panamby magazine edição nº 4

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1 AUMENTA A MOBILIZAÇÃO EM DEFESA DO PARQUE BURLE MARX Ano 1 - Edição 04 - Julho 2014 ROTEIRO CULTURAL pelo Morumbi

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Page 1: Panamby Magazine Edição nº 4

1

AUMENTA A MOBILIZAÇÃO EM DEFESA DO PARQUE BURLE MARX

Ano

1 -

Ed

ição

04

- J

ulho

20

14

ROTEIRO CULTURAL pelo Morumbi

Page 2: Panamby Magazine Edição nº 4

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Page 3: Panamby Magazine Edição nº 4

3

FOTO DA CAPA: Isabelle VallantinANO 1 | Nº 04 | Jun 2014

eDITOrIAl

SuMÁrIO

dIretoreS: luiza Oliva ([email protected]) e Marcelo Santos ([email protected]) PuBlIcIdade: Silvia Perutti crIação e arte: Adalton Martins e Vanessa Thomaz atendIMento ao leItor: Catia Gomes IMPreSSão: laser Press PerIodIcIdade: Mensal cIrculação: Condomínios de alto padrão e comércio do Panamby JornalISta reSPonSável: luiza Oliva MTB 16.935

PanaMBY MaGaZIne é uma publicação mensal da editora leitura Prima. PANAMBY MAGAZINe não se responsabiliza pelos serviços, informes publicitários e produtos de empresas que anunciam neste veículo.

redação, PuBlIcIdade e adMInIStração: Al. dos Jurupis, 1005, conj. 94 – Moema – São Paulo – SP Tel. (11) 2157-4825, 2157-4826 e 98486-3000 – [email protected] – www.leituraprima.com.br www.panambymagazine.com.br – www.facebook.com/panambymagazine M Tecnologia e Comunicação ltda.

Caro morador do PANAMBYPanamby Magazine continua acompanhando a

mobilização dos moradores em defesa do Parque

Burle Marx, contra projetos imobiliários que ame-

açam a mata nativa da região. A matéria de capa desta

edição traz informações de um novo laudo, preparado

pelo botânico ricardo Henrique Cardim, e que analisa a

área localizada em frente à portaria principal do parque e

para onde está previsto projeto da Camargo Corrêa.

O estudo de ricardo revelou que há no terreno 30

exemplares de canela, árvore quase extinta na cidade. A

preservação deve ser o único destino da área, atesta o bo-

tânico. Procuramos também ouvir as construtoras envol-

vidas com projetos no Panamby. A Camargo Corrêa não se

manifestou, enquanto a Cyrela afi rmou que não inter-

virá em Áreas de Proteção Permanente ou nascentes.

Nesta edição, preparamos um roteiro cultural pelo

Morumbi, mostrando que arte também combina com

o bairro. Conheça ainda a história da vira-lata loira,

na reportagem que começa na página 18, uma sim-

pática moradora do Panamby. Aproveite ao máximo

a revista deste mês.

um abraço,

luiza Oliva

editora

12

04

roteIroCultura no Morumbi

Foto

: Eve

rto

Ba

llard

in

18 anIMaISAtitudes responsáveis contra o abandono de animais

22 crIançaSTeatro de bonecos no Shopping

23 novIdadeSloja infantil de casa nova

24 veÍculoSServiços e produtos diferenciados para seu carro

26 orIentação ProFISSIonalestratégia clínica: forma consciente de escolher a profi ssão

Exposição Poente, de Felipe Cohen, na Capela do Morumbi.

04 caPaAumenta a mobilização em defesa do Burle Marx

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4

CAPA

Por Luiza Oliva Fotos: Isabelle Vallantin

Moradores intensificam mobilização contra empreendimentos imobiliários que ameaçam o meio ambiente. Vereador e deputado apoiam o

movimento. Participe, assinando a petição que será encaminhada ao prefeito Fernando Haddad.

Aumenta a mobilização em defesa do Burle MArx

movimento em defesa do Parque Burle Marx

está tomando conta do Panamby. Aumentou

a mobilização dos moradores contra dois pro-

jetos de empreendimentos imobiliários que, caso rea-

lizados, trarão enormes prejuízos ao meio ambiente e à

população, entre eles o corte de 5.500 árvores de mata

nativa, o sombreamento do parque pelos prédios, a eli-

minação de nascentes e cursos d’água, a impermeabili-

zação do solo e o aumento do trânsito.

Até o fechamento desta edição, petição que será en-

viada ao Prefeito Fernando Haddad contava com mais de

6.500 assinaturas de cidadãos apoiando a causa, contra

os projetos imobiliários e a favor do meio ambiente. Ou-

tra ação que o movimento dos moradores realizará será a

distribuição de cartazes e folhetos pelo bairro, informan-

do a respeito do risco que paira sobre o Burle Marx.

A insatisfação dos moradores é grande. A advogada

rachel Tucunduva vê os projetos imobiliários como ab-

surdos, “um desfavor para o bairro”. “Quem frequenta o

parque sabe que o terreno vizinho à Marginal Pinheiros,

onde a Cyrela pretende construir um empreendimen-

to, tem cursos d’água e uma mata bastante fechada.

Além de cortar milhares de árvores, o parque ficaria com

sua insolação totalmente comprometida. Felizmente

O

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5

os moradores estão se mobilizando e já existe junto ao

Condephaat um pedido para que a área ameaçada seja

considerada uma extensão da área tombada do Parque”,

diz rachel, que se mudou para o Panamby há dois anos,

justamente para contar com os benefícios de ter um

parque como vizinho. “A própria Cyrela construiu empre-

endimentos no Panamby prometendo uma vista para o

Parque Burle Marx. Agora, ela mesma está ameaçando o

verde. Não deixa de ser uma forma de enganar o consu-

midor”, constata a advogada, que também reforça o ris-

co dos usuários ficarem sem estacionamento.

roberto Delmanto Jr., advogado, acrescenta que os

moradores atualmente arcam com o custo do estacio-

namento: “Por ser um parque municipal, o Burle Marx

deveria ter estacionamento gratuito ou com zona azul, o

que não acontece, obrigando os moradores a pagar pelo

estacionamento privado no terreno da Cyrela/Fundo Pa-

namby, cuja parte dos valores é destinada ao Parque.”

Para roberto, que criou uma página no Facebook, a SOS

Árvores do Panamby, há um conflito entre a posição dos

moradores em defesa do Parque e a da Fundação Aron

Birmann. “Há um afastamento dos vizinhos e usuários

diante do choque entre a opinião dos moradores que

compõem as mais de 6.500 assinaturas do abaixo assi-

nado SOS PANAMBY, que entendem inaceitáveis para a

cidade as construções da Cyrela e da Camargo Corrêa,

e lutam pela ampliação do Parque (e que contam com o

apoio da nota divulgada pelo Conselho Gestor no sentido

de se preservarem as Áreas de Proteção Permanente –

APPs e o verde), e o posicionamento exposto pela direto-

ria executiva da Fundação Aron Birmann, que afirmou ser

favorável às construções mediante contrapartidas para

a manutenção do Burle Marx, apesar delas ameaçarem

cortar milhares de árvores, emparedar, sufocar e até tirar

o sol da praça principal do próprio Parque, além de preju-

dicar todo o ecossistema, secar as várzeas e ainda trazer

mais caos ao trânsito”, pondera.

O advogado completa que esse choque de posiciona-

mento entre moradores e a Fundação Aron Birmann di-

ficulta a busca de recursos para manutenção do Parque

junto à vizinhança. “Certamente será muito mais fácil a

Fundação Aron Birmann buscar recursos com as milio-

nárias Cyrela e Camargo Corrêa, bem como com o Fun-

do Imobiliário Panamby, do que com os moradores que

lutam contra as construções por já estarem literalmen-

te sufocados com a vergonhosa destruição do verde na

cidade e no bairro, e que não aguentam mais a especu-

lação imobiliária e o trânsito, que têm destruído a quali-

dade de vida de todos os moradores, e pior, o ar e a água

dos nossos filhos e netos.”

Questionada sobre a ameaça ao verde, a construto-

ra Cyrela declarou que “o projeto não prevê intervenções

em APPs ou nascentes”. “Vamos respeitar rigorosamen-

te a legislação e o meio ambiente, como sempre fize-

mos em mais de 50 anos de história”, afirmou a empresa

Saiba mais sobre o Parque Burle Marx e a mobilização dos moradores em favor do meio ambiente em nosso site www.panambymagazine.com.br – e facebook – www.facebook.com/panambymagazine.

Page 6: Panamby Magazine Edição nº 4

6

CAPA

através de sua assessoria de imprensa à reportagem da

Panamby Magazine. Sobre novos empreendimentos no

bairro, a empresa não dá detalhes, mas afirma que há um

projeto, “em fase de desenvolvimento, em que todas as

aprovações exigidas serão submetidas aos órgãos com-

petentes”. A Cyrela afirma, ainda, que irá “preservar e in-

crementar o entorno, inclusive destinando uma grande

área do terreno ao parque”. “Temos exemplos bem suce-

didos na própria cidade, como, por exemplo, o empreendi-

mento Paulistania Bosque residencial, no Brooklin. Além

de revitalizarmos o bosque, ao lado do empreendimento,

a manutenção do espaço é realizada pelo próprio condo-

mínio. Não temos dúvidas de que, ao revitalizar uma área

verde, o valor que é gerado à região só contribui para o

desenvolvimento sustentável da cidade”, afirmou a cons-

trutora por meio de sua assessoria de imprensa. Também

questionada, a Camargo Corrêa, que entrou com pedido

para concessão de alvará de construção na área localiza-

da logo após a rua Dona Helena Pereira de Moraes, não

respondeu à solicitação da Panamby Magazine.

InIcIatIvaS

O movimento de moradores tem conseguido apoio de re-

presentantes junto à Câmara dos Vereadores e à Assem-

bleia legislativa. Para o vereador Gilberto Natalini, o Par-Flyers e cartazes criados pela Babel Propagan-

da & Digital começam a ser distribuídos pelo bair-

ro. A equipe da agência – larissa Almeida, Diogo

Mono ramos, Paula Geroldi e leonardo Mangini –

trabalhou voluntariamente no projeto, assim como

a Gráfica Aquarela, que imprimiu os materiais.

Caso você tenha como colaborar com o mo-

vimento de moradores do Panamby, envie uma

mensagem via Facebook para o SOS Árvores do

Panamby ou para roberto Delmanto Jr., através do

e-mail [email protected].

Acupuntura MÉDICA

Acupuntura: a acupuntura é um dos tratamentos médicos mais antigos do mundo. Consiste na estimulação de locais anatômicos sobre ou na pele – os chamados pontos de acupuntura.

Principais indicações: Insônia, ansiedade, depressão, estresse, enxaqueca, pânico, artrite, artrose, sinusite, rinite, dores na coluna, problemas digestivos, dores no nervo ciático, difi culdade de concentração, sonolência, baixa imunidade, dores musculares, DTM (dor temporo-mandibular) entre outras. Realizada por um médico especialista.

Rua Mal. Hastimphilo de Moura, 277 casa 1

Tel: 3742-1615

www.clinicaoca.com.br

facebook.com/Odontologia.OCA

Page 7: Panamby Magazine Edição nº 4

7

que Burle Marx é uma área de interesse ambiental de toda

a cidade, e não só dos moradores do entorno. “Não é mais

possível sustentar a ação predatória das construtoras em

São Paulo. O Burle Marx deve ser preservado.” Natalini já

solicitou para a Secretaria Municipal de Habitação cópias

de todos os processos e projetos envolvidos com a área

do Burle Marx. “Fiz essa solicitação há cerca de um mês e

não tive retorno. Quero avaliar todo o material e caso não

seja entregue, entraremos com um pedido via judicial.”

O deputado estadual Carlos Giannazi, que convocou

Audiência Pública no dia 29 de maio, no Plenário Tiraden-

tes da Assembleia, também apoia a luta dos moradores

do Panamby. “Após a Audiência, preparamos um reque-

rimento de informação para a Secretaria do Verde e do

Meio Ambiente da Prefeitura e acionamos o prefeito Fer-

nando Haddad, pedindo providências contra os projetos

de empreendimentos imobiliários na região. eles são uma

agressão explícita ao meio ambiente”, aponta Giannazi,

que está estudando a possibilidade de apresentar um

projeto de lei para tombar ambientalmente a área. “esta-

mos realizando estudos e consultas técnicas e acredito

que em agosto poderemos apresentar o projeto. Como é

uma área com espécies remanescentes de Mata Atlânti-

ca, com aves e plantas raras, temos um bom fundamento

para conseguir o tombamento. Nesse caso, as construto-

ras continuam sendo proprietárias dos terrenos, porém

não poderão mais construir neles. Outra opção seria pe-

dirmos a desapropriação dos terrenos, para a Prefeitu-

ra ou o Governo do estado, e a área toda se tornaria um

parque público.” Para o deputado Giannazi, o desejo dos

moradores coincide com a pauta mundial, que é a ques-

tão ambiental. “São Paulo é uma cidade em colapso. As

empresas também precisam rever suas posições.”

Acupuntura MÉDICA

Acupuntura: a acupuntura é um dos tratamentos médicos mais antigos do mundo. Consiste na estimulação de locais anatômicos sobre ou na pele – os chamados pontos de acupuntura.

Principais indicações: Insônia, ansiedade, depressão, estresse, enxaqueca, pânico, artrite, artrose, sinusite, rinite, dores na coluna, problemas digestivos, dores no nervo ciático, difi culdade de concentração, sonolência, baixa imunidade, dores musculares, DTM (dor temporo-mandibular) entre outras. Realizada por um médico especialista.

Rua Mal. Hastimphilo de Moura, 277 casa 1

Tel: 3742-1615

www.clinicaoca.com.br

facebook.com/Odontologia.OCA

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8

CAPA

PatrIMônIo da cIdade

roberto Delmanto Jr. acredita que todos devem se empe-

nhar contra a possibilidade do Panamby se transformar

em uma selva de prédios, como o Itaim Bibi ou outros bair-

ros altamente adensados. “Tanto a área da Camargo Cor-

rêa quanto a da Cyrela possuem trechos de preservação

permanente, conforme laudos de especialistas”, aponta.

Segundo Delmanto, um novo laudo, preparado pelo

botânico ricardo Henrique Cardim, referente ao frag-

mento de Mata Atlântica localizado em frente à portaria

principal do Burle Marx e para onde está previsto o pro-

jeto da Camargo Corrêa, constata que a área vem sendo

lentamente dilapidada. Quase todas as árvores estão

com plaqueamento e numeradas, prática comum em si-

tuações de manejo ou supressão de árvores. Também é

nítido o bosqueamento, que consiste na remoção com-

pleta ou de parte significativa da vegetação de sub-bos-

que (ervas, epífitas, cipós, mudas e arbustos), que vive

embaixo da sombra das árvores. Conforme o botânico

ricardo Cardim, “isso provoca desequilíbrios na floresta,

como a perda das mudas de árvores e impedimento da

sua renovação e ciclo natural, menor umidade e maior

chance de incêndios, erradicação de parte importante da

fauna e flora e perda de sustentação de grandes árvores”.

Árvores nativas típicas paulistanas e hoje pratica-

mente desaparecidas são facilmente encontradas no

terreno, como pau-jacaré, tapiá, ipê-amarelo, canjera-

na, jacarandá paulista, aroeira, jacatirão, guaçatonga e

embiruçu. Há ainda árvores frutíferas nativas com mais

de 60 anos de idade, tais como jabuticabeiras, araçás,

uvaias e palmito-jussara, e plantas ameaçadas de extin-

ção, como o xaxim, as pimentas-de-macaco e bromélias.

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Mas, segundo Cardim, o grande destaque botânico

do terreno é a sua importante população de caneleiras

ou canelas, essência de madeira nobre quase extinta na

metrópole paulistana. “Mais de 30 exemplares adultos,

alguns de grande porte e aparentando idade avançada,

se espalham pelo terreno. As canelas são árvores com

forte ligação histórica e cultural com a cidade de São

Paulo e seu povo. Na época colonial, entre os séculos xVII

e xVIII principalmente, essas árvores eram as principais

fornecedoras do madeiramento das pontes sobre os rios

paulistanos e das casas bandeiristas”, explica o botânico

no estudo. A conclusão de Cardim é que a única destina-

ção para a área é a preservação. “Qualquer outra utiliza-

ção significa um claro atentado ao patrimônio histórico,

cultural e ambiental de todos os paulistanos”, adverte.

Quem se recorda do Morumbi antes do bairro se tor-

nar um dos campeões em lançamentos imobiliários da

cidade percebe a nítida diferença entre as paisagens com

riachos e árvores frutíferas do cenário atual, onde trânsi-

to e construções povoam as ruas. “Presenciei em pouco

mais de meio século uma devastação indiscriminada no

Morumbi. eu era garoto e vinha do Butantã para o Morum-

bi de bicicleta, através de uma picada aberta no mato.

eram quase duas horas de viagem. O Morumbi era cheio

de gabiroba, frutinha silvestre que dá em arbustos, além

de goiabeiras e maracujá, e no Panamby corria um riacho”,

lembra o jornalista Vital Battaglia, que se mudou para o

Panamby em 1996. “Pensei que viveria muitos anos com

o verde como vizinho. Mas o progresso atropelou tudo e

em menos de 20 anos o perfil do bairro mudou comple-

tamente”, afirma.

Battaglia comenta que não se trata de saudosismo,

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mas de exigir o cumprimento da lei. “Temos uma legisla-

ção muito bem feita no que se refere à questão ambiental.

Queremos apenas que não cortem árvores na calada da

noite, que se mantenha o equilíbrio ecológico e não ma-

tem os cursos de rio. O que foi feito daquele riacho com

árvores nativas de antigamente? A cidade precisa crescer,

mas com o mínimo de respeito aos cidadãos e pensando

no que deixaremos para nossos fi lhos e netos”, conclui.

Mesmo moradores que chegaram mais recentemente

ao Panamby estão abraçando a causa em defesa do ver-

de. Hamilton Ferraz e a família têm um apego sentimen-

tal pelo Burle Marx. “Passeamos aqui desde que minha

esposa estava grávida. Hoje, nossa fi lha tem oito anos

e adoramos o Parque. São raros os locais como esse em

São Paulo. Não podem destruir o pouco que nos resta da

natureza”, fi naliza.

PoSSIBIlIdadeS de PatrocÍnIo

O Parque Burle Marx busca formas de captar verbas

para ajudar na conservação e mantê-lo viável eco-

nomicamente, à parte a discussão sobre os projetos

imobiliários. Administrado pela Fundação Aron Bir-

mann, a partir de convênio fi rmado com a Prefeitura,

o Parque convida empresas a patrocinarem projetos

em troca de publicidade. É possível participar de

melhorias, como na sinalização do parque. “Temos

um público de 15 mil pessoas visitando o parque

mensalmente. Temos projetos de custo acessível a

uma empresa, e estamos também abertos a outros,

por exemplo que envolvam cultura, como cinema ou

música”, diz Thiago Santos, gestor ambiental da Fun-

dação Aron Birmann.

Os eventos são outra fonte de receita: é possível

organizar no Burle Marx de casamentos a ações pro-

mocionais e eventos corporativos (como coletivas,

workshops, palestras e exposições, na área de 4 mil

metros quadrados do Jardim Burle Marx). Segundo

Thiago tudo deve seguir regras e procedimentos es-

tabelecidos pela Fundação, evitando impacto aos

outros usuários do parque e especialmente ao meio

ambiente. Para mais informações, utilize o e-mail

[email protected].

coMo PartIcIPar

Moradores do Panamby e Morumbi e simpatizantes do Parque Burle Marx podem aderir à causa em defesa da fauna e da fl ora da região.

• Curta a página do Facebook: www.facebook.com/SOSÁrvoresdoPanamby

• Assine a petição, acessando https://secure.avaaz.org/po/petition/Sr_Fernando_Haddad_Prefeito_da_Cidade_de_Sao_Paulo_Amplie_o_Parque_Burle_Marx_em_SP_desapropriando_areas_verdes_ao_redor/edit/

CAPA

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12

Foto

: Cri

stia

no

Ma

sca

rorOTeIrO

Por Luiza Oliva

O Morumbi e o Panamby reservam a seus moradores algumas dicas interessantes de passeios culturais. Exposições e boa música acontecem em parques e espaços diferenciados, e o melhor: bem pertinho de casa.

Cultura no MOruMBI

Morumbi é um bairro repleto de serviços, como

ótimos colégios e hospitais, e com muito verde.

Será que um bairro em constante crescimen-

to, que a cada dia recebe novos moradores e mais em-

preendimentos imobiliários, tem lugar reservado para a

cultura? Preparamos um roteiro cultural, com endereços

imperdíveis na região, onde é possível aproveitar exposi-

ções e concertos, em lindos cenários.

Fundação MarIa luISa e oScar aMerIcano

um parque com espécies nativas da fl ora brasileira, co-

leção de arte e objetos históricos, espaço para recitais e

concertos de música erudita e, de quebra, um Salão de

Chá, com serviço impecável, ambiente aconchegante e

delícias variadas. Com esse mix de atrações, a Fundação

Maria luisa e Oscar Americano é um dos endereços obri-

gatórios quando o assunto é cultura no Morumbi.

A Fundação foi instituída em 1974 pelo engenheiro Os-

car Americano. Os seis anos seguintes foram dedicados

à reformulação da antiga residência da família, visando

transformá-la na atual sede. A partir de 1980, acervo ar-

quitetônico, paisagístico e artístico tornaram-se acessí-

veis ao público, passando a constituir um dos espaços cul-

turais e de lazer mais importantes da cidade de São Paulo.

Parque (com aproximadamente 25.000 árvores) e

casa são projetos representativos do movimento moder-

no de arquitetura. O primeiro, de autoria de Otávio Au-

gusto Teixeira Mendes, precedeu à construção da casa,

concebida por Oswaldo Arthur Bratke.

A coleção de arte e objetos históricos foi iniciada com

peças pertencentes à família Americano, tendo sido gra-

dualmente ampliada. Hoje preserva e retrata grande par-

te da História do Brasil, compondo-se de três núcleos

principais: Brasil Colônia, formado por pinturas do século

xVII – entre estas, obras do holandês Frans Post – e por

objetos e imagens do século xVIII; Brasil Império, que reú-

O

Foto: Siomara Lim

on

gi

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13

PalácIo doS BandeIranteS

A Curadoria do Acervo do Palácio dos Bandeirantes apre-

senta um novo percurso expositivo até janeiro de 2015,

com o objetivo de contar aspectos da história do estado

de São Paulo e da sede do governo paulista por meio de

imagens. O novo percurso de visitação, que iniciou em

junho, ocupa parte do pavimento térreo e do primeiro

andar do prédio, onde são exibidas, entre outras obras,

pinturas, esculturas, gravuras, mobiliário e arte sacra.

esse percurso, criado para fruição do visitante no

Palácio dos Bandeirantes, permite ao cidadão conhecer

algumas das mais representativas obras da história da

arte brasileira, preservadas pelo Governo do estado de

São Paulo. Todas as visitas são acompanhadas por edu-

cadores. No térreo, é apresentada uma breve história do

estado de São Paulo, do Palácio dos Bandeirantes, desde

sua aquisição até os dias de hoje, e da coleção de arte

nele abrigada. Na entrada principal, há obras de Henrique

Bernardelli, Candido Portinari e Giovanni Oppido que ho-

menageiam os bandeirantes.

O Hall Nobre trata da expansão de São Paulo, com o

painel de Antonio Henrique Amaral, e aborda a origem

rural desse crescimento, com as obras de Djanira e Clóvis

Graciano. A participação dos imigrantes também é des-

tacada, assim como o ciclo do ouro e a devoção do povo

paulista com um núcleo temático de arte sacra. No Me-

zanino estão expostos retratos de 30 ex-governantes de

São Paulo, reunidos para promover uma leitura histórica e

estética, presente na arte do retrato. No Salão dos Conse-

lhos, é apresentada a série de 100 pinturas de José Cláu-

dio da Silva, que narra a viagem da comitiva científica de

Paulo Vanzolini ao rio Madeira, na região amazônica.

A visita continua no Salão dos Pratos, com obras de

arte moderna brasileira de artistas imigrantes que aqui

Foto

: Ka

tia

Szk

ud

lare

k

ne retratos a óleo e objetos da época imperial brasileira;

Mestres do Século xx, formado por obras de alguns dos

mais destacados artistas brasileiros, entre eles Portinari,

Brecheret, lasar Segall e Di Cavalcanti.

Na Fundação, arte e paisagem têm encontro marca-

do com a música erudita. Os concertos acontecem aos

domingos, às 11h30, com venda antecipada de ingressos.

Confira a programação dos próximos concertos:

10 de agosto: Del Claro, Fialkov e De los Santos – violon-

celo, piano e violino

24 de agosto: Duo Witowski – piano 4 mãos

14 de setembro: Fábio Godoi – piano

28 de setembro: Trio Brasileiro – piano, violino e violoncelo

12 de outubro: Grupo Pau Brasil – piano, sax, violão, bai-

xo e bateria

26 de outubro: linda Bustani – piano

09 de novembro: ensemble SP e Vera Astrachan – cor-

das e piano

30 de novembro: Quinteto Schubert – piano, violino,

viola, violoncelo e baixo

14 de dezembro: Concerto de Natal

Fundação MarIa luISa e oScar aMerIcano

Acervo – visitas monitoradas, Parque, Concertos,

Salão de Chá, eventos.

Horário de funcionamento: de terça a domingo

das 10h às 17h30, entrada para acervo até 17h

Av. Morumbi, 4.077 (em frente ao Palácio dos

Bandeirantes)

Informações: 3742-0077

[email protected]

www.fundacaooscaramericano.org.br

Ingresso: r$ 10,00 (acesso a Fundação), r$ 5,00

(estudantes e acima de 60 anos)

Foto

: Div

ulg

ão

Page 14: Panamby Magazine Edição nº 4

14

se naturalizaram, nos corredores e no átrio esquerdo de

acesso à escada, com peças importantes do movimen-

to de renovação das artes do século xx e com gravuras,

e no átrio direito, que destaca o programa Patrimônio

em rede, da Secretaria de estado da Casa Civil, res-

ponsável pelo inventário do acervo artístico-cultural

pertencente a todas as unidades administrativas do

estado. A visita é finalizada com a exposição de pintu-

ras, móveis e objetos da Fundação Crespi Prado e da Pina-

coteca do estado de São Paulo, atualmente em comodato

com o Acervo Artístico-Cultural dos Palácios.

Inaugurado oficialmente em 1970, o Palácio dos Ban-

deirantes está localizado em uma área de 125 mil metros

quadrados. O jardim corresponde a 70% do terreno, con-

tendo mais de duas mil árvores, como o pau-brasil e o

ipê-amarelo. Há também espécies exóticas, como cere-

jeiras e cedros-do-líbano. Aproximadamente 40 espé-

cies de aves têm nessa área verde seu habitat, entre elas,

pica-paus, amarelo e negro, quero-quero, joão-de-barro,

tico-tico, alma-de-gato e sabiá-laranjeira.

PalácIo doS BandeIranteS

Av. Morumbi, 4.500 – Portão 2

Horário: de terça-feira a domingo, das 10h às 17h

entrada: gratuita e acessível a pessoas

com deficiência

Informações: 2193-8282 [email protected]

Grupos acima de 10 pessoas: agendamento em

www.acervo.sp.gov.br

rOTeIrOFo

to: D

ivu

lga

çã

o

Page 15: Panamby Magazine Edição nº 4

orqueStra doS MédIcoS do alBert eInSteIn

A Orquestra Filarmônica dos Médicos do Hospital Israelita

Albert einstein completou 21 anos em 2010. Os ensaios são

abertos aos pacientes internados, pacientes ambulatoriais,

familiares, acompanhantes, visitantes, público em trânsito

no hospital e funcionários em geral. Os interessados podem

assistir e interagir com os integrantes após os ensaios.

A Orquestra começou suas atividades após alguns en-

contros de médicos que, independentemente de compro-

missos formais, reuniam-se, uma ou duas vezes ao ano e

apresentavam-se no Auditório do Hospital, tocando seus

instrumentos, individualmente, em duos ou em pequenos

grupos. Foi então que o cirurgião Professor Doutor Jaques

Pinus, flautista, teve a ideia de pesquisar e conversar com

todos aqueles médicos, com o objetivo de formar uma Or-

questra. Com a orientação da pianista internacional Ma-

ria José Carrasqueira, contatou o Maestro Nasari Campos,

que aceitou o desafio.

Foto

: Divu

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ão

Ho

spita

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enSaIoS orqueStra FIlarMônIca

doS MédIcoS do HoSPItal ISraelIta

alBert eInSteIn

quando: quartas-feiras às 20h

onde: Hospital Israelita Albert einstein – unidade

Morumbi – Auditório Kleinberger

entrada livre

Para confirmação dos ensaios: Vera Macedo

(11) 2151-0309 ou (11) 2151-2463

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caPela do MoruMBI

um dos endereços mais conhecidos do bairro, a Capela

do Morumbi foi erguida em 1949 por Gregori Warchavchik

sobre paredes de taipa de pilão do século 19. A Capela

situa-se em um terreno da antiga Fazenda do Morumbi.

Documento de 1825 aponta que a propriedade perten-

cia ao inglês John rudge, que ali cultivava chá. A fazenda

passou por vários proprietários – na década de 1940, a

Cia. Imobiliária Morumby efetivou o loteamento de suas

últimas glebas e dele fazia parte a antiga casa-sede da

fazenda e a edifi cação em ruínas de taipa de pilão.

São várias as interpretações históricas atribuídas a

estas ruínas: ora como sendo uma capela consagrada a

São Sebastião dos escravos, ora como capela acompa-

nhada de sepulturas destinada aos proprietários da fa-

zenda. Outros estudiosos acreditam ainda que tenham

sido apenas ruínas de um paiol. Contratado pela Cia.

Imobiliária Morumby, o arquiteto Gregori Warchavchik

interpretou as ruínas como remanescentes de uma an-

tiga capela e completou a edifi cação com alvenaria de

tijolos. Convidou a pintora lúcia Suanê que, em afresco,

representou a cena do batismo de Cristo e os anjos com

fi sionomias de índios, nas paredes do batistério.

caPela do MoruMBI Av. Morumbi, 5387 – Tel. 3772-4301

Horário de funcionamento: de 3a a domingo, das 9 às 17h

entrada gratuita e livreInformações: www.museudacidade.sp.gov.br

Desde 1991 o local é destinado a exposições de arte

contemporânea. entre os artistas que já criaram pe-

ças para a Capela estão Guto lacaz, laura Vinci e José

Spaniol. A instalação Poente, desenvolvida pelo artista Feli-

pe Cohen, pode ser visitada na Capela até o dia 31 de julho.

rOTeIrO

Foto

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Parque Burle MarX

O Descanso da sala, de José Spaniol

Av. Dona Helena Pereira de Morais, 200

Horário: das 7h às 19h

Tel. 3746-7631

www.parqueburlemarx.com.br

Parque Burle MarX

A obra de arte “O Descanso da Sala”, de José

Spaniol, desde setembro de 2011 pode ser

visitada no Parque Burle Marx e este ano

foi doada ofi cialmente ao Parque. A obra,

construída em aço e ferro, mostra uma sala

de estar suspensa de ponta cabeça sobre o

lago do Parque Burle Marx. Segundo José,

o projeto previa a instalação sobre um es-

pelho d´água. “Tive difi culdades para via-

bilizá-lo em outros parques da cidade. Mas

o Conselho do Parque Burle Marx foi muito

favorável à instalação da obra no local. Fiz

alguns ajustes na peça em relação à clareira

disponível no espaço e ao tamanho do lago,

e também em como posicionar o trabalho

para que houvesse um ângulo de visão fa-

vorável ao visitante”, explica o artista plás-

tico. O público pode caminhar em torno da

peça e primeiro vê o refl exo da obra na água,

aponta Spaniol, já que os objetos estão ins-

talados a oito metros de altura.

Foto

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ANIMAIS

Loira é o que se chama de cão comunitário: vive no Panamby, cheia de carinho e cuidados. Mas nem todos os animais de rua têm a

mesma sorte. Saiba como ajudar.

Atitudes responsáveis contra o ABANDONO De ANIMAIS

uem passa pela rua Forte William,

no entroncamento com a rua Maria

Antonio ladalardo, se surpreende

com uma casinha de cachorro, cuidadosa-

mente instalada no local. A moradora da casi-

nha é loira, uma meiga vira-lata, já conhecida

de muitos moradores da região. Maria Helena

Cipolla Gabriolli, moradora da Forte William,

lembra que loira vinha à tarde para a rua, em

busca de comida. Foi fi cando, fazendo amigos,

atraindo atenção e cuidados.

Helena conta que alguns amigos se cotiza-

ram para comprar a casinha, que foi chumba-

da no piso da pequena área verde. Cobertores

e tapetes garantem conforto para a moradora

especial. Helena alimenta loira e cuida para

que não fi que ração no comedouro. “Algumas

pessoas querem ajudar e colocam ração, mas

não podemos deixar a comida exposta ao

tempo, atraindo formigas e insetos.”

Já aconteceu de, em noites frias e chu-

vosas, loira ganhar abrigo em algum aparta-

mento. Mas loira é uma cachorra de hábitos

livres e não se acostuma em uma residência.

ela adora caminhar: todos os dias pela ma-

nhã vai até o VIP Pet Shop, na rua José ra-

mon urtiza. lá, recebe afagos da proprietária

Marcella Azevedo, dos funcionários e da vete-

rinária Camila Masotti. Toma banho frequen-

temente no pet shop, se alimenta e recebe as

vacinas. No fi nal do dia, Camila a leva de volta

Q

Loira em sua casinha: dócil e querida.

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Atitudes responsáveis contra o ABANDONO De ANIMAIS

para sua “casa” na Forte William. loira é o que se chama

de cão comunitário. “um cão precisa de carinho e conta-

to humano. e loira é muito dócil, todos a adoram”, comen-

ta lígia Freitas de Azevedo, ex-vizinha de Helena, que se

mudou do Panamby mas continua indo frequentemente

ao bairro para visitar a cachorrinha.

loira não é a primeira SrD (sem raça defi nida) que

ganhou cuidados das amigas Helena e lígia. “Infeliz-

mente existem pessoas que consideram animais como

lixo e os despejam no bairro. Não somos colecionadoras

de animais, mas o mínimo que podemos fazer é alimen-

tar e cuidar de qualquer ser vivo que esteja necessita-

do”, afi rmam as amigas, que já promoveram a castra-

ção de 32 gatos e resgataram e enviaram 14 cães para a

Associação MaxMello de Amparo à Vida Animal. “lolita

e Brad Pitt foram os primeiros que aqui chegaram, em

2009, pelas mãos de Helena e lígia. elas

fazem um trabalho muito importante de

acolhimento de animais abandonados”, diz

Sandra Maria Guilarducci, diretora da Max-

Mello, que há 10 anos se dedica aos cuida-

dos de animais.

Hoje, a entidade abriga mais de 350

cães, além de gatos, que consomem três

toneladas e meia de ração por mês. “recebemos muitos

cães vítimas de maus tratos e de torturas. É inacreditá-

vel a que ponto chega a maldade humana. Aqui todos

são tratados, recuperados e vacinados e vivem felizes na

MaxMello, à disposição para adoção. Temos cães de raça,

como pit bulls, rottweillers, dogue de Bordeaux e poodles,

que foram largados pelos donos. Muita gente compra um

cachorro e simplesmente o abandona, quando percebe

que ele dá despesas e fi ca doente”, constata Sandra.

Muitos também são deixados na porta da instituição,

hoje instalada em Ibiúna e de mudança para um novo

espaço em Piedade. Sandra defende ações de cidadãos

como Helena e lígia, do Panamby: “Gente como elas faz o

que o estado deveria fazer. Até porque os animais, por lei,

pertencem ao estado. Se cada um de nós tomasse atitu-

des semelhantes, certamente teríamos menos cães nas

ruas. Há poucas ações de castração, fazen-

do com que os fi lhotes fi quem pelas ruas,

e ainda há os animais abandonados pelos

proprietários.”

A diretora da MaxMello também reforça

a importância dos cães receberem carinho.

este ano um vídeo sobre o trabalho da enti-

dade fez sucesso na internet, com mais de

“Muita gente compra

um cachorro e

simplesmente o

abandona, quando

percebe que ele

dá despesas e fi ca

doente.”

Sandra, da MaxMello: cuidados e carinho para os animais.

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450 mil visualizações. O vídeo foi idealizado pelos publi-

citários Gregory Kickow e Thiago Bocatto e conta a his-

tória de Pat, cachorrinha resgatada pela entidade depois

de viver anos acorrentada. O convite era claro: “Pat já co-

nheceu o lado mau do ser humano. Mostre pra ela o lado

bom: faça um carinho.” Assista ao vídeo no link http://

www.youtube.com/watch?v=QwkmkHoBBjk. Através do

vídeo, o cantor luan Santana conheceu a história de

Sandra e da MaxMello e gravou um videoclipe na insti-

tuição. A repercussão rendeu reportagens nos telejor-

nais do SBT e da record e participação de Sandra e de

Pat com luan no programa de Ana Maria Braga. Apesar

das participações, as difi culdades para manter a enti-

dade continuam: “Nossas despesas são elevadíssimas,

não podemos continuar sem o apoio de empresas, já que

não temos ajuda de nenhum órgão público, não obstante

nosso trabalho ser de utilidade pública”, aponta Sandra.

Para saber mais sobre a Associação MaxMello de Am-

paro à Vida Animal acesse www.facebook.com/Associa-

çãoMaxMello. A entidade precisa de doações e também

convida os interessados a apadrinharem cães. Mais infor-

mações pelo e-mail [email protected].

ANIMAIS

coMo coMBater o aBandono

Abandono de animais é crime e deve ser registrada

queixa na delegacia mais próxima. A informação é da

médica veterinária do Centro de Controle de Zoono-

ses (CCZ) de São Paulo, Tamara leite Cortez. “O regis-

tro de crimes de abandono é baixíssimo, o que acarre-

ta inclusive uma maior difi culdade em defi nir políticas

públicas na cidade para a questão”, diz a veterinária,

reforçando que o CCZ é um órgão ligado à Secretaria

Municipal de Saúde e não atua frente ao abandono de

animais. “recolhemos apenas animais que represen-

tam um risco à saúde da população.”

Se qualquer cidadão presenciar um abandono e

conseguir anotar a placa do carro, deve fazer Boletim

de Ocorrência na delegacia. Vídeos de câmeras de sis-

temas de segurança, de residências ou condomínios,

também podem ser utilizados para identifi car quem

abandonou um animal na rua. “Apenas a presença do

animal na via pública não pressupõe abandono. ele

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pode ter fugido de casa, estar acostumado a passear

por um tempo fora, ter nascido na rua ou realmente ter

sido deixado pelo proprietário. Nesse caso, confi gura

um crime.” Maus tratos ou crueldades contra animais

também devem ser registrados através de BO na dele-

gacia (lei Municipal 13.131/01 e lei Federal 9.605/98).

Para prevenir o abandono de animais, a veterinária

acredita que só há um caminho: a posse responsável.

“Quando se escolhe ter um animal, é importante saber

que ele não é de pelúcia. ele vai comer, beber, fazer cocô

e xixi. Precisa de cuidados, ser vacinado, vermifugado,

necessita no mínimo de uma consulta veterinária anual.

e, quando envelhece, assim como os humanos, os ani-

mais também darão mais trabalho. Precisam de rações

específi cas e mais atenção à saúde. e nem por isso de-

vemos jogá-los fora”, aponta. Cães especialmente pre-

cisam passear, ter contato com outros cães e com as

pessoas da família. “Quanto melhor a relação do cão

com a família menor a chance de ele ser abandonado”,

resume a veterinária Tamara.

Loira recebe cuidados de pet shop e moradores.

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Tradicional evento do Jardim Sul chega à 14a edição.

Até o dia 3 de agosto, o Shopping Jardim Sul realiza a 14a

edição do Festival Teatro de Bonecos, consagrada ação

que o empreendimento realiza desde 2001, sempre

com apresentações gratuitas para crianças de dois a 12 anos.

Neste ano, o projeto aposta na diversidade de linguagem e,

por isso, contará com nove diferentes espetáculos, dos grupos

Navega Jangada, Núcleo de Trecos e Cacarecos, Caleidoscópio,

Cia de Bonecos urbanos e Companhia-Companhia.

As peças serão apresentadas as sextas, sábados e domin-

gos. Às sextas-feiras as apresentações serão às 16h e aos sá-

bados e domingos às 16h e 18h, no palco montado na praça

de eventos. O evento tem como objetivo reunir um panorama

cultural por meio de apresentações de espetáculos com lingua-

gens e técnicas variadas.

Segundo Vilmar Verdade, Superintendente do Shopping Jar-

dim Sul, o empreendimento está sempre preocupado em oferecer

Fotos: Divulgação

CrIANçAS

as melhores opções para toda a família

e fomentar a cultura na região. “Além de

oferecer um mix completo de lojas e ser-

viços buscamos realizar eventos que pro-

porcionem lazer, entretenimento e cultura

para nossos clientes, como o Festival Tea-

tro de Bonecos”, fi naliza.

Teatro de bonecos no SHOPPING

XIv FeStIval de teatro de BonecoS

data: De 18 de julho a 03 de

agosto, de sexta a domingo.

Horário: Sextas às 16h e sábados

e domingos às 16h e às 18h.

entrada Gratuita

Shopping Jardim Sul

Av. Giovanni Gronchi, 5.819,

Morumbi – SP.

www.jardimsul.com.br

Page 23: Panamby Magazine Edição nº 4

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Em novo endereço, Bugudum oferece moda, acessórios e linha para ballet e danças em geral.

Bugudum está de casa nova. Há quatro anos

no Morumbi, a loja é apaixonada pelo uni-

verso infantil e inaugurou um novo espaço,

onde as crianças têm um cantinho exclusivo, sofi sti-

cado, aconchegante e divertido só para elas.

A Bugudum dispõe de moda a acessórios, desde

a maternidade até o tamanho 14, proporcionando

aos bebês, crianças e teens o que há de melhor em

conforto, beleza, elegância e criatividade. A loja ofere-

ce produtos de marcas como Tyrol, luluzinha, Oliver,

Sônia, Anuska e Trânsito (com peças diferenciadas e

numeração até 16, atendendo a fase da pré-adoles-

cência e teens).

O Pijama Divertido é um dos destaques da Bugu-

dum e excelente opção para presentear: o pijama vem

com um boneco de pano feito com o mesmo tecido

do pijama. Há também opções de pijamas para o pa-

pai e a mamãe (com numeração até GG), iguais aos

das crianças. Acessórios, como bandanas, lenços, fi -

velas para cabelo, bolsas, além de moda praia, podem

ser encontrados na Bugudum.

Outro diferencial da loja é a parceria com diversas

escolas de ballet do Morumbi. Na loja é possível en-

NOVIDADeS

contrar uniformes para as pequenas bailarinas, com

sapatilhas, collant, sainhas, bolsas e meias, inclusive

com numeração de adulto. A linha de papelaria en-

canta especialmente as meninas e são ideias para

lembrancinhas de aniversário. No andar superior, a

Bugudum tem um outlet com peças lindas e excelen-

tes preços.

De CASA NOVAAv. Dr. Guilherme Dumont

Villares, 1477 (ao lado da Padaria letícia)

Tel. 3507-7319 e 3507-5823

www.facebook.com/BugudumBabiesAndKids

Loja infantil

A

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24

ATS Pneus oferece diversos serviços automo-

tivos, com atendimento e equipamentos di-

ferenciados a preços competitivos. Os sócios,

Amílcar Suehasu e elthon Akinaga, colocaram sua expe-

riência no setor de competições de carros esportivos no

projeto da ATS. “Até 2013 atuei junto a Yokohama Pneus

no departamento de motor esporte, em categorias como

a Porsche Cup do Brasil. Hoje, 90% dos pneus comercia-

lizados na loja são Yokohama, que tem produtos de cate-

goria superior, mas também somos multimarcas”, conta

elthon. Conhecendo o público de proprietários de mar-

cas esportivas, como Porsche e Subaru, a dupla investiu

na ATS para esse nicho de mercado. “Preparamos carros

esportivos para competições, como a Porsche Cup e a

lancer Cup, nas provas do rally Mitsubishi. Mas também

atendemos carros convencionais, apostando em servi-

ços de qualidade, na área de pneus, suspensão, freios, ro-

das, alinhamento e balanceamento, montagem de pneus

blindados, troca de óleo e baterias”, explica.

equIPaMentoS de ÚltIMa Geraçãoum dos diferenciais da loja são os equipamentos.

Há quatro elevadores pantográfi cos, prepa-

rados para levantar qualquer carro, desde

os extremamente pesados, como pica-

pes blindadas, até modelos esportivos,

mais baixos. O alinhamento 3D é de

última geração e permite uma leitura

Serviços e produtos DIFereNCIADOS para seu carro

ATS Pneus une experiência em competições a produtos de primeira para oferecer serviços de qualidade.

VeíCulOS

bem mais precisa do carro. “Temos o

software mais atualizado do merca-

do e nosso balanceamento é com-

putadorizado”, diz elthon. Para manter

a suspensão em ordem, o alinhamento

da direção e o balanceamento das rodas

são indicados a cada 7 mil quilômetros. Os procedimentos

garantem melhor dirigibilidade, maior economia de pneus

e combustível, estabilidade e segurança. “Mas conforme

o tipo de pneu utilizado, como os de uso misto ou fora de

estrada, recomendamos antecipar o alinhamento e o

balanceamento para 5 mil quilômetros.”

BlIndaGeM de PneuSA ATS também faz blindagem de pneus.

elthon explica que a roda é envolvida

com uma cinta de aço, de poliureta-

no ou de borracha, que impede que o

pneu solte da roda em caso de furo.

“Se o pneu escapar da roda, torna-se

inviável guiar o veículo. Com a cinta, o

carro mantém certa estabilidade mes-

mo com o pneu furado. Carros não blinda-

dos também podem contar com a segurança dos

pneus blindados”, acrescenta. A ATS dispõe ainda dos

pneus run fl at da Yokohama, que rodam até 80 quilôme-

tros sem ar.

Av. Morumbi, 7826

Tel. 5521-3996 / 2366-2962

www.atspneus.com.br

A

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26

OrIeNTAçãO PrOFISSIONAl

escolha por uma profissão na adolescência

representa muito mais do que uma seleção

por uma atividade de trabalho, implica refletir

quem se deseja ser, significa a busca por uma identidade

pessoal e profissional. É justamente nesta fase que o jo-

vem experimenta importantes transformações hormo-

nais, emocionais e intelectuais tornando-o suscetível a

conflitos internos e externos. Sentimentos como medo,

dúvida, angústia, confusão, incerteza, receio e insegu-

rança são claramente evidenciados nesta fase, pelo fato

de os adolescentes atribuírem a si mesmos a responsa-

eSTrATÉGIA ClíNICA: forma consciente de escolher

a profissãoPor Cleire L. Molinari Bosio

bilidade da escolha, como se essa definisse seu futuro e

lugar na sociedade.

O jovem de hoje é fruto de uma geração que nasceu

conhecendo o computador, os jogos eletrônicos, pluga-

do no mundo das informações rápidas e globais. Porém,

a grande questão é: com que profundidade compreende

ou utiliza as informações obtidas? Observa-se que nos

momentos de optarem por seus projetos de vida, os jo-

vens tendem a deparar-se com uma certa “fragilidade de

conhecimento”, ou seja, não se sentem emocionalmente

preparados para tomarem decisões.

A

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Atualmente, o vínculo que o adolescente estabelece

com a profi ssão é um dilema. Isso ocorre porque o pro-

cesso de escolha da profi ssão requer que o jovem possa

selecionar, discriminar, diferenciar, descartar e, para que

isso aconteça, é preciso conhecer e não apenas “zapear”

as características das inúmeras opções disponíveis de

profi ssões e atuações no mercado.

É neste contexto que o trabalho de orientação profi s-

sional deve ser pautado, promovendo o autoconhecimen-

to nos jovens e, sobretudo, a refl exão conjunta na escolha

da profi ssão, traçando um caminho no qual o adolescente

possa transitar em busca de um objetivo, estimulando-o

a fazer escolhas de maneira mais consciente e madura. É

imprescindível criar condições para que os jovens possam

ter acesso à maior quantidade possível de informações

em relação as suas escolhas. O orientador profi ssional

atuará como um facilitador neste processo, desenvolven-

do estratégias para que o próprio jovem identifi que suas

aptidões, interesses, valores e características de persona-

lidade, favorecendo dessa forma a elaboração de um pro-

jeto de vida de maneira responsável e consciente. Fo

to: Fo

tolia

cleire l. Molinari Bosio é psicóloga e orientadora

profi ssional, Coach certifi cada pela Sociedade Brasileira

de Coaching – SBC

[email protected]

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