papai e mamae tornam a se casar ou a falsa separacao do infinito

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1 1 Papai e Mamãe Tornam a se Casar ou A Falsa Separação do Infinito 1. Papai e Mamãe 2. A Falsa Idéia de Casar 3. Falsa Separação 4. Os Racionais 5. O Infinito 6. O Símbolo do Infinito 7. O Infinito do Símbolo 8. i 9. Restauração 10. A Paz Invadiu o Meu Coração Serra, sexta-feira, 01 de janeiro de 2010. José Augusto Gava.

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Deus e Natureza só estiveram separados nas cabeças dos racionais de toda parte; de fato constituem um ser apenas

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Papai e Mamãe Tornam a se Casar ou A Falsa Separação do

Infinito

1. Papai e Mamãe 2. A Falsa Idéia de Casar

3. Falsa Separação 4. Os Racionais

5. O Infinito 6. O Símbolo do Infinito 7. O Infinito do Símbolo

8. i 9. Restauração

10. A Paz Invadiu o Meu Coração

Serra, sexta-feira, 01 de janeiro de 2010. José Augusto Gava.

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Capítulo 1 Papai e Mamãe

O blasfemo James Cameron, que atacou Jesus na questão dos

túmulos (caracteristicamente os judeus de Israel ficaram com eles durante mais de 10 anos) fez o recente filme Avatar, que é maravilhoso, diga-se de passagem. Ele se vendeu como qualquer prostituta e foi pago com US$ 500 milhões para atacar Jesus, o que está acontecendo sucessivamente, vindo de muitas frentes, inclusive Dan Brown e vários outros escritores.

Ele não deveria ter feito nem Avatar nem atacado Jesus. Foi uma mistura explosiva e evidentemente o outro lado reagirá; já está reagindo. No livro de Tim LaHaye e Jerry B. Jenkins A História de João (A última testemunha), São Paulo, Planeta, 2007 (original de 2006 nos EUA), da série As Crônicas de Jesus os autores dizem na página 39: “Alguns dizem que há uma conspiração em andamento para novamente unificar o Império, obrigando todos, até mesmo os judeus, a inclinar-se diante dos deuses humanos”.

É a idéia de um Quarto Reich, um Quarto Império. A PROPOSTA DENUNCIADA PELOS AUTORES (interpretada pelo modelo) Natureza Deus

(os deuses humanos) (único) 50 % 50 %

Evidentemente os judeus colocaram Jesus nesse patamar de “deuses humanos” e decidiram atacar antecipadamente. Está lançada a proposta da guerra planetária total. A idéia dos judeus é muito simples: se Jesus for mostrado como humano, ficará demonstrado que não é Deus. Acontece que isso já foi preventivamente solucionado na Trindade e na dupla natureza de Cristo: Jesus tanto é homem quanto é Deus. A Igreja teria de ser muito estúpida para, tendo dois mil anos para raciocinar, deixar-se prender nessas armadilhas infantis.

AS DEMONSTRAÇÕES DO MODELO (veja as cartilhas Novigreja O Congresso Cristão e O Quadro Universal das Religiões e outras)

as religiões ainda desunidas, cada uma por si

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as fés reunidas em torno de um centro (veja as propostas das cartilhas)

O ABSOLUTO E O PERCENTUAL DE CADA UM (de um dos quadros acima) RELIGIÕES MILHÕES PERCENTUAL budistas 373 7,37

chineses universitis 398 7,86 cristãos 2.161 43,00 hindus 837 16,00 judeus 15 0,30

muçulmanos 1.254 25,00 siks 24 0,47

TOTAL 5062 100,00 (*) os números inteiros são artificiais, para fechar em 100 %. Há em torno de

75 % de religiosos no mundo, 15 % de ateus e os outros 10 % devem ser os animistas.

Como se pode ver são 75 % os religiosos (numa população que caminha para 7,0 bilhões) e toda essa gente em movimento homogêneo não se poderia parar. Richard Dawkins foi outro boboca porque - confiando nos 15 % de ateus - acionou um movimento que não pode interromper. E há gente tola como Salman Bushdie, que zomba das crenças alheias; que se achando acima dos demais não tem paciência para explicar e esperar a ação do tempo e o acordo de i (ELI, Elea, Ele-Ela, Deus-Natureza) dentro das cabeças dos racionais.

Gente que precisa submeter os demais.

Capítulo 2 A Falsa Idéia de Casar

Agir assim não está certo nem nunca vai estar. Pois i é um só, é único. i DE ACORDO COM O MODELO PIRÂMIDE

i = 100 % NATUREZA DEUS

acaso necessidade 50 % 50 %

MAMÃE PAPAI

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Essa idéia de dois juntos, ela e ela, é humana, vem da invenção do sexo; mas i não é isso, é um/uma só, é dois-em-um, é i, é inexplicável aos olhos racionais, pois não saberemos ver. Nossas cabeças pequenas e insuficientes são naturalmente partidas nos pares polares oposto-complementares, são disjuntas.

i não é assim. E Jesus é só uma representação compreensível como Trindade

dos extremos, Natureza e Deus, re-unidos num/numa só. TRINDADE QUE É UM SÓ

Natureza

Deus

Evidentemente a Trindade é um modo de explicar o não-partido

dentro do partido, do racional. Padece de falhas, claro. Não pode ser re-unido o que nunca esteve separado.

Capítulo 3 Falsa Separação

Padecendo quase todos da idéia falsa de separação, os racionais

vão se colocar do lado direito (T = Terra) ou do lado esquerdo (C= CÉU),

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exclusivamente; poucos verão a união permanente, eterna; poucos conseguirão fugir dos malefícios dos pares polares desunidos, pois os pares opostos se apresentam em toda parte.

OS PARES POLARES OPOSTO-COMPLEMENTARES (na realidade tudo é dois, assim como homulher, ser duplo que parece desunido)

Norte e Sul são a mesma coisa, a

chance de construir Primeiro propuseram a falsa separação, depois acreditaram nela

e a seguir começaram uma guerra por conta da idéia errada. Como diz o ditado, se um não quer dois não brigam; mas se um

quer, tanto ele provocará o outro que ele reagirá, e estará formada a confusão. É exatamente isso que estão fazendo Dawkins, Cameron, Brown, Rushdie e tantos outros.

Capítulo 4 Os Racionais

OS RACIONAIS EM GUERRA OU EM BATALHA

OS FILHOS DO CÉU (tal como anunciado em Avatar)

OS FILHOS DA TERRA

(DEUS) (NATUREZA) guerra batalha

Não existe Terra sem Céu, sem espaço exterior sem espaço

interior, nem vice-versa, pois falar exterior já é falar interior e o contrário-complementar.

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SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS SÃO PARTES DA LÍNGUA (não poderíamos fazer uma língua só de sinônimos nem só de antônimos; o mundo é uma construção esquerdireita, com centro)

Ninguém faz uma língua só de partes e preferências. A língua é completa nos seus instrumentos e o universo é, neste

sentido, a Língua de i, como i Se Fala. Não podemos ver só as partes e depois concluir que está incompleto, culpando a i. É nossa culpa, nossa ignorância.

Capítulo 5 O Infinito

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OLHANDO O IN-FINITO COMO SÍMBOLO (modelo pirâmide, infinito-simbólico)

o o dois “o”

separados (esquerda e direita, Céu e Terra

em oposição)

oo lado a lado, mas ainda não-juntos

unidos como 8 (aqui colocado como se um

estivesse acima do outro, como os racionais vêem)

unidos no símbolo de in-finito, faixa de Mobius em que se anda eternamente

Você pode formar com as duas mãos, do jeito mostrado; para criar o laço infinito faça o indicador da esquerda juntar-se com o polegar da

direita e vice-versa

De fato, i é de sempre e para sempre, de todo lugar para todo lugar, como já raciocinei.

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O MODELO PIRÂMIDE (mundo parcial, in-finito finito na Rede Cognata)

MUNDO PARCIAL MODELO PIRÂMIDE in-finito finito

CÉU TERRA

fora de casa em casa Ficar só em casa é estar prisioneiro, ficar só fora de casa é ser

desgarrado – apenas ir e poder voltar é que é conveniente.

Capítulo 6 O Símbolo do Infinito

OLHANDO DE NOVO (nova-mente)

In-finito finito ou finito in-finito, tanto lá quanto aqui.

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Esses que querem a guerra-batalha estão enquadrados na frase de Clarice Lispector, que é mais ou menos assim: “cantos delimitadores que não seriam cantos se não fossem as cercas arbitrárias”. Se nós construímos as celas e nos trancamos dentro delas, que temos a reclamar?

Se todos nos damos mutuamente liberdades não-libertinas não perdemos nada de nosso e ganhamos o dos outros e vice-versa. In-finitamente poder ir ao Céu e finitamente poder ficar na Terra: quer algo melhor que duas possibilidades?

Capítulo 7 O Infinito do Símbolo

DOIS ESPAÇOS E DOIS TEMPOS

ESPAÇOTEMPO NÃO-FINITO (i) ESPAÇO NÃO-FINITO (Natureza) TEMPO NÃO-FINITO (Deus)

espaço finito (esta natureza particular

tempo não-finito (estas encarnações de Deus)

espaçotempo não-finito (compreensão de i): 7. iluminados;

6. santos-sábios; 5. estadistas;

4. pesquisadores; 3. profissionais (é aqui que Dan Brown e toda aquela gente está, profissionais

da escrita; nem sequer fizeram os livros mais belos que há); 2. lideranças;

1. povo. Então, para aqueles que - como Dan Brown - insistem em dizer

que somos deuses (querendo se elevar se rebaixam, tal como disse Cristo: os que se exaltarem serão humilhados), eis a resposta conjunta:

• sim, somos deuses, como uma parte da maçã é maçã também, mas não ela toda, como é fácil de ver (perguntando a um garoto se um pedaço da maçã é A Maçã ele diria que não, é um pedaço chamado pedaço-da-maçã, o que se pode ver claramente);

• i é o todo-geral, a Natureza não-finita e Deus não-finito, o mundo de lá-cá, que está em tudo, inclusive dentro de nós, sendo nós (com liberdade de decisão que nos é dada e que tantos usam mal);

• nós não somos i: claramente não somos A Natureza nem somos O Deus, ambos os lados (racionalmente partidos) de i; evidentemente, também, não somos nenhum dos dois lados em particular;

• é fácil ver que não somos os satélites de Júpiter, nem o quintal do lado, nem a pessoa do lado – da natureza de cá, finita, somos só um pedacinho;

• de deus, o que está do lado de cá, somos uma parte, uma fração, como tantos são em todo o universo Uo em que estamos;

• a totalidade de nós não é, NEM NUNCA PODERÁ SER, Deus, pois O Deus, ½ de i, É TUDO com A Natureza: é a mente d’A

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Natureza, assim como A Natureza é o corpo de O Deus em inumeráveis universos;

• a natureza-deus que está do lado de cá é ESTADO REPRESENTACIONAL, UMA das representações, que são infinitas.

Então, não passam eles de homens e mulheres tolos e tolas que querendo se elevar recuam ou retraem para a época dos pagãos.

O infinito real que está representado no símbolo não pode ser alcançado nem em pensamento nem através da emoção, mas alguns de nós estão mais afinados com a palavrimagem ou o pensamentemocional de i.

Capítulo 8 i

A CORRIDA PARA COMPREENDER i (veja que estamos no patamar superior da mesopirâmide, em planeta-mundo)

multiverso (eterno e indevassável) macropirâmide universo

superaglomerado aglomerado

galáxia constelação sistema solar

planeta (mundo que vem de baixo e completou-se na globalização)

Mal estamos saindo do mundo, desta Terra a que estamos presos por não sei quanto tempo ainda. Mal enviamos umas navezinhas e já estamos cheios de orgulho. Quantas dúzias de seres humanos terão ido ao espaço?

Sequer seria possível compreender i, mesmo se tivéssemos todo o tempo: declarar i é o mesmo que declarar a impossibilidade de os racionais compreenderem. Contudo, podemos fazer o esforço. Podemos ver os desdobramentos.

Capítulo 9 Restauração

RESTAURAÇÃO DA UNIDADE DE i

os devotos d’A Natureza os piedosos d’O Deus

os restauradores da integridade de i

Natureza + Deus = i

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Os judeus e os muçulmanos do Deus único estavam certos e os cristãos da Trindade errados? De maneira nenhuma, o modelo respondeu que todos estavam certo e errados ao mesmo tempo.

Os cristãos estavam certos na questão da Trindade, porque sem isso não compreenderíamos como (dizem os hinduístas) Deus “vem aos mundos” na figura de pessoas especiais. Os judeu-muçulmanos estavam certos em insistir na unidade, porque i é um só, mas composto (racionalmente) de duas partes: Natureza e Deus.

E assim foi com cada povo e com cada religião, sempre em cada qual uma visão partida, quebrada ou finita da totalidade-generalidade de i.

Capítulo 10 A Paz Invadiu o Meu Coração

A MÚSICA DE GILBERTO GIL (mas não é preciso fazer a guerra, embora eu não saiba se ainda há tempo de correr a mensagem pelo mundo) (pegue na Internet, a Oi Velox daqui vive caindo)

A UNIDADE ESQUERDIREITA ESQUERDA = CÉU = C TC ou CT DIREITA = TERRA = T

PARA CIMA

(nem só para cima nem só para baixo, para

ambos)

PARA BAIXO

Este símbolo central de união foi aquele dado aos judeus na Estrela de Davi ou no Selo de Salomão: não é deles, é de i. Foi emprestado a eles, que o guardaram zelosamente, todos temos de agradecer. Cada qual fez sua tarefa e todos são filhos de i, até os que por vontade própria e liberdade de arbítrio se desgarraram. Até mesmo os blasfemos foram usados. Não devem ser castigados, carregam sua própria cruz.

Serra, sábado, 02 de janeiro de 2010. José Augusto Gava.

ANEXOS Capítulo 1

A PREPARAÇÃO DEMORADA DE AVATAR (investiram 500 milhões de dólares nisso; foi pelo quê se trocou o James)

Qui, 17 Dez, 08h22 Por Carla Navarrete, da Redação Yahoo! Brasil

James Cameron é um diretor que gosta de correr riscos, mas sabe assumi-los.

"Titanic", lançado em 1997, consumiu US$ 200 milhões para ser produzido, mas se tornou a maior bilheteria de todos os tempos do cinema, até hoje sem

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um sucessor. Doze anos se passaram até que ele voltasse a dirigir um longa-metragem de ficção. O resultado é "Avatar", que estreia nesta sexta-feira nos

cinemas brasileiros. Com o novo filme, Cameron foi ainda mais longe. Cerca de US$ 380 milhões foram investidos nesta ficção científica que leva a um outro nível a mistura

entre animação e atores reais na telona. Considerando os gastos com divulgação, estima-se que o valor se aproxime de US$ 500 milhões. Muitos

esperavam que fosse a bomba do ano. Tanto que uma sessão exclusiva para jornalistas, com a exibição de 15 minutos do longa, foi realizada já em

agosto, fato inédito até então. Mas quando as primeiras críticas da difícil imprensa britânica começaram a

sair na semana passada - com elogios mais do que favoráveis - logo se viu que Cameron havia acertado novamente. De fato, o filme recebeu quatro

indicações ao Globo de Ouro, incluindo melhor filme e melhor direção, abrindo as portas para um bom desempenho no Oscar. Com toda essa pompa,

o desempenho nas bilheterias está praticamente garantido. O filme

Como o próprio diretor definiu, "Avatar" é uma metáfora sobre como a humanidade trata o lugar onde vive. O ano é de 2.154 e, como se não bastasse

ter exaurido os recursos naturais da Terra, o homem rumou para um novo planeta, chamado Pandora, para explorá-lo bem ao estilo da época do

colonialismo, atrás principalmente de um minério que não existe por aqui. Em meio a isso, o ex-fuzileiro naval Jake Sully (Sam Worthington, de "O

Exterminador do Futuro - A Salvação"), preso a uma cadeira de rodas, recebe a oportunidade de assumir o trabalho de seu falecido irmão gêmeo no tal

lugar. Dona de uma atmosfera nociva para os humanos, que são obrigados a utilizar

máscaras para respirar por lá, Pandora lembra como a Terra era há milhões de anos, com uma fauna de animais gigantes e flora repleta de plantas selvagens. Convivendo em perfeita simbiose com a natureza está a raça humanóide Na'vi,

grandalhões azuis que vivem mais ou menos como as tribos indígenas. Sully é deslocado para o projeto Avatar, dirigido pela cientista Grace (Sigourney Weaver). Nele, sua mente é conectada a um corpo híbrido,

geneticamente criado, que mantém suas feições, mas se parece com o dos Na'vi. Tudo para tentar se aproximar da civilização que reluta em aceitar a

presença dos humanos. O ex-fuzileiro logo se adapta ao novo organismo, com o qual volta a andar. Jake acaba se infiltrando entre os Na'vi, ajudado pela jovem Neytiri (Zoë Saldana, de "Star Trek"), por quem vai se apaixonar. Só que sua missão é

comunicar a eles que o lugar onde vivem será destruído para que um valioso minério seja explorado. Logo, se verá obrigado a escolher entre a vida real

entre os humanos e o novo lar. Com sua epopéia sobre a relação entre a humanidade e o planeta, "Avatar" é bem-sucedido em aliar um roteiro politicamente correto com uma revolução tecnológica de encher os olhos. Para aproveitar a experiência de cerca de 2h40 ao máximo, vale a pena pagar mais caro para assistir ao longa em sua

versão 3D, disponível em cópias legendadas e dubladas. Ainda que o resultado não tenha sido revolucionário como o prometido, à parte dos efeitos especiais, James Cameron mais uma vez conseguiu fazer

cinema de primeira qualidade. Avatar de James Cameron: O filme do ano mesmo antes de ser lançado?

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Confesso que eu pouco sabia da existência de James Cameron a não ser o fato de que ele dirigiu Titanic, o filme de maior bilheteria da história do

cinema e convenhamos, só por isso ele já merece um certo respeito, gostando ou não do filme. Mas aí eu fiquei viciado em Entourage (o melhor seriado de TV de todos os tempos) e, quem diria, lá estava o James Cameron fazendo uma participação mais do que especial. A curiosidade bateu, fui checar a

ficha dele no IMDb e foi o suficiente para me tornar fã de carteirinha do cara. Ele dirigiu e escreveu poucos filmes em sua carreira mas todos eles se

tornaram memoráveis como o próprio Titanic, Alien e Exterminador do Futuro 1 e 2. =D

Isso explica, em parte, o porque de tanta ansiedade criada em torno do mais recente projeto do diretor americano, se você costuma acompanhar as

notícias de Hollywood, muito provavelmente já deve ter escutado falar sobre o próximo filme dele: Avatar (não Aang, o dobrador de ar, que também vai

ganhar um filme, o de James Cameron mesmo). =D Outros fatores que ajudaram para tanta expectativa por parte dos cinéfilos de plantão é que pouco se sabe sobre a história, detalhes da produção e outras coisas do tipo mas o que se sabe mostra a grandiosidade do projeto e que o

senhor Cameron não está para brincadeira! =) Por exemplo, James Cameron quis filmar essa história desde 1999, logo após Titanic, só que naquela época os efeitos especiais que ele desejava utilizar nesse filme eram muito caros e o orçamento ultrapassou os $400 milhões de dólares! Nenhum estúdio em sã consciência gastaria uma fortuna dessas em um único filme. Sim, a maioria do filme (60%) é feita em computador usando captura de movimentos, animação gráfica e tal, e Cameron só teve certeza que a tecnologia já estava desenvolvida o suficiente para tornar o seu filme

realidade quando viu o personagem de Gollum nos filmes do Senhor dos Anéis, em 2002. O_O

Enfim, eu sei que todo esse tempo passou, a ansiedade aumentou e finalmente o primeiro trailer (teaser ou o que você quiser chamar) do filme caiu na internet! O vídeo pouco diz sobre a história, na verdade a única fala durante todos os 2 minutos do vídeo é "This is great" mas também é a que

melhor descreve as imagens e o que estar por vir. É verdade que a expectativa por parte dos fãs é tanta, que muitos ficaram decepcionados (é só olhar os comentários no post do Judão, onde achei o

trailer), chamando até os pobre avatares de Smurfs mal-feitos. Já eu tenho que discordar, o trailer inteiro é um verdadeiro espetáculo sonoro e visual que, desde então, eu não consegui parar de me imaginar assistindo isso em

uma tela de cinema 3D! \o/ O único problema é que acabei entrando para o grupo dos que estão super ansiosos e acabam criando uma expectativa gigantesca o que nem sempre é bom pois elas podem acabar não sendo supridas. Quer gostar de um filme?

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Não crie expectativa nenhuma sobre ele, apenas assista e você pode acabar surpreso pela qualidade da parada, essa é a minha teoria e por isso não assisto

comerciais ou trailers de séries ou filmes que estou para ver! =D Mas isso agora já é um pouco tarde demais, o jeito é acalmar os nervos e

esperar para que 15 de dezembro chegue logo e que o filme tenha uma data de estreia mundial, o que é bem capaz pela nota preta que o estúdio está

gastando nisso. E você, o que achou? Assista ao trailer, boa diversão e até a próxima. =D

Avatar de James Cameron: Revolucionará o cinema?

By Rhodes

Este pode ficar até 10 anos sem fazer um filme.

James Cameron imaginou um filme, até ai nada de anormal, porém, foi há 14 anos atrás.

A idéia era criar uma película nunca vista na face da terra. Porém a tecnologia da época não permitia isso, mais ou menos como os episódios I a III de Star Wars. Genioso como é James, ele projetou e criou durante nove anos câmeras com a nova tecnologia 3D, essa tecnologia está a “sete chaves” e só

será mostrado todo o seu potencial em dezembro deste ano. Na Comic-Con 2009, foram mostrados 25 minutos de cenas 3D do filme, sem o

uso total da tecnologia, mas quem esteve lá disse que foi a melhor experiência 3D de sua vida, exagero? Não sei dizer.

A construção do filme é uma verdadeira odisséia, mas eu concordo com Cameron, deve existir um comprometimento do filme com as pessoas, e deve

ser feito com calma e qualidade, e não “jogar qualquer história batida em cima da gente”, o diretor ressalta que as pessoas devem sair do cinema com sorrisos e o pensamento que tiveram a sensação de uma nova experiência,

que pelo menos por 2 horas não estiveram pensando em problemas do cotidiano e sim imersos na ficção.

Roteiro de Guerra: – Dois anos foi o tempo para a criação de toda a cultura Navi, sua língua, os cenários. Os atores tiveram treinamento para agir como

Navi e não como humanos. Cameron falou na coletiva da Comic Com 2009: “Pandora é como a Terra,

um planeta com formas de vida incríveis, densa vegetação e a civilização dos Navi, uma raça humanóide mais primitiva que a nossa, mas muito mais sábia.

Eles podem ser guerreiros ferozes quando provocados, mas normalmente vivem pacificamente em suas florestas. Os humanos não podem respirar o ar de Pandora, então para que pudessem operar por lá foram criados híbridos

humano-Na´Vi, chamados de Avatares. Eles são controlados por pilotos humanos, que projetam suas consciências nesses corpos, vivendo através

deles”.

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“O personagem principal é Jake Sully, um fuzileiro naval ferido em combate,

paralisado, que vai para Pandora e pode andar novamente em seu Avatar. Conforme a história se desenvolve ele se encontra no meio de um conflito

entre os militares humanos e os Na´vi, que se sentem ameaçados pela expansão da nossa raça em seu planeta. Como um Avatar vivendo em

Pandora, ele se apaixona por uma garota Na´vi, uma personagem escultural e capaz de feitos incríveis de ação, alguém com quem vocês não querem se

meter. Envolvido na cultura e aceito no clã Na´vi, Jake terá que escolher o lado em que ficará nesse conflito – e teremos um confronto maciço ao final do

filme, com tecnologias futuristas e toda sorte de armamento sendo empregado contra os gigantes Na´vi e suas montarias selvagens, incluindo

algumas aladas e formidáveis”; “é algo muito além do que já fiz até hoje e é por isso que está levando tanto

tempo para ficar pronto. E ainda faltam sete meses. Pensem que Titanic levou dois anos para ficar pronto, então este é muito, muito grande. Desenvolvemos

tecnologias novas para realizá-lo em 3-D estereoscópico com câmeras que levamos 9 anos pra projetar. O resultado é uma experiência 3-D totalmente

imersiva que não será exatamente como ver um filme, mas participar de uma jornada, sonhar com os olhos abertos”.

A Atriz Zoë Saldana, também teceu alguns comentários: “Minha personagem é uma princesa, ela odeia os humanos, mas se apaixona

pelo personagem de Sam”; “Tive um treinamento muito forte para viver minha personagem. Cameron me perguntou qual era o meu nível de tolerância, antes de fazer o filme. Tive que

treinar durante sete dias por semana, levantando pesos e fazendo outros exercícios”;

- Comecei a aprender Navi e logo estava falando inglês com sotaque Navi;” - Minha relação com Sam começou no dia dos testes de elenco – nós ainda não

tínhamos os papéis, mas já nos divertimos muito juntos naquele dia. Ele é talentoso e elegante”.

Dia 21 de agosto é considerado o dia do Avatar – Nele será possível assistir 15 minutos do filme em IMAX 3D já com a tecnologia Cameron! E detalhe , de graça! Neste mesmo dia, o trailer do filme chegará aos cinemas e à Internet

tanto em formato 2D quanto em 3D. Informações sobre aquisição do ingresso gratuito e sobre as salas no mundo

todo onde será exibido o vídeo ainda virão. Estrelado por Sam Worthington, Zoe Saldana, Sigourney Weaver, Michelle

Rodriguez, Giovanni Ribisi, Joel David Moore, CCH Pounder, Peter Mensah, Laz Alonso, Wes Studi, Stephen Lang e Matt Gerald.

O filme estréia em 18 de dezembro. James Cameron cria mundo e tecnologia alternativos, mas apela para paz em

"Avatar" 18/12 The New York Times

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LOS ANGELES – “Bem-vindo a Avatar.” O diretor James Cameron materializou-

se, como que por um toque de mágica digital, diante da plateia que aguardava uma prévia da projeção de seu provável próximo estouro de

bilheteria. Não estava bem claro, porém, para que o diretor tinha convidado a ver naquele dia no início de dezembro. Seria a pequena produção de US$ 230

milhões que ele acabava de finalizar? Ou seria o “mundo” criado pelas avançadas técnicas digitais produzidas por ele? Ou seria ainda o

“desavergonhado motor da comercialidade” que ele alegou, sem tom de brincadeira, ter construído? Independentemente de qual nuance de “Avatar”

o diretor tinha em mente, a alegria – e o lucro – das férias de muita gente depende dele. Sua estreia, porém, teve alguns contratempos.

Influência de "Avatar" vai depender da bilheteria e de como a estética será recebida

As luzes da sala diminuíram. Apareceu o logo da 20th Century Fox. Trombetas ecoaram. Mas, antes que a primeira cena da fábula espacial eco-pacifista de ficção futurística pudesse causar qualquer impressão, as luzes aumentaram.

“Foi um pouco mais curto do que vocês estavam esperando”, desafiou Cameron, esboçando um riso educado. “Tem um problema na sala de

projeção”, ele completou. Temendo pela vida do projecionista, a plateia observou Cameron –de pele clara e atualmente um pouco barrigudo, em sua habitual camisa azul de botões – desaparecer. Caiu a escuridão e “Avatar” ressurgiu. Desta vez, a plateia conseguiu ver o resultado de quatro anos de

trabalho e o mais alto nível de efeitos visuais. No dia seguinte, Cameron mantinha um irônico ar de mistério durante

entrevista no hotel Four Seasons de Beverly Hills. “Ninguém sabe”, disse ele quando indagado sobre o que houve de errado com a projeção. “O filme

desligou o computador e o ligou novamente. Ele se autoconserta, não sabemos por que. Eu sempre detestei essa resposta, sempre quis saber o porquê das

coisas.” Soando como o garotinho que despedaçou o relógio do papai para ver porque

ele fazia tic tac, há muito tempo Cameron é um diretor associado tanto à tecnologia quanto à dramaturgia. Suas criações são inesquecíveis: o vilão

rápido e imprevisível de “O Exterminador do Futuro 2”; a fantasmagoria no fundo do mar de “O Segredo do Abismo”; a louca e encharcada viagem de

Titanic – filmes que por vezes pareceram girar em torno das habilidades e das funções do diretor.

“Avatar” também é assim. Muita gente da indústria cinematográfica – incluindo o próprio Cameron – presumem que os processos que ele usa neste

filme, especialmente a técnica conhecida como “performance capture” (tradução livre: captura de movimentos), irá revolucionar o cinema, e que o Fusion Camera System inventado por Cameron (uma única câmera que filma

ações ao vivo em 3D estereoscópico), irá redefinir o cinema tridimensional. O tamanho do rastro deixado por “Avatar” basicamente irá depender, de modo

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geral, do resultado obtido pelo filme – tanto no campo estético quanto financeiro.

Cameron realmente ama seus brinquedos. No último mês de abril, o maquinário físico de

“Avatar” permanecia inativo nas instalações do Lightstorm

Entertainment em Playa del Rey (local da antiga empresa de aviação Hughes Aircraft). O

veículo AMP (“armored mobility plataform”), que o ator Stephen Lang dirige na cena de batalha climática do filme, parecia um vulto cinzento e sombrio do brinquedo Rock

'Em Sock 'Em Robot, com articulações do tamanho de carburadores. Carcaças de helicópteros, armas de 2,5 metros de altura e o galpão de 200 metrosonde

Howard Hughes construiu seu desafortunado Spruce Goose, tudo era de um silêncio nefasto.

Do outro lado do estacionamento, porém, em um espaço menos interessante batizado por Cameron como “performance capture volume” (ou como disse

Land, “Nerd Central”), a equipe de técnicos em animação do estúdio Lightstorm digitava em seus laptops – dando vida virtual ao mundo de

“Avatar”. Parte deste mundo ainda lembrava um vídeo game dos anos 1990, mas o imaginário ainda seria aprimorado à medida que o mesmo viajasse através de um universo de muitos criadores: o estúdio Digital Domain, co-fundado por Cameron; o Legacy FX; o Industrial Light & Magic, de George

Lucas; e o WETA, do diretor neozelandês Peter Jackson – que o Sr. Cameron diz deter os direitos autorais de algumas das ferramentas desenvolvidas em

“Avatar”. A divindade reinante, porém, é o próprio Cameron. Ele espera que, diferentemente dos notórios veículos pilotados por Hughes, sua galinha bote

ovos de ouro. Entretanto, ao mesmo tempo ele espera que “a história da tecnologia tenha um certo declínio” uma vez que “Avatar” seja lançado na sexta-feira. “Foi

divertido observar as pessoas comentando sobre esse filme por cinco meses, pois percebo que eles só estão mordiscando as bordas do biscoito. Elas ainda

não chegaram ao que interessa. No momento que verem o filme, elas vão dizer: ‘Nossa, tem mais uma infinidade de coisas sobre as quais precisamos

conversar”. Barreira entre animação e emoção

Coisas como o imperialismo, como a divindade feminina, como a violação da natureza. O ano é 2154 e Jake Sully (Sam Worthington) – soldado que ficou paraplégico em combate numa guerra que não compreendeu – é requisitado

para substituir seu finado irmão gêmeo em um programa em operação a muitos anos luz dali, em uma lua chamada Pandora.

Numa atmosfera tóxica aos humanos, Pandora é habitada por uma tribo conhecida como os Na’vi: ágeis aborígenes azuis de 3 metros de altura para os

quais Pandora é um lugar sagrado. O que os terráqueos querem é o mineral unobtainium de Pandora, que foi provado ser a solução para os problemas energéticos que assolam a Terra. O que os Na’vi querem é os terráqueos mortos. Em um esforço para ganhar aceitação – e talvez para evitar que coronel Miles Quaritch (Lang) e seus camaradas mercenários dizimem os

Na’vis enquanto se apropriam de seu território –, cientistas ligados à

Divulgação

Cameron pacifista: "Uma parte de mim quer colocar uma margarida no barril de pólvora"

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campanha de mineração criaram os avatares Na’vi, que são geneticamente semelhantes aos seus “operadores”. Como o DNA de Jake é semelhante ao de seu irmão, ele é o substituto perfeito. E já que incorporar um avatar significa

que ele irá andar novamente, Jake concorda em fazê-lo. “Jake é um cara de honra. Eles dizem a ele que o dinheiro é bom, mas ele não

o faz por dinheiro. Ele vai porque está em busca de algo”, diz Cameron. O diretor conta que ao escrever o roteiro, que apesar de bastante atual foi

iniciado antes das filmagens de “Titanic”, ficou obcecado pelo modelo errado. “Fiquei preso naquele modelo do veterano pós-Vietnã, raivoso e amargo, e isso simplesmente não estava funcionando”, disse ele. “Não é assim que um soldado agiria. Meu irmão é um deles, e seus amigos são amigos meus, e eles

pensam dessa forma. A ideia deles é de que quanto mais difíceis as coisas forem ficando, de melhor forma você é definido. Entendo disso, é por isso que

faço filmes assim. Não carrego nas costas uma mochila de 50 quilos durante dez horas debaixo de um sol de 40 graus, mas é o mesmo tipo de coisa. Sei

que estou fazendo algo que outras pessoas não conseguem fazer.” Divulgação

Diretor e equipe aprimoraram mecanismos de captura de movimentos do corpo e rosto

O que Cameron e seus muitos colaboradores tentaram fazer foi dissolver a barreira entre a animação e a emoção humana. “Basicamente, os filmes giram em torno de um close-up e não de uma tomada aberta”, afirma Jon Landau, um dos produtores de “Avatar” e amigo de Cameron de longa data. A equipe

analisou o que cineastas tinham feito no passado, incluindo a captura de movimentos – que envolve artistas usando sensores que traduzem seus

movimentos corporais em personagens digitais (sendo “O Expresso Polar” provavelmente o melhor exemplo disso). O que ele não faz é capturar

expressões faciais, ou sentimentos. Landau fez um trocadilho com as palavras: “Para nós, sempre faltou um letra essencial na captura de movimentos: A

letra E. E-motion Capture” (captura de emoções). Ao invés disso, eles buscaram um processo baseado em imagens, apropriando-se de uma técnica

usada no segmento de concertos musicais. “Se a Madonna pode ficar sacolejando pelo palco com um microfone no rosto e ainda fazer uma apresentação incrível, pensamos então: ‘Vamos substituir o tal microfone por uma câmera de vídeo’. A câmera fica com o ator enquanto

capturamos seus movimentos, e apesar de não usarmos a imagem em si, podemos entregá-la para a empresa de efeitos especiais e eles a reproduzem

em um nível frame-by-frame, quase que poro a poro”, explicou Landau. Se eles tivessem usado a imagem em si, diz ele, os personagens

correspondentes teriam feições faciais de proporções humanas. Os profissionais de animação têm mais liberdade, e os Na’vi têm uma aparência mais original (olhos mais largos, por exemplo), sem perder a expressividade. Chegar ao ponto em que tudo isso pudesse ser realizado demandou bastante fé por parte da Fox, que quatro anos e meio atrás foi solicitada a bancar o

projeto de Cameron e Landau enquanto eles testavam a tecnologia e criavam

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um mundo. “Quando você está lidando com um cineasta como Jim, conhece suas ambições e como ele as realiza com consistência, você acaba topando a

parada”, disse Jim Gianopulos, co-chairman da Fox. Gianopulos disse estar gratificado pelo conteúdo emocional dos personagens

gerados por computador, assim como pela resposta que o estúdio vem recebendo das mulheres – principalmente em relação ao personagem de Zoë

Saldana, Neytiri. Cameron se mostrou menos entusiasmado em relação a tal reação. “Pode ser que não tenhamos garotas de 14 anos voltando quatro vezes ao cinema, mas

este é, definitivamente, um filme para mulheres.”

Sam Worthington e Sigourney Weaver à frente do elenco "humano" do filme É também um filme sobre paz, de um cara que reconhece ter impulsos

paramilitares. “Tenho total admiração por homens que têm um senso de dever, que têm coragem”, garante o diretor. “Mas sou também filho dos anos 1960. Uma parte de mim quer colocar uma margarida na ponta do barril de pólvora. Acredito na paz através do poder de fogo superior, mas por outro lado abomino o abuso de poder e o imperialismo rastejante disfarçado de

patriotismo. É impossível levantar algumas dessas questões sem ser chamado de antipatriota, mas eu acho muito patriótico questionar um sistema que

precisa ser confinado para não se tornar uma Roma.” Não que “Avatar” seja uma lição de moral, o filme é barulhento demais para

tal. “Ele adora uma barulheira. Esse é o lado garoto que existe em nós, a parte divertida da produção cinematográfica”, explica Lang. Ele faz alusão ao

final das filmagens em Playa del Rey. “Não teve um único dia que Jim não chegasse com um brilho nos olhos. Mas teve um dia em que seus olhos

brilhavam mesmo. E a primeira frase que saiu de sua boca foi: ‘Então, Slang, tudo bem se hoje a gente te incinerar? ’ ‘Claro’, respondi de forma retórica, ‘como você quiser’. E foi o que fizemos. Ele deu andamento para tacar fogo

em mim.” O que Cameron quer agora é que o mundo se emocione tanto com as bolas de

fogo quanto com as outras maravilhas visuais que ele preparou, e com a história pela qual elas estão a serviço. E, depois da projeção do início de

dezembro, ele parece ter deixado para trás suas dúvidas de abril, quando se perguntava “se iria querer fazer tudo isso de novo”. Parece confiante de que

o filme tenha dado certo – tanto emocionalmente, quanto tecnicamente e artisticamente. “É interessante, isto é um bom prenúncio para uma

seqüência”, disse ele. E se não houver uma seqüência? “Quer dizer que não ganhamos dinheiro”,

sentenciou. O TRABALHO DE SAPA DO SAPO

James Cameron diz ter encontrado túmulo de Jesus

Não é a continuação de "O Código Da Vinci", mas pretende ser uma verdade... refutável. Na apresentação oficial do documentário "O Sepulcro

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Esquecido", James Cameron defendeu que dois dos 10 túmulos encontrados há 27 anos atrás em Jerusalém terão guardado as ossadas de Jesus, Maria

Madalena e do seu filho, Juda (ou Judah).

O cineasta James Cameron acaba de produzir, juntamente com a realizadora Simcha Jacobovici, o documentário "O Sepulcro Esquecido".

O filme está já a suscitar forte polémica depois de Cameron (corroborado pelas conclusões das últimas investigações levadas a cabo por uma equipa de cientistas) ter anunciado, em conferência de imprensa, que o túmulo de há 2 mil anos encontrado em Talpiot, nos subúrbios da Cidade Santa, poderá ter

sido utilizado para guardar os restos mortais de Jesus e da sua família. Nessa altura, os arqueólogos reclamaram ter encontrado dez caixões e três crânios.

Em seis destes repositórios de ossadas da antiguidade constam inscrições traduzidas como Jesus, filho de José; Judá, filho de Jesus; Mariamne; Maria;

José; e Mateus. Nomes usados com frequência naquela época.

Porém, as novas evidências científicas - sustentadas por estudos genéticos conduzidos em

laboratórios de genética molecular -, podem abrir caminho a um novo capítulo na arqueologia

bíblica.

As surpreendentes conclusões de James Cameron à comunicação social, presente na Biblioteca Pública de Nova Iorque, podem abalar um dos

principais alicerces do Cristianismo, nomeadamente no que se refere à Ressurreição – o mistério da Fé. Juntamente com a equipa de professores e

arqueólogos (envolvidos nas novas investigações iniciadas em 2003), o cineasta canadiano mostrou dois túmulos milenares, descobertos em 1980, e defendeu que outrora poderão ter sido utilizados para guardar as ossadas de

Jesus e Maria Madalena. O documentário que brevemente será exibido na televisão sugere ainda a possibilidade de ter existido um relacionamento

entre os dois, resultando no nascimento de um fillho chamado Judah. Uma possibilidade abordada no 'best-seller' , transposto para êxito de bilheteiras,

"O Código Da Vinci" de Dan Brown.

Cameron chamou à atenção para as inscrições existentes nos túmulos, traduzidas como Jesus,

Maria Madalena e «Judah, filho de Jesus» . Existe «1 em 600 probabilidades» de os nomes

identificados nas inscrições «não serem da família de Jesus» , concretizou.

Opinião contrária tem o cientista que supervisionou as escavações em 1980, Amos Kloner. Para o perito, os nomes não passam de pura coincidência,

classificando o documentário de Cameron como um verdadeiro «disparate» . «É uma boa história para um filme, mas é impossível ser verdade» ,

defendeu ao Jerusalem Post. «Jesus e os seus parentes eram uma família originária da Galiléia, sem laços com Jerusalém. O túmulo de Talpiot

pertencia a uma família de classe média do primeiro século» , explicou.

Será este um golpe publicitário do realizador de Titanic para promover o seu mais recente filme-documentário?

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Ou estaremos na posse de uma nova evidência que obrigará a reescrever a história do Cristianismo?

O documentário "O Sepulcro Esquecido" ("The Lost Tomb of Jesus") estreia na

televisão no canal por cabo, Discovery, a 4 de Março (domingo). James Cameron revela suposta ossada de Cristo

Documentário The Lost Tomb of Jesus será exibido no Discovery em março

27/02/2007 Ederli Fortunato

Jesus tem atraído muita atenção nos últimos anos. Não tanto a figura

religiosa, mas, sua vida particular, suas relações familiares e, principalmente, supostas provas históricas dos acontecimentos narrados na Bíblia. O mais novo capítulo na saga é The Lost Tomb of Jesus (A Tumba Perdida de Jesus), documentário produzido pelo cineasta James Cameron

para o Discovery Channel. Anunciado ontem com estrondo por Cameron, o documentário mostra alguns

ossários, parte de um grupo de dez, encontrados em 1980 durante a construção de um edifício no sul de Jerusalém. Várias das caixas feitas em pedra trazem inscrições que indicam que os restos mortais em seu interior pertenciam a Yeshua bar Yosef (Jesus, filho de José), Maria, Maramene e

Mara (nomes escritos em grego e ligados a Maria Madalena), Yose (um provável irmão de Jesus), Matia e Judas, filho de Jesus.

O documentário foi dirigido pelo canadense Simcha Jacobovici, que chamou os achados de "descoberta arqueológica do milênio" na coletiva de imprensa

que apresentou o documentário e mostrou aos jornalistas dois dos dez ossários. Esta é a segunda viagem de Jacobovici à vida familiar de Jesus. Em

2003 ele apresentou Tiago, Irmão de Jesus, baseado também num ossário encontrado em Jerusalém e que teria a inscrição "Tiago, filho de José, irmão de Jesus". Especialistas logo disseram que parte da inscrição era falsa e teria

sido feita em tempos mais recentes. Em 2005 o governo israelense acusou cinco suspeitos de forjarem a inscrição

no ossário, que foi exibido para milhares de visitantes no Royal Ontario Museum, em Toronto. Dan Bahat, arqueólogo da Universidade Bar-Ilan, diz

não acreditar que o ossário de Tiago saiu da mesma tumba onde foram encontradas as outras caixas mostradas no documentário. Na opinião do

cientista, diante de uma tumba com as dez caixas com tal seleção de nomes, um falsificador teria escolhido o ossário que traz o nome Jesus.

A alegação de que o túmulo mostrado no documentário pertence à família de Jesus é contestada por vários historiadores, entre eles o Dr. Shimon

Gibson, um dos responsáveis pela descoberta da tumba em 1980. O arqueólogo Amos Kloner diz que os ossários, na verdade, pertencem a uma

família judia de classe média do primeiro século antes de Cristo, cujos nomes seriam similares aos de Jesus e seus familiares. Em entrevista à

Reuters, Kloner disse que não acredita que a família de Jesus tivesse uma tumba em Jerusalém, pois era pobre e vivia em Nazaré. Os nomes Yeshua, Yosef e os demais encontrados na tumba seriam bastante comuns na época

entre os judeus. Cameron e Jacobovici dizem que as chances de esses nomes estarem juntos

no mesmo túmulo são de uma em 600, e prometem sacudir a crença de milhões de pessoas que acreditam que Jesus ressuscitou e ascendeu aos céus

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- não tendo, portanto, um corpo a ser encontrado. Após a descoberta, em 1980, os ossos encontrados na tumba foram

novamente enterrados de acordo com a tradição ortodoxa, deixando apenas as caixas com as inscrições e resíduos para serem testados. Testes de DNA,

no entanto, não provariam a identidade da família, já que não há com quem comparar os resultados. Os especialistas defendem que as alegações de

Cameron e Jacobovici são um golpe de marketing para atrair audiência para o documentário e para o livro que estão lançando, The Jesus Family Tomb

(A Tumba da Família de Jesus). O documentário será exibido pelo Discovery no dia 4 de março e pela Vision

TV do Canadá no dia 6. Realizador de "Titanic" anuncia descoberta do túmulo de Jesus

Publicada em 27/02/2007 Jornal 24 Horas

Cristo foi enterrado aqui?

James Cameron, realizador do filme “Titanic”, revelou aquilo que ele acredita ser o túmulo de Jesus Cristo e a que chamou

a primeira prova física da presença da passagem do filho de Maria pela Terra. “Nunca duvidei da existência de um Jesus histórico, que ele passeou pela

Terra, mas a verdade é que, até agora, não existia nenhuma prova arqueológica que suportasse esse facto”, afirmou o cineasta durante uma conferência de imprensa em Nova Iorque. No documentário “O túmulo de Jesus”, produzido por Cameron, e que será apresentado pelo Discovery

Channel, no próximo domingo, é afirmado que Jesus foi casado com Maria Madalena e que tiveram um filho chamado Judas.

As conclusões deste controverso documentário assentam na descoberta de dez túmulos de pedra calcária encontrados numa caverna, em Jerusalém, em 1980. O que restava dos ossos foi novamente enterrado – conforme manda a

tradição –,mas a matéria humana recolhida pela equipa de Cameron deu origem a perfis de ADN que sugerem que Jesus e Maria Madalena eram um

casal.

Seis desses túmulos continham inscrições que – traduzidas para Português – incluem os nomes de “Jesus filho de José”, duas “Maria” e “Judas filho de

Jesus”.

Segundo o documentário produzido por James Cameron, a segunda Maria será Maria Madalena, enquanto o túmulo que apresenta o nome de Judas sugere

que Jesus teve um filho.“É a maior descoberta arqueológica do século”, assegurou o realizador norte-americano. Cameron e o israelita Simcha

Jacobovici, que realizou o documentário, mostraram ontem, em Nova Iorque, dois dos referidos túmulos – aqueles que acreditam ser os de Jesus e Maria

Madalena. Um arqueólogo israelita, que investigou o túmulo após a sua descoberta, tem

sérias dúvidas sobre o conteúdo do documentário. “É uma bonita história, mas sem nenhuma prova palpável”, afirmou o professor Amos Kloner.

Este especialista, que publicou as conclusões da sua investigação em 1996, vai ainda mais longe com as suas dúvidas.

“Os nomes que foram encontrados nos túmulos são semelhantes aos da família de Jesus. Estes eram os mais usados pelos judeus nos primeiros

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séculos antes e depois de Cristo”, referiu a mesma fonte. Stephen Pfann – professor na Universidade da Terra Santa, em Jerusalém, e entrevistado para o documentário – é da opinião de que a tese defendida é bastante frágil. “Acho que os cristãos não vão comprar esta teoria. Mas os cépticos, em geral, vão gostar de ver uma história querida por tantos ficar

cheia de buracos”, afirmou este especialista. Também Juergen Zangenberg, um especialista em Novo Testamento da

Universidade holandesa de Leiden, afirmou que as conclusões do documentário de James Cameron eram irreais e mais viradas para “o dinheiro

e cabeçalhos noticiosos”. A Autoridade Israelita de Antiguidades, que tem a guarda dos túmulos, não

quis reagir ao documentário, afirmando que não analisou os túmulos e que o seu dever é apenas guardá-los.

A BOBEIRA DE DAWKINS (na primeira crise psicológica universal ou biológica ou física, como um terremoto devastado, a quase totalidade dos ateus

voltaria a acreditar)

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Richard Dawkins Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Clinton Richard Dawkins (Nairobi, 26 de março de 1941) é um eminente

zoólogo, etólogo, evolucionista e popular escritor de divulgação científica britânico, natural do Quênia, além de professor da Universidade de Oxford.

Dawkins é conhecido principalmente pela sua visão evolucionista centrada no gene, exposta em seu livro O Gene Egoísta, publicado em 1976. O livro

também introduz o termo "meme", o que ajudou na criação da memética. Em 1982, ele realizou uma grande contribuição à ciência da evolução com a teoria, apresentada em seu livro O Fenótipo Estendido, de que o efeito

fenotípico não se limita ao corpo de um organismo, mas sim de que o efeito influencia no ambiente em que vive este organismo. Desde então escreveu outros livros sobre evolução e apareceu em vários programas de televisão e rádio para falar de temas como biologia evolutiva, criacionismo, religião.

Ele também defende e divulga correntes como o ateísmo, ceticismo e humanismo. Também é um entusiasta do movimento bright e, como

comentador de ciência, religião e política, um dos maiores intelectuais conhecidos no mundo. Esses assuntos são retratados em "Deus, um delírio", livro de sua autoria que se tornou best-seller em vários partes do mundo.

Através de diversos fatos científicos, Dawkins nos mostra sua idéia da inexistência de Deus. Em enquete realizada pela revista Prospect em 2005, sobre os maiores intelectuais da atualidade, Richard Dawkins ficou com a

terceira posição, atrás somente de Umberto Eco e Noam Chomsky [1].

Por sua intransigente defesa à teoria de Darwin, recebeu o apelido de "rottweiler de Darwin" (Darwin's rottweiler), em alusão ao apelido de Thomas

H. Huxley, que era chamado de "buldogue de Darwin" (Darwin's bulldog).

Biografia

O mundo e o universo são lugares extremamente belos, e quanto mais os compreendemos mais belos eles parecem.

— Richard Dawkins

Dawkins em março de 2005, Bransgore.

Clinton Richard Dawkins nasceu em 26 de março de 1941 na capital do Quênia,

Nairobi, onde seu pai, Clinton John Dawkins, era um fazendeiro que, por causa da Segunda Guerra Mundial, foi chamado para servir em Malawi ao lado Forças Aliadas, mudando-se então da Inglaterra para o Quênia[2]. Apesar de seu pai ter sido convocado para servir na guerra, ele foi criado no leste da

África até 1949, quando finalmente mudou-se com a família para a Inglaterra. Durante 1959 e 1962, Dawkins trabalhou como estagiário de zoologia no Balliol College, em Oxford, onde foi influenciado pelas idéias do biólogo dinamarquês Nikolaas Tinbergen. Tinbergen, autor de The Study of Instinct (1951), foi um dos primeiros biólogos a explorar a natureza do comportamento animal. Tal

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empenho fez surgir um novo ramo da ciência - a Etologia (Tinbergen acabou ganhando um prêmio Nobel em 1973 pelo seu estudo pioneiro do

comportamento dos animais). Dawkins formou-se em 1962 e partiu para o doutorado sob a direção de

Tinbergen, quando então desenvolveu um bom relacionamento com seu tutor. Logo depois, Dawkins foi agraciado com o título de professor assistente de Zoologia na Universidade da Califórnia, em Berkeley (1967 - 1969). Voltou para Oxford como auxiliar de ensino em Zoologia, e, algum tempo depois,

ganhou o título de membro do New College. Em 1997 Dawkins ganhou o International Cosmos Prize e em 2001 o prêmio Kistler, no mesmo ano em que foi eleito membro da Royal Society. Em 2005 encabeçou a lista da revista Prospect, de orientação esquerdista, como o

maior intelectual britânico, recebendo mais do que o dobro dos votos do que o vice-colocado.

Em 2005 a organização alemã Alfred Toepfer Stiftung concedeu-lhe o prêmio Shakespeare, em reconhecimento da sua "apresentação concisa e acessível do

conhecimento científico" [3]. Além de sua carreira acadêmica, Richard Dawkins também é um intelectual

polêmico, com colunas publicadas em jornais britânicos como o The Guardian. Suas opiniões estão geralmente voltadas ao papel da religião na sociedade, o

qual Dawkins gostaria de ver diminuído. Ele também é um divulgador da ciência e do pensamento científico, defendendo sempre que a escola (e a

sociedade em geral) deveria dar mais atenção a esses aspectos.

Trabalho

Falando em Reykjavík, 2006.

Foi durante os estudos em Oxford que Dawkins desenvolveu as principais

linhas de trabalho que norteiam seu ponto de vista científico. Ele é freqüentemente citado pela expressão "máquina de sobrevivência", uma

combinação de outras duas expressões de Tinbergen, "máquina de comportamento" e "equipamento para sobrevivência", que sempre lhe vinham

à cabeça quando lecionava em Oxford. Dawkins deparou-se com o conceito de genes como unidades de seleção, por

influência de W. D. Hamilton. Tradicionalmente a seleção natural é vista como um processo que seleciona os indivíduos mais adaptados; a visão

centrada nos genes vai mais profundamente e entende isso como uma seleção indireta dos genes que determinam esse fenótipo mais adaptado nesses

indivíduos. Dessa forma, a competição pelos recursos ambientais na seleção natural não se daria apenas entre indivíduos, entre diferentes genes possuídos por esses diferentes organismos. Esta idéia foi divulgada por Dawkins no seu livro de divulgação científica, "O Gene Egoísta", que acabou trazendo para

muitos a imagem de Dawkins como autor dessa visão que seria mais

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propriamente creditada a W. D. Hamilton.

Fotografia de Richard Dawkins durante uma conferência em Reykjavík, Islândia, em

24 de junho de 2006. Dawkins acrescentou mais uma idéia àquela da seleção natural focada nos

genes, e esta idéia foi a de existem "memes", uma metáfora para caracteres da herança cultural com os genes estão da herança biológica. Estes memes

são, portanto, idéias e costumes que podem se comunicar, cooperar e competir entre si. Genes e memes, de mais a mais, poderiam agir juntos

influenciando a sobrevivência e, conseqüentemente, os caminhos da evolução dos organismos. Dawkins supôs que tanto os genes quanto os memes seriam

eficientes, já que, de acordo com sua hipótese, são replicadores - são passados adiante (seja entre corpos ou entre mentes), através de suas cópias (nem sempre fiéis, o que permitiria mutações). Um meme pode ser um trecho

de uma música (que "gruda" nas mentes de quem a ouve), ou mesmo uma religião (que seria considerada um conjunto de memes associados, um

memeplexo). O desenvolvimento do conceito de replicador por Dawkins incluía a idéia de que é insensato pensar na evolução das aves sem reconhecer que elas fazem ninhos, e que é igualmente insensato considerar a evolução dos castores sem reconhecer a vital importância da habilidade herdada por eles em construir barragens e abrigos eficientes. Os organismos possivelmente são organizados

para terem corpos e comportamentos determinados largamente pela sua herança genética e, também, nos casos de organismos mais sofisticados,

organizados para explorar ou construir objetos úteis para sua sobrevivência, habilidade esta decorrente da herança genética.

Em biologia, a herança genética de um indivíduo é chamada genótipo, enquanto a aparência física é chamada fenótipo. Dawkins estabeleceu um postulado que associava organismo e artefato (objeto útil produzido pelo

organismo) ligado ao código genético do organismo, chamando essa associação de fenótipo estendido. Dawkins levou adiante seu conceito de fenótipo

estendido para além da associação organismo-artefato e abrangeu também a família do organismo, o seu grupo social e todos os instrumentos e ambientes

criados pelo indivíduo e grupo. Sua hipótese pretende explicar muitos fenômenos como uma manifestação física do código genético do indivíduo,

que age através do fenótipo estendido.

Para não acreditar na evolução você deve ser ignorante, estúpido ou insano.[4]

— Richard Dawkins

Publicações Livros

• O Gene Egoísta (1976; segunda edição, 1989) • O Fenótipo Estendido (1982) Edição revisada de 1999 • O Relojoeiro Cego (1986); relançado em 1996 e 2007

• O Rio Que Saía do Éden (1995) Edição reimpressa (1996) ISBN 0465069908

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• A Escalada do Monte Improvável (1997) • Desvendando o Arco-íris (1998)

• O Capelão do Diabo (ensaios selecionados, 2003) • The Ancestor’s Tale: A Pilgrimage to the Dawn of Life (2004)

• Deus, um Delírio (2006) • A Grande História da Evolução (2007)

• O Maior Espetáculo da Terra - As Evidências da Evolução (2009) [editar] Documentários

• The Root of All Evil? - Documentário feito para a televisão inglesa, escrito e apresentado por Richard Dawkins, que tem como foco demonstrar a

desnecessariedade das religiões, evidenciando possíveis vantagens para a humanidade advindas de sua inexistência.

• Nice Guys Finish First • The Blind Watchmaker

• Atheism: A Rough History of Disbelief • The Atheism Tapes

• The Enemies of Reason (Os Inimigos da Razão) - documentário de dois episódios sobre os misticismos e as superstições que, segundo Dawkins,

atacam nossa sociedade racional. • The Genius of Charles Darwin (O Génio de Charles Darwin)

Prêmios • Zoological Society of London Silver Medal (1989)

• Prêmio Michael Faraday (1990) • Kistler Prize (2001) • Kelvin Medal (2002)

Referências 1. ↑

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/prospect/2005/11/01/ult2678u34.jhtm

2. ↑ John Catalano, 1995. Biografia de Richard Dawkins. World of Dawkins 3. ↑ http://www.britischebotschaft.de/en/news/items/051103.htm

4. ↑ "The presidents' guide to science", BBC, 2008-09-16. Página visitada em 2009-10-01.

Richard Dawkins

Dawkins na 34ª conferência anual dos American Atheists, em 2008.

Nascimento Clinton Richard Dawkins 26 de Março de 1941 (68 anos)

Nairobi, Quênia

Residência Oxford, Inglaterra

Nacionalidade Britânica

Etnicidade Inglês

Campo(s) Etólogo e biólogo evolutivo

Instituições Universidade de Berkeley

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Universidade de Oxford New College, Oxford

Alma mater Balliol College

Conhecido(a) por Publicação "O Gene Egoísta" Introduzir o conceito meme

Defensor do ateísmo e do racionalismo Crítico da religião

Prêmio(s) Medalha de prata da Sociedade Zoológica de Londres (1989), Prêmio Michael Faraday (1990) Prêmio Kistler (2001)

Postura religiosa Ateu

O ateísmo arrasador de Richard Dawkins ZÉ LUÍS DOS SANTOS, DE SÃO PAULO (SP)

Os primeiros passos da formação da

concepção de mundo original atribuída aos alemães Marx e Engels foram dados com a crítica de autores como os irmãos Bauer e Feuerbach. Tais autores, conhecidos na

época como jovens hegelianos ou hegelianos de esquerda expressavam, num nível

acadêmico, a crítica do sistema de Hegel, animados pela atmosfera das revoluções

democrático-burguesas de sua época. Feuerbach era, então, o crítico mais ousado. E seu ateísmo e seu materialismo humanista

seriam essenciais na formação do pensamento dos fundadores do socialismo

científico.

Os jovens hegelianos encantavam-se com as possibilidades abertas com a subversão atéia do sistema de Hegel. Como não podiam desferir ataques

diretos contra a monarquia absolutista da Prússia e o atraso da Alemanha, faziam-no indiretamente, criticando o Estado por meio de sua religião oficial.

Foi então que surgiu sua profissão de fé: atacar as idéias religiosas das pessoas, libertá-las da servidão das crenças para que, em seguida, fosse

possível transformar o mundo. Dando um passo à frente, Marx e Engels inverteram a ordem do programa: deve-se antes transformar o mundo para que, posteriormente, as idéias possam ser modificadas. Esse passo teórico decisivo foi dado na obra A

Ideologia Alemã, em que a pretensão dos jovens hegelianos é ridicularizada. De qualquer forma, o ateísmo é um componente central do marxismo. É falsa a afirmação segundo a qual o marxismo pouco se importa com as religiões ou

com a crença em Deus. Não há marxismo conciliável com a crença em entidades sobrenaturais. É claro que questões de tática e política não devem ser misturadas aleatoriamente com questões filosóficas: seria inútil pregar o

ateísmo diante de uma assembléia de fanáticos de uma congregação evangélica, católica ou muçulmana.

Tal atitude, provavelmente, acabaria mal para o lado menos numeroso. Entretanto, convém aos marxistas manter os olhos abertos para o

desenvolvimento da ciência, pois esta é a fonte de sua filosofia. Com a

Divulgação

Capa do livro

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ciência em mente e sem querer ressuscitar o programa dos jovens hegelianos, consideremos agora a obra mais popular do novo expoente do ateísmo

científico radical: o biólogo britânico Richard Dawkins.

Deus, um delírio

Richard Dawkins pertence a um seleto grupo de cientistas cuja honestidade intelectual está muito acima do nível sórdido em que são feitas concessões à

opinião pública em troca de dinheiro e popularidade fácil. Nas páginas de Deus, um delírio o leitor encontrará uma crítica severa e surpreendente contra aqueles que, por conveniência ou covardia, cederam à pressão do

público leigo e das editoras e deram às religiões um espaço nobre entre as realizações intelectuais humanas. Os dois principais alvos desse ataque

“principista” são Stephen Hawking, que de maneira cínica inseriu “a mente de Deus” em sua Breve História do Tempo e o também biólogo (aclamado entre o público marxista) Stephen Jay Gould, que em sua obra Pilares do Tempo fez

concessões à religião. Deus, um delírio é a prova viva de que um best-seller não requer

capitulações. Seguindo a tradição de grandes pensadores e divulgadores da ciência como Carl Sagan, autor, dentre outros, do sensacional O Mundo

assombrado pelos Demônios, Dawkins mostrará ao leitor a última palavra da ciência em oposição ao obscurantismo criacionista, ao fanatismo judaico-cristão, ao fundamentalismo islâmico e a todas as formas de pensamento

místico. Uma das novidades dessa obra em relação ao livro citado de Carl Sagan é a crítica sagaz e bem-humorada do design inteligente – o “criacionismo num smoking vagabundo”. Richard Dawkins domina a lógica da argumentação. O

leitor dará boas risadas ao perceber as falácias triviais contidas nos argumentos supostamente sofisticados como o da “complexidade irredutível”.

Há vários outros temas interessantes na obra, como a possível explicação biológica (evolucionista) para a vulnerabilidade humana às religiões, o caráter

relativo e certamente não religioso da moral, dentre outros. Mas Dawkins não é um político revolucionário. Por essa razão, apesar do

caráter extraordinariamente salutar de sua obra, percebe-se facilmente a existência de algumas lacunas. Exemplo: exceto pela descrição de um

experimento destinado a demonstrar o chauvinismo das crianças israelenses, não há uma única menção ao sionismo no texto, apesar de haver extensas

passagens dedicadas aos crimes cometidos em nome das religiões. Terá sido uma omissão tática? Por outro lado, certos conflitos militares e políticos têm suas causas reais obscurecidas diante da “causa” aparente das religiões. O

leitor não terá, contudo, dificuldades para distinguir a essência da aparência. Lacunas à parte, a obra é referência obrigatória para militantes e ativistas dos

movimentos sociais. Numa época em que o assalto imperialista ao mundo semicolonial volta a ser feito em nome de uma luta do “bem contra o mal”, é sempre bom possuir argumentos científicos contra os ladrões que fingem falar

em nome de um suposto deus. Para concluir, gostaríamos de fazer uma única objeção ao texto, que se refere

à origem da vida. Parece-nos haver um pouco de exagero na insistência do autor em qualificá-la como evento “altamente improvável”, como

explicaremos abaixo.

A origem da vida: algumas palavras sobre probabilidades

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Há poucas semanas, o prêmio da Mega-Sena estava acumulado em 52 milhões de reais. Acertar na Mega-Sena, como todos sabem, é um evento altamente

improvável. Na verdade, é surpreendente constatar que um jogo dessa natureza reúna tantos adeptos, pois nenhum outro gera todas as semanas uma

quantidade tão espetacular de perdedores – como diz a velha anedota. De qualquer maneira, sabemos (não por experiência própria) que, quase sempre,

uma ou mais pessoas acertam a combinação. Como se explica fato tão extraordinário?

Qualquer pessoa que tenha o mínimo de instrução escolar sabe que o número

de combinações possíveis de seis números escolhidos entre 1 e 60 é extraordinariamente alto. Quem aposta uma única combinação tem apenas

uma chance entre mais de cinqüenta milhões de possibilidades! A probabilidade de êxito para uma única aposta é, portanto, virtualmente igual

a zero (aproximadamente 0,00000002).

É por essa razão que seu vizinho que joga todas as semanas sempre perde e continuará perdendo! Caso você o avise sobre tais números, ele certamente dirá que, apesar das probabilidades, alguém sempre ganha! Logo, “com a

graça de Deus”, talvez o próximo vencedor seja ele próprio, afinal, sempre se comportou bem e está convencido de que faria bom uso do dinheiro.

É verdade que quase sempre alguém ganha, sozinho ou juntamente com outros apostadores. Esse fato sugere-nos a hipótese de que a ocorrência do

evento favorável (acertar a combinação) não é tão improvável assim se fizermos um número suficiente de tentativas. E, de fato, são feitas milhões de

tentativas. Há milhões de apostadores. Alguns fazem dezenas de apostas, outros, apenas uma.

Se houver apenas 25 milhões de apostas distintas, a chance de que uma delas seja sorteada é aproximadamente igual a 50%, e o evento favorável deixa de ser improvável, tornando-se até corriqueiro. A verdade, portanto, é que o

evento favorável torna-se bastante provável quando se dispõe de um número suficiente de tentativas, apesar de sua aparência improvável (quase

impossível) na escala individual, isto é, tendo-se em vista a perspectiva de um único apostador.

Pois bem. A origem da vida assemelha-se a uma edição do “concurso” da Mega-Sena, com a diferença de que o evento favorável aqui é a aparição

casual de uma molécula orgânica capaz de fazer cópias de si mesma. Neste caso, o evento favorável, considerando a perspectiva de um único apostador, é muitas vezes mais improvável do que acertar uma combinação de 6 números

escolhidos entre 60. Em compensação, o número de apostadores (moléculas orgânicas submetidas

a condições adequadas) é extraordinariamente maior. E, além disso, cada apostador pode fazer a tentativa centenas ou mesmo milhares de vezes, e o

tempo disponível para o experimento é de aproximadamente 1 bilhão de anos, sendo que as tentativas ocorrem ininterruptamente! Ora, nessas condições,

seu vizinho certamente diria: assim, até eu ganharia! [12/8/2008]

Capítulo 4

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Antônimo Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Antónimo (português europeu) ou antônimo (português brasileiro) é o nome que se dá à palavra que tenha significado contrário (também oposto ou inverso) à outra.

O emprego de antónimos na construção de frases pode ser um recurso estilístico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que

chame atenção do leitor ou do ouvinte. Exemplos

Palavra Antônimo aberto fechado alto baixo bem mal bom mau

bonito feio demais de menos doce salgado forte fraco gordo magro doce amargo seco molhado

grosso fino duro mole rir chorar

grande pequeno soberba humildade louvar censurar

bendizer maldizer ativo inativo

simpático antipático progredir regredir

rápido lento sair entrar

sozinho acompanhado concórdia discórdia

pesado leve quente frio

presente ausente escuro claro inveja admiração

inadequada adequada amor ódio

humilhação prestígio rico pobre forte fraco justo injusto