palestra sobre prestacao de contas -terceiro setor

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PRÁTICAS CONTÁBEIS E PRESTAÇÕES DE CONTAS APLICÁVEIS A ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR 1

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  • PRTICAS CONTBEIS E

    PRESTAES DE CONTAS

    APLICVEIS A ENTIDADES DO

    TERCEIRO SETOR

    1

  • Organizao Jurdica

    Cdigo Civil Brasileiro (Lei n 10.406/02 e alteraes):

    Art. 44. So pessoas jurdicas de direito privado:

    I as associaes (fins no econmicos);

    II as sociedades (fins econmicos);

    III as fundaes;

    IV as organizaes religiosas (Lei n 10.825/03);

    V os partidos polticos (Lei n 10.825/03)

    VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada (Lei n 12.441/11);

  • NORMAS CONTBEIS Aplicam-se s entidades sem finalidade de lucros (Terceiro Setor), a NBC TG Estrutura Conceitual para Elaborao e Apresentao das

    Demonstraes Contbeis (Res. CFC N. 1.121/08) e as demais Normas

    Brasileiras de Contabilidade (NBC TG) e suas Interpretaes Tcnicas (ITs),

    Comunicados Tcnicos (CTs), editados pelo Conselho Federal de

    Contabilidade. NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE

    NBC TE ENTIDADE SEM FINALIDADE DE LUCROS

    3

  • Conjunto Completo das Demonstraes

    Contbeis

    Balano Patrimonial (BP);

    Demonstrao do Resultado do Perodo (DRP);

    Demonstrao do Resultado Abrangente do Perodo (DRA);

    Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido (DMPL);

    Demonstrao dos Fluxos de Caixa (DFC);

    Demonstrao do Valor Adicionado (DVA);

    Notas Explicativas (NE);

    De obrigatoriedade discutvel.

    4

  • Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS);

    Ministrio de Previdncia e Assistncia Social (MPAS).

    Ministrio Pblico;

    Ministrio da Justia;

    Tribunal de Contas;

    Receita Federal do Brasil;

    rgos Estaduais e Municipais que proporcionem benefcios s ONGs, como:Conselhos Municipais, TCE, etc;

    rgos fiscalizadores e controladores

    das organizaes do terceiro setor

  • O que prestar contas?

    cumprindo sua misso; fazendo aquilo que se props; aplicando corretamente os recursos; comprovando que realizou os encargos aos quais estavam sob sua

    responsabilidade;

    justificando o uso dos recursos obtidos atravs da confrontao de suas receitas

    e despesas;

    atendendo s exigncias morais, legais e contbeis.

    Ato da

    organizao

    demonstrar

    que est:

  • Documentos e procedimentos de prestao

    de contas, controle e contabilidade

    Oficio de encaminhamento da prestao de contas.

    Cpia do convnio, contrato e termos aditivos.

    Demonstraes Contbeis.

    Livros Razo e Dirios.

    Relao (assinada) dos documentos de despesas, numeradas e ordenadas pela data, mencionando a ordem bancria ou de

    saque ou nmero de cada cheque nominativo e o nome do

    beneficirio.

  • Documento de caixa comprovando o ingresso e a contabilizao dos recursos no caixa da entidade tudo

    devidamente assinado pelos responsveis.

    Documentos comprobatrios das despesas realizadas sempre em primeira via original.

    Cpias dos documentos comprobatrios das despesas custeadas com recursos prprios.

    Documentos e procedimentos de prestao

    de contas, controle e contabilidade

  • Comprovantes dos recolhimentos de impostos e outros valores descontados dos beneficirios dos pagamentos

    efetuados.

    Extratos bancrios da conta corrente.

    Conciliao bancria.

    Comprovante de devoluo de saldo.

    Relatrio de acompanhamento e fiscalizao da execuo do projeto emitido pelo rgo repassador dos recursos e por

    firma de auditoria Independente.

    Documentos e procedimentos de prestao

    de contas, controle e contabilidade

  • Certides de regularidade

    No caso dos Convnio registrar os mesmo no Sistema de

    Gesto de Convnios e Contratos de Repasses SINCONV.

    No caso das Fundaes devem prestar contas atravs do

    Sistema de Cadastro e Prestao de Contas SICAP.

    Documentos e procedimentos de prestao

    de contas, controle e contabilidade

  • Aes Trabalhistas em 1 e 2 Graus;

    Cpia da ata de eleio dos rgos da fundao, referente ao ano-base, aprovada pelo Ministrio Pblico e registrada no

    Cartrio de Registro de Pessoas Jurdicas;

    Cpia do Recibo de entrega da RAIS;

    Cpia integral da DIPJ, com recibo de entrega;

    Documentos e procedimentos de prestao

    de contas, controle e contabilidade

  • Cpia dos contratos, convnios, acordos, ajustes etc que envolvam recursos pblicos;

    Certificado ou atestado de aprovao da aplicao dos recursos pblicos utilizados, expedido pelo rgo pblico que

    liberou os recursos;

    Para anlise das contas podero ser solicitadas diligncias ou a complementao dos documentos apresentados;

    As contas no aprovadas podero ser objeto de nova anlise.

    Documentos e procedimentos de prestao

    de contas, controle e contabilidade

  • Comprovante de incorporao ou tombamento do bem no

    patrimnio da entidade.

    Cpia do certificado de registro de veculo (CRV) emitido pelo

    DETRAN, no caso de aquisio de veculo.

    Cpia de registro junto a capitania dos portos, quando da aquisio

    de embarcao.

    Escritura Pblica de Imvel, quando este for adquirido.

    Planilha Oramentria, no caso de obra.

    Documentos e procedimentos de prestao

    de contas, controle e contabilidade

  • As despesas devem ser realizadas exclusivamente de acordo

    com o objeto e dentro da vigncia do convnio e ou contrato

    (no so regulares os pagamentos efetuados antes do

    repasse dos recursos ou aps ou fim do convnio )

    Os saques na conta corrente devem ser realizados em

    consonncia com os pagamentos efetuados.

    Os saldos enquanto no utilizados, devem ser

    obrigatoriamente aplicados em acordo com o art.116

    paragrafo 4 lei 8.666/93 no caso de convnio.

    Documentos e procedimentos de prestao

    de contas, controle e contabilidade

  • AS PRINCIPAIS PRTICAS CONTBEIS

    APLICADAS S AO TERCEIROS SETOR (Operaes

    Tpicas) constam do Caderno de Procedimentos..

    15

    Receita de Doaes;

    Trabalho Voluntrio;

    Imunidades e Isenes;

    Receita de Convnios e Contrapartida de Convnios

    Contabilizao da Gratuidade;

  • RECEITA DE DOAES

    Ingressos de ativo lquidos sem a constituio de passivo

    oneroso;

    Promessa ou uma transferncia de dinheiro ou outros ativos

    para uma entidade;

    Cancelamento de um passivo, sem a necessidade de uma

    contrapartida

    16

  • Como devem ser reconhecidas as doaes?

    O reconhecimento de doaes deve ser precedido dos

    procedimentos de identificao e mensurao.

    Mensurao e reconhecimento contbil de doaes

    As doaes podem ser recebidas para custeio ou investimento.

    Em quaisquer das formas as doaes podem ser in natura ou em

    espcie.

    17

  • Mensurao de doao de gneros

    alimentcios recebidos in natura

    Produtos

    recebidos

    Quantidade Parmetro

    unitrio

    Valor estimado

    Feijo

    mulatinho

    100 Kg 2,00 200,00

    Arroz tipo 1 200 Kg 3,00 600,00

    Farinha 10 cx 5,00 50,00

    leo de soja 20 lt 5,00 100,00

    Vr. Total das doaes 950,00

    18

  • RECONHECIMENTO CONTBIL

    CORRESPONDENTE

    Data Ttulo da conta Dbito Crdito Histrico

    02-06-2011 Despesa suprimento

    alimentao

    950,00 Doo de

    alimentos

    02-06-2011 Resultado 950,00 Doo de

    alimentos

    Soma das

    transaes

    950,00 950,00

    19

  • Voluntrios

    Pessoas que se dedicam a causas individuais e coletivas,

    contribuindo com seu trabalho pessoal, de forma organizada e

    dativa.

    TRABALHO VOLUNTRIO

    Formalidade

    Termo de trabalho voluntrio, indicando como contribuio, o

    trabalho que ser realizado na condio de voluntrio.

    Aplicao

    Custeio ou investimento

    20

  • Trabalho voluntrio utilizado como investimento

    Exemplo: construo de abrigos ou acomodaes

    administrativas e de apoio.

    Produtos recebidos Quantidade Parmetro unitrio Vr. estimado

    Tijolo de 8 furos 2 mil 200,00 400,00

    Ferro de 5/16 500 kg 5,00 2.500,00

    Cimento 100 sacos 20,00 2.000,00

    Brita 2 caminhes 200,00 400,00

    Areia lavada 4 caminhes 200,00 800,00

    Servio de pedreiro 100 horas 30,00 3.000,00

    Servio de servente 100 horas 15,00 1.500,00

    Servio engenheiro 50 horas 100,00 5.000,00

    Soma das transaes 15.600,00

    21

  • Reconhecimento contbil do investimento produzido por doao e

    trabalho voluntrio

    Data Titulo da conta Dbito Crdito Histrico

    300711 Construo em

    Andamento

    6.100,00 Mat.construo

    300711 Resultado 6.100,00 Mat.construo

    300711 Construo em

    Andamento

    9.500,00 Trab.voluntrio

    300711 Resultado 9.500,00 Trab. voluntrio

    22

  • Sugestes de parmetros:

    Parmetros da profisso organizada quando existir Preo de mercado

    Servio voluntrio Unidade de

    tempo

    Parmetro

    unitrio

    Valor estimado

    Servios mdicos 10 horas 100,00 1.000,00

    Servios odontolgicos 30 horas 100,00 3.000,00

    Servios contbeis 100 horas 100,00 10.000,00

    Servios de limpeza 120 horas 50,00 6.000,00

    Servios jurdicos 20 horas 100,00 2.000,00

    Valor total do trabalho voluntrio 22.000,00

    Mensurao do Trabalho voluntrio

    23

  • Reconhecimento contbil de trabalho voluntrio

    aplicado no custeio

    Data Titulo da conta Dbito Crdito Histrico

    200811 Desp. servios mdicos 1.000,00 Serv. Volunt.

    200811 Resultado 1.000,00 Serv. Volunt.

    200811 Desp. Serv. odontolgicos 3.000,00 Serv. Volunt.

    200811 Resultado 3.000,00 Serv. Volunt.

    200811 Desp. servios contbeis 10.000,00 Serv. Volunt.

    200811 Resultado 10.000,00 Serv. Volunt.

    200811 Desp. servios limpeza 6.000,00 Serv. Volunt.

    200811 Resultado 6.000,00 Serv. Volunt.

    200811 Desp. servios jurdicos 2.000,00 Serv. Volunt.

    200811 Resultado 2.000,00 Serv. Volunt.

    Soma das transaes 22.000,00 22.000,00

    24

  • So imunes

    Instituio de educao ou de assistncia social

    LEI 9532/97 IMUNIDADES E ISENES

    So isentas

    Instituies de carter filantrpico, recreativo, cultural e

    cientfico ;

    Associaes civis que prestem os servios para os quais

    houverem sido institudas e os coloquem disposio do grupo

    de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos (IRPJ e

    CSLL)

    25

  • No remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos

    servios prestados;

    Aplicar integralmente seus recursos na manuteno e

    desenvolvimento dos seus objetivos sociais;

    Manter escriturao completa de suas receitas e despesas em

    livros revestidos das formalidades que assegurem a respectiva

    exatido;

    Para o gozo da imunidade, as instituies

    de fins sociais esto obrigadas a:

    26

  • No percebam seus diretores, conselheiros, scios,

    remunerao, vantagens ou benefcios, direta ou

    indiretamente, em razo das competncias, funes ou

    atividades que lhes sejam atribudas pelos respectivos atos

    constitutivos;

    Aplique suas rendas, seus recursos e eventual supervit

    integralmente no territrio nacional, na manuteno e

    desenvolvimento de seus objetivos institucionais;

    As Entidades para poderem usufruir do benefcio da iseno

    ou da imunidade da contribuio previdenciria devero (Lei

    12.101/2009 ):

    27

  • Apresente certido negativa ou certido positiva com efeito

    de negativa de dbitos relativos aos tributos administrados

    pela Receita Federal do Brasil e certificado de regularidade

    do FGTS;

    Mantenha escriturao contbil regular que registre as

    receitas e despesas, bem como a aplicao em

    gratuidade de forma segregada, em consonncia com as

    normas emanadas do CFC;

    As Entidades para poderem usufruir do benefcio

    da iseno ou da imunidade da contribuio

    previdenciria devero (Lei 12.101/2009 ):

    28

  • No distribuir resultados, dividendos, bonificaes,

    participaes ou parcelas do seu patrimnio, sob

    qualquer forma ou pretexto;

    Conservar em boa ordem os documentos que

    comprovem a origem e a aplicao de seus recursos e

    os relativos a atos ou operaes realizados que

    impliquem modificao da situao patrimonial;

    As Entidades para usufrurem do benefcio da

    iseno ou da imunidade da contribuio

    previdenciria devero (Lei 12.101/2009 ):

    29

  • Cumprir as obrigaes acessrias estabelecidas na legislao

    tributria;

    Apresentar as demonstraes contbeis e financeiras

    devidamente auditadas por auditor independente legalmente

    habilitado nos CRCs qdo a receita bruta anual auferida for

    superior ao limite fixado pela Lei Complementar no 123, de 14

    de dezembro de 2006.

    As Entidades para usufrurem do benefcio da

    iseno ou da imunidade da contribuio

    previdenciria devero (Lei 12.101/2009 ):

    30

  • 1 Imposto de Renda

    Debitar: Despesa de IR (C/ de Resultado)

    Creditar: IR Exigib. Suspensa (Passivo)

    2 Contribuio Social sobre o Lucro Lquido

    Debitar: CSLL (Conta de Resultado)

    Creditar: CSLL Exig. Suspensa (Passivo)

    3 Imposto sobre Prod. Industrializados

    Debitar: IPI (Conta de Resultado)

    Creditar: IPI Exig. Suspensa (Passivo)

    (...)

    Reconhecimento de tributo oriundo de iseno

    pela Entidade beneficiria como se devido fosse

    31

  • 1 Imposto de Renda da Pessoa Jurdica

    Debitar: IR Exigibilidade Suspensa (Passivo)

    Creditar: Iseno e Imunid. Trib - IRPJ (Resultado)

    2 Contribuio Social Sobre o Lucro Lquido

    Debitar: CSLL Exigibilidade Suspensa (Passivo)

    Creditar: Iseno e Imunid. Trib. -CSLL (Resultado)

    3 Imposto sobre Produtos Industrializados

    Debitar: IPI Exigibilidade Suspensa (Passivo)

    Creditar: Iseno e Imunid. Trib. - IPI (Resultado)

    (...)

    Baixa do Passivo Tributrio de Exigibilidade

    Suspensa Objeto do Benefcio da Iseno

    32

  • Convnios so representados por instrumentos jurdicos em

    que cada parte tem obrigaes na execuo do seu objeto.

    RECEITA DE CONVNIOS E CONTRAPARTIDA DE

    CONVNIOS

    Quando exigir contrapartida da Entidade executora, poder ter:

    Carter financeiro, o aporte de recursos dever ser feito pela

    Entidade executora na conta do convnio para completar a

    totalidade dos recursos quantificados no plano de trabalho.

    Carter no financeiro o instrumento de convnio dever

    estabelecer de que forma a contrapartida poder ser efetuada

    (pessoal, material, servio de terceiros, outros).

    33

  • Reconhecimento de Recursos de Convnio

    1 Entrada de Recur. Financ. na Contab. do Convnio

    Debitar: Bancos (C/ de Dispon. do Convnio)

    Creditar: Recursos de Convnio (Passivo)

    2 Realizao da Desp na Contabilidade do Convnio

    Debitar: Despesa do Convnio (Resultado)

    Creditar: Bancos (Conta de Dispon. do Convnio)

    3 Reconhec. simultneo da Receita do Convnio

    Debitar: Recursos de Convnio (Passivo)

    Creditar: Receita do Convnio (Resultado)

    (...)

    34

  • Reconhecimento da Contrapartida de

    Recursos de Convnio

    1 Contrapartida com Recursos financeiros na Contab. do Convnio

    Debitar: Banco (Conta de Disponibilidade)

    Creditar: Recursos de Convnio (Passivo)

    2 Contrapartida com Recursos No-Financeiros na Contab. do

    Convnio

    Debitar: Desp. do Convnio (C/ Especfica)

    Creditar: Recursos de Convnio (Resultado)

    35

  • Reconhecimento da Receita de

    Contrapartida do Convnio

    A qualquer momento, a equao que mostra o equilbrio das

    contas do convnio deve ser satisfeita

    (DespConv RecConv = 0).

    Onde:

    DespConv = Despesa do Convnio;

    RecConv = Receita do Convnio.

    36

  • GRATUIDADE

    Gratuidade o desembolso financeiro de uma entidade,

    decorrente da prestao de servio gratuito a pessoa carente,

    desde que atenda os objetivos previstos no art. 2 da Lei

    8.742/93 (LOAS).

    A comprovao da concesso da gratuidade, para fins de

    demonstrao do percentual aplicado, ser efetuada por meio

    de registro contbil.

    37

  • Reconhecimento do valor da gratuidade

    ofertada pela Entidade de Interesse Social.

    1 Gratuidade ofertada em bens tangveis (medicamentos,

    vesturio, etc)

    Debitar: Benefcios Conc. Gratuidade (Resultado)

    Creditar: Estoque (Ativo Circulante)

    2 Gratuidade disponibilizada de bens intangveis (servio de

    educao, sade, etc)

    Debitar: Benefcios Conc. Gratuidade (Resultado)

    Creditar: Contas a Receber (Ativo Circulante)

    38

  • [email protected]

    OBRIGADO!