parcelamentos ilegais do solo: aspectos urbanísticos e ... · permitidos e os índices...
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Parcelamentos ilegais do solo aspectos urbaniacutesticos e regularizaccedilatildeo
Autores
Sabrina Mac Fadden
1 Introduccedilatildeo
As mudanccedilas nos modos de produccedilatildeo sofridas em decorrecircncia da Revoluccedilatildeo Industrial e nos valoressociais trazidas pelo ideaacuterio da Revoluccedilatildeo Francesa impulsionaram o crescimento e expansatildeo das cidades
Com a formaccedilatildeo dos grandes centros urbanos os processos de urbanizaccedilatildeo passaram a se constituir umimportante objeto de estudo para a administraccedilatildeo puacuteblica as ciecircncias juriacutedicas e para outras ciecircnciascorrelacionadas tais como a engenharia civil a arquitetura as ciecircncias ambientais e as ciecircncias sociais
Com a constante expansatildeo e desenvolvimento urbano a demanda de prestaccedilatildeo de serviccedilos puacuteblicosinfra-estrutura baacutesica e unidades habitacionais aumentaram proporcionalmente Diante disto cresceram osparcelamentos de solo realizados pela iniciativa privada e pelo poder puacuteblico
A implantaccedilatildeo regular de empreendimentos destinados aos parcelamentos do solo de grandes propriedadesimplica em um investimento bastante alto e num processo burocraacutetico complexo e demasiadamente morosoEsses fatores condicionam o preccedilo da mercadoria tornando o acesso agrave propriedade distante das famiacutelias debaixa renda Para minimizar esse problema o poder puacuteblico tem interferido e implantando os chamadosldquoloteamentos popularesrdquo e ldquoloteamentos de interesse socialrdquo Mesmo assim a oferta alcanccedilada encontra-sedistante da demanda necessaacuteria e muitas vezes nem mesmo os empreendimentos puacuteblicos satildeo revestidosde plena legalidade
Esse deacuteficit de habitaccedilatildeo regular reflete na ocorrecircncia e agravamento dos loteamentos clandestinos eirregulares e suas consequumlecircncias atingem o sistema viaacuterio o sistema de abastecimento de aacutegua e coleta deesgoto o sistema de escoamento das aacuteguas pluviais o meio ambiente e os direitos civis dos adquirentesaleacutem de sobrecarregar a administraccedilatildeo puacuteblica municipal
2 Objetivos
O objetivo desse estudo eacute tratar os aspectos juriacutedicos e urbaniacutesticos da regularizaccedilatildeo judicial eadministrativa dos parcelamentos ilegais solo
3 Desenvolvimento
O parcelamento do solo eacute a divisatildeo geodeacutesico-juriacutedica de um terreno uma vez que por meio delese divide o solo e concomitantemente o direito respectivo de propriedade formando-se novasunidades propriedades fisicamente menores mas juridicamente idecircnticas[1]
Juridicamente o parcelamento do solo pode ocorrer atraveacutes do loteamento e do desmembramentourbanos disciplinados pela Lei 676679 com as alteraccedilotildees trazidas pela Lei 978599 e do
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loteamento rural disciplinado pelo Decreto-lei federal nordm 5837 pela Lei nordm 450464 ndash Estatuto daTerra pela Lei nordm 586872 e pelas Instruccedilotildees Normativas do INCRA ndash Instituto Nacional deColonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria
Outras formas simplificadas de parcelamento natildeo se encontram disciplinadas pela Lei 676679 epossuem disposiccedilotildees especiacuteficas adequadas agrave sua natureza como o desdobro (divisatildeo em 02lotes) e o fracionamento (divisatildeo do terreno de 02 a 06 lotes)
Outras formas de parcelamento do solo surgiram a partir de inovaccedilotildees criadas com base emlegislaccedilotildees diversas a exemplo do ldquocondomiacutenio deitadordquo ou ldquoloteamento fechadordquo e o ldquocondomiacuteniode lotesrdquo que buscam na articulaccedilatildeo de mais de uma lei ou instituto juriacutedico o respaldo para sualegitimidade
Haacute ainda os parcelamentos de solo realizados atraveacutes de expedientes fraudulentos ou sem quesejam concluiacutedos os procedimentos iniciados para sua implantaccedilatildeo que terminam por refletir notema desse trabalho os parcelamentos ilegais do solo
A Lei 676679 dispotildee em seu artigo 4ordm que os loteamentos deveratildeo atender pelo menos aosseguintes requisitos
I ndash as aacutereas destinadas a sistema de circulaccedilatildeo a implantaccedilatildeo de equipamento urbano e comunitaacuterio bemcomo a espaccedilos livres de uso puacuteblico seratildeo proporcionais agrave densidade de ocupaccedilatildeo prevista pelo planodiretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem
II ndash os lotes teratildeo aacuterea miacutenima de 125 msup2 (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente miacutenima de 5(cinco) metros salvo quando a legislaccedilatildeo estadual ou municipal determinar maiores exigecircncias ou quando oloteamento se destinar a urbanizaccedilatildeo especiacutefica ou edificaccedilatildeo de conjuntos habitacionais de interessesocial previamente aprovados pelos oacutergatildeos puacuteblicos competentes
III ndash ao longo das aacuteguas correntes e dormentes e das faixas de domiacutenio puacuteblico das rodovias ferrovias edutos seraacute obrigatoacuteria a reserva de uma faixa non aedificandi de 15 (quinze) metros de cada lado salvomaiores exigecircncias da legislaccedilatildeo especiacutefica
IV ndash as vias de loteamento deveratildeo articular-se com as vias adjacentes oficiais existentes ou projetadas aharmonizar-se com a topografia local
sect 1ordm A legislaccedilatildeo municipal definiraacute para cada zona em que se divida o territoacuterio do Municiacutepio os usospermitidos e os iacutendices urbaniacutesticos de parcelamento e ocupaccedilatildeo do solo que incluiratildeo obrigatoriamenteas aacutereas miacutenimas e maacuteximas de lotes e os coeficientes maacuteximos de aproveitamento
sect 2ordm Consideram-se comunitaacuterios os equipamentos puacuteblicos de educaccedilatildeo cultura sauacutede lazer e similares[2]
A reserva de aacutereas puacuteblicas destinadas ao sistema de circulaccedilatildeo agrave implantaccedilatildeo de equipamentosurbanos e comunitaacuterios bem como as correspondentes aos espaccedilos livres de uso puacuteblico eacuteimposta ao loteador pelo inciso I artigo 4ordm enquanto o percentual miacutenimo a partir das alteraccedilotildeesintroduzidas pela Lei nordm 978599 deve ser fixado por legislaccedilatildeo municipal
Para efeito de entendimento do inciso I desse artigo o paraacutegrafo 2ordm estabelece que satildeoconsiderados equipamentos comunitaacuterios ou puacuteblicos os que satildeo destinados agrave educaccedilatildeo agrave culturaagrave sauacutede ao lazer e similares Pela parte final do dispositivo tem-se que a lista apresentada natildeopossui caraacuteter taxativo ou seja outras atividades exercidas pelo Poder Puacuteblico ou por particularespodem ser consideradas comunitaacuterias[3]
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O dispositivo estabelece que cabe ao Municiacutepio ao fixar as diretrizes indicar os equipamentosurbanos e comunitaacuterios adequados a cada parcelamento conforme o planejamento urbanomunicipal
As vias de circulaccedilatildeo do parcelamento devem integrar o sistema viaacuterio oficial existente e oprojetado
As aacutereas puacuteblicas e os equipamentos urbanos e comunitaacuterios implantados passam para o domiacuteniomunicipal ficando sob a responsabilidade do Municiacutepio ou de seus concessionaacuterios epermissionaacuterios A transferecircncia do domiacutenio ocorre com o recebimento do parcelamento peloMuniciacutepio a partir da expediccedilatildeo do Termo de Verificaccedilatildeo das obras constatando que o projeto foiexecutado conforme o ato de aprovaccedilatildeo
Satildeo considerados parcelamentos legais portanto os que atendem agraves legislaccedilotildees municipalestadual e federal referentes agrave aprovaccedilatildeo agrave execuccedilatildeo e ao registro do projeto
Assim soacute podem ser chamados legais os parcelamentos do solo urbano ou para fins urbanosaprovados pelo Poder Puacuteblico competente (Municiacutepio ou Distrito Federal quando for o caso) queforam executados conforme o ato de aprovaccedilatildeo e registrados dentro do prazo fixado em lei noCartoacuterio de Registro de Imoacuteveis da situaccedilatildeo do empreendimento nos termos das normas juriacutedicasvigentes ao tempo do ato de aprovaccedilatildeo da execuccedilatildeo e do registro do empreendimento[4]
[1] ATHAYDES Olmiro Gayer ATHAYDES Lisete A Dantas Gayer Teoria e Praacutetica do Parcelamento do SoloSatildeo Paulo Saraiva 1984 Apud LEAL Rogeacuterio Gesta O parcelamento clandestino do solo e a responsabilidademunicipal no Brasil estudo de um modelo Disponiacutevel em lthttpwwwmundojuriacutedicoadvbrgt Acesso em 07 fev2005
[2] BRASIL Lei no 6766 de 19 de dezembro de 1979 Dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano e daacuteoutras providecircncias Satildeo Paulo Saraiva 2001 p 483-484
[3] Ibid p 484
[4] GASPARINI Dioacutegenes O municiacutepio e o parcelamento do solo 2ordf ed Satildeo Paulo Saraiva 1988 p 128
4 Resultados
Os parcelamentos ilegais do solo satildeo considerados um dos problemas mais graves estudadoshoje no direito urbaniacutestico e no direito municipal com reflexos no direito ambiental no direitoeconocircmico e no direito penal Esses parcelamentos proliferam-se nas periferias urbanas e naszonas rurais como resultado da carecircncia de oferta imobiliaacuteria de baixo custo da especulaccedilatildeo eainda como resultado da ocupaccedilatildeo de terras puacuteblicas
Diversos argumentos satildeo apresentados para a natildeo observacircncia da lei como os custos elevados deimplantaccedilatildeo e a acentuada burocracia para a aprovaccedilatildeo
A implantaccedilatildeo de um loteamento por exemplo demanda a obtenccedilatildeo de diretrizes urbaniacutesticasjunto ao municiacutepio elaboraccedilatildeo de planta memorial descritivo e projeto contrataccedilatildeo de teacutecnicos
36
dentre engenheiros arquitetos geoacutelogos e topoacutegrafos execuccedilatildeo de obras conforme padrotildeesteacutecnicos incluindo demarcaccedilatildeo dos lotes e aacutereas abertura de ruas implantaccedilatildeo de rede dedistribuiccedilatildeo de aacutegua de energia eleacutetrica e de coleta e disposiccedilatildeo de esgoto pavimentaccedilatildeoimplantaccedilatildeo das galerias de escoamento de aacuteguas pluviais guias e sarjetas comercializaccedilatildeo doslotes considerando profissionais marketing e propaganda recolhimento de impostos manutenccedilatildeode elemento de empresa e consequumlentemente encargos correspondentes e assim por diante [1]
Aleacutem disso transferem-se em regra 35 (trinta e cinco por cento) da gleba ao patrimocircnio domuniciacutepio gratuitamente para a formaccedilatildeo das vias de circulaccedilatildeo espaccedilos livres aacutereas verdes e delazer praccedilas e preacutedios puacuteblicos e assim por diante
Todo esse quadro eleva sobremaneira os custos do empreendimento o que obviamente eacuterepassado ao adquirente inviabilizando portanto a flexibilizaccedilatildeo econocircmica desse mercado Quempossui o devido poder aquisitivo tem a possibilidade de adquirir sua propriedade regular quem natildeoo possui passa a compor a demanda dos parcelamentos realizados agrave margem da lei[2]
Unidos ao fator econocircmico que reproduz o interesse dos compradores e compotildee a demandaaparecem outros fatores natildeo menos importantes a exemplo da negligecircncia fiscalizatoacuteria daAdministraccedilatildeo Puacuteblica que pouco fazem avante o gabinete da demora caracteriacutestica dosprocedimentos burocraacuteticos da irresponsabilidade dos interessados ndash parceladores e daimpunidade dos infratores
O artigo 40 da Lei de Parcelamento do Solo Urbano faculta a regularizaccedilatildeo dos loteamentos edesmembramentos natildeo-autorizados ou executados sem a observacircncia do ato de aprovaccedilatildeo Essedispositivo natildeo soacute estabelece as diferenccedilas entre parcelamento irregular (aprovado mas executadoem desacordo com a legislaccedilatildeo ou natildeo registrado) e clandestino (sem aprovaccedilatildeo) como os abrigana legislaccedilatildeo[3]
Frise-se que embora se distingam para efeito de regularizaccedilatildeo tanto a clandestinidade como airregularidade do loteamento recebe da lei o mesmo tratamento
O parcelamento eacute clandestino ldquona medida em que o Poder puacuteblico competente para examinar e sefor o caso aprovar o plano dele natildeo tem nesse sentido nenhum conhecimento oficialrdquo Nessesentido satildeo clandestinos os parcelamentos do solo natildeo aprovados pela autoridade municipalcompetente[4]
O parcelamento eacute irregular quando o Poder Puacuteblico competente o aprova e o interessado ldquodeixa deexecutaacute-lo ou o executa em descompasso com o ato de aprovaccedilatildeo ou apoacutes a aprovaccedilatildeo eexecuccedilatildeo natildeo o registrardquo[5] Para Joseacute Afonso da Silva irregulares satildeo os loteamentos queldquoaprovados pela Prefeitura mas que natildeo foram inscritos ou o foram mas satildeo executados emdesconformidade com o plano e as plantas aprovadasrdquo[6]
[1] FREITAS Joseacute Carlos Loteamentos Clandestinos uma proposta de prevenccedilatildeo e repressatildeo In FREITAS JoseacuteCarlos (coord) Temas de direito urbaniacutestico 2 Satildeo Paulo Imprensa Oficial do Estado Ministeacuterio Puacuteblico do Estadode Satildeo Paulo 2000 2v p 334
[2] Ibid p 334
[3] GASPARINI Dioacutegenes Op cit p 128
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[4] Ibid p 129
[5] Ibid p 130
[6] SILVA Joseacute Afonso da Direito urbaniacutestico brasileiro 2a ed Satildeo Paulo Malheiros 1997 p 307
5 Consideraccedilotildees Finais
A ocorrecircncia de parcelamentos ilegais sejam irregulares sejam clandestinos implica necessariamente emreflexos que atingem direitos difusos coletivos e metaindividuais cuja tutela natildeo pode ser postergada sobnenhum pretexto
Neste cenaacuterio quando observadas aacutereas irremediavelmente ocupadas natildeo haacute outro caminho senatildeo o daregularizaccedilatildeo Seja a regularizaccedilatildeo judicial seja a administrativa eacute imprescindiacutevel a adequaccedilatildeo do espaccedilofiacutesico da cidade aos padrotildees urbaniacutesticos miacutenimos previstos pela legislaccedilatildeo
Os expedientes destinados ao parcelamento ilegal do solo ocorrem de diversas formas Em consequumlecircnciatecircm-se atualmente instrumentos diversos para se proceder agrave regularizaccedilatildeo desses parcelamentos deacordo com a situaccedilatildeo faacutetica instalada
A regularizaccedilatildeo pode ser assumida pelo proacuteprio parcelador pela Prefeitura Municipal pelos adquirentes doslotes pelo Ministeacuterio Puacuteblico ou por associaccedilatildeo representativa dos interesses dos adquirentes comlegitimidade para requerer a regularizaccedilatildeo
Os interesses satildeo sempre os de equipar o nuacutecleo habitacional formado com a infra-estrutura baacutesicanecessaacuteria ao atendimento das finalidades do local dentro de um padratildeo miacutenimo de planejamentourbaniacutestico e regularizar a situaccedilatildeo registraacuteria e o direito real de propriedade dos adquirentes
Judicialmente existem previsotildees normativas que regulamentam os processos de regularizaccedilatildeo deparcelamentos ilegais do solo urbano destacando-se os artigos 38 e seguintes da Lei 676679 o Estatutoda Cidade a Medida Provisoacuteria 222001 e no Estado de Satildeo Paulo os Provimentos da Corregedoria Geralde Justiccedila destinados ao tratamento de parcelamentos ilegais atraveacutes de procedimentos administrativosespeciacuteficos
As normas destinadas agrave regularizaccedilatildeo de parcelamentos ilegais do solo apresentam caraacuteter instrumental epor isso de aplicaccedilatildeo imediata
O fato eacute que a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de forma comprometida eacute capaz de possibilitar a urbanizaccedilatildeoadequada dos locais ocupados ilegalmente e contribuir para a melhor distribuiccedilatildeo de terra e consequumlentediminuiccedilatildeo do deacuteficit habitacional das cidades promovendo consequumlentemente a melhoria da qualidade devida dos cidadatildeos Eacute exatamente essa capacidade de interferecircncia direta na vida dos citadinos que faz damateacuteria uma questatildeo de ordem puacuteblica que natildeo pode continuar a ser postergada sob nenhum pretexto
Referecircncias Bibliograacuteficas
FREITAS Joseacute Carlos Loteamentos Clandestinos uma proposta de prevenccedilatildeo e repressatildeo InFREITAS Joseacute Carlos (coord) Temas de direito urbaniacutestico 2 Satildeo Paulo Imprensa Oficial do
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Estado Ministeacuterio Puacuteblico do Estado de Satildeo Paulo 2000 2v p 331-352
GASPARINI Dioacutegenes O municiacutepio e o parcelamento do solo 2ordf ed Satildeo Paulo Saraiva 1988276 p
LEAL Rogeacuterio Gesta O parcelamento clandestino do solo e a responsabilidade municipal noBrasil estudo de um modelo Disponiacutevel em lthttpwwwmundojuriacutedicoadvbrgt Acesso em 07fev 2005
SILVA Joseacute Afonso da Direito urbaniacutestico brasileiro 2a ed Satildeo Paulo Malheiros 1997 422 p
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loteamento rural disciplinado pelo Decreto-lei federal nordm 5837 pela Lei nordm 450464 ndash Estatuto daTerra pela Lei nordm 586872 e pelas Instruccedilotildees Normativas do INCRA ndash Instituto Nacional deColonizaccedilatildeo e Reforma Agraacuteria
Outras formas simplificadas de parcelamento natildeo se encontram disciplinadas pela Lei 676679 epossuem disposiccedilotildees especiacuteficas adequadas agrave sua natureza como o desdobro (divisatildeo em 02lotes) e o fracionamento (divisatildeo do terreno de 02 a 06 lotes)
Outras formas de parcelamento do solo surgiram a partir de inovaccedilotildees criadas com base emlegislaccedilotildees diversas a exemplo do ldquocondomiacutenio deitadordquo ou ldquoloteamento fechadordquo e o ldquocondomiacuteniode lotesrdquo que buscam na articulaccedilatildeo de mais de uma lei ou instituto juriacutedico o respaldo para sualegitimidade
Haacute ainda os parcelamentos de solo realizados atraveacutes de expedientes fraudulentos ou sem quesejam concluiacutedos os procedimentos iniciados para sua implantaccedilatildeo que terminam por refletir notema desse trabalho os parcelamentos ilegais do solo
A Lei 676679 dispotildee em seu artigo 4ordm que os loteamentos deveratildeo atender pelo menos aosseguintes requisitos
I ndash as aacutereas destinadas a sistema de circulaccedilatildeo a implantaccedilatildeo de equipamento urbano e comunitaacuterio bemcomo a espaccedilos livres de uso puacuteblico seratildeo proporcionais agrave densidade de ocupaccedilatildeo prevista pelo planodiretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem
II ndash os lotes teratildeo aacuterea miacutenima de 125 msup2 (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente miacutenima de 5(cinco) metros salvo quando a legislaccedilatildeo estadual ou municipal determinar maiores exigecircncias ou quando oloteamento se destinar a urbanizaccedilatildeo especiacutefica ou edificaccedilatildeo de conjuntos habitacionais de interessesocial previamente aprovados pelos oacutergatildeos puacuteblicos competentes
III ndash ao longo das aacuteguas correntes e dormentes e das faixas de domiacutenio puacuteblico das rodovias ferrovias edutos seraacute obrigatoacuteria a reserva de uma faixa non aedificandi de 15 (quinze) metros de cada lado salvomaiores exigecircncias da legislaccedilatildeo especiacutefica
IV ndash as vias de loteamento deveratildeo articular-se com as vias adjacentes oficiais existentes ou projetadas aharmonizar-se com a topografia local
sect 1ordm A legislaccedilatildeo municipal definiraacute para cada zona em que se divida o territoacuterio do Municiacutepio os usospermitidos e os iacutendices urbaniacutesticos de parcelamento e ocupaccedilatildeo do solo que incluiratildeo obrigatoriamenteas aacutereas miacutenimas e maacuteximas de lotes e os coeficientes maacuteximos de aproveitamento
sect 2ordm Consideram-se comunitaacuterios os equipamentos puacuteblicos de educaccedilatildeo cultura sauacutede lazer e similares[2]
A reserva de aacutereas puacuteblicas destinadas ao sistema de circulaccedilatildeo agrave implantaccedilatildeo de equipamentosurbanos e comunitaacuterios bem como as correspondentes aos espaccedilos livres de uso puacuteblico eacuteimposta ao loteador pelo inciso I artigo 4ordm enquanto o percentual miacutenimo a partir das alteraccedilotildeesintroduzidas pela Lei nordm 978599 deve ser fixado por legislaccedilatildeo municipal
Para efeito de entendimento do inciso I desse artigo o paraacutegrafo 2ordm estabelece que satildeoconsiderados equipamentos comunitaacuterios ou puacuteblicos os que satildeo destinados agrave educaccedilatildeo agrave culturaagrave sauacutede ao lazer e similares Pela parte final do dispositivo tem-se que a lista apresentada natildeopossui caraacuteter taxativo ou seja outras atividades exercidas pelo Poder Puacuteblico ou por particularespodem ser consideradas comunitaacuterias[3]
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O dispositivo estabelece que cabe ao Municiacutepio ao fixar as diretrizes indicar os equipamentosurbanos e comunitaacuterios adequados a cada parcelamento conforme o planejamento urbanomunicipal
As vias de circulaccedilatildeo do parcelamento devem integrar o sistema viaacuterio oficial existente e oprojetado
As aacutereas puacuteblicas e os equipamentos urbanos e comunitaacuterios implantados passam para o domiacuteniomunicipal ficando sob a responsabilidade do Municiacutepio ou de seus concessionaacuterios epermissionaacuterios A transferecircncia do domiacutenio ocorre com o recebimento do parcelamento peloMuniciacutepio a partir da expediccedilatildeo do Termo de Verificaccedilatildeo das obras constatando que o projeto foiexecutado conforme o ato de aprovaccedilatildeo
Satildeo considerados parcelamentos legais portanto os que atendem agraves legislaccedilotildees municipalestadual e federal referentes agrave aprovaccedilatildeo agrave execuccedilatildeo e ao registro do projeto
Assim soacute podem ser chamados legais os parcelamentos do solo urbano ou para fins urbanosaprovados pelo Poder Puacuteblico competente (Municiacutepio ou Distrito Federal quando for o caso) queforam executados conforme o ato de aprovaccedilatildeo e registrados dentro do prazo fixado em lei noCartoacuterio de Registro de Imoacuteveis da situaccedilatildeo do empreendimento nos termos das normas juriacutedicasvigentes ao tempo do ato de aprovaccedilatildeo da execuccedilatildeo e do registro do empreendimento[4]
[1] ATHAYDES Olmiro Gayer ATHAYDES Lisete A Dantas Gayer Teoria e Praacutetica do Parcelamento do SoloSatildeo Paulo Saraiva 1984 Apud LEAL Rogeacuterio Gesta O parcelamento clandestino do solo e a responsabilidademunicipal no Brasil estudo de um modelo Disponiacutevel em lthttpwwwmundojuriacutedicoadvbrgt Acesso em 07 fev2005
[2] BRASIL Lei no 6766 de 19 de dezembro de 1979 Dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano e daacuteoutras providecircncias Satildeo Paulo Saraiva 2001 p 483-484
[3] Ibid p 484
[4] GASPARINI Dioacutegenes O municiacutepio e o parcelamento do solo 2ordf ed Satildeo Paulo Saraiva 1988 p 128
4 Resultados
Os parcelamentos ilegais do solo satildeo considerados um dos problemas mais graves estudadoshoje no direito urbaniacutestico e no direito municipal com reflexos no direito ambiental no direitoeconocircmico e no direito penal Esses parcelamentos proliferam-se nas periferias urbanas e naszonas rurais como resultado da carecircncia de oferta imobiliaacuteria de baixo custo da especulaccedilatildeo eainda como resultado da ocupaccedilatildeo de terras puacuteblicas
Diversos argumentos satildeo apresentados para a natildeo observacircncia da lei como os custos elevados deimplantaccedilatildeo e a acentuada burocracia para a aprovaccedilatildeo
A implantaccedilatildeo de um loteamento por exemplo demanda a obtenccedilatildeo de diretrizes urbaniacutesticasjunto ao municiacutepio elaboraccedilatildeo de planta memorial descritivo e projeto contrataccedilatildeo de teacutecnicos
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dentre engenheiros arquitetos geoacutelogos e topoacutegrafos execuccedilatildeo de obras conforme padrotildeesteacutecnicos incluindo demarcaccedilatildeo dos lotes e aacutereas abertura de ruas implantaccedilatildeo de rede dedistribuiccedilatildeo de aacutegua de energia eleacutetrica e de coleta e disposiccedilatildeo de esgoto pavimentaccedilatildeoimplantaccedilatildeo das galerias de escoamento de aacuteguas pluviais guias e sarjetas comercializaccedilatildeo doslotes considerando profissionais marketing e propaganda recolhimento de impostos manutenccedilatildeode elemento de empresa e consequumlentemente encargos correspondentes e assim por diante [1]
Aleacutem disso transferem-se em regra 35 (trinta e cinco por cento) da gleba ao patrimocircnio domuniciacutepio gratuitamente para a formaccedilatildeo das vias de circulaccedilatildeo espaccedilos livres aacutereas verdes e delazer praccedilas e preacutedios puacuteblicos e assim por diante
Todo esse quadro eleva sobremaneira os custos do empreendimento o que obviamente eacuterepassado ao adquirente inviabilizando portanto a flexibilizaccedilatildeo econocircmica desse mercado Quempossui o devido poder aquisitivo tem a possibilidade de adquirir sua propriedade regular quem natildeoo possui passa a compor a demanda dos parcelamentos realizados agrave margem da lei[2]
Unidos ao fator econocircmico que reproduz o interesse dos compradores e compotildee a demandaaparecem outros fatores natildeo menos importantes a exemplo da negligecircncia fiscalizatoacuteria daAdministraccedilatildeo Puacuteblica que pouco fazem avante o gabinete da demora caracteriacutestica dosprocedimentos burocraacuteticos da irresponsabilidade dos interessados ndash parceladores e daimpunidade dos infratores
O artigo 40 da Lei de Parcelamento do Solo Urbano faculta a regularizaccedilatildeo dos loteamentos edesmembramentos natildeo-autorizados ou executados sem a observacircncia do ato de aprovaccedilatildeo Essedispositivo natildeo soacute estabelece as diferenccedilas entre parcelamento irregular (aprovado mas executadoem desacordo com a legislaccedilatildeo ou natildeo registrado) e clandestino (sem aprovaccedilatildeo) como os abrigana legislaccedilatildeo[3]
Frise-se que embora se distingam para efeito de regularizaccedilatildeo tanto a clandestinidade como airregularidade do loteamento recebe da lei o mesmo tratamento
O parcelamento eacute clandestino ldquona medida em que o Poder puacuteblico competente para examinar e sefor o caso aprovar o plano dele natildeo tem nesse sentido nenhum conhecimento oficialrdquo Nessesentido satildeo clandestinos os parcelamentos do solo natildeo aprovados pela autoridade municipalcompetente[4]
O parcelamento eacute irregular quando o Poder Puacuteblico competente o aprova e o interessado ldquodeixa deexecutaacute-lo ou o executa em descompasso com o ato de aprovaccedilatildeo ou apoacutes a aprovaccedilatildeo eexecuccedilatildeo natildeo o registrardquo[5] Para Joseacute Afonso da Silva irregulares satildeo os loteamentos queldquoaprovados pela Prefeitura mas que natildeo foram inscritos ou o foram mas satildeo executados emdesconformidade com o plano e as plantas aprovadasrdquo[6]
[1] FREITAS Joseacute Carlos Loteamentos Clandestinos uma proposta de prevenccedilatildeo e repressatildeo In FREITAS JoseacuteCarlos (coord) Temas de direito urbaniacutestico 2 Satildeo Paulo Imprensa Oficial do Estado Ministeacuterio Puacuteblico do Estadode Satildeo Paulo 2000 2v p 334
[2] Ibid p 334
[3] GASPARINI Dioacutegenes Op cit p 128
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[4] Ibid p 129
[5] Ibid p 130
[6] SILVA Joseacute Afonso da Direito urbaniacutestico brasileiro 2a ed Satildeo Paulo Malheiros 1997 p 307
5 Consideraccedilotildees Finais
A ocorrecircncia de parcelamentos ilegais sejam irregulares sejam clandestinos implica necessariamente emreflexos que atingem direitos difusos coletivos e metaindividuais cuja tutela natildeo pode ser postergada sobnenhum pretexto
Neste cenaacuterio quando observadas aacutereas irremediavelmente ocupadas natildeo haacute outro caminho senatildeo o daregularizaccedilatildeo Seja a regularizaccedilatildeo judicial seja a administrativa eacute imprescindiacutevel a adequaccedilatildeo do espaccedilofiacutesico da cidade aos padrotildees urbaniacutesticos miacutenimos previstos pela legislaccedilatildeo
Os expedientes destinados ao parcelamento ilegal do solo ocorrem de diversas formas Em consequumlecircnciatecircm-se atualmente instrumentos diversos para se proceder agrave regularizaccedilatildeo desses parcelamentos deacordo com a situaccedilatildeo faacutetica instalada
A regularizaccedilatildeo pode ser assumida pelo proacuteprio parcelador pela Prefeitura Municipal pelos adquirentes doslotes pelo Ministeacuterio Puacuteblico ou por associaccedilatildeo representativa dos interesses dos adquirentes comlegitimidade para requerer a regularizaccedilatildeo
Os interesses satildeo sempre os de equipar o nuacutecleo habitacional formado com a infra-estrutura baacutesicanecessaacuteria ao atendimento das finalidades do local dentro de um padratildeo miacutenimo de planejamentourbaniacutestico e regularizar a situaccedilatildeo registraacuteria e o direito real de propriedade dos adquirentes
Judicialmente existem previsotildees normativas que regulamentam os processos de regularizaccedilatildeo deparcelamentos ilegais do solo urbano destacando-se os artigos 38 e seguintes da Lei 676679 o Estatutoda Cidade a Medida Provisoacuteria 222001 e no Estado de Satildeo Paulo os Provimentos da Corregedoria Geralde Justiccedila destinados ao tratamento de parcelamentos ilegais atraveacutes de procedimentos administrativosespeciacuteficos
As normas destinadas agrave regularizaccedilatildeo de parcelamentos ilegais do solo apresentam caraacuteter instrumental epor isso de aplicaccedilatildeo imediata
O fato eacute que a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de forma comprometida eacute capaz de possibilitar a urbanizaccedilatildeoadequada dos locais ocupados ilegalmente e contribuir para a melhor distribuiccedilatildeo de terra e consequumlentediminuiccedilatildeo do deacuteficit habitacional das cidades promovendo consequumlentemente a melhoria da qualidade devida dos cidadatildeos Eacute exatamente essa capacidade de interferecircncia direta na vida dos citadinos que faz damateacuteria uma questatildeo de ordem puacuteblica que natildeo pode continuar a ser postergada sob nenhum pretexto
Referecircncias Bibliograacuteficas
FREITAS Joseacute Carlos Loteamentos Clandestinos uma proposta de prevenccedilatildeo e repressatildeo InFREITAS Joseacute Carlos (coord) Temas de direito urbaniacutestico 2 Satildeo Paulo Imprensa Oficial do
56
Estado Ministeacuterio Puacuteblico do Estado de Satildeo Paulo 2000 2v p 331-352
GASPARINI Dioacutegenes O municiacutepio e o parcelamento do solo 2ordf ed Satildeo Paulo Saraiva 1988276 p
LEAL Rogeacuterio Gesta O parcelamento clandestino do solo e a responsabilidade municipal noBrasil estudo de um modelo Disponiacutevel em lthttpwwwmundojuriacutedicoadvbrgt Acesso em 07fev 2005
SILVA Joseacute Afonso da Direito urbaniacutestico brasileiro 2a ed Satildeo Paulo Malheiros 1997 422 p
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O dispositivo estabelece que cabe ao Municiacutepio ao fixar as diretrizes indicar os equipamentosurbanos e comunitaacuterios adequados a cada parcelamento conforme o planejamento urbanomunicipal
As vias de circulaccedilatildeo do parcelamento devem integrar o sistema viaacuterio oficial existente e oprojetado
As aacutereas puacuteblicas e os equipamentos urbanos e comunitaacuterios implantados passam para o domiacuteniomunicipal ficando sob a responsabilidade do Municiacutepio ou de seus concessionaacuterios epermissionaacuterios A transferecircncia do domiacutenio ocorre com o recebimento do parcelamento peloMuniciacutepio a partir da expediccedilatildeo do Termo de Verificaccedilatildeo das obras constatando que o projeto foiexecutado conforme o ato de aprovaccedilatildeo
Satildeo considerados parcelamentos legais portanto os que atendem agraves legislaccedilotildees municipalestadual e federal referentes agrave aprovaccedilatildeo agrave execuccedilatildeo e ao registro do projeto
Assim soacute podem ser chamados legais os parcelamentos do solo urbano ou para fins urbanosaprovados pelo Poder Puacuteblico competente (Municiacutepio ou Distrito Federal quando for o caso) queforam executados conforme o ato de aprovaccedilatildeo e registrados dentro do prazo fixado em lei noCartoacuterio de Registro de Imoacuteveis da situaccedilatildeo do empreendimento nos termos das normas juriacutedicasvigentes ao tempo do ato de aprovaccedilatildeo da execuccedilatildeo e do registro do empreendimento[4]
[1] ATHAYDES Olmiro Gayer ATHAYDES Lisete A Dantas Gayer Teoria e Praacutetica do Parcelamento do SoloSatildeo Paulo Saraiva 1984 Apud LEAL Rogeacuterio Gesta O parcelamento clandestino do solo e a responsabilidademunicipal no Brasil estudo de um modelo Disponiacutevel em lthttpwwwmundojuriacutedicoadvbrgt Acesso em 07 fev2005
[2] BRASIL Lei no 6766 de 19 de dezembro de 1979 Dispotildee sobre o parcelamento do solo urbano e daacuteoutras providecircncias Satildeo Paulo Saraiva 2001 p 483-484
[3] Ibid p 484
[4] GASPARINI Dioacutegenes O municiacutepio e o parcelamento do solo 2ordf ed Satildeo Paulo Saraiva 1988 p 128
4 Resultados
Os parcelamentos ilegais do solo satildeo considerados um dos problemas mais graves estudadoshoje no direito urbaniacutestico e no direito municipal com reflexos no direito ambiental no direitoeconocircmico e no direito penal Esses parcelamentos proliferam-se nas periferias urbanas e naszonas rurais como resultado da carecircncia de oferta imobiliaacuteria de baixo custo da especulaccedilatildeo eainda como resultado da ocupaccedilatildeo de terras puacuteblicas
Diversos argumentos satildeo apresentados para a natildeo observacircncia da lei como os custos elevados deimplantaccedilatildeo e a acentuada burocracia para a aprovaccedilatildeo
A implantaccedilatildeo de um loteamento por exemplo demanda a obtenccedilatildeo de diretrizes urbaniacutesticasjunto ao municiacutepio elaboraccedilatildeo de planta memorial descritivo e projeto contrataccedilatildeo de teacutecnicos
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dentre engenheiros arquitetos geoacutelogos e topoacutegrafos execuccedilatildeo de obras conforme padrotildeesteacutecnicos incluindo demarcaccedilatildeo dos lotes e aacutereas abertura de ruas implantaccedilatildeo de rede dedistribuiccedilatildeo de aacutegua de energia eleacutetrica e de coleta e disposiccedilatildeo de esgoto pavimentaccedilatildeoimplantaccedilatildeo das galerias de escoamento de aacuteguas pluviais guias e sarjetas comercializaccedilatildeo doslotes considerando profissionais marketing e propaganda recolhimento de impostos manutenccedilatildeode elemento de empresa e consequumlentemente encargos correspondentes e assim por diante [1]
Aleacutem disso transferem-se em regra 35 (trinta e cinco por cento) da gleba ao patrimocircnio domuniciacutepio gratuitamente para a formaccedilatildeo das vias de circulaccedilatildeo espaccedilos livres aacutereas verdes e delazer praccedilas e preacutedios puacuteblicos e assim por diante
Todo esse quadro eleva sobremaneira os custos do empreendimento o que obviamente eacuterepassado ao adquirente inviabilizando portanto a flexibilizaccedilatildeo econocircmica desse mercado Quempossui o devido poder aquisitivo tem a possibilidade de adquirir sua propriedade regular quem natildeoo possui passa a compor a demanda dos parcelamentos realizados agrave margem da lei[2]
Unidos ao fator econocircmico que reproduz o interesse dos compradores e compotildee a demandaaparecem outros fatores natildeo menos importantes a exemplo da negligecircncia fiscalizatoacuteria daAdministraccedilatildeo Puacuteblica que pouco fazem avante o gabinete da demora caracteriacutestica dosprocedimentos burocraacuteticos da irresponsabilidade dos interessados ndash parceladores e daimpunidade dos infratores
O artigo 40 da Lei de Parcelamento do Solo Urbano faculta a regularizaccedilatildeo dos loteamentos edesmembramentos natildeo-autorizados ou executados sem a observacircncia do ato de aprovaccedilatildeo Essedispositivo natildeo soacute estabelece as diferenccedilas entre parcelamento irregular (aprovado mas executadoem desacordo com a legislaccedilatildeo ou natildeo registrado) e clandestino (sem aprovaccedilatildeo) como os abrigana legislaccedilatildeo[3]
Frise-se que embora se distingam para efeito de regularizaccedilatildeo tanto a clandestinidade como airregularidade do loteamento recebe da lei o mesmo tratamento
O parcelamento eacute clandestino ldquona medida em que o Poder puacuteblico competente para examinar e sefor o caso aprovar o plano dele natildeo tem nesse sentido nenhum conhecimento oficialrdquo Nessesentido satildeo clandestinos os parcelamentos do solo natildeo aprovados pela autoridade municipalcompetente[4]
O parcelamento eacute irregular quando o Poder Puacuteblico competente o aprova e o interessado ldquodeixa deexecutaacute-lo ou o executa em descompasso com o ato de aprovaccedilatildeo ou apoacutes a aprovaccedilatildeo eexecuccedilatildeo natildeo o registrardquo[5] Para Joseacute Afonso da Silva irregulares satildeo os loteamentos queldquoaprovados pela Prefeitura mas que natildeo foram inscritos ou o foram mas satildeo executados emdesconformidade com o plano e as plantas aprovadasrdquo[6]
[1] FREITAS Joseacute Carlos Loteamentos Clandestinos uma proposta de prevenccedilatildeo e repressatildeo In FREITAS JoseacuteCarlos (coord) Temas de direito urbaniacutestico 2 Satildeo Paulo Imprensa Oficial do Estado Ministeacuterio Puacuteblico do Estadode Satildeo Paulo 2000 2v p 334
[2] Ibid p 334
[3] GASPARINI Dioacutegenes Op cit p 128
46
[4] Ibid p 129
[5] Ibid p 130
[6] SILVA Joseacute Afonso da Direito urbaniacutestico brasileiro 2a ed Satildeo Paulo Malheiros 1997 p 307
5 Consideraccedilotildees Finais
A ocorrecircncia de parcelamentos ilegais sejam irregulares sejam clandestinos implica necessariamente emreflexos que atingem direitos difusos coletivos e metaindividuais cuja tutela natildeo pode ser postergada sobnenhum pretexto
Neste cenaacuterio quando observadas aacutereas irremediavelmente ocupadas natildeo haacute outro caminho senatildeo o daregularizaccedilatildeo Seja a regularizaccedilatildeo judicial seja a administrativa eacute imprescindiacutevel a adequaccedilatildeo do espaccedilofiacutesico da cidade aos padrotildees urbaniacutesticos miacutenimos previstos pela legislaccedilatildeo
Os expedientes destinados ao parcelamento ilegal do solo ocorrem de diversas formas Em consequumlecircnciatecircm-se atualmente instrumentos diversos para se proceder agrave regularizaccedilatildeo desses parcelamentos deacordo com a situaccedilatildeo faacutetica instalada
A regularizaccedilatildeo pode ser assumida pelo proacuteprio parcelador pela Prefeitura Municipal pelos adquirentes doslotes pelo Ministeacuterio Puacuteblico ou por associaccedilatildeo representativa dos interesses dos adquirentes comlegitimidade para requerer a regularizaccedilatildeo
Os interesses satildeo sempre os de equipar o nuacutecleo habitacional formado com a infra-estrutura baacutesicanecessaacuteria ao atendimento das finalidades do local dentro de um padratildeo miacutenimo de planejamentourbaniacutestico e regularizar a situaccedilatildeo registraacuteria e o direito real de propriedade dos adquirentes
Judicialmente existem previsotildees normativas que regulamentam os processos de regularizaccedilatildeo deparcelamentos ilegais do solo urbano destacando-se os artigos 38 e seguintes da Lei 676679 o Estatutoda Cidade a Medida Provisoacuteria 222001 e no Estado de Satildeo Paulo os Provimentos da Corregedoria Geralde Justiccedila destinados ao tratamento de parcelamentos ilegais atraveacutes de procedimentos administrativosespeciacuteficos
As normas destinadas agrave regularizaccedilatildeo de parcelamentos ilegais do solo apresentam caraacuteter instrumental epor isso de aplicaccedilatildeo imediata
O fato eacute que a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de forma comprometida eacute capaz de possibilitar a urbanizaccedilatildeoadequada dos locais ocupados ilegalmente e contribuir para a melhor distribuiccedilatildeo de terra e consequumlentediminuiccedilatildeo do deacuteficit habitacional das cidades promovendo consequumlentemente a melhoria da qualidade devida dos cidadatildeos Eacute exatamente essa capacidade de interferecircncia direta na vida dos citadinos que faz damateacuteria uma questatildeo de ordem puacuteblica que natildeo pode continuar a ser postergada sob nenhum pretexto
Referecircncias Bibliograacuteficas
FREITAS Joseacute Carlos Loteamentos Clandestinos uma proposta de prevenccedilatildeo e repressatildeo InFREITAS Joseacute Carlos (coord) Temas de direito urbaniacutestico 2 Satildeo Paulo Imprensa Oficial do
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Estado Ministeacuterio Puacuteblico do Estado de Satildeo Paulo 2000 2v p 331-352
GASPARINI Dioacutegenes O municiacutepio e o parcelamento do solo 2ordf ed Satildeo Paulo Saraiva 1988276 p
LEAL Rogeacuterio Gesta O parcelamento clandestino do solo e a responsabilidade municipal noBrasil estudo de um modelo Disponiacutevel em lthttpwwwmundojuriacutedicoadvbrgt Acesso em 07fev 2005
SILVA Joseacute Afonso da Direito urbaniacutestico brasileiro 2a ed Satildeo Paulo Malheiros 1997 422 p
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dentre engenheiros arquitetos geoacutelogos e topoacutegrafos execuccedilatildeo de obras conforme padrotildeesteacutecnicos incluindo demarcaccedilatildeo dos lotes e aacutereas abertura de ruas implantaccedilatildeo de rede dedistribuiccedilatildeo de aacutegua de energia eleacutetrica e de coleta e disposiccedilatildeo de esgoto pavimentaccedilatildeoimplantaccedilatildeo das galerias de escoamento de aacuteguas pluviais guias e sarjetas comercializaccedilatildeo doslotes considerando profissionais marketing e propaganda recolhimento de impostos manutenccedilatildeode elemento de empresa e consequumlentemente encargos correspondentes e assim por diante [1]
Aleacutem disso transferem-se em regra 35 (trinta e cinco por cento) da gleba ao patrimocircnio domuniciacutepio gratuitamente para a formaccedilatildeo das vias de circulaccedilatildeo espaccedilos livres aacutereas verdes e delazer praccedilas e preacutedios puacuteblicos e assim por diante
Todo esse quadro eleva sobremaneira os custos do empreendimento o que obviamente eacuterepassado ao adquirente inviabilizando portanto a flexibilizaccedilatildeo econocircmica desse mercado Quempossui o devido poder aquisitivo tem a possibilidade de adquirir sua propriedade regular quem natildeoo possui passa a compor a demanda dos parcelamentos realizados agrave margem da lei[2]
Unidos ao fator econocircmico que reproduz o interesse dos compradores e compotildee a demandaaparecem outros fatores natildeo menos importantes a exemplo da negligecircncia fiscalizatoacuteria daAdministraccedilatildeo Puacuteblica que pouco fazem avante o gabinete da demora caracteriacutestica dosprocedimentos burocraacuteticos da irresponsabilidade dos interessados ndash parceladores e daimpunidade dos infratores
O artigo 40 da Lei de Parcelamento do Solo Urbano faculta a regularizaccedilatildeo dos loteamentos edesmembramentos natildeo-autorizados ou executados sem a observacircncia do ato de aprovaccedilatildeo Essedispositivo natildeo soacute estabelece as diferenccedilas entre parcelamento irregular (aprovado mas executadoem desacordo com a legislaccedilatildeo ou natildeo registrado) e clandestino (sem aprovaccedilatildeo) como os abrigana legislaccedilatildeo[3]
Frise-se que embora se distingam para efeito de regularizaccedilatildeo tanto a clandestinidade como airregularidade do loteamento recebe da lei o mesmo tratamento
O parcelamento eacute clandestino ldquona medida em que o Poder puacuteblico competente para examinar e sefor o caso aprovar o plano dele natildeo tem nesse sentido nenhum conhecimento oficialrdquo Nessesentido satildeo clandestinos os parcelamentos do solo natildeo aprovados pela autoridade municipalcompetente[4]
O parcelamento eacute irregular quando o Poder Puacuteblico competente o aprova e o interessado ldquodeixa deexecutaacute-lo ou o executa em descompasso com o ato de aprovaccedilatildeo ou apoacutes a aprovaccedilatildeo eexecuccedilatildeo natildeo o registrardquo[5] Para Joseacute Afonso da Silva irregulares satildeo os loteamentos queldquoaprovados pela Prefeitura mas que natildeo foram inscritos ou o foram mas satildeo executados emdesconformidade com o plano e as plantas aprovadasrdquo[6]
[1] FREITAS Joseacute Carlos Loteamentos Clandestinos uma proposta de prevenccedilatildeo e repressatildeo In FREITAS JoseacuteCarlos (coord) Temas de direito urbaniacutestico 2 Satildeo Paulo Imprensa Oficial do Estado Ministeacuterio Puacuteblico do Estadode Satildeo Paulo 2000 2v p 334
[2] Ibid p 334
[3] GASPARINI Dioacutegenes Op cit p 128
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[4] Ibid p 129
[5] Ibid p 130
[6] SILVA Joseacute Afonso da Direito urbaniacutestico brasileiro 2a ed Satildeo Paulo Malheiros 1997 p 307
5 Consideraccedilotildees Finais
A ocorrecircncia de parcelamentos ilegais sejam irregulares sejam clandestinos implica necessariamente emreflexos que atingem direitos difusos coletivos e metaindividuais cuja tutela natildeo pode ser postergada sobnenhum pretexto
Neste cenaacuterio quando observadas aacutereas irremediavelmente ocupadas natildeo haacute outro caminho senatildeo o daregularizaccedilatildeo Seja a regularizaccedilatildeo judicial seja a administrativa eacute imprescindiacutevel a adequaccedilatildeo do espaccedilofiacutesico da cidade aos padrotildees urbaniacutesticos miacutenimos previstos pela legislaccedilatildeo
Os expedientes destinados ao parcelamento ilegal do solo ocorrem de diversas formas Em consequumlecircnciatecircm-se atualmente instrumentos diversos para se proceder agrave regularizaccedilatildeo desses parcelamentos deacordo com a situaccedilatildeo faacutetica instalada
A regularizaccedilatildeo pode ser assumida pelo proacuteprio parcelador pela Prefeitura Municipal pelos adquirentes doslotes pelo Ministeacuterio Puacuteblico ou por associaccedilatildeo representativa dos interesses dos adquirentes comlegitimidade para requerer a regularizaccedilatildeo
Os interesses satildeo sempre os de equipar o nuacutecleo habitacional formado com a infra-estrutura baacutesicanecessaacuteria ao atendimento das finalidades do local dentro de um padratildeo miacutenimo de planejamentourbaniacutestico e regularizar a situaccedilatildeo registraacuteria e o direito real de propriedade dos adquirentes
Judicialmente existem previsotildees normativas que regulamentam os processos de regularizaccedilatildeo deparcelamentos ilegais do solo urbano destacando-se os artigos 38 e seguintes da Lei 676679 o Estatutoda Cidade a Medida Provisoacuteria 222001 e no Estado de Satildeo Paulo os Provimentos da Corregedoria Geralde Justiccedila destinados ao tratamento de parcelamentos ilegais atraveacutes de procedimentos administrativosespeciacuteficos
As normas destinadas agrave regularizaccedilatildeo de parcelamentos ilegais do solo apresentam caraacuteter instrumental epor isso de aplicaccedilatildeo imediata
O fato eacute que a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de forma comprometida eacute capaz de possibilitar a urbanizaccedilatildeoadequada dos locais ocupados ilegalmente e contribuir para a melhor distribuiccedilatildeo de terra e consequumlentediminuiccedilatildeo do deacuteficit habitacional das cidades promovendo consequumlentemente a melhoria da qualidade devida dos cidadatildeos Eacute exatamente essa capacidade de interferecircncia direta na vida dos citadinos que faz damateacuteria uma questatildeo de ordem puacuteblica que natildeo pode continuar a ser postergada sob nenhum pretexto
Referecircncias Bibliograacuteficas
FREITAS Joseacute Carlos Loteamentos Clandestinos uma proposta de prevenccedilatildeo e repressatildeo InFREITAS Joseacute Carlos (coord) Temas de direito urbaniacutestico 2 Satildeo Paulo Imprensa Oficial do
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Estado Ministeacuterio Puacuteblico do Estado de Satildeo Paulo 2000 2v p 331-352
GASPARINI Dioacutegenes O municiacutepio e o parcelamento do solo 2ordf ed Satildeo Paulo Saraiva 1988276 p
LEAL Rogeacuterio Gesta O parcelamento clandestino do solo e a responsabilidade municipal noBrasil estudo de um modelo Disponiacutevel em lthttpwwwmundojuriacutedicoadvbrgt Acesso em 07fev 2005
SILVA Joseacute Afonso da Direito urbaniacutestico brasileiro 2a ed Satildeo Paulo Malheiros 1997 422 p
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5 Consideraccedilotildees Finais
A ocorrecircncia de parcelamentos ilegais sejam irregulares sejam clandestinos implica necessariamente emreflexos que atingem direitos difusos coletivos e metaindividuais cuja tutela natildeo pode ser postergada sobnenhum pretexto
Neste cenaacuterio quando observadas aacutereas irremediavelmente ocupadas natildeo haacute outro caminho senatildeo o daregularizaccedilatildeo Seja a regularizaccedilatildeo judicial seja a administrativa eacute imprescindiacutevel a adequaccedilatildeo do espaccedilofiacutesico da cidade aos padrotildees urbaniacutesticos miacutenimos previstos pela legislaccedilatildeo
Os expedientes destinados ao parcelamento ilegal do solo ocorrem de diversas formas Em consequumlecircnciatecircm-se atualmente instrumentos diversos para se proceder agrave regularizaccedilatildeo desses parcelamentos deacordo com a situaccedilatildeo faacutetica instalada
A regularizaccedilatildeo pode ser assumida pelo proacuteprio parcelador pela Prefeitura Municipal pelos adquirentes doslotes pelo Ministeacuterio Puacuteblico ou por associaccedilatildeo representativa dos interesses dos adquirentes comlegitimidade para requerer a regularizaccedilatildeo
Os interesses satildeo sempre os de equipar o nuacutecleo habitacional formado com a infra-estrutura baacutesicanecessaacuteria ao atendimento das finalidades do local dentro de um padratildeo miacutenimo de planejamentourbaniacutestico e regularizar a situaccedilatildeo registraacuteria e o direito real de propriedade dos adquirentes
Judicialmente existem previsotildees normativas que regulamentam os processos de regularizaccedilatildeo deparcelamentos ilegais do solo urbano destacando-se os artigos 38 e seguintes da Lei 676679 o Estatutoda Cidade a Medida Provisoacuteria 222001 e no Estado de Satildeo Paulo os Provimentos da Corregedoria Geralde Justiccedila destinados ao tratamento de parcelamentos ilegais atraveacutes de procedimentos administrativosespeciacuteficos
As normas destinadas agrave regularizaccedilatildeo de parcelamentos ilegais do solo apresentam caraacuteter instrumental epor isso de aplicaccedilatildeo imediata
O fato eacute que a regularizaccedilatildeo fundiaacuteria de forma comprometida eacute capaz de possibilitar a urbanizaccedilatildeoadequada dos locais ocupados ilegalmente e contribuir para a melhor distribuiccedilatildeo de terra e consequumlentediminuiccedilatildeo do deacuteficit habitacional das cidades promovendo consequumlentemente a melhoria da qualidade devida dos cidadatildeos Eacute exatamente essa capacidade de interferecircncia direta na vida dos citadinos que faz damateacuteria uma questatildeo de ordem puacuteblica que natildeo pode continuar a ser postergada sob nenhum pretexto
Referecircncias Bibliograacuteficas
FREITAS Joseacute Carlos Loteamentos Clandestinos uma proposta de prevenccedilatildeo e repressatildeo InFREITAS Joseacute Carlos (coord) Temas de direito urbaniacutestico 2 Satildeo Paulo Imprensa Oficial do
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Estado Ministeacuterio Puacuteblico do Estado de Satildeo Paulo 2000 2v p 331-352
GASPARINI Dioacutegenes O municiacutepio e o parcelamento do solo 2ordf ed Satildeo Paulo Saraiva 1988276 p
LEAL Rogeacuterio Gesta O parcelamento clandestino do solo e a responsabilidade municipal noBrasil estudo de um modelo Disponiacutevel em lthttpwwwmundojuriacutedicoadvbrgt Acesso em 07fev 2005
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LEAL Rogeacuterio Gesta O parcelamento clandestino do solo e a responsabilidade municipal noBrasil estudo de um modelo Disponiacutevel em lthttpwwwmundojuriacutedicoadvbrgt Acesso em 07fev 2005
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