pantufa e a lÂmpada mÁgica

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PANTUFA E A LÂMPADA MÁGICA 3 algum tempo atrás, um gatinho de grandes e redondos olhos azuis, chamado Pantufa, depois de acordar da sua soneca matinal, decidiu sair para brincar no quintal da casa onde vivia.

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Uma das estórias do projecto "palavras desenhadas por nós

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PANTUFA E A LÂMPADA MÁGICA

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Há algum tempo atrás, um gatinho de grandes e redondos olhos azuis, chamado Pantufa, depois de acordar da sua soneca matinal, decidiu sair para brincar no quintal da casa onde vivia.

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Ele adorava cheirar as flores, deitar-se na relva e brincar atrás dos passarinhos, das borboletas ou de algum rato que por ali andasse.

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Nesse dia entreteve-se atrás de uma bonita borboleta que por ali esvoaçava pousando de flor em flor e sem se aperceber foi-se afastando de sua casa.

Tanto saltou e pulou atrás da borboleta que a certa altura num voo mais prolongado ela

desapareceu da sua vista. Foi nesse momento que o Pantufa descobriu que não conhecia o lugar onde se encontrava.

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Estava rodeado por uma densa vegetação e árvores muito altas. Sentiu-se assustado, sozinho e perdido. Já não sabia como regressar a casa.

Por isso, decidiu acalmar-se e começar a miar na tentativa que alguém o ouvisse e viesse em

seu auxílio, ao mesmo tempo que ia andando e tentando encontrar o seu próprio rasto que o levaria de volta a casa.

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Sem ajuda e já cansado parou junto ao tronco de um velho pinheiro e trepou até ao ramo mais alto na tentativa de descobrir o caminho a seguir. Por mais que olhasse em redor só via uma imensidão de verde.

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Mas, ao longe vislumbrou uma luz cintilante que se encontrava num enorme rochedo. Esquecido já da sua preocupação e movido por uma enorme curiosidade decidiu ir ao encontro daquele brilho que o tinha fascinado.

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Desceu do pinheiro e seguiu o caminho que tinha traçado desde lá de cima. Quando chegou bem perto do rochedo parou e cautelosamente, pata - ante – pata, aproximou-se daquele objecto que brilhava sempre que a luz do sol nele incidia. Ficou algum tempo a tentar perceber o que seria. Até que mais

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uma vez movido pela sua curiosidade esticou a sua patita para o alcançar. Quando estava quase a tocar-lhe sentiu um enorme apertão na cauda que o fez saltar de susto. Era um urso que não gostou que ele tivesse invadido o seu território e imediatamente veio em sua defesa.

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Era enorme, com umas grandes e pesadas patas que se preparavam para apanhar o pequeno Pantufa. Mas, nesse instante o urso ficou cercado por um enxame de abelhas que há muito rondavam

por ali, ansiosas por se vingarem daquele urso que lhes roubava o mel da sua colmeia.

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Ora, preocupado em se defender do ataque das abelhas o urso esqueceu o Pantufa que rapidamente decidiu fugir daquele sítio levando com ele o estranho objecto que o tinha fascinado. Longe dali, numa pequena clareira, Pantufa parou para admirar e conhecer melhor o objecto que levava consigo. Olhou-o de um lado, olhou-o de outro e com a sua patita felpuda tocou-lhe, levemente, cheio de curiosidade mas ainda com algum receio.

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Depois de lhe ter tocado ora com uma patita, ora com a outra, aquele objecto que era, afinal, uma Lâmpada Mágica há muito tempo aprisionada na caverna do Grande Urso, ganhou vida. Era como se estivesse a tremer e a saltitar até que de dentro dela saiu uma grande nuvem de fumo que se transformou num meio -homem…

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Era o Mágico da Lâmpada que finalmente se tinha libertado da

clausura em que tinha vivido durante todo o tempo em que esteve pendurado à entrada da caverna do Grande Urso sem que ninguém tivesse acariciado a sua lâmpada e solicitado os seus serviços.

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O Pantufa assistiu a tudo completamente estarrecido e ainda mais ficou, quando ouviu o mágico dizer-lhe: - Obrigado por me teres libertado! Agora, como prova da minha gratidão, concedo-te um desejo.

Pantufa, muito admirado, só disse muito baixinho - Miau, eu só quero ir para casa!

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Mal, acabou de pronunciar estas palavras deu por si de volta ao seu quintal. Nem queria acreditar! Imediatamente correu para dentro de casa direitinho ao seu cesto. Quando lá chegou, para seu espanto e alegria, ali mesmo, ao

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lado da sua confortável manta estava a Lâmpada do seu amigo Mágico.

Então, finalmente, Pantufa ronronou e enroscou-se para uma soneca tranquila.

E…, meu dito, meu feito este conto saiu perfeito!