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Parecer Administrativo nº 72/2018 Procedimento Administrativo nº 056/2018. OBJETO: Revisão Tarifária Ordinária dos serviços públicos de esgotamento sanitário prestados pela Concessionária BRK Ambiental – Blumenau S.A. no município de Blumenau/SC. SOLICITANTE:BRK Ambiental – Blumenau S.A. (Concessionária). INTERESSADOS: BRK Ambiental – Blumenau S.A. (Concessionária), Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Blumenau – SAMAE (Concedente) e o município de Blumenau/SC. 1. DA IDENTIFIÇÃO DA AGÊNCIA REGULADORA A Agência Intermunicipal de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos Municipais do Médio Vale Do Itajaí – AGIR é pessoa jurídica de direito público, sem fins econômicos sob a forma de associação pública, dotada de independência decisória e autonomia administrativa, orçamentária e financeira, regendo-se pelas normas da Constituição da República Federativa do Brasil, da Lei Federal nº 11.107, de 06 de abril de 2005 e Decreto 6.017/2007. Desta forma, a AGIR desenvolve seus trabalhos de regulação, fiscalização e controle de serviços públicos em consonância com a Lei Federal nº 11.445/2007, considerada o marco regulatório do saneamento básico. Possui como objeto de regulação os serviços de: Abastecimento de água potável; Esgotamento sanitário; Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; Drenagem e manejo das águas pluviais.

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Parecer Administrativo nº 72/2018

Procedimento Administrativo nº 056/2018.

OBJETO: Revisão Tarifária Ordinária dos serviços públicos de esgotamento sanitário

prestados pela Concessionária BRK Ambiental – Blumenau S.A. no município de

Blumenau/SC.

SOLICITANTE:BRK Ambiental – Blumenau S.A. (Concessionária).

INTERESSADOS: BRK Ambiental – Blumenau S.A. (Concessionária), Serviço Autônomo

Municipal de Água e Esgoto de Blumenau – SAMAE (Concedente) e o município de

Blumenau/SC.

1. DA IDENTIFIÇÃO DA AGÊNCIA REGULADORA

A Agência Intermunicipal de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos

Municipais do Médio Vale Do Itajaí – AGIR é pessoa jurídica de direito público, sem fins

econômicos sob a forma de associação pública, dotada de independência decisória e autonomia

administrativa, orçamentária e financeira, regendo-se pelas normas da Constituição da

República Federativa do Brasil, da Lei Federal nº 11.107, de 06 de abril de 2005 e Decreto

6.017/2007.

Desta forma, a AGIR desenvolve seus trabalhos de regulação, fiscalização e controle de

serviços públicos em consonância com a Lei Federal nº 11.445/2007, considerada o marco

regulatório do saneamento básico. Possui como objeto de regulação os serviços de:

Abastecimento de água potável;

Esgotamento sanitário;

Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

Drenagem e manejo das águas pluviais.

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Cabe informar que, a AGIR, localizada em Blumenau, Estado de Santa Catarina, na

região do Médio Vale do Itajaí, é constituída atualmente pelos 14 (quatorze) municípios desta

região, sendo estes: Apiúna, Ascurra, Benedito Novo, Blumenau, Botuverá, Brusque, Doutor

Pedrinho, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Pomerode, Rio dos Cedros, Rodeio e Timbó, conforme

demonstra-se na figura 1:

Figura 1 - Área de abrangência da AGIR.

Fonte: Relatório de Atividade da Associação dos municípios do Médio Vale do Itajaí - AMMVI (2016).

O município de Blumenau, parte interessada no presente Procedimento Administrativo,

aderiu ao Protocolo de Intenções da AGIR por meio da Lei Complementar nº 7.502, de 10 de

março de 2010, alterado pela Lei Complementar nº 7.930 de 09 de dezembro de 2013, e ao novo

Protocolo de Intenções, através da Lei Complementar nº 8.363 de 15 de dezembro de 2016,

considerando neste, a inclusão da regulação do transporte público.

Assim, a AGIR vem desenvolvendo importante papel em sua região de atuação,

considerando o marco regulatório legal, direcionada para a melhor prestação dos serviços de

saneamento básico e transporte coletivo. Além disso, é papel da Agência Reguladora editar

normas relativas às dimensões técnica, econômica e social, atendendo a aspectos de qualidade,

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requisitos operacionais e de manutenção, metas de universalização, monitoramentos dos custos

e etc.

Destacada a breve apresentação da AGIR, apresentamos os dados do município de

Blumenau, os dados da prestadora de serviços de esgotamento sanitário e na sequência o pleito

da prestadora.

2. DADOS DO MUNICÍPIO DE BLUMENAU

A cidade é um município do nordeste do estado de Santa Catarina e, segundo sítio oficial

do município de Blumenau (2017) fica localizado a 26º55’10’’ de latitude sul e 49º03’58’’ de

longitude oeste, a uma altitude de 21 metros acima do nível do mar. Outros dados são

pertinentes para conhecimento e estão apresentados no Quadro 1.

Quadro 1 – Localização do município de Blumenau. Municípios limítrofes: Massaranduba, Jaraguá do Sul, Botuverá, Guabiruba, Indaial, Pomerode, Luiz Alves e Gaspar. Prefeito: Mário Hildebrandt – (2017-2020) Distância até a capital: 150km Fundação: 2 de setembro de 1850 Microrregião Homogênea do IBGE de Blumenau (294) formada por 15 municípios, Mesorregião do vale do Itajaí, formado por 53 municípios. Área: 519,8Km2

Fonte: Sítio oficial de Blumenau. Disponível em:<http;//www.blumenau.sc.gov.br/Blumenau/historia>. Acesso em: 18 out. 2017.

A população total segundo dados do IBGE 2010, conta com 309.011 habitantes, sendo

294.773 urbana e 14.238 de população rural, cabendo ressaltar que a população estimada pelo

mesmo órgão em 2017 alcançou 348.513 habitantes. O município de Blumenau que pertence a

Região e participa da Associação dos Município da Região do Médio Vale do Itajaí – AMMVI,

tem a BRK AMBIENTAL como prestadora dos serviços de Esgotamento Sanitário, a qual tem

seus dados apresentados a seguir.

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3. DADOS DA BRK AMBIENTAL S.A.

Até então a empresa detentora do Contrato de Concessão do município de Blumenau

para esgotamento sanitário vinha sendo operado pela empresa Odebrecht Ambiental S.A. e a

partir do ano de 2017, após a conclusão da compra e alteração da empresa acionista majoritária

o controle da operação passou para o nome para BRK Ambiental S.A, fundo de investimentos

Brookfield com sede no Canadá, começando sua atuação a partir desta data. Abaixo, no Quadro

2, são apresentados dados pertinentes da Concessionária que foram extraídos do sítio oficial da

BRK Ambiental.

Quadro 2 – Ficha técnica. Cliente Prefeitura Municipal de Blumenau População Atendida: 311 mil de habitantes Início da Operação: 13/04/2010 Duração do Contrato: 45 anos Colaboradores: 72 funcionários Endereço completo: Loja de Atendimento – Avenida Presidente Castelo Branco, 1243 – Bairro Centro – CEP 89010-908 ETE Garcia – Rua Lions Clube, 139 – Bairro Garcia – CEP 89020-020 ETE Fortaleza – Rua Adolfo Radunz,380 – Bairro Fortaleza – CEP 89056-010

A BRK Ambiental – Unidade Blumenau é a empresa de excelência na prestação do serviço, automação e eficiência operacional contratada pelo Município de Blumenau para prestar o Serviço Público de Esgotamento Sanitário da cidade, atuando para solucionar um dos graves problemas ainda existentes, relacionado à infraestrutura básica e saúde pública.

Embora a cidade seja destaque por vários pontos positivos, com a terceira maior população do Estado e já tendo sido a mais forte economia em passado próximo (com elevados índices de desenvolvimento humano e cultural), havia um contraste forte em relação ao saneamento básico.

O compromisso firmado pela Concessionária com o município é de 45 anos, avançando de forma planejada e gradativa para levar a prestação dos serviços a toda área urbana da cidade. São 19 os bairros que já contam com o serviço prestado, sendo já mais de 140 mil os clientes atendidos diariamente, atingindo a marca de 17,5 milhões de litros de esgoto por dia, que voltam tratados para os corpos hídricos, com qualidade comprovada.

Esta evolução já coloca Blumenau em destaque em comparação aos indicadores de saneamento básico no estado de Santa Catarina e, em futuro próximo, irá consolidar a situação de destaque também no cenário nacional, na condição de “acima da média”, passando a contribuir positivamente com o indicador de população atendida com coleta e tratamento de esgoto doméstico, que no Brasil é de apenas 40%. Fonte: Trata Brasil 2015. Fonte: Sitio oficial BRK. Disponível em:< https://www.brkambiental.com.br/quem-somos/>. Acesso em: 18 fev. 2018.

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Com novo nome, agora BRK Ambiental, a Concessionária então, passa a ser a maior

empresa privada de saneamento básico do país, com presença em mais de 180 municípios

atendendo cerca de 15 milhões de pessoas. Opera também plantas de tratamento de resíduos e

água para operações industriais. Em Blumenau, sob a razão social BRK Ambiental – Blumenau

S.A, atua na gestão e implantação de redes de esgoto.

4. DO REQUERIMENTO

Em 25 de junho de 2018, a AGIR recebeu o documento da BRK Ambiental, através do

DIR 100/2018 – SAMAE, referente ao Contrato de Concessão de Prestação de Serviço Público

de Esgotamento Sanitário, cujo assunto, se refere a segunda Revisão Ordinária.

Instrumentalizou o requerimento, com um relatório que discorre sobre:

Breve relato histórico do Contrato de Concessão e das alterações realizadas até o 4º termo

aditivo. Discorre sobre o desequilíbrio quando da assunção dos serviços em relação à cobertura

prevista em 23,2% (vinte e três vírgula dois por cento) quando na verdade a cobertura real era

de 4,84% (quatro vírgula oitenta e quatro por cento), ocorrendo a divergência significativa de

cobertura e por conseguinte reconhecimento do desequilíbrio. Mais à frente relatou sobre os

ajustes de investimentos como o “TROCA PAC” e apresentou figura:

Figura 2 – Representação sintética do TROCA PAC.

Fonte: Relatório BRK Ambiental (2018).

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Apresentou breve relato sobre o retorno do setor comercial ao poder concedente e finaliza-se a

explanação com a elaboração de estabelecimento de indicadores de desempenho e no quarto

termo aditivo em seu anexo VI – Metodologia Final para Aplicação da Revisão Ordinárias, além

disso, o anexo I – Matriz de Risco, foi consolidado formalmente.

É direito da Concessionária ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de

concessão, constatando-se fatores de desequilíbrio no período compreendido entre

abr/2014 e mar/2018.

Análise do desequilíbrio econômico-financeiro do Contrato de Concessão no período,

destacando que em seu relatório BRK, pag. 18: “[...] fatos residuais serão, oportunamente,

objeto de requerimento de Revisão Extraordinária, nos termos da Cláusula Vinte e Três do

instrumento Contratual. ” Apresentou os detalhes da metodologia do fluxo de caixa livre – FCL,

com valor presente líquido – VPL e taxa interna de retorno – TIR.

Reforça em seu pleito (Doc. 03), pag. 27, a necessária aplicação do IPCA referente ao período

de janeiro/2014 a dezembro/2014, que atualizado até março/2018, corresponde a 7,81% (sete

vírgula oitenta e um por cento)

Discorre na pg. 28, sobre ineficiência da gestão comercial, demais omissões do poder

concedente causadoras de frustação de receita, variação dos custos, gastos administrativos e

seguros/garantias e outorga, investimentos e os não previstos.

Impacto verificado na taxa interna de retorno, conforme preceitua o Contrato de Concessão que

a manutenção da Taxa Interna de Retorno (“TIR”) como condição indispensável para a

manutenção do equilíbrio econômico-financeiro. Em decorrência dos fatos supervenientes

apresentados neste requerimento, verificou-se uma variação negativa da TIR contratual,

conforme demonstra o Quadro 3 abaixo.

Quadro 3 – Impacto da taxa interna de retorno – TIR (apresentado pela Concessionária). TIR Contratual TIR (Período 2014-2018) Variação

10,54% 10,03% -0,51%.

Fonte: Ofício DIR 100/2018 – SAMAE – BRK Ambiental S.A. (2018). Pag. 46

Auferiu uma receita inferior no período compreendido entre abr/2014 e mar/2018 com o

montante contratualmente previsto, ocasionando uma variação negativa da TIR na ordem de -

0,53%. Os custos, por sua vez, foram inferiores ao contratualmente previsto, configurando

ganho de eficiência operacional e, por conseguinte, uma variação positiva da TIR em +0,02%.

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Destaca-se que os valores apresentados acima, transcritos do pleito da Concessionária,

apresentam definições confusas. Na tentativa de esclarece-las faz-se o seguinte raciocínio: Se a

TIR aferida, considerando os resultados monetários do 2º ciclo regulatório foi de 10,03% e a

TIR contratual é igual a 10,54% há uma diferença de 0,51 p.p. (pontos percentuais).

Considerando ainda o ganho de eficiência operacional de 0,02% a incrementar a TIR, conforme

apresentado pela Concessionária, a TIR apurada seria de 10,05% e a diferença para a TIR

contratual passa a ser de 0,49p.p.. Caso este raciocínio não se confirme, a TIR (Período 2014-

2018) apresentada no Quadro 3 necessita de maiores esclarecimentos a fim de compreender o

pleito da Concessionaria.

5. DA ANÁLISE

A fim de evidenciar o papel fundamental da AGIR neste processo, traz-se ao presente

parecer a Lei nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007, a qual delega às entidades de regulação o

poder de definir as tarifas cobradas pelos prestadores de serviços perante seus usuários, nos

termos do artigo 22 da mencionada lei, onde:

Art. 22. São objetivos da regulação: [...] IV – definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam a eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade.

Tal artigo é combinado ainda para melhor base com o artigo 29, inciso I, e seguintes da

mesma lei, onde:

Art. 29. Os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços: I – de abastecimento de água e esgotamento sanitário: preferencialmente na forma de tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para ambos conjuntamente [...].

Diante do exposto, o requerimento apresenta-se oportuno e lícito, conforme o que rege

o artigo 38 da Lei Federal nº 11.445/2007, onde:

Art. 38. As revisões tarifárias compreenderão a reavaliação das condições da prestação de serviços e das tarifas praticadas e poderão ser:

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I - periódicas, objetivando a distribuição dos ganhos de produtividade com os usuários e a reavaliação das condições de mercado; § 1o As revisões tarifárias terão suas pautas definidas pelas respectivas entidades reguladoras, ouvidos os titulares, os usuários e os prestadores dos serviços. § 2o Poderão ser estabelecidos mecanismos tarifários de indução à eficiência, inclusive fatores de produtividade, assim como de antecipação de metas de expansão e qualidade dos serviços. § 3o Os fatores de produtividade poderão ser definidos com base em indicadores de outras empresas do setor. § 4o A entidade de regulação poderá autorizar o prestador de serviços a repassar aos usuários custos e encargos tributários não previstos originalmente e por ele não administrados, nos termos da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.

Neste sentido a legislação deixa claro a necessidade de revisão do contrato findo período

ajustado em Contrato, de acordo com as normas legais e regulamentares.

A presente análise leva em consideração:

O Contrato de Concessão firmado entre o Município de Blumenau e atualmente a

empresa BRK Ambiental S.A., conforme anexo VI – Metodologia Final para Aplicação

nas Revisões Ordinárias, do quarto termo aditivo do contrato supracitado que define as

regras para a 2ª Revisão Ordinária.

Contados para fins de fluxo de desconto o período de dezembro/2009.

O prazo de Contrato ou ano regulatório (12 meses) sempre entre os meses abril/14 a

março/15 – para o ano regulatório 5, abril/15 a março/16 – para ano regulatório 6,

abril/16 a março/17 – para o ano regulatório 7 e abril/17 a março/18 – para ano

regulatório 8.

5.1.Aplicação de percentual de reajuste

A Lei Federal 11.445 de 05 de janeiro de 2007 estabelece diretrizes nacionais para o

saneamento básico e para a Política Federal de Saneamento Básico, o seu artigo 37 comenta

que “0s reajustes de tarifas de serviços públicos de saneamento básico serão realizados

observando-se o intervalo mínimo de 12 (doze) meses, de acordo com as normas legais,

regulamentares e contratuais”.

O artigo 38 da referida lei, preconiza que as revisões tarifárias, conforme já citada acima,

distingue os expedientes quanto uso do reajuste que utiliza de índice de inflação a ser aplicado

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sobre os preços com intervalo não inferior a doze meses com antecedência mínima de trinta

dias para publicação antes de sua aplicação, em relação revisão que “a reavaliação das

condições da prestação dos serviços e das tarifas e de outros preços públicos praticado” em

relação a reavaliação das condições de mercado, fatos não previstos nos contratos, repassar aos

usuários custos e encargos tributários não previstos originalmente e por ele não administrados.

Feito o introdutório passa-se a apresentar o pleito da Concessionária que requer a

aplicação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA elaborado pelo Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística IBGE, referente ao período de janeiro/2014 a dezembro/2014, que

atualizado até março/2018, corresponde a 7,81% (sete vírgula oitenta e um por cento). Cabendo

relatar que tal fato, já em oportunidade anterior, foi requerido pela mesma Concessionária a

instância superior de regulação, a saber, o Comitê de Regulação, instância máxima

administrativa utilizada para dirimir e decidir quando requerida, que a época se pronunciou

desfavorável, e portanto, afastada o reiterado pleito que se remete ao presente processo de 2ª.

Revisão Tarifária Ordinária – (RTO) pautado pelo equilíbrio econômico financeiro do contrato

utilizando com balizamento a Taxa Interno de Retorno (TIR) de 10,54% além do Valor Presente

Líquido (VPL) levado a zero, os investimentos contratualmente celebrados eas metas de

universalização e de ligações de esgotamento sanitário tratado. O reiterado pleito demonstra o

não reconhecimento da Concessionário pela decisão do egrégio órgão colegiado de regulação

de saneamento e transporte público da Região do Médio Vale do Itajaí.

5.2. Receitas

Conforme transcorrido no item 2.2 do anexo VI do 4º Termo aditivo do Contrato de

Concessão entre a empresa BRK Ambiental S.A. e o município de Blumenau:

As partes consensaram que, para fins de reequilíbrio econômico-financeiro, seria considerada a tarifa média constante na Proposta Comercial da Concessionária e ajustada nos Aditivos Contratuais já celebrados, o que lhe conferiria o direito de receber a curva de receitas pactuada com o Concedente. Isso significa que, caso a curva de receita real de um determinado ciclo tarifário se frustrasse, a tarifa deveria ser majorada para corrigir tal perda; da mesma forma, caso a curva de receita real superasse o previsto na Proposta Comercial, tal acréscimo deveria ser devolvido ao Concedente.

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Tendo em vista esta premissa adotada no modelo financeiro será utilizada a receita real para os anos transcorridos da Concessão tem como base valores de dez/09. Já a receita futura será proporcional ao nível de atendimento projetado com base na nova curva de investimento pactuada. A receita média, como visto, por economia terá como base os parâmetros da proposta comercial e os efeitos dos termos aditivos ao Contrato de Concessão.

Desta forma, para os anos regulatórios de 5 – 8, a Concessionaria BRK Ambiental S.A.

no mesmo ofício supracitado, apresentou um quadro com os valores de receita real, que

analisadas pela Agência, com base nos balancetes oficias da Concessionária, foram reavaliadas

e estão abaixo discriminadas para comparação, ver o Quadro 4.

Quadro 4 – Receita apurada nos balancetes nos anos regulatórios.

Fonte: Adaptado AGIR (2018).

A AGIR apurou receita a maior para os anos regulatórios da concessão do ano 5 – 8 e

passando a totalizar R$ 115.856.872 (cento e quinze milhões, oitocentos e cinquenta e sei mil,

oitocentos e setenta e dois reais). Fato ainda, que causa estranheza é que os valores de receitas

indiretas em relação a receita de serviços de esgoto vêm caindo ao longo dos anos, no ano 5 era

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de 1,79% (um vírgula setenta e nove por cento) e no ano 8 apenas, 0,20% (zero vírgula vinte

por cento) totalizando ao final do ciclo de 4 (quatro) ano 0,46% (zero quarenta e seis por cento).

5.2.1. Deduções da receita

Nas deduções da Receita/Tributos sobre a Renda em observância à disciplina prevista

na Metodologia, não foram consideradas tais deduções, pois figuram na planilha do fluxo de

caixa, com alocação específica e já definida, bem como em decorrência destes tributos

apresentarem créditos a compensar.

5.3. Custos

Conforme transcorrido no item 2.3 do anexo VI do 4º Termo Aditivo do Contrato de

Concessão entre a empresa BRK Ambiental S.A. e o Município de Blumenau:

As partes consensaram que a eficiência tarifária da Concessionária e sua partilha como Concedente/Usuário se daria através da comparação entre os custos propostos, na Proposta Comercial, ajustado através dos Aditivos Contratuais, e os reais incorridos na operação do sistema de esgoto. Assim, acordou-se que aqueles custos gerenciáveis que variassem de acordo com o número de ligações de esgoto teriam como teto os valores propostos na proposta comercial. Os custos fixos, por sua vez[sic], por independerem do número de ligações, não teriam variação em função do número de ligações, mas também teriam como teto os valores apresentados na Proposta Comercial. Para se demonstrar quais custos são variáveis e quais são fixos, os valores apresentados na Proposta Comercial foram reclassificados no Processo de Revisão Ordinária conforme os critérios descritos abaixo:

ANTES DA REV. ORD. DEPOIS DA REVISÃO ORD. Gastos Administrativos Gastos Administrativos

Seguros Seguros Outorga Outorga

Custos de Operação Custos de Operação

Custo Comercial Operação e Manutenção Escalonado

Outros Custos Operação e Manutenção Variável

Sistemas Isolados

Com relação aos itens gastos Administrativos, Seguros e Outorga, foram mantidas a lógica e o montante da Proposta Comercial, de modo que estes continuaram a ser considerados como fixos, dado não variarem conforme o número de ligações de esgoto ou qualquer outro critério. Com relação aos custos de Operação, entendidos, em termos da Proposta Comercial, com a soma de Custos de Operação e Outros Custos, foi preciso

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segregar em quatro categorias diferentes, antes não especificadas na proposta, para se extrair o que representa custo fixo e o que representa custo variável: Custo Comercial. Operação e Manutenção – Escalonado. Operação e Manutenção – Variável. Sistemas Isolados, composto pelo custo de sistemas isolados não

previstos na proposta Comercial. Em seguida, detalha-se como é composto cada um desses custos, os ajustes que foram realizados em relação à proposta comercial e o parâmetro para projeção futura. Para o entendimento desses custos, é importante observar o objeto do contrato de Concessão: “Os serviços públicos de Esgotamento Sanitário compreendem as atividades, de infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final dos lodos. Abrange ainda, os serviços de planejamento, construção, operação e manutenção das infraestruturas e instalações dos sistemas físicos, operacionais e gerenciais de esgotamento sanitário, incluindo a Gestão Comercial (água, esgoto e lixo) e a prestação de serviços complementares” Percebe-se claramente através do objeto do contrato que a Concessionária obrigou-se a (i) implantar as obras do Sistema de Esgotamento Sanitário (“SES”) da cidade, (ii) operar e manter o sistema de esgoto implantado, e, (iii) fazer a gestão comercial de água, esgoto e lixo de todo município. Nesse sentido, o Consórcio SaneBlu (a Concessionária) apresentou sua Proposta Técnica considerando todos esses aspectos elencados no objeto contratual, composto por 4 partes (tomos), onde, especificamente no Tomo IV está detalhado o Plano de Operação e Manutenção e o Plano de Gestão Comercial ou seja:

TOMO OBJETO PLANO I Conhecimento Geral II Engenharia / Projeto PTP III Engenharia / Obras PO

IV Operação e Gestão Comercial POM PGC

Por sua vez, a Proposta Comercial apresentada considerou para efeito de projeção os seguintes custos (quadro VIII, pg 53 da Proposta técnica): Custos Operacionais Variáveis, Gastos Administrativos Fixos, Seguros e Garantias e Outorgas. Com base em tais quadros, portanto, explica-se a composição de cada um desses itens com o detalhamento dos novos aspectos incorporados nesse processo de revisão ordinária. Custos Operacionais Variáveis – Variam de acordo com a curva de

atendimento, implantação dos serviços objeto e crescimento populacional.

o Custos de Operação e Manutenção das Estações de Tratamento de Esgoto

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Composição: Essa parcela é composta pelo ‘staff’ da operação (gerente, coordenador, programação de serviços, etc.), pela operação e manutenção das estações de tratamento de esgoto (operadores, vigilância, manutenção eletromecânica das estações, etc.) e pela mão de obra dos laboratórios das estações de tratamento. São custos incrementados de forma escalonada à medida que ocorre a instalação da infraestrutura (ETEs e EEEs), ou seja, não variam linearmente conforme a quantidade de economias disponíveis.

Parâmetro para projeção (driver): o valor para projeção nesse caso é a entrada em operação de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e Estações Elevatórias de Esgoto (EEEs).

Ajustes: o custo desse item nos primeiros anos foi proporcionalizado ao custo da proposta comercial com base na participação desse item no custo efetivo total.

o Custos de Operação e Manutenção do Sistema de Coleta e Afastamento Composição: São custos que variam de acordo com o aumento das redes

coletoras de esgoto implantadas e o volume de esgoto coletado e tratado (energia elétrica, produto químico, lodo, pessoal de manutenção das redes e estações elevatórias de esgoto).

Parâmetro para projeção (driver): O driver para projeções nesse caso são as ligações/economias disponibilizadas para se interligarem ao sistema público de esgotamento sanitário.

Ajustes: O custo inicial foi proporcionalizado ao custo da proposta comercial com base na participação desse item no custo efetivo total. Nesse caso, foi necessário um ajuste adicional, uma vez que o número de economias operadas é diferente do número de economias da proposta. O ajuste feito para todo o período (passado e futuro) no Custo de Operação e Manutenção Variável do sistema de Coleta e Afastamento (COMVSCA) foi:

𝑪𝑶𝑴𝑽𝑺𝑪𝑨 𝑹𝑶 =𝐶𝑂𝑀𝑉𝑆𝐶𝐴 𝑃𝑅 𝑥 (𝑒𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎𝑠 𝑃𝑅 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑖𝑠)

𝐸𝑐𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑎 𝑃𝑟𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎 𝐶𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙

Onde: COMVSCA RO = Custo de Operação e Manutenção Variável do

Sistema de Coleta e Afastamento da Revisão Ordinária. COMVSCA PR = Custo de Operação e Manutenção Variável do

Sistema de Coleta e Afastamento com base nos valores da proposta. Economias PR disponíveis = Economias disponíveis para conexão

existentes, compostas de economias disponíveis do Sistema Principal e economias disponíveis somente dos Sistemas Isolados Previstos em Proposta.

Economias da Proposta Comercial = Economias previstas na proposta comercial.

o Custos de Gestão Comercial Composição: Custos comerciais, tais como emissão e entrega de faturas,

cobrança e equipe comercial, etc. Parâmetro para projeção (driver): O driver de projeção é o crescimento

populacional. Foi mantido o coeficiente da proposta comercial de crescimento de 1,58% ao ano;

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Ajustes: Como definido no 3º TA, a Gestão Comercial passou a ser compartilhada. Para refletir esse compartilhamento, este item tem valores reduzidos após o Ano 4, conforme fixado no 3º TA.

o Custos de Operação dos Sistemas Isolados não previstos na proposta Composição: São os custos reais dos sistemas isolados não previstos em

proposta, bem como o custo adicional dos sistemas isolados previstos na proposta comercial, porém com atraso da interligação ao Sistema Principal tendo em vista o novo cronograma de investimentos definido.

Parâmetro para projeção (driver): O driver para a projeção dos custos dos sistemas isolados é o cronograma de interligação ao sistema principal. A projeção leva em conta que até o ano 2041 todos os sistemas isolados serão interligados ao Sistema Principal, de forma que, a partir desta data, este custo deixará de existir.

Gastos Administrativos Fixos: Não variam, forma apresentados na proposta comercial com valor fixo até o final do contrato de concessão.

Seguros e Garantias: Necessários para atender cláusulas contratuais previstas. Foi adotado o valor previsto na proposta comercial

Outorga: Composição: Previsto no Edital de Licitação. Ajustes: Considera quitação do saldo remanescente da outorga definida

no 2º TA. e ratificado no 3º TA.

Segundo a Concessionária os dados indicam que a realização de custos, no período, foi

inferior ao contratualmente previsto, o que configura ganho de eficiência operacional por parte

da Concessionária, a ser partilhado com o Poder Concedente e/ou Usuários em 50% (cinquenta

por cento).

A variação dos custos – Custo Comercial, Custo de Operação (Operação e Manutenção

– escalonado e Operação e Manutenção – variável) e Sistemas Isolados – no período objeto do

requerimento (2014-2018) foi quantificada pela Concessionária, seguindo a Metodologia,

conforme planilhas abaixo exibidas, como observa-se no Quadro 5:

Quadro 5 – Custos quantificados pela concessionária (valores reais não deflacionados).

Fonte: Ofício DIR 100/2018 – SAMAE – BRK Ambiental S.A. (2018).

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A partir dos valores reais, ou seja, ainda não deflacionados, acima destacados pela

Concessionária e com o arquivo eletrônico anexo, detalhando os custos é que a AGIR aplicou

testes de conferência e cálculo dos dados.

No dia 20 de agosto do corrente ano foi solicitado pela AGIR, ofício 402/2018,

informações tendo como base a reunião do dia 16 de agosto de 2018, onde as dúvidas foram

apresentadas pela equipe da AGIR aos servidores da empresa BRK Ambiental, senhor Caio V.

Q. Sales e senhora Ana Luisa Reinke, onde ficou condicionado que as mesmas seriam enviadas

por ofício.

Nos custos, na parte de pessoal aparece a conta “Partc. Result.”, solicitamos

detalhamento quanto a natureza deste gasto, sua variação de valor, regras e etc.: Ver Quadro 6

Quadro 6 – Gastos com participação nos resultados (BRK).

Pessoal Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total

Variável 7.315,63 16.212,76 72.296,97 998,18 96.823,54 Comercial 64.530,55 33.893,35 68.196,23 -6.298,58 160.321,55 Custo Fixo 158.818,22 80.853,71 138.901,78 4.161,74 382.735,45 Sistemas isolados 1.280,16 3.358,97 4.639,13

Total 231.944,56 130.959,82 282.753,95 -1.138,66 644.519,67

Fonte: Adaptado AGIR (2018).

A resposta apresentada pouco clarifica o assunto abordado o qual vincula o referido

gasto a apuração de resultado e não ao custo conforme relata em seu ofício resposta DIR

146/2018 AGIR:

A natureza deste pagamento refere-se à participação nos resultados, deliberado em acordo sindical representado pelo SINTAEMA (Sindicato de Água e Esgoto de Santa Catarina) junto aos funcionários desta Concessionária –tal como estabelece a Lei Federal nº 10.101 de 19 de dezembro de 2.000, que dispõe sobre a participação obrigatória dos trabalhadores nos lucros e resultados da empresa. Os valores e critérios de pagamento são definidos com base no atingimento de metas anuais pré-estabelecidas, bem como na avaliação de desempenho e de desenvolvimento individual de cada funcionário. Foi notado, porém, que no ano 8 não constaram valores referentes ao período de dezembro/2017, conforme anexo. A Concessionária sugere que, após a conclusão da análise do pleito pela AGIR, tais informações sejam ajustadas em uma nova versão do modelo contratual.

Na oportunidade apresentou-se anexo do valor que não fez parte da base de cálculo dos

custos totais apresentados no Ano 8 de R$ 259.200,00 (duzentos e cinquenta e nove mil e

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duzentos reais). Portanto, em não sendo vinculante ao custo conforme declarado acima, mas

vinculado ao resultado, exclui-se do valor acima registrado na base de apuração de custos.

Ainda sobre o tema, segundo sítio Portal da Contabilidade ZANLUCA (2018)1

De grande importância para a gestão de negócios, a correta diferenciação dos gastos em custos e despesas se faz necessária já que a contabilidade trata ambas de formas distintas. Contabilmente os custos integram diretamente o valor dos estoques, já as despesas são deduzidas do resultado apenas na Demonstração do Resultado do Exercício. Custo De acordo com a NPC 2 do IBRACON, “Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários para a aquisição, conversão e outros procedimentos necessários para trazer os estoques à sua condição e localização atuais, e compreende todos os gastos incorridos na sua aquisição ou produção, de modo a colocá-los em condições de serem vendidos, transformados, utilizados na elaboração de produtos ou na prestação de serviços que façam parte do objeto social da entidade, ou realizados de qualquer outra forma. ” Desta forma, custo é o valor gasto com bens e serviços para a produção de outros bens e serviços. Exemplos: matéria prima, energia aplicada na produção de bens, salários e encargos do pessoal da produção. Despesa Valor gasto com bens e serviços relativos à manutenção da atividade da empresa, bem como aos esforços para a obtenção de receitas através da venda dos produtos. Exemplos: Materiais de escritório, Salários da administração. Como diferenciar? Os custos têm a capacidade de serem atribuídos ao produto final, despesas são de caráter geral, de difícil vinculação aos produtos obtidos. [...]

Custos Despesas Gastos de produção. Vinculados diretamente aos Produtos/Serviços. Gastos com o objeto de exploração da empresa (atividade-fim).

Gastos administrativos e de vendas. Não se identificam diretamente à produção. Gastos outras atividades não exploradas pela empresa (atividade meio).

No regulamento do imposto de renda – RIR/1999, Decreto nº 3.000 de 26 de março de

1.999, Subseção XVII Participação dos Trabalhadores nos Lucros ou Resultados da Empresa,

Art. 359, prevê que: “para efeito de apuração do lucro real, a pessoa jurídica poderá deduzir

como despesa operacional as participações atribuídas aos empregados nos lucros ou resultados,

1 ZANLUCA. Jonatan de Souza. PORTAL CONTABILIDADE: Custo ou despesa? Disponível em: <http:// www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custo-ou-despesa.htm>. Acesso em: 25 set. 2018.

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dentro do próprio exercício de sua constituição (Medida Provisória nº 1.769-55, de 1999, art.

3º, § 1º). ” Da mesma forma o tratamento para a previdência complementar privada onde:

Benefícios Previdenciários Art. 361. São dedutíveis as contribuições não compulsórias destinadas a custear planos de benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica (Lei nº 9.249, de 1995, art. 13, inciso V).

Quadro 7 – Gastos com Previdência complementar.

Pessoal ODEPREV Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total

Variável 689,48 1.023,53 2.825,59 3.708,67 8.247,27

Comercial 4.216,24 5.856,11 7.326,23 9.437,65 26.836,23 Custo Fixo 8.537,00 9.237,03 9.145,53 9.480,11 36.399,67

Sistemas isolados 343,34 127,24 0,00 - 470,58

Total 13.786,06 16.243,91 19.297,35 22.626,43 71.953,75

Fonte: Adaptado AGIR (2018).

O gasto acima é esclarecido pelo sítio Odebrecht Previdência (2018) 2

A Odebrecht Previdência é uma Entidade Fechada de Previdência Complementar, sem fins lucrativos, que atua sob a forma jurídica de sociedade civil, aprovada pelo Ministério da Previdência Social, (conforme Portaria nº 1.719 de 23/12/1994). Foi constituída em 1995 para atender a Política de Previdência da Organização Odebrecht, aplicada por suas empresas, aqui denominadas Patrocinadoras, com o objetivo de apoiar os Integrantes da Organização Odebrecht na formação de patrimônio para o pós-carreira. A administração da Entidade é conduzida por uma Diretoria Executiva e pelos Conselhos Deliberativo e Fiscal, formados por Representantes eleitos pelos Participantes, assistidos e também indicados pelas Empresas Patrocinadoras, garantindo a condução participativa do patrimônio.

Portanto o gasto acima apresentado no Quadro 7, ODEPREV clarificado, tratar-se de

aposentadoria complementar que fica condicionado ao tratamento acima com as participações

do resultado, não cabendo sua composição ao custo da prestação dos serviços.

No Quadro 8 abaixo, a concessionária apresentou gastos com viagens incluído no custo

dos serviços nos anos regulatório de 5 a 8.

2 ODEBRECHTPREVIDÊNCIA. Disponível em: <https://www.odebrechtprevidencia.org.br/Institucional_Web/ PagOdebrechtPrev/QuemSomos.aspx>. Acesso em: 25 set. 2018.

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Quadro 8 – Gastos com viagens. Grupo Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total

Variável 558,60 59,00 1.265,35 2.430,72 4.313,67

Comercial 13.525,93 2.163,50 5.203,30 5.749,27 26.642,00

Custo Fixo 35.870,74 3.573,89 4.240,81 22.389,32 66.074,76

Sistemas isolados 0,00 - 18,40 - 18,40

Total 49.955,27 5.796,39 10.727,86 30.569,31 97.048,83

Fonte: Adaptado AGIR (2018).

Novamente constata-se que tal gasto é incompatível com os custos, ou seja, não possuem

qualquer relação com a prestação do serviço ou fabricação de um produto, mas se relaciona

com as despesas administrativas e como tal já está contemplada na planilha de fluxo de caixa.

Nos custos, na parte de serviços, aparece a conta “vig. ” (Vigilância), solicitamos

detalhamento quanto a natureza deste gasto classificado como custo variável, além de sua

variação significativamente a menor no ano 8, conforme Quadro 9:

Quadro 9 – Gastos com vigilância.

Grupo Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total Geral

Variável 411.340,00 418.165,42 458.705,04 82.688,78 1.370.899,24

Comercial 169,10 169,10

Custo Fixo 0,00

Sistemas isolados 0,00

Total 411.509,10 418.165,42 458.705,04 82.688,78 1.371.068,34

Fonte: Adaptado AGIR (2018).

O presente ofício de resposta, DIR 146/2018 AGIR, esclareceu que:

Os valores que compõem o quadro do item 7 estão contabilizados na conta “serviço de vigilância PJ” e referem-se aos serviços de vigilância e portaria 24 horas, prestados nas duas Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) de grande porte operantes (ETE Garcia e ETE Fortaleza). A variação no Ano 8 decorreu durante o cadastramento no sistema contábil de um novo contrato com as empresas de vigilância, ocasião em que foi associado outra conta contábil denominada “Outros Serviços de Terceiros PJ”. O valor contabilizado no ANO 8 referente aos serviços de vigilância, nesta conta contábil, foi de R$ 399.518,83, conforme detalha o anexo. Quanto a natureza do gasto, entende-se que se enquadra na categoria “Custo Fixo”, de acordo com o Anexo VI do 4º Termo Aditivo ao Contrato de Concessão. A concessionária sugere que, após a conclusão da análise do pleito pela AGIR, tais informações sejam ajustadas em uma nova versão do modelo Contratual.

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Cabe notificar da importância de classificar na conta mais específica possível evitando

alterações de classificação e, por sua vez, acarretando em descontinuidade e prejudicando uma

possível análise da evolução da conta.

Nos custos, na parte de serviços aparece a conta “Transp. Resíduos Sol.” (transporte de

resíduos sólidos), sem registro contínuo no ano 6 e 7 bem como “Transp. Lodo”. Ver Quadro

10, com base no ofício resposta DIR 146/2018 AGIR.

Quadro 10 – Gastos com transporte de lodo e resíduos. Grupo Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total Geral

Serviços Transp. Lodo

Transp. Resíduos

Sol

Transp. Lodo

Transp. Resíduos

Sol

Transp. Lodo

Transp. Resíduos

Sol

Transp. Lodo

Transp. Resíduos

Sol

Transp. Lodo

Transp. Resíduos

Sol Variável 7.950,00 127.121,29 4.803,25 270.865,07 35.080,21 673.560,64 43.030,21 1.076.350,25 Comercial 0,00 0,00 Custo Fixo 464,00 464,00 0,00 Sistemas isolados

4.500,00 23.573,30 4.229,15 35.925,55 4.229,15 63.998,85

Total 7.950,00 131.621,29 0,00 4.803,25 0,00 294.438,37 39.773,36 709.486,19 47.723,36 1.140.349,10

Fonte: Adaptado AGIR (2018).

No ofício resposta DIR 146/2018 AGIR de 03 de setembro de 2018, a concessionária

apresenta a seguinte justificativa: “ As variações observadas nos anos 6 e 7 ocorreram pois,

além dos valores pontuados na tabela do item 8, existem valores relativos ao transporte de

resíduos sólidos contabilizados na conta contábil “aterro sanitário/disposição de lodo”,

conforme detalha o anexo ao Ofício supracitado. ”

Juntando o Quadro 10 acima com o anexo detalhado temos a seguinte situação no

Quadro 11 abaixo:

Quadro 11 – Gastos com transporte de lodo, resíduos e aterro sanitário/disposição lodo. Grupo Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total Geral

Variável 291.704,50 452.882,34 573.043,51 708.640,85 2.026.271,20

Comercial 0,00

Custo Fixo 464 464,00

Sistemas isolados 16.613,78 43.743,34 46.537,47 40.154,70 147.049,29

Total 308.318,28 496.625,68 619.580,98 749.259,55 2.173.784,49

Evolução (%) 61,08 24,76 20,93

Fonte: Adaptado AGIR (2018).

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A importância de classificar na mesma conta, torna possível observar nesse sentido a

evolução destes gastos que compõe o custo do serviço, sendo sua maior evolução no ano 6 com

61,08% (sessenta e um vírgula zero oito por cento). Observou-se que o detalhamento no ano 8

não ocorreu lançamento no “aterro sanitário/ disposição de lodo” voltando a contabilização

anterior. Na verdade, este tipo de lançamento, ora em uma conta, e ora em outra conta, tornam

difícil análise sem explicações adicionais.

Na sequência, nos custos, na parte de serviços aparece a conta “Aud/consult e

assessoria”, registra valor elevado no ano 5 no Comercial, e para o ano 7, não apresentou valor,

considerando que a concessionária sofre auditorias permanentes e contínuas. Ver Quadro 12.

Quadro 12 – Gastos com auditoria/consultoria e assessoria.

Grupo Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total Geral

Variável 2.750,00 743,25 3.493,25

Comercial 225.784,03 364,95 226.148,98

Custo Fixo 12.000,00 3.948,25 15.948,25

Sistemas isolados 11.623,24 11.623,24

Total 240.157,27 12.000,00 0,00 5.056,45 257.213,72

Fonte: Adaptado AGIR (2018).

A concessionária em seu ofício resposta, supracitado, justifica o seguinte quanto ao

gasto no quadro acima:

Nos custos temos o subgrupo “ Auditorias, consultorias e assessorias” e duas contas contábeis denominadas “ Consultorias e Assessorias ” e “Consultorias Técnicas”, nas quais não são lançados valores de auditorias. A concessionária passa por constantes auditorias financeiras e contábeis, porém, estes valores são classificados como despesa. Nesse sentido, os custos indicados na tabela do item 9, referem-se a consultorias de laudos técnicos operacionais, conforme detalhado no anexo. O valor do ano 5, especificamente alocado na categoria Comercial, refere-se aos custos com o processo de preparação dos dados do software de gestão comercial da Concessionária (SAN), para migração da Gestão Comercial ao Sistema comercial do Poder Concedente (GSAN)

Novamente temos gastos que se classificam como despesas e não custos, e para tais,

existe tratamento específico no fluxo de caixa em despesas administrativas, a exceção se deve,

ao gasto de R$ 225.784,03 (duzentos e vinte e cinco mil, setecentos e oitenta e quatro reais e

três centavos) para processo de preparação dos dados, que conforme descrito acima, foi

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demandado pelo Poder Concedente a Concessionária para habilitar o Sistema Comercial do

Poder Concedente.

A próxima análise nos custos, grupo de serviços, apareceu nas contas abaixo, que foram

solicitados esclarecimentos, quanto a sua natureza, incidência e demais detalhes que possam

auxiliar quanto a sua aplicação nos custos, principalmente nos ganhos e perdas na baixa de

ativos e partes relacionadas tratadas separadamente, conforme Quadro 13.

Quadro 13 – Ganho/perda na baixa de ativos.

Serviços Ano 5 Ano 7 Total Geral

Variável -6.000,00 320,75 -5.679,25 Comercial 8.758,87 16.110,23 24.869,10 Custo Fixo 1.373,79 1.373,79 Sistemas isolados - 62.055,76 62.055,76

Total 4.132,66 78.486,74 82.619,40

Fonte: Adaptado AGIR (2018).

A resposta quanto ao Quadro 13, acima foi:

Os valores referentes a ganho/perda na baixa de ativos referem-se a máquinas, utensílios e equipamentos, que foram vendidos por serem considerados obsoletos e/ou inutilizados (ex.: guarda corpo que estava inutilizado e foi vendido para sucata). Nestes processos, as depreciações acumuladas e residuais são contabilizadas como custos, de acordo com as diretrizes contábeis.

Tal procedimento adotado dentro das Normativas contábeis para o Ambiente Societário

podem ser aceitas, mas dentro do ambiente regulatório devem ser anuídas pela Agência

Reguladora, pois pela tarifa é remunerado o investimento e não a depreciação. Portanto os

valores apresentados são afastados dos custos regulatórios.

Nas despesas Administrativas o Quadro 14 informa:

Quadro 14 – Despesas administrativas. Serviços Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total Geral

Variável 17,58 - 17,58 Comercial 637,68 12.584,74 71.644,72 61.109,40 145.976,54 Custo Fixo 11,49 - 17.914,48 17.925,97 Sistemas isolados 126,57 - - 126,57

Total 793,32 12.584,74 71.644,72 79.023,88 164.046,66

Fonte: Adaptado AGIR (2018).

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A concessionária relata o seguinte:

No subgrupo “despesas administrativas” estão alocadas gastos com o serviço telefônico de atendimento emergencial aos clientes fora do horário comercial (atendimento via 0800), realizado pela unidade corporativa de serviços integrados. Compõe também este valor, a manutenção dos dados do sistema SAN, que permanecem à disposição.

Inevitavelmente não há cabimento tratar destes gastos como custos, novamente são

incluídas nos gastos Administrativos informados no fluxo de caixa.

No Quadro 15 a seguir, são apresentados os gastos com partes relacionadas:

Quadro 15 – Custos com partes relacionadas. Serviços Ano 7 Total Geral

Variável 0,00

Comercial 0,00 Custo Fixo 25.324,00 25.324,00 Sistemas isolados 0,00

Total 25.324,00 25.324,00

Fonte: Adaptado AGIR (2018).

A Concessionária apresenta relato da seguinte forma: “No subgrupo referente aos

‘Custos com Partes Relacionadas’, estão contabilizados valores de serviços de consultoria

técnica especializada, para análise de riscos operacionais e otimização dos processos

operacionais tecnológicos, por exemplo. ”

Da mesma forma é um gasto invariável que em tese em nada se relaciona com os custos

sendo considerada como despesa administrativa.

Nos custos, na parte de outros custos aparecem despesas tais como: seguro resp. civil,

seguro garantia, seguros operacionais, veicular e indenização. Solicitamos maiores informações

de sua inclusão no custo, natureza da indenização ocorrida, cópia das apólices dos seguros e/ou

informações adicionais, conforme Quadro 16.

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Quadro 16 – Custos quantificados pela concessionária. Serviços(seguros) Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total Geral

Variável 570,85 1.559,59 62,00 15.082,46 17.274,90 Comercial 82.391,83 2.576,24 400,80 1.117,00 86.485,87 Custo Fixo 2.220,74 57.128,12 262.615,28 402.158,60 724.122,74 Sistemas isolados 135,69 421,00 1.545,00 2.101,69

Total 85.319,11 61.684,95 264.623,08 418.358,06 829.985,20

Fonte: Adaptado AGIR (2018).

A resposta proferida pela Concessionaria:

Os valores contabilizados em Outros Custos ilustrados pela tabela acima, referem-se a conta contábil “OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS” e “SEGUROS”, totalizando o valor de R$ 829.985,20 (oitocentos e vinte e nove mil, novecentos e oitenta e cinco reais e vinte centavos). Deste montante total, R$ 722.703,62(setecentos e vinte e dois mil, setecentos e três reais e sessenta e dois centavos), referem-se aos Seguros Garantias, Seguros de Responsabilidade Civil, Seguros Operacionais e Seguros de Veículos contratados nos anos 5 a 8. Esclarecemos que, conforme Anexo VI do 4º Termo Aditivo ao Contrato de Concessão, esses gastos se enquadram na categoria “Seguros e Garantias” e portanto, não devem ser considerados como custos. A concessionária sugere que, após a conclusão da análise do pleito pela AGIR, tais informações sejam ajustadas em uma nova versão do modelo Contratual. Encaminhadas anexas, cópia das apólices dos Seguros contratados. Os demais gastos, que totalizam R$ 107.201,58, são referentes a indenizações e outros custos operacionais, na qual o valor mais relevante (R$ 60.000,00) refere-se à indenização para devolução do imóvel da antiga sala comercial, na qual naquele momento, estava em fase de transição par Gestão Comercial Compartilhada junto ao Poder Concedente.

Considerando que a conta se trata exclusivamente de gastos com seguros, indenizações

e outros afins, em nada tem com o conceito de custos e considerando que os seguros estão

contemplados na linha do fluxo de caixa, exclui-se tais gastos na composição dos custos.

Estrutura de custos propostos no Anexo VI do 4º T.A., observa-se elevação dos custos

variáveis, a que se deve este efeito. Ver Quadro 17

Quadro 17 – Custos quantificados pela concessionária.

Ano regulatório Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8

Variável (%) 41,49 59,98 65,87 68,88 Comercial (%) 27,63 7,82 7,18 5,56 Custo Fixo (%) 24,28 26,18 20,37 20,53 Sistemas isolados (%) 6,6 6,02 6,58 5,04

Total (%) 100 100 100 100 Fonte: Adaptado AGIR (2018).

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A justificativa foi a seguinte:

De acordo com o Anexo VI do 4º Termo Aditivo ao Contrato de Concessão, são considerados Custos Variáveis aqueles que “variam de acordo com a curva de atendimento, implantação dos serviços objeto do contrato e crescimento populacional”. Conforme informado trimestralmente através dos Relatórios Contratuais (trimestrais e anuais), a quantidade de economias atendidas pelo Sistema Público de Coleta e Tratamento de Esgoto aumentou consideravelmente do ano 5 ao ano 8, como consequência do grande volume de investimentos realizados no período, em sua maioria, em ampliação do Sistema. Tal aumento pode ser observado pela evolução do número de economias e do Índice de Cobertura do Sistema de Esgotamento Sanitário (ICE), que partiu de 31% e alcançou 42% no ano 8. Dessa maneira, é razoável e esperado que a parcela do custo variável tenha aumentado em relação ao total dos custos, no decorrer destes anos, já que os demais não são impactados da mesma forma pelo aumento do índice de atendimento. Sendo assim, entendemos que este foi o principal fator de variação dos Custos no período.

Conforme discriminado o conceito de custo variável fica vinculado ao atendimento à

população e aos serviços de tratamento de esgotamento sanitário.

A seguir, evidencia-se o valor total não reconhecido para a composição do custo

apresentado pela concessionária. Assim como demonstrado no Quadro 18

Quadro 18 – Gastos não reconhecidos como custos pela AGIR (valores correntes).

Ano Regulatório Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total Geral Participação dos Resultados 231.944,56 130.959,82 282.753,95 -1.138,66 644.519,67 Pessoal ODEPREV 13.786,06 16.243,91 19.297,35 22.626,43 71.953,75 Viagens 49.955,27 5.796,39 10.727,86 30.569,31 97.048,83 Aud/Consultoria e Assessoria 14.373,24 12.000,00 0,00 5.056,45 31.429,69 Ganho/Perda na baixa de ativos 4.132,66 - 78.486,74 - 82.619,40 Despesas Administrativas 793,32 12.584,74 71.644,72 79.023,88 164.046,66 Partes Relacionadas - - 25.324,00 - 25.324,00 Outros Custos Oper. E Seguros 85.319,11 61.684,95 264.623,08 418.358,06 829.985,20 Total das glosas no Custo por ano 400.304,22 239.269,81 752.857,70 554.495,47 1.946.927,20

Fonte: AGIR (2018).

O valor apresentado no Quadro 18 acima totaliza R$ 1.946.927,20 (um milhão

novecentos e quarenta e seis mil, novecentos e vinte e sete reais e vinte centavos) é a soma dos

valores destacados no presente parecer, entendendo que, estes, devem figurar como despesa e

outros, não sendo reconhecidos como custos regulatórios, para os seguros, já estão sendo

considerados na planilha do Fluxo de Caixa, portanto sua exclusão se faz necessária por haver

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duplicidade. A seguir, apresenta-se os valores gastos nos anos regulatórios 5 a 8, da

Concessionária, reconhecidos pela AGIR. Ver Quadro 19.

Quadro 19 – Custos apurados pela AGIR. Custos Concessionária Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total Variável 3.307.812 4.253.926 5.882.153 6.311.885 19.755.776 Comercial 2.033.001 500.083 480.790 439.030 3.452.903 Custo Fixo 1.732.172 1.701.931 1.402.832 1.431.390 6.268.325 Sistemas isolados 513.584 428.607 528.396 459.076 1.929.663

Total 7.586.569 6.884.547 8.294.171 8.641.381 31.406.667 Fonte: AGIR (2018).

Observa-se no Quadro acima uma redução de gastos no ano regulatório 6 de -9,25%

(menos nove vírgula vinte e cinco por cento), e significativa redução do valor gasto no custo

comercial, a partir do ano 6, em virtude da devolução do comercial ao Samae de Blumenau.

5.4. Gastos Administrativos

Segundo o Anexo VI do 4º Termo Aditivo do Contrato de Concessão entre o Município

de Blumenau e a empresa BRK Ambiental S.A., destaca que os valores com relação aos itens

Gastos Administrativos, Seguros e Outorga, foram mantidas a lógica e o montante da Proposta

Comercial, de modo que estes continuaram a ser considerados como fixos, dado não variarem

conforme o número de ligações de esgoto ou qualquer outro critério (4º T.A., Anexo VI, item

2.3, pg. 13).

Foram considerados os valores máximos admitidos (teto) na Metodologia, não havendo

impacto no desequilíbrio em decorrência deste item.

5.5. Seguros/Garantias

Segundo contrato de concessão e anexo VI do 4º TA o valor despendido com seguros e

garantias referem-se aos riscos inerentes ao contrato contra danos materiais, ambientais,

construtivos, equipamentos, responsabilidade civil e outros, estabelecido no referido contrato,

com valor de prêmio cobertura não inferior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões) de reais, cabendo

na cláusula 31.4 comunicação para referidas alterações. Conforme verificado nas apólices de

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seguros não fica clarificado o valor destacado acima para o contrato em tela, ficando inclusive

relatado em notas explicativas valores divergentes. Portanto, cabe nesse sentido, o não

reconhecimento dos valores ora dispendidos. Observa-se ainda que existe a apólice no valor de

R$ 30.000.000,00 (trinta milhões) de cobertura, para 21 empresas do grupo não explicitado o

valor para cada personalidade jurídica.

5.6. Taxa de regulação

A taxa de regulação é o valor que é pago pela concessionária à Agencia de Reguladora

mensalmente cabendo a esta apresentar os valores dispendidos, sendo que os valores

reconhecidos a cada ano regulatório Ano 5 (abril/14 a março/15), ano 6 (abril/15 a março/16),

ano 7 (abril/16 a março/17) e ano 8 (abril/17 a março/18), assim como apresenta o Quadro 20.

Quadro 20 – Gastos Regulatórios incidentes sobre a Concessionara. Valores Gastos Regulação Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8

1 Abr 9.484,17 13.163,28 13.360,08 13.748,60 2 Mai 9.484,17 13.163,28 13.360,08 13.748,60 3 Jun 9.484,17 13.163,28 13.360,08 13.748,60 4 Jul 9.484,17 13.163,28 13.360,08 13.748,60 5 Ago 9.484,17 13.163,28 13.360,08 13.748,60 6 Set 9.484,17 13.163,28 13.360,08 13.748,60 7 Out 9.484,17 13.163,28 13.360,08 13.748,60 8 Nov 9.484,17 13.163,28 13.360,08 13.748,60 9 Dez 9.484,17 13.163,28 13.360,08 13.748,60 10 Jan 13.163,28 13.360,08 13.748,60 13.940,52 11 Fev 13.163,28 13.360,08 13.748,60 13.940,53 12 Mar 13.163,28 13.360,08 13.748,60 13.940,53

Total 124.847,37 158.549,76 161.486,52 165.558,98 Fonte: AGIR (2018).

O valor total com taxa de regulação no ciclo regulatório de 4 anos alcançou R$

610.442,63 (seiscentos e dez mil, quatrocentos e quarenta e dois reais e sessenta e três

centavos), a serem lançados no fluxo de caixa.

A Metodologia Regulatória estabeleceu que a projeção dos valores futuros da taxa de

regulação consideraria o valor de R$ 0,04 (quatro centavos) por habitante e a projeção

populacional, durante a extensão do Contrato de Concessão.

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5.7. Impostos

O Quarto Termo Aditivo do Contrato deixa claro que a aplicação do Imposto de Renda

e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL são de responsabilidade e risco da

concessionária não podendo ser considerado o crédito tributário pela diferimento do imposto, a

própria matriz de risco do Contrato faz menção a isto, neste sentido será preservado a alíquota

tributária.

5.8. Investimentos

Os investimentos destacados pela concessionária no Quadro 21, para os anos regulatório

de 5 – 8 são considerados premissa básica estabelecidas, bem como as metas de ligações e

valores de investimentos. Os investimentos incorridos no período acima do previsto correrão

por conta e risco da Concessionária, conforme previsão contratual.

A Concessionaria argumenta que o Modelo Regulatório refletisse tal condição, a diferença, entre os valores reais incorridos e os valores estabelecidos na Proposta, foram destacadas na linha “Glosa de Investimentos/Diferenças a maior”, já deflacionado, a fim de reproduzir o valor do teto de investimentos projetados.

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Quadro 21: Investimentos concessionaria.

Fonte: BRK (2018).

Ressalta-se que a glosa no investimento/diferença a maior verificada deve-se às

condições contratuais, que regulam os investimentos prudentes conforme sua proposta

comercial. Destaca-se ainda, que no ano 5, considerando o investimento a menor em relação ao

valor projetado, houve uma glosa as “inversas”, no montante de R$ 1.059.044,60 (um milhão,

cinquenta e nove mil, quarenta e quatro reais e sessenta centavos) em vista ao atendimento das

metas de ligações de esgoto.

Abaixo, destaque o quadro VI contido na página 24 do anexo VI, Modelo Regulatório

para Revisão Ordinária do Contrato de Concessão de Esgoto de Blumenau, Resultados da

Primeira Revisão Ordinária, como parte do 4º Termo Aditivo. Ver Quadro 22 a seguir.

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Quadro 22 – Anexo VI quarto termo aditivo ANEXO VI: MODELO REGULATÓRIO PARA REVISÃO ORDINÁRIA DO CONTRATO DE CONCESSÃO DE ESGOTAMENTO DE BLUMENAU (preços dezembro 2009)

QUADRO VI: PROJEÇÃO DE INVESTIMENTOS Investimentos Projetados Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total ETE 0 3.666.438 814.764 0 4.481.202 EEE 2.719.172 2.719.172 2.719.172 1.132.064 9.289.580 Coletores e Interceptores 2.394.315 1.022.416 2.322.931 2.355.782 8.095.444 Rede Coletora 1.280.288 2.202.937 4.068.272 2.357.213 9.908.710 Ligações 319.831 550.320 1.016.303 588.860 2.475.314 Substituição/Renovação 0 0 0 0 0 Equipamentos 0 526.043 0 0 526.043 Veículos 338.142 124.407 462.549 Sistemas 0 50.000 50.000 Outros/Mobília 217.160 0 0 0 217.160 Extraordinários/Outros Investimentos

0 0 0 0 0

Glosa 0 0 0 0 0 Total 7.268.908 10.861.733 10.941.442 6.433.919 35.506.002

Fonte: AGIR (2018).

Ao compararmos os investimentos projetados e os investimentos realizados, obteremos

os seguintes resultados apresentados no Quadro 23.

Quadro 23 – Diferenças dos investimentos projetado e realizados DIFERENÇAS: PROJETADO – INVESTIMENTO

Investimentos Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total ETE 77.913 -851.009 -112.265 -841.160 EEE -2.587.140 -1.404.772 -3.066 -794.024 -4.789.003 Coletores e Interceptores -2.394.315 -1.022.416 -2.322.931 -2.355.782 -8.095.444 Rede Coletora 3.506.788 17.119.793 11.538.628 3.351.391 35.516.599 Ligações 809.900 986.605 235.353 -26.189 2.005.669 Substituição/Renovação Equipamentos 68.124 -475.836 6.867 25.221 -375.624 Veículos -338.142 -124.407 0 0 -462.549 Sistemas 9.111 -48.719 0 7.765 -31.844 Outros/Mobília -211.332 3.403 4.625 2.033 -201.271 Extraordinários 0 601 2.386 2.178 5.165 Glosa Total -1.059.094 14.183.241 9.349.597 256.794 22.730.539

Fonte: AGIR (2018).

O Quadro 24 apresenta um resumo esclarecendo os investimentos nos quatro anos de

concessão, comparando com os investimentos realizados com os projetados.

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Quadro 24 – Resumo dos investimentos do 2º RTO. QUADRO RESUMO

Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total a-Investimentos projetados 7.268.908 10.861.733 10.941.442 6.433.919 35.506.002 b-Investimentos realizados BRK 6.209.814 25.044.974 20.291.039 6.690.713 58.236.541 Diferença (b-a) -1.059.094 14.183.241 9.349.597 256.794 22.730.539 c- Investimentos deflacionado. AGIR 5.991.930 23.836.960 19.655.946 6.584.462 56.069.298 Diferença -1.276.978 12.975.227 8.714.504 150.543 20.563.296

Fonte: AGIR (2018).

Para melhor forma de visualização dos investimentos projetados versus os

investimentos realizados no período regulatório, apresenta-se o Gráfico1 abaixo.

Gráfico 1 – Investimentos esgotamento sanitário.

Fonte: AGIR (2018).

Apesar dos investimentos realizados superarem ao investimento projetado (Inv. Proj.)

para os anos 6 a 8, não foram percebidos tais comportamentos no ano regulatório 5, no entanto,

não prejudicou a meta de ligações domiciliares que é um importante fator de geração de receita.

Como podemos observar no Gráfico 1 e no Quadro 24, foram investidos R$

22.730.539,00 (vinte e dois milhões, setecentos e trinta mil e quinhentos e trinta e nove reais),

a preços de dezembro de 2009, a mais que o projetado para o mesmo período e a mesma base

de preço, sendo este incremento risco da Concessionária.

5.991.930

23.836.960 19.655.9466.584.462

56.069.298

7.268.908

10.861.733

10.941.442 6.433.919

35.506.002

0

10.000.000

20.000.000

30.000.000

40.000.000

50.000.000

60.000.000

Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 No periodo

Inv. Real. Inv. Proj.

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5.8.1. Certificação dos Investimentos

Para fins de certificação e validação dos ativos regulatórios a AGIR adotou critérios de

amostragem por relevância e assim analisar as amostras e produzir opinião quanto aos aspectos

de que os investimentos realizados são oportunos, prudentes e eficientes.

No aspecto dos documentos comprobatórios verificou-se que a Concessionária

apresenta controle documental sobre os mesmos e inclusive planilhamento de composição para

formação do ativo, e que os valores apresentados são suportados por tais documentos.

Um achado na fiscalização foi observado quanto as aquisições de equipamento fora do

estado que foram acrescidos com alíquota de 5% (cinco por cento) a título de diferença de ICMS

vindo compor o custo de aquisição. Tal procedimento perdurou até o ano regulatório 7, vindo

a adotar regime especial de tributação deste tributo conforme evidência do requerimento.

Portanto, tal procedimento será objeto de avaliação em processo oportuno quanto aos

impactos regulatórios.

Outro achado diz respeito aos ajustes de parcela de valor de depreciação no ato da

aquisição, segundo relato, o ativo adquirido sofre incorporação imediata para bens móveis ou

equipamento por parametrização automática no sistema contábil. Ocorre que nem todo ativo

adquiro é imediatamente instalado ou posto em operação trinta dias após sua aquisição. Nota-

se que os valores não são significativos, mas quando aplicados ocorrem duplicidades da parcela.

A recomendação é para alteração do controle interno acima relatado.

São descritos a seguir aspectos da fiscalização à campo para validação de ativos da

segunda revisão ordinária do Contrato de Concessão de coleta, afastamento, tratamento e

destinação final dos efluentes sanitários de Blumenau. Com o objetivo de verificar a existência

e validar os bens ativos dos investimentos referentes à segunda revisão ordinária do Contrato

em análise, estes apresentados pela BRK Ambiental e para este fim, foram selecionados

aleatoriamente as amostras. A amostragem dos itens do sistema avaliado em campo foi criada

observando-se em planta (”as built”), distribuída espacialmente, abrangendo todas as sub bacias

dos projetos das instalações conforme Figura 4 que segue.

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Figura 4 - Área de abrangência da AGIR.

Fonte: BRK (2018).

A Figura 4 acima, destacada as áreas que apresentam cobertura com o sistema de coleta,

afastamento e tratamento do esgoto sanitário do município de Blumenau que atingiu ao final do

8º ano regulatório aproximadamente 42% de área de cobertura com esgotamento sanitário no

sistema convencional de tratamento.

De forma geral neste levantamento foram evidenciados os investimentos apresentados

pela BRK Ambiental para fim desta segunda Revisão Ordinária de Contrato. No entanto uma

série de não conformidades foram constatadas, as quais recomenda-se que que sejam tratadas e

eliminadas segundo um cronograma que poderá ser apresentado por esta Agência Reguladora

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em momento oportuno, de forma que fique condicionado o aceite dos referidos investimentos

às correções das não conformidades apresentadas.

No Parecer Técnico nº 136/2018, anexo ao Procedimento Administrativo nº 056/2018,

pode ser verificado os registros fotográficos realizados em campo no mês de novembro de 2018,

bem como uma lista das não conformidades evidenciadas. O detalhamento dos dados relatados

também foi disponibilizado no Anexo I do presente relatório

Na sequência verifica-se no Quadro 25 um resumo da composição da amostra e das não conformidades. Quadro 25 – Resumo das amostras encontradas. Número Total da Amostra: 248 100% Número de Pontos Não Conformes: 60 24% Problemas de Profundidade: 36 15% Problemas de Cadastro: 13 5% Não foi possível verificar: 11 4%

Fonte: AGIR (2018).

Conforme quadro acima as amostras no campo que apresentaram não conformidades

somam 24% (vinte equatro por cento) de pontos não conformes, destes, 15% (quinze por cento)

foram quanto a profundidade da rede, 5% (cinco por cento) problemas com cadastro e 4%

(quatro por cento) não foram possíveis de verificação

5.8.2. Apuração dos investimentos não previstos

A Concessionária relata a execução de investimentos não contratualmente previstos que

geraram gastos extras, conforme Quadro 26.

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34

Quadro 26 – Investimentos extraordinários

Fonte: BRK (2018).

Os levantamentos no Quadro 26 acima relatado não foram consubstanciados com

documentos que os evidenciem como alterações de projetos, bem verdade que, durante a

execução dos projetos existam ajustes naturais em virtude da complexidade dos projetos ficando

a cargo e expensas da própria Concessionária.

Conforme explicitado pela Concessionária a elevação do teto de investimentos de R$

310 milhões para R$ 369 milhões – decorrente do acréscimo de 10 (dez) anos ao prazo da

Concessão, conforme previsto no Terceiro Termo Aditivo e no item 2.4 da Metodologia – não

foi incorporada nos demonstrativos de desequilíbrio ora apresentados, pois o objeto desta

segunda revisão ordinária trata apenas de fatos ocorridos do 5° ao 8° ano Contratual.

Neste sentido, os efeitos da inclusão deste prazo adicional nos investimentos previstos

deverão ser oportunamente tratados entre as Partes, sendo objeto de requerimento de Revisão

Extraordinária, nos termos no que dispõe a Cláusula Vinte e Três do Contrato de Concessão,

bem como deverão ser apresentados os projetos a serem executados, sejam eles de substituição

dos ativos existentes ou ampliação da estrutura física para atendimento da crescente demanda,

que justifiquem os 10 milhões de reais apontados para investimentos.

6. FLUXO DE CAIXA

Para fins de apuração de fluxo de caixa, considerando as premissas já apresentadas e

baseadas no 4º Termo Aditivo do Contrato de Concessão de Esgotamento Sanitário do

município de Blumenau, foram verificadas as Receitas, Custos/Despesas, Seguros, Taxa de

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Regulação, Tributos e Investimentos, para cada um dos anos regulatórios referentes ao Segundo

ciclo de Revisão Tarifária Ordinária, de forma que os demais anos não sofram alterações em

relação aos valores projetados, mantidas as premissas da proposta comercial, o que irá

demonstrar a real variação da TIR.

Em conformidade com a Seção 1 da Metodologia, o modelo econômico-financeiro

utilizado para a elaboração da Proposta Comercial pela Concessionária (integrante do Contrato

de Concessão como Anexo IV) consistiu no chamado “Fluxo de Caixa Descontado”.

Para a compreensão do modelo econômico-financeiro determinado pelo Edital de

Licitação, mostra-se crucial o esclarecimento de três conceitos relevantes: Fluxo de Caixa Livre

(“FCL”), Valor Presente Líquido (“VPL”) e Taxa Interna de Retorno (“TIR”), que serão

abordados com base no item “1.1 – Aspectos Conceituais” da Metodologia.

O fluxo de caixa é composto, nos termos da Metodologia, por “valores futuros que se

espera receber (valores positivos ou entradas de caixa) e que se espera pagar (valores

negativos ou saídas de caixa)”. A caracterização do fluxo de caixa como “livre” indica o valor

disponível para a empresa no saldo de caixa, após considerados os investimentos.

O referido modelo fundamenta sua projeção em três grupos de variantes: (i) receitas; (ii)

custos operacionais e impostos; e (iii) investimentos.

A análise do modelo econômico-financeiro adotado observa a seguinte expressão

algébrica:

FCLt = Rt – Ct – It - Tt

Em que:

- FCL significa fluxo de caixa livre na data t;

- R significa receita bruta na data t;

- C significa custo na data t;

- I significa investimento na data t; e

- T significa tributo na data t.

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36

A análise do modelo econômico-financeiro perpassa também pela aferição do VPL, que

é definido pelo item “1.1.1” da Metodologia como a “soma dos valores presentes de cada um

dos fluxos de caixa do projeto, positivos e negativos”.

O cálculo do VPL utiliza uma taxa de desconto, a fim de garantir que todos os valores

analisados estejam sob uma mesma base de preços, conforme se extrai da seguinte equação

aritmética:

Em que:

- VPL significa Valor Presente Líquido;

- FCL significa a parcela do fluxo de caixa livre na data t;

- N significa o nº de períodos na concessão; e

- r significa a taxa de desconto utilizada.

Na hipótese da ocorrência de investimentos e custos adicionais ensejadores de

desequilíbrio econômico-financeiro, o VPL calculado será negativo, uma vez que o retorno

esperado pelo investidor será inferior ao previsto na Proposta Comercial.

Por fim, para o cálculo da TIR, que representa a lucratividade do projeto, deve ser

igualada a equação do VPL a zero, de modo que seja possível auferir o retorno do capital

aplicado pelo investidor.

Superada essa breve introdução serão analisados os fatos ensejadores do desequilíbrio,

perpassando pelos direcionadores estabelecidos pelo modelo econômico-financeiro adotado.

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37

Destaca-se, para efeito de ênfase, que o período regulatório em questão compreende os

anos de 5 a 8, apresentados no Quadro 27.

Quadro 27 – Segundo ciclo regulatório

Fonte: AGIR (2018).

6.1. Premissas Básicas

Segundo o Anexo VI do 4º Termo Aditivo do Contrato de Concessão que define regra

para a metodologia do cálculo das receitas, custos, despesas e investimentos que são abaixo

relatadas. Quadro 28.

Quadro 28 – Premissas para fluxo de caixa.

Tipo Ano regulatório 5 – 8 Ano regulatório 9 – 45

Receita de serviço de esgoto (operacional)

Receitas efetivas Receita média apurada entre volume faturado e Receita de serviço de esgoto.

Receita complementar Receitas efetivas Aplicar 3% sobre a receita operacional.

Inadimplência Percentual apurado não maior que 3%.

Aplicar 3% sobre a receita operacional.

Tributos sobre a receita

PIS=1,65% aplicado sobre a receita operacional, deduzido dos créditos. COFINS=7,6%, aplicado sobre a receita operacional, deduzidos dos créditos.

PIS=1,65% aplicado sobre a receita operacional. COFINS=7,6%, aplicado sobre a receita operacional.

Custos de operação Custo real do período segregados em: Operacional Variável e Escalonável, Comerciais, Sistemas Isolados

Conforme Metodologia apresentada no 4º TA, Anexo VI. Segregados em: Operacional Variável e Escalonável, Comerciais, Sistemas Isolados

Ano Mês inicial Mês Final

5 abr/14 mar/15

6 abr/15 mar/16

7 abr/16 mar/17

8 abr/17 mar/18

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Tipo Ano regulatório 5 – 8 Ano regulatório 9 – 45

Gastos administrativos São aqueles adotados na proposta Comercial da Concessionária. Não sofrendo variação.

São aqueles adotados na proposta Comercial da Concessionária. Não sofrendo variação.

Taxa de regulação e fiscalização

Considerado os valores efetivamente pagos.

R$ 0,04 por hab. projetados durante extensão CT.

Outorga da concessão Quitados no 2º TA e ratificados no 3º TA.

Valor zerando

Seguros e garantias São aqueles adotados na proposta Comercial da Concessionária. Não sofrendo variação.

São aqueles adotados na proposta Comercial da Concessionária. Não sofrendo variação.

Imposto e CSSL Percentual aplicado conforme proposta Comercial da Concessionária sobre resultado antes do imposto de renda e contribuição social.

Percentual aplicado conforme proposta Comercial da Concessionária sobre resultado antes do imposto de renda e contribuição social.

Investimentos Confronto entre a Proposta Comercial e o realizado. Caso houver investimentos eficientes serão partilhas os ganhos em 50% para Concessionária e Usuário.

Valores conforme Proposta Comercial não varia.

Depreciação Tratados nas premissas da Proposta Comercial equivalente ao menor prazo entre a vida útil dos ativos e o prazo remanescente da Concessão. Excetuado os investimentos glosados que serão excluídos da base.

Tratados nas premissas da Proposta Comercial equivalente ao menor prazo entre a vida útil dos ativos e o prazo remanescente da Concessão.

Fonte: AGIR (2018).

Para apuração das Receitas deflacionadas a preços de dezembro de 2009, conforme

definição Contratual, foram considerados os valores apresentados no Quadro 4, bem como os

índices de deflação apresentados no Anexo II e conforme a receita real apurada em cada um

dos meses de referência, a mesma foi deflacionada ao mês de dez/2009, sendo a soma dos doze

meses correspondentes a cada ano regulatório em observância no 2º RTO, apresentados no

Quadro 29 em sua última linha (Total Deflacionado).

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Quadro 29 – Receitas referentes ao segundo ciclo regulatório (R$ x 1000)

Fonte: AGIR (2018).

Para apuração das Despesas deflacionadas a preços de dezembro de 2009, conforme

definição Contratual, foram considerados os valores apresentados no Quadro 19, bem como os

índices de deflação apresentados no Anexo II e conforme a despesas e custos reais apurada em

cada um dos meses de referência, a mesma foi deflacionada ao mês de dez/2009, sendo a soma

dos doze meses correspondentes a cada ano regulatório em observância no 2º RTO,

apresentados no Quadro 30 em sua última linha (Total Deflacionado).

Quadro 30 – Despesas e Custos referentes ao segundo ciclo regulatório.

Fonte: AGIR (2018).

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é uma demonstração contabilística

dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido devendo ter alterações em

um exercício, através do confronto das receitas, custos e resultados, apuradas segundo o

princípio contábil do regime de competência. Assim, a seguir se apresentará o DRE relacionado

ao segundo ciclo de revisão ordinária, considerando a revisão dos preços nos anos 5 a 8 e a

manutenção dos demais preços conforme projetados no 4º TA.

Destaca-se que na altura do 4º TA o valor referente à Outorga da prestação do serviço foi

renegociado e quitado, sendo os valores projetados zerados no Fluxo de Caixa Descontado para

todos os anos a partir do ano 6. Ocorre que, os valores de outorga também são lançados no DRE

e estes não foram zerados conforme negociação já definida no 4º TA, o que causa uma pequena

Receitas Realizadas Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Total

TOTALCorrente

R$15.840.119,50 R$23.608.281,24 R$35.277.797,66 R$41.130.673,24 R$115.856.871,64

TOTALDeflacionado

(Dezembro 2009)R$11.823.800,87 R$16.033.768,16 R$22.358.475,92 R$25.327.177,25 R$75.543.222,20

Despesas e Custos Realizados Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 8

TOTALCorrente

R$7.586.569,00 R$6.884.547,00 R$8.294.171,00 R$8.641.381,00 R$31.406.668,00

TOTALDeflacionado

(Dezembro 2009)R$5.683.650,69 R$4.692.169,46 R$5.257.644,52 R$5.320.857,56 R$20.954.322,23

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distorção na apuração do resultado líquido distorcendo levemente os valores projetados para

Imposto de Renda.

Desta forma, ao corrigir o valor da outorga na DRE se corrige todos os efeitos atribuídos

a esta negociação. A seguir, será apresentado no Quadro 32 a DRE da Concessão dos Serviços

de esgotamento Sanitário do município de Blumenau.

Os resultados apurados no DRE, a preços constantes de dezembro de 2009, são

exportados para o Fluxo de Caixa Descontado, juntamente com os valores de investimentos,

onde, se verifica a questão de equilíbrio contratual. Se a Taxa Interna de Retorno (TIR) apurada

para os 45 anos da Concessão for maior que a TIR de projeto, à saber, 10,54% (dez vírgula

cinquenta e quatro por cento) a tarifa média então será revisada para menor ou caso contrário,

se a TIR aferida for menor que a contratual, a tarifa média será revisada para maior. Em ambas

as situações, o reequilíbrio Contratual será reestabelecido.

Assim, no Quadro 33 estão plotados todos os valores regulados do Fluxo de Caixa

Descontado da Concessão da exploração do serviço de esgotamento sanitário de Blumenau. A

TIR verificada pela AGIR é de 10,18% (dez virgula dezoito por cento), ou seja, 0,36 p.p. (zero

vírgula trinta e seis pontos percentuais) menor em relação a TIR contratual, ou ainda, a TIR

calculada pela regulação é 3,46% (três virgula quarenta e seis por cento) menor que a TIR de

referência.

O desequilíbrio verificado revisa a tarifa média projetada em 3,89% (três vírgula oitenta

e nove por cento), conforme demonstrado no Quadro 34. Ocorre que esse percentual de revisão

atualiza os preços verificados até o mês de março de 2018, ou seja, o preço praticado a partir

de março de 2018 estaria defasado em 3,89% (três vírgula oitenta e nove por cento), contudo,

considerando a Decisão 030/2018, referente ao Procedimento Administrativo nº 053/2018, que

concedeu o reajuste tarifário de 2,80% (dois vírgula oitenta por cento) praticados a partir de

abril de 2018, dessa forma, considerando que em ano de Revisão Tarifária não se faz necessário

reajustar as tarifas pela inflação, visto que o reequilíbrio apurado através da deflação dos valores

correntes, compreende a inflação ocorrida nos meses dos anos em análise.

Assim, a revisão dos preços do serviço de esgotamento sanitário da cidade de Blumenau

deverá ser revisada considerando que, dos 3,89% (três vírgula oitenta e nove por cento), 2,80%

(dois vírgula oitenta por cento) já foram concedidos, restando assim, um reequilíbrio tarifário

no percentual de 1,09% (um vírgula zero nove por cento). A reavaliação do equilíbrio

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Contratual atualiza o preço médio projetado para o ano de referência (neste caso março de

2018), não sendo necessária nenhuma outra atualização inflacionária, ou seja, qualquer perda

ou ganho tarifário ocorrido no período do 2º ciclo regulatório fica atualizado após a revisão

tarifária ordinária.

A Figura 5 retrata o ciclo tarifário da Concessão.

Figura 5 - Ciclo tarifário da Concessão.

Fonte: Elaborado por AGIR (2018).

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Quadro 32 – DRE (Parte 1)

Fonte: AGIR (2018).

QUADRO IX - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO PROJETO - R$ X 1000

HISTÓRICO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 1.224 2.424 3.994 6.010 11.824 16.034 22.358 25.327 34.545 39.078 54.277 59.249 64.365 69.628 72.453 74.474 76.807 78.021 79.254 80.506 81.778 83.070 84.383

RECEITA TARIFÁRIA DE ESGOTO 1.224 2.424 3.994 6.010 11.612 15.957 22.323 25.278 33.538 37.940 52.696 57.524 62.490 67.600 70.343 72.305 74.570 75.749 76.945 78.161 79.396 80.651 81.925

RECEITAS COMPLEMENTARES DE ESGOTO 0 0 0 0 211 76 35 49 1.006 1.138 1.581 1.726 1.875 2.028 2.110 2.169 2.237 2.272 2.308 2.345 2.382 2.420 2.458

INDENIZAÇÃO FINANCEIRA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TRIBUTOS SOBRE A RECEITA BRUTA 113 224 369 556 815 1.151 1.691 1.945 3.195 3.615 5.021 5.481 5.954 6.441 6.702 6.889 7.105 7.217 7.331 7.447 7.564 7.684 7.805

PIS 20 40 66 99 570 645 896 978 1.062 1.149 1.195 1.229 1.267 1.287 1.308 1.328 1.349 1.371 1.392

COFINS e PIS - (Líquido de créditos) 93 184 304 457 815 1.151 1.691 1.945 2.625 2.970 4.125 4.503 4.892 5.292 5.506 5.660 5.837 5.930 6.023 6.118 6.215 6.313 6.413

ISS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

PERDAS POR INADIMPLÊNCIA 31 61 100 150 296 401 559 633 864 977 1.357 1.481 1.609 1.741 1.811 1.862 1.920 1.951 1.981 2.013 2.044 2.077 2.110

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 1.081 2.139 3.525 5.303 10.714 14.482 20.109 22.749 30.486 34.486 47.900 52.288 56.802 61.446 63.940 65.723 67.783 68.854 69.941 71.047 72.169 73.309 74.468

CUSTO DE EXPLORAÇÃO DOS SERVIÇOS 4.318 5.152 6.902 9.191 8.134 7.143 7.708 7.771 11.958 13.698 14.723 15.556 16.283 16.819 17.016 16.719 16.911 17.106 17.299 17.500 17.705 17.912 18.123

CUSTOS 2.240 2.701 4.451 6.740 5.684 4.692 5.258 5.321 9.508 11.248 12.272 13.105 13.833 14.369 14.565 14.268 14.460 14.656 14.848 15.050 15.254 15.462 15.673

GASTOS ADMINISTRATIVOS 2.078 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451

CUSTOS EXTRAORDINÁRIOS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TAXA DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO 0 0 85 92 93 108 102 102 152 154 156 159 161 164 167 169 172 175 177 180 183 186 189

OUTORGA DA CONCESSÃO 2.008 2.000 0 0 -1.937 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

SEGUROS E GARANTIAS 344 1.917 438 618 0 0 0 0 610 755 599 594 739 583 578 728 578 578 728 578 578 728 578

LUCRO OPERACIONAL (LO) -5.590 -6.931 -3.900 -4.598 4.424 7.231 12.298 14.876 17.765 19.879 32.421 35.979 39.619 43.880 46.179 48.107 50.122 50.995 51.738 52.789 53.704 54.483 55.578

DEPRECIAÇÃO 897 2.719 4.615 5.812 6.121 6.128 6.672 6.905 7.579 8.714 10.086 10.060 10.171 10.180 10.270 10.112 10.235 10.238 10.285 9.873 9.719 9.624 9.971

LUCRO ANTES DO IR E CSLL -6.487 -9.649 -8.516 -10.410 -1.697 1.104 5.626 7.971 10.187 11.165 22.335 25.919 29.448 33.700 35.909 37.995 39.887 40.757 41.453 42.915 43.985 44.859 45.607

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 0 0 0 0 0 315 1.853 2.650 3.403 3.736 7.534 8.752 9.952 11.398 12.149 12.858 13.501 13.797 14.034 14.531 14.895 15.192 15.446

IMPOSTO DE RENDA 0 0 0 0 0 216 1.347 1.933 2.487 2.731 5.524 6.420 7.302 8.365 8.917 9.439 9.912 10.129 10.303 10.669 10.936 11.155 11.342

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO 0 0 0 0 0 99 506 717 917 1.005 2.010 2.333 2.650 3.033 3.232 3.420 3.590 3.668 3.731 3.862 3.959 4.037 4.105

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO -6.487 -9.649 -8.516 -10.410 -1.697 788 3.773 5.321 6.783 7.429 14.801 17.166 19.496 22.302 23.760 25.137 26.385 26.959 27.419 28.384 29.090 29.667 30.160

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Quadro 32 – DRE (Parte 2)

Fonte: AGIR (2018).

QUADRO IX - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO PROJETO - R$ X 1000

HISTÓRICO 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 TOTAL

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 85.716 87.070 88.446 89.843 91.263 92.705 94.170 95.657 97.169 98.704 100.264 101.848 107.892 114.468 119.987 125.653 127.638 129.655 131.703 133.784 135.898 138.045 3.508.658

RECEITA TARIFÁRIA DE ESGOTO 83.219 84.534 85.870 87.227 88.605 90.005 91.427 92.871 94.339 95.829 97.343 98.881 104.750 111.134 116.493 121.993 123.920 125.878 127.867 129.887 131.939 134.024 3.408.690

RECEITAS COMPLEMENTARES DE ESGOTO 2.497 2.536 2.576 2.617 2.658 2.700 2.743 2.786 2.830 2.875 2.920 2.966 3.142 3.334 3.495 3.660 3.718 3.776 3.836 3.897 3.958 4.021 99.968

INDENIZAÇÃO FINANCEIRA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TRIBUTOS SOBRE A RECEITA BRUTA 7.929 8.054 8.181 8.311 8.442 8.575 8.711 8.848 8.988 9.130 9.274 9.421 9.980 10.588 11.099 11.623 11.807 11.993 12.183 12.375 12.571 12.769 323.165

PIS 1.414 1.437 1.459 1.482 1.506 1.530 1.554 1.578 1.603 1.629 1.654 1.680 1.780 1.889 1.980 2.073 2.106 2.139 2.173 2.207 2.242 2.278 56.646

COFINS e PIS - (Líquido de créditos) 6.514 6.617 6.722 6.828 6.936 7.046 7.157 7.270 7.385 7.502 7.620 7.740 8.200 8.700 9.119 9.550 9.700 9.854 10.009 10.168 10.328 10.491 266.518

ISS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

PERDAS POR INADIMPLÊNCIA 2.143 2.177 2.211 2.246 2.282 2.318 2.354 2.391 2.429 2.468 2.507 2.546 2.697 2.862 3.000 3.141 3.191 3.241 3.293 3.345 3.397 3.451 87.716

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 75.644 76.839 78.054 79.287 80.540 81.812 83.105 84.418 85.752 87.106 88.483 89.881 95.215 101.018 105.889 110.889 112.640 114.420 116.228 118.064 119.930 121.824 3.097.777

CUSTO DE EXPLORAÇÃO DOS SERVIÇOS 18.338 18.556 18.777 19.002 19.230 19.462 19.697 19.936 20.180 20.426 20.677 21.107 21.690 21.999 22.312 22.630 22.952 23.089 23.421 23.758 24.099 24.446 767.432

CUSTOS 15.887 16.105 16.326 16.551 16.779 17.011 17.247 17.486 17.729 17.976 18.227 18.656 19.240 19.548 19.862 20.179 20.502 20.639 20.970 21.307 21.649 21.995 657.529

GASTOS ADMINISTRATIVOS 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 109.903

CUSTOS EXTRAORDINÁRIOS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

TAXA DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO 192 195 198 201 204 207 211 214 217 221 224 228 231 235 239 243 246 250 254 258 262 267 8.125

OUTORGA DA CONCESSÃO 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.071

SEGUROS E GARANTIAS 578 728 578 578 728 578 578 728 578 578 728 578 578 578 578 578 578 578 578 578 578 578 26.159

LUCRO OPERACIONAL (LO) 56.537 57.361 58.501 59.506 60.378 61.565 62.619 63.539 64.777 65.881 66.853 67.968 72.715 78.206 82.760 87.438 88.864 90.503 91.975 93.470 94.990 96.534 2.293.990

DEPRECIAÇÃO 10.385 11.375 10.213 8.985 7.644 6.742 6.642 6.508 6.322 6.090 5.679 5.208 4.043 3.766 3.489 3.201 3.060 2.952 2.841 2.820 2.847 3.023 310.824

LUCRO ANTES DO IR E CSLL 46.151 45.986 48.288 50.522 52.733 54.824 55.977 57.031 58.455 59.791 61.174 62.760 68.673 74.440 79.271 84.237 85.804 87.551 89.134 90.650 92.143 93.511 1.983.166

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 15.631 15.575 16.358 17.117 17.869 18.580 18.972 19.331 19.815 20.269 20.739 21.278 23.289 25.250 26.892 28.581 29.113 29.707 30.246 30.761 31.269 31.734 684.375

IMPOSTO DE RENDA 11.478 11.436 12.012 12.570 13.123 13.646 13.934 14.198 14.554 14.888 15.233 15.630 17.108 18.550 19.758 20.999 21.391 21.828 22.223 22.603 22.976 23.318 495.731

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO 4.154 4.139 4.346 4.547 4.746 4.934 5.038 5.133 5.261 5.381 5.506 5.648 6.181 6.700 7.134 7.581 7.722 7.880 8.022 8.159 8.293 8.416 105.706

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 30.520 30.411 31.930 33.404 34.864 36.244 37.005 37.701 38.640 39.522 40.435 41.482 45.384 49.190 52.379 55.657 56.691 57.843 58.888 59.889 60.875 61.777 1.298.791

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Quadro 33 – Fluxo de Caixa do Projeto Regulado (segundo ciclo regulatório)

Fonte: AGIR (2018).

FLUXO DE CAIXA DO PROJETO - REEQUILIBRADO - R$ X 1000

DESCRIÇÃO / ANO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

INGRESSOS 1.194 2.363 3.894 5.859 11.528 15.633 21.800 24.694 33.681 38.101 52.920 57.768 62.756 67.887 70.641 72.612 74.887 76.071 77.272 78.493 79.733 80.993 82.273

RECEITA TARIFÁRIA DE ESGOTO 1.194 2.363 3.894 5.859 11.317 15.557 21.764 24.645 32.675 36.963 51.339 56.042 60.881 65.859 68.531 70.443 72.650 73.798 74.964 76.148 77.352 78.574 79.815

RECEITAS COMPLEMENTARES DE ESGOTO 0 0 0 0 211 76 35 49 1.006 1.138 1.581 1.726 1.875 2.028 2.110 2.169 2.237 2.272 2.308 2.345 2.382 2.420 2.458

INDENIZAÇÃO FINANCEIRA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

QUITAÇÃO DA OUTORGA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

SAQUES 6.784 9.294 7.794 10.457 7.104 8.717 11.354 12.468 19.319 21.958 28.033 30.542 33.089 35.405 36.611 37.363 38.267 38.873 39.569 40.236 40.925 41.702 42.142

TRIBUTOS SOBRE A RECEITA BRUTA 113 224 369 556 815 1.151 1.691 1.945 3.195 3.615 5.021 5.481 5.954 6.441 6.702 6.889 7.105 7.217 7.331 7.447 7.564 7.684 7.805

CUSTO DE OPERAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTO 2.240 2.701 4.451 6.740 5.684 4.692 5.258 5.321 9.508 11.248 12.272 13.105 13.833 14.369 14.565 14.268 14.460 14.656 14.848 15.050 15.254 15.462 15.673

GASTOS ADMINISTRATIVOS 2.078 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451

TAXA DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO 0 0 85 92 93 108 102 102 152 154 156 159 161 164 167 169 172 175 177 180 183 186 189

OUTORGA DA CONCESSÃO 2.008 2.000 0 0 -1.937 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

SEGUROS E GARANTIAS 344 1.917 438 618 0 0 0 0 610 755 599 594 739 583 578 728 578 578 728 578 578 728 578

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 0 0 0 0 0 315 1.853 2.650 3.403 3.736 7.534 8.752 9.952 11.398 12.149 12.858 13.501 13.797 14.034 14.531 14.895 15.192 15.446

INVESTIMENTOS 6.516 38.415 39.639 24.177 7.299 11.016 11.117 6.435 11.883 22.591 33.803 8.962 9.612 9.479 6.122 4.126 5.172 3.159 3.693 2.489 2.467 2.050 8.080

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS - ETE 1.459 12.898 7.143 4.000 78 2.815 702 44 2.444 12.629 8.962 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6.111

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTOS - EEE 546 542 2.719 2.719 132 1.314 2.716 338 1.132 1.132 1.033 1.132 1.132 1.132 1.132 1.132 1.132 1.132 1.132 636 0 0 0

COLETORES E INTERCEPTORES 0 2.519 5.305 2.058 0 0 0 0 1.060 1.269 1.269 467 324 416 416 0 0 0 0 0 0 0 0

REDE COLETORA DE ESGOTOS 0 18.083 20.024 10.314 4.787 19.323 15.607 5.709 5.214 5.372 18.005 5.892 6.059 6.236 3.346 2.395 2.765 1.438 1.461 1.483 1.507 1.531 1.556

LIGAÇÕES DE ESGOTOS 0 856 2.932 5.967 1.130 1.537 1.252 563 1.303 1.342 4.498 1.472 1.514 1.558 836 598 691 359 365 370 376 382 389

SUBSTITUIÇÃO / RENOVAÇÃO 699 45 376 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

EQUIPAMENTOS 743 75 0 0 68 50 7 25 133 710 0 0 0 0 368 0 0 93 710 0 0 0 0

VEÍCULOS 1.364 0 0 0 0 0 0 0 380 87 35 0 367 87 25 0 367 87 25 0 367 87 25

SISTEMAS 86 0 0 0 9 1 0 8 0 50 0 0 0 50 0 0 0 50 0 0 0 50 0

OUTROS INVESTIMENTOS 1.232 107 0 0 6 4 7 4 217 0 0 0 217 0 0 0 217 0 0 0 217 0 0

INVESTIMENTOS EXTRAORDINÁRIOS 387 3.290 1.141 0 30 155 176 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

GLOSA DOS INVESTIMENTOS / DIFERENÇAS A MAIOR 0 0 0 -881 1.059 -14.183 -9.349 -257 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

SALDO FINAL DE CAIXA -12.106 -45.345 -43.539 -28.775 -2.875 -4.100 -672 5.791 2.479 -6.448 -8.916 18.264 20.054 23.003 27.908 31.123 31.449 34.039 34.011 35.768 36.341 37.241 32.051

TIR DO PROJETO 10,18% 100,00% 0,00% 2,80% -2,80% 4,00% 1,20% -0,36% 10,21% LMDM

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45

Quadro 33 – Fluxo de Caixa do Projeto Regulado (segundo ciclo regulatório)

Fonte: AGIR (2018).

FLUXO DE CAIXA DO PROJETO - REEQUILIBRADO - R$ X 1000

24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 TOTAL

83.573 84.893 86.235 87.597 88.981 90.387 91.815 93.266 94.740 96.236 97.757 99.301 105.195 111.606 116.988 122.511 124.447 126.413 128.410 130.439 132.500 134.594 3.420.942

81.076 82.357 83.659 84.981 86.323 87.687 89.073 90.480 91.909 93.362 94.837 96.335 102.053 108.272 113.493 118.852 120.729 122.637 124.574 126.543 128.542 130.573 3.320.973

2.497 2.536 2.576 2.617 2.658 2.700 2.743 2.786 2.830 2.875 2.920 2.966 3.142 3.334 3.495 3.660 3.718 3.776 3.836 3.897 3.958 4.021 99.968

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

42.668 43.107 44.092 45.208 46.473 47.402 48.168 49.057 49.778 50.624 51.643 52.612 55.768 58.650 61.120 63.654 64.696 65.617 66.681 67.730 68.779 69.793 1.811.327

7.929 8.054 8.181 8.311 8.442 8.575 8.711 8.848 8.988 9.130 9.274 9.421 9.980 10.588 11.099 11.623 11.807 11.993 12.183 12.375 12.571 12.769 323.165

15.887 16.105 16.326 16.551 16.779 17.011 17.247 17.486 17.729 17.976 18.227 18.656 19.240 19.548 19.862 20.179 20.502 20.639 20.970 21.307 21.649 21.995 657.529

2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 109.903

192 195 198 201 204 207 211 214 217 221 224 228 231 235 239 243 246 250 254 258 262 267 8.125

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.071

578 728 578 578 728 578 578 728 578 578 728 578 578 578 578 578 578 578 578 578 578 578 26.159

15.631 15.575 16.358 17.117 17.869 18.580 18.972 19.331 19.815 20.269 20.739 21.278 23.289 25.250 26.892 28.581 29.113 29.707 30.246 30.761 31.269 31.734 684.375

8.453 2.003 2.037 2.071 2.098 2.139 2.167 2.204 2.237 2.274 2.309 2.344 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 310.637

6.111 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 65.397

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24.016

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15.101

1.580 1.603 1.630 1.657 1.679 1.711 1.734 1.763 1.790 1.819 1.847 1.875 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 178.793

395 400 407 414 419 427 433 440 447 454 461 468 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35.457

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.120

368 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3.352

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3.303

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 304

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2.228

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5.179

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -23.612

32.452 39.783 40.106 40.318 40.410 40.847 41.480 42.005 42.725 43.339 43.805 44.346 49.427 52.957 55.868 58.857 59.751 60.796 61.729 62.709 63.721 64.800 1.298.978

10,18%

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46

Quadro 34 – Fluxo de Caixa Reequilibrado (segundo ciclo regulatório)

Fonte: AGIR (2018).

FLUXO DE CAIXA DO PROJETO - REEQUILIBRADO - R$ X 1000

DESCRIÇÃO / ANO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

INGRESSOS 1.194 2.363 3.894 5.859 11.528 15.633 21.800 24.694 34.992 39.584 54.980 60.016 65.198 70.529 73.390 75.437 77.801 79.031 80.279 81.548 82.836 84.145 85.475

RECEITA TARIFÁRIA DE ESGOTO 1.194 2.363 3.894 5.859 11.317 15.557 21.764 24.645 33.946 38.401 53.337 58.223 63.250 68.422 71.198 73.184 75.477 76.670 77.881 79.112 80.362 81.631 82.921

RECEITAS COMPLEMENTARES DE ESGOTO 0 0 0 0 211 76 35 49 1.045 1.182 1.642 1.793 1.948 2.107 2.192 2.254 2.324 2.361 2.398 2.436 2.475 2.514 2.553

INDENIZAÇÃO FINANCEIRA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

QUITAÇÃO DA OUTORGA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

SAQUES 6.784 9.294 7.794 10.457 7.104 8.717 11.354 12.468 19.847 22.555 28.863 31.447 34.073 36.469 37.718 38.500 39.440 40.065 40.779 41.466 42.174 42.971 43.431

TRIBUTOS SOBRE A RECEITA BRUTA 113 224 369 556 815 1.151 1.691 1.945 3.320 3.755 5.216 5.694 6.185 6.691 6.963 7.157 7.381 7.498 7.616 7.737 7.859 7.983 8.109

CUSTO DE OPERAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTO 2.240 2.701 4.451 6.740 5.684 4.692 5.258 5.321 9.508 11.248 12.272 13.105 13.833 14.369 14.565 14.268 14.460 14.656 14.848 15.050 15.254 15.462 15.673

GASTOS ADMINISTRATIVOS 2.078 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451 2.451

TAXA DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO 0 0 85 92 93 108 102 102 152 154 156 159 161 164 167 169 172 175 177 180 183 186 189

OUTORGA DA CONCESSÃO 2.008 2.000 0 0 -1.937 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

SEGUROS E GARANTIAS 344 1.917 438 618 0 0 0 0 610 755 599 594 739 583 578 728 578 578 728 578 578 728 578

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 0 0 0 0 0 315 1.853 2.650 3.807 4.192 8.168 9.444 10.704 12.211 12.995 13.728 14.398 14.708 14.959 15.471 15.850 16.162 16.432

INVESTIMENTOS 6.516 38.415 39.639 24.177 7.299 11.016 11.117 6.435 11.883 22.591 33.803 8.962 9.612 9.479 6.122 4.126 5.172 3.159 3.693 2.489 2.467 2.050 8.080

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS - ETE 1.459 12.898 7.143 4.000 78 2.815 702 44 2.444 12.629 8.962 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6.111

ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTOS - EEE 546 542 2.719 2.719 132 1.314 2.716 338 1.132 1.132 1.033 1.132 1.132 1.132 1.132 1.132 1.132 1.132 1.132 636 0 0 0

COLETORES E INTERCEPTORES 0 2.519 5.305 2.058 0 0 0 0 1.060 1.269 1.269 467 324 416 416 0 0 0 0 0 0 0 0

REDE COLETORA DE ESGOTOS 0 18.083 20.024 10.314 4.787 19.323 15.607 5.709 5.214 5.372 18.005 5.892 6.059 6.236 3.346 2.395 2.765 1.438 1.461 1.483 1.507 1.531 1.556

LIGAÇÕES DE ESGOTOS 0 856 2.932 5.967 1.130 1.537 1.252 563 1.303 1.342 4.498 1.472 1.514 1.558 836 598 691 359 365 370 376 382 389

SUBSTITUIÇÃO / RENOVAÇÃO 699 45 376 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

EQUIPAMENTOS 743 75 0 0 68 50 7 25 133 710 0 0 0 0 368 0 0 93 710 0 0 0 0

VEÍCULOS 1.364 0 0 0 0 0 0 0 380 87 35 0 367 87 25 0 367 87 25 0 367 87 25

SISTEMAS 86 0 0 0 9 1 0 8 0 50 0 0 0 50 0 0 0 50 0 0 0 50 0

OUTROS INVESTIMENTOS 1.232 107 0 0 6 4 7 4 217 0 0 0 217 0 0 0 217 0 0 0 217 0 0

INVESTIMENTOS EXTRAORDINÁRIOS 387 3.290 1.141 0 30 155 176 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

GLOSA DOS INVESTIMENTOS / DIFERENÇAS A MAIOR 0 0 0 -881 1.059 -14.183 -9.349 -257 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

SALDO FINAL DE CAIXA -12.106 -45.345 -43.539 -28.775 -2.875 -4.100 -672 5.791 3.262 -5.562 -7.685 19.607 21.513 24.581 29.550 32.811 33.189 35.807 35.807 37.593 38.195 39.124 33.964

TIR DO PROJETO 10,54% 103,89% 3,89% 2,80% 1,09% 4,00% 5,09% 0,00% 10,21% LMDM

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Quadro 34 – Fluxo de Caixa Reequilibrado (segundo ciclo regulatório)

Fonte: AGIR (2018).

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Desta forma e mediante o exposto, recomenda-se:

1) Indeferir o pleito da prestadora quanto ao impacto de TIR de 10,03% (dez vírgula zero

três por cento) bem como o percentual de aplicação do IPCA referente ao período de

janeiro/2014 a dezembro/2014, que atualizado até março/2018, corresponria a 7,81% (sete

vírgula oitenta e um por cento) pelos motivos exposto de indeferimento por parte do Comitê de

Regulação da matéria a época e também pelo fato da revisão tarifária ordinária atualizar todos

os desequilíbrios ao valor presente do Contrato.

2) Recomendar o reconhecimento da TIR em 10,18% (dez vírgula dezoito por cento),

correspondendo a um desequilíbrio de -0,36 p.p. (menos zero vírgula trinta e seis pontos

percentuais) em relação a TIR Contratual de Referência (10,54%).

3) Recomenda-se aplicar a revisão da tarifa em 1,09% (um vírgula zero nove por cento)

sobre os preços praticado, que corresponde ao complemento do percentual de 2,80%

(dois vírgula oitenta por cento) concedido pela AGIR em março de 2018, totalizando

assim o percentual total apurado para reequilíbrio contratual de 3,89% (três vírgula

oitenta e nove por cento) para os valores ocorridos no período regulatório compreendido

até março de 2018.

4) Recomenda-se a abertura de processo Técnico/Administrativo acerca das

inconsistências verificadas na proposta da Concessionária e o Contrato de Concessão

que divergem quanto aspectos técnicos de profundidade de vala, bitola de redes e

declividade, tornando a qualidade e vida útil dos ativos comprometidos.

5) Recomenda-se que para o reconhecimento dos valores projetados para seguros, sejam

apresentadas as apólices, nos valores contratualmente exigidos, contemplando as

obrigações Contratuais, referente à prestação de serviço de esgotamento sanitário de

Blumenau.

6) Recomenda-se a revisão dos critérios adotados para o recebimento das obras e

acompanhamento de sua funcionalidade, em virtude da constatação de reincidência de

serviços de manutenção realizados, que impactam no custo e na qualidade do serviço

prestado.

7) Recomenda-se que sejam revisados e reavaliados os investimentos concretizados até o

oitavo ano da Concessão, de forma que as condições de funcionalidade devam ser

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49

mensuradas, atentando para a vida útil destas infraestruturas, bem como seu correto

dimensionamento e funcionamento previsto no Contrato de Concessão.

8) Recomenda-se que os projetos de AS BUILT, futuros e já entregues, apresentem

corretamente o posicionamento das redes, sejam estas em passeio ou arruamento.

9) Recomenda-se que as referências utilizadas para localização de pontos específicos de

projeto sejam, dentro do possível oficias, se necessário enquadradas em norma, a ser

editada.

10) Recomenda-se que a Concessionária cumpra na íntegra o item 4.1.3 do 4º TA, de forma

que o inventário de Bens Vinculados reflita a real alocação dos investimentos, podendo

o modelo de relatório ser reavaliado em conjunto pelas partes.

11) Ao Diretor Geral da AGIR que paute sua Decisão à necessidade de comunicação pela

Concessionária aos seus usuários de forma ampla e oficial, em conformidade com as

normas contratuais previsto no 4º Termo Aditivo do Contrato de Concessão do

Município de Blumenau num período não inferior a 30 (trinta) dias, para início da

cobrança do novo regime tarifário e que seja encaminhado a esta Agência cópia da nova

tabela tarifária, em observação ao disposto no Artigo 39 da Lei Federal nº

11.445/2007, que estabelece: “Art. 39. As tarifas serão fixadas de forma clara e

objetiva, devendo os reajustes e as revisões serem tornados públicos com antecedência

mínima de (30) dias em relação à sua aplicação” (grifo nosso).

Este o nosso parecer, SMJ.

Blumenau (SC), em 11 de dezembro de 2018.

ANDRÉ DOMINGOS GOETZINGER

Gerente de Estudos Econômico-Financeiros

RICARDO HÜBNER Gerente de Saneamento Básico

DANIEL ANTONIO NARZETTI Gerente de Transporte e Demais Serviços

Públicos CORECON-SC nº 3512

ADEMIR MANOEL GONÇALVES Economista – AGIR CORECON-SC 1463

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50

MARIA DE FÁTIMA MARTINS Assessora Jurídica da AGIR

OAB-SC 35.127

LUCIANO GABRIEL HENNING Assessor Jurídico da AGIR

OAB-SC 15.101

CAIO BARBOSA DE CARULICE Agente Administrativo

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ANEXO I – DETALHAMENTO DAS AMOSTRAS

PVs e TILs que não foi possível verificar (Encobertos ou lacrados)

Ponto Rua Verificado nº de

Referência 51 Rua Paulo Grossembacher Nº 39 TIL 39 63 Rua Joaquim Antônio Pacheco nº 190 TIL 190

111 Rua Augusto Otte Nº 191 PV 326 216 Rua Ricardo Maas Nº 308 PV 037 224 Rua Soldado Denísio Hostins PV 202.1 246 Rua Nereu Ramos Esquina Com Rua 7 De Setembro PV 090 247 Rua Londrina PV 3 PVs 248 Rua Amazonas PV

Incompatibilidade com o Cadastro Técnico (Não está representado em As Built, ou possui erro de cadastro)

Ponto Rua Verificado nº de Referência

3 Rua Paulo Kuehnrich, Nº 185 TIL 185 27 Rua Amazonas Nº 4555 TIL 4555 44 Rua Rondonópolis Nº 136 TIL 136 69 Alameda Rio Branco Nº 539 TIL 539

106 Rua Belém Nº 109 TIL 109 113 Rua Augusto Otte Ao Lado Do Nº 420 TIL 420 114 Augusto Otte Nº 349 TIL 349 193 Rua São Paulo Nº 565 PV - 211 Rua Gustavo Budag Nº 535 TIL 535 217 Rua Gustavo Budag Nº 327 PV - 228 Rua Primavera Nº224 TIL 224 245 Rua Padre Jacobs PV

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52

Problemas de Profundidade (Diferença entre o cadastro técnico e campo ou obstrução que impede a aferição)

Ponto Rua Verificado nº de

Referência

Profundidade do Cadastro

Técnico

Profundidade Medida em

Campo

Diferença de

Medições

4 Rua Dois de Setembro, nº 1551 PV 009 3,08 2,873 0,21

13 Rua São Bernardo, nº 57 PV 044.1 2,049 1,916 0,13

28 Rua Amazonas nº 4463 PV 013.1 1,432 1,301 0,13

36 Rua Amazonas nº 4065 PV 025.1 2,554 1,884 0,67

39 Rua Guaianazes nº 27 PV 020.1 1,683 1,538 0,15

45 Rua José Hostert nº 127 PV 153.1 0,93 1,069 -0,14

48 Rua Ascurra nº 3643 PV 100.1 1,381 1,205 0,18

58 Rua Natal nº 103 PV 461.3 1,656 1,528 0,13

65 Alameda Rio Branco nº 765 PV 030 2,939 2,74 0,20

73 Rua Coronel Vidal Ramos nº 02 PV 010.1 1,426 1,557 -0,13

80 Rua Nereu Ramos nº 227 Descarga - 1,3 1,03 0,27

87 Rua Herman Huscher nº 855 PV 030 4,017 3,798 0,22

88 Rua Herman Huscher nº 285 PV 004 2,724 2,559 0,17

90 Rua Ângelo Dias nº 207 PV 145 1,748 1,516 0,23

92 Rua Esquina Rua Dr. Luiz de

Freitas Melro e Ângelo Dias nº 276

PV 015 3,73 3,367 0,36

93 Rua Dr. Luiz Freitas Melro nº 220 PV 017 3,62 3,458 0,16

103 Rua Voluntários da Pátria nº 130. PV 001.4 1,784 1,6 0,18

112 Rua Augusto Otte próximo ao nº

191 PV 327 1,185 1,521 -0,34

122 Esquina Rua Palhoça e Hermann

Hering PV 352 1,738 1,571 0,17

126 Esquina Rua 7 de Setembro e Rua

Floriano Peixoto nº 123 PV 146.1 1,175 0,902 0,27

134 Esquina Rua 15 de Novembro e

Rua John Kennedy nº25 PV 008.1 1,795 1,315 0,48

141 Rua Humberto de Campos nº

2883 PV 023 1,506 1,304 0,20

143 Rua Ayres Gama nº 222 PV 038.1 2,027 1,885 0,14

151 Rua João Pessoa nº 161 PV 016 1,849 1,388 0,46

159 Rua Petrópolis nº 267 PV 090 1,246 1,399 -0,15

165 Rua São José nº 267 PV 061 1,206 0,936 0,27

177 Rua Victor Konder e Rua São

Paulo nº 825 PV 073 1,481 1,084 0,40

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53

Ponto Rua Verificado nº de

Referência

Profundidade do Cadastro

Técnico

Profundidade Medida em

Campo

Diferença de

Medições

186 Esquina Rua Max Hering e

Heinrich Hosang nº 319 PV 021.4 2,758 2,593 0,17

197 Rua Gustavo Budag nº 774 PV 126.1 1,737 1,567 0,17

202 Cruzamento Rua Canindé e Rua

Gustavo Budag nº 689 PV 080 2,549 2,331 0,22

207 Rua Gustavo Budag ao lado do

lote nº 657 PV 025.3 0,506 0,697 -0,19

218 Rua Gustavo Budag nº327 PV 017 1,715 1,545 0,17

226 Rua do Engenho nº 86 PV 038 2,409 2,19 0,22

232 Rua Francisco Vahldieck nº 2368

- Montante PV 142.2 0,606 0,784 -0,18

238

Intercessão com o Acesso à Rua José Manoel Gouveia, saindo da

Via Expressa Paul Fritz Kuehnrich

PV 248 1,391 1,226 0,17

240 Rua Bartolomeu de Gusmão

nº177 PV 176 3,801 3,577 0,22

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54

ANEXO II – ÍNDICE DE DEFLAÇÃO.

IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial Abril/2014 a Março/2018

Mês/ano Índice do mês

(%)

Índice acumulado no ano (%)

Índice acumulado nos

últimos 12 meses (%)

Número índice acumulado

partir Jan/93 Razão

mar/18 0,09 0,7015 2,6807 1.275,93 0,607 64,68% fev/18 0,32 0,6109 2,8448 1.274,78 0,608 64,53% jan/18 0,29 0,29 2,855 1.270,71 0,610 64,01% dez/17 0,44 2,9473 2,9473 1.267,04 0,612 63,53% nov/17 0,28 2,4964 2,8039 1.261,49 0,614 62,81% out/17 0,42 2,2102 2,7013 1.257,96 0,616 62,36% set/17 0,16 1,7827 2,5377 1.252,70 0,619 61,68% ago/17 0,19 1,6201 2,4558 1.250,70 0,619 61,42% jul/17 0,24 1,4274 2,7115 1.248,33 0,621 61,12% jun/17 -0,23 1,1845 2,9984 1.245,34 0,622 60,73% mai/17 0,31 1,4178 3,5971 1.248,21 0,621 61,10% abr/17 0,14 1,1044 4,0825 1.244,35 0,623 60,60% mar/17 0,25 0,963 4,571 1.242,62 0,624 60,38% fev/17 0,33 0,7113 4,7588 1.239,52 0,625 59,98% jan/17 0,38 0,38 5,354 1.235,44 0,627 59,45% dez/16 0,3 6,2881 6,2881 1.230,76 0,630 58,85% nov/16 0,18 5,9701 6,9875 1.227,08 0,631 58,37% out/16 0,26 5,7797 7,8739 1.224,88 0,633 58,09% set/16 0,08 5,5054 8,4764 1.221,70 0,634 57,68% ago/16 0,44 5,4211 8,975 1.220,72 0,635 57,55% jul/16 0,52 4,9593 8,7363 1.215,38 0,637 56,86% jun/16 0,35 4,4163 8,8445 1.209,09 0,641 56,05% mai/16 0,78 4,0521 9,3217 1.204,87 0,643 55,51% abr/16 0,61 3,2468 9,2783 1.195,55 0,648 54,30% mar/16 0,43 2,6208 9,3869 1.188,30 0,652 53,37% fev/16 0,9 2,1814 10,3563 1.183,21 0,655 52,71% jan/16 1,27 1,27 10,7063 1.172,66 0,661 51,35% dez/15 0,96 10,6735 10,6735 1.157,95 0,669 49,45% nov/15 1,01 9,6211 10,4762 1.146,94 0,676 48,03% out/15 0,82 8,525 9,9293 1.135,47 0,682 46,55% set/15 0,54 7,6424 9,4932 1.126,24 0,688 45,36% ago/15 0,22 7,0642 9,5259 1.120,19 0,692 44,58% jul/15 0,62 6,8292 9,5586 1.117,73 0,693 44,26% jun/15 0,79 6,1709 8,8944 1.110,84 0,697 43,37% mai/15 0,74 5,3388 8,4731 1.102,13 0,703 42,25% abr/15 0,71 4,565 8,1716 1.094,04 0,708 41,20% mar/15 1,32 3,8278 8,1286 1.086,33 0,713 40,21% fev/15 1,22 2,4751 7,7018 1.072,17 0,723 38,38% jan/15 1,24 1,24 7,1378 1.059,25 0,731 36,71% dez/14 0,78 6,4076 6,4076 1.046,28 0,741 35,04% nov/14 0,51 5,5841 6,5554 1.038,18 0,746 33,99% out/14 0,42 5,0483 6,5872 1.032,91 0,750 33,31% set/14 0,57 4,609 6,7465 1.028,59 0,753 32,76% ago/14 0,25 4,0161 6,5129 1.022,76 0,758 32,00% jul/14 0,01 3,7567 6,5023 1.020,21 0,759 31,67% jun/14 0,4 3,7463 6,5236 1.020,11 0,760 31,66% mai/14 0,46 3,333 6,3751 1.016,04 0,763 31,14% abr/14 0,67 2,8598 6,2798 1.011,39 0,766 30,54%

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55

mar/14 0,92 2,1752 6,1531 1.004,66 0,771 29,67% fev/14 0,69 1,2438 5,6798 995,5014 0,778 28,48% jan/14 0,55 0,55 5,5853 988,6795 0,784 27,60% dez/13 0,92 5,9108 5,9108 983,2715 0,788 26,91% nov/13 0,54 4,9453 5,7744 974,3079 0,795 25,75% out/13 0,57 4,3817 5,8375 969,0749 0,800 25,07% set/13 0,35 3,7901 5,8586 963,5824 0,804 24,37% ago/13 0,24 3,4281 6,0906 960,2217 0,807 23,93% jul/13 0,03 3,1804 6,2706 957,9227 0,809 23,63% jun/13 0,26 3,1495 6,6955 957,6354 0,809 23,60% mai/13 0,37 2,882 6,504 955,152 0,811 23,28% abr/13 0,55 2,5027 6,4933 951,6309 0,814 22,82% mar/13 0,47 1,942 6,5887 946,4256 0,819 22,15% fev/13 0,6 1,4652 6,3128 941,9982 0,823 21,58% jan/13 0,86 0,86 6,1543 936,3799 0,827 20,85% dez/12 0,79 5,8386 5,8386 928,3957 0,835 19,82% nov/12 0,6 5,009 5,534 921,1189 0,841 18,88% out/12 0,59 4,3826 5,45 915,6251 0,846 18,18% set/12 0,57 3,7705 5,2824 910,2546 0,851 17,48% ago/12 0,41 3,1823 5,2405 905,0956 0,856 16,82% jul/12 0,43 2,761 5,1986 901,3998 0,860 16,34% jun/12 0,08 2,321 4,9157 897,5404 0,863 15,84% mai/12 0,36 2,2392 4,9892 896,823 0,864 15,75% abr/12 0,64 1,8725 5,1042 893,606 0,867 15,33% mar/12 0,21 1,2246 5,2399 887,9232 0,873 14,60% fev/12 0,45 1,0125 5,8491 886,0625 0,874 14,36% jan/12 0,56 0,56 6,2178 882,0931 0,878 13,85% dez/11 0,5 6,5031 6,5031 877,1809 0,883 13,21% nov/11 0,52 5,9732 6,6409 872,8168 0,888 12,65% out/11 0,43 5,425 6,9698 868,3017 0,892 12,07% set/11 0,53 4,9736 7,3106 864,5839 0,896 11,59% ago/11 0,37 4,4202 7,2252 860,0258 0,901 11,00% jul/11 0,16 4,0353 6,8727 856,8554 0,904 10,59% jun/11 0,15 3,8691 6,7126 855,4867 0,906 10,41% mai/11 0,47 3,7135 6,5528 854,2054 0,907 10,25% abr/11 0,77 3,2284 6,5104 850,2094 0,911 9,73% mar/11 0,79 2,4396 6,299 843,7128 0,918 8,89% fev/11 0,8 1,6366 6,0142 837,0997 0,926 8,04% jan/11 0,83 0,83 5,9932 830,456 0,933 7,18% dez/10 0,63 5,909 5,909 823,62 0,941 6,30% nov/10 0,83 5,246 5,6354 818,4637 0,947 5,64% out/10 0,75 4,3797 5,1954 811,7264 0,955 4,77% set/10 0,45 3,6026 4,7046 805,6837 0,962 3,99% ago/10 0,04 3,1385 4,4858 802,0744 0,966 3,52% jul/10 0,01 3,0973 4,6007 801,7537 0,966 3,48% jun/10 0 3,087 4,8412 801,6735 0,966 3,47% mai/10 0,43 3,087 5,2187 801,6735 0,966 3,47% abr/10 0,57 2,6456 5,2606 798,2411 0,971 3,03% mar/10 0,52 2,0638 5,1664 793,7169 0,976 2,44% fev/10 0,78 1,5358 4,8315 789,6109 0,981 1,91% jan/10 0,75 0,75 4,5923 783,4996 0,989 1,12% dez/09 0,37 4,312 4,312 777,6671 0,996 0,37% nov/09 0,41 3,9275 4,2185 774,8004 1,000 0,00%