paper 27 :: diversidade
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Nessa edição, PAPER trata da diversidade no ambiente empresarial, condição que pode trazer muitos benefícios para quem sabe aproveitar as oportunidades.TRANSCRIPT
A Chamex, da International Paper, conquistou duas categorias na décima edição do prêmio Melhores Marcas. O segmento de papéis brancos e coloridos para impressora/copiadora foi reconhecido com 52% de preferência, um aumento de 12 pontos percentuais em relação ao ano anterior. O Chamex Eco conquistou a categoria papel reciclado com 41,96%, um crescimento de 9,46% em relação ao ano passado. Os vencedores do Melhores Marcas são apontados por meio de uma pesquisa realizada pela editora Ávila-Agnelo. Foram entrevistadas 2.085 pessoas de todo o País entre setembro de 2009 e abril de 2010. A cerimônia de entrega do prêmio aconteceu dia 1º de julho em São Paulo.
Na próxima edição: Exportações do papel brasileiro
Esta publicação foi imprEssa Em papEl cErtificado pElo programa brasilEiro dE cErtificação florEstal
• Diretoria Jurídica e de Assuntos Corporativos ricardo C. Zangirolami
• Direção do projeto alessandra Fonseca Gerente de Comunicação e Marketing Institucional [email protected]
• Estagiária de comunicação alessandra rios
• Criação e produção agência ideal
• Direção de arte e Projeto Gráfico Tom Comunicação
• Coordenação Editorial marina rodriguez e Camila Gonçalves
• Revisão ricardo Cesar
• Impressão ogra
• Colaboraram nesta edição Célia marcondes coordenadora do Núcleo de Gestão de Pessoas da ESPM, Clair Vieira consultora
da Fundação Getúlio Vargas, Luciano Sgarbi gerente de Recursos Humanos da IP, maria inês Felippe especialista em Gestão
de Pessoas, mario Sergio Cortella filósofo, marival Salvador assistente de Processo de Produção da IP, Viviane Gonçalves
analista de Recursos Humanos da IP
• Ilustrações Calé
• Jornalista responsável ricardo Cesar - MTB 33669
• Sugestões e Correspondências avenida paulista, nº 37, 14° andar – Cep 01311-000.
juLho 2010
ESTA é uMA PuBlICAçãO MENSAl DA
O papel branco, usado para imprimir ou escrever, pode ser fabricado de forma sustentável por meio de madeira cultivada em
florestas renováveis e métodos regulamentados por lei. é fácil ter certeza de que o papel que você consome foi fabricado assim. Verifique se sua embalagem contém selos de certificação, como o Cerflor (Programa Brasileiro de Certificação Florestal). Consumir com consciência é um grande passo para a construção de uma sociedade sustentável.
Pense nisso
Pape
r fo
i im
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sa e
m p
apel
Ch
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ril 2
40G
/M²
da In
tern
atio
nal
Pap
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erni
z lo
caliz
ado
na c
apa
e m
iolo
.
No mês de junho, o Instituto International Paper reuniu 83 educadores da região de Mogi Guaçu (SP) para uma capacitação em educação ambiental. A ação forneceu informações sobre os biomas brasileiros aos professores, com especial destaque para a Caatinga. Esse tema foi recentemente abordado pela série Guardiões da Biosfera, que tem como objetivo conscientizar crianças de 1ª a 4ª séries sobre a importância da preservação ambiental. No começo do ano, kits com almanaques e DVDs dos vídeos de animação foram distribuídos a 36 mil escolas públicas e privadas e quatro mil bibliotecas de todo o País. Ações de capacitação de professores e iniciativas como a série Guardiões da Biosfera reforçam o compromisso da companhia com a responsabilidade socioambiental. As unidades de luiz Antônio (SP) e Três lagoas (MS) receberão capacitações nos próximos meses.
Em julho, Sérgio Canela passou a integrara equipe de diretoria Comercial da International Paper. O novo gerente-geral de Negócios assumiu as áreas de gestão e estratégia das duas linhas de papéis da IP: Chamex e Chambril. O profissional, que tem mais de 20 anos de carreira, é responsável por estratégias e planejamento comercial. Ele também gerencia as áreas de segmento distribuição, atacado e revenda,segmento conversão – que inclui fabricantes de cadernos, impressão personalizada, editores e clientes industriais, segmento varejo e operações de marketing.
Projeto da IP capacita professores
SéRGIO CANElA INTEGRA A EquIPE DE DIRETORIA COMERCIAl DAINTERNATIONAl PAPER
CHAMEx CONquISTA O PRêMIO MElHORES MARCAS
O crescimento do volume de produtos exportados pela International Paper a partir de 2007 fortaleceu o relacionamento com empresas de armadores marítimos. Entre os principais parceiros da IP estão CSAV, Hamburg Sud e MSC. A regularidade de serviços prestados garante contratos mais longos, além de melhores tarifas e prazos de pagamento. Durante o primeiro semestre de 2010, a IP exportou mais de 220 mil toneladas de papel, produzidas em suas três unidades fabris e transportadas até o Porto de Santos, em uma média de 80 carretas por dia. Os principais destinos da mercadoria são Europa, Ásia e América latina.
Transportadores marítimos e IP fortalecem parceria
Educadores da região de Mogi Guaçu se reúnem no Instituto International Paper
Novo gerente-geral de Negócios, Sérgio Canela
As profissionais do departamento de Marketing Ana Paula Sarrão (no meio) e Natália Dacaro (à direita) exibem o prêmio
A era da globalização trouxe mudanças muito
mais profundas do que as relacionadas à
tecnologia, às novas formas de comunicar e à
velocidade com que as informações circulam pelo
mundo. Nos últimos anos, a ausência virtual – e
muitas vezes real – de fronteiras e a crescente
interdependência entre economias de diferentes
nações geraram transformações significativas
dentro de muitas organizações.
Hoje, em muitas empresas, é possível observar
imediatamente como são diferentes os perfis dos
funcionários. E há quem aponte essa diversidade
como fator responsável por fomentar a energia
criativa das empresas do século xxI e por gerar
novas oportunidades de negócios. Formar
equipes com pessoas de perfis diversos,
portanto, já é prioridade para muitas companhias.
De acordo com Célia Marcondes, coordenadora
do Núcleo de Gestão de Pessoas da Escola
Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a
diversidade é atingida quando se olha o todo e
não se encontra uniformidade. “As pessoas são
diferentes, e não se pode dizer que a maioria da
empresa tenha um determinado perfil”, diz.
Para a especialista, a diversidade em ambientes
empresariais vai além de gênero, etnia, condições
físicas ou orientação sexual, e inclui cultura,
formação educacional e diferença de idade.
Dessa forma, um cenário com mais diversidade
contemplaria também profissionais formados
tanto em escolas que privilegiam pensamento
mais analítico, quanto em instituições de
orientação construtivista, além de representantes
de diversas camadas sociais.
O desafio de equipes heterogêneas
“Apesar de muitas vezes buscada pelas
corporações, a diversidade é, principalmente,
resultado de transformações na sociedade”, conta
Célia. Há cerca de 20 anos, as empresas de
médio ou grande porte eram compostas por uma
maioria de funcionários do sexo masculino, de 25
a 50 anos de idade, com 2º grau completo,
brancos e brasileiros. O cenário mudou quando
as mulheres começaram a ocupar mais espaço
nos bancos das universidades e, por conta da
maior qualificação profissional, passaram a ser
candidatas às vagas nas corporações, e pessoas
de diferentes etnias começaram a ocupar cargos
mais altos. Estrangeiros, principalmente latino-
americanos, se uniram ao corpo de funcionários
das empresas. Há ainda os profissionais mais
experientes, com idade acima de 50 anos, e
estudantes universitários muito jovens. “Em
função de mudanças nas leis de aposentadoria,
as pessoas estão parando de trabalhar mais
tarde”, conta Célia. “Além disso, as companhias
começaram a reservar espaço para estagiários.”
Isso trouxe a possibilidade de convivência de até
quatro gerações de profissionais no mesmo
ambiente de trabalho. Segundo a especialista, a
convivência entre grupos muito diferentes dentro
de uma empresa pode trazer conflitos,
principalmente quando há rivalidades. “Pode
haver, por exemplo, picuinhas entre o grupo dos
que ‘falam inglês’ e o dos que ‘não falam inglês’.
E por aí vai, com outras características ou
comportamentos.” Os problemas causados pelas
diferenças fazem com que alguns gestores
evitem formar equipes muito heterogêneas.
“Afinal, é mais fácil gerenciar iguais,
principalmente os parecidos com o próprio chefe”,
explica Célia. A solução, para a especialista em
gestão de pessoas Maria Inês Felippe, é o
autoconhecimento: “Para quem vai gerenciar
pessoas, é imprescindível conhecer as próprias
virtudes e limitações. A falta de autoconfiança
gera baixos resultados.” Já para Clair Vieira,
consultora da Fundação Getúlio Vargas, a
liberdade de expressão, a flexibilidade e o
respeito pelas diferenças devem ser parte da
cultura da empresa. “Dessa forma, as pessoas já
estarão naturalmente preparadas para trabalhar em
ambientes com diversidade. Além disso, na própria
entrevista de contratação é possível detectar se o
candidato é capaz ou não de trabalhar e produzir
em grupos heterogêneos”, afirma.
Reflexo de grandes transformações na sociedade,a variedade de perfis dentrodas corporações traz muitos
benefícios para quem sabe aproveitar as oportunidades
Diferenças que trazem vantagens
As empresas que conseguem abraçar a diversidade
só têm a ganhar. Isso porque um corpo de
profissionais com perfis diferentes reflete melhor a
sociedade e, portanto, é capaz de compreendê-la e
até atendê-la melhor. “Funcionários mais velhos,
por exemplo, são mais capazes de tomar decisões
em cenários de maior instabilidade, já que
possuem mais experiência”, explica Célia
Marcondes. “Já os mais jovens tomam decisões
mais arrojadas, mais arriscadas. Para uma empresa,
os dois cenários são importantes.”
Os exemplos da coordenadora do Núcleo de
Estudos da ESPM se estendem a outras áreas.
Em casos de funcionários com restrições de
horários – como mães que precisam sair cedo
para buscar os filhos na escola e profissionais que
desejam evitar horários de pico no trânsito –, ela
aponta uma grande vantagem: ter o escritório
aberto por mais tempo. “A mãe chega e sai mais
cedo, e outra pessoa chega mais tarde e sai
depois, também”, completa.
quando se trata de características pessoais,
como ritmo de trabalho, também pode haver
benefícios. Pessoas mais rápidas geralmente são
melhores para tarefas que exigem respostas
imediatas, em que a velocidade tem peso maior
sobre os resultados. Já funcionários com ritmo
mais lento provavelmente executam melhor
tarefas que demandam profundidade e análise.
a Tua Obra? Inquietações Propositivas sobre Gestão, liderança e ética. Confira
a entrevista que Cortella concedeu à Paper:
A diversidade é positiva?
Sem dúvida. Há 40 anos, um chefe diria: meu time é muito bom, todos
pensam igual. Hoje a frase é: meu time é excelente, nem todo mundo pensa
da mesma forma, mas sempre chegamos a um acordo. um bom gestor sabe
que as características pessoais podem colaborar para uma visão ampla, o que
aumenta o repertório de soluções. é como em uma orquestra, na qual cada
um toca um instrumento, mas em sintonia e com regência de um maestro.
Como as empresas enxergam a diversidade no Brasil?
Começamos a acolher políticas de diversidade há pouco mais de 10 anos.
Estamos dando os passos iniciais e eles já são positivos. As corporações
perceberam que a diversidade aumenta a competitividade, já que a
multiplicidade de projetos e soluções é essencial para seu crescimento.
Quais são as maiores desafios que um líder pode enfrentar?
Ele deve ter em mente que reconhecer diversidades não significa ressaltar
desigualdades. Por exemplo: um homem e uma mulher são diferentes, mas
não desiguais. Cabe ao líder a função de recolher a diversidade de posturas
e transformá-la em uma convergência de ações.
Além disso, a diversidade possibilita atender
melhor os clientes e encontrar soluções mais
criativas e inovadoras, já que um corpo de
colaboradores com características diversas oferece
à empresa um leque maior de capacidades a
serem usadas. “Tais competências podem ser
complementares ou, mesmo se conflitantes,
quando acionadas no momento correto, podem
servir para resolver muitos problemas”, diz Célia.
No caso dos clientes, quando há diversidade, é
possível escolher quem vai atender determinada
empresa ou pessoa de acordo com as
características dos funcionários. A chave para
aproveitar os benefícios que podem surgir da
diversidade, portanto, inclui flexibilidade, líderes
bem preparados e culturas empresariais abertas
às diferenças. Ao comentar a crença comum de
que o trabalho é igual para todos, e que todos
devem ser tratados da mesma forma, Célia é
taxativa: “A diversidade nos mostrou que isso não
é verdade. O trabalho deve ser selecionado e
dividido de acordo com os talentos disponíveis, e
cada um deve ser tratado de acordo com suas
características e personalidade.”
Diversidade em debate
Empresas que possuem profissionais com perfis
diferentes são mais criativas. é a conclusão do
professor e filósofo Mario Sergio Cortella, doutor
em Educação e autor, entre outros, do livro qual é
DIVERSIDADENO AMBIENTE EMPRESARIAL
IP PREMIAiNiCiaTiVaS
A International Paper organiza, desde o ano passado,
o Prêmio Diversidade e Inclusão, que visa reconhecer
globalmente os esforços dos profissionais em promover
a diversidade na empresa. Em qualquer unidade da IP no
mundo, quando um profissional percebe o empenho de um
colega em estimular a inclusão na companhia, ele pode
indicar o projeto à premiação, preenchendo um formulário
on-line. Todas as inscrições são lidas e avaliadas pela matriz
da IP, nos Estados Unidos, que reconhece as iniciativas
que mais se destacaram. Equipes ou indivíduos podem ser
premiados e homenageados em uma pequena cerimônia
organizada em seus locais de trabalho. Duas equipes
brasileiras já foram reconhecidas, uma delas por organizar
aulas de informática para mais de 300 trabalhadores
florestais em 2009. “Muitos deles nunca tinham visto
um computador. Depois do projeto, aprenderam a usá-lo
como uma ferramenta cotidiana”, diz Luciano
Sgarbi, gerente de Recursos Humanos e um dos
organizadores do projeto. Os trabalhadores florestais aprenderam
a manusear o computador e fizeram cursos on-line voltados aos
seus interesses profissionais. “Conversamos com os profissionais
para conhecer seus interesses e aplicá-los ao curso. Tivemos um
retorno muito positivo dos alunos, foi gratificante”, diz Viviane
Gonçalves, analista de Recursos Humanos. O assistente de
Processo de Produção Marival Salvador Antunes também foi
premiado. Por iniciativa dele, foram contratadas três mulheres
para trabalhar no laboratório da fábrica de Luiz Antônio,
que, até o final de 2008, era composto apenas por homens.
Com a aceitação positiva dos colegas, a equipe feminina cresceu
ainda mais, e hoje são seis em um total de 17 profissionais.
“A capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo, uma
característica natural delas, é fundamental no cotidiano do
laboratório”, lembra Marival, que recebeu o Prêmio Diversidade
e Inclusão no segundo semestre de 2009. “O maior
reconhecimento foi saber que eu ajudei a mudar a vida dessas
profissionais para melhor”, garante.
Mario Sergio Cortella: diversidade não significa desigualdade
Foto
: Rau
l Jr.
Várias formas de ser diferente Junto com a Paper deste mês, você recebe quatro paper
toys para montar. Eles representam, de forma lúdica,
o conceito de diversidade empresarial, que vai além da
etnia, nacionalidade ou gênero. Afinal, uma equipe diversa
tem sucesso quando sabe transformar as diferentes formas
de pensar em resultados plurais e criativos.
A era da globalização trouxe mudanças muito
mais profundas do que as relacionadas à
tecnologia, às novas formas de comunicar e à
velocidade com que as informações circulam pelo
mundo. Nos últimos anos, a ausência virtual – e
muitas vezes real – de fronteiras e a crescente
interdependência entre economias de diferentes
nações geraram transformações significativas
dentro de muitas organizações.
Hoje, em muitas empresas, é possível observar
imediatamente como são diferentes os perfis dos
funcionários. E há quem aponte essa diversidade
como fator responsável por fomentar a energia
criativa das empresas do século xxI e por gerar
novas oportunidades de negócios. Formar
equipes com pessoas de perfis diversos,
portanto, já é prioridade para muitas companhias.
De acordo com Célia Marcondes, coordenadora
do Núcleo de Gestão de Pessoas da Escola
Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a
diversidade é atingida quando se olha o todo e
não se encontra uniformidade. “As pessoas são
diferentes, e não se pode dizer que a maioria da
empresa tenha um determinado perfil”, diz.
Para a especialista, a diversidade em ambientes
empresariais vai além de gênero, etnia, condições
físicas ou orientação sexual, e inclui cultura,
formação educacional e diferença de idade.
Dessa forma, um cenário com mais diversidade
contemplaria também profissionais formados
tanto em escolas que privilegiam pensamento
mais analítico, quanto em instituições de
orientação construtivista, além de representantes
de diversas camadas sociais.
O desafio de equipes heterogêneas
“Apesar de muitas vezes buscada pelas
corporações, a diversidade é, principalmente,
resultado de transformações na sociedade”, conta
Célia. Há cerca de 20 anos, as empresas de
médio ou grande porte eram compostas por uma
maioria de funcionários do sexo masculino, de 25
a 50 anos de idade, com 2º grau completo,
brancos e brasileiros. O cenário mudou quando
as mulheres começaram a ocupar mais espaço
nos bancos das universidades e, por conta da
maior qualificação profissional, passaram a ser
candidatas às vagas nas corporações, e pessoas
de diferentes etnias começaram a ocupar cargos
mais altos. Estrangeiros, principalmente latino-
americanos, se uniram ao corpo de funcionários
das empresas. Há ainda os profissionais mais
experientes, com idade acima de 50 anos, e
estudantes universitários muito jovens. “Em
função de mudanças nas leis de aposentadoria,
as pessoas estão parando de trabalhar mais
tarde”, conta Célia. “Além disso, as companhias
começaram a reservar espaço para estagiários.”
Isso trouxe a possibilidade de convivência de até
quatro gerações de profissionais no mesmo
ambiente de trabalho. Segundo a especialista, a
convivência entre grupos muito diferentes dentro
de uma empresa pode trazer conflitos,
principalmente quando há rivalidades. “Pode
haver, por exemplo, picuinhas entre o grupo dos
que ‘falam inglês’ e o dos que ‘não falam inglês’.
E por aí vai, com outras características ou
comportamentos.” Os problemas causados pelas
diferenças fazem com que alguns gestores
evitem formar equipes muito heterogêneas.
“Afinal, é mais fácil gerenciar iguais,
principalmente os parecidos com o próprio chefe”,
explica Célia. A solução, para a especialista em
gestão de pessoas Maria Inês Felippe, é o
autoconhecimento: “Para quem vai gerenciar
pessoas, é imprescindível conhecer as próprias
virtudes e limitações. A falta de autoconfiança
gera baixos resultados.” Já para Clair Vieira,
consultora da Fundação Getúlio Vargas, a
liberdade de expressão, a flexibilidade e o
respeito pelas diferenças devem ser parte da
cultura da empresa. “Dessa forma, as pessoas já
estarão naturalmente preparadas para trabalhar em
ambientes com diversidade. Além disso, na própria
entrevista de contratação é possível detectar se o
candidato é capaz ou não de trabalhar e produzir
em grupos heterogêneos”, afirma.
Reflexo de grandes transformações na sociedade,a variedade de perfis dentrodas corporações traz muitos
benefícios para quem sabe aproveitar as oportunidades
Diferenças que trazem vantagens
As empresas que conseguem abraçar a diversidade
só têm a ganhar. Isso porque um corpo de
profissionais com perfis diferentes reflete melhor a
sociedade e, portanto, é capaz de compreendê-la e
até atendê-la melhor. “Funcionários mais velhos,
por exemplo, são mais capazes de tomar decisões
em cenários de maior instabilidade, já que
possuem mais experiência”, explica Célia
Marcondes. “Já os mais jovens tomam decisões
mais arrojadas, mais arriscadas. Para uma empresa,
os dois cenários são importantes.”
Os exemplos da coordenadora do Núcleo de
Estudos da ESPM se estendem a outras áreas.
Em casos de funcionários com restrições de
horários – como mães que precisam sair cedo
para buscar os filhos na escola e profissionais que
desejam evitar horários de pico no trânsito –, ela
aponta uma grande vantagem: ter o escritório
aberto por mais tempo. “A mãe chega e sai mais
cedo, e outra pessoa chega mais tarde e sai
depois, também”, completa.
quando se trata de características pessoais,
como ritmo de trabalho, também pode haver
benefícios. Pessoas mais rápidas geralmente são
melhores para tarefas que exigem respostas
imediatas, em que a velocidade tem peso maior
sobre os resultados. Já funcionários com ritmo
mais lento provavelmente executam melhor
tarefas que demandam profundidade e análise.
a Tua Obra? Inquietações Propositivas sobre Gestão, liderança e ética. Confira
a entrevista que Cortella concedeu à Paper:
A diversidade é positiva?
Sem dúvida. Há 40 anos, um chefe diria: meu time é muito bom, todos
pensam igual. Hoje a frase é: meu time é excelente, nem todo mundo pensa
da mesma forma, mas sempre chegamos a um acordo. um bom gestor sabe
que as características pessoais podem colaborar para uma visão ampla, o que
aumenta o repertório de soluções. é como em uma orquestra, na qual cada
um toca um instrumento, mas em sintonia e com regência de um maestro.
Como as empresas enxergam a diversidade no Brasil?
Começamos a acolher políticas de diversidade há pouco mais de 10 anos.
Estamos dando os passos iniciais e eles já são positivos. As corporações
perceberam que a diversidade aumenta a competitividade, já que a
multiplicidade de projetos e soluções é essencial para seu crescimento.
Quais são as maiores desafios que um líder pode enfrentar?
Ele deve ter em mente que reconhecer diversidades não significa ressaltar
desigualdades. Por exemplo: um homem e uma mulher são diferentes, mas
não desiguais. Cabe ao líder a função de recolher a diversidade de posturas
e transformá-la em uma convergência de ações.
Além disso, a diversidade possibilita atender
melhor os clientes e encontrar soluções mais
criativas e inovadoras, já que um corpo de
colaboradores com características diversas oferece
à empresa um leque maior de capacidades a
serem usadas. “Tais competências podem ser
complementares ou, mesmo se conflitantes,
quando acionadas no momento correto, podem
servir para resolver muitos problemas”, diz Célia.
No caso dos clientes, quando há diversidade, é
possível escolher quem vai atender determinada
empresa ou pessoa de acordo com as
características dos funcionários. A chave para
aproveitar os benefícios que podem surgir da
diversidade, portanto, inclui flexibilidade, líderes
bem preparados e culturas empresariais abertas
às diferenças. Ao comentar a crença comum de
que o trabalho é igual para todos, e que todos
devem ser tratados da mesma forma, Célia é
taxativa: “A diversidade nos mostrou que isso não
é verdade. O trabalho deve ser selecionado e
dividido de acordo com os talentos disponíveis, e
cada um deve ser tratado de acordo com suas
características e personalidade.”
Diversidade em debate
Empresas que possuem profissionais com perfis
diferentes são mais criativas. é a conclusão do
professor e filósofo Mario Sergio Cortella, doutor
em Educação e autor, entre outros, do livro qual é
DIVERSIDADENO AMBIENTE EMPRESARIAL
IP PREMIAiNiCiaTiVaS
A International Paper organiza, desde o ano passado,
o Prêmio Diversidade e Inclusão, que visa reconhecer
globalmente os esforços dos profissionais em promover
a diversidade na empresa. Em qualquer unidade da IP no
mundo, quando um profissional percebe o empenho de um
colega em estimular a inclusão na companhia, ele pode
indicar o projeto à premiação, preenchendo um formulário
on-line. Todas as inscrições são lidas e avaliadas pela matriz
da IP, nos Estados Unidos, que reconhece as iniciativas
que mais se destacaram. Equipes ou indivíduos podem ser
premiados e homenageados em uma pequena cerimônia
organizada em seus locais de trabalho. Duas equipes
brasileiras já foram reconhecidas, uma delas por organizar
aulas de informática para mais de 300 trabalhadores
florestais em 2009. “Muitos deles nunca tinham visto
um computador. Depois do projeto, aprenderam a usá-lo
como uma ferramenta cotidiana”, diz Luciano
Sgarbi, gerente de Recursos Humanos e um dos
organizadores do projeto. Os trabalhadores florestais aprenderam
a manusear o computador e fizeram cursos on-line voltados aos
seus interesses profissionais. “Conversamos com os profissionais
para conhecer seus interesses e aplicá-los ao curso. Tivemos um
retorno muito positivo dos alunos, foi gratificante”, diz Viviane
Gonçalves, analista de Recursos Humanos. O assistente de
Processo de Produção Marival Salvador Antunes também foi
premiado. Por iniciativa dele, foram contratadas três mulheres
para trabalhar no laboratório da fábrica de Luiz Antônio,
que, até o final de 2008, era composto apenas por homens.
Com a aceitação positiva dos colegas, a equipe feminina cresceu
ainda mais, e hoje são seis em um total de 17 profissionais.
“A capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo, uma
característica natural delas, é fundamental no cotidiano do
laboratório”, lembra Marival, que recebeu o Prêmio Diversidade
e Inclusão no segundo semestre de 2009. “O maior
reconhecimento foi saber que eu ajudei a mudar a vida dessas
profissionais para melhor”, garante.
Mario Sergio Cortella: diversidade não significa desigualdade
Foto
: Rau
l Jr.
Várias formas de ser diferente Junto com a Paper deste mês, você recebe quatro paper
toys para montar. Eles representam, de forma lúdica,
o conceito de diversidade empresarial, que vai além da
etnia, nacionalidade ou gênero. Afinal, uma equipe diversa
tem sucesso quando sabe transformar as diferentes formas
de pensar em resultados plurais e criativos.
A Chamex, da International Paper, conquistou duas categorias na décima edição do prêmio Melhores Marcas. O segmento de papéis brancos e coloridos para impressora/copiadora foi reconhecido com 52% de preferência, um aumento de 12 pontos percentuais em relação ao ano anterior. O Chamex Eco conquistou a categoria papel reciclado com 41,96%, um crescimento de 9,46% em relação ao ano passado. Os vencedores do Melhores Marcas são apontados por meio de uma pesquisa realizada pela editora Ávila-Agnelo. Foram entrevistadas 2.085 pessoas de todo o País entre setembro de 2009 e abril de 2010. A cerimônia de entrega do prêmio aconteceu dia 1º de julho em São Paulo.
Na próxima edição: Exportações do papel brasileiro
Esta publicação foi imprEssa Em papEl cErtificado pElo programa brasilEiro dE cErtificação florEstal
• Diretoria Jurídica e de Assuntos Corporativos ricardo C. Zangirolami
• Direção do projeto alessandra Fonseca Gerente de Comunicação e Marketing Institucional [email protected]
• Estagiária de comunicação alessandra rios
• Criação e produção agência ideal
• Direção de arte e Projeto Gráfico Tom Comunicação
• Coordenação Editorial marina rodriguez e Camila Gonçalves
• Revisão ricardo Cesar
• Impressão ogra
• Colaboraram nesta edição Célia marcondes coordenadora do Núcleo de Gestão de Pessoas da ESPM, Clair Vieira consultora
da Fundação Getúlio Vargas, Luciano Sgarbi gerente de Recursos Humanos da IP, maria inês Felippe especialista em Gestão
de Pessoas, mario Sergio Cortella filósofo, marival Salvador assistente de Processo de Produção da IP, Viviane Gonçalves
analista de Recursos Humanos da IP
• Ilustrações Calé
• Jornalista responsável ricardo Cesar - MTB 33669
• Sugestões e Correspondências avenida paulista, nº 37, 14° andar – Cep 01311-000.
juLho 2010
ESTA é uMA PuBlICAçãO MENSAl DA
O papel branco, usado para imprimir ou escrever, pode ser fabricado de forma sustentável por meio de madeira cultivada em
florestas renováveis e métodos regulamentados por lei. é fácil ter certeza de que o papel que você consome foi fabricado assim. Verifique se sua embalagem contém selos de certificação, como o Cerflor (Programa Brasileiro de Certificação Florestal). Consumir com consciência é um grande passo para a construção de uma sociedade sustentável.
Pense nisso
Pape
r fo
i im
pres
sa e
m p
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Ch
amb
ril 2
40G
/M²
da In
tern
atio
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Pap
er, v
erni
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caliz
ado
na c
apa
e m
iolo
.
No mês de junho, o Instituto International Paper reuniu 83 educadores da região de Mogi Guaçu (SP) para uma capacitação em educação ambiental. A ação forneceu informações sobre os biomas brasileiros aos professores, com especial destaque para a Caatinga. Esse tema foi recentemente abordado pela série Guardiões da Biosfera, que tem como objetivo conscientizar crianças de 1ª a 4ª séries sobre a importância da preservação ambiental. No começo do ano, kits com almanaques e DVDs dos vídeos de animação foram distribuídos a 36 mil escolas públicas e privadas e quatro mil bibliotecas de todo o País. Ações de capacitação de professores e iniciativas como a série Guardiões da Biosfera reforçam o compromisso da companhia com a responsabilidade socioambiental. As unidades de luiz Antônio (SP) e Três lagoas (MS) receberão capacitações nos próximos meses.
Em julho, Sérgio Canela passou a integrara equipe de diretoria Comercial da International Paper. O novo gerente-geral de Negócios assumiu as áreas de gestão e estratégia das duas linhas de papéis da IP: Chamex e Chambril. O profissional, que tem mais de 20 anos de carreira, é responsável por estratégias e planejamento comercial. Ele também gerencia as áreas de segmento distribuição, atacado e revenda,segmento conversão – que inclui fabricantes de cadernos, impressão personalizada, editores e clientes industriais, segmento varejo e operações de marketing.
Projeto da IP capacita professores
SéRGIO CANElA INTEGRA A EquIPE DE DIRETORIA COMERCIAl DAINTERNATIONAl PAPER
CHAMEx CONquISTA O PRêMIO MElHORES MARCAS
O crescimento do volume de produtos exportados pela International Paper a partir de 2007 fortaleceu o relacionamento com empresas de armadores marítimos. Entre os principais parceiros da IP estão CSAV, Hamburg Sud e MSC. A regularidade de serviços prestados garante contratos mais longos, além de melhores tarifas e prazos de pagamento. Durante o primeiro semestre de 2010, a IP exportou mais de 220 mil toneladas de papel, produzidas em suas três unidades fabris e transportadas até o Porto de Santos, em uma média de 80 carretas por dia. Os principais destinos da mercadoria são Europa, Ásia e América latina.
Transportadores marítimos e IP fortalecem parceria
Educadores da região de Mogi Guaçu se reúnem no Instituto International Paper
Novo gerente-geral de Negócios, Sérgio Canela
As profissionais do departamento de Marketing Ana Paula Sarrão (no meio) e Natália Dacaro (à direita) exibem o prêmio