panorama hospitalar 16ª edição junho de 2014

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P anorama www.revistapanoramahospitalar.com.br Gestão - Tecnologia - Mercado Hospitalar e as tendências de Saúde no Brasil Hospitalar Feira e Fórum Ano 1 • N o 16 • Junho/2014 ENTREVISTA: Telma Sobolh, líder dos voluntários do Albert Einstein

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A revista Panorama Hospitalar apresenta ao administradores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnologias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor.

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Page 1: Panorama Hospitalar 16ª edição Junho de 2014

Panorama

www.revistapanoramahospita lar.com.brGestão - Tecnologia - Mercado

Hospitalar e as tendências de Saúde no Brasil

Hospitalar Feira e Fórum

Ano 1 • No 16 • Junho/2014

entrevista:

Telma Sobolh, líder dos voluntários do Albert Einstein

Page 2: Panorama Hospitalar 16ª edição Junho de 2014

RP Medical Systems | Alameda Rio Negro, 1084 - conj. 156 AlphavilleCEP: 06454-000 - Barueri - SP +5511 4688-1919 | www.rpmedical.com.br

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Page 3: Panorama Hospitalar 16ª edição Junho de 2014

Junho, 2014 3

Editorial

Copa cara,Saúde barata

Os gastos e os empréstimos do governo federal, dos Estados e das prefeituras com a Copa somam R$ 25,5 bilhões, segundo informa-ções oficiais divulgadas até o fechamento dessa edição. Em entre-

vista ao jornal O Estado de S.Paulo, o secretário executivo do Ministério dos Esportes, Luis Fernandes, revelou que o valor subirá para R$ 28 bi-lhões em julho.

O que representa um aumento de mais de 10% em comparação com a última previsão, feita em abril. A Copa de 2014 será a mais cara da história. Em comparação com as duas últimas edições, o valor já é três vezes maior do que da Alemanha em 2006 e quatro vezes o que foi gasto na África do Sul em 2010. O lucro da FIFA também atinge recorde nessa edição.

E o qual é a importância disso tudo? Os gastos da Copa represen-tam aproximadamente 12,5% dos gastos anuais do governo em Saú-de, que somam R$ 206 bilhões. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos, o investimento anual em Saúde em 2014 será $1.3 trilhão. Pois Saúde é prioridade.

A escolha pelo investimento em um evento como este resulta na continuidade das péssimas condições que o sistema público apresenta hoje. Uma operadora de plano de Saúde cobra cerca de R$ 2.400 por ano e o governo não dispõe nem da metade desse valor por habitante. Os R$ 206 bilhões equivalem, em média, a R$ 1 mil por pessoa. Se a maioria da população não tem condições de pagar por um plano de Saúde, não faz sentido investir em Copa do Mundo.

Esse tema foi amplamente discutido na 21ª Hospitalar Feira e Fó-rum, maior evento do setor na América Latina. A abordagem foi bastante abrangente, tratou desde inovação, fortalecimento da indústria de saúde e gestão de recursos para o sistema público de saúde, até o mercado de saúde suplementar e o desafio da sustentabilidade dos hospitais brasilei-ros. E a ideia predominante foi a seguinte: não falta dinheiro, falta ges-tão. Falta gestão de recursos, projetos, pessoas, clínica, financeiro, admi-nistrativo, e por aí vai. A necessidade de gestão está inclusive na condição para que o País cresça e gere mais renda para ser investida em Saúde.

Aproveite a leitura!

Edição: Ano 1 • N° 16 • Junho de 2014

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Panorama

Keila MarquesEditora

Alameda Madeira, 53, Cj. 92 - 9º andar06454-010 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500

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Presidência e CEOVictor Hugo Piiroja

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7732

Publicidade - Gerente ComercialChristian Visval

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Ismael Paganie. [email protected]

t. + 55 (11) 2424.7724

Fernando Melhado e. [email protected]

t. + 55 (11) 2424.7723

Luciano Itamar Souza e. [email protected]

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EditoraKeila Marques

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7739

RepórterCarolina Spillari

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7741

Conselho TécnicoDr. Gonzalo Vecina Neto,

Dr. Eustácio Vieira e Dra. Pina Pellegrini

FinanceiroRodrigo Oliveira

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.77

Assistente AdministrativoMichelle Visval

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7728

MarketingTomás Oliveira

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Graphic DesignersCristina Yumi

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Flávio Bissolottie. [email protected]

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João Corityace. [email protected]

t. + 55 (11) 2424.7737

Web DesignerRobson Moulin

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SistemasFernanda Perdigão

e. [email protected]. + 55 (11) 2424.7726

Wander Martinse. [email protected]

t. +55 (11) 4197.7762

A RevistaA revista Panorama Hospitalar apresenta aos administra-dores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnolo-gias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor.

Panorama Hospitalar Onlines. www.revistapanoramahospitalar.com.br

Tiragem: 15.000 exemplaresImpressão: Duograf

Page 4: Panorama Hospitalar 16ª edição Junho de 2014

Panorama Hospitalar

Sumário nesta edição

Dra. Waleska Santos

4

Case study

Mundohospitalar

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Confira a cobertura da 21ª Hospitalar Feira e Fórum com os principais lançamentos

de produtos e as novidades do evento

NotÍciaS

10º Prêmio FBaH de Administração Hospitalar

Drager comemora 125 anos

FaBricação De equiPameNtoS méDicoS cresce mais de 15% no primeiro trimestre

aBimo vence prêmio da Apex-Brasil

aliaNça eStratégica em SaúDe Hospital da Restinga, da rede Moinhos de Vento, usará soluções da Totvs por meio de uma Aliança Estratégica em Saúde

“geStão é goStar De geNte” Para Denise Santos, CEO da Beneficência Portuguesa de São Paulo, gostar de gente é fundamental em um modelo de gestão

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6

7

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10

10

livro48

ageNDa50

BD max

SamSuNg

SiemeNS

14ProDutoS e ServiçoS

telma SoBolH

coordena uma equipe de 460 voluntários que, segundo ela, trabalham

por uma causa e gostam do que fazem

entreVista

18 40

eSPecial imagem: JPr

Recordamos a história da Radiologia no Brasil e apresentamos um pouco

mais do que aconteceu na 44ª Jornada Paulista de Radiologia. Confira!

viDeocoNFerêNcia

Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo implanta rede de

atendimento médico à distância para o esclarecimento de diagnósticos

e monitoramento de pacientes

turiSmo De SaúDe

Agência de Florianópolis (SC)organiza tratamentos médicos e

passeios guiados na Ilha da Magia

25

42

42

PoNto De viSta

FerNaNDo l. motta DoS SaNtoS Investir Certo: Por que projetos fracassam?

liBâNia De alvareNga PaeS TI não é só Tecnologia

Silvio celeStiNo Abrace seus problemas

434446

Page 5: Panorama Hospitalar 16ª edição Junho de 2014

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Page 6: Panorama Hospitalar 16ª edição Junho de 2014

Panorama Hospitalar6

de Administração Hospitalar10º Prêmio FBaH

A fabricante alemã de equipamentos médicos e de segurança celebrou os seus 125 anos em evento para cerca de 100 convidados, realiza-

do no dia 21 de maio, segundo dia da 21º Hospitalar Feira e Fórum, em São Paulo (SP). Para o presidente do Conselho Executivo, Stefan Drager, “o momen-to é uma ótima razão para refletirmos sobre o que torna a Drager especial”. Ele esteve no Brasil e irá percorrer o mundo todo para comemorar com seus clientes. Após o discurso, foi realizada uma expo-sição dos “Dräger Moments”, com objetos que

representam cada momento importante da his-tória da companhia nos segmentos em que atua. No ano passado a companhia completou 60 anos de atuação no Brasil. A primeira filial brasileira foi inaugurada em 1953, na capital paulista. Somente em 1988 a empresa inaugurou um prédio próprio em Barueri, cidade da região metropolitana de São Paulo. Atualmente, a companhia mantém escritó-rios em Recife, Salvador, Triunfo, Macaé e Manaus, e cerca de 240 funcionários que trabalham em duas divisões, de Hospitais e Segurança.

Notícias

Os vencedores do 10º Prêmio FBaH de administração Hospitalar

A Federação Brasileira de Administradores Hospita-lares (FBAH) reuniu líderes e gestores da área de saúde na noite de 19 de maio, véspera do início

da 21º Hospitalar Feira e Fórum, para o 15º Jantar do Administrador Hospitalar. A iniciativa também marcou a entrega do 10º Prêmio FBAH de Administração Hos-pitalar. O Prêmio Administrador Hospitalar foi entregue ao diretor geral do Hospital Regional do Baixo Amazo-nas, Hebert Moreschi. Na categoria Hospital Privado, o Prêmio de Administrador Emérito foi para Maria Lúcia Pontes Capelo Vides, superintendente do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos (SP). Enquanto que na categoria Hospital Público, o premiado foi Antônio José Rodrigues Pereira, o “Tom Zé”, chefe de Gabinete do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. E na categoria Hospital Fi-lantrópico, Renato Sargo, superintendente do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc).

Drager comemora 125 anos

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Crédito: Divulgação Drager

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Janeiro, 2014 7

Notícias

Fabricação de equipamentos médicos cresce mais de 15% no primeiro trimestreA fabricação de equipamentos e materiais de uso médico-hospitalar e odontológico cresceu

15,3% no primeiro trimestre de 2014 em relação ao mesmo período de 2013. Já as importações des-ses produtos - em especial de aparelhos de raios X e os que utilizam radiações - registraram queda de 13,9% em igual período. Os dados fazem parte de um estudo sobre o desempenho do setor de pro-dutos para a saúde realizado pela consultoria econômica Websetorial para a Abimed - Associação Bra-sileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares.

O levantamento mostrou ainda que as vendas do setor cresceram 12,7% no primeiro trimestre do ano e que 1.858 novos empregos foram gerados no período - 3,8% a mais do que no primeiro trimestre do ano passado. Na avaliação da Abimed, os resultados retratam as mudanças que estão ocorrendo no setor em decorrência das políticas industriais de estímulo à fabricação local de produtos para a saúde, que incluem a realização de parcerias entre os setores público e privado. “Esses números podem ser os primeiros resultados dos Processos Produtivos Básicos (PPBs) aos quais as empresas do setor aderiram, iniciando ou ampliando a produção local de equipamentos e produtos médico--hospitalares”, analisa Carlos Goulart, presidente-executivo da Abimed.

A Associação foi vencedora da 5ª edição do prê-mio Excelência em Exportação da Apex-Brasil na categoria “Iniciativa Inovadora de Promoção

Setorial - Entidade Parceira”. A premiação foi realiza-da pela Agência com o tema “Brasil Beyond”, dia 28 de maio, em São Paulo (SP). A Abimo concorreu ao Prêmio com outros 80 setores. O case premiado foi o Programa de Incentivo à Certificação (PIC), promovi-do pelo projeto Brazilian Heath Devices para auxiliar

na obtenção da certificação internacional americana - FDA (Food and Drug Administration). “Pretendemos melhorar a imagem da qualidade dos produtos brasi-leiros para a saúde e aumentar as vendas, não somen-te para os EUA, mas para diversos outros mercados que associam o selo FDA à confiabilidade e qualida-de”, afirma a gerente de exportação da Abimo, Paula Portugal. Países como Chile, Jordânia, Israel também exigem a certificação.

Paula Portugal (à direita), da abimo, na entrega do prêmio excelência em exportação da apex-Brasil

abimo vence prêmio da Apex-Brasil

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Panorama Hospitalar8

O livro “A Saúde no Brasil – Do Descobrimento aos Dias Atuais”, concebido e patrocinado pelo Instituto Nacio-nal de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), foi

lançado oficialmente durante a 21º Hospitalar Feira e Fórum. A publicação tem tiragem limitada e foi escrita pela historia-dora e professora Sônia Maria de Freitas. Um dos capítulos é inteiramente dedicado à história das Santas Casas e os Reais Hospitais Militares, primeiras organizações hospitalares do país. Em seguida, aborda a implantação das Beneficências Portuguesas e hospitais fundados por imigrantes, a partir da metade do século XIX, chegando à evolução tecnológica, desde os primeiros instrumentos cirúrgicos rudimentares até os mais avançados equipamentos da atualidade. São descritos como se desenvolveu a saúde pública no país e a efervência sanitarista e higienista, do final do século XIX. Na avaliação de José Carlos Rizoli, presidente do INDSH, a ideia nasceu do de-sejo de disseminar a evolução da história da Saúde no Brasil. “Entendemos que para progredir rumo ao futuro, precisamos conhecer muito bem nosso passado”, conclui.

Ciclistas entregam exames no HCor

Cerca de 40% dos exames entregues em domicílio pelo HCor poderão ser transportados por ciclistas. O serviço de bike courier deve cobrir toda a região da Avenida Paulista, localiza-da nas proximidades do hospital, e outros bairros no alcance de até cinco quilômetros em torno da Instituição, como Paraíso, Vila Mariana e Mooca. Com a mudança, a taxa de entrega reduz pela metade, no caso das viagens feitas por ciclistas. O valor é pago pelos pacientes.

Antes, apenas motoboys eram contratados e eles devem continuar respondendo por 60% da demanda. “Nosso foco na sustentabilidade foi o principal motivador da escolha”, afirma Paulo Henrique da Costa, gerente do Centro de Diagnósticos do HCor. O HCor entrega cerca de três mil exames em domicílio todo mês, e os ciclistas devem realizar mil e duzentos envios men-sais. Um projeto piloto foi testado por dois meses, entre março e abril, e a aceitação do serviço foi positiva. “Os ciclistas andam uniformizados e têm sido bem recebidos pelos pacientes, geralmente em endereços residenciais”, afirma.

Notícias

História da Saúde no Brasil

Crédito: HCor

Page 9: Panorama Hospitalar 16ª edição Junho de 2014

Notícias

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Rastreabilidade de medicamentos

O II Workshop “Implantação da Codificação e Rastre-abilidade de Medicamentos” aconteceu no dia 26 de maio, em Brasília. O encontro, promovido pela

Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (Alfob), teve por objetivo avaliar as ações já desen-volvidas para a rastreabilidade e planejar estratégias para o cumprimento das regulamentações previstas na RDC 54/13, que criou o Sistema Nacional de Controle de Me-dicamentos. A norma estabelece um prazo de três anos

para a implantação desse sistema e demais mecanismos para rastreamento. Prevê a utilização de um Identificador Único de Medicamento (IUM), que de-verá ser aplicado em embalagens secundárias, responsável por acondicionar os insumos farmacêuticos. E ainda prevê o rastreamento dos produtos desde a fabricação até a entrada no estabelecimento. “A expectativa é que a rastre-abilidade possibilite maior segurança do paciente, redução de roubos, melhor gestão de custos de saúde, além de otimização das ações sanitárias”, explica a assessora da Presidência da Anvisa, Ana Paula Barreto.

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Panorama Hospitalar10

Notícias

Um novo hospital construído pela Associação Hospitalar Moinhos de Vento deverá ser inau-gurado em Porto Alegre até junho, estima a

Secretaria de Saúde do Governo do Estado do Rio Grande do Sul (RS). O Hospital da Restinga é fruto de uma parceria público-privada, dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).

Além do Governo do Estado do RS, o Ministério da Saúde e a Prefeitura de Porto Alegre negociam o valor do contrato para administração do hospital, esti-mado entre R$ 3,8 milhões a R$ 4,1 milhões por mês, segundo dados do Governo do RS.

Luciano Hammes, superintendente do Hospi-tal Moinhos de Vento, explica que o hospital é visto pelo Ministério da Saúde como uma solução de um hospital modelo para o SUS. Para operacionalizar a tecnologia dentro deste hospital, Hammes conta que, como médico testou vários sistemas para implantar no hospital. “O sistema da Totvs é preocupado com o usuário final. Será possível olhar todo o histórico de medicamentos de um paciente em um clique. A interface exibe uma linha do tempo.”

Nelson Berny Pires, diretor de Segmentos de Saúde da Totvs, acrescenta que o “Hospital é o pri-meiro cliente a adquirir uma solução da Aliança Estra-tégica em Saúde”. Essa aliança reúne em uma mesma equipe Totvs, Hospital Israelita Albert Einsten, Micro-soft e Intel. Cada agente entra com sua especialidade. A solução utilizada pelo Hospital da Restinga vinha

sendo desenvolvida em parceira com o Hospital do Coração, o HCor, há cinco anos”.

Dentro do pacote de soluções oferecidas pela Totvs está a plataforma fluída ou Fluig, software da Totvs com rede social, ECM, workflow, gestão de documentos e uma série de ferramentas. Essas funcionalidades levam em consideração, de acordo com o executivo da Totvs, a proximidade das pessoas com o celular.

Durante a 21º Hospitalar Feira e Fórum, a Totvs apresentou um prontuário eletrônico que conversa com o médico, o software HIS. “Como no filme Her, o sistema operacional conversa com o usuário, e no final das contas o usuário acaba se apaixonando por ele”, diz Pires. Esse sistema reconhece escrita. “Po-demos escrever na tela do tablet e conversar com o prontuário eletrônico registrando as informações lá.”

Com todas essas facilidades da tecnologia, “o objetivo do hospital, a médio prazo, é ser um hospital sem papel. O software permite isso. O hospital usa wi-fi. Um dos critérios da escolha foi o pacote com-pleto”, detalha Hammes.

Francisco Sapore Júnior, diretor de Saúde para a América Latina da Microsoft, diz que a companhia en-trou com a plataforma Microsoft, sistema operacional Windows, SQL em máquinas suficientes para suportar toda a estrutura. “Com esse tipo de ação podemos alavancar em outros hospitais. Existem modelos de ne-gócios que podem transformar a área de saúde. Por exemplo, o uso de nuvem. Vamos usar novas platafor-mas para transformar o mercado de saúde.” PH

Hospital do Sul já nasce hi-techSob gestão da Associação Hospitalar Moinhos de Vento, Hospital da Restinga usa soluções da Totvs e é apoiado pela Aliança Estratégica em Saúde

nelson Pires, diretor de segmentos de saúde da totvs, Luciano Hammes, superintendente do Hospital Moinhos de vento e Francisco sapore Júnior, diretor de saúde para a américa Latina da Microsoft

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Notícias

Panorama Hospitalar12

gostar de gente”“gestão é

Denise Santos, CEO do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo foi moderadora da palestra “Financiamento e Gestão em Saúde”,

realizada na 21º Hospitalar Feira e Fórum, durante o Congresso de Gestão em Saúde. Em entrevista à Pa-norama Hospitalar, ao final da palestra, ela comentou a importância da proximidade entre pessoas que tra-balham em uma instituição de saúde.

PH - Quais são os maiores desafios para um ges-tor à frente de um hospital como a Beneficência Portuguesa?Denise - Quando a gente fala em gestão, tem uma coi-sa muito simples que a gente [da Beneficência Portu-guesa de São Paulo] traduz lá dentro como proximidade. O gestor tem que estar próximo. Isso significa compar-tilhar a estratégia desde o primeiro nível da organização até o porteito. E cada um tem que saber por que a sua atuação é importante dentro daquele contexto. Quando a gente monta um planejamento estratégico e o trans-forma em orçamento de curto prazo, tem que haver envolvimento. E se esse envolvimento for o mais amplo possível, vai causar engajamento. Só assim a gente con-segue fazer as pessoas acreditarem.

PH - O que você considera fundamental em um modelo de gestão?Denise - Não basta só atender ou só prestar um bom serviço, é preciso acreditar em uma causa. A gestão tem que ter um propósito maior. Nós traduzimos esse propósito em três palavras: atenção, bem-estar e carinho. Isso não vale só para o paciente, mas para todos aqueles que estão ao seu lado, acima ou abai-xo [na empresa]. Gestão é gostar de gente. Costumo dizer muito isso para quem trabalha, porque este é, de fato, um ato solidário. Depois vem todo o resto, resultados financeiros, metas, desempenho. Nós so-

mos uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, mas que tem lucro, porque eu tenho que reinvestir para que o hospital continue rodando [sic]. Temos um século e meio de vida, não podemos falar de ges-tão sem falar de proximidade. Especialmente em um mundo onde a gente acha que a conectividade virtual tomou conta das relações.

PH - Como as novas tecnologias de gestão têm colaborado, ou não, para o hospital?Denise - O hospital tem três pilares importantes. O lado financeiro, sem dúvida, é um deles, senão como é que você cria suficiência operacional não deixando de lado qualidade assistencial? Tem outro pilar que é a tecnologia, e estamos falando desde equipamen-tos que vão gerar diagnósticos mais precoces, até a tecnologia da informação, que reúne dados apurados em processos automatizados. E por fim, pessoas. Esse pilar pessoas, obviamente, permeia todos eles. Quan-to mais competente a gente for pra gerir esses três focos, mais vai haver equilíbrio financeiro sem perda de qualidade assistencial, tecnologia na medida, nem mais nem menos, e proximidade entre as pessoas.

PH - Qual é a responsabilidade do social do hospital?Denise - A gente como instituição privada, e eu não falo só de hospitais, tem compromisso com a respon-sabilidade social, para o Brasil sair desse estágio de País em desenvolvimento e pular para outro estágio. Não é só uma responsabilidade pública, é uma res-ponsabilidade do cidadão e, também, empresarial. Gestão tem a ver com isso: o quanto você consegue tirar a maior satisfação possível das pessoas que tra-balham em prol de uma causa para um resultado sus-tentável, de perenidade. Bacana estar em um lugar de 154 anos, vai fazer 155 neste ano. Não vamos ver os próximos 155, mas queremos deixar história.

Confira a entrevista com Denise Santos, CEO da Beneficência Portuguesa de São Paulo, que foi moderadora da palestra “Financiamento e Gestão em Saúde” realizada na 21º Hospitalar Feira e Fórum

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gostar de gente”

Atuando no limite do conhecimento, para alcançar as melhores taxas de cura do câncer infantojuvenil

Quimioteca

Pesquisa

Cirurgia

UTI RessonânciaTransplante de Medula Óssea

Brinquedoteca

• Centro de Transplante de Medula Óssea • Centro de Diagnóstico por Imagem • Quimioterapia • Brinquedoteca Terapêutica • Consultórios • UTI Pediátrica • Centro Cirúrgico • Unidades de Internação • Laboratório de Transplante de Medula Óssea • Laboratório de Genética • Laboratório de Hematologia

O GRAACC é uma instituição que trabalha

no limite do conhecimento científico, perseguindo de forma determinada a cura de crianças e adolecentes com câncer.

Para isso, administra e mantém um hospital, o Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC/Unifesp), preparado para realizar um tratamento eficaz e humano, que o coloca em igualdade com os maiores centros de oncologia pediátrica do mundo.

A união de profissionais capacitados, recursos tecnológicos, equipamentos e tratamentos avançados permite a realização de cirurgias complexas, para os mais diversos tipos de tumores. Tudo isso acrescido do suporte social aos pacientes e seus familiares.

Trabalhando em parceria técnico-científica com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o GRAACC opera em regime de hospital-dia, beneficiando seus pacientes com os resultados das atividades realizadas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, além de formar novos mestres e doutores que levam o conhecimento avançado e o tratamento de qualidade em oncologia pediátrica para todas as regiões do país.

E, tudo isso, para oferecer à criança e ao adolescente com câncer todas as chances de cura, com qualidade de vida.

Saiba mais em: www.graacc.org.br

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Panorama Hospitalar14

Produtos e Serviços

Diagnóstico: compacto e portátil

Detecção rápida de doenças

A BD (Becton Dickinson Indústrias Cirúrgicas) lançou um equipamento de bancada que acelera a leitura de códigos genéticos e detecção de doenças. Registrado na Anvisa, o BDMAX pode ser utilizado por laboratórios clínicos

que oferecem diagnóstico molecular. Ele automatiza o fluxo de trabalho ao realizar a purificação dos ácidos nucleicos e a detecção por PCR (reação em cadeia da polimerase) em tempo real. Deste modo, patógenos bacterianos, virais e parasitários são encontrados. Valeria Andrade, especialista em Desenvolvimento de Negócios para Biologia Molecular da BD, explica que “a máquina possibilita ao laboratório a automação de protocolos próprios e o desenvolvimento de testes para a detecção dos agentes infecciosos sazonais”, diz. O BDMAX faz a leitura por scanner dos códigos de cada amostra, das tiras de reagentes e posteriormente realiza a dupla checagem desses códigos, permitindo um padrão de qualidade maior no diagnóstico da amostra de DNA. Sua capacidade de processamento é de até 120 amostras em oito horas. Os primeiros resultados saem em até duas horas.

O objetivo da Samsung é aplicar seu conhecimento sobre como as

pessoas usam a tecnologia para oferecer aos parceiros uma nova experiência que torne seus negócios mais conectados, colaborativos, flexíveis e produtivos. Durante a JPR 2014, além da sua linha completa de equipamentos de ultrassom, a Samsung apresentou mais dois lançamentos. Trata-se do PT60A, um equipamento de ultrassom em formato de Tablet com foco na área de emergência e anestesia e o equipamento HM70A, um ultrassom portátil premium que pode ser utilizado em exames para todas as especialidades com alta qualidade de imagem. Ambos estão em fase final de registro na Anvisa e, deverão entrar em comercialização neste semestre.

O Acuson P300 é um equipamento de diagnóstico

compacto e portátil, com ampla gama de transdutores que auxiliam em diversos exames, desde aplicações tradicionais até complexas especialidades. Entre eles, abdominal (adulto, pediátrico, neonatal), Adulto Transcraniano, Faixa Peitoral, Cardíaco Abdominal (adulto, pediátrico, neonatal), Emergência, Imagens Gerais, Musculoesquelético, OB/Gyn, Pequenas Partes e Vascular. O sistema foi ergonomicamente desenhado para dar plena mobilidade ao equipamento. O Acuson P300 tem tecnologias avançadas como Imagem Harmônica, Redução de Speckle, Composição Espacial por Feixes, Imagem Trapezoidal e Panorâmica e solução completa de relatórios estruturados; além de solução DICOM completa.

ultrassom: qualidade imagem

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Ficha técnica

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Airo permite a realização de diversos procedimentos, como, por exemplo, no crânio, na coluna vertebral e casos de trauma. Abaixo da mesa onde o paciente se deita, há uma esteira na qual o arco pode ser movido em direção ao paciente durante a cirurgia, promovendo mais flexibilidade de uso. A previsão é que a liberação da Anvisa ocorra em dezembro deste ano.O Airo pode ser usado em conjunto com o Curve, em cirurgias guiadas por imagem, para expandir as indicações para o uso de imagem intraoperatória. Como uma solução 3 em 1, o Airo oferece imagens com qualidade de uma tomografia de diagnóstico, imagens completa dos tecidos moles, e com um volume de imagem de 51,2cm x 100cm.

Crédito: Panorama Hospitalar

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Panorama Hospitalar18

telma sobolh.

transparência

Por Keila Marques

A gente ganha pela

Telma Sobolh é presidente do departamento de Voluntários da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein há 19 anos e coordena uma equipe de 460 voluntários que, segundo ela, trabalham por uma causa e gostam do que fazem

Entrevista

Ao me receber em seu escritório para uma en-trevista, na sede do hospital Albert Einstein no bairro do Morumbi, em São Paulo (SP), Telma So-

bolh não só explicou como funciona o sistema de Vo-luntariado da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE), como também relembrou o início desse trabalho e da própria SBIBAE. Para isso, ela teve que contar um pouquinho de sua própria história. Afinal, são 19 anos na presidência do departamento e 27 como voluntária da Sociedade.

Sob o seu comando, o Voluntariado acompanhou o crescimento do Hospital Albert Einstein, conquistan-do duas certificações de qualidade, o sistema ISO 9001 e a Joint Commission International (JCI). Ela também colaborou para a publicação de três livros e se prepara para lançar mais um em outubro, com a proposta de mostrar que ‘todos nós podemos fazer a diferença’. Telma diz não acreditar em trabalho social sem trans-parência, que não apresente resultados. Talvez por ser genuinamente verdadeira, não saiba viver sem trans-parência. O engajamento, e envolvimento, com o qual ela encara o trabalho estão implícitos na maneira como ela fala - com mais leveza do que preocupação. Natu-ralmente, quem está ao seu redor sente-se inspirado. Pelo menos foi assim que me senti após duas horas de conversa. Nessa entrevista, você vai entender como ela lidera 460 voluntários, além dos funcionários que trabalham no setor administrativo do departamento.

São pessoas que trabalham por uma causa e, como a própria Telma diz, “gostam do que fazem”.

PH - Como começou o projeto de voluntariado do hospital Albert Einstein?

Estou aqui há quase 30 anos. Não sou da velha--velha guarda. Tenho amigas que são e nós [as mais novas] as chamávamos de pedras fundamentais. Hoje a pedra fundamental sou eu [risos]. Eu sempre digo que esse hospital nasceu de uma situação bastante in-teressante: um grupo de médicos e empresários queria ter um hospital de nível internacional criado pela co-munidade judaica. Durante a construção do hospital, em 1955, um grupo de mulheres começou a arrecadar fundos e colaborar para a construção. Em 1969 elas criaram a pediatria assistencial para atender os filhos das pessoas que estavam construindo o hospital, o Pa-lácio do Governo e o Estádio do Morumbi, em caráter de ambulatório. Essas pessoas vieram construir essas três obras, acabaram invadindo as terras nos arredo-res e não tinham assistência médica. O hospital só foi inaugurado em 1971. Então o trabalho social começou antes mesmo de o hospital ser inaugurado. Depois a pediatria assistencial se tornou Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis [nas proximidades do hospital]. O Voluntariado está ligado à presidência da Sociedade, que tem como presidente o Dr. Claudio Lut-tenberg, e completa 59 anos neste ano.

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Entrevista

Junho, 2014 19

telMa sobolh.

Eu não acredito em trabalho social que não tenha transparência, que não

apresenta resultados”

PH - Como você define o perfil do voluntário de hoje?

Voluntário é a pessoa que realmente pode fa-zer a diferença com os seus potenciais. Hoje nós so-mos 460 voluntários, trabalhando em 54 setores que são divididos em quatro grandes áreas. Se você me perguntar se somos todos judeus, te respondo: não. Acho que só 30% são. Esse hospital foi feito para a comunidade brasileira. Temos quase 30 voluntários no Hospital M’Boi Mirim, mas a maioria está em Paraisó-polis (160) e no Einstein (120). Dentro do Instituto de Responsabilidade Social temos uma casa de idosos, o Residencial Israelita Albert Einstein (RIAI), no qual 160 idosos moram. Temos voluntários homens e mu-lheres. A maioria tem entre 40 e 60 anos e é mulher.

PH - Qual é a rotina dos voluntários?Somos rígidos. Aqui você não vem quando quer.

Todo mundo tem horário certo, tem rotina, tem setor certo de trabalho. Apesar de voluntário, o trabalho é como o de um profissional. A média é de quatro ho-ras de trabalho por semana. Algumas pessoas querem trabalhar em mais de um setor, mas só permitimos três setores por voluntário. Eles trabalham sozinhos ou auxiliam outros profissionais, depende o caso. O voluntário fica com a gente, em média, cinco anos. Nossa meta é chegar até o final do ano com 480 vo-luntários e crescer mais 5% em número de volunta-riado e atendimento. Então, pra este ano, nossa meta é chegar aos 35% em atendimento. Funcionário de voluntariado é criado aqui, não tem uma escola que ensina a administração deste departamento. O volun-tário trabalhar com amor e você tem de administrar o amor dele, porque muitas vezes sufoca [risos].

PH - Qual é a diferença ente o voluntário e o profissional?

Acho que o profissional tem uma gama de coi-sas para fazer normalmente e nem sempre exer a profissão que gosta. Já o voluntário faz o que ele gosta. Uma vez por mês nós fazemos uma seleção de novos voluntários e a média de comparecimento é de 40 a 60 pessoas. Desse grupo aproveitamentos no máximo 10. Às vezes a visão da pessoa sobre o que é ser um voluntário não é o que a gente en-tende por ser voluntário. Muita gente nos procura porque acha que vai conseguir emprego no hospi-tal, mas funcionário não pode ser voluntário. Muita gente, psiquicamente, não está preparada. Temos

uma gama de atividades muito grande, então com alguma a pessoa você vai se identificar, desde que queira levar isso a sério. PH - Como o departamento de Voluntários ga-nhou importância no hospital?

O voluntariado começou como arrecadador de fundos para o hospital e só depois adquiriu a propos-ta de ajudar crianças. Ele representava o âmago da parte social do hospital. No começo, poucos médicos queriam vir para cá, isso aqui era só mato. Depois o hospital foi crescendo e cada de os presidentes tinha uma visão diferente. O primeiro queria construir um hospital. O segundo acreditava que ter equipamentos fantásticos poderia ser um diferencial - e foi. O tercei-ro veio com a qualidade. Já o quarto, o Claudio, tinha uma visão maior. Ele saiu dos muros do Morumbi. Já tínhamos unidades avançadas de Check-up e a de Al-phaville, mas ele ampliou. E o voluntariado caminhou junto, seguindo a qualidade e a dimensão do hospital. Tínhamos que estar no mesmo nível do hospital. Aqui se respirava qualidade. Eu pensava assim: se não me igualar, vou sumir. O sistema ISO de qualidade foi a forma que encontrei para conseguir administrar uma diversidade tão grande de ações.

PH - Como você administra o departamento?Aqui é um departamento como qualquer outro

do hospital. Não me sinto diferente de outros profis-sionais. Se somos voluntários, temos uma razão de ser. E eu ponho a mão na massa. Mas é preciso ter condições de administrar, então fomos buscar um sis-tema que nos ajudasse. Com o crescimento que tive-mos nos últimos anos, vieram o RIAI, o M’Boi Mirim e as parcerias públicas. Como é que eu iria administrar se não tivesse um sistema que me ajudasse? O siste-ma ISO de qualidade me ajuda muito no sentido de avaliação constante de todos os processos, mas eu não acredito em um Voluntariado que não tenha uma equipe profissional. Atualmente a equipe profissional é que administra, formada por nove pessoas, eu dou as coordenadas. É fundamental ter profissionais capa-citados que acreditem que a área social é importante, porque nós trabalhamos por uma causa. Não é fácil trabalhar aqui porque é o Einstein. Inclusive nós te-mos conotação de rico, entao para pedirmos doação é mais complicado.

PH - Como vocês recebem as doações?Conseguimos as doações pela qualidade e se-

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Entrevista

Panorama Hospitalar20

telMa sobolh.

riedade do nosso trabalho. A gente ganha pela trans-parência. Conforme a pessoa doa, recebe na hora uma carta de agradecimento e o que eu vou fazer com aquilo. Esse trabalho tem frutos, tem resultado. Ninguém me cobra, mas eu não consigo agir diferen-te. Todo final de ano nós divulgamos um relatório de prestação de contas com quantos atendimentos fo-ram feitos. Eu não acredito em trabalho social que não tenha transparência, que não tenha resultados. A cada seis meses nós fazemos um avaliação que faz com que nós tenhamos mais produtividade. No ano passado, nós tivemos, com o mesmo número de vo-luntários, 30% a mais de atendimentos. Até o Cláu-dio [presidente do hospital] falou que nós somos um dos únicos departamentos que conseguiu crescer em produtividade com o mesmo número de pessoas.

PH - Você é pedagoga de formação. Como se en-volveu com o Voluntariado?

Na época da faculdade nós tínhamos gana pelo social. Então, com o Voluntariado, eu tive a chance de resgatar algo da minha adolescência. Comecei 27 anos atrás, ligando para as fábricas para pedir doação de comida. Como consegui muita coisa, comecei a pedir produtos também. Tornei-me voluntária por que recebi um convite do chefe da Pediatria Assistencial. Está aí uma coisa que a gente não pode fazer. Vo-

luntário tem que ser voluntário por que quer, senão a culpa vai ser do outro. É o caso de quem vai ser voluntário por que prometeu para Deus. O problema dele é com Deus, não é com a causa. Por isso todo mundo que vem pagar promessa não fica. Depois eu ainda levo a culpa perante Deus por que o voluntário não se adaptou. Falou que está pagando promessa, estou fora [risos].

PH - Qual é o segredo para manter um projeto como este?

Comprometimento e gerenciamento disso tudo. Cada um dos 55 setores tem a sua coorde-nadora. O sistema ISO exige que você faça análise crítica de todos os processos a cada seis meses, com dois indicadores, de presença e de funcionamento do setor. Como posso ter uma voluntária que veio 30% e a outra 170%? Tem alguma coisa errada e uma hora aquela que veio mais, não vai querer mais vir. Então você se previne de um problema futuro. Por exemplo, na hemodiálise as pessoas gostam de ficar quietinhas. Já na UTI me pediram os clowns [palhaços], eu achei que não ia dar certo, mas os pacientes estão amando. Hoje eles também vão ao M’Boi Mirim. Então aquela frase ‘o que é bom pra mim não é bom para os outros’, não é verdade. Te-mos 20 clowns e eles são um sucesso.

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Entrevista

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telMa sobolh.

telma sobolh: “aqui é um departamento como qualquer outro do hospital, não me sinto diferente de outros profissionais, porque, se somos voluntários, temos uma razão de ser”.

PH - Como começou o trabalho voluntário em Paraisópolis?

Até 15 anos atrás, as crianças eram internadas aqui. Depois percebemos que precisávamos trabalhar com a prevenção, mas não tínhamos espaço aqui den-tro. Então o Voluntariado foi comprado áreas em Parai-sópolis e trabalhando não só a parte médica, também a prevenção, educação, esporte e, inclusive, capacitação. Há oito anos começamos a capacitação para o traba-lho no Einstein. Também oferecemos cursos de corte e costura, tricô, crochê, essas coisas. Depois introduzimos uma professora de culinária e hoje, algumas mulheres têm Buffet em Paraisópolis. Também temos curso de manicure, maquiagem e design de sobrancelha.

PH - Por que obter a JCI em Paraisópolis?Você vai me dizer assim, poxa a JCI é uma

coisa tão cara. Mas se o Einstein se considera um hospital de primeira linha, o seu trabalho social também tem de ser de primeira linha. Acredito muito na parte de responsabilidade e segurança que a JCI traz. A acreditação foi conquistada em Outubro de 2013. O processo foi rápido porque estava na essência da instituição, que exige uma série de documentos. Algumas adaptações foram realmente sérias em termos de construção, que vieram para contribuir.

PH - Conte-nos uma história marcante:Um dia eu quero escrever um livro ‘brinca-

deiras de um voluntário’, pois são tantas coisas que acontecem. Uma vez nós ganhamos toalhas de banho de um hotel e colocamos a venda no nosso bazar, por cinquenta centavos. Uma senho-ra do serviço de Higiene comprou e veio nos dizer, chorando, que na casa dela havia cinco pessoas e só duas toalhas de banho. Então o quinto sem-pre usava toalha molhada. O bazar é fundamental. Qualquer trabalho social começa de dentro pra fora, começa em casa.

PH - Deve ser difícil não se envolver. O que te motiva a continuar?

Coisas desse tipo. Quando comecei no Volun-tariado, eu pensava que a responsabilidade toda era do Governo, depois percebi que não é. O Go-verno precisa pensar em grandes políticas públicas e cabe à sociedade se preocupar as pequenas. Se a gente pode, por que não? Quando eu era nova, achava que só os grandes líderes podiam fazer al-guma coisa, depois aprendi que qualquer um pode. Hoje eu entendo a frase do Einstein: você salva uma vida, você salva toda a humanidade. Aquela pessoa que você salvou pode fazer a diferença na sua fa-mília inteira. PH

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Mundo Hospitalar

Panorama Hospitalar2222 Panorama Hospitalar

Hospitalar Feira e Fórumatinge a maioridade

Aos 21 anos, a Hospitalar reafirma o seu papel de principal de evento de lançamento de novas tecnologias e ponto de encontro dos profissionais da Saúde na América Latina para a promoção nacional das principais demandas do setor de Saúde

A Hospitalar Feira e Fórum é o principal indicador de tendências em tecnologias para área da Saú-de no Brasil. No entanto, com um Fórum de Saú-

de que abrange mais de 60 eventos, e a participação de 12.000 congressistas, a feira ganha uma dimensão maior. É também o período no qual os profissionais da Saúde se reúnem para debater e promover nacional-mente as principais demandas deste setor, que, hoje, corresponde a 10,2% do PIB brasileiro. Neste ano, nas diversas conferências, muito se falou em inovação, for-talecimento da indústria de saúde, gestão de recursos para o sistema público de saúde, o mercado de saúde suplementar e o desafio da sustentabilidade dos hos-pitais brasileiros. A questão é: não falta dinheiro, fal-ta gestão. E até quem diz acreditar que o problema está na falta de dinheiro, concorda que falta gestão; de recursos, projetos, pessoas, clínica, financeiro, ad-ministrativo, e por aí vai. Afinal, a gestão é necessária inclusive para o País crescer e gerar mais renda para ser investida em Saúde.

Assim como o setor de Saúde, a Hospitalar Feira e Fórum também é bastante abrangente. Neste ano, as especialidades atendidas em eventos paralelos aos qua-tro dias de exposição aumentaram. As oportunidades de negócios entre fornecedores e prestadores de servi-ços de saúde foram potencializadas com a inauguração

do Espaço Farmacêutico e CompoHealth– 1ª Feira Inter-nacional de Tecnologia, Insumos e Componentes para Fabricação de Produtos Médico-Hospitalares. Cerca de 1.250 expositores, provenientes de 34 países, estiveram lá, apresentando seus lançamentos, fechando parcerias e promovendo tendências de tecnologia no setor. No Fó-rum de Saúde, os temas envolvem desde Administração Hospitalar, Inovação em Saúde, Engenharia Clínica e Ras-treabilidade, até Design e Operação, Medicina Esportiva e Emergência e Terapia Intensiva.

Nesse sentido, o público participante da feira é tão diversificado quanto a própria feira. Formado por mé-dicos, enfermeiros, dirigentes e administradores hospi-talares, formuladores de políticas públicas e privadas de saúde, profissionais do setor acadêmico, além de forne-cedores de produtos, equipamentos e serviços para hos-pitais, clínicas e laboratórios. Ao atender esse público, de cerca de 90 mil pessoas, “a 21ª edição da Hospitalar atinge a maturidade, reafirmando seu papel de aglutina-dora e ponto de encontro indispensável para aqueles que direta ou indiretamente vivem o setor saúde em todas as suas vertentes”, afirmou a Dr. Waleska Santos, presidente da Hospitalar, durante a feira. Nas próximas páginas você confere as principais novidades e lançamentos dessa 21ª Hospitalar Feira e Fórum, realizada entre 20 e 23 de maio, em São Paulo (SP). PH

Por Carolina Spillari e Keila Marques

Crédito: Divulgação HOSPITALAR

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Mundo Hospitalar

Panorama Hospitalar2424 Panorama Hospitalar

ciSS apresentou cases de inovação

O Congresso Internacional de Serviços de Saúde – CISS foi o destaque do Fórum de Saúde. Espe-cialistas de clusters médicos de referência mun-

dial como Cleveland (EUA), Nuremberg (Alemanha), Jerusalém e Reino Unido participaram do evento, que aconteceu paralelamente à Hospitalar, entre os dias 21 e 22. O tema central foi “Inovação para um siste-ma de saúde mais eficaz e satisfatório para a cidada-nia: caminhos a trilhar na indústria e nos serviços”. A primeira palestra que abriu o Congresso contou com a participação de especialistas norte-americanos, que mostraram como as inovações e tecnologia são instrumentos essenciais para que uma experiência se torne referência mundial. William A. O. Riordam, vice-presidente e gerente geral da multinacional Ste-ris, com sede em Ohio, abriu a palestra falando de

perseverança. “O Sr. Raymond Kralovic, fundador da Steris, não desistiu de sua ideia, numa época em que ninguém acreditava em esterilização rápida e em lí-quido. Hoje somos líderes globais pela perseverança do Sr. Ray e pela constante e alta aposta em inovação e tecnologia”.

O vice-presidente de assuntos clínicos e científi-cos da empresa, Gerry McDonnell, mostrou a impor-tância da tecnologia para que o sistema realmente funcione. “Investimos muito em esterilização e ras-treabilidade, e desenvolvemos constantemente no-vas tecnologias, como formas de diminuir infecções e melhorar o fluxo de trabalho dentro do hospital”. Na foto, você vê a finalização do Congresso, quando a Dr. Waleska, presidente da feira, agradeceu a todos os participantes do evento. PH

Crédito: Divulgação HOSPITALAR

A abertura da V Jornada de Ação em Política In-dustrial e Regulação em Produtos para Saúde, na tarde do primeiro dia da Hospitalar, 20 de maio, contou com a presença de personalidades do setor. Na solenidade de abertura do evento estavam presentes: Carlos Gadelha – Secretário da Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégi-cos do Ministério da Saúde, representando o Ministro da Saúde, o presidente da Abimo, Franco Pallamolla, o diretor da Anvisa, Luiz Roberto Klassmann e o diretor da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, Claudionel de Campos Leite. Gadelha apontou que o sistema produtivo da área da saúde representa uma parcela substantiva do emprego, do PIB e da pes-quisa brasileira. “35% da pesquisa brasileira é realizada

no campo da saúde”, analisa. Segundo ele, “é funda-mental que o país perceba a dimensão, o peso econô-mico e o grau de dependência tecnológica que existe no campo da saúde”.

Durante a jornada aconteceu o lançamento do Co-mitê Técnico Regulatório – RDC número 50/12. O gerente geral de tecnologia de produtos para saúde da Avisa, Jose-lito Pedroso, apresentou os detalhes do Comitê, cuja finali-dade é regular as transferências de tecnologia de produtos para a saúde.“O tipo de tecnologia que apresenta proble-mas de registro e pós-mercado junto à Anvisa, junto à lista de prioridades do Ministério da Saúde, é o nosso primeiro foco. Mas, é preciso entender que nunca a regulação será a ideal, pois a tecnologia muda constantemente”. PH

regulação em Produtos

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Mundo Hospitalar

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O painel “Caminhos para acelerar a Inovação de produtos para a saúde no Brasil” realizado pela Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Alta

Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares) no dia 20 de maio (terça-feira), na Feira Hospitalar, contou com a participação de Roberto Fendt, Diretor Executivo do Centro Brasileiro de Relações Internacionais; Saide Jorge Calil, professor titular do De-partamento de Engenharia Biomédica da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Unicamp; Dr. Flávio Vormittag, Presidente da Fundação para o Remédio Popular; e Gilberto Peralta, CEO da GE do Brasil.

A moderação, feita pelo jornalista William Wa-ack, promoveu um verdadeiro debate entre os pa-lestrantes. Entre os principais tópicos levantados na

conferência estavam: convergência regulatória entre Países da América Latina para gerar mais escala, au-mento dos investimentos em pesquisa e desenvol-vimento de novas tecnologias x baixa qualidade de projetos; união entre iniciativa privada, pública e aca-demia para acelerar a inovação. Do lado empresarial estava o presidente da GE e, para ele, “o governo fede-ral dificulta a exportação”. Enquanto do lado acadêmi-co, representado por Saide, “falta entendimento entre indústria e universidade e melhoria dos projetos de ino-vação”. Para o Dr. Flávio Vormittag, “as iniciativas priva-da e pública deveriam trabalhar juntas para a inovação, com incentivos do governo”. Já Roberto Fendt defen-deu a criação de uma “política de isenção que incentive as empresas a participarem da cadeia de valor”. PH

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Espaço Gestor

Crédito: Divulgação Abimed

gestão de Pessoas

Entre os destaques da programação do 37º Congres-so Brasileiro da Administração Hospitalar e Gestão em Saúde da Federação Brasileira de Administra-

dores Hospitalares (FBAH) está o Congresso de Gestão de Pessoas e Lideranças. Antonio Antonietto, gerente de relacionamento do Hospital Sírio-Libanês, apresen-tou a palestra Liderança Médica: como construir resulta-dos com corpo clínico?. Segundo ele, apenas 40% dos médicos brasileiros atuam em hospitais. Na sequência Antonietto detalhou as mudanças ocorridas na relação do médico com pacientes, hospitais e intermediários. “Entre 1947 e 1960, os médicos eram profissionais li-berais que recebiam pagamento dos pacientes ou então dos familiares. Na sequência surgiram as operadoras de

e liderançasplano de saúde atuando como intermediárias entre pa-cientes e médicos”, pontuou o palestrante.

Com o controle da inflação na década de 1980 teve início um novo período. “Muitas operadoras e hospitais quebraram financeiramente e assim surgiu o médico cliente. A transição do médico cliente para o médico parceiro é o espelho da dialética da transi-ção de hospital-material-medicamento para resultado clínico”, definiu o gerente. Como forma de aproximar o médico do hospital, o gerente de relacionamento enfatizou três perfis. “Médico na frente da marca (do hospital) – o profissional como referência; médico atrás do hospital; e o médico como integrante do hospital – modelo foco do Hospital Sírio-Libanês”. PH

O que falta para a promoção da inovação no País?

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Mundo Hospitalar

Panorama Hospitalar26

Dra. Waleska santos, presidente da Hospitalar, na abertura da feira: “este momento consolida a liderança da Hospitalar como maior e mais importante evento do setor no Brasil e nas américas.”

Presidente-executivo da abimed, Carlos Goulart: “a inovação é um indutor do desenvolvimento socioeconômico, mas ainda temos muito a percorrer para eliminar gargalos, como o elevado custo Brasil e a falta de uma cultura de aproximação entre indústria e academia”

Ministro da saúde, arthur Chioro, na diretoria da feira Hospitalar Feira e Fórum: “É interessante ver de perto o vigor da indústria e a capacida-de da área de serviços da saúde, que está cada vez mais qualificada”

superintendente financeiro do Hospital Moinhos de vento, Moha-med Parrini: “O conhecimento sobre processos internos e sistemas de informação é muito importante, apesar disso, é muito comum ver um cara lá no topo da pirâmide que não entende de hospital”

superintendente do hospital sírio Libanês, Dr. Gonzalo veci-na neto, na palestra “Preparando o Hospital para 2030”: “Gas-tamos 10% do nosso PiB em saúde, os Países europeus gastam, em média, o mesmo, qual é a diferença então? É que o PiB de um europeu é de 30 mil dólares e de um brasileiro é de 10 mil dóla-res. O dinheiro novo só vai vir se a gente fizer o País crescer.”

Presidente da associação nacional de Hospitais Privados (anahp), Francis-co Balestrin, durante o lançamento do Observatório anahp: “a maior parte dos recursos destinados à saúde suplementar está nos hospitais vincula-dos à anahp, mas, apesar disso, o número de glosas aumentou em 2013”

Crédito: Divulgação Abimed Crédito: Panorama Hospitalar

Crédito: Divulgação Hospitalar

Crédito: Panorama Hospitalar

Crédito: Panorama Hospitalar

Crédito: Divulgação Hospitalar

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Mundo Hospitalar

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ge Healthcare ampliaprodução de arcos cirúrgicos

no Brasil

A GE Healthcare incrementou a sua produção nacional de arcos cirúrgicos no último mês de maio, e passou a produzir tecnologias das li-

nhas OEC Brivo Essential e Plus em sua unidade de Contagem (MG). Esses equipamentos servem para orientar os cirurgiões durante os procedimentos, por meio da aquisição de imagens, para monitoramento em tempo real da área afetada. A decisão da com-panhia em investir na produção local do arco cirúrgi-co OEC Brivo se baseou em análises que mostraram que o maior mercado em volume de procedimentos no Brasil é o de ortopedia, que terá um crescimento de até 9% em 2014. O objetivo da GE Healthcare é dobrar esse número no mercado de ortopedia nacio-nal. Em 2013 a companhia teve um bom crescimento na área de arcos cirúrgicos no Brasil, o que ratifica a oportunidade de expansão local. Além disso, com o incremento de produção local, a empresa busca oferecer acesso a tecnologias de ponta, com ótimo custo-benefício, para toda a América Latina. A pers-pectiva é exportar de 10% a 20% dos arcos cirúrgicos que serão produzidos no Brasil. PH

Hcor lança projeto depatrocínio institucional

O Projeto Patrocínio Institucional, lançado pelo HCor na 21º Hospitalar Feira e Fórum, consiste na criação de um canal eficiente de comunicação entre fornecedores, empresas

parceiras e demais operadores do setor para a promoção da saúde, com incentivo à pesquisa, à criação de novos projetos e soluções de interesse comum. Sendo um patrocinador institu-cional do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), a empresa pode usar o auditório do HCor para apresentar cases aos colabora-dores do hospital, mediante aprovação do tema abordado; fa-zer reunião com a diretoria para estreitar relacionamentos, por cerca de 30 minutos; utilização das instalações do HCor para a realização de um evento anual; ter um informativo enviado pelo HCor para uma base seleta com informações e artigos; so-licitar uma pesquisa de 10 questões para a área clínica ou admi-nistrativa. De acordo com Alberto Ribeiro, coordenador do IEP, o objetivo do hospital é se aproximar mais do mercado. “Esse projeto provém de uma necessidade do mercado, só decidimos lançá-lo por que havia muita procura nesse sentido”. PH Crédito: Divulgação HCor

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Mundo Hospitalar

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Crédito: Panorama Hospitalar

A Philips participou da Hospitalar com dois estandes. Em um deles estavam as soluções de TI para a saúde verticalizada. São softwares de gestão para hospitais,

clínicas, bancos de sangue e operadoras de plano de saú-de (Tasy – HIS), sistema para gestão e workflow de centros de diagnóstico por imagem e laboratórios (MultiMED – RIS e LIS), além de sistemas PACS (IntelliSpace DCX e iSite). A empresa também apresentou a primeira prova de conceito ‘Google Glass IntelliVue Solutions’, de transferência contí-nua de sinais vitais do paciente para o Google Glass. Google e Philips IntelliVue Solutions simularam o uso do dispositivo para permitir ao cirurgião controlar os sinais vitais do pacien-te e operar, sem tirar os olhos do procedimento, utilizan-do o acesso a dados críticos controlado por voz. Segundo a empresa, essa prova de conceito mostra o investimento em pesquisas sobre como tecnologias emergentes podem ser aplicadas na área da saúde para melhorar o atendimento ao paciente. Em entrevista à Panorama Hospitalar, Ana Luiza Oliveira, diretora de Marketing e Vendas da Philips Healthca-re para a América Latina, explicou que o conceito ainda está em estágio inicial, mas que “a estratégia da Philips é adquirir sistemas de integração”. “Temos um road map de integra-ção, no qual organizamos a inserção de novos equipamen-tos na plataforma de desenvolvimento unificado, que tem como base o Tasy”, explica Ana Luiza. A Philips apresentou também a integração entre o Tasy e as centrais de moni-

Philips Healthcare destacasoluções de TI para saúde verticalizada

Hospital das clínicas comemora 70 anos na Hospitalar

torização e eletrocardiógrafo EP12, e inovações da área clínica e financeiras implementadas re-centemente no sistema, como o Protocolo de Manchester, que possibilita o acesso tanto no pronto atendimento quanto em outras partes da instituição, sem a necessidade de integração com sistemas terceiros. PH

No segundo dia de feira, 21 de maio, a maior organiza-ção hospitalar da América Latina, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

(HCFMUSP) comemorou seus 70 anos de atividades com um coquetel no estande da administração da Hospitalar. De acordo com a presidente do evento, Dra. Waleska Santos, o espaço foi feito justamente para ser o encontro de amigos e parceiros do setor, e aproveitou a oportunidade para agradecer a presença de personalidades na saúde, como o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Dr. David Uip, e o ex-secretário e atual diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Giovani Guido Cerri. “Comemorar as atividades do HC é importante, pois está vinculado ao crescimento da saúde no País, além de elencar fatores relevantes, como a empregabilidade nesta área”, afirmou Cerri, complementando a necessidade do setor público e privado caminharem juntos. PH Crédito: Agnaldo Dias

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Mundo Hospitalar

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As soluções da Agfa HealthCare suportam fluxos de gestão de documentos e permitem mais mobilidade dentro dos hospitais. Dois produtos já consolidados no

mercado europeu integram o portfólio da companhia nesta edição da feira. O primeiro é o ORBIS, solução de prontuário eletrônico focado na Gestão Clínica de instituições de saúde. A variedade de módulos e seu grande potencial de conecti-vidade possibilitam uma visão integrada do histórico do pa-ciente. A solução está em mais de 950 instalações em todo o continente europeu e é utilizada por mais de 500 mil usuários diariamente. Há portabilidade para uso em dispositivos móveis (tablets), além de concepção e desenvolvimento nativo em HL7. Para ser utilizado em hospitais, o sistema requer assinatu-ra e certificação digital, necessárias para garantir a segurança dos documentos gerados eletronicamente.

Uma das principais inovações apresentadas pela Covidien é a PillCam, um dispositivo óptico de endoscopia de deglutição minimamente invasivo. Essa tecnologia faz parte do portfólio da Given Imaging, especializada em visualização, monitoramento e detecção de anormalidades no sistema digestivo, adquirida pela companhia

no início deste ano. A PillCam é uma pílula de 12mm x 33mm, equipada com câmera e serviço de transmissão, para auxiliar em diagnósticos do trato digestivo - esôfago, intestino e cólon - sem a necessidade de sedação do paciente. A cápsula é capaz de fazer de duas a 35 fotos coloridas por segundo, e com resolução HD, durante 10 horas – que é o tempo médio de duração da bateria. Esses dados são transferidos para um computador, no qual o software RAPID, desenvolvido pela Given Imaging, faz a compilação e os transforma em vídeo. A cápsula é composta por câmera CMOS, conjunto de lentes, bateria, fonte de luz de LED, transmissor e antena de radiofre-quência. Dois modelos estão disponíveis no Brasil: um para registrar imagens do cólon, com duas câmeras, para alcançar um ângulo de 360º; outro, com uma câmera, para o intestino.

Ampliada e mais robusta, a linha Medipure foi destaque da White Martins na Hospitalar 2014. Para a área Medipure Medical Devices (equipamentos), a White Martins lança

o ventilador C1, fabricado pela empresa Hamilton. Com design compacto e alta tecnologia embarcada, é indicado para utilização em ambientes como UTI e no transporte de pacientes, inclusive neonatal. Cobre toda a gama de necessidades clínicas: ventilação invasiva ou não-invasiva durante cuidados de longo prazo, inten-sivos ou de emergência. A ampliação das ofertas da linha Medi-pure Healthcare Services (infraestrutura e serviços) ficou por conta do novo sistema de painéis de alarme de emergência. Além dos painéis medicinais customizados, a White Martins desenvolveu um painel de alarme que ocupa menos espaço, monitora de três a seis tipos de gases e pode ser utilizado remota ou localmente. Trata-se de um painel digital, com melhor custo-benefício e dispo-nível para pronta entrega.

Crédito: Divulgação Agfa HealthCare

Crédito: Panorama Hospitalar

Crédito:Covidien

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Mundo Hospitalar

O Plannexo é a ferramenta para planejamento de demanda e estoques na área de saúde lançada pela Bionexo, empresa formada por agentes do

segmento hospitalar. Com melhores indicadores de es-toque, e fácil operacionalização, o gestor ganha um aliado para a melhor tomada de decisão. Com a so-lução de planejamento é possível agregar visibilidade, inteligência e otimização a toda cadeia de suprimen-tos. O Plannexo se integra ao ERP das instituições, per-mite otimizar o nível de estoque e serviços, reduzindo custos operacionais. Os principais ganhos são maior assertividade, segurança e agilidade do processo de planejamento de demanda e estoques. A ferramenta funciona no modelo SAAS (software como serviço – na nuvem) e possui uma interface intuitiva, o que possibi-lita implementação em no máximo 60 dias. É possível aplicar modelos estatísticos complexos buscando con-tinuamente o melhor balanceamento dos estoques e do nível de atendimento.

Novos softwares para a área de Saúde estão sendo desenvolvidos com foco no agenda-mento de consultas. É o caso da Leucotron,

empresa brasileira que desenvolve soluções inte-gradas de telecomunicações. A empresa apresen-tou produtos, serviços e soluções que permitem tanto a redução de gastos na conta telefônica, quanto agilizar o atendimento prestado aos cida-dãos. Entre os destaques está o Sistema Automá-tico de Confirmação de Consultas. O grande dife-rencial da solução é que o sistema dispara diversas chamadas simultaneamente, gastando menos tempo para confirmar todas as consultas; escolhe automaticamente a forma mais barata de fazer a ligação, inclusive com opção de ligações a custo zero para celulares; e interage com o sistema de gestão administrativa das clínicas ou hospitais.

A empresa israelense HeartBeat lançou o MediBe-at, um dispositivo inédito que permite monito-rar de forma contínua as condições cardiovas-

culares do paciente e que associa mobilidade a baixo custo. É um aplicativo móvel para iOS e Android, que recebe dados de dispositivos médicos já existentes, como oxímetros de pulso e monitores de pressão, re-gistrando e analisando em tempo real, de forma não invasiva, parâmetros hemodinâmicos (pressão arterial, débito cardíaco, índice cardíaco, resistência vascular periférica e volume sistólico) e exibindo-os em smar-tphones e tablets. A HeartBeat foi fundada em outu-bro de 2013, em Israel, com o objetivo de desenvolver um aplicativo móvel para implementar a tecnologia patenteada MUST (Mobile Unified Sensors Technolo-gy) em saúde, unificando sensores de dispositivos mé-dicos existentes a smartphones e tablets.

Crédito: Divulgação Bionexo

Crédito: Divulgação HeartBeat

Crédito: Divulgação Leucotron

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Mundo Hospitalar

As empresas Alert e Benner uniram suas especialida-des para lançar uma nova plataforma de gestão que permite a grandes redes de hospitais terem um pron-

tuário eletrônico integrado. A Solução de Gestão de Saúde é 100%web e pode ser operada em diferentes ambientes tecnológicos e demais sistemas hospitalares, proporcionan-do uma integração efetiva de dados clínicos não só entre diferentes unidades e departamentos, mas também entre sistemas. A plataforma abrange todos os processos de prá-tica clínica, administrativa e operacional. Também dispõe de um prontuário eletrônico unificado e pessoal, integrado a estruturas e prestadores externos por meio de uma platafor-ma de comunicação (HIE) voltada para a interoperabilidade. Outro novo recurso é o portal pessoal PEP NET, que possibi-lita ao próprio paciente a criação e gestão do seu Prontuário Clínico Eletrônico Pessoal – designado internacionalmente Personal Health Record (PHR). A solução é totalmente touch screen e garante o acesso aos sistemas por meio de smar-tphones e tablets.

Maquet e o Grupo Getinge lançaram o novo ventila-dor pulmonar Servo U na Hospitalar, considerado pelas companhias o próximo passo na evolução

da assistência ventilatória protetora, ao ser projetado para crescer com as necessidades do ambiente hospitalar. Em outras palavras, o Servo U apresenta uma grande varie-dade de modos de ventilação que podem ser ajustados para situações clínicas específicas, além de atender com ferramentas eficazes um amplo espectro de pacientes - crianças, adultos e idosos. O equipamento é fácil de usar, flexível e de fácil implementação. O Servo U calcula auto-maticamente o volume corrente por quilograma de peso do corpo predito para ajudar a aderir as estratégias de protocolo ARDSNet. Essa economia de tempo é continua-mente mensurada, facilitando o ajuste dos parâmetros de ventilação em todos os modos. Outro recurso do equipa-mento permite compartilhar as informações do paciente para análise, pesquisa e educação.

Stryker apresentou novas camas eletrônicas hospitalares na Hospitalar. O carro-chefe é a cama elétrica S3, com conec-tividade sem fio. O iBed Awareness monitora as informa-

ções de status do leito e alerta de forma visual, sonora ou remo-ta, de acordo com parâmetros previamente configurados. Um botão HOB de 30º funciona com um toque e move a cabeceira da cama para a posição prescrita pelo cuidador, com ângulo calculado em relação ao chão. A tecnologia StayPut (retrátil em 25 cm) permite que o paciente permaneça na mesma posição quando a cabeça da cama é elevada. A cama tem um freio clínico central de 38 centímetros, capacidade de peso de 227 quilos, 40,6 centímetros de altura, 2,36 metros de comprimen-to e 1,05 metro de largura. As grades laterais são BackSmart com operação eletrônica e posição intermediária para auxílio ao paciente durante a entrada e saída do leito.

Crédito: Panorama Hospitalar

Crédito: Panorama Hospitalar

Crédito: Divulgação Maquet

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Mundo Hospitalar

O ClickVita é um portal criado pela Pixeon, espe-cializada em tecnologia para medicina diagnósti-ca, para facilitar o fluxo de entregas de exames,

proporcionar agendamento pela internet e melhorar a comunicação entre médicos e pacientes. A ideia é criar uma rede de relacionamento entre médicos, pacientes e hospital, permitindo que o exame seja compartilha-do entre eles. Isso também possibilita que o profissio-nal envie o exame para outro médico, solicitando uma segunda opinião. Por ser acessível de qualquer disposi-tivo com acesso à internet, o ClickVita permite a distri-buição de laudos e imagens em alta resolução, o que contribui ainda para a redução de custos e fidelização do público. O Portal traz ainda o agendamento web, função que possibilita ao paciente agendar consultas e exames pelo próprio sistema, de forma interativa, tor-nando o serviço mais fácil e rápido.

Um novo quiosque de ultrassom foi apresentado pela So-noSite na Hospitalar. O diferencial do X-Porte é a possibi-lidade de visualizar um vídeo educativo em uma tela adi-

cional ao monitor enquanto se realiza o exame de ultrassom. Assim, o profissional de saúde pode receber instruções sobre a melhor forma de executar determinado procedimento. Os ví-deos também estão disponíveis no aplicativo (para dispositivos móveis) da empresa, chamado SonoAcess, que tratam temas como terapia intensiva, emergência e músculo esquelético. O X-Porte foi desenvolvido para incorporar uma tecnologia de conformação de raios de luz: XDI (Extreme Definition Imaging), que resulta em melhor resolução de contraste. O equipamento tem três conectores e um painel touch que reconhece o toque mesmo quando a tela está envolta em uma capa protetora, quando contém gel na mão do usuário ou, ainda, quando o profissional utiliza uma luva. A SonoSite aguarda a autorização da Anvisa para disponibilizar o X-Porte ao mercado brasileiro. A expectativa é que o produto comece a ser comercializado no final deste ano.

A Lifemed reuniu desfibrilador bifásico e monitor multiparamétrico em um equipamento compac-to, o Life Shock Pro. O equipamento ainda tem

uma tela touchscreen de apenas 8,4 polegadas, com resolução de 800x600 pixels, e interface ajustável ao usuário, permitindo a troca de cores dos parâmetros para facilitar a visualização. Entre os diferenciais es-tão a monitorização de EGG, que pode ser gravado na memória do equipamento, e as seguintes análises: ST, arritmia, oximetria de pulso (com tecnologia Nell-cor opcional), capnografia e pressão não invasiva. O LifeShock Pro traz como item de série o modo DEA Desfibrilação Externa Semi Automática para uso em unidades de internação em situações emergenciais. Instruções de uso nas pás (fixadas por imãs para fa-cilitar a retirada), na tela e por comando de voz no momento da emergência, permitem ao profissional da saúde concentrar-se no paciente.

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Mundo Hospitalar Especial Imagens

Em busca da excelência

Considerado um segmento médico importante desde a descoberta do Raio-X, há mais de cem anos, a Radiologia deslanchou mesmo a partir

do final da década de 1980, período que representa ainda hoje a fase de transformação na qual o desen-volvimento de novas tecnologias sofreu verdadeiro avanço. Nesse período é que foram acopladas as prin-cipais tecnologias à ressonância magnética e à tomo-grafia, ambas criadas na década de 1970. Ao explicar o cenário da Radiologia no Brasil hoje, o presidente da Sociedade Paulista de Radiologia (SPR) e da Jorna-da Paulista de Radiologia (JPR), Dr. Antônio José da Rocha, discorre sobre as mudanças mais marcantes deste setor no País.

No Brasil, as modernas técnicas para o uso da tomografia e da ressonância magnética foram incor-poradas somente a partir da metade da década de 1990. Em seguida, surgiram as tecnologias para equi-pamento digital de Radio-X, mamografia e ultrassom e

as imagens que proporcionaram a intervenção médica, vascular ou não vascular. “Isso ocasionou o verdadeiro boom da Radiologia no Brasil e aumentou o número de especialistas da área, além de fomentar de uma ma-neira exponencial o mercado de Radiologia”, enfatiza o presidente da SPR. “O setor privado de medicina bra-sileira vem passando por um processo de incorporação de novas tecnologias nos últimos 20 anos. Mas o setor público de Saúde do Brasil só começou a modernizar máquinas nos últimos cinco anos.”

Exemplo disso está na incorporação do exame PET-CT (tomografia por emissão de pósitrons) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com câncer de pulmão, câncer colorretal e de linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin. A resolução publi-cada no Diário Oficial da União no dia 23 de maio prevê a disponibilização do procedimento em até 180 dias. “A incorporação desse exame ao SUS significa mais acesso da população a uma tecnologia avançada

A incorporação de tecnologia avançada, tanto no setor privado quanto público, nos últimos anos elevaram o padrão de qualidade dos serviços de radiologia prestados no Brasil

a Jornada Paulista de radiologia (JPr) acompanhou o desenvolvimento da radiologia no País e hoje é considerada o maior evento do segmento na américa Latina. na foto, a última edição da JPr, realizada em são Paulo (sP) entre 1 e 4 de maio

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Especial Imagem

que vem contribuir para o diagnóstico e tratamento do câncer”, destaca o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães.

A incorporação dessas tecnologias, tanto no setor privado quanto no público, demandou grande quantidade de profissionais especializados na área. Mas a busca por especialização ultrapassou a barrei-ra do conhecimento técnico sobre operacionalização de equipamentos e avaliação de procedimentos, ima-gens e diagnósticos. Hoje o radiologista, e demais profissionais do segmento, procuram também o co-nhecimento sobre gestão e administração.

Neste contexto, a Jornada Paulista de Radiologia tornou-se mais atrativa para estes profissionais. “O evento existe há 44 anos, mas de 10 anos pra cá cres-ceu progressivamente. Hoje, temos cerca de 20 mil pessoas transitando pelo espaço, desde o pessoal da montagem, de segurança, limpeza e transporte, até os congressistas, que somam cerca de 6.500 profissio-nais”, explica o presidente da JPR. É o maior evento de Radiologia da América Latina e está entre os maio-res eventos de Radiologia do mundo.

Novidades 44ª JPR

Neste ano, a Fujiflim apresentou pela primeira vez no Brasil o Innovality, na JPR, equipamento que integra Mamografia 3D, Tomossíntese e Sistema de Esterotaxia. “Com a chegada do Amulet Innovality, a Fujifilm oferece soluções completas em Mamografia Digital e dispõe de tomossíntese mamária com reso-lução de 50 microns”, afirma Lívia Magnani, especia-

lista em mamografia digital da Fujifilm. Outra empresa que destacou a tecnologia para

mamografia na JPR foi a Sul Imagem. A proposta da empresa era reforçar a parceria com a Hologic. Por isso no próprio estande da Sul Imagem foi montada uma sala de aula na qual médicos tiveram a oportunidade de aprender sobre a tecnologia 3D de tomossíntese inseri-da no equipamento de mamografia Selenia Dimensions. Outro diferencial é o modo combo de imagem 2D +3 D, recurso da Hologic que possibilita adquirir rapidamente uma mamografia digital tradicional e uma varredura de tomossíntese ao mesmo tempo.

A ressonância magnética Vantage Elan 1.5T foi o carro-chefe da Toshiba Medical do Brasil no evento. A empresa desenvolveu uma série de atualizações, es-pecialmente no que diz respeito ao controle de campo magnético e na alta performance do sistema de RF, que é a chave para se obter uma alta qualidade de imagem em todas as regiões do corpo. Entre as novidades, es-tão a tecnologia Pianissimo que reduz o ruído acústico e a interface M-PowerTM, com o conjunto de aplica-ções clínicas de outros sistemas da família Toshiba sem nenhum comprometimento da qualidade de imagem.

Ao longo dos quatro dias da 44ª JPR, os espe-cialistas da Copy Supply apresentaram e discutiram tecnologias de impressão para diagnósticos por ima-gem com os visitantes do evento. A empresa aten-de em todo território nacional, tanto na locação de equipamentos como em operações transacionais de máquinas e suprimentos, e apresentou seus últimos lançamentos em impressão de diagnósticos por ima-gem com tecnologia Xerox, seu principal parceiro.

Presidente da sociedade Paulista de radiologia, Dr. antônio José da rocha: “na década de 1990 aconteceu o verdadeiro boom da radiologia no Brasil e o número de especialistas da área aumentou”

a sul imagem montou uma sala de aula no próprio estande para que os médicos pudessem aprender na prática como operar o equipamento de mamografia selenia Dimensions da marca Hologic, que possui a tecnologia 3D de tomossíntese.

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Confira a programação de eventos de Radiologia

I Jornada Mineira de Imaginologia Musculoesquelética

A Sociedade de Radiologia de Minas Gerais pro-moverá, nos dias 18 e 19 de julho, em Belo Horizonte (MG), a I Jornada Mineira de Imaginologia Musculo-esquelética. Entre os temas da programação estão: Imaginologia Musculoesquelética no Trauma; Tumo-res ósseos benignos x malignos; Anomalias vasculares das extremidades; Semiologia básica do Joelho/Ava-liação da RM do Joelho; Lesões Ligamentares e Me-niscais do Joelho; RM na Artrite Reumatoide (novos conceitos). Mais informações: (31) 3273-1559;8498-8420/ [email protected].

Congresso Argentino de Radiologia

Estão abertas as inscrições para o 60º Congres-so Argentino de Radiologia, Diagnóstico por Imagem e Terapia Radiante, a ser realizado entre 17 e 19 de setembro, em Buenos Aires. Paralelamente, serão rea-lizados o 18º Congresso Argentino de Ultrassonogra-fia, o II Congresso Franco-latino-americano, em par-ceria com a Sociedade Francesa de Radiologia, e o 3º Curso Internacional de Correlação Radiopatológica, organizado em conjunto com o Instituto Americano de Radiologia Patológica (AIRP). Mais informações e inscrições: www.congresosar.org.ar

Congresso Brasileiro de Radiologia

O Congresso Brasileiro de Radiologia será reali-zado no Rio de Janeiro, de 9 a 11 de outubro. A Ame-rican Roentgen Ray Society (ARRS), evento realizado

em maio em San Diego (EUA), e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) fecha-ram parceria e, neste ano, os 13 trabalhos premiados no congresso anual da entidade americana, o ARRS Annual Meeting, estarão disponíveis para visualização de todos os participantes do CBR 14.

Vale lembrar que a parceria entre o Colégio Bra-sileiro e a American Roentgen Ray Society prevê tam-bém que os melhores trabalhos inscritos no CBR 14 sejam apresentados no congresso da ARRS de 2015, em Toronto (Canadá), o que representa ótima ocasião para pesquisadores brasileiros divulgarem os seus tra-balhos internacionalmente. O prazo para inscrição de trabalhos científicos no CBR 14 encerra-se em 24 de junho. Acesse www.congressocbr.org.br.

Jornada Gaúcha de Radiologia 2014

A Jornada Gaúcha de Radiologia 2014 acontecerá entre 7 e 9 de agosto, em Porto Alegre (RS). A progra-mação do ICIS trará temas como emergência oncológi-ca, ressonância magnética de próstata, tumores da base do crânio, laringe, nódulo pulmonar e lesões tumorais intratorácicas. Um destaque entre as atividades será o Curso de Gestão da Associação Brasileira de Clínicas de Diagnóstico por Imagem (ABCDI), com apoio do Colé-gio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), no dia 7 de agosto. Com vagas limitadas, o curso terá como conteúdo o módulo I compacto. Será apre-sentado um panorama sobre a saúde no Brasil, tabelas de procedimentos médicos, padronizações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), entre outras questões. Para mais informações sobre o curso: (11) 3372-4541 ou pelo e-mail [email protected]. Para fazer inscrição na Jornada Gaúcha de Radiologia: (51) 3339-2242/www.sgr.org.br

A transição da radiologia computadorizada (CR) para a radiografia digital (DR) está se consolidando a passos largos no Brasil. Em entrevista à Panorama Hospitalar, o diretor da Divisão Medical da Fujifilm Mauro Kiyoji Gondo afirmou que “o Brasil está em um processo diferente de digitalização, que é, talvez, a maior dentro da Radiologia, pelo menos, em termos de processos”. Segundo ele, a radiografia compu-tadorizada é o grande carro-chefe hoje das empresas para promover a digitalização. “Há uma entrada forte dos DRs no mercado e isso deve impulsionar também a introdução dos sistemas de gerenciamento de imagens médicas, os PACS, e a popularização do arquivamento digital, diminuindo cada vez mais o consumo de filmes e mídias alternativas.”

Gondo afirma que ainda não há regras claras sobre a migração do processo convencional e analógico para o digi-tal no País, e que o processo de transição está acontecendo por força de mercado, como resultado da incorporação des-sas novas tecnologias, principalmente, pela iniciativa priva-da. “A digitalização dos registros médicos traz economia, mas essa consciência, no Brasil, ainda é muito pouco difun-dida”, afirma Gondo.

Digital x Analógico

Mauro Kiyoji Gondo, da Fujifilm: “O Brasil está em um processo diferente de digitalização, que é provavelmente a maior dentro da radiologia”

Mundo Hospitalar Especial Imagens

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As belezas naturais de Florianópolis atraem turistas do mundo todo, e principalmente da América Latina. Entre janeiro e março de

2012, mais de 300 mil turistas estrangeiros visitaram a cidade, de acordo a última pesquisa realizada pela Santa Catarina S/A (Santur). Pensando nesse público, a cirurgiã-dentista Danielle Nogueira aliou os atrati-vos turísticos e a qualidade dos serviços médicos da ilha para criar um novo negócio de Turismo de Saú-de, setor que movimenta cerca de US$ 60 bilhões em todo o mundo. A Ópera Health é uma agência que organiza pacotes de viagem para estrangeiros que vêm ao Brasil em busca de tratamentos médi-cos, terapêuticos e estéticos.

Danielle enfatiza como o estado da mente do paciente interfere no sucesso do procedimento mé-dico. “Ajuda muito na recuperação. É impressionan-te!”, afirma. Segundo ela, os momentos de distração acontecem antes do procedimento. Quando o cliente não tem tempo para passear, o hotel é escolhido em local próximo das belezas da ilha e de pontos turísti-cos. O apoio da família também colabora, e muito, para o resultado do procedimento. Por isso a agência também monta pacotes personalizados para o acom-panhante, ou familiares que vêm ao Brasil.

A Ópera Health faz parte de um mercado que deve

crescer, em média, 30% nos próximos anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O Brasil está entre os líderes do Turismo de Saúde na América Latina, ao lado de México e Colômbia. De acordo com o World Travel Trends Report 2012/2013, a América Latina disputa a liderança mundial em tratamentos médicos e estéticos com a União Europeia e a Ásia.

E a maioria dos clientes da Opera Health é latina. Além deles, clientes de países africanos e dos Estados Unidos também escolhem o Brasil. O foco está, princi-palmente, em tratamentos estéticos e dentários, e na realização de um check-up.

Johan Kloster saiu da Noruega para fazer check--up no Brasil. “A Opera Health oferece um processo per-sonalizado, você não precisa se preocupar com nada, a Agência organiza tudo. Fiz análises completas e até hoje, seis meses depois, recebo informações, na minha língua, sobre processos medicinais para evitar que pro-blemas relacionados ao reumatismo”, relata Kloster.

Como funciona

No Brasil, o Turismo Médico está sob as diretri-zes do Ministério do Turismo. Em 2010 foi lançado o Caderno Turismo de Saúde, parte de uma coletânea de Cadernos de Orientações Básicas de Segmentos

Saúde no roteiro turístico do Brasil

Agência de Turismo de Saúde traz estrangeiros à Florianópolis (SC) em busca de tratamentos médicos, terapêuticos e estéticos e passeios pela ilha

Case Study opera health

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Case Studyopera health

Turísticos. O caderno difunde informações atualizadas para influir na percepção daqueles que atuam no pro-cesso de promoção, desenvolvimento e comercializa-ção dos destinos e roteiros turísticos do Brasil.

A Ópera Health começou a atender em janeiro deste ano, mas foi apresentada às autoridades médicas e do setor de Turismo de Florianópolis em julho de 2013. Danielle tem dois sócios, o Diretor Médico Dr. Gilberto Teixeira e o Diretor de Negócios José Fernando Nobre.

Inicialmente, as ferramentas de atendimento ao cliente foram testadas e os detalhes do processo, acom-panhados de perto, justamente por ser uma estrutura ainda recente no País de prestação de serviços de Saúde. O paciente passa por quatro empresas diferentes, que envolvem laboratórios, clínicas, médicos e o hospital.

Um detalhe importante no Turismo de Saúde, é que o hotel deve estar alinhado ao processo, pois receberá um cliente em recuperação por pelo menos 15 dias. “Sendo um processo novo para todos, re-solvemos que os primeiros seis meses serviriam para avaliação”, conta Danielle.

Os serviços prestados pela Agência incluem agendamento de consultas, exames e procedi-mentos, reserva em hotel, compra de passagens e viabilização de vistos, além de homecare e fi-sioterapia. Para dar esse suporte, há guia online disponível no site da Agência, com uma lista de médicos, no qual o cliente pode fazer sua busca, por especialidades, como: Cirurgia-Plástica, Odon-tologia, Cardiologia, Oftalmologia, Ortopedia, Fertilização e Cancerologia.

A Agência conta com a parceria de instituições de saúde. São elas: Hospital Baía Sul, Hospital SOS Cardio, Hospital de Olhos de Florianópolis e o Fecon-

dare Cínica de Fertilização. “O objetivo é informar e adaptar os serviços prestados por essas instituições para atender esta demanda, que tem necessidades e exigências diferenciadas”, explica Danielle.

Para essas instituições, a parceria é um facili-tador. Tanto para o paciente quanto para médicos e instituições. O cliente chega ao Brasil com todos os serviços pré-agendados. De manhã, ele realiza exa-mes e os resultados já são marcados para que tarde ele possa fazer as consultas. Se estiver apto, no dia seguinte, pela manhã, faz o procedimento. Enquanto isso, a sua família passeia por Florianópolis.

Expansão

Atualmente o atendimento está focado em Flo-rianópolis, mas o plano de expansão inclui as cidades de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. “Estamos fechando parcerias nessas cidades e as ati-vidades começarão em agosto deste ano”, revela Da-nielle. “Após a expansão para outras cidades, vamos estudar as possibilidades de ter filiais fora do Brasil, principalmente naqueles países com maior poten-cial”. Negociações e parcerias internacionais também estão sendo fechadas agora.

A chegada de turistas estrangeiros ao Brasil pode aumentar entre 5% e 10% após a Copa do Mundo, segundo o ministro do Turismo, Vinicius Lages. Ele se baseou na média de elevação das che-gadas internacionais na Alemanha e na África do Sul, últimas sedes do torneio, e ressaltou que cerca de 500 mil torcedores de 186 países já adquiriram ingressos para jogos, o que deve ampliar a promo-ção do país no exterior. PH

“Me formei cirurgiã-dentista em 1997 na USP. Em 2006 iniciei uma pós-graduação em Marketing para aplicar as ferramentas do curso no dia a dia da clínica que matinha em Florianópo-lis. Anos depois, fiz uma consultoria para um hospital local, cujo objetivo era a busca de novos negócios.

Naquele ano, em 2010, o Ministério do Turis-mo lançou o Caderno Turismo de Saúde, e eu me perguntei: as pessoas não poderiam vir a Florianó-polis realizar procedimentos médicos e desfrutar da beleza e dos encantos da Ilha? A ideia era associar o potencial turístico da ilha e a inauguração de um novo hospital, com infraestrutura diferenciada, e foi isso que me motivou a abrir minha própria empresa.

Minha equipe e eu identificamos as oportuni-dades de negócios nesse setor e desenvolvemos pro-jetos específicos para avaliar a viabilidade financeira, jurídica, logística e de marketing. A Indústria do Turismo de Saúde é uma atividade mundial, organizada, viável, lu-crativa e em expansão.”

Page 42: Panorama Hospitalar 16ª edição Junho de 2014

42 Panorama Hospitalar

Case StudyCase Study teleMediCina sp

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo começa a implantar uma rede inédita no país de atendimen-to médico à distância que irá auxiliar no esclareci-

mento de diagnósticos e no monitoramento de pacientes que derem entrada em hospitais, prontos-socorros e unida-des de pronto-atendimento por todo o Estado.

O sistema, operado pela equipe da Cross (Cen-tral de Regulação da Oferta de Serviços de Saúde), na capital paulista, servirá como apoio ao processo de regulação de leitos e transferência de pacientes entre unidades de saúde.

Com investimento de R$ 3,1 milhões pelo go-verno do Estado, o serviço auxiliará unidades de saúde que atendem à baixa e média complexidades, geridas pelo Estado, municípios e instituições filantrópicas, a definirem condutas terapêuticas de tratamento e até avaliarem a necessidade ou não de remoção de pacien-tes para unidades de maior complexidade hospitalar.

Em tempo real, equipes médicas da Cross e dos ser-viços hospitalares discutirão quadros clínicos de pacientes por meio da videoconferência, sistema de comunicação com transmissão de áudio e vídeo via internet.

Casos mais complexos ainda poderão ser discu-tidos com equipes médicas de três hospitais universi-tários considerados referências nacionais: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e o Hospital São Paulo, ligado à Unifesp e à SPDM ((Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).

Somente após a avaliação dos casos e conclusão dos quadros de saúde é que será definida a neces-

sidade, ou não, da transferência dos pacientes para hospitais de referência.

O objetivo do serviço é otimizar a assistência hospitalar e evitar complicações nos quadros clínicos dos pacientes, além de evitar transferências desne-cessárias, de pessoas com casos mais simples e que podem ser resolvidos na própria unidade de origem.

O projeto-piloto começa a operar na região da Baixada Santista, local que sofre forte variação do flu-xo de atendimento hospitalar em virtude do deslo-camento de turistas em finais de semana, feriados e temporada de férias.

O Hospital de Bertioga é a primeira unidade a participar do sistema de regulação de leitos e pacien-tes por meio do projeto de telemedicina. Outras 31 unidades hospitalares, localizadas nas nove cidades da baixada santista, integrarão a rede até junho.

Para ofertar o serviço, a Cross irá dispor de seis postos de apoio, cada um equipado por um monitor de 21 polegadas Full HD, câmera Full HD 1080p, mi-crofone e caixas acústicas profissionais. Essa mesma estrutura também fará parte das estações móveis de trabalho dentro dos hospitais universitários e unida-des integrantes da rede.

“O uso da telemedicina no processo de regu-lação é um grande exemplo da importância da tec-nologia no serviço público de saúde, ao aproximar importantes centros de referência às reais necessi-dades dentro da discussão de casos de pacientes”, afirma o secretário de Estado da Saúde de São Pau-lo, David Uip. PH

videoconferênciana rede de saúde

em tempo real, equipes médicas e dos serviços hospitalares discutirão quadros clínicos de pacientes por meio da videoconferência

Crédito: A2 Fotografia / Diogo Moreira

Projeto de telemedicina vai ajudar a esclarecer diagnósticos e a monitorar pacientes internados em hospitais e prontos-socorros

Page 43: Panorama Hospitalar 16ª edição Junho de 2014

investimento

Junho, 2014 43

Ponto de Vista

investir certo: Por que projetos fracassam?

Fernando L. Motta dos santos é criador da solução viaveL saúde – simulação de Projetos e análise do investimento, diretor da si Consultoria e da DahMotta ti, e possui 37 anos de experiência em viabilidade de investimentos, sendo 11 na área da saúde

Afora a má gestão, as principais causas de insu-cesso em projetos e investimentos, que meus anos de estrada na área ensinaram, são:

1. A ausência, a insuficiência ou o desrespeito ao planejamento;

2. Inexistência, inconsistência ou equívocos nos da-dos de mercado;

3. Erros na tecnologia ou no projeto de engenharia;4. Orçamento incompleto dos investimentos;5. Esquecimento de que mais receita necessita mais

Capital de Giro;6. Insuficiência de Recursos Próprios, o que obriga o

sujeito a cometer dois pecados: a. Tomada de recursos de curto prazo para investirb. Retirada de recursos de giro para custear o investimento fixo

Como o tema é complexo, explanarei as duas primeiras causas de insucesso em projetos e investi-mentos nesta edição. As demais etapas serão explica-das ao longo das próximas publicações.

Em um projeto de investimento, o planejamento compreende a elaboração detalhada do projeto de ne-gócio e simulações de várias alternativas possíveis, com suas respectivas avaliações do investimento. Empreen-dimentos que são iniciados sem ou com insuficiente planejamento tem grandes chances de fracasso. Falta de licenças legais, atraso na implantação, estouro no orçamento, ociosidade, problemas operacionais e pre-juízos são alguns dos efeitos decorrentes da falta, da insuficiência ou do desrespeito ao planejamento.

Vou dar um exemplo de desrespeito ao planeja-mento. Em um projeto que participei estava previsto que os equipamentos prediais do hospital (elevado-res, transformadores, torres de refrigeração e bombas hidráulicas) seriam adquiridos obedecendo às normas do BNDES-FINAME, o que proporcionaria financia-mento com baixíssimo custo e longo prazo. O recurso

do FINAME foi contratado, porém, durante a obra, o gestor optou por adquirir equipamentos que não se enquadravam nas normas do financiamento.

Resultado: ele não conseguiu receber os recur-sos e a compra teve que ser bancada pelo hospital, pressionando o capital de giro e o caixa. A consequ-ência foi a contratação de um financiamento de custo mais alto com menor prazo de pagamento.

O segundo motivo faz parte do primeiro, mas é tão importante que merece tratamento a parte. Trata--se do mercado. Projetos sem ou com mercado insufi-ciente não lograrão viabilidade.

Recomenda-se fortemente iniciar um projeto pelo estudo do mercado. Para isso é necessário verifi-car se há demanda para o(s) produto(s) e/ou serviço(s) a serem fornecidos, bem como o nível de preço que permite que essa demanda se realize. Ou seja, o preço ou faixa de preço que o mercado está disposto (ou tem condições) de pagar para ter os produtos e ser-viços desejados, ou de que tem necessidade. Na área da saúde, dada alta relevância do governo (SUS) e dos planos de saúde privados ou públicos, é fundamental garantir-se o credenciamento para o serviço previsto.

Participei de um grande projeto ambulatorial cuja viabilidade era diretamente relacionada a uma alta taxa de ocupação dos serviços de imagem. Essa taxa, no entanto, só seria obtida se o principal plano de saúde da região, que respondia por 50% da de-manda não correspondente ao SUS, credenciasse o ambulatório. A direção do hospital decidiu executar o projeto mesmo sem ter obtido esta garantia. Mais de R$ 10 milhões foram investidos e, concluída a im-plantação, o credenciamento no plano de saúde que geraria a grande ocupação não foi obtido. Conforme previsto, o ambulatório passou a operar com prejuízo, situação que permaneceu por vários anos.

Planejamento e estudo de mercado são funda-mentais para um projeto de sucesso.

Até a próxima edição! PH

na rede de saúde

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Panorama Hospitalar44

Ponto de Vista teCnologia

44 Panorama Hospitalar

A verdade é que usamos de forma errada os termos TI (Tecnologia de Informação) e SI (Sis-temas de Informação). Às vezes dizemos TI

pensando em todos os recursos ligados à tecnologia, como pessoas e cultura organizacional. Em outras, falamos que o sistema está fora do ar e estamos nos referindo apenas a computadores desligados.

A Tecnologia é uma parte dos Sistemas de In-formação, que também incluem Cultura e Gestão. Sabe-se que a área de Saúde é extremamente conser-vadora em relação ao uso de TI. Repare que não estou falando de Tecnologia Operacional, como tomógra-fos e ressonâncias. Mas sim de prontuários digitais e prescrição eletrônica. Esse conservadorismo é parte da cultura das empresas e do próprio setor. E começa cedo: as faculdades ainda não formam os alunos para esta nova realidade.

Mas isso está mudando. Os equipamentos digi-tais de radiologia, por exemplo, já aproximam até os mais resistentes aos computadores. É comum, ao final de cada curso de Tecnologia de Informação em Saúde que ministro, receber alunos interessados em desen-volver aplicativos e ferramentas que melhorem suas próprias vidas profissionais. As organizações de saúde já estão sofrendo com a consumerização: a tendência de os funcionários terem – e trazerem – mais tecnolo-gia do que a empresa pode oferecer.

Mas, em um mundo informatizado, também são necessários recursos humanos e financeiros. É funda-mental ter estrutura e redundância. Esta semana es-tava conversando com um amigo, médico, sobre isso. Ele estava reclamando que não era raro o prontuário eletrônico sair do ar no hospital em que trabalha. E me contou que, para ele, é muitas vezes desagradável ter que perguntar ao paciente coisas que ele mesmo deveria saber, se tivesse acesso ao prontuário. Nota--se que aqui não falta tecnologia. Falta investimento. Falta redundância. Faltam planos B.

No Qualihosp deste ano, realizado pela FGV EAESP e pelo GVsaúde, as tendências da atenção à Saúde no século XXI receberam destaque. Muitas de-las falavam de tecnologia – ora operacional, ora de informação – e discutiu-se muito sobre o prontuário eletrônico individualizado.

Até o Google já tentou, com o GoogleHealth. A ideia era um local em que os usuários – pacientes e prestadores – pudessem inserir dados e consultá-los mediante senhas e autorizações. O princípio é muito bom: se pudermos reunir em um só lugar informa-ções sobre os pacientes, custos de exames repetidos e erros de medicação, preciosos segundos em busca de dados podem ser reduzidos. Realmente é muito bom.

Mas se não conseguimos arrumar nossa própria casa, como queremos arrumar o mundo? Não estou sendo pessimista, apenas realista: os gestores de Saú-de precisam investir no Sistema de informação como um todo – Cultura, Gestão e Tecnologia – e não ape-nas em equipamentos e softwares.

As ideias são muito boas e poderão melhorar a assistência “apenas” pela melhoria da qualidade e da disponibilidade da informação. Porém, o esforço de implantá-las vai além da compra de equipamentos. Deve-se pensar em privacidade. Deve-se questionar o que pode acontecer quando falta luz. Ou quando a internet e a rede caem. É necessário se proteger de ataques externos – hackers – ou internos – funcioná-rios e clientes mal intencionados.

Se queremos usar TI pra valer e, consequente-mente, depender dela, temos que ser tão eficazes quanto o Google (qual foi a última vez que você o viu fora do ar?). Ele sabe que, se falhar, nós vamos usar o Bing ou o Yahoo!. Esses segundos fora do ar são preciosos e podem significar a perda do cliente.

Segundos preciosos e perda do cliente são ter-mos comuns em um Pronto-Socorro também, não são? Pois é... PH

ti não é só Tecnologia

Libânia de alvarenga Paes - Coordenadora do Curso de especialização em administração Hospitalar e sistemas de saúde da escola de administração de empresas de são Paulo da Fundação Getulio vargas (FGv-eaesP)

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Campanhas inteligentesprecisam de ações....

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Panorama Hospitalar46

Ponto de Vista CoaChing

Acontece que existe somente um lugar onde você encontrará

pessoas sem problemas: o cemitério. Todas as demais têm de lidar com eles.

Pessoas acreditam que a vida tem de acontecer sem problemas. Se as contas fossem mais fáceis de pagar, se os relacionamentos fossem serenos

todo o tempo, se houvesse governos sem corrupção, a vida seria muito mais fácil.

Todos esses problemas são exasperantes e, ao longo do tempo, geram desgastes e muito estres-se, pela impossibilidade de resolvê-los definitiva-mente. Entretanto, a crença de que a vida deveria ser sem problemas adiciona um componente ter-rível para os indivíduos: que sua vida não deveria ser como é, e que são fracassados por não conse-guir resolvê-los.

Entretanto, para enfrentá-los, você precisará de muita energia, ou correrá o risco de sofrer um esgo-tamento mental, físico ou emocional. Para que essa energia apareça, você deve dar um sentido às suas adversidades. A capacidade humana de resolvê-las depende disso. Portanto, o motivo pelo qual você de-seja resolver o problema é tão ou mais importante que o problema em si.

Ao longo do tempo, é o significado que você

forja para suas adversidades que constrói sua iden-tidade. Por essa razão, já que a vida tem problemas, escolha os maiores para resolver. Albert Einstein, Charles Darwin, Gandhi, Martin Luther King e Nelson Mandela são exemplos de pessoas que resolveram problemas gigantes, que lhes deram uma identidade única e eterna.

Na esfera profissional, você terá de conviver com situações como a falta de remuneração ade-quada às suas necessidades, chefes problemáticos, pessoas que desejam prejudicá-lo, crises na empre-sa, no mercado e na economia. Isso, sem falar no difícil equilíbrio da vida profissional com a pessoal. Mas você somente terá energia para enfrentar tudo isso, se forjar um significado para sua carreira e, em última análise, para sua vida.

É esse significado que irá auxiliá-lo a construir sua identidade perante o mundo. Espero que escolha bem, pois o mundo precisa de indivíduos que, mais que de-sejarem apenas resolver seus problemas, sejam capazes de contribuir para que outros façam o mesmo.

Vamos em frente! PH

abraceseus problemas!

Por sílvio Celestino**autor do livro Conversa de elevador – Uma Fórmula de sucesso para sua Carreira, sílvio Celestino é sócio-fundador da alliance Coaching.

Page 47: Panorama Hospitalar 16ª edição Junho de 2014

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Page 48: Panorama Hospitalar 16ª edição Junho de 2014

Panorama Hospitalar48

observatório anahp é lançado na Hospitalar Feira e Fórum 2014

Livros anahp

O Observatório Anahp, editado pela Associação Nacional de Hospitais Privados, apresenta estu-dos sobre o mercado de saúde suplementar e o

desempenho econômico-financeiro, assistencial, ope-racional e de gestão de pessoas dos hospitais mem-bros da entidade. Durante o lançamento, o presiden-te da instituição, Francisco Balestrin, afirmou que em 2013, o aumento de despesas ficou acima do resul-tado das receitas, dos 55 hospitais que faziam parte da Associação no último ano - hoje eles somam 60. A receita líquida por saída hospitalar cresceu 5,1% em 2013 em relação a 2012, índice inferior ao avanço das despesas, que aumentaram 6,1% no mesmo período, comprometendo a margem das instituições.

Além disso, é possível observar aumento de glo-sas de 2,9% da receita líquida em janeiro de 2012 para 3,2% em dezembro de 2013, e dos elevados prazos médios de recebimento, que chegaram a 88 dias em dezembro de 2013, e o crescimento das des-pesas em ritmo superior aos índices de reajustes de serviços. Os hospitais-membros da Anahp são respon-sáveis por 20% do total de despesas assistenciais na Saúde Suplementar. “Grande parte dos recursos des-tinados para a Saúde Suplementar está nos hospitais vinculados à Anahp e, no entanto, houve aumento de glosas no último ano”, afirma Balestrin.

Segundo ele, o envelhecimento da população, a maior incidência de doenças crônicas mudou o perfil do paciente brasileiro, que, hoje, necessita tratamentos mais complexos. Isso resulta também em aumento da permanência no hospital. Segundo o estudo, a média de permanência aumentou de 4,5 para 4,7 dias entre 2012 e 2013, sendo que para as faixas etárias acima de 75 anos esse indicador supera os 10 dias. “Para aten-der essa demanda, os hospitais precisarão de mais leitos críticos e profissionais capacitados para atuar em trata-mentos de alta complexidade”, explica Balestrin.

Crescimento do mercado

A publicação ainda chama a atenção para o cresci-mento do mercado, com aumento de 4,6% do número de beneficiário em 2013, adicionando 2,2 milhões de novos usuários ao sistema, maior crescimento médio dos últimos três anos. Esse indicador supera até as es-

A 6ª edição do anuário mostrou aumento de despesas e de glosas nos hospitais afiliados à Associação Nacional de Hospitais Privados

timativas mais otimistas realizadas no ano passado pela Anahp com relação à necessidade de ampliação dos lei-tos em toda a rede hospitalar do País.

Do perfil de seus hospitais membros, 90% são de porte quatro - o que significa maior complexidade de estrutura assistencial, de acordo com a classifica-ção estabelecida na portaria nº 2224, do Ministério da Saúde. Em 2013, os 55 membros associados da época (hoje são 60), alcançaram um faturamento da ordem de R$ 17,3 bilhões, geraram mais de 100 mil empregos e responderam por 20% do total das des-pesas assistenciais na saúde suplementar e 11,5% do total de leitos privados existentes no Brasil.

Ficha técnica: Observatório AnahpEdição: 6ªPáginas: 167

** Disponível para download em www.anahp.com.br

Crédito: Divulgação Anahp

Page 49: Panorama Hospitalar 16ª edição Junho de 2014

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Panorama Hospitalar 50

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