PANTOKRATORInformativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano III - Junho/2014 - nº 29

Inaugurando este mês de junho, a Igreja celebra as Solenidades da Ascen-são do Senhor (1º de junho) e de Pen-tecostes (8 de junho), encerrando, com esta última, o Tempo Pascal. Com a fes-ta da Ascensão do Senhor, celebramos os últimos momentos de Jesus junto aos apóstolos e a Sua volta ao Pai… É a volta anunciada por Ele mesmo no dia de Páscoa: “Vou subir para Meu e Pai vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus” (Jo 20,17). E aos discípulos de Emaús: “Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?” (Lc 24,26). A festa de Pentecostes celebra a vinda do Espírito Santo sobre os após-tolos, quando reunidos no cenáculo.

Convinha que os que tinham visto Cristo morrer na Cruz, entre os insul-tos, desprezos e escárnios, fossem tes-temunhas da Sua exaltação suprema. A Ascensão fortalece e estimula a nossa esperança de alcançarmos o Céu e nos estimula constantemente a levantar o coração, a fim de procurarmos as coisas que são do alto.

Cristo ressuscitado fez uma promes-sa aos discípulos: “Eis que Eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20). O cumprimen-to dessa promessa se torna real com a vinda do Espírito Santo. Essa promessa feita aos apóstolos se estende a nós, em nosso tempo: “Recebereis o poder do Espírito Santo, que descerá sobre vós para serdes testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria e até os confins da terra” (At 1, 8).

Transformados pelo Espírito!Pentecostes é quando o Espírito

Santo visita os apóstolos e desce sobre eles, na forma de fogo e os transforma.

Ao vir sobre eles com força extraordiná-ria, o Espírito Santo os tornou capazes de anunciar ao mundo inteiro o ensina-mento de Jesus Cristo. Era tão grande a sua coragem, tão segura a sua decisão, que estavam dispostos a tudo, até a dar a vida. Onde havia medo, timidez, agora há a ousadia de anunciar a Boa Nova, a salvação conquistada por Cristo.

A comunhão com o Ressuscitado só é completa pelo dom do Espírito, que continua em nós a obra do Cristo e Sua presença gloriosa. É por meio do Espírito Santo que Cristo age nos Sacramentos e está presente de forma real e substancial na Eucaristia, maneira por excelência pela qual Ele permanece conosco. Na Euca-ristia o Senhor atualiza o Seu Sacrifício, a doação total de Si para nossa salvação. Essa promessa se torna concreta em mi-nha vida cada vez que acolho a Sua Pre-sença, escuto a Sua Palavra e me abando-no em Suas Mãos, deixando-me conduzir

Meu Três p. 2- A espiritualidade trinitária da Beata Elisabete da Trindade para a Igreja

Uma jovem, um pedido e uma festa p. 3- Conheça a história da festa litúrgica de Corpus Christi

Arraiá Pantokrator p. 4- Canal da Providência Divina na cam-panha de compra de nossa sede

o

por Ele, meu Companheiro de jornada. Na Santíssima Trindade, o Espírito

Santo é o Amor entre o Pai e o Filho. O Espírito Santo nos impulsiona a desejar o que Deus deseja para nós a tal ponto de nos fazer superar os nossos gostos e nossas ilusões sobre o que é melhor para nós. O Amor de Deus nos faz sair de um “eu” enfraquecido e fragmentado, divi-dido pelo pecado, para alcançar o “nós” n’Ele (Amor) e nas nossas relações, de tal modo a nos considerarmos perdidos para o “eu” no “nós” que Ele realiza, numa re-lação de autêntico amor, em que o perder--se é verdadeiramente encontrar-se.

Deixe-se possuir pela força, pela gra-ça, pelo amor do Espírito Santo, e assim Ele transformará sua vida, enchendo-a de Luz!

Kátia Maria Bouez AzziConsagrada da Comunidade Católica Pantokrator

“Eis que estarei convosco até o final dos tempos”

O Pantokrator . 2

No mês em que a Igreja nos convida a mergulhar e celebrar o Mistério cen-tral da fé e da vida cristã, o Dogma da Santíssima Trindade (três pessoas dis-tintas num único Deus), logo pode vir ao coração um desejo enorme de poder compreender melhor esse MISTÉRIO.

Mas, como o próprio nome já nos sugere e a Teologia explica – MISTÉ-RIO é aquilo que se pode experimentar, ainda que não se tenha o domínio racio-nal do seu todo.

Conforme o padre João Carlos Al-meida (Pe Joãozinho, SCJ) explica: “O mistério não se compreende, se experi-menta; e Deus se conhece pela experi-ência. Logo, o mistério não é necessa-riamente para ser estudado, mas para ser experimentado.”

A Beata Elisabete da Trindade, car-melita descalça, soube experimentar Deus uno e trino e, com particular devo-ção à Santíssima Trindade, deixou para toda Igreja os caminhos que levam os cristãos a essa profunda experiência.

“Amo tanto a pureza deste mistério da Santíssima Trindade, pois é um abis-mo em que me perco!”

Elisabete Catez nasceu no acampa-mento militar de Avor (Bourges)/ Fran-ça, em 1880. Em 1901, entrou no Car-melo Descalço de Dijon, emitindo os votos em 1903. Passou “a luz, ao amor, à vida” da Pátria Celeste, em 9 de no-vembro de 1906.

Verdadeira adoradora em espírito e verdade, entre penas interiores e doen-ças viveu como “louvor de glória” da Santíssima Trindade presente na alma, encontrando o mistério da inabitação o seu “Céu na terra”, seu carisma e missão eclesial.

“Encontrei meu céu na terra, nesta querida solidão do Carmelo onde estou sozinha com Deus somente. Faço tudo com Ele e a tudo me dedico com uma alegria divina. Qualquer limpeza, qual-quer trabalho ou qualquer oração. Acho tudo belo e delicioso, porque é meu mestre que vejo por toda parte.”

Com a simplicidade de quem leva, dentro do coração, as Três Pessoas da Santíssima Trindade, a quem carinhosa-mente chamava de “Meu Três”, a Beata venceu todo seu temperamento irascível e passou a anunciar que, com a presença da Santíssima Trindade em nós, já, aqui, podemos “Fazer da Terra o Céu”.

“Encontrei meu céu na terra porque o céu é Deus e Ele está na minha alma. No dia em que compreendi isso, tudo para mim se iluminou.”

Permanecer em Deus, desejar ser aquilo que Deus quer, foram atitudes que Elisabete cultivou, vivendo o “lou-vor de Glória”, ou seja, glorificando a Deus por aquilo que Ele é e por Ele a

permitir participar de sua Santidade e de Seu amor.

Roguemos sempre a Beata que inter-ceda por nós nessa profunda experiência com o Mistério da Santíssima Trindade e que nos ajude a “Fazer da Terra o Céu”.

Beata Elisabete da Trindade, rogai por nós!

____________________Fonte: noticias.cancaonova.com/padre--explica-dogma-da-santissima-trindade – acessado em 14/05/2014 http://www.carmelosantateresa.com/san-tos/elisabete.htm - acessado em 14/05/2014

Marlene FreitasConsagrada da Comunidade Católica Pantokrator

EXPEDIENTE O Pantokrator é uma publicação mensal dirigida aos sócios, membros, engajados e amigos da Comunidade Católica PantokratorDireção Geral: Edgard Gonçalves | Grupo de Comunicação: Eliana Alcântara, Jildevânio Souza, Juliana Campos, Vanessa Cícera, Vanessa Ozelin, Vanusa Silva e Renata Andrade | Jornalista Responsável: Renata Andrade MTB 56 525 | Planejamento, Criação, Edição e Revisão: Comuni-dade Católica Pantokrator - www.pantokrator.org.br

“Meu três”

O Pantokrator .3

como instituiria e estenderia uma festa litúrgica à toda Igreja? Só o papa po-deria fazer tal coisa. A queixa foi leva-da à Jesus que disse à Juliana que não precisaria ser algo imediato, mas era algo urgente, ou seja, assim que possí-vel o cônego deveria atender ao pedido. Segundo a jovem, a festa pedida por Jesus se devia a um desejo Dele de fazer o mesmo que fazia em sua vida terre-na: caminhar entre as pessoas, curá-las, abençoá-las... Este desejo seria atendi-do mais de vinte anos depois, quando Juliana já havia abraçado a vida religiosa e quando o Cônego Pantaleón já havia sido consagrado bispo e inesperada-mentre feito cardeal. Pouco tempo de-pois do cardinalato o antigo confessor de Juliana seria eleito papa com o nome de Urbano IV e, então, compreendeu as palavras de Jesus à sua confiden-te, nas quais o Senhor o incumbia de estender uma nova festa litúrgica em honra de seu corpo e de seu sangue para toda a Igreja. Assim, no ano de 1264 nascia a Festa de Corpus Christi.

Luiz Raphael TononConsagrado da Comunidade Católica Pantokrator

No século XIII a sociedade vi-via sob o regime de Cristandade, ou seja, a sociedade civil vivia inebriada em suas leis e costumes dos ensina-mentos cristãos. A vida mundana es-tava repleta de inspirações cristãs. . Nesse contexto é que vivia a jovem Juliana, nascida na Flandres, região per-tencente à França, mas que fora criada em Liége, na Bélgica. Ainda adolescen-te passou por grandes dificuldades por conta de sua fé. Rezava muitas vezes ao dia, era solícita com os mais pobres e sentia o chamado para a vida religio-sa, mas nada disso a inquietava tanto quanto as visões que começara a ter e que a colocavam em choque consigo mesma por não saber o que seriam es-sas manifestações. Primeiramente viu por dias seguidos, um círculo bran-quíssimo que se desenhava na parade de seu quarto e que brilhava mais que o sol. Aterrada com essa situação pro-curou seu confessor o Arcediago de Liége, o Cônego Jacques Pantaleón. Narrando-lhe o que vira, o confessor a tranquiliza e pede-lhe que não atribua tanta importãncia a isso, pois se fosse da parte de Deus não lhe inquietaria,

e se fosse da parte do inimigo das al-mas, este se sentiria desprezado e bus-caria outros meios para perturbá-la. Atenta às recomendações de seu con-fessor, suas visões continuaram, mas já não lhe espantavam e foram mudando. Ela passou a ver, além do globo alvís-simo, também o monograma IHS, tra-dicional abreviatura que a Igreja utiliza referindo-se à presença real de Jesus na Eucaristia: Iesus Hominis Salva-tor - Jesus, Salvador dos Homens. Por fim, a jovem viu o próprio Redentor que se lhe apresentou pedindo-lhe que fizesse saber às autoridades da Igreja de sua vontade de ter uma nova festa litúrgica em honra de seu corpo e de seu sangue, como uma extensão da Quinta-feira Santa. A jovem Juliana de Mont Cornillon, confusa, escusou-se da missão e pediu à Jesus que comu-nicasse a um sacerdote ou bispo essa incumbência, mas o Senhor não acei-tou seu pedido, contentando-se em mandá-la contar tudo a seu confessor. O Cônego Jacques Pantaleón ao saber do que Jesus lhe pedia através de sua filha espiritual reclamou da situação e queixou-se à sua jovem interlocutora:

COMUNIDADE CATÓLICA PANTOKRATOR - (19) 3232.4400 - www.pantokrator.org.brRua Culto à Ciência, 238 - Botafogo - Campinas/SP

Missas Dominicais às 11h00 - Grupos de Oração (para todas as idades) às quintas-feiras às 20h00 Grupo Sempre Fiel (dependentes químicos) segundas-feiras às 20h00

Atendimento de Oração (com agendamento) - Cursos e Formações - Visita a casas (com agendamento)

Uma jovem, um pedido e uma festa

O Pantokrator .4

Dia 15 de junho será um dia de fes-ta, pois realizaremos mais um “Arraiá” da Comunidade Pantokrator.

A cada ano que passa, percebemos o quanto este evento é importante para nossa Comunidade, pois além de ser um momento de grande alegria, é uma excelente oportunidade de mostrarmos às famílias que a verdadeira alegria está em realizar todas as coisas do dia a dia com o coração centrado em Cristo.

Mas uma vez você é nosso convi-dado especial! Traga sua família e seus amigos para passar um dia feliz, na cer-teza de que Deus estará no meio de nós.

Neste ano, contaremos mais uma vez com a presença da dupla “Tatão e Heli-nho” com sua música de raiz, animando nosso evento. E ainda teremos uma no-vidade: “1º Concurso de Forró Pantokra-tor”, onde poderemos mostrar que a dan-ça está muito além da sensualidade que o mundo propaga, e dar o verdadeiro senti-do as coisas que o Bom Deus nos permite viver. Para este concurso, faça sua inscri-ção na sede de nossa Comunidade, onde daremos as instruções e o regulamento.

Ainda teremos nosso tradicional bingo, brincadeiras para as crianças, co-midas típicas e um ambiente saudável e de muita alegria!

Os convites estão à venda na sede de nossa Comunidade, no valor de R$ 5,00 antecipado. Coloque sua roupa caipira e venha ser feliz conosco!

Viviane CardosoConsagrada da Comunidade Católica Pantokrator

Nas últimas terças-feiras dos me-ses de abril, maio e junho, às 20h00, o Projeto “Família, torna-te o que és” promoverá três palestras abordando o temas relacionados à Identidade Mas-culina. As palestras são destinadas a homens e mulheres, casados e solteiros.

A primeira palestra já foi realizada no dia 29/04, com o tema “Masculini-dade. O que está acontecendo com os homens de hoje?” Nesta palestra bus-camos levar os participantes a enten-der por que cada vez mais temos visto homens inseguros, medrosos, omissos, passivos, demonstrando queque iden-tidade masculina tem se enfraquecido cada vez mais, e por que isto tem acon-

tecido com mais freqüência nos tempos atuais. Aqueles que não puderam assis-tir a palestra podem adquirir o CD da palestra com o Departamento de Áu-dio da nossa sede.

Na segunda palestra, que acontecerá no dia 27/05, o tema será: “ O segre-do da alma do homem”, na qual fare-mos uma abordagem espiritual sobre a identidade masculina, por que Deus o fez assim, para que “serve” o homem, quais os desejos mais profundos do seu coração, contra o que é contra quem ele deve lutar?

Na terceira palestra, que acontece-rá provavelmente no dia 24/06 (data a confirmar), o tema será: “Recapitulan-do o homem”, na qual buscaremos dar alguns direcionamentos aos homens de

como recuperar seus corações masculi-nos, como passar a viver uma masculi-nidade sadia.

É importante que as mulheres tam-bém assistam estas palestras, para que passem a ajudar os homens nesta bata-lha que eles são chamados a enfrentar para resgatar seu corações.

Lembramos que aqueles que não puderam estar presencialmente podem ter acesso às palestras assistindo em tempo real pela web-TV ou adquirindo seu CD com o Departamento de áudio da nossa sede.

Um grande abraço a todos.

Ricardo BidoiaConsagrado da Comunidade Católica Pantokrator e Supervisor do Projeto “Família, torna-te o que és”

Projeto Família