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 RESPONSABILIDADE CIVIL no Contrato de Trabalho Questões controvertidas TRT, 2ª. Região 25/março/2008  José Affonso Dallegrave Neto

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RESPONSABILIDADE CIVILno Contrato de Trabalho

Questões controvertidas

TRT, 2ª. Região 25/março/2008

 José Affonso Dallegrave Neto

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INTRODUÇÃO

-Nova face do DIREITO DO TRABALHO:

-ações acidentárias; dano moral por assédio, castigos,revistas íntimas, interceptação de e-mail;

VISÃO MODERNA DO CONTRATO DE TRABALHO

-Obrigações principais: remunerar x trabalhar

-Obrigações secundárias: destinadas ao fiel cumprimento das principais

- Deveres anexos de conduta: informação, proteção e lealdade;

- Abuso do direito de comandar (art. 2º, CLT cc art. 187, CC)

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Nova face das Relações de Trabalhoalta produtividade = abuso do jus variandi

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Dano resultante de um Contrato de Trabalho:(lato sensu)

- Reparação: Justiça do Trabalho;

- Art. 114, VI da CF:

Compete à JT processar e julgar:

VI ± as ações de indenização por dano moral oupatrimonial, decorrentes da relação de trabalho;

- RT = o objeto é uma prestação de trabalho intuito personae;- RE = o objeto é um trabalho intuito personae + subordinado;

- E os danos pré e pós-contratual?

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I - PROCESSO SELETIVO. FASE PRÉ-CONTRATUAL.OBRIGAÇÕES DO PROPONENTE.

A sujeição a um processo seletivo de emprego não

confere a certeza de admissão, em razão do riscoinerente a esse tipo de admissão. Mas à medida emque o processo seletivo avança, a álea típica dessaforma de seleção diminui e a relação se torna cadavez mais individualizada. Começam a surgir, então,direitos e obrigações recíprocos próprios dafase pré-contratual (CC/2002, art. 427).

A autorização para realização de exames médicosadmissionais se equipara à proposta de emprego,cujo distrato depende da concordância de ambas as

partes. A recusa na contratação, sem qualquerexplicação, importa dano juridicamente relevante,sujeito a reparação compatível.

(TRT, 2ª. Região, Ac. nº: 20060494187, RO, Processo nº:00500200406402001, Rovirso Aparecido Boldo, Recorrentes: 1.

Venicios Mortess 2. Lojas Colombo S/A, julgado em 12/06/2006)

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Dano em exame préDano em exame pré--admissional:admissional:

³Conflito de competência. Ação de indenização ³Conflito de competência. Ação de indenizaçãopor danos morais. Lesão de tímpano provocadapor danos morais. Lesão de tímpano provocadadurante a realização de exame admissional. Alteraçõesdurante a realização de exame admissional. Alteraçõespromovidas pela EC n.45/2004. Relação jurídica depromovidas pela EC n.45/2004. Relação jurídica dedireito civil. Caracterização. Competência do Juízodireito civil. Caracterização. Competência do JuízoEstadual.´ Estadual.´ (STJ, CC n. 82.800(STJ, CC n. 82.800--SP, Min. Massami Uyeda, julgadoSP, Min. Massami Uyeda, julgado

em 04/09/2007).em 04/09/2007).

Voto:Voto: ³A hipótese dos autos é de Açãoindenizatória por erro médico, tendo em vistalesão sofrida pelo autor durante procedimento de

lavagem do ouvido, quando da realização deexame audiométrico, sendo desinfluente o fato deque o referido exame visava habilitar o autor parapossí 

 

vel CT, o qual nem mesmo se efetivou.´ 

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Art. 932, CC:Art. 932, CC: São também responsáveis pela reparação civil:São também responsáveis pela reparação civil: IIIIII -- o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais eo empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e

prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razãoprepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razãodele;dele;

´Ora, o que é o prestador de serviços terceirizados, senão um´Ora, o que é o prestador de serviços terceirizados, senão umpreposto do tomador?µpreposto do tomador?µ (Pablo Gagliano e R. Pamplona)(Pablo Gagliano e R. Pamplona)

NRNR--4:4:A tomadora deve estender seus serviços de segurança aosA tomadora deve estender seus serviços de segurança aosempregados da prestadora de serviços.empregados da prestadora de serviços.

´Em acidente de trabalho provocado por veículo de empresa´Em acidente de trabalho provocado por veículo de empresaterceirizada contra funcionário de empresa contratante queterceirizada contra funcionário de empresa contratante que

exercia suas funções laborais no momento do acidente, e uma vezexercia suas funções laborais no momento do acidente, e uma vezreconhecida a culpa da primeira pelo acidente, a segunda respondereconhecida a culpa da primeira pelo acidente, a segunda respondede forma solidária pela reparação dos danos causados a seude forma solidária pela reparação dos danos causados a seuempregador porempregador por culpa in eligendoculpa in eligendo, já que não foi diligente o, já que não foi diligente osuficiente na escolha de preposto que bem se desincumbisse o seusuficiente na escolha de preposto que bem se desincumbisse o seumisterµ.misterµ.

(TJRO, 1ª. Câmara Cível, Ap. n. 97.001751(TJRO, 1ª. Câmara Cível, Ap. n. 97.001751--0, José Pedro Couto, julg. em 6/04/2002)0, José Pedro Couto, julg. em 6/04/2002)

 

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Dano decorrente de sujeitos sem vinculação jurídica:

- Extracontratual: Justiça ComumEx: acidente de trânsito; briga de gangue (rua);

- Prescrição: - CC/16: 20 anos, art. 177 (ações pessoais);- NCCB: 03 anos, art. 206, § 3o, IV, NCCB;

Art. 206 - Prescreve:§ 3º - Em três anos:IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento semcausa;V - a pretensão de reparação civil;

Dano decorrente de uma Relação de trabalho ou de EmpregoDano decorrente de uma Relação de trabalho ou de Emprego..

Qual a prescrição?Qual a prescrição?

 

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- Pretensão de direito material de emprego: art. 7o., XXIX, CF;

 ³Quando em juízo estão litigando as partes do contrato detrabalho, ambas agindo na condição de empregado eempregador, e tendo por objeto a indenização por dano moraldecorrente de alegado ato ilícito patronal, a pretensão dedireito material deduzida na reclamatória possui natureza decrédito trabalhista que, portanto, sujeita-se, para os efeitos da

contagem do prazo de prescrição, à regra estabelecida no art.7º, XXIX, da CF/88, e não à prescrição vintenária prevista noart. 177 do Código Civil (1916).´ 

(TST, 5ª T., RR n. 540996 ± Walmir Oliveira da Costa ± DJ 15/12/00, p. 1.035)

- Pretensão de direito civil: art. 206, § 3º., V, Código Civil;

Ex: Prestação de Serviço ± arts. 593 a 609 do CCEmpreitada ± arts. 610 a 626 do CC (3 anos)

 

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Dano acidentário: Contratual ou Extracontratual?

- aquiliano (ato ilícito absoluto) com prescrição do CCB

- correto: decorre de um ilícito contratual:- violação do dever de proteção;- agente e vítima ostentam a figura de contratantes;

-Conclusão: RC contratual; pretensão trabalhista;aplica-se o art. 7º, XXIX, da CF.

- Acidentes em contratos de estágio, cooperativa, etc =pretensão civil (3 anos, CC)

 

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PrescriçãoPrescrição ±± Regra de transiçãoRegra de transição

CC/16CC/16 = art. 177 = 20 anos= art. 177 = 20 anos CC/02CC/02 = art. 206,= art. 206, §§ 3º, V, CC = 3 anos3º, V, CC = 3 anos

Art. 2.028 do CC:Art. 2.028 do CC: ³ ³Serão os da lei anteriorSerão os da lei anterior os prazos, quandoos prazos, quandoreduzidos por este Código, ereduzidos por este Código, e se, na data de sua entradase, na data de sua entrada ememvigor,vigor, já houver transcorrido mais da metade já houver transcorrido mais da metade do tempodo tempoestabelecido na lei revogada´.estabelecido na lei revogada´.

Posição do STF para lei nova que reduz prazoprescricional

³No caso em que a lei nova reduz o prazo exigidopara a prescrição,a lei nova não se pode aplicar aoprazo em curso sem se tornar retroativa. Daí, resultaque o prazo novo, que ele estabelece,correrásomente a contar de sua entrada em vigor.´ 

(STF, 1ª. T., RE 51.706, Rel. Min. Luis Gallotti, julg. em 04.04.1963)

 

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Doenças manifestadas após o TRCTDoenças manifestadas após o TRCT

Súm. 230 do STF:Súm. 230 do STF: ³A prescrição da ação de acidente do ³A prescrição da ação de acidente dotrabalho contatrabalho conta--se do exame pericial quese do exame pericial que

comprovar a enfermidade ou verificar acomprovar a enfermidade ou verificar anatureza da incapacidade´.natureza da incapacidade´.

Súm. 278 do STJ:Súm. 278 do STJ:

 ³O termo inicial do prazo prescricional, na ³O termo inicial do prazo prescricional, naação de indenização, é a data em que oação de indenização, é a data em que osegurado teve ciência inequívoca dasegurado teve ciência inequívoca daincapacidade laboral´.incapacidade laboral´.

 

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- PRESCRIÇÃO NO DANO PÓS-CONTRATUAL

´A actio nata para perseguição da indenização pordanos morais e materiais, no caso de o ex-empregado haver tomado conhecimento do fatoatribuído ao ex-empregador, que alega ter lhecausado prejuízo, mais de dois anos após o desatelaboral , desloca-se do marco da extinção do contratode trabalho, iniciando o prazo prescricional a fluir dadata em que ocorreu a lesão ao direito. Recursoprovido para, afastando a prescrição bienal declarada,determinar o retorno dos autos à Vara de origem paraapreciação do mérito, como entender de direito.´ 

(TRT, 19ª R., RO n. 811-2002-062-19-00-3, Tribunal Pleno, Rel. JoãoBatista.DOE/AL 22-5-2003

 

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STF: CC nº. 7.204STF: CC nº. 7.204--1/MG, estabeleceu como marco1/MG, estabeleceu como marcotemporal para a competência trabalhista a vigência da ECtemporal para a competência trabalhista a vigência da ECn.45n.45

Antes, prevalecia a competência da JCAntes, prevalecia a competência da JC (Sum.15,STJ)(Sum.15,STJ)

³1. Como na data do ingresso da presente demanda aindanão havia transcorrido a metade do prazo de 20 anos desde

a data do acidente, a prescrição passou a ser regulada pelalei nova, ou seja, passou a ser de três anos. Inteligência doart. 206, parágrafo 3º., V, e art. 2028 do Código Civil. 2.No entanto, a contagem do lapso prescricional desses trêsanos tem como termo inicial a data em que o novo CódigoCivil entrou em vigor, e não a data do acidente.´ 

(TJRS, 12ª. Câm. Civil, Ap. Cível n. 70012172920, Dálvio LeiteDias Teixeira, julg. 27/10/2005)

 

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ACIDENTE DO TRABALHO. EC 45/2004. PROCESSOS EM ANDAMENTO

 ³Nas indenizações por acidente do trabalho, o prazo prescricional

previsto no art. 7º., inciso XXIX, da Constituição da República deveser adotado para as ações ajuizadas após a EmendaConstitucional nº. 45, aplicando-se o prazo do Direito Civil para asações propostas antes da vigência da citada Emenda. É certo quea indenização por acidente do trabalho é um crédito resultante darelação de emprego, ainda que atípico, porquanto proveniente e um

ilícito trabalhista a teor do disposto no art. 7º, inciso XXVIII, daConstituição da República (...)

Todavia, em face da nova redação dada ao artigo 114 daConstituição da República, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Conflito de Competência nº. 7.204-1/MG, estabeleceua vigência da citada emenda constitucional como marco temporalpara a competência trabalhista (...)

Assim, deve-se ater para o fato de que, anteriormente, a natureza  jurídica do direito à indenização por danos decorrentes deacidente do trabalho era controvertida, pois os tribunaissuperiores divergiam acerca do seu caráter cível outrabalhista, predominando o entendimento no primeiro sentido.

 

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(...) Por conseguinte, considerando que a prescriçãofulmina a pretensão de mérito, a sua aplicação ao casoconcreto deve ser realizada com cautela, em respeito aovalor maior da segurança jurídica, especialmente para osprocessos em andamento no advento da Emenda nº. 45,sob pena de surpreender a parte com a extinçãoautomática do seu direito. Isso porque, antes da mudançade competência, era razoável entender, com amparo nas

decisões da Suprema Corte, que a prescrição aplicável eraa cível.

Em síntese, deve-se adotar o prazo prescricional previstono Código Civil para as ações propostas antes da entradaem vigor da EC nº.45/2004 e o prazo previsto no artigo

7º., inciso XXIX, da Constituição Federal, para as açõesajuizadas após a vigência da citada EmendaConstitucional.

(TRT da 3ª Região. 2ª Turma, RO nº 00894-2005-102-03-00-5. Rel.Sebastião Geraldo de Oliveira. DJMG 29.03.06.)

 

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I - ELEMENTOS da RESPONSABILIDADE CIVIL:

(a) Dano + (b) Nexo + (c) Culpa do Agente = Responsab. Subjetiva+ (c) Atividade de risco = Responsab.Objetiva

OJSDI-I n. 211:  ³Seguro-desemprego. Guias. Não-liberação. Indenização substitutiva. O não-fornecimentopelo empregador da guia necessária para orecebimento do seguro-desemprego dá origem aodireito à indenização.´

Dano: não recebimento das parcelas do Seg-Desp;Nexo causal: Culpa do agente (não forneceu guias);

 

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1.DANO:

- Sem dano não há indenização;

- Art. 944, NCCB ± Restitutio in integrum

- ³ A indenização mede-se pela extensão do dano´ 

- O equívoco da Súmula 363 do TST:

 ³A contratação de servidor público, após a CF/1988, semprévia aprovação em concurso público, encontra óbice no

respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direitoao pagamento da contraprestação pactuada, em relação aonúmero de horas trabalhadas, respeitado o valor da horado salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos

do FGTS.´ 

Art. 182, CC: Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes aoestado em que antes dele se achavam, e, não sendo possível

restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.

 

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Dano Material

Acumulação: materiais + morais: Súmula 37, STJ:

Dano emergente e Lucro cessante: art. 402 NCCB;

ABRANGÊNCIA DA REPARAÇÃO

"Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor

por perdas e danos, mais juros e atualização monetáriasegundo índices oficiais regularmente estabelecidos, ehonorários de advogado." 

E os Honorários Advocatícios na JT?

 

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-Fundamento: restitutio in integrum (art. 944);

 ³Hodiernamente, na Justiça do Trabalho, também, são

devidos honorários advocatícios pelo inadimplemento daobrigação trabalhista, por aplicação subsidiária dos arts.389 e 404 do novo CC/02, cuja inovação deve serprestigiada como forma de reparação dos prejuízossofridos pelo trabalhador, que, para receber o créditotrabalhista, necessitou contratar advogado às suas

expensas, causando-lhe perdas.

De sorte que a reclamada deve responder peloshonorários advocatícios, a fim de que a reparação doinadimplemento da obrigação trabalhista seja completa,ou seja, a reparação deve incluir juros, atualização

monetária e ainda os honorários advocatícios, cujo idealestá em perfeita sintonia com o princípio fundamental daproteção ao trabalhador. Honorários advocatícios daordem de 20%, a favor do reclamante (não se trata dehonorários de sucumbência).

(TRT 15ª Região ± RO n.º 1381-2003-026-15-00-6 ± 11ª T.± Ac. n.º34351/05 ± Rel. Edison dos Santos Pelegrini, DOESP de 22/07/2005) ±

 

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SUPERAÇÃO DA SÚMULA 219 do TST:

 ³Na JT, a condenação em honorários advocatícios, nunca superiores

a 15%, não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendoa parte estar assistida por sindicato da categoria profissional ecomprovar a percepção de salário inferior ao dobro do mínimolegal, ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permitademandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectivafamília.´ 

- Lei 10.288/01 introduziu o § 10, ao art. 789, CLT:

 ³O sindicato da categoria profissional prestará assistência judiciária gratuita ao trabalhador desempregado ou queperceber salário inferior a cinco salários mínimos ou quedeclare, sob responsabilidade, não possuir, em razão dosencargos próprios ou familiares, condições econômicas deprover à demanda."

* Revogação do art. 14 da L. 5584/70 (assistência judiciária gratuita ehonorários assistenciais).

 

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Meses depois, o § 10 (art. 789, CLT) foi revogado pela L.10537/02, remanescendo apenas a Lei 1060/50.

Houve repristinação? LICC, Art. 2º, § 3º: Salvo disposição em contrário, a lei revogadanão se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.

³Honorários advocatícios. No processo do trabalho sãodevidos apenas com base, atualmente, na Lei nº 1060/50,na medida em que a Lei nº 10537/02 revogou o artigo 14 daLei n.º 5584/70. Assim, quando o trabalhador ou quem orepresenta, mesmo de forma sintética, declara suadificuldade econômica para demandar, e tal assertiva não édesconstituída, conforme autoriza a Lei n.º 7510/86, quealterou a de n.º 1060/50, são devidos honoráriosadvocatícios, na base de 15% sobre o montante da

condenação.´ (TRT-PR-00404-2003-069-09-00-6-ACO-4754-2004, Luiz Eduardo Gunther ± DJPR,12-03-2004)

Conclusão: na JT aplicam-se:a) Lei 1060/50 (se declarar  ³pobre´)

b) CC, arts 389 (se juntar contrato honorários)

 

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³O entendimento de que no processo do trabalho não hácondenação em honorários advocatícios trata-se de

posicionamento que fere preceitos constitucionais e não sesustenta diante dos preceitos jurídicos que lhe dizemrespeito, ainda mais diante das alterações legislativasimpostas pelas Leis n°s 10.288/01, 10.537/02 e pelo novoCódigo Civil, além de contrariar os mais rudimentaresprincípios da lógica e os ideais do movimento de acesso à justiça.  ³ (TRT 15ª R. ± ROPS 0537-1999-049-15-00-8 ± 6ª C. ± Jorge

Souto Maior ± DOESP 24.06.2005)

INSTRUÇÃO NORMATIVA DO TST n. 27

- Dispõe sobre o procedimento aplicável ao processo do trabalho em

decorrência da ampliação pela EC n. 45/2004. Art. 5o. ± ³E  xceto nas lides decorrentes da relação de

emprego, os honorários advocatícios são devidos pela merasucumbência´.

  

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Indenização suplementar

"Art. 404. Parágrafo único: Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e nãohavendo pena convencional, pode o juizconceder ao credor indenizaçãosuplementar.´ 

DANOS MATERIAIS. ATRASO NO PAGAMENTO DE SALÁRIOS.É objetiva a responsabilidade do empregador pelopagamento dos salários, por isso irrelevante perquirirsobre o elemento culpa, que não o eximirá de solver adívida para reequilibrar a vida financeira doempregado de forma a cobrir os prejuízos materiais

comprovadamente advindos, com amparo nasdisposições do art. 404 , parágrafo único do CC,cabendo a fixação pelo juiz de indenizaçãosuplementar, quando os juros de mora não cobriremos prejuízos (...) (TRT ± 10ª R., - 01050-2002-002-10-00-2 RO ± 3ª T. , Alexandre Nery De Oliveira ± DJ20/06/03).

 

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Indenização por desvio ou dupla funçãoIndenização por desvio ou dupla função

Dano materialDano material:: falta de compensação pecuniária porfalta de compensação pecuniária porassumir dupla função ou função + complexa.assumir dupla função ou função + complexa.

*dano moral: quando houver rebaixamento constrangedor*dano moral: quando houver rebaixamento constrangedor

Ato ilícitoAto ilícito:: art. 483,art. 483, aa, CLT: exigir serviços  ³alheios ao, CLT: exigir serviços  ³alheios aocontrato´ contrato´ 

Nexo CausalNexo Causal:: o dano decorre do ato ilícitoo dano decorre do ato ilícito

±± Art. 884, CC:Art. 884, CC: Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à Aquele que, sem justa causa, se enriquecer àcusta de outrem, será obrigado a restituir o indevidamentecusta de outrem, será obrigado a restituir o indevidamenteauferido, feita a atualização dos valores monetários.auferido, feita a atualização dos valores monetários.

 

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- Art. 927, CCArt. 927, CC: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),causar dano a outrem, fica obrigado a reparácausar dano a outrem, fica obrigado a repará--lo.lo.

³

A ³

A ausênciaausência dede quadroquadro organizadoorganizado emem carreiracarreira nãonão sese revelarevelacomocomo óbiceóbice aoao reconhecimentoreconhecimento dodo desviodesvio dede função,função, poispois seseimpõeimpõe ressaltarressaltar queque taltal aspectoaspecto nãonão possuipossui oo condãocondão dede afastarafastardodo autorautor oo direitodireito àà percepçãopercepção dasdas diferençasdiferenças salariais,salariais, sendosendoqueque oo pedidopedido formuladoformulado nãonão condizcondiz comcom equiparaçãoequiparação salarial,salarial,sendosendo inaplicável àà espécieespécie aa regraregra estabelecidaestabelecida nono artart.. 461461 eeseusseus parágrafosparágrafos dada CLTCLT.. Ademais,Ademais, nono DireitoDireito dodo Trabalho,Trabalho,

importaimporta oo queque ocorreocorre nana prática,prática, maismais dodo queque asas partespartes hajamhajampactuadopactuado dede formaforma expressaexpressa.. TrataTrata--sese dada aplicaçãoaplicação dodo princípioprincípiodada primaziaprimazia dada realidaderealidade..

Assim,Assim, comprovadocomprovado oo desviodesvio funcionalfuncional perpetradoperpetrado contracontra ooempregado,empregado, háhá dede sese deferirdeferir asas diferençasdiferenças salariaissalariaisdecorrentes,decorrentes, sobsob pena,pena, inclusive,inclusive, dede sese conferirconferir enriquecimentoenriquecimentosemsem causacausa àà reclamada,reclamada, auferidoauferido porpor meiomeio dodo trabalhotrabalhodesempenhadodesempenhado pelopelo reclamante,reclamante, aa exigirexigir maiormaior cargacarga dederesponsabilidaderesponsabilidade ee técnica,técnica, semsem aa pagapaga correspondentecorrespondente..´ ´ 

(TST,(TST, RRRR--644560644560/ /20002000..44,, 11ªª.. TT..,, VieiraVieira dede MelloMello Filho,Filho, DJDJ 1010..0808..20072007))

SúmSúm.. 159159,, TSTTST:: nana substituiçãosubstituição devidodevido oo saláriosalário dodo substituídosubstituído

 

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Dano Extrapatrimonial (ou moral):(art. 5o., X, CF e 186 NCCB)

Conceito:

A) residual: são todos os danos que não têmrepercussão de caráter patrimonial (SilvioRodrigues)

B) pretium doloris: é aquele que causa umador moral à vítima (Mazeaud)

Savatier:  ³é todo sofrimento humano não resultante deuma perda pecuniária´ (mistura  ³a´ +  ³b´)

C) lesão à personalidade: caracteriza-se pelasimples violação de um direito depersonalidade (Paulo Netto Lobo);

 

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QUESTÕES CONTROVERTIDAS

Precisa provar concretamente o dano (prejuízo moral)?

"Dispensa-se a prova do prejuízo para demonstrar aofensa ao moral humano, já que o dano moral, tido comolesão à personalidade, ao âmago e à honra da pessoa, porsua vez é de difícil constatação, haja vista os reflexosatingirem parte muito própria do indivíduo o seu interior.De qualquer forma, a indenização não surge somente noscasos de prejuízo, mas também pela violação de um

direito." 

(STJ, Resp. 85.019, 4ª Turma, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, julgado em10.3.98, DJ: 18.12.98)

"Na concepção moderna da reparação do dano moral,prevalece a orientação de que a responsabilidade doagente se opera por força do simples fato da violação,de modo a tornar-se desnecessária a prova doprejuízo em concreto." 

(Resp. 173.124, 4ª Turma, Rel. Ministro César Asfor Rocha, julgado em 11.9.01,

DJ: 19.11.01)

 

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Vendedor obrigado a imitar animal em reuniões daVendedor obrigado a imitar animal em reuniões daempresa.empresa. (14/03/2007)(14/03/2007)

A testemunha do reclamante relatou que:A testemunha do reclamante relatou que: ³³Os vendedoresOs vendedores

que não efetuaram nenhuma matrícula tinham que imitarque não efetuaram nenhuma matrícula tinham que imitaro som de uma foca, batendo palmas, enquanto os demaiso som de uma foca, batendo palmas, enquanto os demaisvendedores ficavam aplaudindo e zombando desse grupo´.vendedores ficavam aplaudindo e zombando desse grupo´.

³ ³O reclamante era colocado na frente do grupo que deveria imitar O reclamante era colocado na frente do grupo que deveria imitar foca, quando o integrava, porque era mais alto, e em uma dasfoca, quando o integrava, porque era mais alto, e em uma dasreuniõesreuniões o proprietário da reclamada subiu na cadeira e ficouo proprietário da reclamada subiu na cadeira e ficou

'regendo' a imitação de focas´.'regendo' a imitação de focas´.

O novo valor da indenização foi fixado levando em consideração aO novo valor da indenização foi fixado levando em consideração aextensão do dano, o grau de culpa da empresa e a situaçãoextensão do dano, o grau de culpa da empresa e a situaçãofinanceira de cada parte, sendo elevado para R$ 10.000,00.financeira de cada parte, sendo elevado para R$ 10.000,00.

(T RT (T RT--MG 7ª. Turma, RO nº 00858MG 7ª. Turma, RO nº 00858--20062006--007 007--0303--0000--6 )6 )

Princípio da Investidura FáticaPrincípio da Investidura Fática

-- O julgador deve se por no lugar daO julgador deve se por no lugar daVítima a fim de mensurar o dano moralVítima a fim de mensurar o dano moral

-- Indústria do dano moral x Ind. da humilhação moralIndústria do dano moral x Ind. da humilhação moral

 

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Dano Moral nos USA:Dano Moral nos USA: ExEx--funcionária obrigada a tirar a roupa ganha US$ 6funcionária obrigada a tirar a roupa ganha US$ 6

milhõesmilhões

O McDonald's foi condenado a pagar US$ 6,1 milhões a uma exO McDonald's foi condenado a pagar US$ 6,1 milhões a uma ex--funcionária após ela ter sido obrigada por um falso policial e umfuncionária após ela ter sido obrigada por um falso policial e umcompanheiro de trabalho a despircompanheiro de trabalho a despir--se em uma das lojas da cadeia dese em uma das lojas da cadeia derestaurantes, nos Estados Unidos.restaurantes, nos Estados Unidos.

O farsário teria instruído um outro funcionário da lanchonete, WalterO farsário teria instruído um outro funcionário da lanchonete, WalterNix Jr., a obrigar Louise a tirar a roupa, dizendo que elaNix Jr., a obrigar Louise a tirar a roupa, dizendo que ela precisava serprecisava serrevistadarevistada..

O farsante já havia aplicado o mesmo golpe em outros restaurantesO farsante já havia aplicado o mesmo golpe em outros restaurantesnos Estados Unidos enos Estados Unidos e Louise alegou que o McDonald's foi omisso porLouise alegou que o McDonald's foi omisso pornão ter cuidado que o mesmo não acontecesse em suas lanchonetesnão ter cuidado que o mesmo não acontecesse em suas lanchonetes..

A exA ex--funcionária pleiteava US$ 200 milhões de indenização. Nix foifuncionária pleiteava US$ 200 milhões de indenização. Nix foicondenado a cinco anos de prisão por abuso sexual. David Stewart,condenado a cinco anos de prisão por abuso sexual. David Stewart,que se passou pelo falso policial, também foi preso. O McDonald'sque se passou pelo falso policial, também foi preso. O McDonald'safirmou que avaliará se recorrerá da sentença.afirmou que avaliará se recorrerá da sentença.

Fonte: www.br.invertia.com/noticiasFonte: www.br.invertia.com/noticias

 

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Danos à imagem,corporais e estéticos constituem umtertium genus? 

- ³Em tais direitos de personalidade não se verifica nenhumaparticularidade que exija um tratamento diverso daqueledispensado aos demais interesses extrapatrimoniais´ (Sérgio Severo)

- ³O dano moral e o dano estético não se cumulam, porque ou o dano

estético importa em dano material ou está compreendido no dano moral´ (IX Encontro de Tribunais de Alçada, SP, 1997)

 ³Nos termos que veio a orientar-se a jurisprudência dasTurmas que integram a Seção de Direito Privado deste

Tribunal, as indenizações pelos danos moral e estético podemser cumuladas, mesmo quando derivadas do mesmo fato, seinconfundíveis suas causas e passíveis de apuração emseparado.´ (STJ, 4a. T., Resp. n. 244.839/RJ, Rel. Sávio de Figueiredo Teixeira, DJ,14/08/2000).

 

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LIQUIDAÇÃO DO DANO:

- Dano material: retorno ao status quo ante:- Dano moral: Arbitramento

Questão onomástica: reparação x compensação

Art. 946 do CC/02:Se a obrigação for indeterminada, e não houver na lei ou nocontrato disposição fixando a indenização devida peloinadimplente, apurar-se-á o valor das perdas e danos na forma

que a lei processual determinar.

Art. 475-C, CPC:Far-se-á a liquidação por arbitramento quando:

II ± o exigir a natureza do objeto da liquidação.

 

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Sinalizações do NCCB:

a) Regra geral: Restitutio in integrum (art. 944, caput);

b) Parágrafo único do Art. 953: fixação eqüitativa de acordo comas circunstâncias do caso;

c) Artigo 944, pg único, e Art. 945: a culpa como fator de redução

da indenização;

Art. 944, pg único, do NCCB:  ³se houver excessivadesproporção entre a gravidade da culpa e o dano,poderá o juiz reduzir eqüitativamente a indenização´;

Art. 945: Se a vítima tiver concorrido culposamente para oevento danoso, a sua indenização será fixada tendo-seem conta a gravidade de sua culpa em confronto com ado autor do dano.

 

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Dupla função da indenização do dano moral:

a) Compensatória (leva-se em conta a necessidade da vítima);

b) Pedagógica-preventiva (desestimula reincidência, considera acapacidade da empresa)

³A indenização por dano moral deve ser fixada em valor razoável, de molde a traduzir uma compensação, para a vítima(empregado) e,concomitantemente, punir  patrimonialmente o empregador,a fim de coibir a prática reiteradade atos dessa natureza.´ 

(TRT ± 3ª R ± 5ª T ± RO nº 9891/99Taísa Mª. M. de Lima ± DJMG20.05.2000 ± p. 16)

 

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É correto falar em reparação do dano moral?

Dano material = reparável / Dano moral = compensável

O valor do dano moral tem função punitiva?

Wilson Melo da Silva: - bis in idem com a Responsabilidade Penal:

³para a gradação do quantum reparador, leva-se em conta aextensão do prejuízo e não a culpa do autor ́  (Wilson M. Silva)

(*) Nossa posição: ao considerar o grau de culpa para o

valor da indenização (art. 944 e 945), o NCC legitimou ocaráter  ³punitivo´ (preventivo) do dano moral;

(*) A própria CLT aproxima o caráter reparatório do punitivo quando fixamultas (art. 467 verbas rescisórias, 137 férias e 477 mora rescisória)

 

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-- PL nPL n°°. 10.406/2002, acrescenta pg ao art. 944, CC:. 10.406/2002, acrescenta pg ao art. 944, CC:

P arágrafo 2ºP arágrafo 2º -- A reparação do dano moral deve constituir  A reparação do dano moral deve constituir--se emse em

compensação ao lesado e adequado desestímulo ao lesante.compensação ao lesado e adequado desestímulo ao lesante.

TARIFAÇÃO DO DANO MORALTARIFAÇÃO DO DANO MORAL

Aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do SenadoAprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do SenadoFederal, Projeto de lei para tabelar o valor das indenizações.Federal, Projeto de lei para tabelar o valor das indenizações.

a) leves, condenação de até R$ 20.000,00a) leves, condenação de até R$ 20.000,00b) médios, de até R$ 90.000,00 eb) médios, de até R$ 90.000,00 ec) graves, de até R$180.000,00.c) graves, de até R$180.000,00.

-- Constitucionalidade questionada por ferir o Princípio daConstitucionalidade questionada por ferir o Princípio daProporcionalidade (ponderação de cada caso)Proporcionalidade (ponderação de cada caso)

 

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A Pessoa Jurídica pode sofrer dano moral?

- Súmula 227, STJ

- objetivo: prejuízo da imagem em relação ao meio social;-subjetivo: mal sofrido pela pessoa em sua subjetividade e intimidade

psíquica;

 ³A pessoa jurídica, criação de ordem legal, não tem

capacidade de sentir emoção e dor, estando por isso,desprovida de honra subjetiva e imune à injúria. Podepadecer, porém, de ataque à honra objetiva, poisgoza de uma reputação junto a terceiros, passível deficar abalada por atos que afetam seu bom nome nomundo civil ou comercial onde atua.´ 

(STJ, 4a. Turma, Resp. 60.033-2, ME, Rel. Min. Ruy Rosado. RSTJ85/268-274).

Art. 52 do CC/02:- aplica-se às PJ, no que couber, a proteção dos direitos dapersonalidade;

   

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É de conhecimento correntio que na quadra atual, deÉ de conhecimento correntio que na quadra atual, demercado competitivo e concorrência acirrada, asmercado competitivo e concorrência acirrada, asempresas gastam montantes vultosos com o objetivoempresas gastam montantes vultosos com o objetivode consolidar uma imagem eficiente junto à suade consolidar uma imagem eficiente junto à sua

clientela. E m outros termos, é crescente aclientela. E m outros termos, é crescente a preocupação dos grupos empresariais com a preocupação dos grupos empresariais com aconstrução da sua boa imagem perante osconstrução da sua boa imagem perante osconsumidores, constituindo a confiança desses noconsumidores, constituindo a confiança desses nofundo de comércio e, portanto, em patrimônio jurídicofundo de comércio e, portanto, em patrimônio jurídicode tais entes.de tais entes.

Desse modo,Desse modo, o fato da reclamada ter procedidoo fato da reclamada ter procedidocobranças a seus clientes quando esses já haviamcobranças a seus clientes quando esses já haviam pago ao recorrente (ex  pago ao recorrente (ex--empregado)empregado) que se apropriouque se apropriouindevidamente dos valores não os repassando àindevidamente dos valores não os repassando àempresa, criou um conceito negativo dessa junto aempresa, criou um conceito negativo dessa junto a

tais clientes,tais clientes, com prejuízos inegáveis, justificando prejuízos inegáveis, justificando--sese plenamente a condenação em danos morais. plenamente a condenação em danos morais.

(TRT 24ª. R, PROC 01977/2005(TRT 24ª. R, PROC 01977/2005--003003--2424--0000--55--RO.1RO.1 -- João deJoão deDeus Gomes de SouzaDeus Gomes de Souza -- DJ/MS de 26/04/2007)DJ/MS de 26/04/2007)

 

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DIRETRIZ CONSTITUCIONAL do DANOMORAL:

-Art. 1o, III (dignidade da pessoa humana)- Art. 3o, IV (vedação à qualquer discriminação);

-Art. 5o, X, da CF:  ³são invioláveis a intimidade, avida privada, a honra e a imagem das pessoas,assegurado o direito a indenização pelo danomaterial ou moral decorrente de sua violação´;

- Art. 5o., § 2o.:  ³os direitos e garantias expressosnesta Constituição não excluem outrosdecorrentes do regime de princípios por elaadotados, ou dos tratados internacionais

  

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QUESTÃO JURISPRUDENCIAL:

(...) Sendo bens protegidos pela Constituição

Federal contra o dano moral apenas a honra, aimagem e a intimidade da pessoa (CF, art. 5º,X), viola o preceito constitucional a ampliaçãodos bens juridicamente protegidos, para abarcareventual sofrimento psicológico decorrente dacontração de doença profissional. Recurso do

Banco provido para excluir a indenização pordano moral. (TST, 4a. T., RR 483206/1998, Ives Gandra Martins Filho, DJ: 01-

12-00, p. 800)

Ingo Wolfgang Sarlet:Ingo Wolfgang Sarlet:- ³importa salientar que o rol do art. 5o., apesar deanalítico, não tem cunho taxativo´ 

- Art. 11 a 21 do Código Civil amplia o rol dos

direitos de personalidade 

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.

Responsabilidade subjetiva:

- Art. 927, NCC  ³aquele que por, ato ilícito (arts. 186 e 187), causardano a outrem fica obrigado a repará-lo´;

Responsabilidade objetiva:- Parágrafo único do art. 927, NCC: Haverá obrigação de reparar odano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ouquando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do danoimplicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Graduação de culpa:

-CC/16 não fazia menção a graus de culpa;- NCC/02 faz menção nos art. 944 e 945;

*vídeos*vídeos

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Fiscal de CorridaFiscal de Corrida

 

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Repórter de Corrida de JegueRepórter de Corrida de Jegue

 

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- Culpa grave ± negligência grosseira; proceder muito abaixo dohabitualmente praticado pelo agente;

- Culpa leve ± evitável por pessoal normalmente diligente (homem-

médio); proceder apenas abaixo do modo habitual praticado peloagente;

- Culpa levíssima ± evitável apenas por pessoa excepcionalmentediligente ou se tivesse sido mais diligente do que de costume.

- Art. 157, I, CLT ± Cabe à empresa  ³cumprir e fazer cumprir´ asnormas de segurança do trabalho

 ³ (...) É importante assinalar que a conduta exigida doempregador vai além daquela esperada do homem médio

nos atos da vida civil (bonus pater famílias), uma vez que aempresa tem o dever legal de adotar as medidaspreventivas cabíveis para afastar os riscos inerentes aotrabalho, aplicando os conhecimentos técnicos até entãodisponíveis para eliminar as possibilidades de acidentes oudoenças ocupacionais.́  (PROC 01349-2004-037-03-00-0-RO ± 3ª Região ± MG ±

Sebastião Geraldo de Oliveira ±DJ/MG de 22/09/2005).

 

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3. - NEXO CAUSAL

-

Causalidade entre o dano e o ato culposo (ou atividade de risco)- Teoria da causalidade adequada e imediata:

Art. 403 do CC/02:  ³Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor,as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes

 por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei

processual.´;

- CONCAUSA: presença de mais de uma causa determinante:Ex: doença coronária + estresse no trabalho = infarto

 ³O trabalho exercido em ambiente agreste, requisitante decontínuo dispêndio de esforço físico, age como concausa para osurgimento do enfarto do miocárdio e leva ao reconhecimentodo nexo causal.́  (2ª. TACivSP, Ap. Cível n. 372.984)

 

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Concausas preexistentes, concomitantes ousupervenientes não elidem o nexo causal,podendo quando muito reduzir o valor daindenização por parte do agente.

Ex: redução por culpa concorrente da vítima - art.945 do CC

Excludentes da indenização:

Culpa exclusiva da vítima;

³Se o obreiro exerce a função de ordenhador e,sem a autorização de empregador, assume a

direção de um trator, sem nenhum motivorelacionado com o labor, vindo a falecer emdesastre na estrada, este fato não configuraacidente do trabalho´.

(SP, STACivSP. 3a. Câmara. Apelação n. 424.872-00/6, Gomes Varjão, julgado em 07/03/95, RevistaRTs, v. 723, p. 400, jan/1996)

 

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Culpa exclusivaCulpa exclusiva (fato da vítima)(fato da vítima)

ConceitoConceito::  ³Ocorre quando a causa única do ³Ocorre quando a causa única doacidente do trabalho tiver sido a sua conduta, semacidente do trabalho tiver sido a sua conduta, semqualquer ligação com o descumprimento dasqualquer ligação com o descumprimento dasnormas legais, contratuais, convencionais,normas legais, contratuais, convencionais,regulamentares, técnicas ou do dever geral deregulamentares, técnicas ou do dever geral de

cautela por parte do empregador.´ cautela por parte do empregador.´ (Sebastião G. de(Sebastião G. deOliveira)Oliveira)

 ³Comprovada nos autos a entrega e fiscalização do uso ³Comprovada nos autos a entrega e fiscalização do usode equipamentos individuais de segurança, bem comode equipamentos individuais de segurança, bem como oo

fato do autor estar embriagadofato do autor estar embriagado no momento do acidente,no momento do acidente,não há que se falar em responsabilidade do empregador.não há que se falar em responsabilidade do empregador.O acidente de trabalho ocorreu por exclusiva culpa doO acidente de trabalho ocorreu por exclusiva culpa doempregado, não fazendo jus à indenização postulada.´ empregado, não fazendo jus à indenização postulada.´ (TRT(TRT--PRPR--9951399513--20062006--661661--0909--0000--33--ACOACO--1582815828--20062006 ±± 4a. T, DJPR:4a. T, DJPR:30/5/06)30/5/06) vídeovídeo -- xeroxxerox

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b) Fato de terceiro (não pode ser o preposto do agente, 932, III, CC) eForça Maior: no CCB é excludente (art.393); na CLT: art. 501 (50%)

 ³Restando comprovada a existência de pára-raios naempregadora, e que apesar da presença deles, dependendoda intensidade da descarga elétrica, a proteção não éabsoluta, conclui-se que o falecimento de seu empregado

atingido na sua área de proteção vitimado por raio éacontecimento trágico, imprevisível e inevitável, puro eventode origem natural, estando, assim, excludente de encargoindenizatório´. São Paulo. STACivSP. 10a. Câm. Apelação com revisão n.577.478-00/0, Rel. Juiz Marcos Martins, julgado em 20/09/2000

c) Cláusula de não indenizar: nula ± princípio da irrenunciabilidade;

(*) Na Responsabilidade Objetiva é essencial a comprovação de que odano decorreu da atividade especial de risco;

 

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Força Maior:Força Maior:

Art. 393, CC X Art. 501, CLTArt. 393, CC X Art. 501, CLT

 ³A queda de árvore decorrente de forte chuva de verão ³A queda de árvore decorrente de forte chuva de verãodenota a imprevisibilidade característica do caso fortuitodenota a imprevisibilidade característica do caso fortuitode forma a quebrar o nexo de causalidade entre o fato ede forma a quebrar o nexo de causalidade entre o fato eo resultado havidos, e, por via de arrastamento,o resultado havidos, e, por via de arrastamento,apresentaapresenta--se como excludente de responsabilidade dose como excludente de responsabilidade dodever de indenizar.´ dever de indenizar.´ (TRT 23ª R.(TRT 23ª R. ±± RO n.RO n.00228.2005.066.23.0000228.2005.066.23.00--99 ±± Paulo BrescoviciPaulo Brescovici ±± DJMT:DJMT:02.02.200602.02.2006 ±± p. 26)p. 26)

vídeo: incêndio no escritóriovídeo: incêndio no escritório

 

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Incêndio no escritório: força maior?Incêndio no escritório: força maior?

 

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 ³Na lição de Clóvis, caso fortuito é µo ³Na lição de Clóvis, caso fortuito é µoacidente produzido por força físicaacidente produzido por força física

ininteligente, em condições que nãoininteligente, em condições que nãopodiam ser previstas pelas partes¶,podiam ser previstas pelas partes¶,enquanto a força maior é µo fato deenquanto a força maior é µo fato deterceiro, que criou para a inexecução daterceiro, que criou para a inexecução da

obrigação, um obstáculo, que a boaobrigação, um obstáculo, que a boavontade do devedor não pode vencer¶,vontade do devedor não pode vencer¶,com a observação de quecom a observação de que o traço que oso traço que oscaracteriza não é a imprevisibilidade, mascaracteriza não é a imprevisibilidade, masa inevitabilidadea inevitabilidade.´ .´ (STJ. 4ª T., Sálvio de Figueiredo, REspecial 264.589/RJ,(STJ. 4ª T., Sálvio de Figueiredo, REspecial 264.589/RJ, julgado em 14.11.2000) julgado em 14.11.2000)

* vídeo: borboletinha* vídeo: borboletinha 

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 Acidente causado por borboleta é Acidente causado por borboleta é

caso de força maior?caso de força maior?

 

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Fato de terceiro: assaltoFato de terceiro: assalto

 ³ ³A segurança pública é dever do EstadoA segurança pública é dever do Estado, exercida, exercidapara preservação da ordem pública e dapara preservação da ordem pública e daincolumidade das pessoas e do patrimônio, nãoincolumidade das pessoas e do patrimônio, nãocabendo ao cidadão comum ou às empresas acabendo ao cidadão comum ou às empresas a

execução de atividades de defesa civil (execução de atividades de defesa civil (art. 144,art. 144,CF/88CF/88). Por isso, o falecimento de funcionário). Por isso, o falecimento de funcionárioalvejado por disparo de arma de fogo, em assaltoalvejado por disparo de arma de fogo, em assaltodurante a jornada de trabalho e no exercício de suadurante a jornada de trabalho e no exercício de suaatividade profissional,atividade profissional, não caracteriza a culpa danão caracteriza a culpa da

empregadoraempregadora, seja pela inexistência de dever legal,, seja pela inexistência de dever legal,seja porque o evento era totalmente imprevisível eseja porque o evento era totalmente imprevisível einevitável.´ inevitável.´ (SP. STACivSP. 7. Câm. Apelação com revisão n. 563.884(SP. STACivSP. 7. Câm. Apelação com revisão n. 563.884--00/9, Willian Campos, julgado em 22 fev. 2000.)00/9, Willian Campos, julgado em 22 fev. 2000.)

   

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 ³Por estar a ³Por estar a instituição financeira obrigada por leiinstituição financeira obrigada por lei (Lei(Lein. 7.102/83) a tomar todas as cautelas necessárias an. 7.102/83) a tomar todas as cautelas necessárias aassegurar a incolumidade dos cidadãos, inclusive seusassegurar a incolumidade dos cidadãos, inclusive seus

funcionários diretos e terceirizados,funcionários diretos e terceirizados, não pode alegarnão pode alegarforça maiorforça maior, por ser o roubo previsível na atividade, por ser o roubo previsível na atividadebancária.´ bancária.´ (SP. STACivSP. 7. Câm. Apelação com revisão n.(SP. STACivSP. 7. Câm. Apelação com revisão n.666.188666.188--00/2, Rel.: Paulo Ayrosa, julg:13/4/04.)00/2, Rel.: Paulo Ayrosa, julg:13/4/04.)

Os danos resultantes dos ferimento produzidosOs danos resultantes dos ferimento produzidospor arma de fogo, embora resultem de ato depor arma de fogo, embora resultem de ato deterceiro (assaltante), serão reparados peloterceiro (assaltante), serão reparados peloempregador quando comprovado que a ação doempregador quando comprovado que a ação domeliante foimeliante foi deflagrada pelodeflagrada pelo ato impensado de umato impensado de umpreposto da empresapreposto da empresa, o qual emitiu gritos, o qual emitiu gritos

durante a ação criminosa, em resposta aosdurante a ação criminosa, em resposta aosquais foram efetuados os disparos. Aquais foram efetuados os disparos. Aresponsabilidade atribuída ao empregador contaresponsabilidade atribuída ao empregador contacom o respaldo do artigo 932, III, do Código Civil.com o respaldo do artigo 932, III, do Código Civil.(TRT 3º R., RO 00665(TRT 3º R., RO 00665--20062006--131131--0303--0000--7, 7º T., Rel. Wilmeia da7, 7º T., Rel. Wilmeia daCosta Benevides, DJ 17/05/2007).Costa Benevides, DJ 17/05/2007).

 

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 ³Assalto à mão armada contra funcionário ³Assalto à mão armada contra funcionário

da empresa. Responsabilidade civil dada empresa. Responsabilidade civil daempregadora que efetuou oempregadora que efetuou o pagamentopagamentodos funcionários em local inadequado,dos funcionários em local inadequado,sem segurança apropriadasem segurança apropriada, implicando em, implicando em

culpabilidade por manifesta negligência deculpabilidade por manifesta negligência deseus prepostos com a vida e segurança deseus prepostos com a vida e segurança deseus funcionários.´ seus funcionários.´ (SP STACivSP. 12. Câm. Embargos Infringentes n.(SP STACivSP. 12. Câm. Embargos Infringentes n.500.487500.487--01/7, Rel. Ribeiro da Silva, julgado em 10 jun.01/7, Rel. Ribeiro da Silva, julgado em 10 jun.1999.)1999.)

 

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Incide Imposto de Renda sobre os juros de mora?

 ³Os juros resultantes de mora no processo trabalhistanão sofrem a incidência de imposto de renda,exatamente por não se constituírem em rendimentos,mas simples penalidade resultante do atraso nocumprimento da obrigação.´ (TRT, 1a. R., 2a. T., Ap.1807/97, Rel. José Leopoldo de Souza, DJPR12/11/97, p. 132)

- É ilegal o art. 6o., VI, da InstruçãoNormativa da Receita Federal n. 2/93. Incide sobre Dano Moral?

 

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Brasil: recordista de acidentesBrasil: recordista de acidentes

Legislação avançadaLegislação avançadaPrevenção zeroPrevenção zeroCultura monetistaCultura monetistaIndenização na JT e na JCIndenização na JT e na JC

(avanço?)(avanço?)