paper 1 - capitalismo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SCIO-ECONMICO DEPARTAMENTO DE CINCIAS ECONMICAS E RELAES INTERNACIONAIS DISCIPLINA: FORMAO ECONMICA DO BRASIL I NOME: MARCOS TOCCHETTO AGOSTINI

A HEGEMONIA, O FIM E AS CRISES DO CAPITALISMO.1 INTRODUO Sabe-se que o sistema socioeconmico predominante atualmente o capitalismo. Esse sistema passou a ser dominante no ocidente desde o fim do feudalismo, em meados do sculo XII. Todavia, o termo capitalismo s foi assim denominado no fim do sculo XIX. O capitalismo estendeu-se paulatinamente pela Europa a partir de ento, tornando-se posteriormente, o mais significante modo de industrializao de todo o mundo. Esse sistema baseia-se no processo de acumulao de capital e grande parte dos economistas o caracterizam como a melhor forma de desenvolvimento econmico para um Estado, mas ao mesmo tempo consideram que faz engrandecer as diferenas de renda e riqueza dentro da sociedade e entre Estados. O sistema capitalista, apesar de hegemnico h muitos sculos, sofreu grandes crises ao longo da sua histria. As causas que provocam uma crise so variadas, e no h um padro para defini-las. Apesar de existir teorias econmicas que tentem explicar as crises, nenhuma delas tem uma categrica definio sobre sua origem. Sempre que esse momento de instabilidade abala o sistema capitalista, teorias apontam para o declnio do sistema, como foi com a Grande Depresso de 1929, a crise do Subprime de 2006, a crise econmica de 2008-2011, a crise da dvida pblica da Zona Euro, entre tantos outros exemplos. Todavia, o sistema no entra em colapso, transformando-se e superando-se logo aps os momentos inconstantes. Dessa forma, o presente trabalho tem como intuito inicial detectar a importncia da economia e do sistema capitalista para o sistema internacional. Ainda, tem por alvo analisar brevemente a hegemonia do sistema capitalista, que se perdura mesmo com os perodos de crise, e tratado por alguns autores como a fase ltima e superior. Ademais, o problema de pesquisa que se prope o seguinte: por que o capitalismo, que sofre frequentemente por crises que colocam sua vigncia em cheque, nunca desaparece?

2 DESENVOLVIMENTO A acumulao de capital proveniente do comrcio a longa distncia e das altas finanas, a administrao do equilbrio de poder, a comercializao da guerra e o desenvolvimento da diplomacia residente complementaram-se mutuamente e, durante um sculo ou mais, promoveram uma extraordinria concentrao de riqueza e poder... (ARRIGHI, Giovanni; 1996). Talvez, a maior contribuio para o estabelecimento e concretizao do contemporneo sistema de relao entre os Estados e tambm do capitalismo como sistema hegemnico internacional foi a instituio do tratado de Vestflia, que determinou noes e princpios de soberania estatal e Estado nao. Por esses motivos, a Paz de Vesteflia costuma ser o marco inicial dos estudos de Relaes Internacionais, como afirma Arrighi (1996): Essa reorganizao do espao poltico a bem da acumulao de capital marcou o nascimento, no s do moderno sistema interestados, mas tambm do capitalismo como sistema mundial (p.44). Outrossim, o fator econmico hoje uma das questes mais relevantes se no for a maior do sistema internacional. Sem ele, a base da sociedade financeira estaria comprometida. A maioria dos litgios internacionais est voltada para assuntos econmicos, e por isso, os Estados do tanta importncia para a economia. Os pases que se destacam economicamente tornam-se os grandes controladores do sistema mundial. O comrcio e seus ganhos so temas de fundamental relevncia para a diplomacia contempornea. Com isso, possvel afirmar que o desenvolvimento de uma nao passa diretamente pelo bom funcionamento e domnio da sua economia, podendo alterar a estrutura estatal, diminuir a pobreza e crescer economicamente. A partir de um sistema econmico, as sociedades determinam a propriedade, a direo e a alocao dos recursos econmicos. nesse momento que o sistema capitalista tem influncia, efetuando a maioria da produo dos Estados. A globalizao torna mais intensa a interao e a interdependncia entre as naes. A aproximao dos Estados tornou o comrcio internacional indispensvel, e as melhoras nos meios de comunicao e transporte, assim como em logstica, foram a alavanca necessria para elevar as questes econmicas a um patamar imperativo. Para que esse sistema funcione da melhor maneira possvel foram criadas organismos inter e supranacionais que interferem para equilibrar as relaes estatais e gerar o desenvolvimento. Como exemplo, tem-se os blocos econmicos como Unio Europeia e

MERCOSUL, ou ainda, instituies internacionais como o GATT e posteriormente a OMC, entre outros inmeros casos. Como bem tratado no texto de Paulo Roberto de Almeida em O Brasil e o contexto da governana global (2009), a criao do Sistema Bretton Woods em 1944 foi um marco no gerenciamento econmico internacional, estabelecendo regras de relaes comerciais e financeiras das naes mais industrializadas, passando a envolver todo o globo a partir de ento. Esse foi o primeiro exemplo de fundao de uma ordem monetria negociada, tendo como desgnio conduzir as relaes monetrias entre Estados. Ou seja, o principal resultado de Bretton Woods foi a reconstruo do sistema capitalista, aps a Grande Depresso que havia levado muitos pases ao desastre econmico. Ainda no sentido de acordos e instituies que reorganizam o sistema internacional, temos, anteriormente Bretton Woods, a j mencionada Paz de Vesteflia, e devido sua importncia, imprescindvel descrever o comentrio de Giovanni Arrighi (1996) sobre sua participao na construo do aparelho internacional tal como ele hoje: ...a expanso e a superao do Sistema de Vesteflia encontraram expresso num instrumento inteiramente novo de governo mundial. O Sistema baseara-se no princpio de que nenhuma autoridade operaria acima do sistema interestatal. O imperialismo de livre comrcio, ao contrrio, estabeleceu o princpio de que as leis que vigoravam dentro e entre as naes estavam sujeitas autoridade superior de uma nova entidade metafsica um mercado mundial, regido por suas prprias leis supostamente dotada de poderes sobrenaturais maiores do que tudo o que o papa e o imperador jamais houvessem controlado no sistema de governo medieval(p.55). 2.1 A HEGEMNIA DO CAPITALISMO Ao longo de sua histria, o capitalismo foi dividido em trs partes: o comercial, o industrial e o financeiro. O primeiro estrutura-se na circulao de mercadorias, predominante nos sculos XVI e XVIII, em que as potncias europeias formam uma densa rede de fluxos comerciais com a periferia (sia, frica e Amrica). O segundo estruturava-se na produo de mercadorias, dominante no sculo XIX, em que a Inglaterra e a Europa Ocidental tornaram-se altamente industrializadas. Por terceiro, tem-se o capitalismo estruturado nos mercados de capitais, sendo predominante no sculo XX, principalmente ao fim da Segunda Guerra Mundial. Giovanni Arrighi, em seu livro O Longo Sculo XX, afirma: O conceito de hegemonia mundial aqui adotado, no entanto, refere-se especificamente capacidade de um Estado exercer funes de liderana e governo sobre um sistema de naes soberanas. (p.27).

Assim, o autor defende a ideia de cclicos sistmicos do capitalismo, estabelecendo quatro ciclos, os quais so denominados a partir dos componentes centrais do sistema: Gnova, Holanda, Gr-Bretanha e EUA. O ciclo genovs estende-se entre o Sculo XV e o incio do Sculo XVII; o ciclo holands, entre o fim do Sculo XVI e o Sculo XVIII; o ciclo britnico, entre o fim do Sculo XVIII e o incio do Sculo XX; o ciclo americano, desde o final do Sculo XIX at os dias atuais. Portanto, segundo Arrighi, essa hegemonia passou sempre por naes capitalistas, que controlavam o comrcio internacional e o sistema mundial como um todo, como que exercendo funes de economia-mundo, denominao dada por Fernand Braudel em Civilizao material, economia e capitalismo sculos XV-XVIII (1998). Ainda para Arrigui (1996), o capitalismo foi muito mais do que um hegemonia, foi um imprio mundial: ...a economia capitalista mundial, tal como reconstituda sob a hegemonia britnica no sculo XIX, tanto foi um imprio mundial quanto uma economia mundial um tipo inteiramente novo de imprio mundial, sem dvida, mas, ainda assim, um imprio mundial. O trao mais importante e indito desse imprio mundial sui generis foi a ampla utilizao que seus grupos dirigentes fizeram de um controle quase monopolista dos meios de pagamento universalmente aceitos (a moeda mundial) (p. 58). Enfim, Terence Hopkins (1990, p.411) apud Giovanni Arrighi (1996, p75), sugeriu que as hegemonias holandesas, britnicas e norte-americanas devem ser interpretadas como momentos sucessivos na formao do sistema capitalista mundial: A hegemonia holandesa possibilitou uma economia capitalista mundial como sistema social histrico; a hegemonia britnica tornou mais ntidos seus alicerces e a deslocou para uma dominao global; a hegemonia norte-americana ampliou seu alcance, estrutura e penetrao e, ao mesmo tempo, liberou os processos que vem promovendo sua derrocada. 2.2 AS CRISES ECONMICAS Como dito anteriormente, no h um h uma verdade absoluta sobre a origem da crise. Todavia, pode-se enumerar simplificadamente, com base nas crises precedentes, quais poderiam ser suas causas. Uma crise provocada por dvida pode ter diferentes formas. Podemos citar o endividamento estrangeiro, em que os investidores perdem confiana e credibilidade na possibilidade e vontade dos Estados em quitarem suas dividas e cumprirem com suas obrigaes, levando a uma cadeia de problemas e colapsos. A crise financeira na Grcia, por exemplo, toma amplitudes cada vez maiores medida que o governo grego afirma ser impossvel pagar todo o seu dbito, afastando os investidores estrangeiros do seu pas e, alastrando-se como j ocorre para os demais pases da Europa, como Itlia, Espanha, Portugal, etc. Existem, ainda, crises de inflao, que acontece quando os governos voltam-se para a emisso de moeda para pagar suas contas ou deflacionar o valor da sua dvidas. o que os EUA pode fazer, por exemplo, visto que sua moeda a

base da economia mundial, tendo o controle sobre a emisso do dlar. Por sua vez, no o que os pases da zona euro podem fazer, j que os mesmos no tem controle sobre a emisso do euro, o que torna muito mais difcil a quitao de uma dvida. Existem ainda as crises de superacumulao, em que os Estados produzem muito mais do que aquilo que a demanda necessita. Por fim, existem as crises bancrias, o qual o setor privado perde credibilidade frente sociedade. O que se sabe ao certo, que todas essas irregularidades esto na maioria das vezes associadas a crises cambiais, em que a especulao provoca o arrefecimento do valor de uma moeda em relao s outras. A crise econmica l-se bancria de 2008-2011, tambm chamada de Grande Recesso, foi uma gigantesca crise de bancos mundiais, tendo-se iniciado nos EUA ainda como sequncia da Crise do Subprime, alastrando-se para todo o globo. A Grande Depresso da dcada de 1930 foi a maior contrao j vista na histria mundial do capitalismo. Assim, os colapsos bancrios deprimem a economia, tornando uma crise inicialmente interna em externa e exigindo enormes despesas para salvar o sistema financeiro. 2.3 O CAPITALISMO ETERNO E IMORTAL O cientista e escritor poltico norte-americano Francis Fukuyama criou uma tese de que o liberalismo poltico e econmico saiu vitorioso da batalha contra o socialismo e comunismo durante a guerra fria. Com isso, o autor acredita que o capitalismo o sistema superior e vigente para o resto da histria da humanidade, citando esse evento como o fim da histria. Segundo o autor, no apareceu e nem aparecer nenhuma ideologia nova que se sobrepor sobre o sistema vigente. Admirador da democracia, Fukuyama afirmou que ela e o capitalismo constituem o coroamento da histria da humanidade, pois com a destruio do fascismo e do socialismo, a humanidade atingiu o ponto culminante de sua evoluo com o triunfo da democracia capitalista liberal ocidental sobre todos os demais sistemas e ideologias concorrentes. Ou seja, Fukuyama no trata o fim da histria como o fim dos eventos (guerras, por exemplo), mas sim o fim da evoluo do sistema econmico e poltico. Dessa maneira, afirma-se que os fatos obviamente no acabaram, mas a realidade no ser alterada. Fernand Braudel em Civilizao material , economia e capitalismo: Sculo XVXVIII (1998), afirma que o capitalismo adoece com frequncia, mas nunca morre. Ou seja, apesar das crises que sofre constantemente, o sistema capitalista consegue reestruturar-se e reconstruir-se. A explicao que Braudel (1998) fornece para isso que: Em suma, o principal privilgio do capitalismo, hoje, como ontem, continua sendo a liberdade de escolha [...] e como pode escolher, o capitalismo tem a capacidade, a qualquer momento, de mudar de rumo: o segredo de sua vitalidade (p.578). Nesse sentido, em linhas gerais, o capitalismo muitas vezes, esta interessado em eliminar o cenrio que ele mesmo construiu: produzindo, destruindo e produzindo novamente novos panoramas. Esse privilgio de escolha, conforme Arrighi (1998) passa simultaneamente com sua posio social dominante, com o peso de seus capitais, com

suas capacidades de emprstimo, com sua rede de informaes e, em igual medida, com os vnculos que, entre os membros de uma minoria poderosa, por mais dividida que esteja por obra do jogo da concorrncia, criam uma srie de regras e de cumplicidades. Braudel (1996) trata, ainda, esse processo de renovao como uma evoluo: Claro que na faculdade de adaptao, sua agilidade, sua fora repetitiva no colocam o capitalismo ao abrigo de todos os riscos. Quando h grandes crises, muitos capitalistas sucumbem, mas outros sobrevivem, outros instalam-se. Muitas vezes, as solues novas criam-se mesmo fora deles, a inovao vindo no raras vezes da base. Mas quase automaticamente voltam s mos dos possuidores de capitais. E, finalmente, surge um capitalismo renovado, muitas vezes reforado, to ou mais gil e eficaz quanto o precedente (p.578). Braudel concorda com Fukuyama quanto superioridade do capitalismo e afirma que o capitalismo , seno o melhor, pelo menos o menos pior dos regimes, sendo mais eficaz do que o socialismo, no infringindo o direito a propriedade e incentivando a iniciativa privada. Apesar das recentes crises, Fukuyama mantem-se fiel a sua teoria. Mesmo concordando com uma maior presena do estado na economia, tornando-a mais de estado e menos de mercado, o autor-cientista afirma que no h nada de errado com o capitalismo liberal, e faz questo de frisar que a receita liberal, baseada no livre mercado e na globalizao, ainda a melhor alternativa para o desenvolvimento global. Todavia, Braudel no to otimista quanto Fukuyama. Apesar das crises, o autor no cr que o capitalismo seja um doente que possa morrer amanh. Mas, no o v como a ltima fase, aquela que coroaria uma evoluo (segundo o prprio Fukuyama). Ou seja, Braudel acredita que o sistema capitalista pode um dia vir a ser substitudo, mas muito provavelmente o substituto tenha muitas caractersticas parecidas com o sistema capitalista, como se fosse um irmo. Ainda, Braudel (1996) afirma que o capitalismo no sucumbir facilmente: Com efeito, ou estou muito enganado ou ento o capitalismo no poder ruir por si, por uma deteriorao que seja endgena; para esse desmoronamento seria necessrio um choque exterior de extrema violncia e uma soluo de substituio confivel [...], mas o capitalismo, enquanto sistema, tem todas as possibilidades de sobreviver a qualquer crise. Economicamente falando, pode at sair reforado (p. 581-582). E assim, reforando-se, agilizando-se e tornando-se mais eficaz, como o capitalismo tem sobrevivido desde o seu inicio. 3 CONCLUSO Conforme foi visto, o capitalismo possui o dom de se reestruturar. H a possibilidade de que o G-20 (grupo dos vinte pases mais ricos do mundo) atuando na rea econmica para uma prxima soluo de uma grande crise, independentemente se essa no uma boa sada. O G-20, por outro lado, poderia expandir organismos que j existem, como o Fundo Monetrio Internacional (FMI). As reformas para regular mercados podero ser desenvolvidas em mbito nacional ou regional. Os europeus, por exemplo, precisam criar um sistema de regulao bancria, o qual ainda no tem e seria

de fundamental importncia para o bloco. E assim em diante. At que no haja mais solues para crises futuras e a reformulao do sistema seja impossvel. Os pases que no sofrero uma determinada crise e que se beneficiariam com uma situao anterior provavelmente resistiro a mudana, assim como, aquele prejudicados tentaro transformar em seu favor. Almeida (2009; p.19-20) frisa que as demanda por um novo Bretton Woods so claramente exageradas, posto que no existem as condies requeridas para tanto com as atuais crises. Em Bretton Woods, como j disse um observador, atuaram basicamente os EUA e o Reino Unido, sendo todos os demais pases meros figurantes. Bretton Woods II , portanto, um sonho quimrico. O mais provvel que ocorram apenas ajustes tpicos e setoriais, como o aperfeioamento dos instrumentos e dos mecanismos de seguimento dos mercados financeiros por autoridades nacionais e internacionais. Enfim, o trabalho conclui-se com uma observao de Almeida (2009): No seguro que a crise econmica, em curso no segundo semestre de 2008, nos principais pases desenvolvidos (mas com potencial para maior disseminao geogrfica), tenha o poder de provocar grandes mudanas na governana mundial, posto que os dirigentes nacionais tm exercido algum grau de coordenao na busca de solues temporrias ou parciais aos problemas detectados. Obviamente, o capitalismo no est em jogo; to simplesmente algumas prticas de mercado que foram distorcidas ou exageradas pela ao de governos pois so eles que fixam as regras de atuao dos agentes nos mercados e que redundaram em desequilbrios temporrios. O que est em jogo, na verdade, so apenas algumas normas de funcionamento desses mercados: eles provavelmente sero submetidos a maiores controles e funcionaro, temporariamente, de forma mais lenta e menos dinmica (com perdas consequentes de oportunidades de ganho e de criao de riqueza) (p.19). E assim caminha o capitalismo. Sofrendo crises, erguendo-se, levando baques, reestruturando-se e corrigindo-se para no perder sua hegemonia. Podemos perceber ento, a astcia dos capitalistas e do capitalismo. REFERNCIAS ALMEIDA (2009). O Brasil no contexto da governana global. ARRIGHI (1996). O Longo sculo XX. Prefcio, p. IX-XIV [5]; Introduo, p. 1-26 [26]; As trs hegemonias do capitalismo histrico, p. 27-84 [57]. BALEEIRO (2010). Estruturas e conjunturas, p. 59-64 [05]. BALEEIRO (2010). Leis e mtodos econmicos e financeiros, p. 45-57 [12]. BRAUDEL (1998). guisa de concluso: realidades histricas e realidades presentes, BRAUDEL (1998). Cap. 3 A produo ou o capitalismo em casa alheia, (v. 2), p. 199-216 [17]. FUKUYAMA, Francis. O fim da historia e o ultimo homem. Rio de Janeiro: Rocco, 1992. 489p