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Panorama da Economia Solidária no Brasil FÓRUM PAULISTA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA Campinas, Unicamp - 29 de agosto de 2016 Dados e informações: Atlas Digital da Economia Solidária Mapeamento realizado entre 2009 a 2013 no Brasil Adolfo Homma

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Page 1: Panorama da Economia Solidária no Brasil · mecanismo de inclusão social dos menos favorecidos) Desafios a serem inseridos na agenda da Economia Solidária 4. Construir um outro

Panorama da Economia Solidária no Brasil

FÓRUM PAULISTA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

Campinas, Unicamp - 29 de agosto de 2016

Dados e informações: Atlas Digital da Economia Solidária

Mapeamento realizado entre 2009 a 2013 no Brasil

Adolfo Homma

Page 2: Panorama da Economia Solidária no Brasil · mecanismo de inclusão social dos menos favorecidos) Desafios a serem inseridos na agenda da Economia Solidária 4. Construir um outro

FINLÂNDIA

DINAMARCA

HOLANDA

O QUE ELES TEM EM COMUM?

1. Estado de Bem Estar Social: o Estado é o agente

regulamentador de toda a vida e saúde social, política e

econômica do país;

2. Democráticos, baixa concentração de renda em mãos poucos;

3. Imposto de renda progressivo – paga mais quem ganha mais;

4. Grande número de Cooperativas.

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SOBRE DESENVOLVIMENTO E CONJUNTURA INTERNACIONAL

Finlândia- População: 5.326.314 (2009)

- Há proporcionalmente mais cooperativas do que em qualquer outro

país do mundo

- 60% da população está associada às cooperativas rurais ou de

consumo.

- S Group é uma cadeia finlandesa de cooperativas de consumo e

serviços que tem mais de 1,9 milhões de membros e mais de 1.600 lojas

em todo Finlândia. O setor empresarial maior do grupo é o de

supermercados, que têm um volume de negócios de mais de € 6,4

bilhões.

- A carga tributária na Finlândia é de cerca de 50% do PIB. (No México, é

20%. No Brasil, 38%.). A declaração do imposto de renda é pública.

- 20% mais favorecidos da população ganham quase quatro vezes mais

do que os 20% menos favorecidos. Melhor educação do mundo.

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SOBRE DESENVOLVIMENTO E CONJUNTURA INTERNACIONAL

Dinamarca- População: 5.447.084 (2009)

- Setores vitais como alimentos, as cooperativas ocupam um lugar de

destaque, cerca de 90% da produção de leite e o abate de suínos são em

fábricas de lacticínios e matadouros cooperativos. As cooperativas são

responsáveis por aproximadamente 35% do movimento de vendas de

itens básicos de consumo.

- No setor de insumos agrícolas cerca de 50% da produção é realizada

por cooperativas.

- O movimento cooperativo é considerado como parte integrante da

sociedade e do comércio com os quais muitos dinamarqueses estão

relacionados como consumidores (cooperativas de consumo) ou

produtores (agricultura, horticultura e pescas).

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SOBRE DESENVOLVIMENTO E CONJUNTURA INTERNACIONAL

Holanda- População: 16,8 milhões (2013)

- A Holanda é conhecida por suas grandes cooperativas, especialmente

na agricultura e horticultura, cooperativa de crédito e seguros, mas há

também muitos que inicia no cuidado, energia e educação.

As 100 maiores cooperativas combinadas teve um volume de negócios

de mais de 108 bilhões de euros, empregou 156.000 pessoas e seus

proprietários são quase 24 milhões de membros.

O Rabobank, é um banco cooperativo que atua no mercado com 39%

nos depósitos e de 31% nos empréstimos. Possui a maior rede de

atendimento que ultrapassa 2.500 pontos de contato. Tem 1,9 milhões de

associados.

Os associados dos 129 bancos regionais elegem membros (delegados)

que participam das 12 assembleias regionais de delegados, sendo que,

quatro vezes por ano, 72 desses membros (conselho) se reúnem em uma

espécie de parlamento para tomar as decisões mais importantes.

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MONDRAGON

Maior grupo cooperativo do mundo

74.117 pessoas

15 Centros tecnológicos

260 empresas e cooperativas

103 cooperativas

Filiais em 41 países

Vendas em mais de 150 países

Filosofia Empresarial:

- Cooperação

- Participação

- Inovação

- Responsabilidade Social

Quanto maior a responsabilidade maior

o salário – mas o salário mais alto

nunca ultrapassa 3 vezes o menor

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MONDRAGON

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Principais desafios da Economia Solidária

01. Desafios a serem inseridos na agenda

da Economia Solidária

02. Desafios que estão na agenda mas

que necessitam de esforço concentrado

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Desafios a serem inseridos na agenda da

Economia Solidária

1. Construir um Projeto de Sociedade que se baseie

na economia solidária – cooperativismo.

2. Mudar a narrativa da Economia Solidária – Texto e

Contexto.

3. Desenvolver a visão macroeconômica da

economia solidária

4. Construir um outro conceito de Globalização –

Globalização social mundial.

5. Avançar para além do debate, da teoria, e ir para a

ação – ou o esvaziamento irá se acentuar.

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Desafios a serem inseridos na agenda da

Economia Solidária

01. Construir um Projeto de Sociedade que se baseie

na economia solidária - cooperativismo

Projeto Atual da Sociedade Brasileira:

- Coorporocracia

- Plutocracia

Projeto de Sociedade:

1. Onde queremos chegar

2. Quais são as características dessa nova sociedade:

- Meios de produção – relações de produção

- Papel do Estado na Economia

- Sistema Financeiro

- Poder Executivo – Legislativo – Judiciário

- Educação, saúde, transporte

- Sistema de distribuição de renda

- Sistema de comunicação, etc.

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Desafios a serem inseridos na agenda da

Economia Solidária

2. Ampliar a dimensão da narrativa da Economia

Solidária – Texto e Contexto.

- A economia solidária não é exclusivo para os setores

menos favorecidos da população. Não é precarização

do trabalho é Alternativa de Desenvolvimento.

- A economia solidária vem para fortalecer o

cooperativismo autêntico (contra as falsas

cooperativas – Coopergatos).

- No contexto histórico a economia solidária se

insere como Pós-Capitalista (Nasce no e com o

capitalismo, com o objetivo estratégico de

promover sua superação).

Page 12: Panorama da Economia Solidária no Brasil · mecanismo de inclusão social dos menos favorecidos) Desafios a serem inseridos na agenda da Economia Solidária 4. Construir um outro

Desafios a serem inseridos na agenda da

Economia Solidária

3. Desenvolver as dimensões macroeconômica da

economia solidária (ou construir?)

- As reflexões se processam mais na dimensão

microeconômica

No nível macro:

- Lei Geral da Economia solidária

- Leis Estaduais que introduzem a Ecosol ou a beneficiam

- Isenção de ICMS à empreendimentos inscritos no CadSol –

Bahia - Conselhos Estaduais de Ecosol

- PAA, PNAE,Catadores – Lei 8666/Dispensa de Licitação.

- Não entrou na agenda da sociedade - políticas públicas – educação

formal – dos movimentos sociais/sindicais – das universidades ...

( não se caracteriza como Projeto de Sociedade – mas como

mecanismo de inclusão social dos menos favorecidos)

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Desafios a serem inseridos na agenda da

Economia Solidária

4. Construir um outro conceito de Globalização

Globalização hegemônica (Globocolonização):

- Coorporocracia Internacional

- Plutocracia Internacional

Globalização contra-hegemônica:

- Cooperativismo autêntico

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Desafios a serem inseridos na agenda da

Economia Solidária

5. Avançar para além do debate, da teoria, e ir para a

ação – ou o esvaziamento irá se acentuar.

Cenário atual:

- Debates e trabalhos científicos se restringem, salvo

raras exceções, ao universo conceitual, histórico e a

estudos de casos. (se processam como um fim em sí

mesmo – banalização).

Novo cenário:

- Inserir o planejamento estratégico e a agenda de

atuação – natureza propositiva – Incorporação real

às políticas públicas e na cultura.

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Desafios que estão na agenda mas que

necessitam de esforço concentrado

1. Inserir a Economia Solidária nas Compras

Públicas.

2. Ampliar o roll de atores sociais nos Fóruns

municipais, regionais, estaduais e nacional de

economia solidária.

3. Promover reflexões/ações sobre economia

solidária na sociedade.

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Desafios que estão na agenda mas que

necessitam de esforço concentrado

1. Inserir a Economia Solidária nas Compras

Públicas.

- Compras públicas representam 10% do PIB

- PIB nominal 2015: R$ 5, 904 trilhões.

- Conhecer e estudar as demandas das compras

públicas e criar empreendimentos solidários

específicos para atendê-las.

- Estudar mecanismos de financiamento subsidiado

para criação de grandes empreendimentos solidários

de natureza estratégica – Política de Governo/Estado.

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Desafios que estão na agenda mas que

necessitam de esforço concentrado

2. Ampliar o roll de atores sociais nos Fóruns

municipais, regionais, estaduais e nacional de

economia solidária.

- Universidades;

- Movimentos Sociais/Sindicais,

- Instituições – Igrejas/Entidades da

Sociedade Civil

- Etc.

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Desafios que estão na agenda mas que

necessitam de esforço concentrado

3. Promover reflexões/ações sobre economia

solidária na sociedade.

- Criar campanhas informativas/educativas.

- Inserir na agenda das escolas

infantil/fundamental/médio e superior o tema

Economia Solidária.

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FÓRUM PAULISTA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

Panorama da Economia Solidária no Brasil

Dados e informações: Atlas Digital da Economia Solidária

Mapeamento realizado entre 2009 a 2013 no Brasil

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Empreendimentos de Economia Solidária no Brasil

Regiões Rural Urbana Rural Urbana Nº de EES

Centro Oeste 1.082 670 269 2.021

Nordeste 5.804 1.554 682 8.040

Norte 1.566 1.270 290 3.127

Sudeste 959 1.970 299 3.228

Sul 1.382 1.392 518 3.292

Total 10.793 6.856 2.058 19.708

Fonte: Atlas Digital da Economia Solidária – Dados 2009-2013

EMPREENDIMENTOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL

Municípios pesquisados: 2.713 - (Brasil: 5.570)

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Distribuição dos EES por Localização (Em %)

10,4

54,8

34,8

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Distribuição dos EES – Data de Fundação

Banco de dados do SIES

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Motivações

Banco de dados do SIES

PRINCIPAIS MOTIVAÇÕES PARA A CONSTITUIÇÃO DOS EES

Motivações Número %

Fonte complementar de renda 9.624 48,8

Alternativa ao desemprego 9.106 46,2

Maiores ganhos em empreendimento associativo 8.471 43,1

Atividade na qual todos são donos 8.024 40,7

Desenvolvimento comunitário 5.646 28,6

Condição para ter acesso a financiamentos e apoios 4.130 21,2

Motivação social, filantrópica ou religiosa 3.801 19,3

Alternativa organizativa e de qualificação 3.160 16,1

Incentivo de política pública 3.113 15,8

Atuação profissional em atividade específica 2.828 14,3

Fortalecimento grupo étnico 1.912 9,7

Produção/comercialização de produtos orgânicos 1.607 8,2

Organização de beneficiários de políticas públicas 1.510 7,7

Recuperação de empresa privada 601 3,1

Outro 1.890 9,6

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EEE POR NÚMERO DE SÓCIOS

Banco de dados do SIES

DISTRIBUIÇÃO DOS EES POR NÚMERO DE SÓCIOS (AS)

Total %

Até 20 sócios(as) 8.217 41,7

Entre 21 e 50 6.419 32,6

Entre 51 e 100 2.873 14,6

Entre 101 e 500 1.759 8,9

Mais de 500 sócios(as) 345 1,8

NS/NR 95 0,5

Total 19.708 100

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DISTRIBUIÇÃO DOS EES - TIPO

Banco de dados do SIES

DISTRIBUIÇÃO DOS EES POR TIPOS DE FORMALIZAÇÃO

Forma organizacional Total % % Cumulativa

Associação 11.823 60,0 60,0

Grupo informal 6.018 30,5 90,5

Cooperativa 1.740 8,8 99,4

Sociedade mercantil 127 0,6 100

Total 19.708 100

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DISTRIBUIÇÃO DOS EES - ATIVIDADE

Banco de dados do SIES

DISTRIBUIÇÃO DOS EES POR ATIVIDADES ECONÔMICAS E SELEÇÃO

AMOSTRAL

EES mapeados 19.708

(–) Atividade econômica

Troca de produtos ou serviços – 430

Poupança, crédito ou finanças solidárias – 328

Consumo/uso coletivo de bens e serviços – 3.945

(=) Amostra final 15.005

Comercialização ou organização da comercialização 2.628

Prestação de serviço 1.296

Produção ou produção e comercialização 11.081

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DISTRIBUIÇÃO DOS EES - ATIVIDADE

Banco de dados do SIES

DISTRIBUIÇÃO DOS EES POR PREDOMINÂNCIA DA ATIVIDADE ECONOMICA DOS SÓCIOS

Atividade Total % % Cumulativa

Agricultores familiares 7.158 47,7 47,7

Artesãos 3.413 22,7 70,4

Outros trabalhadores autônomos/por conta

própria

1.141 7,6 78,1

Não se aplica ou não há predominância 987 6,6 84,6

Assentados da reforma agrária 734 4,9 89,5

Desempregados (desocupados) 613 4,1 93,6

Catadores de material reciclável 591 3,9 97,5

Artistas 196 1,3 98,9

Técnicos, profissionais de nível superior 162 1,1 99,9

Garimpeiros ou mineiros 10 0,1 100

Total 15.005 100

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DISTRIBUIÇÃO DOS EES - FATURAMENTO

Banco de dados do SIES

DISTRIBUIÇÃO DOS EEP POR FAIXA DE FATURAMENTO

Faixa de faturamento Total % % Cumulativa

Até R$ 1.000,00 6730 34,1 34,1

R$ 1.000,01 - R$ 5.000,00 5052 25,6 59,7

R$ 5.000,01 - R$ 10.000,00 1963 10 69,7

R$ 10.000,01 - R$ 50.000,00 2950 15 84,7

R$ 50.000,01 - R$ 100.000,00 484 2,5 87,2

Mais de R$ 100.000,01 497 2,5 89,7

NS/NR 2.032 10,3 100

Total 19.708 100

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PRINCIPAIS DIFICULDADES NA COMERCIALIZAÇÃO

Banco de dados do SIES

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REDES DE COLABORAÇÃO

Banco de dados do SIES

TIPOS DE REDES DE COLABORAÇÃO COM PARTICIPAÇÃO DOS EES

Tipo de rede Número %

Rede de comercialização 1.312 56,8

Rede de produção 759 32,86

Central de comercialização 255 11,04

Rede ou organização de comércio justo e

solidário

164 7,1

Rede de crédito ou finanças solidárias 148 6,41

Cooperativa central 121 5,24

Cadeia produtiva solidária 99 4,29

Complexo cooperativo 83 3,59

Rede de consumo 63 2,73

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FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Banco de dados do SIES

FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS DOS EES

Para quem é feita a comercialização Número %

Venda direta ao consumidor final 9.189 86

Venda a revendedores/atacadistas 4.149 39

Venda a órgão governamental 1.602 15

Venda para empresa(s) privada(s) de

produção

959 8,9

Venda a outros empreendimentos de

economia solidária

976 9,1

Troca com outros empreendimentos 421 3,9

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PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA OBTENÇÃO DE

CRÉDITO OU FINANCIAMENTO

Banco de dados do SIES

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AUTOGESTÃO - ASSEMBLÉIAS

Banco de dados do SIES

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TIPO DE APOIO/ASSESSORIA

Banco de dados do SIES

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ORGANIZAÇÕES QUE PRESTAM APOIO E ASSESSORIA

Banco de dados do SIES

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PARTICIPAÇÃO EM REDES OU MOVIMENTOS SOCIAIS

Banco de dados do SIES

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PERCEPÇÃO - CONQUISTAS

Banco de dados do SIES

PERCEPÇÃO DOS ASSOCIADOS QUANTO A CONQUISTAS

Principais conquistas obtidas Número %

Integração grupo/coletivo 13.025 66,1

Geração de renda/obtenção de

maiores ganhos

11.618 59,1

Autogestão e exercício da democracia 9.651 48,9

Comunidade local 7.411 37,6

Comprometimento dos sócios 7.372 37,4

Conscientização e compromisso

político

3.510 17,8

Outro 2.432 12,3

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PERCEPÇÃO - CONQUISTAS

Banco de dados do SIES

PERCEPÇÃO DOS ASSOCIADOS QUANTO A CONQUISTAS

Principais conquistas obtidas Número %

Integração grupo/coletivo 13.025 66,1

Geração de renda/obtenção de

maiores ganhos

11.618 59,1

Autogestão e exercício da democracia 9.651 48,9

Comunidade local 7.411 37,6

Comprometimento dos sócios 7.372 37,4

Conscientização e compromisso

político

3.510 17,8

Outro 2.432 12,3

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PERCEPÇÃO - DESAFIOS

Banco de dados do SIES

PERCEPÇÃO DOS ASSOCIADOS QUANTO A DESAFIOS

Principais desafios Número %

Gerar renda adequada 14.503 73,6

Viabilizar economicamente EES 13.108 66,5

União do grupo/coletivo 11.048 56,1

Efetivar a participação e autogestão 8.611 43,7

Articulação com outros EES 8.457 42,9

Garantir proteção social 7.755 39,3

Conscientização ambiental dos sócios 7.294 37,1

Conscientização e politização dos

sócios

6.714 34,1

Outro 3.105 15,8

Page 40: Panorama da Economia Solidária no Brasil · mecanismo de inclusão social dos menos favorecidos) Desafios a serem inseridos na agenda da Economia Solidária 4. Construir um outro

Obrigado

Adolfo Homma

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Breve História da Economia Solidária no Brasil

FÓRUM PAULISTA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

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Breve contextualização da Economia Solidária no Brasil

- Década de 1980: Cáritas (CNBB) – cria o programa projetos alternativos

comunitários (PACs), para financiar e capacitar pessoas desempregadas

e carentes para o trabalho autônomo ou em grupo, buscando a

independência delas das doações de cestas básicas e outros auxílios da

igreja (ensinar a pescar).

- 1990 – O MST cria o Sistema Cooperativista dos Assentados e a Concrab

(Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária no Brasil) que reúne

cooperativas de produção agropecuária, cooperativas de prestação de

serviços e cooperativas de crédito.

- 1994 – Primeira política pública de apoio à Economia Solidária –

Prefeitura de Porto Alegre – RS – apoio para que desempregados

montassem seus negócios.

1995 – Criação da Anteag (Associação Nacional dos Trabalhadores em

Empresas de Autogestão e Participação Acionária) e da Unisol (União e

solidariedade das Cooperativas do Estado de São Paulo). Muitos

trabalhadores desde a década de 80 conseguem na justiça o direito de

assumir a massa falida nas falências.

Page 43: Panorama da Economia Solidária no Brasil · mecanismo de inclusão social dos menos favorecidos) Desafios a serem inseridos na agenda da Economia Solidária 4. Construir um outro

Breve contextualização da Economia Solidária no Brasil

- 1995 – Início das ITCPs – Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas

Populares - Alunos, professores e funcionários de universidades.

- 1999 – ADS – CUT.

- 2000 – Inicia as reflexões sobre a criação da UNITRABALHO – reitores –

professores – dirigentes sindicais – pesquisas e extensão vinculados ao

mundo do trabalho – numa perspectiva

- 2003 – SENAES + Conselho Nacional de Economia Solidária – consultivo

e propositivo para interlocução entre setores do governo e da sociedade

civil

- 2003 – Fórum Brasileiro de Economia Solidária

- 2003 – Criado o Fórum Paulista de Economia Solidária

- 2004 – Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária - 2 Atlas

da Economia Solidária –2007(22 mil) - e 2013 (19.708).

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Breve contextualização da Economia Solidária no Brasil

- 2007 – Lei do Saneamento Básico – Altera a Lei 8666 de 1993 – Dispensa

de licitação para cooperativas de catadores formados por pessoas físicas

de baixa renda.

- 2009 – PNAE – 30% da alimentação escolar da Agricultura Familiar –

quilombolas – indígenas – pescadores artesanais (FNDE).

- 2011 – Lei 14651/2011 - Lei que cria o Programa de Economia Solidária

do Estado de São Paulo – Falta Regulamentação.

- 2012 – PL 4685/2012 Dispõe sobre a Política Nacional de Economia

Solidária e os empreendimentos econômicos solidários, cria o Sistema

Nacional de Economia Solidária e dá outras providências. Foi aprovado

pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e

Desenvolvimento Rural (08-2015). Atualmente aguarda parecer da

Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (desde 03/09/205).

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Modalidades Atuais de Empreendimentos

da Economia Solidária

• Cooperativas,

• Associações,

• Empresas recuperadas por trabalhadores em regime de

autogestão,

• Grupos solidários informais,

• Clubes de troca

• Redes de cooperação em cadeias produtivas e arranjos

econômicos locais ou setoriais, - bancos comunitários de

desenvolvimento,

• Fundos rotativos (poupança comunitária, etc.)

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Setores em que atuam atualmente os

Empreendimentos da Economia Solidária

• Agricultura Familiar

• Alimentação

• Artesanato

• Confecção e Têxtil

• Coleta Seletiva

• Cultura

• Turismo

Pesca Artesanal

• Metalurgia e Polímeros

• Fruticultura

• Apicultura

• Cooperativismo social

• Construção civil

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Dados da Economia Solidária no Brasil

No Brasil, a Economia Solidária gera renda para 2,3

milhões de pessoas e movimenta cerca de R$ 12,5

bilhões por ano, com 20 mil empreendimentos.

Uniforja – Empresa Recuperada

Agricultura Familiar

Feira de Santa Maria - RS

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UNICOPAS (ES) – SISTEMA OCB

Criação: 02/12/1969

OCB: Organização das Cooperativas do Brasil

UNICAFES: União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária

- 1.100 cooperativas – 20 mil cooperados – 24 estados

- produção – comercialização – crédito – assistência técnica e infraestrutura)

CONCRAB: Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária do Brasil

- Criada em 1992

- Criada por Cooperativas e Associações de Agricultores assentados pela

Reforma Agrária no Brasil

- Presente em sete Estados (Santa Catarina, Rio Grande do Sul,

Paraná, São Paulo, Ceará, Bahia e Maranhão)

- Em geral mantém vínculo com o MST.

UNISOL: - Fundada em 2000

- Representação em 27 estados

- metalurgia/polímeros, alimentação, construção civil/habitação, confecção e têxtil,

cooperativas sociais, reciclagem, artesanato, agricultura familiar, apicultura e fruticultura

UNICOPAS: UNICAFES + CONCRAB + UNISOL

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SISTEMA OCB

Ramos Nº Cooperativas Nº Cooperados Número de Empregos

Agropecuário 1.597 1.007.675 161.701

Consumo 122 2.923.221 13.8880

Crédito 1.042 5.487.098 38.132

Educacional 300 4.079 52.371

Especial 6 247 7

Habitacional 220 120.520 1.035

Infraestrutura 130 934.892 6.496

Mineral 86 87.152 180

Produção 253 11.527 3.386

Saúde 849 249.906 92.198

Trabalho 977 228.613 1.929

Transporte 1.228 137.543 11.685

Turismo/Lazer 25 1.696 18

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ALIANÇA COOPERATIVA INTERNACIONAL

• Organização de representação do cooperativismo e de defesa da identidade

cooperativa em nível mundial, fundada em 1895.

• Com sede em Genebra, na Suíça, congrega cerca de 1 bilhão de pessoas

ligadas a 289 organizações cooperativas em 95 países.

• Mantém cinco escritórios continentais e também é estruturada em organizações

setoriais.

• Cooperativas geram 100 milhões de emprego em todo mundo

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Fórum Paulista de Economia Solidária - FOPES

Regiões e Municípios que Integram o Fórum Paulista de Economia Solidária (maio de 2015)

N

º

Regiões Nº de municípios

participantes

0

1

Grande ABCDMRR e Baixada Santista 7

0

2

Baixada Santista 10

0

3

Oeste e Centro Oeste 18

0

4

Guarulhos e Zona Leste da cidade de São Paulo 1

0

5

Noroeste 5

0

6

São Carlos e Região 5

0

7

Vale do Ribeira 7

0

8

Rio Claro 1

0

9

Oeste Metropolitano 7

1

0

Campinas e Região 5

1

1

São Paulo (Capital) 1

TOTAL 67

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Conferência Estadual de Economia Solidária - SP

www.economiasolidariasp.gov.br15 a 17 de maio de 2014

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Conferência Nacional de Economia Solidária

• 1600 delegados (as);

• 207 Conferências Territorias/Municipais

com 16.603 participantes;

• 26 Conferências Estaduais com 4.484;

• 05 Conferências Temáticas com 738

participantes;

• Total: 21.825 em 1572 municípios.

26 a 29 de novembro de 2014

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Obrigado!!!!

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Concentração de Renda no

Brasil e no Mundo: Reflexões

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Contradições do Modelo Capitalista

“A concentração de renda

é a contradição central

do capitalismo”.Thomas Piketty

r > g

r = taxa de rendimento privado do capital

g = taxa de crescimento da renda e da produção

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Contradições do Modelo Capitalista

“A concentração de renda

é a contradição central

do capitalismo”.Thomas Piketty

r > g

r = taxa de rendimento privado do capital

g = taxa de crescimento da renda e da produção

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Concentração de Renda

Modelo de

Desenvolvimento

Brasileiro: =

Altamente

Concentrador

De Renda

ANTONIO DELFIN NETO

Ministro da Fazenda do Brasil: 1969 - 1974

“Precisamos fazer o bolo crescer,

para depois dividir”

1989: ONU – Brasil 2º país do mundo em má distribuição de renda, somente

superado por Serra Leoa

2013: Brasil: 0,9% mais ricos detém 68,49% do total notificado no

imposto de renda do Brasil.Auditor fiscal da Receita Federal Fábio Avila de Castro – Dissertação de Mestrado

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Contradições

r > gr = taxa de rendimento privado do capital

g = taxa de crescimento da renda e da produção

- Os empresários tendem inevitavelmente a se transformar

em rentista e a dominar cada vez mais aqueles que só

possuem sua força de trabalho.

- Uma vez constituído, o capital se reproduz sozinho, mais

rápido do que cresce a produção. O passado devora o

futuro.

- Melhor solução é imposto progressivo sobre o capital.

- O imposto progressivo sobre o capital exige um alto grau

de cooperação internacional e integração política regional.

Diretamente, Piketty não apresenta uma alternativa ao capitalismo, mas

reconhece suas contradições e procura minimizar efeitos nocivos do modelo.

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TRANSPARÊNCIA ECONÔMICA E ECONTRÔLE

DEMOCRÁTICO DO CAPITAL

“... Um dos grandes desafios

do futuro é, sem sombra de

dúvida, o desenvolvimento de

novas formas de propriedade e

de controle democrático do

capital.” (p.553)