual mecânico do sistema de combate, diretamente nas válvulas direcionais e nas válvulas do agente extintor

5.7.18 Toda tubulação, tanques e cilindros do sistema automático de combate devem ser na cor vermelha notação 5R4/14 Munsell

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 01/04

X. Sinalização de emergência (IT 20) Exigida/projetada? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3 a. Deve destacar-se em relação à comunicação visual adotada para outros fins 6.3 b. Não deve ser neutralizada pelas cores de paredes e acabamentos, dificultando a

sua visualização

6.3 c. Deve ser instalada perpendicularmente aos corredores de circulação de pessoas e veículos, permitindo-se condições de fácil visualização

6.3 h. Os equipamentos de origem estrangeira, instalados na edificação, utilizados na segurança contra incêndio, devem possuir as orientações necessárias à sua operação na língua portuguesa

6.4 Deve ser indicada uma nota no projeto técnico de proteção e segurança contra incêndio referente ao atendimento das exigências contidas na IT 20

6.4.3 Deve constar nas plantas-baixa os tipos e dimensões das sinalizações apropriadas à edificação, indicadas através de um círculo dividido ao meio na posição a serem instaladas, conforme indicado na Tabela A-4 do Anexo A ou através de linhas finas de chamada, onde: a. Na parte superior do círculo deve constar o código do símbolo, conforme Anexo B b. Na parte inferior do círculo devem constar as dimensões (diâmetro, altura e/ou largura) da placa (em milímetros), conforme Tabela A-1 do Anexo A

6.4.3.1 Quando as sinalizações se utilizarem de mensagens escritas, devem constar à altura mínima de letras (conforme Tabela A-2 do Anexo A) para cada placa, indicando-se através de linha fina de chamada

6.4.3.2 Deve constar legenda contendo todos os símbolos adotados em conformidade com o Anexo B, bem como, o quadro de quantidades de placas de sinalização discriminados por tipo e dimensões

Locais de reunião de público (IT 20 e 11) 6.3 g. (IT 20)

Os recintos destinados à reunião de público, cujas atividades se desenvolvem sem aclaramento natural ou artificial suficientes para permitir o acúmulo de energia no elemento fotoluminescente das sinalizações de saídas, devem possuir luminária de balizamento com a indicação de saída (mensagem escrita e/ou símbolo correspondente), sem prejuízo do sistema de iluminação de emergência, em substituição à sinalização apropriada de saída com o efeito fotoluminescente

5.12.3.2 (IT 11) Nos locais de reunião de público, das divisões F-1, F-2, F-3, F-5, F-6, F-7, F-8 e F-10

deverá haver na entrada, em local visível, uma placa indicativa da capacidade populacional máxima admitida, conforme o modelo código M2 constante na IT 20

5.12.3.3 (IT 11) Nos locais de reunião de público, das divisões F-6 e F-7, com capacidade acima de

500 pessoas, deverá haver na entrada, em local visível ao público, um painel eletrônico que indique a quantidade de pessoas nas áreas de público, em tempo real, para controle de acesso do público

6.5 Materiais de confecção Placas em materiais plásticos Chapas metálicas Outros materiais semelhantes

6.5.1 Características dos materiais utilizados 6.5.1 a. Possuir boa resistência mecânica 6.5.1 b. Possuir espessura suficiente para que não sejam transferidas para a superfície da

placa possíveis irregularidades das superfícies onde forem instalados

6.5.1 c. Não propagar chamas 6.5.1 d. Resistir a agentes químicos e limpeza 6.5.1 e. Resistir à água 6.5.1 f. Resistir ao intemperismo 6.5.3 O material fotoluminescente deve atender à norma NBR 13434-3/05 – requisitos e

métodos de ensaio

6.6 Devem ser manutenidas quando suas propriedades físicas e químicas deixarem de produzir o efeito visual para as quais foram confeccionadas

5.1.3.2.2 m. Detalhes específicos de plantas (IT 01) Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA m. Deve ser lançada uma nota referenciando o atendimento do sistema de sinalização

de emergência de acordo com a IT 20

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 02/04

X. Sinalização de emergência (IT 20) A. Sinalização básica Proibição Orientação e salvamento Alerta Equipamentos A.1 Sinalização de proibição

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.1.1 Deve ser instalada em local visível e a uma altura de 1,8 m medida do piso acabado à base da sinalização

6.1.1 Deve ser distribuída em mais de um ponto dentro da área de risco, de modo que pelo menos uma delas possa ser claramente visível de qualquer posição dentro da área, distanciadas em no máximo 15 m entre si

A.2 Sinalização de alerta

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.1.2 Deve ser instalada em local visível e a uma altura de 1,8 m medida do piso acabado à base da sinalização

6.1.2 Deve ser instalada próxima ao risco isolado ou distribuída ao longo da área de risco generalizado, distanciadas entre si em, no máximo, 15 m

A.3 Sinalização de orientação e salvamento

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.1.3 Deve assinalar todas as mudanças de direção, saídas, escadas etc 6.3 e. Devem possuir efeito fotoluminescente

6.1.3 a. Portas de saída de emergência: deve ser localizada imediatamente acima das portas, no máximo a 10 cm da verga, ou diretamente na folha da porta, centralizada a uma altura de 1,8 m medida do piso acabado à base da sinalização

6.1.3 f. A abertura das portas em escadas não deve obstruir a visualização de qualquer sinalização

6.1.3 b. Rotas de saída: deve ser localizada de modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja de, no máximo, 15 m

6.1.3 b. Rotas de saída: deve ser instalada, de forma que na direção de saída de qualquer ponto seja possível visualizar o ponto seguinte, respeitado o limite máximo de 30 m

6.1.3 b. Rotas de saída: deve ser instalada de modo que a sua base esteja a 1,8 m do piso acabado

6.1.3 c. Identificação dos pavimentos no interior da caixa de escada de emergência: deve estar a uma altura de 1,8 m medido do piso acabado à base da sinalização, instalada junto à parede, sobre o patamar de acesso de cada pavimento, de tal forma a ser visualizada em ambos os sentidos da escada (subida e descida)

6.1.3 e. Escadas contínuas: além da identificação do pavimento de descarga no interior da caixa de escada de emergência, deve-se incluir uma sinalização de saída de emergência com seta indicativa da direção do fluxo através dos símbolos (Anexo B – código S3 ou S4 na parede frontal aos lances de escadas e S5 acima da porta de saída, de forma a evidenciar o piso de descarga)

6.1.3 d. A mensagem escrita “SAÍDA” deve estar sempre grafada no idioma português

A.4 Sinalização de equipamentos de combate a incêndio

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3 e. Devem possuir efeito fotoluminescente 6.1.4 Deve estar a uma altura de 1,8 m, medida do piso acabado à base da

sinalização, e imediatamente acima do equipamento sinalizado

6.1.4 a. Deve ser repetida a uma altura suficiente para a sua visualização, quando houver, na área de risco, obstáculos que dificultem ou impeçam a visualização direta da sinalização básica no plano vertical

6.1.4 c. Intalação em pilar: devem ser sinalizadas todas as faces do pilar que estiverem voltadas para os corredores de circulação de pessoas ou veículos

6.1.4 d. Hidrante e extintor de incêndio instalados em garagem, área de fabricação, depósito e locais utilizados para movimentação de mercadorias e de grande varejo: deve ser implantada também a sinalização de piso

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 03/04

X. Sinalização de emergência (IT 20) B. Sinalização complementar Rotas de saída (indicação continuada) Demarcações de áreas Obstáculos Identificação de sistemas hidráulicos fixos de

combate a incêndio Mensagens escritas B.1 Sinalização complementar de indicação continuada das rotas de saída (facultativa)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.3 f. Devem possuir efeito fotoluminescente 6.2.1 Deve ser aplicada sobre o piso acabado ou sobre as paredes de corredores e

escadas destinadas a saídas de emergência, indicando a direção do fluxo

6.2.1 a. O espaçamento entre cada uma delas deve ser de até 3 m na linha horizontal, medidas a partir das extremidades internamente consideradas

6.2.1 b. Deve também ser aplicada a cada mudança de direção 6.2.1 c. Quando aplicada sobre o piso: deve estar centralizada em relação à largura da rota

de saída

6.2.1 d. Quando aplicada nas paredes: deve estar a uma altura constante entre 25 cm e 50 cm do piso acabado à base da sinalização, podendo ser aplicada, alternadamente, à parede direita e esquerda da rota de saída

B.2 Sinalização complementar de indicação de obstáculos ou de riscos nas circulações das rotas de saída Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 6.3 f. Devem possuir efeito fotoluminescente

6.2.2.1.1 a. Faixa zebrada – situação de aplicação 1 Outras saliências resultantes de elementos construtivos ou equipamentos que reduzam a largura das rotas de saída,

prejudicando a sua utilização 6.2.2.1.1 a. Devem ser aplicadas, verticalmente, a uma altura de 50 cm do piso acabado, com

comprimento mínimo de 1 m

6.2.2.1.1 b. Faixa zebrada – situação de aplicação 2 Desnível de piso Rebaixo de teto 6.2.2.1.1 b. Devem ser aplicadas, horizontalmente, por toda a extensão dos obstáculos, em

todas as faces, com largura mínima de 10 cm em cada face

6.2.2.1.1 c. Tarjas – situação de aplicação Elementos translúcidos e transparentes, tais como vidros, utilizados em esquadrias destinadas a portas e painéis

(com função de divisórias ou de fachadas, desde que não assentadas sobre muretas com altura mínima de 1 m) 6.2.2.1.2 Devem ser aplicadas em cor contrastante com o ambiente, com largura mínima de

5 cm, aplicada horizontalmente em toda sua extensão, na altura constante compreendida entre 1 m e 1,4 m do piso acabado

B.3 Sinalização complementar: mensagens escritas específicas (acompanham a sinalização básica) Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 6.2.3 Devem se situar imediatamente adjacente à sinalização básica que complementar 6.2.3 Devem ser escritas na língua portuguesa

6.2.4.1 Devem ser instaladas placas no acesso principal da edificação, informando o público sobre:

Os sistemas de proteção contra incêndio (ativos e passivos) instalados na edificação A característica estrutural da edificação (metálica, protendida, concreto armado, madeira etc)

O número do telefone de emergência para acionamento do Corpo de Bombeiros (193) ou, na falta de Posto de Bombeiros no Município, o número de telefone da Polícia Militar (190)

6.2.4.2 Deve ser instalada placa no acesso principal dos recintos destinados a reunião de público, indicando:

A lotação máxima admitida, regularizada em projeto aprovado no CBMBA 6.2.4.3 Devem ser instaladas placas no acesso principal da área de risco, informando o

público sobre:

Os sistemas de proteção contra incêndio (ativos e passivos) instalados na área de risco

Os produtos líquidos combustíveis armazenados, indicando a quantidade total de recipientes transportáveis ou tanques, bem como a capacidade máxima individual de cada tipo, em litros ou metros cúbicos, regularizados em projeto aprovado no CBMBA

Os gases combustíveis armazenados em tanques fixos, indicando a quantidade total de tanques, bem como a capacidade máxima individual dos tanques, em litros ou metros cúbicos e em quilogramas, regularizados em projeto aprovado no CBMBA

Os gases combustíveis armazenados em recipientes transportáveis, indicando a quantidade total de recipientes de acordo com a capacidade máxima individual de cada tipo, em quilogramas, regularizados em projeto aprovado no CBMBA

Outros produtos perigosos armazenados, indicando o tipo, a quantidade e os perigos que oferecem às pessoas e meio ambiente

6.2.4.4 Devem ser instaladas placas próximo aos produtos armazenados, separados por categoria, indicando o nome comercial e científico do produto

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 04/04

X. Sinalização de emergência (IT 20) B.4 Sinalização complementar destinada à demarcação de áreas

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.2.5 Deve ser implantada no piso acabado, através de faixas contínuas com largura entre 5 cm e 20 cm

6.2.5 Situações de implantação

Áreas destinadas a depósito de mercadorias, máquinas e equipamentos industriais etc, a fim de indicar uma separação entre os locais desses materiais e os corredores de circulação de pessoas e veículos:

6.2.5.1 Deve ser implantada na cor branca ou amarela, em todo o perímetro das áreas

Para indicar as vagas de estacionamento de veículos em garagens ou locais de carga e descarga: 6.2.5.2 Deve ser implantada na cor branca ou amarela

Nos acessos às saídas de emergência, a fim de identificar o corredor de acesso para pedestres, localizado junto a vagas de estacionamento de veículos e/ou depósitos de mercadorias:

6.2.5.3 Deve ser implantada na cor branca, paralelas entre si e com o espaçamento variando entre uma e duas vezes a largura da faixa adotada, dispostas perpendicularmente ao sentido de fluxo de pedestres (faixa de pedestres), com comprimento mínimo de 1,2 m, formando um retângulo ou quadrado de pelo menos 1,2 m de largura por 1,8 m de comprimento, sem bordas laterais

B.5 Sinalização complementar destinada à identificação de sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

6.2.6.1 Tubulações aparentes, não embutidas na alvenaria (parede e piso): devem ter pintura na cor vermelha

6.2.6.2 a. Portas dos abrigos dos hidrantes: podem ser pintadas em outra cor, mesmo quando metálicas, combinando com a arquitetura e decoração do ambiente, desde que as mesmas estejam devidamente identificadas com o dístico “incêndio” – fundo vermelho com inscrição na cor branca ou amarela

6.2.6.2 b. Portas dos abrigos dos hidrantes: podem possuir abertura no centro com área mínima de 0,04 m², fechada com material transparente (vidro, acrílico etc), identificado com o dístico “incêndio” – fundo vermelho com inscrição na cor branca ou amarela

6.2.6.3 Acessórios hidráulicos (válvulas de retenção, registros de paragem, válvulas de governo e alarme): devem receber pintura na cor amarela

6.2.6.4 Tampa de abrigo do registro de recalque: deve ser pintada na cor vermelha 6.2.6.5 Registros de recalque distintos para sistema de hidrantes e sistema de

chuveiros automáticos: devem ser identificados com a inscrição “H” para hidrantes e “CA” ou “SPK” para chuveiros automáticos

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 01/02

XI. Sistema de proteção por extintores de incêndio (IT 21) A. Extintores portáteis

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.1.4 Distância máxima de percurso para se alcançar os extintores portáteis

Classe de risco Capacidade extintora mínima Distância máxima a ser percorrida em m Baixo 2-A / 20-B 25 Médio 3-A / 40-B 20 Alto 4-A* / 80-B 15 *Dois extintores com carga d’água de capacidade extintora 2-A, quando instalados um ao lado do outro, podem ser utilizados em substituição a um extintor 4-A

5.2.1.9 Não são aceitas combinações de dois ou mais extintores para se atingir a capacidade extintora mínima, à exceção do extintor de espuma mecânica e da tabela acima

5.2.1.1 Altura de instalação em paredes ou divisórias: de 10 cm, medida da parte inferior do extintor a 1,60, medida da fixação do suporte, em relação ao piso acabado

5.2.1.2 Instalação sobre o piso acabado: devem estar apoiados em suportes apropriados, com altura entre 10 cm e 20 cm do piso

5.2.1.3 Não podem ser instalados em escadas 5.2.1.3 Devem permanecer desobstruídos 5.2.1.3 Devem permanecer sinalizados de acordo com o estabelecido na IT 20 5.2.1.4 Deve haver, no mínimo, duas unidades extintoras em cada pavimento, sendo

uma para incêndio classe A e outra para incêndio classe B e C Obs.: Pode-se instalar duas unidades extintoras iguais de pó ABC

5.2.1.5 Edificações, mezaninos e pavimentos com área construída inferior a 50 m²: é permitida a instalação de uma única unidade extintora de pó ABC

5.2.1.6 Devem ser intercalados na proporção de dois extintores para o risco predominante e um para a proteção do risco secundário

5.2.1.12 Deve ser instalado pelo menos um extintor de incêndio a não mais de 5 m da entrada principal da edificação e das escadas nos demais pavimentos

5.2.1.7 Extintores com acabamento externo em material cromado, latão ou metal polido: devem possuir marca de conformidade expedida por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro)

5.2.1.8 Extintores de incêndio instalados em abrigo embutido na parede ou divisória: deve existir uma superfície transparente que possibilite a visualização do extintor no interior do abrigo

5.2.1.10 Devem ser instalados extintores de incêndio em locais de riscos específicos Nota: Locais de riscos específicos: a. casa de caldeira b. casa de bombas c. casa de força elétrica d. casa de máquinas e. galeria de transmissão f. incinerador g. elevador (casa de máquinas)

h. escada rolante (casa de máquinas) i. quadro de redução para baixa tensão j. transformadores k. contêineres de telefonia l. gases ou líquidos combustíveis ou inflamáveis m. geradores n. outros que necessitam de proteção adequada

5.2.1.13 Locais de abastecimento e/ou postos de abastecimento e serviços onde os tanques de combustíveis são enterrados: devem ser instaladas mais uma unidade extintora portátil de pó químico seco (pó ABC ou BC) ou espuma mecânica, em local de fácil acesso, destinada a cada bomba de abastecimento, fixado preferencialmente nos pilares

5.2.1.14 Proteção de reservatórios de alimentação exclusivo de grupo motogerador, com capacidade máxima de 500 litros: serão necessários dois extintores portáteis (pó ABC, pó BC ou espuma mecânica)

5.2.1.15 Pátios de contêineres: os extintores podem ser centralizados e localizados em abrigos sinalizados, no mínimo, em dois pontos distintos e opostos da área externa de armazenamento de contêineres

5.2.1.11 Instalações de líquidos inflamáveis e combustíveis, gás liquefeito de petróleo, gás natural, pátio de contêineres, heliponto, heliportos e outras instalações específicas: devem ser observadas, adicionalmente, as ITs pertinentes

5.3.1 Devem estar lacrados, com a pressão adequada e possuir selo de conformidade concedida por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro)

5.3.2 Prazo de validade da carga e garantia de funcionamento: deve ser aquele estabelecido pelo fabricante, se novo, ou pela empresa de manutenção certificada pelo Inmetro, se recarregado

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 02/02

XI. Sistema de proteção por extintores de incêndio (IT 21) B. Extintores sobre rodas (carretas)

5.2.2.4 Obrigatoriedade

Edificações de risco alto onde houver manipulação e ou armazenamento de explosivos e líquidos inflamáveis ou combustíveis, exceto quando os reservatórios de inflamáveis/combustíveis forem enterrados

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.1.5 Distância máxima de percurso para se alcançar os extintores sobre rodas

Classe de risco Capacidade extintora mínima Distância máxima a ser percorrida em m Baixo 37,5 Médio 30 Alto 22,5

5.2.2.1 Não é permitida a proteção de edificações ou áreas de risco unicamente por extintores sobre rodas

5.2.2.1 Admite-se, no máximo, a proteção da metade da área total correspondente ao risco, considerando o complemento por extintores portáteis, de forma alternada entre extintores portáteis e sobre rodas na área de risco

5.2.2.2 Só é computado como proteção efetiva em locais que permitam o livre acesso Devem ser localizados em pontos estratégicos e sua área de proteção deve ser

restrita ao nível do piso que se encontram

5.3.1 Devem estar lacrados, com a pressão adequada e possuir selo de conformidade concedida por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro)

5.3.2 Prazo de validade da carga e garantia de funcionamento: deve ser aquele estabelecido pelo fabricante, se novo, ou pela empresa de manutenção certificada pelo Inmetro, se recarregado

5.1.3.2.2 n. Detalhes específicos de plantas (IT 01)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

1) As unidades extintoras 2) A capacidade ao lado de cada símbolo, quando forem usadas unidades

extintoras com capacidades diferentes de um mesmo agente

Page 312: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 01/13

XII. Sistemas de hidrantes e de mangotinhos (IT 22) Exigida/projetada? Sim Não

5.1.1 e 5.6.1.1

A. Tipo de sistema

Tipo Esguicho regulável

(DN)

Mangueiras de incêndio Nº de

expedições

Vazão mínima na válvula do hidrante mais desfavorável

(L/min)

Pressão residual mínima na ponta do

esguicho mais desfavorável (mca)

DN (mm) Comprimento (m)

1 25 25 30 simples 100 30 2 40 40 30 simples 125 15 3 40 40 30 simples 200 15 4 40 40 30 dupla 300 16 65 65 30 dupla 300 16 5 65 65 30 dupla 600 21 Notas: 1) O sistema tipo 1 refere-se a mangotinhos e os sistemas tipo 2, 3, 4 e 5 a hidrantes; 2) As vazões consideradas são as necessárias para o funcionamento dos esguichos reguláveis com jato pleno ou

neblina 30º, de forma que um brigadista possa dar o primeiro combate a um incêndio de forma segura.

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.6.1.2 As vazões devem ser obtidas na saída das válvulas globo angulares dos hidrantes mais desfavoráveis hidraulicamente

5.6.1.3 Sistema do tipo 1 (mangotinho): deve ser dotada de ponto de tomada de água de engate rápido para mangueira de incêndio de diâmetro 40 mm (1 ½”), conforme Anexo A

Materiais necessários por tipo de sistema 5.6.1.4 Cada ponto de hidrante ou de mangotinho deve dispor dos materiais descritos

na Tabela 4 da IT 22: Hidrantes: abrigo, preferencialmente 2 lances de mangueira de 15 m, chave(s) para engate rápido e esguicho(s) Mangotinhos: abrigo (opcional); esguicho(s) e mangueira semirrígida)

B. Projeto Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 5.1.2 Deve-se constar em memorial: todos os parâmetros, ábacos, tabelas e outros

recursos utilizados no projeto e no dimensionamento

5.2.1 Deve ser apresentado o memorial de cálculo 5.2.1 Deve-se constar em planta: a perspectiva isométrica da tubulação sem escala,

com cotas, e com os hidrantes numerados

5.2.3.1 5.9.1 5.12.2

Determinação do volume de água da reserva técnica de incêndio (RTI), conforme Tabela 3, em função do tipo de sistema, da ocupação e da área construída

5.1.3.2.2 o. Detalhes específicos de plantas (IT 01) Item Requisito

(“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA 1) Hidrantes ou mangotinhos 2) Botoeiras de acionamento da bomba de incêndio 3) Dispositivo responsável pelo acionamento no barrilete, quando o sistema de

acionamento for automatizado

4) Localização do acionador manual alternativo da bomba de incêndio em local de supervisão predial e com permanência humana constante

5) Registro de recalque com detalhe de suas condições de instalação. Obs.: Quando houver mais de um sistema de hidrantes instalado, deve ser indicada a edificação a qual ele pertence

6) Reservatório de incêndio e sua capacidade 7) Bomba de incêndio principal e jockey com indicação de pressão, vazão e

potência

8) As medidas ao lado do símbolo do hidrante quando forem usadas mangueiras de incêndio e esguichos com comprimentos e requintes diferentes

9) Perspectiva isométrica completa sem escala e com cotas 10) Detalhe da sucção quando o reservatório for subterrâneo ou ao nível do solo 11) Localização dos mananciais quando o sistema de abastecimento de água for

através de fonte natural (lago, lagoa, açude etc.)

Observação: Juntar o memorial de cálculo do sistema de hidrantes

Page 313: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 02/13

XII. Sistemas de hidrantes e de mangotinhos (IT 22) 5.7 C. Distribuição dos hidrantes e ou mangotinhos (instalação e posicionamento)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.7.1 a. Pontos de tomada de água: devem ser posicionados nas proximidades das portas externas, escadas e/ou acesso principal a ser protegido, a não mais de 5 m

5.7.1 b. Pontos de tomada de água: devem ser posicionados em posições centrais nas áreas protegidas

5.7.1 c. Pontos de tomada de água: devem ser posicionados fora das escadas ou antecâmaras de fumaça

5.7.1 d. Pontos de tomada de água: devem ser posicionados de 1,0 m a 1,5 m do piso 5.7.2 Hidrantes externos: devem atender ao afastamento de, no mínimo, uma vez e

meia a altura da parede externa da edificação a ser protegida

5.7.2 Hidrantes externos: podem ser utilizados até 60 m de mangueira de incêndio (preferencialmente em lances de 15 m), desde que devidamente dimensionados por cálculo hidráulico Obs.: Recomenda-se, neste caso, que sejam utilizadas mangueiras de incêndio de diâmetro DN65 para redução da perda de carga e o último lance de DN40 para facilitar seu manuseio, prevendo-se uma redução de mangueira

5.8 D. Dimensionamento

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.8.2 Devem ser distribuídos de tal forma que qualquer ponto da área a ser protegida seja alcançado por um esguicho (sistemas tipo 1, 2, 3) ou dois esguichos (sistema tipo 4 e 5), considerando-se o comprimento da(s) mangueira(s) de incêndio por meio de seu trajeto real e desconsiderando o alcance do jato de água, devendo ter contato visual sem barreiras físicas a qualquer parte do ambiente em qualquer compartimento

5.8.3 Se houver mais de um hidrante simples deve ser considerado o uso simultâneo dos dois jatos de água mais desfavoráveis verificados nos cálculos, para qualquer tipo de sistema especificado

Notas: 1) Deve-se considerar em cada jato de água, no mínimo as vazões obtidas conforme a Tabela 2 e condições do item

5.6.1.2 da IT 22; 2) O local mais desfavorável considerado nos cálculos deve ser aquele que proporciona menor pressão dinâmica na

saída do hidrante. 5.8.5 Ocupações mistas: se exigirem proteções por sistemas distintos, o

dimensionamento dos sistemas deve ser feito para cada tipo de sistema individualmente ou dimensionado para atender ao maior risco

5.10.3 Ocupações mistas: deve ser feito o dimensionamento da vazão da bomba e do reservatório para o maior risco

5.10.3 Ocupações mistas: a altura manométrica total da bomba deve ser calculada para o hidrante mais desfavorável do sistema

C.1.14 Não é recomendada a instalação de bombas de incêndio com pressões superiores a 100 mca (1MPa)

5.10.3 Ocupações mistas: os esguichos e mangueiras podem ser previstos de acordo com os riscos específicos

5.8.6 O sistema deve ser dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho nos esguichos não ultrapasse 100 mca (1.000kPa)

5.8.8 A velocidade da água no tubo de sucção das bombas de incêndio não deve ser superior a 2 m/s (sucção negativa) ou 3 m/s (sucção positiva), a qual deve

ser calculada pela equação: V = 𝑸𝑨

, onde: V é a velocidade da água, em metros por segundo; Q é a vazão de água, em metros cúbicos por segundo; A é a área interna da tubulação, em metros quadrados.

5.8.9 A velocidade máxima da água na tubulação não deve ser superior a 5 m/s, a qual deve ser calculada conforme equação indicada acima

5.8.11 Para efeito de equilíbrio de pressão nos pontos de cálculos é admitida a variação máxima de 0,50 mca (5,0 kPa)

5.8.12 O net positive suction head (NPSH) disponível deve ser maior ou igual ao NPSH requerido pela bomba de incêndio Obs.: Para cálculo do NPSH disponível na tubulação de sucção deve-se considerar 1,5 vezes a vazão nominal do sistema

Page 314: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 03/13

XII. Sistemas de hidrantes e de mangotinhos (IT 22) 5.8 D. Dimensionamento

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.8.7 Apresentar cálculo hidráulico da somatória de perda de carga nas tubulações - Métodos

Darcy-Weisbach - fórmula geral para perdas de carga localizadas, “fórmula universal”:

𝐡𝐟 = 𝐟.𝐋. 𝐯²

𝐃. 𝟐. 𝐠 + 𝐤.𝐯²

𝟐. 𝐠

Onde: hf é a perda de carga, em metros de coluna d’água (mca); f é o fator de atrito (diagramas de Moody e Hunter-Rouse); L é o comprimento da tubulação (tubos), em metros (m); D é o diâmetro interno, em metros (m); v é a velocidade do fluído, em metros por segundo (m/s); g é a aceleração da gravidade em metros por segundo, por segundo (m/s²); k é a somatória dos coeficientes de perda de carga das singularidades (conexões). Hazen-Williams:

𝐡𝐟 = 𝐉. 𝐋𝐭 𝐉 = 𝟔𝟎𝟓 𝐱 𝐐𝟏,𝟖𝟓 𝐱 𝐂−𝟏,𝟖𝟓 𝐱 𝐃−𝟒,𝟖𝟕 𝐱 𝟏𝟎𝟒

Onde: hf é a perda de carga em metros de coluna d’água (mca); Lt é o comprimento total, sendo a soma dos comprimentos da tubulação e dos comprimentos equivalentes das conexões (m); J é a perda de carga por atrito em metros por metros (m/m); Q é a vazão, em litros por minuto (L/min); C é o fator de Hazen Willians (ver Tabela 1 da IT 22); D é o diâmetro interno do tubo em milímetros (mm).

Apresentar tabela de memorial de cálculos conforme Anexo F

CÁLCULOS HIDRÁULICOS PARA HIDRANTES

Sistema tipo ___ Comprimento Perda de carga

Hidr

ante

s

Trec

ho

Pont

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ho

Vazã

o ac

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l/min mm m m m mca/

m mca mca mca mca m mca l/m x

mca1/2 l/m m² m/s

h01 Esg A-h1 A A-B B

h02 B-MB MB-

RI

ESPECIFICAÇÃO DA MOTO BOMBA ELÉTRICA Q (L/min) P (mca) Potência (CV)

ESPECIFICAÇÃO DA MOTO BOMBA A COMBUSTÃO

Q (L/min) P (mca) Potência (CV) ESPECIFICAÇÃO DA MOTO BOMBA JOCKEY

Q (L/min) P (mca) Potência (CV)

Page 315: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 04/13

XII. Sistemas de hidrantes e de mangotinhos (IT 22) 5.3 E. Dispositivo de recalque

5.3.2 Tipo: De coluna (preferencialmente) De passeio (quando impossível o de coluna)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.3.1 Deve existir em todos os sistemas 5.3.1 Deve possuir o mesmo diâmetro da tubulação principal (prolongamento) 5.3.1 Deve possuir engates compatíveis com os usados pelo Corpo de Bombeiros 5.3.3 Sistemas com vazão superior a 1.000L/min: deve haver duas entradas para o

recalque de água

5.3.7 Não pode ser instalado em local que tenha circulação ou passagem de veículos

E.1 Dispositivo de recalque de coluna Existente/projetado? Sim Não 5.3.4 Deve ser instalado na facha da principal da edificação, ou no muro da divisa

com a rua, com a introdução voltada para a rua e para baixo em um ângulo de 45º e a uma altura entre 60 cm e 1,50 m em relação ao piso do passeio da propriedade

5.3.4 Deve permitir aproximação da viatura apropriada para o recalque da água, a partir do logradouro público, para o livre acesso dos bombeiros

5.3.4.1 Deve ser instalado dentro de um abrigo embutido no muro, conforme Figura 1 da IT 22

E.2 Dispositivo de recalque instalado no passeio público Existente/projetado? Sim Não 5.3.5.1 Deve ser enterrado em caixa de alvenaria, com fundo permeável ou dreno 5.3.5.2 A tampa deve ser articulada e o requadro em ferro fundido ou material similar,

identificada pela palavra “HIDRANTE”, com dimensões de 40 cm x 60 cm

5.3.5.3 A tampa deve estar afastada a 50 cm da guia do passeio 5.3.5.4 Deve ter a introdução voltada para cima em ângulo de 45º e posicionada, no

máximo, a 15 cm de profundidade em relação ao piso do passeio

5.3.5.5 O volante de manobra deve ser situado a, no máximo, 50 cm do nível do piso acabado

5.3.5.6 A válvula deve ser do tipo gaveta ou esfera, permitindo o fluxo de água nos dois sentidos

Page 316: PARÂMETROS PARA DIMENSIONAMENTO DO PROJETO DE …

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 05/13

XII. Sistemas de hidrantes e de mangotinhos (IT 22) 5.9 F. Reservatório e reserva técnica de incêndio (Anexo B)

Tipo: Elevado (preferencialmente) Ao nível do solo, semienterrado ou subterrâneo Fontes naturais (lagos, rios, açudes, lagoas)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

B.1.3 O reservatório deve ser construído em material que garanta a resistência ao fogo e resistência mecânica

5.9.1 Volume de água da RTI: conforme Tabela 3 da IT 22 5.9.2 Pode alimentar outros sistemas de proteção contra incêndio, sob comando ou

automáticos, por meio da interligação das tubulações dos reservatórios

5.9.5 O reservatório não precisa ser exclusivo Obs.: Se acumular água para consumo normal da edificação deve ser adequado para preservar a qualidade da água, conforme a NBR 5626

5.9.7 O reservatório pode ser subdividido desde que todas as unidades estejam ligadas diretamente à tubulação de sucção da bomba de incêndio e tenha subdivisões em unidades mínimas de 3 m³

5.9.8 Não é permitida a utilização da RTI pelo emprego conjugado de reservatórios subterrâneos e elevados

5.9.9 e B.1.1

Os reservatórios devem ser dotados de meios que assegurem uma reserva efetiva e ofereçam condições seguras para inspeção

B.1.2 A capacidade efetiva do reservatório deve ser mantida permanentemente B.1.6 A reposição da capacidade efetiva deve ser efetuada à razão de 1 L/min por

metro cúbico de reserva

B.1.4 O reservatório pode ser uma piscina da edificação a ser protegida, desde que garantida a reserva efetiva permanentemente, por meio de uma declaração do responsável pelo uso

B.1.5 O reservatório deve ser provido de sistemas de drenagem e ladrão convenientes dimensionados e independentes

B.2 F.1 Reservatório elevado (ação da gravidade) Existente/projetado? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

B.2.1 Deve estar à altura suficiente para fornecer as vazões e pressões mínimas requeridas para cada sistema

Nota: 1) A altura do reservatório é considerada:

a. do fundo do reservatório até os hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis considerados no cálculo: quando a adução for feita na parte inferior do reservatório

b. da face superior do tubo de adução até os hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis considerados no cálculo: quando a adução for feita nas paredes laterais dos reservatórios

B.2.2 Deve-se utilizar uma bomba de reforço, em sistema “by pass”, para garantir as pressões e vazões mínimas para os hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis considerados no cálculo, se a altura do reservatório elevado não for suficiente para tal

B.2.3 A tubulação de descida deve ser provida de uma válvula de gaveta e uma válvula de retenção, considerando-se o sentido reservatório–sistema. A válvula de retenção deve ter passagem livre, sentido reservatório–sistema

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 06/13

XII. Sistemas de hidrantes e de mangotinhos (IT 22) 5.9 F. Reservatório e reserva técnica de incêndio (Anexo B) B.3 F.2 Reservatório ao nível do solo, semienterrado ou

subterrâneo Existente/projetado? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

B.3.1 O abastecimento deve ser efetuado por meio de bombas fixas B.3.1 Deve conter uma capacidade efetiva, com o ponto de tomada da sucção da

bomba principal localizado junto ao fundo deste, considerando como altura dessa capacidade a distância entre o nível normal da água e o nível X da água (ver Tabela B.1 e Figuras B.1 a B.3)

Observações: 1) O nível X é calculado como o mais baixo nível, antes de ser criado um vórtice com a bomba principal em

plena carga, e deve ser determinado pela dimensão “A” da Tabela B.1 da IT 22; 2) Quando o tubo de sucção “D” for dotado de um dispositivo antivórtice, pode-se desconsiderar a dimensão

“A” da Tabela B.1. B.3.6 Não se deve utilizar o dispositivo antivórtice quando a captação no reservatório

de incêndio ocorrer em posição horizontal

B.3.7 Poço de sucção: deve respeitar as dimensões mínimas “A” e “B” da Tabela B.1, bem como as distâncias mínimas com relação ao diâmetro “D” do tubo de sucção (ver Figuras B.1 a B.3)

B.3.8 Ausência de poço de sucção: ainda assim as dimensões mínimas “A” e “B” da Tabela B.1, devem ser previstas, não se computando como reserva de incêndio e respeitando-se as dimensões mínimas com relação ao diâmetro “D” do tubo de sucção

B.3.10 Localização do reservatório: em local de fácil acesso às viaturas do CBMBA B.4 F.3 Fontes naturais (lagos, rios, açudes, lagoas) Existente/projetado? Sim Não

Tipo de alimentação natural do reservatório: Por canal Por conduto

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

B.4.1 Dimensões: devem atender à Tabela B.2 e ser conforme as Figuras B.5 e B.6. B.4.2 Canais abertos ou adufas: a profundidade da água (incluindo a adufa entre a

câmara de decantação e a câmara de sucção), abaixo do menor nível de água conhecido de fonte, não deve ser inferior ao indicado na Tabela B.2, para as correspondentes larguras W e vazão Q

B.4.3 Canais abertos ou adufas: deve ter altura total que comporte o nível mais alto de água conhecido da fonte

B.4.4 Cada bomba principal deve possuir uma câmara de sucção com respectiva câmara de decantação, independente

B.4.6 Câmara de decantação: deve possuir a mesma largura e profundidade da câmara de sucção e o comprimento mínimo igual a 𝟒, 𝟒 𝐱 √𝒉 , onde h é a profundidade da câmara de decantação

B.4.8 Deve haver uma grade de arame ou uma placa de metal perfurada, localizada abaixo do nível de água e com uma área agregada de aberturas de, no mínimo, 15 cm² para cada dm³/min da vazão Q, para passagem da água antes de sua entrada na câmara de decantação

B.4.9 Deve ser feita uma previsão para que as câmaras de sucção e de decantação possam ser isoladas periodicamente para a limpeza e manutenção

B.4.10 Alimentação natural do reservatório por conduto: este deve possuir uma inclinação mínima constante de 0,8%, no sentido da câmara de decantação, e um diâmetro que obedeça à seguinte equação: D = 21,68 x Q 0.357 Onde: D é o diâmetro interno do conduto, em milímetros e Q é a máxima vazão da bomba principal, em decímetros cúbicos por minuto.

B.4.11 Alimentação natural do reservatório por conduto: a entrada do mesmo deve possuir um ralo submerso, no mínimo, um diâmetro abaixo do nível de água conhecido, para o açude, represa, rios, lagos ou lagoas

B.4.11 Alimentação natural do reservatório por conduto: as aberturas do ralo citado devem impedir a passagem de uma esfera de 25 mm de diâmetro

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 07/13

XII. Sistemas de hidrantes e de mangotinhos (IT 22) 5.10 G. Bombas de incêndio (Anexo C)

Bombas previstas/existentes: Uma elétrica e outra de combustão interna Jóquei Duas elétricas ligadas a um grupo motogerador De reforço (reservatório elevado)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.10.1 Devem ser do tipo centrífuga acionada por motor elétrico ou combustão C.1.1 Devem existir pelo menos duas, sendo uma elétrica e outra de combustão interna ou

duas elétricas ligadas a um grupo motogerador

C.1.3 Devem ser utilizadas somente para este fim (exclusivas) C.1.4 Devem ser protegidas contra danos mecânicos, intempéries, agentes químicos,

fogo ou umidade

C.1.9 Devem atingir pleno regime em aproximadamente 30 s após a sua partida C.1.14 Não é recomendada a instalação de bombas de incêndio com pressões superiores a

100 mca (1MPa)

C.1.12 Devem ser instaladas, preferencialmente, em condição de sucção positiva Observação: 1) Sucção positiva (ver Figura C.1 da IT 22):

a. É conseguida quando a linha do eixo da bomba se situa abaixo do nível X de água; b. Admite-se que a linha de centro do eixo da bomba se situe 2 m acima do nível X de água, ou a 1/3 da capacidade

efetiva do reservatório, o que for menor, acima do que é considerada condição de sucção negativa. G.1 Bombas principais Existente/projetada? Sim Não Tipo de funcionamento:

Automático Manual C.1.5 Devem ser diretamente acopladas por meio de luva elástica, sem interposição de

correias e correntes, possuindo a montante uma válvula de paragem, e a jusante uma válvula de retenção e outra de paragem

C.1.13 Devem possuir capacidade, em vazão e pressão, suficiente para manter a demanda do sistema, de acordo com os critérios adotados em projeto

C.1.17 Devem ser dotadas de manômetro para determinação da pressão em sua descarga. C.1.17 Nos casos em que foram instaladas em condição de sucção negativa, devem

também ser dotadas de manovacuômetro para determinação da pressão em sucção

a. Funcionamento automático (pressostato) C.1.8 Deve ocorrer pela simples abertura de qualquer ponto de hidrante da instalação

C.1.15.2 Automatização: devem ligar automaticamente através de pressostatos instalados conforme apresentado na Figura C.2 da IT 22, e ligados nos painéis de comando e chaves de partida dos motores de cada bomba

C.1.6 Automatização: deve ser executada de maneira que, após a partida do motor seu desligamento seja somente manual no seu próprio painel de comando, localizado na casa de bombas

C.1.7 Ponto de acionamento manual: deve ser previsto pelo menos um para as bombas automáticas, instalado em local seguro da edificação e que permita fácil acesso

b. Funcionamento manual C.1.10 Acionamento manual: pode ocorrer por meio de dispositivos instalados junto a cada

hidrante ou mangotinho, desde que o número máximo de hidrantes ou mangotinhos não exceda seis pontos

G.2 Bomba de reforço Existente/projetada? Sim Não Tipo de funcionamento:

Automático Manual a. Funcionamento automático (chave de fluxo)

C.1.8 Deve ocorrer pela simples abertura de qualquer ponto de hidrante da instalação C.2.12 Acionamento automático: pode ser automatizada por chave de fluxo C.1.6 Automatização: deve ser executada de maneira que, após a partida do motor seu

desligamento seja somente manual no seu próprio painel de comando, localizado na casa de bombas

C.1.7 Ponto de acionamento manual: deve ser previsto pelo menos um para as bombas automáticas, instalado em local seguro da edificação e que permita fácil acesso

b. Funcionamento manual (botoeira) C.1.10 Acionamento manual: pode ocorrer por meio de dispositivos instalados junto a cada

hidrante ou mangotinho, desde que o número máximo de hidrantes ou mangotinhos não exceda seis pontos

C.2.3 Acionamento manual: pode ser acionada por botoeira do tipo “liga-desliga” C.2.3 Acionamento manual: pode ser dispensado as botoeiras junto os pontos de hidrantes ou

mangotinhos que atendam as pressões e vazões mínimas requeridas em função da ação da gravidade , devendo ser demonstrado nos cálculos hidráulicos e no detalhe isométrico da rede

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 08/13

XII. Sistemas de hidrantes e de mangotinhos (IT 22) 5.10 G. Bombas de incêndio (Anexo C)

G.3 Bomba jockey Existente/projetada? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

a. Obrigatoriedade C.1.15 Deve ser instalada quando o sistema de hidrantes ou de mangotinhos dispuser

de mais de seis saídas, a fim de manter a rede devidamente pressurizada em uma faixa preestabelecida e, para compensar pequenas perdas de pressão

C.1.15 Deve ter vazão máxima de 20 L/min C.1.15.1 Deve ter pressão máxima de operação igual à pressão da bomba principal,

medida sem vazão (shut-off)

Observação: 1) Recomenda-se que o diferencial de pressão entre os acionamentos sequenciais das bombas seja de

aproximadamente 10 mca (100 kPa) b. Automatização

C.1.15.2 Automatização: deve ligar e desligar automaticamente através de pressostato instalado conforme apresentado na Figura C.2 da IT 22, e ligado no painel de comando e chave de partida do motor e da bomba

G.4 Casas de bombas

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

C.1.2 Devem possuir dimensões que permitam acesso em toda volta das bombas de incêndio e espaço suficiente para qualquer serviço de manutenção local, nas bombas de incêndio e no painel de comando, inclusive viabilidade de remoção completa de qualquer das bombas de incêndio

C.1.2.1 Quando estiverem em compartimento enterrado ou em barriletes, devem possuir acesso, no mínimo, por meio de escadas do tipo marinheiro, sendo que o barrilete deve possuir no mínimo 1,5m de pé direito

G.5 Painel de sinalização

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

C.1.16 Deve ser dotado de uma botoeira para ligar manualmente as bombas C.1.16 a. Sinalização ótica e acústica da bomba elétrica – indicações obrigatórias

C.1.16.1 a) Painel energizado C.1.16.1 b) Bomba em funcionamento C.1.16.1 c) Falta de fase C.1.16.1 d) Falta de energia no comando da partida

C.2.13 Bomba de pressurização jockey: pode ser sinalizada apenas com recurso ótico, indicando bomba em funcionamento

C.1.16 b. Sinalização ótica e acústica da bomba de combustão interna – indicações obrigatórias

C.1.16.2 a) Painel energizado C.1.16.2 b) Bomba em funcionamento C.1.16.2 c) Baixa carga da bateria C.1.16.2 d) Chave na posição manual ou painel desligado

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 09/13

XII. Sistemas de hidrantes e de mangotinhos (IT 22) 5.10 G. Bombas de incêndio (Anexo C) C.2 G.6 Bombas de incêndio acopladas a

motores elétricos Existente/projetada? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

C.2.2 Quando o acionamento for manual devem ser previstas botoeiras do tipo “liga-desliga”, junto a cada hidrante ou mangotinho

C.2.4 Os condutores elétricos das botoeiras devem ser protegidos contra danos físicos e mecânicos por meio de eletrodutos rígidos embutidos nas paredes, ou quando aparentes em eletrodutos metálicos, não devendo passar em áreas de risco

C.2.5 Não podem ser instaladas em salas que contenham qualquer outro tipo de máquina ou motor, exceto quando estes últimos se destinem a sistemas de proteção e combate a incêndio que utilizem a água como agente de combate

C.2.23 As bombas de incêndio com vazão nominal acima de 600 l/min devem dispor de um fluxo contínuo de água por meio de uma tubulação de 6 mm ou placa de orifício de 6 mm, derivada da voluta da bomba e com retorno preferencialmente para o reservatório ou tanque de escorva (ver Figura C.7 da IT 22), a fim de se evitar o superaquecimento das mesmas

C.2.6 a. Bombas de incêndio com sucção negativa – Requisitos de instalação (ver Figura C.3 da IT 22) C.2.6 a) Ter a sua própria tubulação de sucção C.2.6 b) Ter a válvula de pé com crivo no extremo da tubulação de sucção C.2.6 c) Ter meios adequados que mantenham a tubulação de sucção sempre cheia de

água

C.2.6 d) O volume do reservatório de escorva e o diâmetro da tubulação que abastece a bomba de incêndio devem ser: Para sistemas do tipo 1, no mínimo, de 100 litros e diâmetro de 19 mm Para sistemas do tipo 2 e 3 no mínimo de 200 litros e diâmetro de 19 mm

C.2.6 e) O reservatório de escorva deve ter seu abastecimento por outro reservatório elevado e possuir, de forma alternativa, abastecimento pela rede pública de água da concessionária local

b. Instalação elétrica C.2.7 Alimentação elétrica: deve ser independente do consumo geral, de forma a

permitir o desligamento geral da energia, sem prejuízo do funcionamento do motor da bomba de incêndio (ver Figura C.4 da IT 22)

C.2.8 e C.2.9

Gerador diesel: pode alimentar as bombas elétricas na falta de energia da concessionária, desde que a entrada de força para a edificação a ser protegida seja dimensionada para suportar o funcionamento das bombas de incêndio em conjunto com os demais componentes elétricos da edificação, a plena carga

C.2.10 As chaves elétricas de alimentação das bombas de incêndio devem ser sinalizadas com a inscrição “ALIMENTAÇÃO DA BOMBA DE INCÊNDIO – NÃO DESLIGUE”

C.2.11 Os fios elétricos de alimentação do motor das bombas de incêndio, quando dentro da área protegida pelo sistema de hidrantes devem ser protegidos contra danos mecânicos e químicos, fogo e umidade

c. Painel de comando C.2.16 O painel de comando para proteção e partida automática do motor da bomba de

incêndio deve ser selecionado de acordo com a potência em CV do motor

C.2.18 Deve ser localizado o mais próximo possível do motor da bomba de incêndio e convenientemente protegido contra respingos de água e penetração de poeira

C.2.19 Deve ser fornecido com os desenhos dimensionais, leiaute, diagrama elétrico, régua de bornes, diagrama elétrico interno e listagem dos materiais aplicados

C.2.17 A partida do motor elétrico deve estar de acordo com as recomendações da NBR 5410 ou da concessionária local

C.2.17.1 O sistema de partida deve ser do tipo magnético C.2.17.2 O período de aceleração do motor não deve exceder 10s C.2.20 Todos os fios devem ser anilhados, de acordo com o diagrama elétrico

correspondente

C.2.21 O alarme acústico do painel deve ser tal que, uma vez cancelado por botão de impulso, volte a funcionar normalmente quando surgir um novo evento

C.2.22 O sistema de proteção dos motores elétricos deve ser conforme a NBR 5410

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 10/13

XII. Sistemas de hidrantes e de mangotinhos (IT 22) 5.10 G. Bombas de incêndio (Anexo C) C.2 G.6 Bombas de incêndio acopladas a motores elétricos

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

C.2.14 d. Placa de identificação da bomba principal ou de reforço - características C.2.14 a) Nome do fabricante C.2.14 b) Número de série C.2.14 c) Modelo da bomba C.2.14 d) Vazão nominal C.2.14 e) Pressão nominal C.2.14 f) Rotações por minutos de regime C.2.14 g) Diâmetro do rotor

C.2.15 e. Placa de identificação dos motores elétricos - características C.2.15 a) Nome do fabricante C.2.15 b) Tipo C.2.15 c) Modelo C.2.15 d) Número de série C.2.15 e) Potência, em CV C.2.15 f) Rotações por minuto sob a tensão nominal C.2.15 g) Tensão de entrada, em volts C.2.15 h) Corrente de funcionamento, em ampéres C.2.15 i) Frequência, em hertz

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 11/13

XII. Sistemas de hidrantes e de mangotinhos (IT 22) 5.10 G. Bombas de incêndio (Anexo C) C.3 G.7 Bombas acopladas a motores de

combustão interna Existente/projetada? Sim Não

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

C.3.2 Devem ter condição de operar a plena carga, no local onde forem instaladas, durante 6 h ininterruptas, sem apresentar quaisquer avarias

C.3.12 O sistema de partida deve ser sempre automático a. Motor a combustão

C.3.1 Deve ser instalado em ambiente cuja temperatura não seja, em qualquer hipótese, inferior à mínima recomendada pelo fabricante, ou

C.3.1 Pode ser dotado de sistema de pré-aquecimento permanentemente ligado C.3.1.1 São dotados de injeção direta de combustível por bomba injetora ou de ar

comprimido, para a partida

C.3.1.2 São dotados de sistema de arrefecimento por ar ou água, não sendo permitido o emprego de ar comprimido

C.3.1.3 A aspiração de ar para combustão pode ser natural ou forçada (turbo C.3.1.4 Dispõe de controlador de rotação, o qual deve manter a rotação nominal,

tolerada uma faixa de 10% seja qual for a carga

C.3.1.5 Dispõe de meios de operação manual, de preferência no próprio motor, o qual volta sempre à posição normal

C.3.3 b. Sistemas de refrigeração – possiblidades

Injeção direta de água, da bomba para o bloco do motor, de acordo com as especificações do fabricante Obs.: A saída de água de resfriamento deve passar, no mínimo, 15 cm acima do bloco do motor e terminar em um ponto onde possa ser observada sua descarga

Por trocador de calor, vindo água fria diretamente da bomba específica para esse fim, com pressões limitadas pelo fabricante do motor Obs.: A saída de água do trocador deve passar, no mínimo, 15 cm acima do bloco do motor e terminar em um ponto onde possa ser observada sua descarga

Por meio de radiador no próprio motor, sendo o ventilador acionado diretamente pelo motor ou por intermédio de correias, as quais devem ser múltiplas

Por meio de ventoinhas ou ventilador, acionado diretamente pelo motor ou por correias, as quais devem ser múltiplas C.3.4 A entrada de ar para a combustão deve ser provida de um filtro adequado C.3.5 O escapamento dos gases do motor deve ser provido de silencioso, de acordo com

as especificações do fabricante, sendo direcionados para serem expelidos fora da casa de bombas, sem chances de retornar ao seu interior

C.3.6 O tanque de combustível do motor deve ser montado de acordo com as especificações do fabricante e deve conter um volume de combustível suficiente para manter o conjunto motobomba operando a plena carga durante o tempo de, no mínimo, duas vezes o tempo de funcionamento dos abastecimentos de água, para cada sistema existente na edificação

C.3.6 Deve ser instalada sob o tanque uma bacia de contenção com volume mínimo de uma vez e meia a capacidade do tanque de combustível

C.3.7 Existindo mais de um motor a explosão, cada um deve ser dotado de seu próprio tanque de combustível, com suas respectivas tubulações de alimentação para bomba injetora

C.3.8 c. Placa de identificação do motor a explosão - características C.3.8 a) Nome do fabricante C.3.8 b) Tipo C.3.8 c) Modelo C.3.8 d) Número de série C.3.8 e) Potência, em CV, considerando o regime contínuo de funcionamento C.3.8 f) Rotações por minuto nominal C.3.9 Um painel de comando deve ser instalado no interior da casa de bombas,

indicando bomba em funcionamento e sistema automático desligado (chave seletora na posição manual)

C.3.10 As baterias do motor a explosão, localizadas na casa de bombas, devem ser mantidas carregadas por um sistema de flutuação automática, por meio de um carregador duplo de baterias Obs.: O sistema de flutuação deve ser capaz de atender, independente, aos dois jogos de baterias (principal e reserva)

C.3.11 O sistema de flutuação automática deve ser capaz de carregar uma bateria descarregada em até 24 h, sem que haja danos às suas placas, determinando ainda, por meio de amperímetros e voltímetros, o estado de carga de cada jogo de baterias

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 12/13

XII. Sistemas de hidrantes e de mangotinhos (IT 22) 5.4 H. Abrigo (Anexo D)

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.4.4 Deve ter utilização exclusiva D.2.2 Deve ser instalado a até 5 m da porta de acesso da área a ser protegida D.1.1 Pode ser construído em alvenaria, em materiais metálicos, em fibra ou vidro

laminado

D.1.1 Pode ser pintado em qualquer cor, desde que sinalizados de acordo com a IT 20

D.1.3 Deve possuir apoio ou fixação própria, independente da tubulação que abastece o hidrante ou mangotinho

D.1.4 Deve ter dimensões suficientes para acondicionar, com facilidade, as mangueiras e respectivos acessórios, permitindo rápido acesso e utilização de todo conteúdo, em caso de incêndio

D.3 e 5.6.1.4

Devem dispor dos equipamentos conforme Tabela 4 da IT 22 Hidrantes: abrigo, preferencialmente 2 lances de mangueira de 15 m, chave(s) para engate rápido e esguicho(s) Mangotinhos: abrigo (opcional); esguicho(s) e mangueira semirrígida)

D.2.1 Podem ainda ser instaladas dentro do abrigo: a válvula de hidrante e a botoeira de acionamento da bomba de incêndio, desde que não impeçam a manobra dos seus componentes

5.4.2 Acondicionamento das mangueiras: deve-se dar em ziguezague ou aduchadas, conforme especificado na NBR 12779/09,

5.4.2 Acondicionamento das mangueiras semirrígidas: pode ser enroladas, com ou sem o uso de carretéis axiais ou em forma de oito

D.1.2 Porta: pode ser confeccionada em material transparente D.2.3 Porta: deve estar situada em sua face mais larga D.2.4 Porta: pode ser lacrada para prevenir abertura indevida, desde que o lacre seja

de fácil rompimento manual ou exista a possibilidade de alerta por monitoramento eletrônico

D.2.5 Áreas destinadas a garagem, fabricação, depósitos e locais utilizados para movimentação de mercadorias: deve haver sinalização no piso com um quadrado de 1 m de lado, com borda de 15 cm, pintada na cor amarela fotoluminescente e, o quadrado interno de 70 cm, na cor vermelha

Não deve ser instalado em frente a acessos de entrada e saída de pedestres, garagens, estacionamentos, rampas, escadas e seus patamares

Notas: 1) Para o sistema de mangotinho o abrigo é opcional; 2) Quando os mangotinhos forem abrigados em caixas de incêndio, estas devem atender às mesmas condições

acima estabelecidas. 5.5 I. Válvulas de abertura para hidrantes ou mangotinhos

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.5.1 Hidrantes: devem ser do tipo globo angulares (45º ou 90º) de diâmetro DN65 (2 ½”)

5.5.1.1 Hidrantes: devem possuir junta de união do tipo engate rápido, compatível com as mangueiras usadas pelo Corpo de Bombeiros

5.5.2 Mangotinhos: devem ser do tipo abertura rápida, de passagem plena e diâmetro mínimo DN25 (1”)

5.11 J. Componentes das instalações 5.11.2 J.1 Esguichos

Item Requisito (“C” = conforme / “NC” = não conforme / “NA” = não se aplica) C NC NA

5.11.2.1 Devem ser reguláveis, possibilitando a emissão do jato compacto ou neblina conforme norma NBR14870/02

5.11.2.3 Alcance do jato: não deve ser inferior a 10 m, medido da saída do esguicho ao ponto de queda do jato, com o jato paralelo ao solo e com o esguicho regulado para jato compacto

5.11.2.5 Acionador do esguicho regulável: deve permitir a modulação da conformação do jato e o fechamento total do fluxo

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8. Medidas de segurança contra incêndio e pânico pg. 13/13

XII. Sistemas de hidrantes e de mangotinhos (IT 22) 5.11 J. Componentes das instalações

5.11.3 J.2 Mangueira de incêndio 5.11.3.1 Para uso de hidrante: deve atender às condições da NBR 11861 5.11.3.3 Para sistemas de hidrantes: deve-se preferencialmente utilizar lances de mangueiras

de 15 m

5.11.3.2 Para uso de mangotinho (sistema tipo 1): deve ser semirrígida e atender às condições da EN 694

5.11.3.3 Comprimento total: até 30 m (tabela 2), considerando-se os desvios e obstáculos 5.11.4 J.3 Juntas de união

5.11.4.1 Devem ser rosca/engate rápido e compatíveis com os utilizados nas mangueiras de incêndio

5.11.4.2 Devem estar em conformidade com a NBR 14349 5.11.5 J.4 Válvulas

5.11.5.1 Devem atender aos requisitos da BS 5041 - parte 1 5.11.5.4 Devem satisfazer aos ensaios de estanqueidade pertinentes, especificados em A.1.1

e A .1. 2 da BS 5041 - parte 1

5.11.5.5 Deve haver válvulas de bloqueio adequadamente posicionadas, com objetivo de proporcionar manutenção em trechos da tubulação sem desativação do sistema

5.11.5.6 As válvulas que comprometem o abastecimento de água a qualquer ponto do sistema, quando estiverem em posição fechada, devem ser do tipo indicadoras. Obs.: Recomenda-se a utilização de dispositivos de travamento para manter as válvulas na posição aberta.

5.11.6 J.5 Tubulações e conexões 5.11.6.1 Tubulação do sistema: não deve ter diâmetro nominal inferior a DN65 (2 ½”). 5.11.6.2 Sistemas tipo 1 ou 2: pode ser utilizada tubulação com diâmetro nominal DN50 (2”),

desde que comprovado tecnicamente o desempenho hidráulico dos componentes e do sistema, por meio de laudo de laboratório oficial competente

5.11.6.4 Tubulações aparentes: devem ser em cor vermelha 5.11.6.6 Pode ser pintada em outras cores, desde que identificada com anéis vermelhos

com 0,20 m de largura e dispostos, no máximo, a 3 m um do outro exceto para edificações dos grupos G, I, J, L e M da Tabela 1 do Decreto Estadual nº 16.302/15

5.11.6.7 As tubulações não podem passar pelos poços de elevadores e/ou dutos de ventilação

5.11.6.8 Todo material previsto ou instalado deve ser capaz de resistir ao efeito do calor e esforços mecânicos, mantendo seu funcionamento normal

5.11.6.9 O meio de ligação entre os tubos, conexões e acessórios diversos deve garantir a estanqueidade e a estabilidade mecânica da junta e não deve sofrer comprometimento de desempenho, se for exposto ao fogo

5.11.6.10 Fixação da tubulação: deve se dar nos elementos estruturais da edificação por meio de suportes metálicos, conforme a NBR 10897, rígidos e espaçados, no máximo, 4 m, de modo que cada ponto de fixação resista a cinco vezes a massa do tubo cheio de água mais a carga de 100 Kg

5.11.6.11 Materiais termoplásticos: devem ser utilizados enterrados a 50 cm e fora da projeção da planta da edificação satisfazendo a todos os requisitos de resistência à pressão interna e a esforços mecânicos necessários ao funcionamento da instalação

5.11.6.12 Tubulação enterrada com tipo de acoplamento ponta e bolsa: deve ser provida de blocos de ancoragem nas mudanças de direção e abraçadeiras com tirantes nos acoplamentos conforme especificado na NBR 10897

5.11.6.13 Tubos de aço: devem ser conforme as NBR 5580, NBR 5587 ou NBR 5590 5.11.6.14 Conexões de ferro maleável: devem ser conforme a NBR 6925 ou NBR 6943 5.11.6.15 Conexões de aço: devem ser conforme ASMT A 234 5.11.6.16 Tubos de cobre: devem ser conforme a NBR 13206 5.11.6.17 Conexões de cobre: devem ser conforme a NBR 11720, atendendo às

especificações de instalação conforme projeto de norma 44:000.08 – 001

5.11.6.18 Tubos de PVC: devem ser conforme as NBR 5647, partes 1 a 4 5.11.6.19 Conexões de PVC: devem ser conforme a NBR 10351

5.11.7 J.6 Instrumentos do sistema 5.11.7.1 Manômetros: devem ser conforme a NBR 14105 5.11.7.2 Pressostatos: devem estar submetidos a pressão de acionamento corresponde a,

no máximo, 70% da sua maior pressão de funcionamento

5.11.7.3 Chave de nível: deve ser utilizada em tanque de escorva, para garantia do nível de água 5.11.7.4 Chave de nível: pode ser utilizada no reservatório de água somente para supervisionar

seu nível. Obs.: Tal dispositivo deve ser capaz de operar normalmente após longos períodos de repouso ou falta de uso