palestra meu reino não é deste mundo itens 4 a 7

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(1) PALESTRA - MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO - ITENS 4 A 7 A REALEZA DE JESUS Para Joanna de Angelis “ Ser rei significava no passado, a conquista de uma condição que se atribuía como divina, ...apresentando-se superior aos outros, que lhe deviam prestar subserviência...” “ Pilatos representava, naquela circunstância, o poder temporal... A sua preocupação com Jesus estava assentada no medo de perder a governança, de ser vítima das contravenções que sustentava para manter o poder entre intrigantes e pérfidos que o vassalavam em expressivo número.” “Ali não se encontrava um competidor vulgar... na sua fragilidade o condenado se apresentava forte e imbatível...indiferente ao suplício.... a pergunta não poderia deixar de ser feita: És, pois rei?“... seu reino não é deste mundo... elucidou por fim:- Não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence à verdade escuta minha voz.“A sua trajetória é desenhada na certeza da vida espiritual...” Os homens não entendiam sua mensagem porque estavam demasiadamente apegados a matéria e não conseguiam conceber a profundidade e a importância dos seus ensinamentos.

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Resumo de palestra proferida no Centro Espírita Nosso Lar em Jacupiranga/SP.

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PALESTRA - MEU REINO NO DESTE MUNDO - ITENS 4 A 7

A REALEZA DE JESUS

Para Joanna de Angelis Ser rei significava no passado, a conquista de uma condio que se atribua como divina, ...apresentando-se superior aos outros, que lhe deviam prestar subservincia... Pilatos representava, naquela circunstncia, o poder temporal... A sua preocupao com Jesus estava assentada no medo de perder a governana, de ser vtima das contravenes que sustentava para manter o poder entre intrigantes e prfidos que o vassalavam em expressivo nmero.Ali no se encontrava um competidor vulgar... na sua fragilidade o condenado se apresentava forte e imbatvel...indiferente ao suplcio.... a pergunta no poderia deixar de ser feita: s, pois rei?... seu reino no deste mundo... elucidou por fim:- No nasci e no vim a este mundo seno para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence verdade escuta minha voz.A sua trajetria desenhada na certeza da vida espiritual...Os homens no entendiam sua mensagem porque estavam demasiadamente apegados a matria e no conseguiam conceber a profundidade e a importncia dos seus ensinamentos.O cetro e a coroa que expressam o reino de onde Jesus veio e para onde deseja conduzir as suas ovelhas..., o amor que encerra as mais completas aspiraes existenciais do ser humano... vibrao que equilibra o universo... essncia fundamental para a vida... vinculao de todas as formas vivas com a sua fonte geradora... fomenta a felicidade e desenvolve o progresso, transformando a face spera do planeta e desgastando as arestas das imperfeies... Foi esse reino de amor que Jesus-Homem veio instalar na Terra

O PONTO DE VISTAA idia clara e precisa que se faa da vida futura proporciona inabalvel f no futuro, f que acarreta enormes conseqncias sobre a moralizao dos homens, porque muda completamente o ponto de vista sob o qual encaram a vida terrena.Para quem se coloca pelo pensamento na vida espiritual, que infinita, a vida corprea se torna simples passagem, curta permanncia num pas ingrato. As mudanas e tribulaes da vida no passam de incidentes que se enfrenta com pacincia, por sab-las de curta durao, devendo seguir-se de um estado mais feliz.A morte nada mais ter de apavorante; deixa de ser a porta que se abre para o nada e torna-se a que se d para a libertao, pela qual entra o exilado numa morada de felicidade e de paz. Sabendo temporria e no definitiva a sua estada no lugar onde se encontra, menos ateno presta s preocupaes da vida, resultando da uma calma de esprito que lhe suaviza as amarguras.Pela simples dvida sobre a vida futura, o homem concentra todos os seus pensamentos para a vida terrestre. Sem nenhuma certeza quanto ao futuro, dedica-se inteiramente ao presente. Nenhum bem vendo mais precioso que os da Terra, torna-se qual a criana que nada mais v alm de seus brinquedos. A perda do menor dos bens lhe ocasiona imensa mgoa; um desengano, uma decepo, uma ambio insatisfeita, uma injustia de que seja vtima, o orgulho ou a vaidade feridos, so outros tantos tormentos, que lhe transformam a existncia numa permanente angstia, entregando-se voluntariamente a uma verdadeira tortura de todos os instantes.Sob o ponto de vista da vida terrena, em cujo centro se coloca, tudo se agiganta a seu redor. O mal que o atinge, como o bem que toque aos outros, grande importncia adquire aos seus olhos. como o homem que, dentro de uma cidade, v tudo grande ao seu redor: os homens que ocupam altos cargos e tambm como os monumentos; mas que, subindo a uma montanha, tudo lhe parece pequeno.Da conclui-se que a importncia dada aos bens terrenos est sempre em razo inversa da f na vida futura.Aquele que se preocupa com o futuro no liga ao presente mais do que relativa importncia e facilmente se consola dos seus insucessos, pensando no destino que o aguarda.Deus no condena os gozos terrenos; condena, sim, o abuso desses gozos em prejuzo dos interesses da alma.

mediante essa certeza na vida futura, que tudo se suporta e aceita, pois ela justifica todas as anomalias da vida terrena, e est em plena conjuno com a justia de Deus.

temporria aqui nossa estadia. Devemos dar menor ateno s preocupaes desta vida e maior ateno para nossa vida futura.

A vida futura mais importante que a vida terrestre, no temporria e nem perecvel.

Mas tudo isto no traria um amolecimento do carter desse homem, de sua capacidade de trabalho e de progresso?

H que considerar nisso que todo homem procura instintivamente seu bem estar.

Embora aqui por pouco tempo, viver o melhor que possa. Se algo o incomoda em sua vida, ele o retirar.

O desejo de bem estar a tudo lho impele, uma lei da natureza.

Trabalha sempre, por necessidade, dever, gosto, obedece desta forma aos desgnios da Providncia que o colocou na Terra para esse fim.

O Espiritismo mostra que essa vida no passa de um elo no harmonioso e magnfico conjunto da obra do Criador. Mostra a solidariedade que liga todas as existncias de um mesmo ser, todos os seres de um mesmo mundo e os seres de todos os mundos. Oferece assim uma base e uma razo de ser fraternidade universal, enquanto a doutrina da criao da alma no momento do nascimento de cada corpo, faz estranhos uns aos outros todos os seres.