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Para além das cidades: Como o Airbnb apoia a revitalização rural

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Para além das cidades:  Como o Airbnb apoia a revitalização rural  

Índice 

Introdução 03

EUROPA 

França 07

Irlanda 09

Itália 11

Espanha 13

ÁSIA-PACÍFICO 

Austrália 15

Índia 18

Japão 20

Coreia do Sul 22

Taiwan 24

AMÉRICAS 

Canadá 26

América Latina 28

Estados Unidos 30

Desenvolvendo nossa comunidade para além das cidades

33

Resposta a desastres 34

Conclusão 35

 Para Além das Cidades  |  Airbnb  |  2 

 Introdução 

À medida que o interesse em viagens e turismo cresce, ultrapassando a marca de 10% do PIB mundial em 2017, o Airbnb continuará levando os benefícios econômicos às comunidades do mundo todo que até então nunca haviam usufruído desses benefícios. Como 97% do preço do 1

anúncio vai diretamente para os anfitriões e 42% dos gastos dos hóspedes ocorrem dentro dos bairros onde eles ficam, o impacto financeiro do compartilhamento de casas pode ser significativo para destinos turísticos menos comuns. Essa proposta é especialmente promissora e interessante para as enormes partes do mundo que que estão além das cidades. Em 1900, apenas 12 cidades tinham 1 milhão de habitantes ou mais. Hoje esse número já saltou para 500. Conforme a população mundial 2

começou a migrar cada vez mais para as cidades, o mesmo ocorreu com os recursos dos governos e capital dos negócios, levando a um aumento progressivo da diferença de oportunidades econômicas entre as regiões urbanas e rurais. No Airbnb, nós acreditamos que o compartilhamento de casas pode ajudar a diminuir essa diferença ao permitir que muitas pessoas fora das cidades se beneficiem diretamente dessa explosão do turismo, ao invés de manter os lucros cada vez mais altos nas mãos da indústria de hospitalidade tradicional. O compartilhamento de casas gera uma nova oportunidade econômica onde as pessoas moram, suplementa rendas que ficaram estagnadas, diversifica rendas que estão em risco e diminui a pressão que as pessoas podem sentir de se mudarem. O compartilhamento de casas também ajuda as comunidades rurais a receberem mais visitantes, incluindo durante a realização de grandes eventos, que podem trazer fluxos de renda sem precedentes sem a necessidade de investir em infraestrutura permanente, que as redes de hotéis corporativas não têm mostrado interesse em construir nessas regiões de qualquer jeito. Embora o trabalho do Airbnb nas cidades receba a maior parte da atenção, o nosso crescimento fora delas — incluindo em todos os países estudados para este relatório — está ultrapassando o crescimento dentro delas à medida que trabalhamos com os governos locais para apoiar a revitalização rural. Na América Latina, nosso mercado que mais cresce, quadruplicamos as chegadas de hóspedes em acomodações rurais na Argentina no último ano e triplicamos o número de anúncios rurais. No Japão, as chegadas de hóspedes fora das cidades cresceu 267%.

1Conselho de Viagens e Turismo Mundial, Impacto Econômico de Viagens e Turismo de 2017. 2 Population Reference Bureau e The Globalist, 30 de julho de 2015 (conteúdo em inglês).

 Para Além das Cidades  |  Airbnb  |  3 

$1,06 bilhões 

Renda dos anfitriões não urbanos em 2016 nos 11 países estudados para este relatório  3

  8,5 milhões 

Número de hóspedes que chegaram em acomodações não urbanas em 2016 nos 11 países estudados  

Muitas comunidades rurais ao redor do mundo têm recebido pouco investimento das redes de hotéis corporativas. Estamos apoiando campanhas governamentais para aumentar o turismo no interior da Irlanda e da França e temos visto em tempo real o compartilhamento de casas transformar a temporada tradicional de turismo nesses locais. Na Coreia do Sul e Taiwan, lugares que só os moradores locais conheciam como retiro de férias estão alavancando a entrada do compartilhamento de casas no cenário mundial, enquanto no Japão o compartilhamento de casas está ajudando a revitalizar regiões atingidas por desastres naturais

3 Países estudados exclusivamente para este relatório: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, França, Itália, Japão, Coreia do Sul, Espanha, Taiwan e os Estados Unidos. Conteúdo adicional foi incluído para Irlanda e Índia.

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e declínio da população. Na Índia, mulheres rurais estão gradualmente, de anúncio em anúncio, encontrando novos meios de sustento através das hospedagens. A maioria dos anfitriões rurais do Airbnb são mulheres em todos os países estudados, com exceção do Brasil onde 49% dos anfitriões rurais são mulheres. Em outras regiões que são bastante conhecidas por atividades ao ar livre, o Airbnb amplia as oportunidades econômicas ao tornar viagens mais acessíveis para famílias e pessoas precisando de opções mais baratas. Em nossa nova parceira com a Fundação Nacional de Parques, o parceiro sem fins lucrativos do Serviço Nacional de Parques dos Estados Unidos, o Airbnb trabalhará com a Fundação para deixar ainda mais fácil dos hóspedes encontrarem lugares para ficar nos arredores de dez parques espalhados pelos Estados Unidos. Na América Latina, estamos apoiando iniciativas dos governos a favor do ecoturismo e do agroturismo. É claro que em muitos países nossos anúncios não urbanos ainda representam apenas uma pequena fração das nossas comunidades como um todo. Isso se aplica especialmente às comunidade de anfitriões relativamente novas na Ásia, como no Japão, Coreia do Sul e Taiwan, bem como na América Latina. Na Austrália, por outro lado, metade dos nossos anúncios disponíveis e 56% das nossas chegadas de hóspedes ocorrem fora das áreas urbanas. Nos Estados Unidos, onde cerca de um quinto dos anúncios ativos do Airbnb são rurais, a renda dos anfitriões rurais chegou perto de $500 milhões de dólares no ano passado. Anfitriões do Airbnb fora das cidades estão usando o compartilhamento de casas para lidar com desafios que podem ser muito diferentes dos enfrentados por nossos anfitriões urbanos. Alguns desses desafios estão presentes desde a Grande Recessão e outras crises econômicas estaduais ou regionais: em algumas áreas rurais, a falta de mobilidade está mantendo as pessoas por lá apesar das poucas oportunidades; em outras áreas, novas formas de sustento são necessárias para impedir a saída de jovens e famílias. Em Taiwan, onde estamos ajudando o governo a criar mais oportunidades ao promover os destinos de férias conhecidos pelos habitantes locais, temos nossos mais jovens anfitriões não urbanos, com uma idade média de 39 anos. Já na França, onde há uma preocupação oficial cada vez maior em relação ao envelhecimento de sua população rural, encontramos nossos anfitriões rurais mais velhos, com uma idade média de 50 anos. No entanto, as regiões rurais estão enfrentando cada vez mais desafios relacionados ao futuro incerto trazido por avanços tecnológicos e a mudança climática do que com seus vínculos com o passado. Secas e temperaturas extremas podem provocar o caos na economia da agricultura, mas as dívidas que agricultores e fazendeiros assumem para seguir em frente são obrigações constantes. A automação ameaça os empregos de mineradores e caminhoneiros e as economias rurais que dependem deles. O apoio ao empreendedorismo está escasso, pois as cidades parecem dominar o mercado quando o assunto é investimento e avanços tecnológicos.

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Por outro lado, o Airbnb é uma plataforma de tecnologia dedicada a empoderar as pessoas, o que inclui encontrar soluções para os bloqueios que impedem a maioria das áreas rurais de colher os frutos da crescente onda de turismo. Fora dos mercados mais procurados para aluguéis de férias, o turismo não é uma indústria tão bem estabelecida como nas cidades e há menos infraestrutura para apoiar viajantes. Sistemas de pagamento podem fazer parte dessa infraestrutura incompleta. Em algumas dessas regiões onde o Airbnb já opera que estão muito além das cidades, aprendemos a ajustar nossos processos de pagamento para que eles se enquadrem com os hábitos locais, como aceitar os cartões de Número de Conta Permanente da Índia, ou pagamentos parcelados e pagamento via boleto no Brasil, que podem ser pago em bancos locais ou agências de correio. A disponibilidade de dados pode ser outra peça faltando da infraestrutura. Uma coleta de dados mais robusta é necessária para avaliar o impacto econômico das hospedagens nas comunidades em que operamos e melhorar a qualidade das experiências dos hóspedes, principalmente nos mercados emergentes. O Airbnb está muito feliz com a parceria que fizemos com o Grupo do Banco Mundial, uma instituição líder em desenvolvimento internacional e um dos maiores fornecedores combinados de assistência financeira e técnica para o desenvolvimento do turismo, para juntos liderarmos iniciativas incluindo um estudo dos impactos do compartilhamento de casas sobre o desenvolvimento de comunidades e projetos-piloto em regiões que identificamos em conjunto como destinos turísticos emergentes. Nos orgulhamos muito do nosso trabalho fora das cidades com as quais mais estamos associados, incluindo nossas campanhas para ajudar a promover os pequenos vilarejos da Itália e cidades da França, o crescimento em regiões dos Estados Unidos que não são destinos turísticos tradicionais e os esforços na Ásia para abrir o interior dos países a mais viajantes e treinar novos anfitriões. Apesar de termos duplicado e até mesmo triplicado nosso crescimento em algumas regiões, estamos em êxtase por fazer a diferença em um vilarejo isolado de seis habitantes na Itália, um grupo de oito mulheres na Índia rural e em uma cidade devastada por um desastre no Japão. Este relatório descreve, por meio da histórias de anfitriões, detalhes de parcerias e dados, nossa forma holística de ajudar a beneficiar as comunidades rurais que anfitriões do Airbnb chamam de lar e nas quais nossos hóspedes se sentem cada vez mais à vontade.

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Europa 

  FRANÇA 

Marielle Terouinard, Châtillon-en-Dunois 

Marielle é uma anfitriã dedicada de 44 anos que mora no interior da França. Ela nasceu em Paris e morou na Austrália e Irlanda antes de se estabelecer em Châtillon-en-Dunois, cidade da qual seu pai é prefeito há 37 anos. Châtillon-en-Dunois fica há aproximadamente duas horas de carro de Paris bem no meio do país, e ela diz que nunca deixaria a região por nada.

A missão de Marielle é de "tornar o interior um lugar incrível novamente". Foi por esse motivo que há 14 anos ela fundou a Agricool, uma organização local que tem como objetivo tornar o vilarejo mais dinâmico. Ela está constantemente organizando mercados de pulgas ao ar livre, rifas, exibições de pinturas de artistas locais e eventos esportivos. Marielle sempre gostou muito de conectar pessoas e construir relacionamentos, e ela adora quando as pessoas se conhecem e compartilham bons momentos juntos.

Compartilhar sua casa no Airbnb deu à Marielle uma nova maneira de ajudar a criar conexões. "O Airbnb é uma das melhores maneira de vilarejos franceses tornarem-se conhecidos dentro e fora da França." Ela vê o Airbnb como um movimento e uma comunidade global e acredita que o compartilhamento de casas permite uma nova maneira de entrar em contato com um modo de vida local e super específico. Seu próximo desafio: criar o "Dia do Airbnb de Portas Abertas" com outros anfitriões!

Quando Marielle está hospedando ela compartilha o máximo possível de sua vida, preparando salada de frutas frescas para seus hóspedes todas as manhãs, oferecendo-lhes dicas de passeios pela região, e sempre dando um pote de geleia caseira para cada um deles ao irem embora. "É a minha maneira de dizer 'obrigada!'" A renda que Marielle ganha com o Airbnb ajuda com a manutenção da casa e permite que ela se dedique à sua grande paixão: a jardinagem. No entanto, o que a faz continuar hospedando é a oportunidade de conhecer pessoas novas e de compartilhar a beleza de seu modo de vida com elas.

A França é um dos lugares mais visitados do mundo, mas muitos viajantes não veem quase nada do que a França tem a oferecer. O país tem uma rica história rural e ainda hoje possui

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cerca de 500 mil fazendas; na verdade, mais da metade de sua terra é dedicada a atividades agrícolas. No entanto, das 18 regiões do país, as três mais procuradas pelos turistas — 4

Île-de-France (Paris), Auvergne-Rhône-Alpes (Lyon e os Alpes) e Provence-Alpes-Côte d’Azur (Provença, Marselha) — são responsáveis por mais da metade da receita de turismo, e os cinco destinos turísticos mais populares concentram-se na região metropolitana de Paris. Os ataques terroristas em Paris e Nice e a subsequente diminuição de turistas enfatizou a necessidade da França de incentivar viagens para outras partes do país. Em 2016, o Ministro das Relações Exteriores fez um apelo nacional pela "reinicialização do turismo". O Airbnb respondeu com "Maisons de France por Airbnb", uma campanha de marketing para promover viagens a todas as regiões da França com o objetivo de atrair visitantes para lugares além de Paris, levar os gastos de turistas a regiões que recebiam pouco desse dinheiro antes e fornecer um motivo de orgulho nacional e regional nesse período em que a identidade francesa estava sendo atacada. A campanha incluiu um concurso nacional para identificar as acomodações e anfitriões do Airbnb mais icônicos em cada região de cada país. Anfitriões no Airbnb indicaram seus anúncios, que foram analisados por um comitê de especialistas de patrimônio e turismo reconhecidos. O comitê criou uma lista curta de recomendações que em seguida recebeu cerca de 40.000 votos do público. Nós também celebramos os anfitriões e anúncios vencedores com eventos desenvolvidos para chamar ainda mais atenção a essas regiões. Durante todo o ano de 2016, o Airbnb também publicou regularmente estudos de impacto econômico regionais mostrando como os anfitriões ajudam a distribuir o turismo por toda a França. O compartilhamento de casas está criando mais oportunidades econômicas em um período em que as áreas rurais da França têm demonstrado verdadeiros sinais de tensão. Um terço dos fazendeiros franceses ganham menos de €350 por mês com suas atividades, e muitas fazendas menores já fecharam nos últimos 20 anos. Jovens estão se mudando para as 5

cidades e o bem-estar da população rural que está envelhecendo é uma preocupação cada vez maior. A renda anual de anfitriões do Airbnb na região rural da França tem aumentado drasticamente desde 2015, passando de €49 milhões naquele ano para €105 milhões em 2016. O número de anúncios rurais cresceu de 25.000 em 2015 para 47.000 em 2016.

88%  

60%  

50 

4 Ministério da Agricultura da França, 1º de fevereiro de 2017 (conteúdo em francês). 5 LesEchos.fr, “Un agriculteur sur trois gagne moins de 350 euros par mois,” 11 de outubro de 2016 (conteúdo em francês).

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Crescimento no número de  anúncios rurais em um ano 

Dos anfitriões rurais são mulheres, enquanto nas cidades elas representam 57% dos anfitriões 

Idade média dos anfitriões rurais, a mais alta dentre os países estudados 

Um estudo separado de janeiro de 2017 conduzido pelo think tank francês Terra Nova e o Google França mostra como o Airbnb leva os benefícios do turismo a comunidades remotas. Ao definir "comunidades remotas" como lugares onde há um isolamento geográfico e econômico dos centros urbanos, o relatório concluiu que essas comunidades representam 2% da população da França e 10% de seus vilarejos. Em 2015, 4.500 anfitriões do Airbnb espalhados por 1.170 vilarejos receberam mais de 90.000 hóspedes e ganharam mais de €10 milhões. De acordo com este relatório, não há hotéis em dois terços das comunidades remotas onde os anfitriões do Airbnb anunciam seus espaços. O relatório da Terra Nova também incita os governos a "apoiar o crescimento da economia colaborativa em comunidades remotas ao oferecer estruturas legais de apoio que sejam estáveis. Essa economia melhora o uso de bens compartilháveis subutilizados. Os impactos positivos em potencial de seu desenvolvimento para essas comunidades merece uma atenção específica das autoridades públicas".

IRLANDA 

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Niamh e Richard Marsh, Curraglass, Cork 

Em Lisnabrin House, uma propriedade georgiana na região rural do leste de Cork com uma história de 300 anos de recepções acolhedoras, Niamh e Richard Marsh e seus filhos dão crédito ao Airbnb pela oportunidade perfeita de abrir sua casa e perpetuar essa tradição de hospitalidade.

Ao longo dos anos, donos de pubs e restaurantes locais, fornecedores de transporte, músicos talentosos e vizinhos têm ajudado Niamh e Richard a garantir que seus hóspedes se sintam bem-vindos e mergulhem nas tradições e atividades da região. De acordo com Niamh e Richard, não importa se os hóspedes são uma família, recém-casados ou alguém procurando um retiro tranquilo no interior: a comunidade local é essencial para garantir que eles levem um pouco da Irlanda para casa com memórias especiais e novas amizades.

"Nós conhecemos pessoas maravilhosas e interessantes do mundo inteiro. Os hóspedes voltam de um dia de pesca com salmão fresco do Blackwater, participam do Rali de Carros Vintage sobre o Vee, caminham ao longo da costa em Ardmore e atravessam os Jardins do Castelo de Lismore, e muitas vezes juntam-se a nós em celebrações com nossa família e amigos. Em todos os casos nossas vidas foram enriquecidas por essas experiências. Nós formamos relações fortes na comunidade conforme trabalhamos juntos para promover essa parte escondida da Irlanda no Bride Valley."

À medida que a Irlanda se posiciona cada vez mais como um centro de tecnologia, o Airbnb vem trabalhando com as autoridades irlandesas e organizações não governamentais parceiras para ajudar a garantir que a Irlanda como um todo se beneficie das oportunidades tecnológicas e econômicas proporcionadas pela economia do compartilhamento. Para muitas partes da Irlanda não atendidas pela indústria da hospitalidade tradicional, o compartilhamento de casas está oferecendo uma maneira de tirar mais proveito do turismo, especialmente dos visitantes que desejam se aventurar para além de Dublin e gastar seu tempo explorando o interior do país. Muitas comunidades rurais encolhem fora das temporadas de férias tradicionais porque as pessoas com casas no interior ou litoral as fecham para o inverno e partem para as cidades. Agora essas propriedades latentes e seu potencial econômico não utilizado estão sendo aproveitados por meio do aluguel de curta duração, o que ajuda a manter essas comunidades vibrantes durante todo o ano. Podemos ver evidências de um aumento da temporada de turismo: negócios sazonais ficando abertos por mais tempo, restaurantes novos e mais investimento em comodidades para turistas. Em novembro de 2016, o Airbnb liberou um estudo deimpacto econômico na Irlanda com um foco especial nas comunidades fora da Cidade e Condado de Dublin. Esses achados "ilustram claramente o impacto positivo que a economia do compartilhamento está tendo nas áreas

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rurais da Irlanda," comentou a deputada Heather Humphreys, que também atua como Ministra das Artes, Patrimônio e Assuntos Regionais, Rurais e do Gaeltacht. Entre setembro de 2015 e agosto de 2016, as datas cobertas por este estudo, 6 mil anfitriões fora da Cidade e Condado de Dublin receberam 331.000 hóspedes, com uma renda típica de aproximadamente €2.700. A idade média dos anfitriões fora da região de Dublin é de 47 anos, e há muito mais mulheres do que homens atuando como anfitriões: 67% de todos os anfitriões fora da região de Dublin são mulheres (versus 60% dos anfitriões dentro de Dublin). Cerca de 8% dos anfitriões nessas regiões mais distantes já se aposentaram, e eles viveram uma média de 20 anos nas suas cidades de origem.

€22 milhões 

Renda dos anfitriões do Airbnb fora da Cidade e Condado de Dublin 

  €123 milhões 

Estimativa da atividade econômica gerada pelo Airbnb fora da Cidade e Condado de Dublin  6

Somos gratos à Failte Ireland, a Autoridade para o Desenvolvimento do Turismo Nacional do país, pela possibilidade de fazer uma parceria com a finalidade de identificar as maneiras como o compartilhamento de casas pode contribuir para o sucesso de campanhas de turismo regionais. Nossa última colaboração foi na campanha "Antigo Oriente" da Failte Ireland, onde 5 mil anos de história podiam ser acessados passando apenas alguns dias fora da região metropolitana de Dublin. O Airbnb lançará uma campanha de contação de histórias digital para divulgar os residentes e anfitriões locais por quatro condados rurais da Irlanda. Além de apoiar a região rural da Irlanda através do compartilhamento de casas, o Airbnb também está buscando maneiras de apoiar a conversa nacional da Irlanda sobre tecnologia e formas de fomentar mais start-ups e empreendedorismo fora de Dublin, como por meio do nosso patrocínio da Semana Digital Nacional em 2016.

 ITÁLIA 

6 Período do estudo: setembro de 2015 a agosto de 2016.

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Faye, Toscana 

Com duas filhas lindas, Faye e seu marido escolheram viver na Itália nas colinas da Toscana porque ela ama a natureza e estava em busca de um recomeço após passar muitos anos morando fora.

Tudo começou em 1999 quando o casal assumiu a restauração completa da Fazenda Lavacchio, tornando-a produtiva novamente. Situada no topo da colina Montefiesole, a Fazenda Lavacchio fica a apenas 18 km de Florença entre as cidades de Sieci e Pontassieve e é um típico negócio de família cercado por conjuntos encantadores de colinas cobertas por plantações de olivas e uvas.

Desde que restabeleceram a produtividade da fazenda, Faye e sua família têm aplicado as melhores tradições para a produção de vinho e azeite orgânicos, combinando antigos métodos artesanais com técnicas super modernas. No parque da casa principal da fazenda fica um cedro de 100 anos de idade do Líbano, que tornou-se o símbolo da fazenda. A Fazenda Lavacchio foi uma das primeiras a participar dos programas de produção orgânica, baseado na filosofia que a Faye sempre buscou: de harmonizar as atividades da fazenda com o equilíbrio definido pela natureza. Ela adora compartilhar sua paixão por produtos orgânicos e sua filosofia 0km com seus hóspedes do Airbnb.

A Itália é um dos países com o maior número de sítios de Patrimônio Mundial da UNESCO e possui milhares de pequenos vilarejos espalhados de norte a sul pelo seu interior. O país tem um potencial imenso de usar o compartilhamento de casas para democratizar o turismo, envolver mais pessoas e comunidades na indústria do turismo e, ao mesmo tempo, aliviar um pouco da pressão do fluxo cada vez maior de turistas às suas maiores cidades. O ex-prefeito de Roma e atual conselheiro do Airbnb Francesco Rutelli observou: "Existe Roma, existe Florença, existe Veneza, mas também existem centenas e centenas de cidades pequenas que são lugares maravilhosos — há destinos absolutamente únicos no interior, no litoral ou nas montanhas. Dessa forma, uma abordagem envolvendo o compartilhamento para o turismo em nosso país também é muito positiva para a economia”.

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74%

Crescimento no número de chegadas de hóspedes em áreas rurais em um ano  

  € 72,3 milhões

Renda dos anfitriões rurais  

O agroalimento é extremamente importante para a imagem global da Itália e sua economia, sendo responsável por aproximadamente 8% do PIB do país. A Itália foi o primeiro país da Europa a adotar produtos DOP, IGPI e GET e é o principal produtor de vinho do mundo. Com 7

a nossa campanha "Feito na Itália", o Airbnb apoiará a indústria de agroalimentos da Itália e denunciará produtos que fingem ser italianos. Personalizaremos viagens para as regiões rurais do país e organizaremos visitas aos principais produtores de comida genuinamente italiana. Os hóspedes conversarão com os fazendeiros locais sobre o cultivo e a produção de comida local. Nosso objetivo com a campanha é de oferecer aos turistas as ferramentas para se tornarem consumidores mais conscientes de produtos alimentícios genuínos, preservando uma tradição de ajudar o país a construir um futuro melhor. As casas de campo e propriedades rurais que produzem alimentos ou vinho são bens precioso à medida que o interesse no agroturismo italiano está crescendo. A campanha "Pequenos Vilarejos" do Airbnb foi desenvolvida a fim de promover o turismo para além das cidades famosas da Itália e fazer os turistas chegarem a essas regiões bem menos populosas onde seus gastos podem fazer muita diferença. O compartilhamento de casas permite que os hóspedes fiquem por mais tempo em lugares onde historicamente não era possível antes devido à falta de hotéis e fornece uma fonte de renda que, embora sazonal, pode ajudar a sustentar um vilarejo durante todo o ano. Um desses vilarejos, Civita di Bagnoregio na Província de Viterbo, possui apenas seis residentes durante o inverno. Conhecida como "a cidade moribunda" por conta do seu isolamento geográfico, este pequeno vilarejo está conectado ao resto do interior por uma ponte de um quilômetro suspensa a uma altura de 70 metros (essa falta de transporte eficiente sendo talvez um emblema do desafio enfrentado pela maior parte das comunidades rurais da Itália). Em 2016, a comunidade italiana do Airbnb conseguiu mais de 2 mil assinaturas em apoio à candidatura do vilarejo como Sítio de Patrimônio Mundial, e agora Civita é uma das finalistas para esse título. Estamos empolgados com a próxima rodada de comunidades que promoveremos para a campanha Pequenos Vilarejos. O Ministro da Cultura italiano declarou 2017 como o ano do Borghi ("pequeno vilarejo"), e o Airbnb está apoiando esse esforço ao continuar investindo na

7 DOP = Denominação de Origem Protegida; IGP = Indicação Geográfica Protegida; e GET = Garantia de Especialidade Tradicional.

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revitalização de outros pequenos vilarejos além de Civita, bem como ao desenvolver uma campanha nacional de marketing para ajudar a promover itinerários de viagem não urbanos. Como nosso cofundador e diretor-executivo de produto Joe Gebbia disse no lançamento da campanha Pequenos Vilarejos, o objetivo "é de celebrar o patrimônio dessas regiões por meio da arte e design, ao mesmo tempo em que fornecemos formas concretas das cidades manterem suas culturas e tradições". No início de 2017, trabalhamos com o prefeito de Civita para transformar um de seus prédios históricos em uma colônia de artistas e acomodação do Airbnb. "Casa d'Artista" é o primeiro prédio público a ser oferecido pela plataforma do Airbnb, e o prefeito Francesc Bigiotti é o primeiro prefeito em exercício do cargo a se tornar um anfitrião do Airbnb. A renda das reservas contribuirá com a manutenção do prédio e financiará outros projetos de preservação no vilarejo.

 ESPANHA 

Francesc, Palma de Maiorca 

Francesc é um web designer freelancer que decidiu trocar a vida urbana pela vida rural e que agora mora nos arredores da cidade de Palma de Maiorca e recebe viajantes pelo Airbnb.

O Airbnb abriu as portas de uma oportunidade alternativa ao Francesc. Enquanto morava em Berlim há três anos atrás, ele descobriu o mundo da habitação sustentável e decidiu voltar para sua terra natal, a ilha de Maiorca, para criar seu próprio oásis. Sua referência para a vida rural é seu avô, que foi o último membro de sua família a trabalhar com agricultura.

Francesc comprou um pedaço de terra e uma casa em más condições e de lá pra cá a reconstruiu com suas próprias mãos. Ele tem um galinheiro e uma horta e espera um dia tornar sua casa completamente autossuficiente. Ela mora sozinho no momento e anuncia um quarto vago no Airbnb. A renda permite que ele continue investindo em seu sonho de uma vida rural.

Os hóspedes do Francesc encontram uma atmosfera de paz a harmonia em sua casa. Para muitos deles, é a oportunidade ajudar a colher os vegetais e coletar os ovos de suas refeições pela primeira vez na vida! E para o Francesc, compartilhar sua casa é uma experiência enriquecedora, pois é uma forma de conhecer viajantes de diferentes origens que também podem compartilhar suas próprias filosofias de vida.

O interior da Espanha reflete muitas das tendências que afligem as áreas rurais em todo o mundo: empregos na agricultura gradualmente sendo substituídos pela automação e redução

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das oportunidades econômicas que poderiam manter jovens e famílias na região, o que acaba levando-os para as cidades em busca de trabalho e deixando para trás uma população mais velha que corre o risco de exclusão social. Na Espanha, um serviço de internet de banda larga deficiente em muitas regiões rurais também complica os esforços de expandir o turismo para além das cidades e usá-lo para o rejuvenescimento do interior. De acordo com um estudo recente realizado pela Federação Espanhola de Municípios, metade das jurisdições rurais da Espanha já estão em risco de extinção devido ao declínio populacional: "Já há 2.652 vilarejos com menos de 500 habitantes. Desses, 1.286 (quase 20% dos municípios espanhóis) têm menos de 100 residentes registrados. Isso representa 48 municípios a mais em relação a 2015 e 358 municípios a mais em relação ao ano 2000." Em 8

suma, de acordo com o estudo, cerca de 5.000 cidades e vilarejos espanhóis estão sofrendo as consequências de populações envelhecendo e pouca ou nenhuma mudança entre as gerações. Alguns anos atrás a mídia da Europa e dos Estados Unidos cobriram a tendência de vilarejos inteiros sendo colocados à venda na Espanha. Há mais de 3 milhões de casas vazias 9

por toda a Espanha. 10

Legisladores espanhóis colocaram como prioridade o desenvolvimento de políticas inteligentes que resultem em mais oportunidades econômicas para levar os jovens de volta às regiões rurais e apoiar seus cidadãos mais velhos que ainda moram lá. Cidades rurais possuem recursos limitados para equipar e divulgar seus destinos, e as ferramentas digitais e plataformas de economia do compartilhamento podem amplificar o impacto de políticas inteligentes. Como podemos ver pela experiência de Francesc, o compartilhamento de casas está oferecendo uma oportunidade de fonte de renda estável em locais onde há uma escassez disso, ao mesmo tempo em que ajuda a atrair turistas internacionais para lá. Ainda esse ano o Airbnb começará a fazer parceiras com nossa comunidade de anfitriões, outras marcas da economia do compartilhamento e economia digital, legisladores e cidades rurais em uma iniciativa para apoiar o desenvolvimento sustentável e a promoção de destinos rurais inovadores. O "Lab de Destinos Rurales" ("Laboratório de Destinos Rurais") terá como objetivo o desenvolvimento de respostas inteligentes para os principais desafios enfrentados pelos destinos rurais da Espanha.

€20,2 milhões 

  €40,9 milhões 

Renda dos anfitriões rurais em 2016  

8 Spanish Federation of Municipalities, “Rural depopulation in Spain 2016,” 7 de fevereiro de 2017 (conteúdo em inglês). 9 Example, example, example (conteúdo em inglês). 10 The Guardian, “Scandal of Europe’s 11m empty homes,” 23 de fevereiro de 2014 (conteúdo em inglês).

 Para Além das Cidades  |  Airbnb  |  15 

Renda dos anfitriões rurais em 2015  

A Espanha possui uma das menores comunidades rurais do Airbnb, mas seu crescimento tem sido constante: acomodações rurais aumentaram 63% em um ano, enquanto as chegadas de hóspedes cresceram 110%. A maioria dos anfitriões rurais espanhóis são mulheres (54%) e a idade média dos anfitriões rurais é de 46 anos, versus uma idade média de 43 anos dos anfitriões urbanos.

 Para Além das Cidades  |  Airbnb  |  16 

Ásia-Pacífico 

 

AUSTRÁLIA 

Sharyn, Upper Lansdowne, Nova Gales do Sul 

Sharyn é uma avó e uma pensionista idosa vivendo em uma quadra tranquila com vistas cênicas dos picos vulcânicos e escarpas de arenito do Coorabakh National Park. Ela é uma autora com três livros publicados e já ganhou vários prêmios por seus contos. Amante da natureza e ativista ambiental, também trabalhou muito para transformar essa propriedade em um lugar perfeito para animais selvagens, além de cultivar jardins de frutas, legumes e ervas para viver de uma forma ecologicamente responsável.

Compartilhar sua casa no Airbnb de tempos em tempos ajuda Sharyn a pagar por serviços essenciais na propriedade que ela não consegue fazer por conta própria, como cortar a grama (e usá-la como adubo). Sem essa renda, Sharyn não poderia continuar a viver no lugar e comunidade que ela ama.

Seus hóspedes ficam no quarto principal de sua casa e eles compartilham a cozinha, as áreas de convivência e a popular varanda ensolarada como se estivessem entre amigos. Eles vêm de todos os cantos do mundo, muitos tendo vivido apenas em municípios urbanos, e das inúmeras conversas, interações e comentários positivos a Sharyn sabe que hospedar no Airbnb é uma maneira única de visitantes aprenderam sobre a cultura rural, a fauna e flora e os hábitos sustentáveis de seu país.

Por todas as regiões e locais remotos da Austrália, comunidades estão lutando para encontrar as melhores respostas a uma série de desafios significativos e interconectados. A diferença histórica de renda, empregos e oportunidades econômicas entre a cidade e o campo. O êxodo de pessoas, particularmente dos jovens, saindo em busca de melhores oportunidades e serviços. A frequência e severidade cada vez maior de eventos climáticos extremos, como enchentes e secas. A dependência da economia e comércio local em mercados de commodities voláteis. Embora Sydney seja o quinto maior mercado do Airbnb no mundo, cerca de metade da nossa comunidade já se encontra no interior australiano. Ano passado, 50% de todas as acomodações únicas do Airbnb na Austrália estavam localizadas no interior, um aumento em relação aos 47% de 2015. O crescimento de acomodações no interior foi de 79% em um ano.

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A maioria das chegadas de hóspedes do Airbnb na Austrália em 2016 (56%) ocorreram em acomodações fora das áreas urbanas, um aumento em relação aos 53% de 2015. A porcentagem total da renda de anfitriões australianos agora indo para anfitriões no interior também já está se aproximando da marca de 50%; em 2016 ela foi de 49%, versus os 45% de 2015. Sem o custo ou a demora de ter de construir qualquer nova infraestrutura, atrações ou comunidades, o Airbnb está tornando mais fácil e mais barato para os turistas explorarem comunidades regionais — uma prioridade do governo australiano, cuja última Pesquisa de Visitantes Internacionais constatou que a Austrália regional tem experimentado um aumento de 29% nas chegadas e gastos de hóspedes internacionais nos últimos 3 anos. Essa democratização do turismo está gerando novas receitas e catalisando crescimento. Um relatório recente de Economia de Acesso da Deloitte concluiu que o Airbnb contribuiu $1,6 bilhões para o PIB da Austrália e deu apoio a mais de 14 mil empregos. Ao criar uma fonte de renda regional e impulsionar o turismo no interior da Austrália, o Airbnb também está ajudando as comunidades locais a diversificar suas economias, reduzir sua exposição às crises de setores tradicionais e voláteis como agricultura e mineração.

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AUD $287 milhões 

Renda total com hospedagens de anfitriões rurais em 2016 

1,7 milhões 

Chegadas de hóspedes em acomodações fora de regiões metropolitanas em 2016  

  127% 

Crescimento da chegada de hóspedes em acomodações fora de regiões metropolitanas em um ano 

Apesar do Airbnb de fato ter uma comunidade de anfitriões na região pouco povoada do Outback australiano, a maior parte da nossa comunidade de anfitriões fora das regiões metropolitanas se encontra ao longo da costa do país: no leste ao longo da Grande Barreira de Corais, no sudeste indo desde o norte de Brisbane até o oeste de Melbourne, e no sudoeste ao longo da costa que se estende para além de Perth. Também temos uma comunidade não metropolitana de anfitriões razoável na Tasmânia. A maioria (53%) dos anfitriões do Airbnb fora das áreas urbanas da Austrália são mulheres. O Outback da Austrália é uma das regiões menos povoadas do mundo, com pouquíssimos grandes centros (por exemplo, Alice Springs, Birdsville, Broken Hill and Coober Pedy, dentre outros) que atendem aos seus três setores principais: pastoralismo (manuseio de gado, ovelhas e outros animais), mineração e turismo. Devido ao seu isolamento e à grande distância entre as cidades, algumas delas somente acessíveis com veículos de tração nas quatro rodas, pessoas que viajam para o Outback muitas vezes ficam uma dessas áreas mais urbanas antes de encarar o interior deserto. Os anfitriões do Airbnb no Outback oferecem a clássica hospitalidade australiana e não hesitam em dar conselhos sobre como curtir a beleza crua da paisagem e como permanecer em segurança nos desertos inóspitos do Centro Vermelho da Austrália.

     

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ÍNDIA 

Maya Patel, Self-Employed Women’s Association of India (SEWA) 

Maya Patel, uma das anfitriãs da SEWA (sigla em inglês da Associação das Mulheres Autônomas da Índia), recebeu uma resposta muito carinhosa de seu primeiro hóspede no Airbnb, Daniel, que veio da Espanha. Por não falar muito inglês, Maya estava preocupada sobre se seria capaz de se comunicar com hóspedes internacionais. No entanto, ela e Daniel desenvolveram rapidamente sua própria linguagem de sinais através de gestos.

"Ele pedia para eu acordá-lo às 10h e ele tomava café da manhã com nossa família. Ele até ajudou minha sogra a moer temperos e trigo. Ele amou nossa comida, especialmente o chá, que ele tomava várias vezes ao dia. Fiquei feliz por Daniel bhai ("irmão") ter gostado da nossa casa e ter nos deixado um comentário tão gentil." Na hora de ir embora, Daniel contou à Maya que a hospitalidade acolhedora de sua família fez com que ele se sentisse em casa.

Tirando lições de sua primeira experiência com um hóspede, Maya já tem planos de comprar repelente de inseto e de fazer mais reparos na lavanderia para criar um espaço ainda mais confortável para seus hóspedes.

O trabalho do Airbnb na Índia reúne vários dos desafios — mas também várias das melhores recompensas — que encontramos ao ajudar áreas fora das cidades a colher os benefícios econômicos das viagens. O compartilhamento de casas está começando a se tornar um meio de sustento nas comunidades rurais da Índia onde principalmente as mulheres têm opções extremamente limitadas de ganhar dinheiro para elas e seus filhos. Já faz seis meses que formalizamos nosso projeto-piloto com a Associação das Mulheres Autônomas (SEWA) no final de 2016, e tivemos avanços animadores no apoio ao empoderamento econômico de mulheres rurais por meio do compartilhamento de casas. SEWA representa 2 milhões de mulheres autônomas vivendo principalmente nas regiões rurais da Índia. Essa parceria com foco no empoderamento econômico das mulheres foi a primeira iniciativa desse tipo do Airbnb, e pretendemos usá-la como modelo em outras partes do mundo. Para o projeto-piloto no estado indiano de Gujarat, a equipe do Airbnb organizou visitas para as anfitriãs da SEWA com alguns dos nossos anfitriões mais experientes e mais bem avaliados da Índia para que pudessem aprender as melhores práticas de hospedagem. Além disso, organizamos workshops de hospitalidade e treinamento de habilidades para as anfitriãs da SEWA se sentirem mais confiantes na hora de anunciar suas casas no Airbnb.

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Além das barreiras linguísticas e baixos níveis de conhecimento tecnológico e financeiro, os processos de pagamento foram grandes obstáculos que o Airbnb, com a colaboração das anfitriãs da SEWA, teve que contornar. Os processos de pagamento do Airbnb precisavam ser revisados para aceitar Números de Conta Permanentes (PAN, na sigla em inglês) para Fundos que as organizações indianas como a SEWA usam para fins tributários — um exemplo da natureza de barreiras iniciais que estamos encontrando e gradualmente solucionando para permitir que as viagens beneficiem cada vez mais pessoas e comunidades. Além da liberação deste relatório, temos o prazer de anunciar que todas as oito acomodações da SEWA do projeto-piloto já estão anunciadas no Airbnb e aceitando reservas, e que as anfitriãs da SEWA já receberam mais de dez hóspedes nos últimos dois meses! Incentivadas pela experiência das anfitriãs atuais, mais dez membros da SEWA decidiram anunciar suas casas no Airbnb até o final deste mês. Não vemos a hora de expandir essa iniciativa para além do projeto-piloto em Gujarat para incluir membros da SEWA de outras partes da Índia. Nossa segunda colaboração na Índia, no estado de Andhra Pradesh, também se concentra em fornecer novos meios de subsistência, neste caso para artesãos rurais. Artesãos que são identificados pela secretaria de turismo do estado como anfitriões em potencial recebem treinamento em padrões de hospedagem do Airbnb, que oferece todo seu apoio para que eles criem experiências verdadeiramente únicas para os viajantes. Em nossa parceria mais recente, o Airbnb está entusiasmado de trabalhar com o Grupo do Banco Mundial, a principal instituição de desenvolvimento internacional e um dos maiores fornecedores combinados de assistência técnica e financeira para o desenvolvimento do turismo, em iniciativas que incluem um estudo sobre os impactos do desenvolvimento do compartilhamento de casas e projetos-piloto em áreas que identificamos em conjunto como destinos turísticos emergentes. O Airbnb também apoiará o treinamento em habilidades de hospitalidade para novos anfitriões na região da Ásia-Pacífico e estimulará a procura com campanhas de marketing focadas no destino. Esses esforços combinados se concentrarão tanto nos destinos emergentes em áreas rurais quanto nas áreas marginalizadas dentro das cidades que os governos gostariam de revitalizar. Apesar de termos considerado a Índia e o Sri Lanka como os possíveis mercados iniciais do projeto, o escopo da parceria é regional com a opção de estender a outros mercados.

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JAPÃO 

Família da Keiko, Wakayama 

A prefeitura de Wakayama é muito conhecida por suas montanhas divinas, silvicultura e fazendas de frutas. Pêssegos, ameixas, caquis, morangos e outras espécies são plantadas na região. A família de Keiko cultiva principalmente pêssegos. Seu marido se mudou para Wakayama há cerca de 20 anos, começando com um pequeno pedaço de terra, e hoje também se tornou um fazendeiro bem-sucedido.

Keiko e sua família costumavam aceitar trabalhadores voluntários do mundo inteiro para ajudar na fazendo durante a época de pico, com todos vivendo juntos como uma família em sua casa. Em 2015, um casal francês de voluntários que estava trabalhando na fazenda apresentou-lhes o Airbnb. Após anos recebendo hóspedes, parecia uma coisa natural a família da Keiko começar a hospedar por meio da plataforma.

Eles gostaram desde o início. Em comparação com a intensidade de receber trabalhadores voluntários que descansavam juntos, trabalhavam juntos e comiam todas as refeições juntos, a relação entre o anfitrião e os hóspedes do Airbnb oferece uma vida mais equilibrada. Alguns hóspedes chegam à sua acomodação apenas para descansar um pouco e curtir a belíssima paisagem, enquanto outros realmente gostam de ajudar com a plantação. Os dois filhos pequenos da Keiko adoram brincar com os hóspedes estrangeiros, o que seus pais acreditam ser ótimo para a educação deles. Hospedar no Airbnb também garante uma renda extra para a família para ajudá-los a pagar pelos investimentos que eles precisam fazer antes da época da colheita para garantir uma produção bem-sucedida.

Mesmo quando os hóspedes ficavam por pouco tempo, Keiko diz que "nós confiamos neles e eles confiam em nós ao abrirmos nossa casa". Dessa forma, todo mundo pode se sentir parte de uma grande família e construir uma sensação de pertencimento que ajuda a família da Keiko a ter uma vida mais realizada.

No último ano, 5 milhões de hóspedes do Airbnb chegaram em todas as 47 prefeituras do Japão, onde a Dieta Nacional havia acabado de aprovar legislação autorizando o compartilhamento de casas, garantindo assim que o Airbnb possa continuar a ajudar com a revitalização das economias rurais do Japão utilizando dos benefícios do turismo. O foco dos nossos esforços de revitalização rural no Japão tem sido o de ajudar governos locais a reconstruírem suas economias depois de desastres naturais e a manter sua força de trabalho ao oferecer oportunidades para os residentes que de outra forma poderiam se sentir obrigados a buscar nos centros urbanos.

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Durante muito tempo um centro importante de mineração e produção de aço, a cidade de Kamaishi havia feito uma grande transição para a indústria de serviços até o final da década de 1980 devido ao declínio da indústria de aço do Japão e o fechamento das fundições da cidade. Aí em 2011 Kamaishi foi devastada pelo Grande Terremoto do Leste do Japão e tsunami. Kamaishi também enfrenta os desafios de uma taxa de natalidade decadente, de uma população que está envelhecendo e, assim como no resto do país, de um número cada vez mais alto de casas vazias; é previsto que o Japão tenha 20 milhões de casas vazias em 20 anos. Estima-se que a população de Kamaishi passe dos atuais 36.078 para 21.503 até 2040.11

Apesar disso tudo, existem novidades animadoras: importações feitas pelo porto de Kamaishi 12

têm aumentado drasticamente, o alto-forno de Hashino foi registrado como um Sítio do Patrimônio Mundial e novas estradas foram abertas. O Airbnb tem orgulho de fazer parceria com a cidade de Kamaishi para contribuir com seus esforços de revitalizar sua economia por meio da "Estratégia da Cidade Aberta" para aumentar a participação cívica e expandir a rede dos que estão conectados com a comunidade. Somos gratos por desempenhar um papel nesse esforço ao empoderar as pessoas a compartilharem suas casas e ajudar Kamaishi a aumentar sua disponibilidade de acomodações para a Copa do Mundo de Rúgbi em 2019. Nossa primeira providência foi de organizar o encontro entre anfitriões locais em potencial com anfitriões experientes de outras prefeituras para aprenderem sobre as melhores práticas de hospedagem, especialmente em relação ao compartilhamento de lares em fazendas. Além disso, criamos um Guia da Cidade de Kamaishi em uma parceria com alunos do ensino médio de uma escola local. O Guia enfatiza os melhores lugares para curtir a beleza natural de Kamaishi, a história da indústria de aço, e os tradicionais festivais matsuri que são motivo de muito orgulho para os moradores locais. Outro esforço do Airbnb em apoio à revitalização do interior do Japão foi a construção da nossa Casa de Cedro de Yoshino em uma ação em parceria com o vilarejo de Yoshino e o respeitado arquiteto de Tóquio Go Hasegawa, usando técnicas de design tradicionais e materiais da região. O anúncio é gerenciado pela comunidade de Yoshino e os ganhos ficam para a comunidade. Embora a comunidade de anfitriões fora das áreas urbanas do Japão ainda represente uma fração pequena da nossa como um todo no país, ela aumentou significativamente no último ano. Os 2.200 anúncios do Airbnb fora das áreas urbanas em 20165 mais que dobraram e chegaram a 5.300 em 2016. As chegadas de hóspedes mais que triplicaram, passando de 70.200 para 257.500. A renda dos anfitriões praticamente quadruplicou, passando de ¥666 milhões para ¥2,5 bilhões.

11 Bloomberg, “Why 8 Million Homes Lie Empty in Japan,” 20 de setembro de 2015 (conteúdo em inglês). 12 http://kamaishi.webcrow.jp/.

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141% 

Crescimento no número de anúncios em regiões não urbanas em um ano  

  267% 

Crescimento no número de chegadas de hóspedes em acomodações não urbanas em um ano 

A maioria dos anfitriões do Airbnb fora das cidades japonesas são mulheres (53%) uma diferença significativa em relação às cidades japonesas onde 56% dos nossos anfitriões são homens. A média de idade nos nossos anfitriões não urbanos é de 42 anos, com 11% dos nossos anfitriões não urbanos tendo 60 anos ou mais, enquanto a idade média dos anfitriões urbanos é de 38 anos, com apenas 5,3% dos anfitriões urbanos tendo 60 anos ou mais. Recentemente, um comitê de tecnologia do Instituto de Terras Urbanas e especialistas em imóveis "concordaram que restaurar o orgulho cívico às cidades e vilarejos provincianos e incluir a população nos benefícios do turismo eram os fatores cruciais para devolver a vida" ao interior e litoral do Japão. Um especialista fez a observação de que plataformas de reserva 13

online como o Airbnb são essenciais a esse esforço porque as taxas são muito menores e os anfitriões ficam com uma parte muito maior dos ganhos.

CORÉIA DO SUL  O memorando do acordo que o Airbnb assinou recentemente com a província de Gangwon da Coréia do Sul estabelece nosso compromisso em ajudar a província a aumentar o número de acomodações disponíveis, incluindo acomodações fora de suas cidades, em preparação aos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang em 2018. "Por meio desse acordo, tenho esperança de que a promoção do [...] marketing de turismo de Gangwon e a melhoria da qualidade de alojamentos em regiões rurais ajudem a solucionar a falta de acomodações para as Olimpíadas e a impulsionar o turismo local," disse o governador Choi Moon-Soon na cerimônia de assinatura em janeiro. 14

Essa parceria é a colaboração mais recente entre o Airbnb e os governos locais enfrentando a perspectiva de receber grandes eventos para os quais não há acomodações suficientes para os visitantes. O Airbnb oferece uma alternativa à construção de infraestrutura permanente — ou pelo menos à construção de tanta infraestrutura permanente — que poderia gerar uma dificuldade financeira para os governos e impactar o meio ambiente, enquanto ajuda as

13 Urban Land, Airbnb, Smaller Hotel Operators Helping to Revive Japan’s Hinterlands, 30 de maio de 2017 (conteúdo em inglês). 14 Comunicado de imprensa oficial aqui (conteúdo em coreano).

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comunidades a tirarem o máximo proveito econômico das oportunidades trazidas pelas hospedagens. Trabalhamos com os governos locais para ajudá-los a se apresentarem ao o mundo da melhor maneira possível. A província de Gangwon já é o principal destino de férias dos coreanos, mas as autoridades esperam a visita de 400.000 estrangeiros nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018. O acordo tomou como base nosso trabalho anterior com a província de Chungcheongnam para promover turismo não urbano e aumentar o número de acomodações para o 97º Festival Nacional de Esporte da Coréia do Sul. Esse acordo incluiu a formação de novos anfitriões no interior da província, a análise das avaliações e comentários para ajudar os anfitriões a fornecerem serviços melhores e a promoção da cultura local. Graças a essa parceria, o Airbnb tornou-se a primeira empresa não coreana a receber o Prêmio por Apreciação e Excelência do governador de Chungnam no início de 2017.

106% 

Crescimento no número de anúncios fora das regiões metropolitanas em um ano 

  194% 

Crescimento no número de chegadas de hóspedes em acomodações fora das regiões metropolitanas em um ano 

Nosso mais novo acordo com Gangwon também inclui o desenvolvimento de um Guia para ajudar os visitantes a terem mais experiências na província e oferecer suporte à nossa comunidade local de anfitriões e hóspedes em caso de desastres naturais. Outras parcerias do Airbnb na Coréia do Sul que dizem respeito às áreas além das regiões metropolitanas incluem nosso trabalho com a Câmara de Comércio estadual e o Ministério da Agricultura, que supervisionam pousadas e o compartilhamento de casas em regiões não urbanas, para de um modo geral aumentar as opções de hospitalidade e revitalizar a economia rural. Ficamos lisonjeados pelo apoio recente do governador de Jeju, Won Hee-ryong ("Eu deveria anunciar meus quartos extras no Airbnb."), ainda mais considerando que Jeju é o principal destino de férias dos habitantes urbanos da Coréia do Sul. Anfitriões de Jeju 15

acolheram 180 mil chegadas de hóspedes em 2016. Os anfitriões do Airbnb que moram fora das grandes cidades coreanas têm um orgulho enorme de apresentar suas casas aos visitantes e de mostrar o que suas comunidades têm de especial. As mulheres correspondem à maior parte (53%) dos nossos anfitriões não urbanos, o que é ligeiramente maior que a porcentagem de anfitriãs nas cidades coreanas: 51%.

15 Fonte (conteúdo em coreano).

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TAIWAN 

Steven, Guanxi, Condado de Hsinschu 

Steven é um Superhost do Airbnb que mora na região de Guanxi no condado de Hsinschu em Taiwan. Há dois anos ele deixou seu emprego bem remunerado em Taipei para retornar a Hsinschu e cuidar da casa da família, que ele anuncia no Airbnb. A casa tem mais de 100 anos, tem uma vista para uma plantação de arroz e era uma escola particular antes de se tornar a moradia de sua família. "Eu queria criar um sistema onde pudesse manter minha casa antiga," disse Steven. "Então comecei a usar o Airbnb."

Steven já hospedou mais de 100 hóspedes que curtem ao máximo a tranquilidade e serenidade do ambiente e a bondade do anfitrião. Apesar de estar a apenas uma hora de carro de Taipei, a casa do Steven está situada entre fazendas, plantações de arroz e vilarejos históricos no interior de Hsinschu. Desde que voltou, Steven tem se dedicado a atrair mais visitantes para a região. Ele começou o Festival de Arte de Guanxi e o Grupo de Teatro de Niulan para promover a arte na comunidade. Ele também organiza viagens para seus hóspedes e outros visitantes, levando-os a fazendas para colher verduras e legumes frescos e explorar as ruas dos vilarejos antigos da região.

O Airbnb está trabalhando ativamente com as autoridades taiwanesas para transformar a costa leste da ilha em um destino turístico internacional, com o objetivo de criar novas oportunidades para os residentes das comunidades costeiras por meio da entrada de dinheiro que o turismo promove. Firmamos parcerias com os governos locais de duas regiões litorâneas lindas, Hualien e Taitung, para promover viagens a minsus nessas regiões (minsu é a referência local para pousadas). O presidente da Associação de Viagens de Hualien já foi visto elogiando os esforços do Airbnb em promover viagens a Hualien: "A maioria das agências de viagem online geralmente pediam aos hotéis e minsus em Hualien para baixarem os preços ou informavam aos minsus que eles iam cobrar uma comissão maior. O Airbnb é completamente diferente e possui uma visão. A indústria do turismo de Hualien e operadores de minsu são gratos ao Airbnb pelo investimento de recursos de marketing em Hualien e Taitung para apresentar a linda Costa Lesta aos turistas do mundo inteiro.” 16

16 www.ksnews.com, 4 de outubro de 2016 (conteúdo em mandarim).

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103% 

Crescimento no número de anúncios fora das regiões metropolitanas em uma ano 

  116% 

Crescimento no número de chegadas de hóspedes em acomodações não metropolitanas em um ano 

O número total de chegadas de hóspedes em acomodações não metropolitanas cresceu de 89.100 em 2015 para 192.400 em 2016. A renda dos anfitriões de acomodações não metropolitanas mais que duplicou em um ano, passando de NT$101 milhões em 2015 para NT$210,8 milhões em 2016. Com a nossa parceria com os governos de Taitung e Hsinchu e de um esforço para melhorar as competências em negócios dos jovens taiwaneses e administradores de minsus, também estamos desenvolvendo uma série de programas para esses grupos. Nas regiões não metropolitanas de Taiwan, a idade média dos anfitriões taiwaneses do Airbnb é de 38 anos, tornando essa a comunidade de anfitriões não metropolitanos mais jovem dentre todas as 11 comunidades estudadas para este relatório. A maioria dos anfitriões taiwaneses nas regiões não metropolitanas são mulheres (53%).

   

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 Américas 

 

CANADÁ 

Laurel, Condado de Rocky View, Alberta 

Laurel é proprietária do Rancho Spirit Winds, apaixonada por cavalos desde sempre e uma Superhost do Airbnb. Ela começou a hospedar no Airbnb como uma maneira de sustentar sua vida na fazenda e ajudar a financiar o Centro de Cavalos de Spirit Winds. Hospedar permitiu que ela mantivesse a fazenda e dedicasse sua vida à terra e ao cavalos.

Laurel convida seus hóspedes a trabalharem com os cavalos na fazenda e a participar do projeto Aprendizagem Assistida Equina, uma série de programas holísticos ao ar livre com os cavalos para crianças com ansiedade, TDAH e problemas de processamento sensorial. Seu trabalho envolve salvar e reabilitar cavalos idosos e oferecer a eles uma vida tranquila e significativa. Ela cresceu em um rancho, portanto hospedar é algo natural para ela: sua família sempre acolheu e cuidou de pessoas em sua fazenda. O Airbnb permitiu a ela continuar essa tradição e a compartilhar seu conhecimento.

O Airbnb também se transformou no plano de aposentadoria de Laurel e lhe deu a liberdade de deixar seu outro emprego e dedicar sua vida às hospedagens na fazenda e à reabilitação de cavalos. Com o dinheiro que ganha hospedando, Laurel pretende seguir com o investimento na fazenda, contribuindo com a economia da sua região e compartilhando sua vida no rancho com os hóspedes.

Enquanto a economia urbana do Canadá é cada vez mais movida pelo conhecimento e tecnologia, a economia rural do país segue dependente da agricultura e recursos naturais, dois setores propensos a serem afetados pela mudança climática, automação e variação nos preços de commodities. Jovens adultos em áreas rurais enfrentam menos oportunidades de emprego e fazendeiros mais jovens e menos estabelecidos se deparam com margens de lucros pequenas, sofrem com a dívida necessária para manter as fazendas funcionando todos os anos. Muitos dos jovens adultos das áreas rurais simplesmente se mudam para as cidades, uma dinâmica com a qual os novos líderes do Canadá estão tentando lidar, muitas vezes apelando para o objetivo de ajudar o país a fazer a transição de uma economia baseada em recursos naturais para uma economia baseada em sua "criatividade" natural.

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A diferença de idade entre as pessoas de regiões urbanas e rurais pode estar refletida na comunidade de anfitriões do Airbnb. A idade média dos nossos anfitriões rurais é de 48 anos, 17

enquanto a idade média dos nossos anfitriões urbanos é de 48 anos, uma das maiores diferenças de idade dos 11 países estudados para este relatório. O compartilhamento de lares está ajudando os fazendeiros e rancheiros e suas casas dependentes de energia e mineração nas regiões rurais do Canadá, a fim de manter as vidas que eles desejam nas comunidades que amam. Cerca de 59% dos anfitriões canadenses do Airbnb que moram nas regiões rurais do país são mulheres (comparado aos 56% de anfitriãs urbanas no país), o segundo percentual mais alto de anfitriãs rurais dentre todos os países incluídos neste relatório, perdendo apenas para os Estados Unidos.

140% 

Crescimento no número de chegadas de hóspedes em um ano  

  93% 

Crescimento no número de acomodações rurais em um ano 

17 Statistics Canada, 3 de março de 2017 (conteúdo em inglês e francês).

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A renda obtida pelos anfitriões rurais do Canadá no Airbnb também vem crescendo de forma constante. Anfitriões rurais ganharam CAD$66,8 milhões por meio do Airbnb em 2016, valor mais que duas vezes maior que o de 2015: CAD$28,4 milhões. À medida que mais evidências indicam como o compartilhamento de lares fornece mais oportunidades econômicas e ajuda anfitriões em regiões rurais a diversificarem suas rendas, a nossa esperança é de trabalhar com os governos locais do Canadá e ONGs para promover o compartilhamento de lares nas regiões mais rurais do país, da mesma maneira que estamos fazendo nas cidades canadenses.    

AMÉRICA LATINA

Adhara Luz e Daniel, Altér do Chão, Pará, Brasil 

Em 2014 decidimos deixar São Paulo em busca de uma mudança de cenário e energia e nos mudamos para Alter do Chão, no Pará. Foi a melhor decisão que poderíamos ter tomado! Adhara nasceu aqui e seus pais fundaram a ONG Saúde e Alegria. Ela acabou crescendo no meio de comunidades ribeirinhas e a vida natural da floresta e do rio Tapajós. Eu nasci em São Paulo, perto do rio Tietê, em um ambiente completamente urbano. Esse contraste entre nossas infâncias extremamente diferentes sempre foi algo muito rico para nós.

Depois de morarmos três anos na cidade de São Paulo, decidimos fazer um mochilão de oito meses na Ásia e na Europa. Quando voltamos, a cidade grande já não fazia mais sentido para nós. Tudo parecia estranho. No fundo, sabíamos que precisávamos estar próximos da natureza para nos sentirmos felizes e realizados.

Então decidimos morar na Amazônia! Eu fechei minha empresa de produção de filmes e Adhara encerrou os trabalhos de freelancer nos quais ela estava trabalhando. Ela já havia trabalhado com viagens de experiências e turismo, o que facilitou tudo durante a transição. O Airbnb acabou sendo o complemento perfeito para os nossos empregos em turismo, porque além dos itinerários e viagens, podíamos começar a hospedar também e ganhar uma renda extra. Nossa casa acabou se transformando em uma referência na cidade e ajudamos muitos amigos que também entraram na plataforma posteriormente.

Nosso trabalho envolve criar uma ponte bonita e segura entre a vida urbana e a vida na floresta, sensibilizando as pessoas sobre como é essencial ter uma natureza equilibrada para que nós como seres humanos possamos encontrar nosso equilíbrio também. Gostamos de brincar ao contrário: a cidade é exótica, não a floresta! A humanidade passou 10 mil anos na natureza e só algumas décadas na cidade. Portanto, a cidade que é exótica, certo?

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Áreas rurais na América Latina e Caribe enfrentam desafios similares aos que ocorrem nos Estados Unidos, mas eles são exacerbados pela economia regional instável. Muitos dos que vivem em áreas rurais na região dependem de atividades econômicas informais, enfrentam a falta de infraestrutura e acesso a serviços sociais, incluindo educação e saúde, e são afetados de maneira desproporcional por desastres naturais e mudança climática. Pessoas que moram fora das vastas cidades da América Latina enfrentam outros desafios, incluindo um acesso extremamente limitado à tecnologia, o que inibe o empreendedorismo rural. A América Latina é o mercado do Airbnb que mais cresce, incluindo México, América do Sul, América Central e o Caribe (inclusive Cuba). Nosso crescimento nas áreas rurais da América Latina está acompanhando o crescimento pela região como um todo. No Brasil, por exemplo, a renda dos anfitriões rurais aumentou três vezes de R$8,3 milhões em 2015 para R$25,2 milhões em 2016, enquanto as chegadas de hóspedes também mais do que triplicaram, passando de 7.800 em 2015 para 94.400 em 2016. O mesmo vale para a Argentina: a renda dos anfitriões rurais aumentou três vezes de ARS$8,9 milhões em 2015 para ARS$30 milhões em 2016, enquanto as chegadas de hóspedes quadruplicaram, passando de 5.600 em 2015 para 22.300 em 2016.

220% e 191% 

Crescimento no número de acomodações rurais em um ano na Argentina e Brasil, respectivamente 

298% e 240% 

Crescimento no número de chegadas de hóspedes em acomodações rurais na Argentina e Brasil, respectivamente  Os dois países veem grandes oportunidades para o turismo alternativo em suas áreas mais rurais, incluindo para seus próprios cidadãos urbanos. Na Argentina, o foco é no agroturismo, que está atraindo mais atenção para as fazendas, estâncias e fincas (fazendas e ranchos de gado) do país. No Brasil, o foco está em promover o ecoturismo, alavancando as belezas naturais fantásticas do país, incluindo a maior floresta tropical, o maior pantanal e o maior sistema de cachoeiras do mundo. Fizemos uma parceria com o Grupo Cataratas do Brasil para facilitar e promover viagens para os parques geridos pelo grupo, incluindo as famosas

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Cataratas do Iguaçu. O trabalho do Airbnb com as autoridades brasileiras começou quando ajudamos a cidade de Palmas, e seus arredores rurais, a aumentar o número de acomodações para os primeiros Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em 2015. O Brasil também é o foco de formas de pagamento inovadoras desenvolvidas pelo Airbnb, que facilita que os anfitriões rurais se beneficiem do crescente interesse no turismo. Como apenas uma pequena parcela da população brasileira possui cartões de crédito internacionais, o Airbnb começou a aceitar pagamentos por meio de cartões de crédito locais (ou seja, em reais), em parcelas ou por boleto bancário, uma forma de pagamento com código de barras que pode ser pago nos bancos locais, lotéricas e agências de correio. Por reconhecermos que precisamos manter nossas abordagens consistentes com o modo como as pessoas vivem e realizam seus pagamentos, fazemos experiências para tentar acomodar outros sistemas de pagamento que são comumente usados nos países da América Latina. O Airbnb possui um escritório no Brasil e estamos animados pela abertura de novos escritórios na Argentina e México, em breve, efetivamente quadruplicando nosso quadro de funcionários na região ao longo dos próximos dois anos e aumentando nossa capacidade de ajudar os governos da América Latina a se engajarem em marketing de destino e a abrirem o interior de seus países aos viajantes.    

ESTADOS UNIDOS 

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Alan Colley e Dabney Tompkins, Tiller, Oregon 

Quando Alan e Dabney construíram uma réplica de uma torre de vigia para incêndios em uma propriedade particular cercada pela Floresta Nacional de Umpqua, a intenção era ter um refúgio de fim de semana para quando quisessem sair um pouco de Portland. Algum tempo depois eles decidiram largar seus empregos e se mudar para a torre e viver desconectados. Para a surpresa de ambos, o casal rapidamente fez amizade com os moradores das comunidades da Bacia do Sul de Umpqua.

A torre de vigia de Alan e Dabney se transformou em uma acomodação popular do Airbnb, reservada por mais de 150 hóspedes a cada verão. Com molde inspirado nas torres de vigia de incêndios do Serviço Florestal dos Estados Unidos construídas na década de 1900 e atualizada com recursos modernos, incluindo água encanada, a acomodação fica a 16 km da cidade não incorporada de Tiller, Oregon. A cidade inteira, com exceção da igreja, da estação dos bombeiros e de duas propriedades particulares, foi vendida recentemente para um comprador particular.

Alan e Dabney acreditam fortemente que o turismo rural pode gerar empregos, promover o comércio e estimular o crescimento. Sua torre de vigia está completamente reservada de maio a outubro, recebendo hóspedes de todas as partes dos Estados Unidos e até de lugares mais distantes como Guatemala e Coreia do Sul. A acomodação serve como ponto de partida para viagens de um dia para os parques estaduais e nacionais e comunidades mais próximas de Oregon. Sete casais já ficaram noivos na acomodação, e esses são só os pedidos de casamento que chegaram ao conhecimento de Alan e Dabney!

Este ano, Alan e Dabney estão hospedando dois retiros de fim de semana que levarão dezenas de pessoas a acamparem nas terras em torno da torre de vigia e que contará com eventos culinários, música de acampamento, yoga e outras atividades organizadas pelos residentes da região. Eles esperam que esses retiros sejam os catalisadores do turismo na região. Apesar da distância entre os vizinhos ser bem maior do que quando moravam em Portland, eles dizem que conhecem seus vizinhos bem melhor na região rural do Oregon.

O Airbnb foi fundado em São Francisco em meio à Grande Recessão para ajudar as pessoas a transformarem sua maior despesa, sua casa, em um bem utilizado de forma mais completa, oferecendo uma maneira de cobrir as despesas da casa, pagar o aluguel ou hipoteca e até mesmo evitar despejo ou execução hipotecária. Anfitriões também usam sua renda do Airbnb para financiar suas próprias viagens ou empreendimentos. As áreas rurais dos Estados Unidos lutam com o recorde de mobilidade baixa e outros efeitos persistentes da recessão, seu futuro tecnológico parece mais preocupante do que animador à medida que empregos em fábricas, usinas de energia e transporte de bens são automatizados,

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enquanto o dinheiro gradualmente se dirige às cidades para financiar startups e iniciativas empreendedoras. O Airbnb, em contraste a isso, é uma plataforma de tecnologia que 18

empodera as pessoas ao invés de deslocá-las. Além dos anfitriões ficarem com 97% do preço da acomodação, até 50% dos gastos dos hóspedes nos Estados Unidos ocorre nos bairros onde eles ficam. Ao permitir que mais pessoas e mais comunidades possam se beneficiar diretamente do crescente interesse em turismo, o compartilhamento de lares pode ser parte da solução para as áreas rurais dos Estados Unidos.

$494 milhões 

Renda dos anfitriões rurais no ano passado  19

Em cada estado dos Estados Unidos, os ganhos dos anfitriões rurais do Airbnb representam uma porcentagem razoável da renda típica de um lar rural, indo de 5% a até 20% em estados como Havaí e Califórnia (20,3% e 20,1%, respectivamente). Embora ainda exista uma falta de acomodações do Airbnb em muitas partes não urbanas do país, a demanda dos hóspedes têm aumentado de forma constante, sugerindo que ainda há espaço para crescer: 3,3 milhões de chegadas de hóspedes ocorreram em acomodações rurais nos Estados Unidos ano passado, um aumento de 138% em um ano. Dos 50 estados americanos, 46 tiveram um crescimento de pelo menos 100% em um ano, enquanto 19 tiveram um aumento de 200% ou mais. Embora as regiões dos Estados Unidos mais conhecidas por seus resorts e parques nacionais, como o Oeste Montanhoso, o Nordeste e a Virgínia Ocidental, tenham as porcentagens mais altas de anfitriões do Airbnb em áreas rurais, os estados que cresceram mais rápido em um ano estão no Centro-Oeste e no Sul: estados como Oklahoma (crescimento de 434% em um ano), Illinois (330%), Arkansas (309%), Missouri (298%) e Alabama (288%). Em menos de 10 anos, nossa comunidade crescente de anfitriões rurais tem superado a presença de redes hoteleiras corporativas nas regiões rurais dos Estados Unidos e, ao contrário das redes, coloca os retornos econômicos do turismo diretamente no bolso das pessoas. A disponibilidade de dados nos Estados Unidos nos permite ilustrar como o investimento rural de grandes hotéis se compara à presença da comunidade do Airbnb. Muitas áreas rurais não têm quase nenhuma infraestrutura de hospitalidade, outras áreas são populares por suas atividades ao ar livre; o Airbnb aumenta os retornos econômicos ao oferecer mais opções que tornam viagens mais acessíveis. Estamos empolgados em fazer parceria com a Fundação Nacional de Parques, instituição de caridade oficial dos parques nacionais dos Estados Unidos e parceira sem fins lucrativos do Serviço Nacional de Parques. O

18 CityLab, February 2, 2017, and Kauffman Foundation, “State of Entrepreneurship 2017.” 19 All Airbnb US data cited in this report, unless otherwise stated, dates to February 1, 2016 to February 1, 2017.

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Airbnb trabalhará com a Fundação para tornar mais fácil dos hóspedes encontrarem acomodações em seus 10 parques espalhados pelo país. Em 2016, o Sistema Nacional de Parques recebeu 331 milhões de visitantes, um recorde, com o Grand Cânion atraindo sozinho quase 6 milhões de visitantes.  

18,4% 

Anúncios ativos em áreas rurais  

  12,5% 

Quartos de hotel em áreas rurais 

Em 43 dos 50 estados, a participação na oferta do Airbnb (ou seja, anúncios ativos) em áreas rurais é maior do que a participação da oferta dos hotéis (ou seja, quartos). Na Virgínia Ocidental, 75% dos anúncios ativos do Airbnb estão localizados em áreas rurais, contra apenas 32,7% dos quartos de hotel — uma diferença de 42,3%. Em Nova Hampshire, 71,9% dos anúncios ativos do Airbnb estão localizados em áreas rurais, contra apenas 33,1% dos quartos de hotel. Em Montana: 64,1% contra 28,1%. Em Wyoming: 65,9% contra 31,5%. A oportunidade que oferecemos à nossa comunidade de usufruir do crescente interesse em viagens ajuda a população que pode ter menos oportunidades tradicionais de ganhar dinheiro. A idade média de um anfitrião rural do Airbnb nos Estados Unidos é de 48 anos, enquanto a idade média de um anfitrião urbano do Airbnb nos Estados Unidos é de 42 anos. Em 14 estados, a idade média dos nossos anfitriões rurais é de mais de 50 anos. Os Estados Unidos também possuem nossa maior porcentagem de anfitriãs rurais dentre os países estudados para este relatório: 62% de todos os anfitriões do Airbnb nas áreas rurais dos Estados Unidos são mulheres, sendo que elas correspondem a 56% dos nossos anfitriões urbanos. Em oito estados, dois terços ou mais dos nossos anfitriões urbanos são mulheres: Wyoming (69%); Alasca e Maine (67%); e Ohio, Missouri, Maryland, Washington e Montana (66%).

     

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Desenvolvendo nossa comunidade para além das cidades. 

 Os anfitriões e hóspedes rurais do Airbnb são uma parte vital e vibrante da nossa comunidade, e não vemos a hora de formar mais parcerias com os governos e ONGs locais para levar os benefícios do compartilhamento de casas para mais domicílios fora das grandes cidades do mundo. Embora todos os anfitriões recebam o mesmo atendimento 24 horas por dia, 7 dias por semana, e as mesmas proteções independentemente de onde moram, estamos empenhados em garantir que nossos treinamentos de anfitriões, melhores práticas e programação sejam personalizados para atender às necessidades individuais de suas comunidades e estejam de acordo com o que as tornam especiais. Fora da plataforma do Airbnb, os membros da nossa comunidade de anfitriões em dezenas de localidades por todo o mundo se organizam em Clubes de Compartilhamento de Casas que se encontram regularmente para discutir melhores práticas de hospedagem, trabalhar com comércios locais, fazer trabalho voluntário em bairros e defender regras para aluguéis de curta duração junto aos governos locais que permitam um compartilhamento de lares responsável. Dos nossos 168 Clubes de Compartilhamento de lares lançados até agora, incluindo 90 nas Américas, 53 na Europa e África e 25 na região da Ásia-Pacífico, vários deles ficam próximos a áreas rurais e são propícios para receber e apoiar membros rurais — incluindo Clubes nos estados da Bahia no Brasil, Maharashtra na Índia e Oregon nos Estados Unidos. Como parte do nosso recente compromisso de apoiar o estabelecimento de mil Clubes de Compartilhamento de lares em todo o mundo até o final de 2018, estamos investindo em novos recursos de organização online e remotos para alcançar mais anfitriões em áreas rurais e ajudá-los a se conhecerem. Cada Clube recebe nosso kit de ferramentas e uma página na internet exclusiva para anfitriões onde os membros podem discutir os próximos eventos, compartilhar conteúdo, pedir ajuda e oferecer conselhos. Também trabalhamos a marca dos Clubes e, por meio dos nossos ensinamentos, apoiamos seus esforços de materializar a visão que possuem de fazer a diferença em suas respectivas comunidades. Por outro lado, temos a consciência de que precisamos personalizar nosso engajamento com cada grupo de acordo com seus objetivos locais específicos.

      

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Resposta a desastres. 

 Durante e depois de um desastre, pode ser difícil encontrar moradia temporária para as vítimas e os trabalhadores de assistência humanitária. Isso vale especialmente para áreas rurais com menos hospitalidade e outras infraestruturas que podem acomodar grupos grandes de pessoas; os abrigos podem ficar lotados rapidamente.

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Ativações globais de resposta a desastres desde 2012  Inspirados pela generosidade de alguns anfitriões do Airbnb que abriram suas casas aos sobreviventes do Furacão Sandy em 2012, lançamos a Ferramenta de Assistência para Desastres que permite que os anfitriões disponibilizem suas casas com facilidade para sobreviventes desabrigados e trabalhadores de assistência humanitária que são enviados para responder ao desastre. De lá para cá, nós construímos um Programa de Resposta a Desastres completo que inclui a ferramenta e muito mais. Nosso programa de créditos de viagem ajuda as organizações de assistência humanitária a garantir acomodações rapidamente. Além disso, em parceria com uma crescente rede de governos locais e agências de assistência humanitária, incluindo a Agência de Gerenciamento de Emergências Federais dos Estados Unidos, fornecemos materiais educacionais de preparação para desastres e emergência aos anfitriões do Airbnb, ajudamos a organizar treinamentos comunitários de preparação para emergências com especialistas locais, e usamos os canais de comunicação do Airbnb para notificar anfitriões e hóspedes sobre emergências importantes. Nosso acordo com a cidade de Kamaishi no Japão, que foi devastada pelo Grande Terremoto do Leste do Japão e tsunami de 2011, inclui nosso apoio ao governo local no planejamento de resposta a desastres. Até hoje, o Airbnb e nossa comunidade de anfitriões já responderam a 65 desastres, incluindo emergências em áreas rurais, como as enchentes no Sul da Louisiana, o Tufão Haiyan nas Filipinas e os incêndios florestais nas montanhas do oeste da Carolina do Norte, leste do Tennessee e em Fort McMurray no Canadá.

     

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Conclusão. 

 Aqui no Airbnb nós sempre estamos ansiosos por trabalhar com os anfitriões, governos e ONGs para estender as oportunidade econômicas e turísticas que o compartilhamento de casas já está levando para as partes do mundo fora das regiões metropolitanas. Seja abrindo o interior dos países para viajantes por meio da criação de acomodações que não existiam anteriormente ou aumentando o número de opções nas regiões rurais para que elas possam receber mais hóspedes, o Airbnb ajuda as pessoas e comunidades a se beneficiarem das oportunidades econômicas do turismo de maneiras que antes não eram possíveis e que provavelmente não seria possível de outra forma. Enquanto as áreas rurais lutam contra a difícil combinação de desafios econômicos antigos e recentes, a oportunidade de ganhar uma renda extra por meio da plataforma do Airbnb pode complementar o orçamento da casa e ajudar a revitalizar comunidades inteiras, oportunidades essas que nunca poderão ser automatizadas.

      

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Metodologia. 

 Os países a seguir foram estudados exclusivamente para este relatório: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, França, Itália, Japão, Coréia do Sul, Espanha, Taiwan e Estados Unidos. Dados publicados anteriormente sobre a Irlanda foram incluídos.

EUROPA França, Itália e Espanha. Nós usamos os dados de densidade populacional da ESRI para definir qualquer área fora das principais cidades com menos de 150 pessoas por quilômetro quadrado como "rural". Irlanda. A análise mencionada baseou-se em todas as viagens chegando e partindo da Irlanda durante o período de um ano entre setembro de 2015 e agosto de 2016. ÁSIA-PACÍFICO Austrália, Japão, Coréia do Sul e Taiwan. Identificamos acomodações fora dos mercados de turismo em grandes centros urbanos como "rurais". AMERICAS Canadá. Identificamos acomodações fora das grandes regiões metropolitanas do Canadá como "rurais". Brasil e Argentina: Identificamos acomodações fora dos mercados de turismo em grandes centros urbanos como "rurais". Estados Unidos. Os dados americanos usados neste relatório, incluindo os detalhamentos individuais dos estados, usam dados internos do Airbnb do período entre 1º de fevereiro de 2016 a 1º de fevereiro de 2017. Coletamos todos os anúncios ativamente disponíveis na plataforma do Airbnb durante este período e suas respectivas coordenadas de latitude e longitude. Usando essas informações, atribuímos a cada anúncio a faixa do Censo à qual ele pertencia no Censo dos Estados Unidos de 2010. Em seguida, categorizamos cada anúncio de acordo com designação do Censo de "Rural", "Área Urbanizada" e "Aglomerado Urbano". O Censo define uma "Área Urbanizada" como um local com mais de 50.000 residentes e um "Aglomerado Urbano" como um local com 2.500 a 50.000 residentes. Para este relatório, 20

todos os anúncios incluídos dentro de "Áreas Urbanizadas" e "Aglomerados Urbanos" foram categorizados como "urbanos" e todos os outros foram categorizados como "rurais".

20 https://www.census.gov/geo/reference/urban-rural.html (conteúdo em inglês)

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