paper - joÃo do rio e os capÍtulos da misÉria a modernizaÇÃo que violou a alma das ruas

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1 Universidade Nove de Julho Uninove Curso: História Disciplina: História do Brasil III (2012-1) Professor responsável: Geraldo José Alves Nome: Elaine Cristina Santos Aprígio de Lima RA: 911118098 Turma:B Período: Manhã TEMÁTICA: HISTÓRIA E LITERATURA NA PRIMEIRA REPÚBLICA JOÃO DO RIO E OS CAPÍTULOS DA MISÉRIA A MODERNIZAÇÃO QUE VIOLOU A ALMA DAS RUAS A crise de moradias muito se agravou com as reformas urbanas realizadas no início da República no Rio de Janeiro e foi acompanhada de perto pelos principais escritores que atuavam na cidade, pois pobreza e luxo coexistiam. Dentro deste contexto os jornalistas preocupavam-se em escrever apenas para uma restrita elite letrada, não se preocupando com a marginalidade social. Eram raros jornalistas que falavam sobre a classe pobre do Rio de Janeiro, entre estes raros está João do Rio. Numa época em que o cenário urbano carioca foi “modernizado”, de acordo com os interesses dominantes, João do Rio abordou as situações precárias de habitações como espaços marcados pela presença da miséria, mostrando-nos uma cidade que discorda daquela divulgada pelo governo e da classe dominante que buscam construir uma aparente e “moderna” metrópole. O QUE ACONTECEU DURANTE A MODERNIZAÇÃO Tendo como exemplo a Belle Époque parisiense, o Rio de Janeiro, no final do século XIX para o XX, passava por mudanças. Segundo Sevcenko 1 , a mudança para a ordem republicana sofreu vários “processos de desestabilização e reajuste social(SEVCENKO, 1989: 36). Essas mudanças sociais, políticas e econômicas contribuíram na elevação do ritmo de vida da sociedade carioca. O Rio de Janeiro inicia o século XX com grandes vantagens, primeiro fator dá-se por sua condição de centro político do país. Economicamente, foi favorecido pelo comércio e aplicação industrial que, devido o grande número populacional, geraria mão de obra. A concentração das finanças nacional e a grande rede ferroviária, ligando vários estados, faziam com que o Rio se assemelhasse a outros grandes centros urbanos, mantendo inclusive, convívio com a produção e o comércio europeu. Era preciso realizar ajustes e ampliar a cidade e tão logo perceberam que mudanças quanto à estrutura da cidade se fazia necessária, pois “(...) O antigo cais não permitia que atracassem os navios de maior calado (...) As ruelas estreitas, recurvas e em declive, típicas 1 SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na primeira República. São Paulo, Ed. Brasiliense, 1989.

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Page 1: Paper - JOÃO DO RIO E OS CAPÍTULOS DA MISÉRIA A MODERNIZAÇÃO QUE VIOLOU A ALMA DAS RUAS

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Universidade Nove de Julho – Uninove

Curso: História

Disciplina: História do Brasil III (2012-1)

Professor responsável: Geraldo José Alves

Nome: Elaine Cristina Santos Aprígio de Lima – RA: 911118098 – Turma:B – Período: Manhã

TEMÁTICA: HISTÓRIA E LITERATURA NA PRIMEIRA REPÚBLICA

JOÃO DO RIO E OS CAPÍTULOS DA MISÉRIA

A MODERNIZAÇÃO QUE VIOLOU A ALMA DAS RUAS

A crise de moradias muito se agravou com as reformas urbanas realizadas no início da

República no Rio de Janeiro e foi acompanhada de perto pelos principais escritores que atuavam

na cidade, pois pobreza e luxo coexistiam. Dentro deste contexto os jornalistas preocupavam-se

em escrever apenas para uma restrita elite letrada, não se preocupando com a marginalidade

social. Eram raros jornalistas que falavam sobre a classe pobre do Rio de Janeiro, entre estes

raros está João do Rio. Numa época em que o cenário urbano carioca foi “modernizado”, de

acordo com os interesses dominantes, João do Rio abordou as situações precárias de habitações

como espaços marcados pela presença da miséria, mostrando-nos uma cidade que discorda

daquela divulgada pelo governo e da classe dominante que buscam construir uma aparente e

“moderna” metrópole.

O QUE ACONTECEU DURANTE A MODERNIZAÇÃO

Tendo como exemplo a Belle Époque parisiense, o Rio de Janeiro, no final do século XIX

para o XX, passava por mudanças. Segundo Sevcenko1, a mudança para a ordem republicana

sofreu vários “processos de desestabilização e reajuste social” (SEVCENKO, 1989: 36). Essas

mudanças sociais, políticas e econômicas contribuíram na elevação do ritmo de vida da sociedade

carioca. O Rio de Janeiro inicia o século XX com grandes vantagens, primeiro fator dá-se por sua

condição de centro político do país. Economicamente, foi favorecido pelo comércio e aplicação

industrial que, devido o grande número populacional, geraria mão de obra. A concentração das

finanças nacional e a grande rede ferroviária, ligando vários estados, faziam com que o Rio se

assemelhasse a outros grandes centros urbanos, mantendo inclusive, convívio com a produção e

o comércio europeu. Era preciso realizar ajustes e ampliar a cidade e tão logo perceberam que

mudanças quanto à estrutura da cidade se fazia necessária, pois “(...) O antigo cais não permitia

que atracassem os navios de maior calado (...) As ruelas estreitas, recurvas e em declive, típicas

1 SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na primeira República.

São Paulo, Ed. Brasiliense, 1989.

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de uma cidade colonial, dificultavam a conexão entre o terminal portuário (...) (SEVCENKO, 1989:

40)

Outro fator que contribuiu para uma mudança no Centro do Rio de Janeiro, José Murilo de

Carvalho2 também nos esclarece que se concentra no início do novo regime. A primeira deu-se

demograficamente, alterando o número de habitantes. Com a abolição, lança o restante da mão

de obra escrava no mercado de trabalho livre, que após a crise cafeeira, deixa o mesmo número

ligada a essa atividade, sem emprego. O segundo fator gerado pela intensa imigração é o

desequilíbrio entre os sexos, pois os homens eram o dobro das mulheres. O terceiro fator foi o

acumulo de pessoas em trabalhos mal remunerados ou sem ocupação. Ainda afirma-nos José

Murilo de Carvalho que “(...) o impacto do crescimento populacional acelerado sobre condições de

vida, com as conseqüentes pressões sobre a administração municipal, gravaram-se muito os

problemas de habitação tanto em termos de quantidade quanto de qualidade.” (CARVALHO,

1987: 18)

Fora o aspecto físico da cidade, a nova República se vê com um aumento de população

expressivo. O que acaba tornando precária a questão habitacional, acrescentado a velhos

problemas como abastecimento, saneamento e higiene que geraram outros transtornos. Com o

aumento do número de habitações coletivas e todas elas sem o apropriado saneamento,

juntamente à falta de condições de higiene da população, aumenta o processo de proliferação de

epidemias como de febre amarela, peste, cólera e varíola3. Prejudicando com isso a imagem da

cidade que estava em modernização.

Esse foi, aliás, um dos argumentos empregados a fim de explicar o projeto de reconstrução

da capital que ao ser urbanizada distanciaria as classes pobres do Centro do Rio. A resposta é

“(...) uma política rigorosa de expulsão dos grupos populares da área central da cidade, que será

praticamente isolada para o desfrute exclusivo das camadas aburguesadas” (SEVCENKO, 1989:

43).

Sidney Chalhoub4 menciona que “as classes pobres não passam a ser vistas como classes

perigosas apenas porque poderiam oferecer problemas para a organização do trabalho e a

manutenção da ordem pública. Os pobres ofereciam também perigo de contágio” (CHALHOUB,

1996: 29). João do Rio descreve na crônica “Sono Calmo” não apenas o que via enquanto

adentrava àquele cortiço, contudo, fica evidenciado em suas palavras, o preconceito aos

moradores de cortiços. Seu relato faz-nos enxergar que tais pessoas viviam “na mais repugnante

2 CARVALHO, José Murilo de, Os bestializados: O Rio de Janeiro, a república que não foi. São Paulo, Cia

das Letras, 1987, p. 16-17. 3 Sevcenko relata que as epidemias proliferam devido às áreas pantanosas que faziam da febre tifóide, do

impaludismo, da varíola e da febre amarela endemias inextirpáveis (p. 41) 4 CHALOUB, Sidney. Cidade febril: cortiços e epidemias na Corte Imperial. São Paulo: Cia das Letras, 1996.

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promiscuidade”, descrevendo como muitos, entre estes, trabalhadores, viviam numa vida tão

precária.

“Parecia que todas as respirações subiam, envenenando as escadas, e o cheiro, o fedor, um

fedor fulminante, impregnava-se nas nossas próprias mãos, desprendia-se das paredes, do

assoalho carcomido, do teto, dos corpos sem limpeza. (...) a metade daquele gado humano

trabalhava. (...) era impossível o cheiro de todo aquele entulho humano” (RIO, 2008: 179).

O discurso sanitarista abriu caminho para a intervenção sobre a pobreza gerando a

proibição de construção de novos cortiços, a demolição e o fechamento de vários deles,

promovendo grandes campanhas e que acabaria provocando a Revolta da Vacina5. Segundo

Geraldo José6 em seu artigo menciona que “(...) o cortiço é o espaço em que essas camadas

economicamente marginalizadas constroem formas de viver politicamente separadas do plano

mais vasto de um projeto de nação que ora se consolidava.” (ALVES, 2005: 64). Nisso afirma

João do Rio em visita a um cortiço na crônica “Sono profundo” que “grande parte desses pobres

entes fora atirado ali, no esconderijo daquele covil, pela falta de fortuna” (RIO, 2008: 179).

Menciona Sevcenko, que “a maior cidade brasileira veria a sua população no período de

1890 a 1900 passar de 522 651 para 691 565, numa escala impressionante de 32,3% de

crescimento (2,84% ao ano)” (SEVCENKO, 1989: 72), ou seja, o número cresceu sobre maneira

fazendo com que o excedente da população humilde fosse expulsa, desenvolvendo dessa forma

as favelas7, o aumento de invasões a velhos casarões que se tornaria em pensões baratas. Pois

conforme José Murilo de Carvalho “(...) o Rio possuía, em 1888, 1331 estalagens e 18866 quartos

de aluguel, em que moravam 46680 pessoas, incluindo todo o vasto contingente do mundo da

desordem.” (CARVALHO, 1991: 36).

Neste contexto que João do Rio8 tornou-se um flâneur, pois “flanar é ser vagabundo e

refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem.” (RIO, 2008:

31). Passa João a andar pelas ruas da cidade observando as parcelas da sociedade que

raramente era citada numa manchete de jornal de sua época e assim “vê” e “descreve” em suas

crônicas à realidade que vivem esses homens, mulheres e crianças, pois para João do Rio “a rua

é um fator da vida das cidades, a rua tem alma!” (RIO, 2008: 29).

5 Em “Os bestializados” José Murilo relata a forma que Rodrigues Alves e Oswaldo Cruz enfrentaram os

problemas das epidemias, obrigando o fechamento de habitações populares irregulares e demolições para novas construções. Gerando futuramente a obrigatoriedade da vacina e consequentemente a revolta (p. 93-99) 6 ALVES, G. J. Público e privado n’O cortiço, de Aluísio Azevedo. Dialogia, São Paulo, v. 4, p. ???-???,

2005. 7 Sevcenko menciona que com a expulsão da população do Centro da cidade, surgem as favelas que logo

também seriam alvo de perseguições. (p.46) 8 RIO, João do. A alma encantadora das ruas: crônicas/João do Rio. Organização Raúl Antelo. São Paulo:

Cia das Letras, 2008.

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Na crônica “Sono calmo” João relata a visita noturna que fez juntamente com um delegado

de polícia a uma “hospedaria de má fama”. Segundo ele, “(...) o adido assegurava que a miséria

só na Europa - porque a miséria é proporcional à civilização.” (RIO, 2008: 179). Depois de

presenciar a sujeira, a falta de saneamento e o “mau cheiro intenso”, o delegado ordenou uma

inspeção aos fundos do cortiço. Nas palavras de João do Rio,

“(...) foi aí então que vimos o sofrer inconsciente e o último grau da miséria. O hospedeiro torpe

dizia que por ali dormiam alguns de favor, mas pelo corredor estreito, em derredor da sentina,

no trecho do quintal, cheio de trapos e de lama, nas lajes, os mendigos, faces escaveiradas e

sujas, acordavam num clamor erguendo as mãos para o ar. E de tal forma a treva se ligava a

esses espetros da vida que o quadro parecia formar um todo homogêneo e irreal.” (RIO, 2008:

179).

Essa é a alma das ruas que não foi incluída na modernização da capital, ou seja, essa é a

alma das ruas que foi jogada para fora de seus territórios sem direitos algum.

Na crônica “As Mariposas do Luxo”, João do Rio relata a forma de passeio das operárias

quando essas saiam do local de trabalho e parando em frente às vitrines de produtos importados.

“Como são feios os operários ao lado dos mocinhos bonitos!”, compara o autor. E dando sua

opinião sobre as trabalhadoras: “Elas, coitadinhas! passam todos os dias a essa hora indecisa e

parecem sempre pássaros assustados, tontos de luxo, inebriados de olhar. Que lhes destina no

seu mistério a Vida cruel? Trabalho, trabalho.” (RIO, 2008: 156). Com isso João sugere a pouca

chance de mudança na questão social dessas mulheres. Assim como elas, os homens na crônica

“Os trabalhadores da estiva”, que trabalhavam carregando e descarregando a embarcação,

também tinham poucas ou quase nenhuma oportunidade de assumir uma colocação social e

econômica. O trabalho físico exaustivo e o baixo salário, unido a pouca alimentação, nem sempre

permitia que os imigrantes juntassem o suficiente se quer para pagar a passagem de volta a sua

terra natal. As condições de trabalho eram mais que precárias e “não havia leis que protegessem

o trabalhador”. João do Rio registrou o depoimento de um estivador:

“Os patrões não querem saber se ficamos inúteis pelo excesso de serviço. Olhe, vá à Marítima,

ao Mercado. Encontrará muitos dos nossos arrebentados, esmolando, apanhando os restos de

comida. Quando se aproximam das casas às quais deram toda a vida correm-nos!” (RIO, 2008:

168).

O cronista registrou a forma de organização dos trabalhadores na União dos Operários

Estivadores e sobre os “(...) estatutos que defendem habilmente o seu nobre fim.” Não retrata os

trabalhadores somente como submissos, pois alguns até tinham consciência das diferenças

sociais daquele momento. Um deles chega a desabafar com o cronista: “O problema social não

tem razão de ser aqui? Os senhores não sabem que este país é rico, mas que se morre de fome?

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É mais fácil estoirar um trabalhador que um larápio? O capital está nas mãos de um grupo restrito

e há gente demais absolutamente sem trabalho. (RIO, 2008: 180).

É evidente que em várias de suas crônicas, a questão social, mais precisamente a pobreza

é relacionada com o trabalho. A situação de miséria era o que mais atingia os trabalhadores no

início do século no Rio de Janeiro e o João em sua crônica buscava justamente os locais onde ela

se concentrava. Na crônica a “Fome Negra", ajuntava-se um grupo de trabalhadores do depósito

de manganês: “O manganês, que a Inglaterra cada vez mais compra ao Brasil, vem de Minas até

à marítima em estrada de ferro; daí é conduzido em batelões até às ilhas Bárbaras e da

Conceição, onde fica em depósitos.” (RIO, 2008: 169).

Mesmo com a higienização, com o saneamento, abertura de novas avenidas e obras de

reforma do cais do porto não melhoraram, por exemplo, a vida das mulheres mendigas. Em uma

de suas crônicas João do Rio, descreve parte da mendicância que habitava a cidade. “Os homens

exploradores não têm brio. As mulheres, só quando são realmente desgraçadas é que não

mentem e não fantasiam.” (p. 181). No entanto, o número das que realmente eram miseráveis,

segundo João é maior: “Para estas basta um pão enlameado e um níquel; basta um copo de

álcool para as ver taramelar, recordando a existência passada.” (p.181). Essas mulheres são que,

muitas vezes, geram as crianças de ruas ou “Os que começam”. Para João do Rio,

“Não há decerto exploração mais dolorosa que a das crianças. Os homens, as mulheres ainda

pantomimam a miséria para lucro próprio. As crianças são lançadas no ofício torpe pelos pais,

por criaturas indignas, e crescem com o vício adaptando a curvilínea e acovardada alma da

mendicidade malandra” (RIO, 2008: 189).

E para concluir, os trabalhadores narrado por João em uma de suas crônicas, qual a grande

maioria eram espanhóis e portugueses, descarregavam o minério transportado em barcos no

depósito e o recarregavam do depósito para outros navios. Pelo fato de “morarem” na ilha, eram

descontados pela “comida” e pelo “barracão” onde dormiam. Podiam até fazer o serão noturno,

receber um pouco mais por ele e, contudo, teriam da mesma forma os descontos do pão, da carne

e do café servidos durante o trabalho. “Uma vez apanhados pelo mecanismo de aços, ferros e

carne humana, uma vez utensílio apropriado ao andamento da máquina, tornam-se autômatos

com a teimosia de objetos movidos a vapor” (RIO, 2008:170).

Observador participante, João do Rio pergunta a um desses homens por que não pedem a

diminuição das horas de trabalho: “Para que, se quase todos se sujeitam?” responde um. Outro,

por sua vez, exclama: “Há de chegar o dia, o grande dia.” (p.175).

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BIBLIOGRAFIA

ALVES, G. J. Público e privado n’O cortiço, de Aluísio Azevedo. Dialogia, São Paulo, v. 4, p. ???-???, 2005.

CARVALHO, José Murilo de, Os bestializados: O Rio de Janeiro, a república que não foi. São Paulo, Cia das Letras, 1987

CHALHOUB, Sidney. Cidade febril: cortiços e epidemias na Corte Imperial. São Paulo: Cia das Letras, 1996.

RIO, João do. A alma encantadora das ruas: crônicas/João do Rio. Organização Raúl Antelo. São Paulo: Cia das Letras, 2008.

SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na primeira República. São Paulo, Ed. Brasiliense, 1989.