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D´VARIM EM HEBRAICO D´VARIM TRANSLITERADO
PARASHÁ 44
D´Varim (Palavras)
(D´varim / Deuteronômio 1:1 a 3:22)
Ouvir => D´varim (Deuteronômio) 1 em hebraico
Ouvir => D´varim (Deuteronômio) 2 em hebraico
Ouvir => D´varim (Deuteronômio) 3 em hebraico
Resumo da Parashá 44
D´varim (Palavras)
Ouça o resumo desta parashá
A Parashat Devarim Resumida
Esta semana começamos o quinto e último
livro da Torá, Devarim (Deuteronômio), conhecido na literatura
rabínica como Mishnê Torá, a revisão da Torá. Seu conteúdo foi
falado por Moshê ao povo judeu durante as cinco semanas finais
de sua vida, enquanto o povo se preparava para entrar na Terra
de Israel. Nele, Moshê explica e comenta muitas das mitsvot
outorgadas previamente e outras que aqui aparecem pela
primeira vez. Ele também os adverte continuamente a
permanecer diligentes e fiéis às leis e ensinamentos de D’us.
A Parashat Devarim começa com a velada
censura de Moshê, na qual faz referência aos numerosos
pecados e rebeliões dos quarenta anos anteriores. Prossegue
então relatando vários dos incidentes mais significativos que
ocorreram com o povo judeu no deserto, lançando uma luz
sobre as narrativas prévias da Torá.
Moshê fala da malograda missão dos espiões:
dez dos doze homens enviados para vigiar a terra tinham
voltado com um relatório negativo, e devido à falta de fé do
povo, D’us condenou toda a nação a vagar por quarenta anos
no deserto, tempo durante o qual a geração do êxodo morreu.
Moshê então avança para discutir a conquista
dos Filhos de Israel da margem leste do Rio Jordão. A Porção da
Torá conclui com palavras de encorajamento para o sucessor de
Moshê, Yehoshua (Josué).
Chabad.org
Segue estudo a seguir:
PARASHÁ 44
D´Varim (Palavras)
1- Ele hadevarim asher diber moshe el-kol-yisrael beever hayarden bamidbar baarava mol suf ben-paran uven-tofel velavan vachatzerot vedi zahav:
O Estudo bíblico da semana é a porção
(parashá) do livro (sefer) de Deuteronômio (D´varim), cujo
nome da porção é definido pelo próprio nome do livro:
“D´varim”, conforme o primeiro versículo do livro, acima
disposto em hebraico e transliterado. Em português lemos: “
Estas são as palavras faladas por Adonai a todo o Ysra´El, no lado mais
distante do rio Yarden, no deserto, em ´Aravah, diante de Suf, entre
Pa´ran e Tofel, Laval, Hatzerot e Di-Zahav.”
Neste quinto livro da Torá, antes de
adentrarmos ao estudo dos capítulos e versículos, iremos
comentar a respeito dos aspectos gerais.
Deuteronômio é um nome dado pela
septuaginta, que quer dizer uma segunda lei. Na verdade, é
uma impropriedade, pois não há uma segunda Toráh, mas sim
uma repetição. Devarim repete vários mandamentos da mesma
Toráh.
Moshéh irá relembrar o povo de vários
episódios, e irá exortar o povo à obediência. Vários
mandamentos que estão descritos são repetidos por esta razão.
Moshéh estava prestes a morrer, assim como
ocorreu com a maioria do povo acima de 20 anos de idade.
Moshéh está diante de uma nova geração, e por isso ele faz essa
retrospectiva dos erros do passado, para que não sejam mais
cometidos.
Há pessoas que aprendem com os erros do
passado, outros não, como em um ciclo vicioso. Aqueles estarão
sempre crescendo espiritualmente, não obstante esses que
erram continuamente e insistem nos mesmos erros, e assim
estarão sempre afundando nas lamas da impiedade.
No livro de D´varim vislumbramos cinco
temas principais, cardeais, que norteiam o livro:
1- Ênfase na “asseret hadbrod” – os 10 mandamentos, como
se conhece em português – constitui-se o núcleo central
do judaísmo. Muitos dizem que os 10 mandamentos
constituem também o núcleo da fé cristã, porém não é
correta essa afirmativa, pois o cristianismo aboliu o
quarto mandamento, ou seja, a guarda do sábado. Os
cristãos guardam 9 mandamentos, com exceção dos
adventistas.
A Toráh diz que os 10 mandamentos foram escritos pelo
dedo de D´us, e por esta razão, nós judeus messiânicos,
nazarenos, cremos nos 10 mandamentos, sem
excepcionar nenhum deles. Cremos nas 10 palavras.
Infelizmente os cristãos deixam de lado o
importantíssimo mandamento do shabat que é o quarto
mandamento.
2- Ênfase no nome do Eterno – YHWH – Em hebraico, shem,
(nome), significa caráter. Temos como ênfase o caráter
do Eterno, como a graça, a justiça, a bondade, a
honestidade. O cristianismo ensina incorretamente que o
antigo testamento não está mais em vigor, pois não
havia bondade e graça no AT. Essa ideia cristã está
equivocada, pois nós vemos na Toráh claramente a
“chessed” (graça, misericórdia, bondade), e vamos dar
aqui alguns exemplos desta “graça” (no AT):
a- Após o episódio do bezerro de ouro, o povo de Israel
foi poupado. Em êxodo 34:6, diz que o Eterno agiu
com “chessed” (graça). Poderia o Eterno exterminar
o povo por conta da idolatria. Mas pela “chessed”
(graça) acabou por liberar o povo;
b- O Rei David, foi salvo por “chessed”, graça,
misericórdia, pois ele cometeu adultério e tramou a
morte de Uriah (Urias). Certo que o adultério e o
assassinato eram punidos com a pena de morte. Mas
o Eterno o perdoou, e exercitou novamente sua
graça, “chessed”.
A graça, não surgiu com Yeshua (Jesus), já existia
desde os tempos anteriores a ele.
Neste sentido, ensina o Rabino Rashi (Saber mais),
que alguém pode fazer o mal e pensar que o Eterno
o odeia, mas mesmo assim o Eterno o ama. Não
importa quanto essa pessoa caiu espiritualmente,
mas o que importa é que o Eterno sempre o amará.
3- Ênfase no amor a Elohim - é amar os mandamentos da
Torá. Não basta amar Elohim da boca para fora, é preciso
obedecê-lo. Neste sentido, ensinou Yeshua (Jesus) em
Yochanan (João) 14:15: “Se vocês me amam, guardarão
meus mandamentos” . Quais são os mandamentos de
Jesus? Ora, são os mandamentos da Toráh. Como
sabemos isso? A Resposta está em Mattiyahu (Mateus)
5:17-19 – “Não vim para abolir a Torah ou os profetas”. Então
os mandamentos de Yeshua são os mandamentos da
Torah. Muitos dizem que amam o Eterno, mas não
cumprem os seus mandamentos, então este amor é
falso. Quem ama o Eterno o obedece.
4- Obediência aos mandamentos da Torah – O Eterno diz em
D´varim (Deuteronômio), capítulo 28, que a obediência
aos mandamentos da Toráh importará em bênçãos e a
desobediência importará em maldições. Este é o
princípio da retribuição.
5- O último tema se refere a repreensão, admoestação,
exortação – Moshéh age como um pai que corrige seus
filhos para converter o mal em bem. Por várias vezes ele
repete e exorta o povo de Ysra´El, e o objetivo é fazer
com que o povo obedeça ao Eterno. Moshéh quer
converter o mal em bem. Para isso deve Ysra´El obedecer
a vontade do Eterno, e esta vontade está escrita em suas
mitzvot (em seus mandamentos).
Traremos agora de uma curiosidade: o
livro de Devarim é o livro da Toráh que mais foi citado por
Yeshua (Jesus). Ele cita vários textos da Toráh, onde muitas
vezes se pensa que são palavras criadas por ele.
Alguns autores dizem que foi D´varim o
livro preferido de Yeshua.
Naquele episódio onde Yeshua foi tentado
por Ha´Satan (Satanás), em Lucas 4, Yeshua deu 3 respostas a
Ha´Satan, e essas respostas ele extraiu do Sefer D´varim,
vamos recapitulá-las:
1- Yeshua estava jejuando por 40 dias e estava com muita
fome. Ha´Satan disse a ele: “Se você é o verdadeiro filho de
Elohim, transforme essas pedras em pão e come.” E Yeshua
lhe respondeu: “Não só de pão viverá o homem”. Esta
cláusula está em D´varim/Deuteronômio 8:3: “Assim, ele
os humilhou e os deixou passar fome. Mas depois os sustentou
com maná, que nem vocês nem os seus antepassados
conheciam, para mostrar-lhe que nem só de pão viverá o
homem, mas de toda palavra que procede da boca de Adonai.
2- Na segunda tentação, ha´Satan prometeu a Yeshua dar-
lhe todos os reinos do mundo. Yeshua por sua vez lhe
respondeu: “Adore ao seu Elohim e sirva somente a ele”. Ele
extraiu este ensino de Devarim / Deuteronômio 6:13:
“Temam a Elohim, seu D´us, sirvam-no e jurem só pelo seu
nome. Não sigam outros deuses, escolhidos dentre os deuses dos
povos à sua volta, pois Elohim, seu D´us, está aqui com vocês, é
um D´us zeloso”.
3- Na terceira tentação, Ha´Satan levou Yeshua ao ponto
mais alto do templo e disse: “Se você é realmente o filho de
Elohim, pule daqui, pois o Tanah diz que os anjos o protegerão”.
E Yeshua o respondeu: “Não tentarás o Eterno, teu Elohim”.
Esta frase está contida em D´varim / Deuteronômio 6:17:
“Não ponham Elohim, seu D´us, à prova, como vocês fizeram em
Massáh.”
Nas três tentações Yeshua utiliza citações
de D´varim, tanto que citou todas as vezes este livro, e por
esta razão deveremos conhecer muito bem este livro, como
apontam os estudiosos.
A Parashá D´varim mostra que Moshéh
esteve diante de vários lugares, e nesses lugares o povo de
Ysra´El cometeu pecados contra Elohim, despertando a ira do
mesmo. Por exemplo em Araváh, o povo murmurou contra o
Eterno, querendo retornar ao Mitzraim (Egito). Em Parã,
estudamos o pecado dos espias que não confiaram nas
promessas do Eterno. Tofel e Lavan, palavras relativas ao
man (maná), quando o povo reclamava do maná, pois
queriam comer carne. Hatserot, refere-se à rebelião de
Korach, (Corá ou Coré), e Disahav indicou o pecado do
bezerro de ouro.
Todos esses lugares do versículo 1,
indicam pontos onde o povo de Ysra´El pecou.
O Rebe de Lubavitch (Leia sobre o Rebe
aqui), disse que Moshéh não quis nomear cada um dos
pecados para não envergonhá-lo, mas ele mencionou os
lugares em que os pecados foram cometidos com a finalidade
de exortar, de repreender o povo pelas transgressões contra
a Toráh. Este livro é caracterizado por ser um livro de
repreensão, com o objetivo de se fazer teshuvá.
Em Vayikrá/Levítico 19:7 está escrito
“repreenderá o teu companheiro”. Em Mishley/provérbios 28:23,
está escrito: “aquele que repreende um homem achará depois mais
favor do que aquele que o lisonjeia com a língua”.
A repreensão é melhor que o elogio,
quando o irmão está indo para o caminho do mal. Claro,
exortar com amor, com carinho, porque aí sim, estaremos
ajudando o próximo a fazer Teshuváh, o verdadeiro
arrependimento.
Muitas vezes critico algumas práticas do
cristianismo e também do Judaísmo, mas com carinho, pois o
objetivo é apontar com amor a reflexão de alguns pontos. Por
isso que sou contra as atitudes de alguns judeus messiânicos
que ficam humilhando os cristãos, como se fossem seres
superiores. Muitos aplicam até um discurso de ódio.
Particularmente discordo também de
muitos discursos evangélicos, mas respeito o Pastor ou
Evangelista, pois ele está buscando fazer a vontade do
Eterno, e o alinhamento de sua doutrina é algo que o próprio
Eterno se encarregará de lhe trazer a luz.
Após essa visão geral, vamos fazer
algumas análises sobre tópicos desta parashá.
No Cap.1 verso 2 diz que são 11 dias de
jornada do Monte Sinai ao Kadesh Barnea. Porém, como já
vimos em outros estudos, um caminho curto ficou muito
longo, pois demorou 40 anos. Essa demora teve como causa
a desobediência de Ysra´El.
Disto nós extraímos a seguinte lição:
Quando nós obedecemos ao Eterno, nós chegamos mais
rapidamente ao lugar certo, ou seja, aquilo que o Eterno
deseja para nossas vidas. A desobediência, por outro lado, faz
com que as coisas demorem mais, ou até mesmo que nós
venhamos morrer no deserto, nunca atingindo o propósito de
nossa existência. Vamos refletir? Será que estamos andando
em linha reta ou em círculos? Será que vamos chegar à terra
prometida ou vamos morrer no deserto? Que possamos fazer
uma autoanálise de nossas próprias vidas...
No cap1:5 – está escrito que Moshéh
começou a explicar a Toráh – De acordo com a tradição
judaica, explicada por Rashi, ele diz que Moshéh começou a
explicar a Toráh em 70 idiomas diferentes, permitindo que os
estrangeiros saídos do Egito entendessem sua mensagem.
Isso ocorreu pelo fato de que, quando o povo de Ysra´El saiu
do Egito, muitos outros povos que também estavam ali,
acabaram se juntando a Ysra´El para a jornada do Êxodo.
Então, houve uma mistura de povos, e havia 70 idiomas
diferentes entre eles.
Desta tradição judaica nós aprendemos
algumas lições:
a) Moshéh para explicar em 70 idiomas, ele recebeu
sobrenaturalmente do Eterno o dom de falar 70 idiomas
terrenos diferentes (não são línguas de anjos, mas sim,
línguas terrenas). Logo, o dom de línguas não se manifestou
pela primeira vez em Atos 2, mas é um dom espiritual que já
existia em tempos antigos. Trata-se de um dom espiritual que
faz parte da tradição judaica. Isso não surgiu nem é uma
invenção do cristianismo.
Diz o Midrash (leia sobre o assunto) que Yosef (José) quando
se tornou governador do Egito, também de forma
sobrenatural aprendeu a língua de diversos locais.
Por sua vez, os Manuscritos do Mar Morto (Leia sobre os
manuscritos), em documentos dos essênios aparecem
trechos dizendo sobre o dom de falar sobrenaturalmente em
idiomas existentes aqui na terra.
b) a Torah foi explicada e 70 linguas – para todos os povos.
O Eterno desejou que a Toráh fosse explicada em várias
línguas. Isso explica que desde o princípio ela foi concebida
para alcançar também outros povos além de Ysra´El, sem que
haja acepção de pessoas. Se a Toráh fosse concebida
somente para os israelitas, ela teria sido escrita somente no
idioma hebraico.
Já no Cap 1:8, o Eterno determinou que a
terra fosse tomada. Sabemos que Ysra´El nunca tomou toda
a terra. Nunca conseguiu obedecer em alto nível toda a Toráh.
Sabemos que isso ocorrerá na era messiânica, onde todos
irão ocupar sua terra.
Concluímos que Ysra´El tem todo o direito
de defender suas terras das turbações terroristas do
Hammas, e de outros grupos. Sabemos que isso é uma luta
humana. Mas quando Yeshua Hamashia retornar a luta será
sobrenatural. Yeshua irá destruir em um só dia todos os
inimigos de Ysra´El.
No cap. 1:1-16 - está dito que foram
escolhidos líderes, homens sábios, inteligentes. A Toráh
prescreve isso. Qual a diferença? Sábio, sabe viver de acordo
com os mandamentos da Torah. Inteligente é aquele que está
acima da média das outras pessoas. Conhece
intelectualmente uma área do saber.
Conheço pessoas muito inteligentes, mas
são ateus. Logo, não são sábios. A inteligência por si só, não
quer dizer muita coisa. Há a necessidade de ser sábio,
homens que vivam de acordo com a vontade do Eterno.
Em mishlei 2:6, está escrito que o Eterno
concede a sabedoria. Para alguém ser líder, deve conhecer
profundamente a Torah. Ele, vale dizer, deve saber muito da
Toráh, mas deve também cumpri-la, pois do contrário ele
saberá de uma coisa e pregará outra, e isso se chama
hipocrisia.
No cap 1:16 – há uma regra dirigida aos
shoftim (juízes), mas que por extensão, se aplica a todos nós.
Devemos ser pessoas justas. É duro e triste dizer, que há
pessoas religiosas, mas não honram seus compromissos, são
desleais, injustas, desonestas, falsas, mentirosas, etc. é algo
lastimável. Temos que ser pessoas que agem com justiça.
O Cap. 2:7, diz que o Eterno abençoa as
obras das suas mãos. O Eterno abençoará o nosso trabalho
para que nós tenhamos sustento. Se está passando
necessidade financeira, deve correr atrás, pois o Eterno não
desampara: trabalhe, estude, se esforce, pois não passará
necessidade, e se isso ocorrer, será algo transitório. Há
pessoas que passam necessidade porque não querem
trabalhar.
Vejam, com base neste texto da Toráh, os
rabinos aconselham que todos devam ter um trabalho
secular. O líder religioso não deve viver de contribuição dos
membros. Em Pirkei Avot 2 (saiba mais...), a mishná
recomenda isso: “é belo o estudo da torá, em conjunto com a
ocupação secular”. O esforço conjunto deixa o pecado distante,
uma atitude contraria a isso levará ao pecado.
A exemplo disso, tanto o Talmud quanto
o midrashim afirmam que vários rabinos famosos tinham
ofícios, seus trabalhos seculares. Por exemplo, Aba Shaul
ele era padeiro ou coveiro; o Rabino ,(...saiba mais) שאול-אבא
Meyir era escriba. O Rabino Itzchaki (saiba mais),era ferreiro.
O Rabino Yehoshua fazia carvão, o Rabino Yochanam era
sapateiro, o Rabion Yosef Bem Chalafta trabalhava com
couros.
Com isso, entendemos que no judaísmo
antigo, todos tinham trabalhos seculares, razão pela qual sou
contrário à conduta de líderes religiosos que não querem
trabalhar no mundo secular e vivem explorando os membros
da congregação com seus dízimos e ofertas. Não estou
generalizando, mas há muitos líderes religiosos, tanto no
cristianismo quanto no judaísmo que exploram seus membros
e sugam e suas finanças.
Assim, devemos seguir os exemplos dos
Rabinos antigos, pois estão em consonância com a Toráh e
seus ensinos. Não sejam explorados por falsos líderes que
vivem explorando a fé das pessoas.
Rav.Shaul, ou Ap. Paulo, também tinha
trabalho secular. Na parte final de atos 18:2 e 3 diz que Paulo
aproximou-se deles e posto que eram do mesmo ofício,
passou a morar com eles e ali trabalhava, pois a profissão
dele era fazer tendas”. (Tradução do João Ferreira, que
traduziu do grego, diz que era um fabricante de tendas). A
peshita em Aramaico, fala que Paulo tinha uma profissão, mas
não diz que era fabricante de tendas: laularêh ou lolorê, que
significa celeiro, aquele que faz celas para cavalos. Há uma
versão que diz que Paulo era um fabricante de Talit, porém
está totalmente errado, pois não existe em nenhum
manuscrito (hebraico ou aramaico) esta referência.
Resumindo, Paulo tinha um oficio secular,
e nunca foi pesado por ninguém.
O Cap 3 fala sobre a vitória de Israel
sobre Oggi, um povo gigante. Há lendas sobre isso, que diz
que eles não morreram pelas águas do diluvio pois eram
gigantes, ou que Moshéh havia matado com um golpe de
machado na cabeça, diante de uma montanha. São lendas,
mas a verdade é que esses homens extremamente altos,
gigantes realmente existiram. Não muito longe, em 1940,
havia um homem com 2:72m de altura. Já comentamos sobre
a origens destes gigantes, e não iremos repetir aqui.
O último verso 3:22, diz que Ysra´El não
deveria temer nada, pois é o Eterno que guerreia em nosso
favor. Que possamos guardar esse entendimento. É Elohim
quem peleja em todas as nossas lutas existenciais. Todos
os nossos problemas podem ser derrubados pelo Eterno. É
ele quem nos cura das doenças, quem nos protege dos
criminosos, quem coloca o riso em nossos lábios, quem
segura nossas mãos nos momentos de tristeza, enfim, está
conosco e há de guerrear conosco em todas as áreas de
nossas vidas, pela nossa fé sabemos que isso é uma
verdade.
Se você está chorando, que suas lágrimas
sejam transformadas em louvor, e que sua tristeza acabe
neste exato momento, pois é o Eterno quem luta por nós,
ele é o “homem de guerra”, tanto nos bons quanto nos
maus momentos de nossas vidas.
TEFILAH – Avinu Malqueino avinu shavat shamaim, Elohim de
Avraham, Elohim de Itzchaki, Elohim de Yacoov. IHWH, Eterno,
oramos a ti, pois sabemos que nossas batalhas serão sempre
capitaneadas por ti. Que possamos crer que Tu estará conosco
até a consumação dos séculos. Agradecemos por tudo o que tu
tens feito. Nós te exaltamos, te louvamos, te engrandecemos,
te entronizamos, pois sabemos que somente Tu és kadosh.
Agradecemos por tudo, em especial por este estudo. Pedimos
uma benção especial para todos os que estão estudando este
shiur. Fica Senhor conosco, neste shabat ensina-nos sobre sua
Torá para aplicarmos em nossas vidas, para concretizarmos
tudo o que estamos estudamos. Agradecemos por tudo, em
nome de YHWH. Amén. Shabat shalom.
Aharon Ben Ha´Levi, 17 julho de 2021 – 08 AV, 5781.