palestra ig 10 11 bp gd

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Sindicância à luz da jurisprudência dos Sindicância à luz da jurisprudência dos Tribunais e da doutrina mais renomada Tribunais e da doutrina mais renomada

IG 10–11 IG 10–11 (Instruções Provisórias (Instruções Provisórias para Elaboração de para Elaboração de Sindicância no âmbito Sindicância no âmbito do Exército Brasileiro). do Exército Brasileiro).

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Manual de Sindicância Manual de Sindicância

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INSTRUÇÕES GERAIS PARA A ELABORAÇÃO DE INSTRUÇÕES GERAIS PARA A ELABORAÇÃO DE SINDICÂNCIA NO ÂMBITO DO EXÉRCITO BRASILEIRO SINDICÂNCIA NO ÂMBITO DO EXÉRCITO BRASILEIRO (IG 10-11)(IG 10-11)

O ofício 094/2000-GSDS-DIASLE, de 26 de Abril de 2000, endereçado ao CMT GERAL da PMPE, para conhecimento e providências julgadas cabíveis.

As instruções foram adotadas na PMPE e CBMPE por força do artigo 136 da Lei 6783, 16 de Outubro de 1974, que diz que são adotados na Polícia Militar, em matéria não regulada na legislação estadual, os regulamentos e leis em vigor no Exército brasileiro, até que sejam adotados leis e regulamentos peculiares..

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INSTRUÇÕES GERAIS PARA A ELABORAÇÃO DE SINDICÂNCIA NO ÂMBITO DO EXÉRCITO BRASILEIRO (IG 10-11)

Lei 11.781, de 06 de junho de 2000. Lei 6123, de 20 de julho de 1968.

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01. Tipos de Sindicâncias 01. Tipos de Sindicâncias 02. As partes02. As partes 03. Infrações e penas disciplinares face ao princípio da 03. Infrações e penas disciplinares face ao princípio da

separação dos poderesseparação dos poderes 04. Princípios do contraditório, da ampla defesa, do devido 04. Princípios do contraditório, da ampla defesa, do devido

processo legal, do acesso aos autos, da legalidade, da processo legal, do acesso aos autos, da legalidade, da publicidade, do estado de inocência, do in dúbio pro réu, da publicidade, do estado de inocência, do in dúbio pro réu, da imputação certa, da oficialidade, da oficiosidade, formalismo imputação certa, da oficialidade, da oficiosidade, formalismo moderado, do prejuízo moderado, do prejuízo

05. Portaria instauradora05. Portaria instauradora 06. Citação06. Citação 07. Qualificação e Interrogatório07. Qualificação e Interrogatório

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08. Alegações Iniciais08. Alegações Iniciais 09. Meios de Provas: Testemunhal, Pericial, 09. Meios de Provas: Testemunhal, Pericial,

Documental, Reprodução Simulado dos Fatos etcDocumental, Reprodução Simulado dos Fatos etc 10. Incidentes: Insanidade mental, impedimento e 10. Incidentes: Insanidade mental, impedimento e

suspeiçãosuspeição 11. Alegações finais11. Alegações finais 12. Relatório12. Relatório 13. Julgamento 13. Julgamento

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ESPÉCIES DE SINDICÂNCIAS

InvestigativaInvestigativa Contraditorial ou acusatóriaContraditorial ou acusatória Patrimonial Patrimonial

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INVESTIGATIVA

É uma peça informativa destinada a É uma peça informativa destinada a apurar a infração disciplinar e sua autoria. apurar a infração disciplinar e sua autoria. Destarte, enquanto meio sumário de Destarte, enquanto meio sumário de apuração, prescinde da obediência dos apuração, prescinde da obediência dos princípios da ampla defesa e do princípios da ampla defesa e do contraditório. (Costa, Vilmarde Barbosa. contraditório. (Costa, Vilmarde Barbosa. Professor de Direito Penal e Processo Professor de Direito Penal e Processo Administrativo Disciplinar). Administrativo Disciplinar).

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INVESTIGATIVA

A hierarquia e a disciplina são fundamentos das instituições policiais, mas isso não significa a inobservância dos preceitos constitucionais. Uma corporação, civil ou militar, poderá ser rígida em seus princípios, e ao mesmo respeitar a Constituição Federal” (Rosa, Paulo Tadeu Rodrigues, juiz-auditor da Justiça Militar do Estado de Minas Gerais, mestre em Direito Administrativo pela Unesp, especialista em Direito Administrativo pela Unip, in http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=400)

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INVESTIGATIVA Excerto de decisão da 5ª Turma Excerto de decisão da 5ª Turma

do STJdo STJ In casu, o acórdão recorrido entendeu que

não houve obediência ao princípio do devido processo legal, sendo que não há notícias nos autos da instauração do processo administrativo, e que a mera abertura de sindicância não o substitui, uma vez que tal procedimento é meramente preparatório (RMS 25030, 2007/0207864-8, Min. LAURITA VAZ).

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INVESTIGATIVA Excerto de decisão da 3ª Seção do STJExcerto de decisão da 3ª Seção do STJ A Sindicância, que visa apurar a ocorrência de A Sindicância, que visa apurar a ocorrência de

infrações administrativas, sem estar dirigida, infrações administrativas, sem estar dirigida, desde logo, à aplicação de sanção, prescinde da desde logo, à aplicação de sanção, prescinde da observância dos princípios do contraditório e da observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, por se tratar de procedimento ampla defesa, por se tratar de procedimento inquisitorial, prévio à acusação e anterior ao inquisitorial, prévio à acusação e anterior ao processo administrativo disciplinar, ainda sem a processo administrativo disciplinar, ainda sem a presença obrigatória de acusados (MS presença obrigatória de acusados (MS 10828/DF, Rel. Min. Paulo Gllotti, DJ 10828/DF, Rel. Min. Paulo Gllotti, DJ 02.10.2006). 02.10.2006).

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INVESTIGATIVA CEBRADCEBRAD, , Súmula 002 – A Súmula 002 – A

Sindicância de natureza investigatória Sindicância de natureza investigatória está para o processo disciplinar como o está para o processo disciplinar como o inquérito policial está para o processo inquérito policial está para o processo penal. penal.

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INVESTIGATIVA A sindicância investigativa poderá ser A sindicância investigativa poderá ser

transformada em punitiva, mediante aditamento transformada em punitiva, mediante aditamento da portaria original e inclusão dos nomes dos da portaria original e inclusão dos nomes dos acusados e das faltas dos funcionais constatadas, acusados e das faltas dos funcionais constatadas, seguindo-se a citação dos servidores acusados seguindo-se a citação dos servidores acusados para requererem a produção de provas e para requererem a produção de provas e acompanharem atos instrutórios complementares, acompanharem atos instrutórios complementares, assim para proporem contraprovas e a eventual assim para proporem contraprovas e a eventual repetição de atos processuais (CARVALHO, repetição de atos processuais (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011). atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011).

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CONTRADITORIAL ou ACUSATÓRIA

É um processo de natureza É um processo de natureza disciplinar destinado a apurar a disciplinar destinado a apurar a ocorrência de infração disciplinar, que ocorrência de infração disciplinar, que instruída obedecendo o devido processo instruída obedecendo o devido processo legal, poderá resultar na punição do legal, poderá resultar na punição do militar estadual a pena de prisão ou militar estadual a pena de prisão ou detenção (Costa, Vilmarde Barbosa. detenção (Costa, Vilmarde Barbosa. Professor de Direito Penal e Processo Professor de Direito Penal e Processo Administrativo Disciplinar). Administrativo Disciplinar).

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Uma vez com natureza de PAD, é Uma vez com natureza de PAD, é inevitável a conclusão de que a Sindicância inevitável a conclusão de que a Sindicância apenadora deverá observar os mesmos apenadora deverá observar os mesmos contornos constitucionais daquele, pois contornos constitucionais daquele, pois adstrita aos ditames da ampla defesa e adstrita aos ditames da ampla defesa e contraditório e ao devido processo legal contraditório e ao devido processo legal (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011). ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011).

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Excerto da decisão do STF

A estrita reverência aos princípios do contraditório e da ampla defesa só é exigida, como requisito essencial de validez, assim no PAD, como na sindicância especial que lhe faz às vezes como procedimento ordenado à aplicação daquelas duas penalidades mais brandas, que são advertência e a suspensão por prazo não superior a 30 dias. Nunca, na sindicância que funcione apenas como investigação preliminar tendente a colidir, de maneira inquisitorial, elementos bastante à imputação de falta ao servidor, em processo subsequente (MS 22791, Rel. Min. Cesar Peluso, Pleno).

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Excerto da decisão da 1ª Região do TRF

A Sindicância que resulta em penalidade tem natureza jurídica de PAD sumário e nela deve ser observado o contraditório (MS 1999.01.00.097739-2/MA, Rel. Des. Plauto Ribeiro).

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PATRIMONIAL

É um procedimento investigativo, É um procedimento investigativo, sigiloso e não punitivo, destinado a apurar sigiloso e não punitivo, destinado a apurar o enriquecimento ilícito de servidor o enriquecimento ilícito de servidor (Costa, Vilmarde Barbosa. Professor de (Costa, Vilmarde Barbosa. Professor de Direito Penal e Processo Administrativo Direito Penal e Processo Administrativo Disciplinar). Disciplinar).

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IG 10-11IG 10-11 Art. 1º As presentes Instruções Gerais têm por finalidade Art. 1º As presentes Instruções Gerais têm por finalidade

normatizar, padronizar e orientar procedimentos para a normatizar, padronizar e orientar procedimentos para a realização de sindicância no âmbito do Exército Brasileiro.realização de sindicância no âmbito do Exército Brasileiro.

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CF, Art. 5º, LIV – Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.

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Excertos de DoutrinaExcertos de Doutrina

Antes os feitos deverão ser realizados segundo o rito definido em Antes os feitos deverão ser realizados segundo o rito definido em lei, e não conforme determine a autoridade administrativa por seu arbítrio em lei, e não conforme determine a autoridade administrativa por seu arbítrio em cada caso concreto (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo cada caso concreto (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011). Fórum, 2011).

O Processo Administrativo Disciplinar representa obediência pela O Processo Administrativo Disciplinar representa obediência pela Administração Pública aos trâmites e formalidades exigidos para edição do Administração Pública aos trâmites e formalidades exigidos para edição do ato administrativo (PEREIRA, Armando. Prática do Processo Administrativo. 2 ato administrativo (PEREIRA, Armando. Prática do Processo Administrativo. 2 Ed Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1966).Ed Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 1966).

Excerto de decisão do STJExcerto de decisão do STJ

O Procedimento Administrativo Disciplinar deve seguir as regras O Procedimento Administrativo Disciplinar deve seguir as regras procedimentais, garantindo-se a ampla defesa e contraditório ( RMS procedimentais, garantindo-se a ampla defesa e contraditório ( RMS 23566/MA, 6ª Turma).23566/MA, 6ª Turma).

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Excertos de DoutrinaExcertos de Doutrina

É o espectro afeto ao dever de É o espectro afeto ao dever de observância, pelo Estado-administração, do observância, pelo Estado-administração, do disposto na lei, para persecução disciplinar. Com disposto na lei, para persecução disciplinar. Com efeito, deve aplicar na íntegra o iter efeito, deve aplicar na íntegra o iter procedimental prescrito no estatuto em seu procedimental prescrito no estatuto em seu regime jurídico disciplinar, respeitando e regime jurídico disciplinar, respeitando e decidindo conforme dispuser a lei (DEZAN, decidindo conforme dispuser a lei (DEZAN, Sandro Lucio. Fundamentos de Direito Sandro Lucio. Fundamentos de Direito Administrativo Disciplinar. Curitiba: Juruá, 2010). Administrativo Disciplinar. Curitiba: Juruá, 2010).

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Excerto de decisão do STJExcerto de decisão do STJ

O Procedimento Administrativo Disciplinar O Procedimento Administrativo Disciplinar deve seguir as regras procedimentais, garantindo-deve seguir as regras procedimentais, garantindo-se a ampla defesa e contraditório ( RMS 23566/MA, se a ampla defesa e contraditório ( RMS 23566/MA, 6ª Turma).6ª Turma).

Excerto de decisão da 1ª Região do TRFExcerto de decisão da 1ª Região do TRF

As normas disciplinadoras do processo As normas disciplinadoras do processo administrativo devem ser rigorosamente administrativo devem ser rigorosamente respeitadas (AC 199901001088641/MG, Rel. respeitadas (AC 199901001088641/MG, Rel. convocado Juiz Miguel Ângelo de Alvarenga Lopes, convocado Juiz Miguel Ângelo de Alvarenga Lopes, 2ª Turma, DJ 09.03.2005) .2ª Turma, DJ 09.03.2005) .

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IG 10-11 Art. 2º A sindicância é o procedimento formal,

apresentado por escrito, para a apuração, quando julgada necessária pela autoridade competente, de fatos de interesse da administração militar ou de situações que envolvam direitos.

PU - A autoridade que tiver ciência de Irregularidade é obrigada a adotar as medidas necessárias para a sua apuração, mediante sindicância.

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Excerto de Doutrina A administração não pode ficar protelando para dar início

à apuração de falta disciplinar, pois a legislação determina que é dever da autoridade instaurar a sindicância para proceder a apuração (Costa, Vilmarde Barbosa. Pós graduado em Direito Penal e Processo Penal e Professor de Direito Penal e Processo Administrativo Disciplinar).

Princípio da Oficiosidade

A Administração Pública, parte autora, deve se encarregar de iniciar e findar a persecução disciplinar, independentemente de manifestação da outra parte ((DEZAN, Sandro Lucio. Fundamentos de Direito (DEZAN, Sandro Lucio. Fundamentos de Direito Administrativo Disciplinar. Curitiba: Juruá, 2010). Administrativo Disciplinar. Curitiba: Juruá, 2010).

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Excerto de Doutrina CONSEQUÊNCIAS O não cumprimento faz com que a autoridade incorra em

improbidade administrativa, uma vez que a lei 8429/92, no seu artigo 11, II, assim considera a conduta daquele que retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício (ALVES, Léo da Silva. Processo Disciplinar Passo a Passo. 2 Ed Brasília: Brasília Jurídica, 2004).

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CONSEQUÊNCIAS CRIMINAIS Prevaricação Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato

de ofício, ou praticá-lo contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Condescendência criminosa Art. 322. Deixar de responsabilizar subordinado que comete

infração no exercício do cargo, ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

Pena - se o fato foi praticado por indulgência, detenção até seis meses; se por negligência, detenção até três meses. .

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Sindicância à luz da jurisprudência dos Sindicância à luz da jurisprudência dos Tribunais e da doutrina mais renomadaTribunais e da doutrina mais renomada

CONSEQUÊNCIAS DISCIPLINARES Lei 11817, Art. 139. Deixar de cumprir ou de fazer cumprir

as normas regulamentares na esfera de suas atribuições. Pena: Detenção, de 21 a 30 dias.

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DENÚNCIA ANÔNIMA Cf, Art. 5º, IV - é livre a manifestação do Cf, Art. 5º, IV - é livre a manifestação do

pensamento, sendo vedado o pensamento, sendo vedado o anonimatoanonimato;;

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DENÚNCIA ANÔNIMA

CF, Art. 37, caput - CF, Art. 37, caput - CF, Art. 37, caput - CF, Art. 37, caput - A A administração pública direta e indireta de administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, princípios de legalidade, impessoalidade, moralidademoralidade, publicidade e eficiência e, também, , publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: ao seguinte:

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DENÚNCIA ANÔNIMA Somente não se admite que a própria denúncia inepta seja,

exclusivamente, o amparo da abertura do PAD, o qual deverá ser robustecido ante a presença de outros sólidos elementos comprobatórios das infrações outrora comunicadas em escrito apócrifos ou sem fidedignidade (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011).

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DENÚNCIA ANÔNIMA FACE AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE O Princípio da legalidade impõe ao comandante o dever

de apurar notícias atentatórias ao prestigio da força policial militar, sob pena de rompermos o compromisso por nós assumidos de defenderrmos a sociedade e cumprirmos fielmente as leis (Costa, Vilmarde Barbosa. Pós graduado em Direito Penal e Processo Penal e Professor de Direito Penal e Processo Administrativo Disciplinar).

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DENÚNCIA ANÔNIMA FACE AO PRINCÍPIO DA MORALIDADE O Militar deve servir com a instituição com honestidade e

zelo, executando suas funções de acordo com o interesse público, sem aproveitar os poderes ou facilidades que o cargo oferece. Nesta razão, a moralidade é o ideal a ser perseguido, cujo olvidarmento deve ser sanado de imediato por seu comandante, por meio de expedientes investigativos ou por processo disciplinar, quando neste último caso, estiver certo a autoria e infração disciplinar (Costa, Vilmarde Barbosa. Pós graduado em Direito Penal e Processo Penal e Professor de Direito Penal e Processo Administrativo Disciplinar).

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IG 10-11IG 10-11 Art. 3º A sindicância será instaurada mediante portaria da

autoridade competente, publicada em boletim interno (BI) da Organização Militar (OM).

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Requisitos Mínimos da Portaria Instauradora

Portaria do Comando Geral 638, de 10 de julho de 2003, publicada no SUNOR 029, de 10 de julho de 2003. O Artigo 1º - Os Comandantes, Chefes e Diretores

deverão mencionar nas portarias de instauração de processos administrativos disciplinares (PL e Sindicância) a narração sucinta do fato e, quando possível, a autoria do mesmo.

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Requisitos Mínimos da Portaria Instauradora Excertos de decisão do STJ 1. A Portaria inaugural e o mandado de citação, no processo 1. A Portaria inaugural e o mandado de citação, no processo

administrativo, devem explicitar os atos ilícitos atribuídos ao administrativo, devem explicitar os atos ilícitos atribuídos ao acusado;acusado;

2. Ninguém pode defender-se eficazmente sem pleno 2. Ninguém pode defender-se eficazmente sem pleno conhecimento das acusações que lhe são imputadas;conhecimento das acusações que lhe são imputadas;

3. Apesar de informal, o processo administrativo deve obedecer 3. Apesar de informal, o processo administrativo deve obedecer às regras do devido processo legal;às regras do devido processo legal;

4. Recurso conhecido e provido 4. Recurso conhecido e provido (ROMS 0001074/91-ES, 2ª Turma, (ROMS 0001074/91-ES, 2ª Turma, Rel. Rel. Min. Peçanha Martins, ac. Unân., DJ 30-03-92, pág. 03968). Min. Peçanha Martins, ac. Unân., DJ 30-03-92, pág. 03968).

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SindicânciaSindicância

Requisitos Mínimos da Portaria Instauradora Excertos de decisão do TJPR A exigência da descrição dos atos ilícitos imputados ao servidor, no ato de

instauração do processo administrativo, decorre dos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório. Desatendido requisito essencial ao ato de instauração do processo administrativo impõe-se a nulidade do ato demissório, sem embargo da deflagração de novo processo (MS 62.622-2, Rel. Des. Clotário Portugal Neto).

A portaria que deflagra a investigação de ilicitude funcional, deve delimitar a atuação da respectiva comissão processante, expondo os fatos e as circunstâncias que envolvem o imputado, a fim de propiciar o exercício da ampla defesa que a Constituição assegura ao servidor estável (Acórdão nº 10.313, Relator Desembargador Walter Borges Carneiro).

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Requisitos Mínimos da Portaria Instauradora Excerto de decisão do TJPRxcerto de decisão do TJPR No mesmo sentido posicionou-se a Quarta Câmara Cível No mesmo sentido posicionou-se a Quarta Câmara Cível

deste Tribunal: A portaria que deflagra a investigação de deste Tribunal: A portaria que deflagra a investigação de ilicitude funcional, deve delimitar a atuação da respectiva ilicitude funcional, deve delimitar a atuação da respectiva comissão processante, expondo os fatos e as circunstâncias comissão processante, expondo os fatos e as circunstâncias que envolvem o imputado, a fim de propiciar o exercício da que envolvem o imputado, a fim de propiciar o exercício da ampla defesa que a Constituição assegura ao servidor ampla defesa que a Constituição assegura ao servidor estável (Acórdão nº 10.313, Relator Desembargador Walter estável (Acórdão nº 10.313, Relator Desembargador Walter Borges Carneiro). Borges Carneiro).

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Sindicância à luz da jurisprudência dos à luz da jurisprudência dos Tribunais e da doutrina mais renomada Tribunais e da doutrina mais renomada

Excertos de decisão do STF Não se exige, na portaria de instauração de processo

disciplinar, descrição detalhada dos fatos investigados, sendo considerada suficiente a delimitação do objeto do processo pela referência a categorias de atos possivelmente relacionados a irregularidades (RMS 25105 / DF, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, 2ª Turma, Julgamento: 23/05/2006).

Excertos de decisão do STJ Desnecessário que a Portaria inaugural do procedimento

administrativo descreva, em minúcias, a imputação feita ao servidor (STJ, REsp 585.156/Rn, Rel. Min. PAULO GALLOTTI, 6ª Turma, J. 02 de outubro de 2008).

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CEBRAD, Súmula 14CEBRAD, Súmula 14 A instauração de PAD é feita por portaria A instauração de PAD é feita por portaria

expedida por autoridade com atribuição de expedida por autoridade com atribuição de controle da disciplina, devendo este ato controle da disciplina, devendo este ato necessariamente apontar o acusado, descrever necessariamente apontar o acusado, descrever com objetividade o fato e nomear os integrantes com objetividade o fato e nomear os integrantes da comissão processante, com indicação do da comissão processante, com indicação do presidente. presidente.

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INCIDENTE DA PORTARIA O Sindicante deverá por meio de expediente informar a

autoridade delegante a ocorrência, especificar a inviabilidade da sindicância em tais circunstâncias, apresentar a fundamentação legal e rol das infrações a serem apuradas e não incluídas , e por fim, requerer a nulidade da portaria e a publicação de nova portaria (Costa, Vilmarde Barbosa. Pós graduado em Direito Penal e Processo Penal e Professor de Direito Penal e Processo Administrativo Disciplinar).

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PUBLICAÇÃO DA PORTARIA CF, Art. 37, caput - A administração pública direta e

indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

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PUBLICAÇÃO DA PORTARIAPUBLICAÇÃO DA PORTARIA Excerto de DoutrinaExcerto de Doutrina Os atos possam ser controlados pela Corregedoria Geral,

escalões superiores, pela autoridade delegante, por interessados, marca o início do prazo para conclusão do feito e indica a transparência na apuração. Além de que é corolário dos princípios da ampla defesa e do contraditório (Costa, Vilmarde Barbosa. Pós graduado em Direito Penal e Processo Penal e Professor de Direito Penal e Processo Administrativo Disciplinar).

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PUBLICAÇÃO DA PORTARIAPUBLICAÇÃO DA PORTARIA Excerto de DoutrinaExcerto de Doutrina Os processos disciplinares e sindicâncias apenadoras Os processos disciplinares e sindicâncias apenadoras

não podem ter conteúdo oculto do próprio acusado, o qual não podem ter conteúdo oculto do próprio acusado, o qual tem a prerrogativa de ser cientificado das decisões tem a prerrogativa de ser cientificado das decisões proferidas, de conhecer o teor das peças reunidas nos proferidas, de conhecer o teor das peças reunidas nos autos, assim como possui o direito de extrair fotocópias, autos, assim como possui o direito de extrair fotocópias, de obter certidões de peças ou do inteiro do processo de obter certidões de peças ou do inteiro do processo administrativo, de ter vista dos autos (CARVALHO, administrativo, de ter vista dos autos (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011). ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011).

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IG 10-11 Art. 4º É competente para instaurar a sindicância: I - o Comandante do Exército; II - o Oficial-General no cargo de comandante, chefe,

diretor ou secretário de OM; e III - o comandante, chefe ou diretor de OM.

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Lei 11817/00, Art. 10. A competência para aplicar as penas disciplinares, previstas neste Lei 11817/00, Art. 10. A competência para aplicar as penas disciplinares, previstas neste Código, é inerente ao cargo ou função ocupada, e não ao grau hierárquico, sendo autoridades Código, é inerente ao cargo ou função ocupada, e não ao grau hierárquico, sendo autoridades competentes para aplicação: I - o Governador do Estado e o Secretário de Defesa Social, em competentes para aplicação: I - o Governador do Estado e o Secretário de Defesa Social, em relação a todos os integrantes das Corporações Militares Estaduais; II - os Comandantes-relação a todos os integrantes das Corporações Militares Estaduais; II - os Comandantes-Gerais das Corporações Militares Estaduais, em relação a todos os integrantes das suas Gerais das Corporações Militares Estaduais, em relação a todos os integrantes das suas respectivas Corporações; III Omissis IV – Omissis V - os Subchefes do Estado-Maior Geral, respectivas Corporações; III Omissis IV – Omissis V - os Subchefes do Estado-Maior Geral, Comandantes de Grandes Comandos e de Comandos Intermediários ou de Área, os Ajudantes Comandantes de Grandes Comandos e de Comandos Intermediários ou de Área, os Ajudantes Gerais ou seus equivalentes e os Diretores de Diretorias, das Corporações Militares Estaduais, Gerais ou seus equivalentes e os Diretores de Diretorias, das Corporações Militares Estaduais, e os Diretores de Diretorias da Casa Militar do Governo do Estado, em relação aos que lhes e os Diretores de Diretorias da Casa Militar do Governo do Estado, em relação aos que lhes são funcionalmente subordinados; VI – Omissis VII - os Comandantes de OME, com autonomia são funcionalmente subordinados; VI – Omissis VII - os Comandantes de OME, com autonomia administrativa, em relação aos que servirem sob seus comandos; VIII – Omissis e IX - Outros administrativa, em relação aos que servirem sob seus comandos; VIII – Omissis e IX - Outros que, em razão do cargo ou função, receberem delegação específica para tal, proveniente de que, em razão do cargo ou função, receberem delegação específica para tal, proveniente de autoridade competente superior.autoridade competente superior.

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CORREGEDORIA GERAL Lei 11929/2001, Art. 2º, III - São atribuições institucionais

da Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social instaurar, proceder e acompanhar sindicâncias.

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IG 10-11 Art. 5º Quando o fato a ser apurado envolver militares de

organizações diferentes, a competência para determinar a instauração da sindicância será da autoridade militar em cuja jurisdição se verificar a ocorrência.

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CÓDIGO DISCIPLINAR DOS MILITARES DO ESTADO Lei 11817/2000, Art. 12. Ocorrendo a prática de

transgressão disciplinar em que estejam envolvidos militares estaduais de mais de uma OME, caberá ao Comandante da OME do escalão imediatamente superior ao das OME dos transgressores determinar a apuração dos fatos, procedendo, a seguir, de conformidade com o artigo anterior e seus parágrafos.

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Princípio do Administrador Natural CF, Art. 5º, LIII – Ninguém será processado nem

sentenciado senão pela autoridade competente

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PRINCÍPIO DO ADMINISTRADOR NATURAL

A idéia de que o administrador natural é aquele cuja competência para processar e julgar o processo administrativo é previamente determinada pelo ordenamento jurídico, antes mesmo da ocorrência do fato (PORTA, Marcos. Processo Administrativo e o Devido Processo Legal. São Paulo: Quartier Latin, 2003).

A expressão senão pela autoridade competente desdobra

da instancia judicial e alcança a esfera do processo administrativo e a competência para seu processamento e julgamento ( BARCELAR FILHO, Romeu Felipe. Princípios Constitucionais do PAD. São Paulo: Max Limonad, 1998).

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IG 10-11 Art. 6º O sindicante deverá observar os seguintes

procedimentos: I - lavrar o termo de abertura da sindicância;

II - juntar aos autos os documentos por ordem cronológica, numerando e rubricando as folhas no canto superior direito;

III - indicar, na capa dos autos, seus dados de identificação e os do sindicado;

IV - cumpridas as formalidades iniciais, promover a notificação do sindicado para conhecimento do fato que lhe é imputado, acompanhamento do feito e ciência da data de sua inquirição;

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ATA DE INSTALAÇÃO OU ABERTURA

Indica o início, o local e horário onde ocorrerá a instrução processual.

O termo de abertura ou ata de instalação será juntada após a documentação recebida pelo Sindicante.

54


CITAÇÃO

A citação é pessoal e individual, devendo ser entregue diretamente ao sindicado por meio de recibo em cópia do original. No caso de recusa, o sindicante lavará em termo próprio o incidente, com a assinatura de 02 (duas) testemunhas. O prazo será contado a partir da data declarada (Costa, Vilmarde Barbosa. Pós graduado em Direito Penal e Processo Penal e Professor de Direito Penal e Processo Administrativo Disciplinar).

55


CITAÇÃO Tão logo instalada, o Sindicante deve proceder a citação do Tão logo instalada, o Sindicante deve proceder a citação do

sindicado, a fim que ele tome conhecimento oportuno da sindicado, a fim que ele tome conhecimento oportuno da instauração da sindicância punitiva, com a finalidade de que instauração da sindicância punitiva, com a finalidade de que o servidor possa exercitar seu direito de defesa, conhecendo o servidor possa exercitar seu direito de defesa, conhecendo as acusações que lhe são imputadas, para poder oferecer sua as acusações que lhe são imputadas, para poder oferecer sua versão, suas razões defensórias, sua interpretação para os versão, suas razões defensórias, sua interpretação para os fatos, assim como propor provas e contrarreagir fatos, assim como propor provas e contrarreagir processualmente, de forma a comprovar sua inocência ou processualmente, de forma a comprovar sua inocência ou demonstrar a impossibilidade da Administração Pública demonstrar a impossibilidade da Administração Pública exercer seu direito de punir no caso devido a óbice jurídico-exercer seu direito de punir no caso devido a óbice jurídico-formal autos (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de formal autos (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011). atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011).

56


Excerto de Decisões do STJExcerto de Decisões do STJ É válida a citação feita ao procurador constituído quando ausente o

servidor acusado e não demonstrado o prejuízo à defesa MS 12.385 – DF, Rel. Min. PAULO GALLOTTI, DJ 05 de Setembro de 2008).

A portaria inaugural e o mandado de citação, no processo administrativo, devem explicitar os atos ilícitos atribuídos ao acusado (ROMS n° 1.074 - STJ - DJU de 30/3/1992).

57


CITAÇÃO

Excerto de decisão do STJ O mandado de citação não cumpre sua destinação

específica quando não se reporta à base fática ou jurídica que sirva para dar ciência ao investigado das imputações feitas contra si, impossibilitando o exercício do amplo direito de defesa, impondo-se reconhecer, em casos que tais, a ilegitimidade da atividade disciplinar, e, por conseguinte, a nulidade do processo administrativo (MS MS 5612 DF 1998/0003578-8, Rel. Ministro Anselmo Santiago, 5612 DF 1998/0003578-8, Rel. Ministro Anselmo Santiago, J. 24/11/1998, 3ª SEÇÃO). J. 24/11/1998, 3ª SEÇÃO).

58


CITAÇÃO Requisitos Legais da Citação apresentados pelos artigos

278 e 279 do CPPM O nome da autoridade judiciária que o expedir; o nome do

acusado, seu posto ou graduação, se militar; a transcrição da denúncia, com o rol das testemunhas; o lugar, dia e hora em que o acusado deverá comparecer a juízo; assinatura do escrivão e a rubrica da autoridade judiciária; declaração do recebimento da contrafé pelo citando, a qual poderá ser feita na primeira via do mandado.

59


CITAÇÃO Princípio da Imputação Certa ou Transparência na

Apuração Disciplinar Corolário dos princípios da publicidade, do contraditório,

e da ampla defesa, o princípio em questão prescreve que, desde a inicial indigitação, deve o sujeito passivo da relação processual ter conhecimento claro e delimitado dos fatos que a ele são imputados.

60


CITAÇÃO FICTA

Excerto de Decisão do STJ Não se pode estender ao PAD, sem a devida previsão

legal, o sistema de intimação ficta do artigo 236, Paragráfo 1º do CPC. Quando não há previsão legal, as intimações só se consumam por meio de comunicação pessoal (RMS, 12544/PB, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, J. 20.03.2001).

61


MODELO Fica Vossa Senhoria CIENTIFICADO de que foi submetido a Sindicância por

ato do Senhor Comandante XXX, por meio da Portaria nº XXX, de, publicada no Boletim Interno XXX, no qual foi formalmente acusado nos termos e documentos que se seguem.

Desde já, fica facultada durante o horário de expediente e na X companhia, Desde já, fica facultada durante o horário de expediente e na X companhia, ter vista dos autos, reproduzir cópias, e acompanhar todos os atos ter vista dos autos, reproduzir cópias, e acompanhar todos os atos processuais, pessoalmente ou por intermédio de procurador, sem prejuízo processuais, pessoalmente ou por intermédio de procurador, sem prejuízo de posterior defesa escrita, bem como arrolar e reinquirir testemunhas, de posterior defesa escrita, bem como arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas, formular quesitos, quando se tratar de produzir provas e contraprovas, formular quesitos, quando se tratar de provas periciais, tudo em consonância com os Princípios da Ampla Defesa e provas periciais, tudo em consonância com os Princípios da Ampla Defesa e do Contraditório, assegurados pela Constituição Federal.do Contraditório, assegurados pela Constituição Federal.

62


Outrossim, poderás constituir advogado para promover Outrossim, poderás constituir advogado para promover sua própria defesa ou indicar Oficial de sua confiança sua própria defesa ou indicar Oficial de sua confiança para promovê-la, ou ainda exercer pessoalmente sua para promovê-la, ou ainda exercer pessoalmente sua defesa.defesa.

Por fim, caso não constitua advogado, não indique Por fim, caso não constitua advogado, não indique Oficial sua confiança ou não promova sua própria Oficial sua confiança ou não promova sua própria defesa, nomearei Oficial para atuar como seu defensor defesa, nomearei Oficial para atuar como seu defensor dativo nos autos.dativo nos autos.

A sindicância encontra-se instalada no XXX, situado na A sindicância encontra-se instalada no XXX, situado na Rua XXX, nesta Cidade de Recife, Estado de Rua XXX, nesta Cidade de Recife, Estado de Pernambuco e seu interrogatório está marcado para o Pernambuco e seu interrogatório está marcado para o dia XXX, na seção XXXX. dia XXX, na seção XXXX.

Rol de testemunhasRol de testemunhas XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM O MANDADODOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM O MANDADO Cópia reprográfica da PortariaCópia reprográfica da Portaria Rol de TestemunhasRol de Testemunhas

63


IG 10-11 V - fazer constar, nos pedidos de informações e nas

requisições de documentos, referências expressas ao fim a que se destinam e ao tipo de tramitação (normal, urgente ou urgentíssima); VI - juntar, mediante termo, todos os documentos expedidos e recebidos; VII - se a pessoa ouvida for analfabeta ou não puder assinar o termo, pedir a

alguém que o faça por ela, depois de lido na presença de ambos, juntamente com mais duas testemunhas, lavrar o respectivo termo com o motivo do impedimento e, caso não seja indicada pelo depoente a pessoa para assinar a seu rogo, consignar o fato nos autos;

64


IG 10-11 VIII - após a leitura do termo e antes da assinatura, se for

verificado algum engano, fazer constar, sem supressão do que foi alterado, a retificação necessária, bem como o seu motivo, rubricando a juntamente com o depoente ou quem assinou o termo;

IX - encerrar a instrução do feito com o respectivo termo, dele dando ciência ao sindicado;

65


IG 10-11 X - encerrar a apuração com um relatório completo e objetivo,

contendo o seu parecer conclusivo sobre a elucidação do fato; e XI - elaborar o termo de encerramento dos trabalhos atinentes ao feito e remeter os autos à autoridade instauradora.

Parágrafo único. O relatório do sindicante, mencionado no inciso X, deverá ser apresentado em duas partes: uma expositiva, contendo um resumo conciso e objetivo dos fatos e da apuração, e outra conclusiva, em que, mediante análise dos depoimentos, documentos e da defesa apresentada, emitirá o seu parecer, mencionando se há ou não indícios de crime militar ou comum, transgressão disciplinar ou prejuízo ao erário, recomendando, se for o caso, a adoção de outras providências.

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Relatório Possui caráter opinativo, entrementes esta natureza não isenta o

sindicante de expor os fatos, motivar sua opinião, analisar provas e se posicionar sobre tudo que foi coletado na instrução processual (Costa, Vilmarde Barbosa. Pós graduado em Direito Penal e Processo Penal e Professor de Direito Penal e Processo Administrativo Disciplinar).

Trata-se de peça em que se fará a minuciosa informação de tudo quanto apurado a respeito dos fatos descritos no processo administrativo disciplinar e na qual será formalizada uma opinião acerca da culpa ou inocência do servidor acusado (CARVALHO, (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011). e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011).

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Relatório Segundo Antonio Carvalho Alencar, sugerido em sua obra Segundo Antonio Carvalho Alencar, sugerido em sua obra

Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância, Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância, o relatório deve constar:o relatório deve constar:

As irregularidades noticiadas da Portaria?As irregularidades noticiadas da Portaria? O Servidor foi realmente culpado?O Servidor foi realmente culpado? Em que circunstancias foram cometidas?Em que circunstancias foram cometidas? Quais motivações?Quais motivações? As provas colhidas permitem concluir que o servidor é As provas colhidas permitem concluir que o servidor é

culpado?culpado? Quais dispositivos infringidos?Quais dispositivos infringidos? As razões da defesa procedem? Se não, porque não As razões da defesa procedem? Se não, porque não

procedem?procedem? Outros incidentesOutros incidentes

68


Relatório O Sindicante deve: Ser Claro e Objetivo; Demonstrar as provas; Analisar as razões da defesa e incidentes apreciados; E ao final, Inferir pela ocorrência de transgressão ou não,

Inferir pela ocorrência de crime comum ou não; Inferir pela ocorrência de crime militar ou não; Inferir pela reparação ou não;

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Relatório Excertos da Decisão do STF Anulou demissão de servidor público em face dos termos Anulou demissão de servidor público em face dos termos

parciais e sem sobriedade do relatório final da comissão parciais e sem sobriedade do relatório final da comissão processante (MS 22151, Rel. Min. Ellen Gracie). processante (MS 22151, Rel. Min. Ellen Gracie).

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Relatório Relatório O Inquérito Policial é peça dispensável a propositura O Inquérito Policial é peça dispensável a propositura

da ação penal (inteligência dos artigos 12, 27, 39, da ação penal (inteligência dos artigos 12, 27, 39, §5° e 46, §1° do Código de Processo Penal).§5° e 46, §1° do Código de Processo Penal).

Excerto de Decisão do STF O inquérito policial não é imprescindível ao oferecimento de

denúncia ou queixa, desde que a peça acusatória tenha fundamento em dados de informação suficiente à caracterização da materialidade e autoria da infração penal (RTF 76/741; TRF 3ª Reg., HC 98.03.010696, 1ª Turma, Rel. des. Fed. Roberto Haddad, RT 768/719)".

71


Relatório Inexiste qualquer determinação legal no sentido de que o

indiciado seja intimado pessoalmente do relatório final elaborado pela comissão processante, não havendo falar, assim, em violação do devido processo legal (MS 8259/DF, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, 3ª Seção).

Averbe-se, todavia, que isso não significa, em absoluto, que o servidor não possa tomar conhecimento do teor da peça final subscrita pelo conselho instrutor e mesmo oferecer razões acerca do relatório, antes do julgamento, as quais deverão ser conhecidas e consideradas quando da adição do ato decisório (CARVALHO, Antonio Carlos (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011).2011).

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Relatório Não Constitui injúria ou difamação punível o conceito

desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever de ofício, haja vista que não há, em princípio, intento subjetivo de ofender a honra e a consideração pessoal do processado, mas sim de meramente executar uma função pública de emitir opinião e exame jurídico sobre a culpa do acusado (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011).atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011).

73


SOUÇÃO Art. Art. 7° A solução da sindicância deverá ser explícita,

clara e coerente, com a indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, especialmente, quando importar em anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

74

Sindicância à luz da jurisprudência dos Tribunais e da Sindicância à luz da jurisprudência dos Tribunais e da doutrina mais renomada doutrina mais renomada

SOLUÇÃO Excerto de Decisão do TRF da 1ª Região O acusado em PAD não se defende da tipificação das infrações,

mas da prática dos atos que lhe são atribuídos.Todavia, se da modificação advém agravamento da pena, impõe sua fundamentação, sob pena de nulidade do ato (AC 96.01.02558-8/DF, Rel. Des. Aloísio Palmeira, 1ª T, DJ 12.10. 1998).

Excerto de Decisão do STJ Se a autoridade julgadora acolhe o relatório da comissão Se a autoridade julgadora acolhe o relatório da comissão

processante, devidamente fundamentado, encontra-se preenchida processante, devidamente fundamentado, encontra-se preenchida a exigência legal. Se dele discorda, deve motivadamente expor a exigência legal. Se dele discorda, deve motivadamente expor suas razões, porquanto passará a prevalecer por força da suas razões, porquanto passará a prevalecer por força da hierarquia funcional" (MS hierarquia funcional" (MS 10470/DF, 10470/DF, 3ª Seção, Rel. Min. Arnaldo 3ª Seção, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJ de 18.06.2007).Esteves Lima, DJ de 18.06.2007).

75


IG 10-11 8° Quando o objeto da apuração for acidente ou dano com 8° Quando o objeto da apuração for acidente ou dano com

viatura, material bélico, material de comunicações ou outro viatura, material bélico, material de comunicações ou outro material, deverá ser observado o disposto nas normas material, deverá ser observado o disposto nas normas específicas de cada Órgão de Apoio.específicas de cada Órgão de Apoio.

76


INQUÉRITO TÉCNICOINQUÉRITO TÉCNICO Excerto de Doutrina Vejo que hodiernamente o Inquérito Técnico é um

instrumento inadequado para se apurar dano a viatura, visto que se verificando o dano doloso ou culposo por parte do militar estadual, não há como se efetivar qualquer punição disciplinar em virtude de sua natureza inquisitorial (COSTA, Vilmarde Barbosa. Pós graduado em Direito Processual Penal e Direito Penal e Professor de Direito Penal e Processo Administrativo Disciplinar).

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IG 10-11 PRAZOS Art. 9º Na contagem dos prazos, excluir-se-á o dia do início

e incluir-se-á o do vencimento. Art. 10. A autoridade instauradora fixará na portaria o

prazo inicial de 20 (vinte) dias corridos para a conclusão da sindicância.

Parágrafo único. O prazo se inicia na data de recebimento da portaria pelo sindicante.

78


IG 10-11 Art. 11. O prazo previsto no artigo anterior poderá ser

prorrogado por solicitação do sindicante, devidamente fundamentada, e a critério da autoridade instauradora, a qual, levando em consideração a complexidade do fato a ser apurado, fixará novo prazo para a conclusão dos trabalhos.

§ 1° A solicitação de prorrogação de prazo deve ser feita, no mínimo, 48 (quarenta e oito) horas antes do término daquele inicialmente previsto.

§ 2° O prazo máximo de apuração não poderá ultrapassar 40 (quarenta) dias

corridos. § 3° A prorrogação do prazo deverá ser publicada em BI da

OM.

79


PRAZOS Portaria Nº 028, de 05 NOV 99, publicada no BG nº 213, de

22 NOV 1999) I – Os Oficiais encarregados de Sindicâncias instauradas

mediante Portaria das autoridades a que se refere o Art. 10 do Decreto nº 6.752/80 (RDPM/PE), terão 30 (trinta) dias corridos para a conclusão dos respectivos procedimentos;

II – O prazo de que trata o item precedente, poderá ser II – O prazo de que trata o item precedente, poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, desde que o prorrogado por mais 10 (dez) dias, desde que o Encarregado apresente justificativas e requeira por escrito Encarregado apresente justificativas e requeira por escrito à autoridade delegante, devendo o documento de petição à autoridade delegante, devendo o documento de petição dar entrada no protocolo da OME em até 02 (dois) dias dar entrada no protocolo da OME em até 02 (dois) dias úteis antes do término do primeiro período;úteis antes do término do primeiro período;

80


PRAZO O prazo para conclusão dos trabalhos de sindicância

punitiva é de 30 dias, prorrogáveis por igual período. Findo os sessenta dias sem a conclusão do ofício processante, os membros designados não mais podem realizar qualquer ato, pois resta expirado o pressuposto temporal de validade de sua competência (CARVALHO, Antonio Carlos (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011).2011).

81


COMUNICAÇÃO DE ATO PROCESSUAL Excerto de Decisão do TRF da 5ª Região Ademais, ainda que se admita que houve ciência, no que tange

aos ditos depoimentos, a mesma não ocorreu quanto à inquirição das demais testemunhas. A mera circunstância do impetrante ter tido vista posterior dos autos do PAD não supre o vício, considerando que era de seu interesse a efetiva participação nas audiências (AMS 83100/SE, 3ª T.. Rel. Des. Élio Wanderley de Siqueira, j. 29.09.2005).

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SindicânciaSindicância Presença nas Audiências Ensina ADA PELLEGRINI e ANTÔNIO SCARANCE que a

autodefesa, não pode ser imposta ao acusado, é considerada renunciável por este. Mas essa renunciabilidade não significa sua dispensabilidade pelo juiz.

É certo que a jurisprudência deste Superior Tribunal não vê nulidade na retirada do réu da sala de audiências a pedido de testemunhas ou vítimas (art. 217 do CPP). Porém, a retirada em razão da simples aplicação automática do comando legal, sem que se indague os motivos que levam à remoção do acusado, fere o próprio conteúdo daquela norma, bem como o art. 93, IX, da CF/1988. Dever-se-ia fundamentar concretamente a remoção, pautando-se no comportamento do acusado. STJ HC 83549-RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 22/4/2008.

83


IG 10-11 Art. 13. Ao sindicado será facultado, no prazo de 3 (três)

dias úteis, contados de sua inquirição, oferecer defesa prévia e arrolar testemunhas.

84


DEFESA PRÉVIA

Não há falar em nulidade se a defesa do paciente, regularmente por este constituída, deixa de oferecer defesa prévia no tríduo legal, embora devidamente intimada (STJ - HC 141153 CE 2009/0131042-4, Rel. Ministro OG FERNANDES).

85


IG 10-11IG 10-11 Art. 13, § 1º Encerrada a instrução do feito, com a oitiva de Art. 13, § 1º Encerrada a instrução do feito, com a oitiva de

testemunhas e demais diligências consideradas necessárias, será testemunhas e demais diligências consideradas necessárias, será lavrado o termo de que trata o inciso IX do art. 6º, sendo o sindicado lavrado o termo de que trata o inciso IX do art. 6º, sendo o sindicado notificado pelo sindicante notificado pelo sindicante para, para, querendoquerendo,, oferecer alegações finais oferecer alegações finais no prazo de 5 (cinco) dias corridos, contados do recebimento da no prazo de 5 (cinco) dias corridos, contados do recebimento da notificação, a qual poderá ser publicada em BI da OM.notificação, a qual poderá ser publicada em BI da OM.

Art. 13, § 2º § 2° Esgotado o prazo de que trata o parágrafo anterior, apresentadas ou não alegações, o sindicante terá o prazo de 3 (três) dias corridos para elaborar seu relatório circunstanciado, com parecer conclusivo, remetendo os autos à autoridade instauradora.

86


ALEGAÇÕES FINAISALEGAÇÕES FINAIS Excerto de Decisão do TRF da 1ª RegiãoExcerto de Decisão do TRF da 1ª Região As alegações finais constituem ato essencial do processo,

cuja ausência acarreta a sua nulidade absoluta (APELAÇÃO CRIMINAL ACR 14 AM 2004.32.01.000014-6, Relator DESEMBARGADOR FEDERAL TOURINHO NETO).

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ALEGAÇÕES FINAISALEGAÇÕES FINAIS

Vê-se neste diapasão que há algum tempo os Tribunais tem se posicionado que a falta de alegações finais no processo ocasiona nulidade absoluta. E é justamente o caso da Sindicância ora analisada. A digressão do artigo 5º, inciso LV da CFRB não nos permite outra afirmação que não seja a de que tanto os processos penais como os administrativos são meceredores da observância dos princípios da ampla defesa e contraditório. Assim, nesta ilação, todos os processos, e neste particular, os administrativos disciplinares, somente devem ser encerrados com as alegações finais. (COSTA, Vilmarde Barbosa. Pós graduado em Direito Processual Penal e Direito Penal e Professor de Direito Penal e Processo Administrativo Disciplinar).

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ALEGAÇÕES FINAISALEGAÇÕES FINAIS No caso da Sindicância em apreço, por digressão da

súmula vinculante nº 005 do STF, as alegações finais podem ser apresentadas pelo sindicado ou por procurador constituído, e no caso da não apresentação, deve o sindicante nomear Oficial para apresentá-las (Costa, Vilmarde Barbosa. Pós graduado em Direito Penal e Processo Penal e Professor de Direito Penal e Processo Administrativo Disciplinar).

89


IG 10-11 Art. 14. Recebidos os autos, a autoridade instauradora, no

prazo de 5 (cinco) dias corridos, dará solução à sindicância ou determinará, independentemente do prazo fixado no § 2º do art. 11, que sejam feitas diligências complementares, fixando novo prazo, que não poderá exceder 10 (dez) dias corridos.

90


Conversão em Diligências Pode a autoridade julgadora, de ofício, depois de Pode a autoridade julgadora, de ofício, depois de

constatar que não dispõe dos elementos necessários para constatar que não dispõe dos elementos necessários para julgar o feito, ou que existam falhas processuais não julgar o feito, ou que existam falhas processuais não sanadas, além de atos probatórios produzidos com sanadas, além de atos probatórios produzidos com cerceamento de defesa, determinar a conversão do cerceamento de defesa, determinar a conversão do julgamento em diligência, com vistas a que sejam coletados julgamento em diligência, com vistas a que sejam coletados os dados bastantes para a decisão do feito, ou que sejam os dados bastantes para a decisão do feito, ou que sejam saneados os defeitos procedimentais (CARVALHO, Antonio saneados os defeitos procedimentais (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011).Horizonte: Fórum, 2011).

91


IG 10-11 Art. 15. A sindicância obedecerá aos princípios do

contraditório e da ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos a ela inerentes.

92


CF, Artigo 5º, LV - aos litigantes, em processo CF, Artigo 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Excerto de Decisão do STFExcerto de Decisão do STF ...se, porém, da sindicância decorrer a ...se, porém, da sindicância decorrer a

possibilidade de aplicação de penalidade de possibilidade de aplicação de penalidade de advertência ou de suspensão de até 30 dias, essa advertência ou de suspensão de até 30 dias, essa aplicação só poderá ser feita se for assegurado aplicação só poderá ser feita se for assegurado ao servidor, nesse procedimento, sua ampla ao servidor, nesse procedimento, sua ampla defesa (defesa (RMS-22.789-7-Rio de Janeiro, 1ª Turma, RMS-22.789-7-Rio de Janeiro, 1ª Turma, Rel. Min. Moreira Alves ). Rel. Min. Moreira Alves ).

93


DEFINIÇÃO DO CONTRADITÓRIODEFINIÇÃO DO CONTRADITÓRIO O contraditório emana do direito à defesa, O contraditório emana do direito à defesa,

inerente à concretização da justiça, pois não se inerente à concretização da justiça, pois não se pode conceber que alguém seja punido sem pode conceber que alguém seja punido sem sequer ser ouvido, sem dispor da oportunidade sequer ser ouvido, sem dispor da oportunidade de trazer suas razões para os fatos oiu de de trazer suas razões para os fatos oiu de produzir as provas de sua inocência (CARVALHO, produzir as provas de sua inocência (CARVALHO, Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Antonio Carlos Alencar. Manual de Processo Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. Administrativo Disciplinar e Sindicância. 2 rev. atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011).atual. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2011).

94


DEFINIÇÃO DE AMPLA DEFESA DEFINIÇÃO DE AMPLA DEFESA É o conjunto de meios pelos quais a parte pode É o conjunto de meios pelos quais a parte pode

comprovar a improcedência do interesse oposto comprovar a improcedência do interesse oposto ao dela, compreendendo o contraditório, a ao dela, compreendendo o contraditório, a produção de provas, a reinquirição de produção de provas, a reinquirição de testemunhas, a representação por advogado, o testemunhas, a representação por advogado, o direito de impugnar atos e condutas estatais que direito de impugnar atos e condutas estatais que violem o devido processo legal CRVALHO FILHO, violem o devido processo legal CRVALHO FILHO, José dos Santos. Processo Administrativo José dos Santos. Processo Administrativo Federal. Comentários a Lei 9784\99. Rio de Federal. Comentários a Lei 9784\99. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2001. Janeiro: Lumen Juris, 2001.

95


IG 10-11IG 10-11 Art. 16. Será assegurado ao sindicado o direito de

acompanhar o processo, apresentar defesa prévia, arrolar testemunhas, solicitar reinquirição de testemunhas, juntar documentos, obter cópias de peças dos autos e requerer o que entender necessário ao exercício de seu direito.

§ 1° O sindicante poderá indeferir, mediante despacho fundamentado, pedido do sindicado, quando o seu objeto for ilícito, impertinente, desnecessário, protelatório ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

96


CARGA DOS AUTOSCARGA DOS AUTOS Lei 8906/ 94, Artigo 7º, XV - ter vista dos Lei 8906/ 94, Artigo 7º, XV - ter vista dos

processos judiciais ou administrativos de processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais. competente, ou retirá-los pelos prazos legais.

Excerto de Decisão do TJSpExcerto de Decisão do TJSp Advogado tem direito de vista de processo Advogado tem direito de vista de processo

administrativo fora da repartição... (RT 516/66).administrativo fora da repartição... (RT 516/66). Excerto de Decisão do STFExcerto de Decisão do STF O direito a vista dos autos de processo O direito a vista dos autos de processo

administrativo, assegurado ao advogado (pelo administrativo, assegurado ao advogado (pelo Estatuto), não se restringe às repartições e Estatuto), não se restringe às repartições e cartórios." (RDA 123/254).cartórios." (RDA 123/254).

97


IG 10-11 IG 10-11 Art. 17. O procurador do sindicado poderá presenciar os

atos de inquirição do seu cliente e das testemunhas, bem como acompanhar os demais atos da sindicância, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, podendo, no entanto, reinquiri-las por intermédio do sindicante.

Parágrafo único. O previsto neste artigo, no que couber, aplica-se ao sindicado.

98


IG 10-11 IG 10-11 Art. 18. Será assegurado ao sindicado, no prazo de 5

(cinco) dias corridos a que se refere o § 1° do art. 13, vista do processo em local designado pelo sindicante.

99

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARPROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR IG 10-11 IG 10-11 Art. 18. Será assegurado ao sindicado, no prazo de 5

(cinco) dias corridos a que se refere o § 1° do art. 13, vista do processo em local designado pelo sindicante.

100


IG 10-11IG 10-11 Art. 19, Parágrafo único. O sindicante poderá, caso julgue Art. 19, Parágrafo único. O sindicante poderá, caso julgue

necessário, valer-se de um escrivão para auxiliá-lo nos necessário, valer-se de um escrivão para auxiliá-lo nos autos.autos.

Art. 20. O sindicante será oficial de maior precedência Art. 20. O sindicante será oficial de maior precedência hierárquica que o sindicado.hierárquica que o sindicado.

Parágrafo único. O Comandante da Região Militar poderá Parágrafo único. O Comandante da Região Militar poderá nomear subtenente ou sargento como sindicante nas nomear subtenente ou sargento como sindicante nas guarnições militares localizadas em sua área de jurisdição, guarnições militares localizadas em sua área de jurisdição, em que não haja oficial pronto para o serviço." (Alterado em que não haja oficial pronto para o serviço." (Alterado pela Portaria n° 539, de 02 Out 02, publicada no Boletim do pela Portaria n° 539, de 02 Out 02, publicada no Boletim do Exército n° 41, de 11 Out 03, Fl. 13). Exército n° 41, de 11 Out 03, Fl. 13).

101


IG 10-11IG 10-11 Art. 19, Parágrafo único. O sindicante poderá, caso julgue Art. 19, Parágrafo único. O sindicante poderá, caso julgue

necessário, valer-se de um escrivão para auxiliá-lo nos necessário, valer-se de um escrivão para auxiliá-lo nos autos.autos.

Art. 20. O sindicante será oficial de maior precedência Art. 20. O sindicante será oficial de maior precedência hierárquica que o sindicado.hierárquica que o sindicado.

Parágrafo único. O Comandante da Região Militar poderá Parágrafo único. O Comandante da Região Militar poderá nomear subtenente ou sargento como sindicante nas nomear subtenente ou sargento como sindicante nas guarnições militares localizadas em sua área de jurisdição, guarnições militares localizadas em sua área de jurisdição, em que não haja oficial pronto para o serviço." (Alterado em que não haja oficial pronto para o serviço." (Alterado pela Portaria n° 539, de 02 Out 02, publicada no Boletim do pela Portaria n° 539, de 02 Out 02, publicada no Boletim do Exército n° 41, de 11 Out 03, Fl. 13). Exército n° 41, de 11 Out 03, Fl. 13).

102

SindicânciaSindicância BGR 003, de 01 de fevereiro de 2011 2.1.0. Sindicância - Revoga Determinação Considerando o contido na Portaria nº 845, de 09 DEZ 04,

oriunda do Gabinete do Exército que altera o Art. 20 das Instruções Gerais para a elaboração de Sindicância no Âmbito do Exército Brasileiro (IG 10-11), que passou a vigorar com a seguinte redação: “Art. 20. O Sindicante será, prioritariamente, Oficial, podendo ser Subtenente ou Sargento aperfeiçoado.

Parágrafo Único: O militar designado deverá ser de maior precedência hierárquica que o Sindicado”. (Grifos nossos)

Considerando ainda que por determinação do Secretário de Defesa Social são empregadas, nesta Corporação, as Instruções Gerais para a elaboração de Sindicância (IG 10-11); Revogo a determinação contida no ítem 5.0.0 do BG nº 235, de 17 DEZ 00. (Nota nº 006/2011/DGP-8/SS-Sind.).

103

SindicânciaSindicância IG 10-11 Art. 21. O denunciante ou ofendido deverá ser ouvido em

primeiro lugar. § 1° Caso o denunciante ou ofendido se recuse a depor, o

indicante deverá lavrar o competente termo, encaminhando cópia à autoridade instauradora para conhecimento e providências julgadas cabíveis.

§ 2° O sindicante deverá alertar o denunciante sobre possível conseqüência de seu ato na esfera penal e disciplinar, em caso de improcedência da denúncia.

§ 3° O denunciante ou ofendido poderá apresentar ou oferecer subsídios para o esclarecimento do fato, indicando testemunhas, requerendo a juntada de documentos ou indicando as fontes onde poderão ser obtidos.

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PRINCÍPIO DA OFICIALIDADEPRINCÍPIO DA OFICIALIDADE

Por força do princípio em apreço a autoridade Por força do princípio em apreço a autoridade competente para decidir tem também o poder/dever competente para decidir tem também o poder/dever de inaugurar e impulsionar o processo, até que se de inaugurar e impulsionar o processo, até que se obtenha um resultado final conclusivo e definitivo, obtenha um resultado final conclusivo e definitivo, pelo menos no âmbito da Administração Pública. pelo menos no âmbito da Administração Pública. Diante do fato de que a administração pública tem o Diante do fato de que a administração pública tem o dever elementar de satisfazer o interesse público, ela dever elementar de satisfazer o interesse público, ela não pode, para isso, depender da iniciativa de algum não pode, para isso, depender da iniciativa de algum particular (particular (Dra. Maria Silvia Zanella Di Pietro). Dra. Maria Silvia Zanella Di Pietro).

105


Denunciação Caluniosa CP, Art. 339. Dar causa à instauração de investigação

policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa (grifo nosso) inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente.

106


IG 10-11 Art. 22. A ausência do sindicado na sessão de

interrogatório, sem justo motivo, constará de termo nos autos.

Parágrafo único. Comparecendo para depor no curso da sindicância, o sindicado será inquirido e acompanhará, a partir de então, os demais atos da sindicância, dando-lhe conhecimento dos atos já praticados.

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Ausência na Sessão de Interrogatório Ausência na Sessão de Interrogatório

Excerto de Decisão do TRF da 2ª Região O comparecimento do réu ao interrogatório, quando

devidamente qualificado e identificado, constitui uma faculdade e não um dever do mesmo (CORREIÇÃO PARCIAL: RJ 2007.02.01.007301-4, Rel. Des. Federal Maria Helena Cisne).

108


INTERROGATÓRIO A servidora foi interrogada por duas vezes durante o

processo administrativo disciplinar, e, em ambas as oportunidades, ela se comprometeu "a dizer a verdade das perguntas formuladas. Ao assim proceder, a comissão processante feriu de morte a regra do art. 5º, LXIII, da CF/88, que confere aos acusados o privilégio contra a auto-incriminação, bem como as garantias do devido processo legal e da ampla defesa. Com efeito, em vez de constranger a servidora a falar apenas a verdade, deveria ter-lhe avisado do direito de ficar em silêncio.

109


INTERROGATÓRIO Portanto, e sem desmerecer os posicionamentos em

sentido diverso, não é concebível a exigência de termo com compromisso de dizer a verdade, assinado pelo acusado em processo disciplinar, uma vez que a referida prática afronta o sagrado direito ao silêncio (STJ, RMS 14901. Rel.: Min. Maria Thereza de Assis Moura).

110


INTERROGATÓRIOINTERROGATÓRIO Excerto de Decisão do TRFExcerto de Decisão do TRF Por razões técnicas e da lógica processual, Por razões técnicas e da lógica processual,

aplicável também ao PAD, na fase da instrução é aplicável também ao PAD, na fase da instrução é vedada a presença dos demais depoentes vedada a presença dos demais depoentes durante a oitiva separada de cada co-acusado, durante a oitiva separada de cada co-acusado, cuja restrição não a alcança o exercício da cuja restrição não a alcança o exercício da profissão do advogado constituído nos profissão do advogado constituído nos interrogatórios dos outros acusados, que não são interrogatórios dos outros acusados, que não são seus constituintes, em homenagem à garantia seus constituintes, em homenagem à garantia constitucional da ampla defesa e do contraditório constitucional da ampla defesa e do contraditório (MAS 20013900008463, Rel. Juiz Federal Antônio (MAS 20013900008463, Rel. Juiz Federal Antônio Francisco do Nascimento, 1ª T., Decisão Francisco do Nascimento, 1ª T., Decisão 14.12.2009). 14.12.2009).

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IG 10-11IG 10-11 Art. 23. Quando a testemunha deixar de comparecer para Art. 23. Quando a testemunha deixar de comparecer para

depor, sem justo motivo, ou, comparecendo, se recusar a depor, sem justo motivo, ou, comparecendo, se recusar a depor, o sindicante lavrará termo circunstanciado e depor, o sindicante lavrará termo circunstanciado e mencionará tal fato no relatóriomencionará tal fato no relatório..

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NÃO COMPARECIMENTO DE TESTEMUNHA A SESSÃONÃO COMPARECIMENTO DE TESTEMUNHA A SESSÃO Ivan Barbosa Rigolin defende que o Administrador Público Ivan Barbosa Rigolin defende que o Administrador Público

não tem o poder de obrigar uma pessoa estranha ao não tem o poder de obrigar uma pessoa estranha ao serviço público a testemunhar em um processo serviço público a testemunhar em um processo administrativo disciplinar. E ainda diz que no caso do administrativo disciplinar. E ainda diz que no caso do processo administrativo disciplinar, a autoridade pode processo administrativo disciplinar, a autoridade pode apenas convidar, solicitar que compareça, mas nunca apenas convidar, solicitar que compareça, mas nunca obrigar nem impor comparecimento.obrigar nem impor comparecimento.

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FALSO TESTEMUNHO CP, Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como

testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral.

§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.

Não é suficiente para configurar o falso testemunho que o depoimento seja contrário à verdade e possa causar prejuízo, é preciso, ainda que tenha sido feito com intenção dolosa ( RT 445/384).

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FALSO TESTEMUNHO FALSO TESTEMUNHO Excerto de Decisão da TJPRExcerto de Decisão da TJPR Não é suficiente para configurar o falso Não é suficiente para configurar o falso

testemunho que o depoimento seja contrário à testemunho que o depoimento seja contrário à verdade e possa causar prejuízo, é preciso, ainda verdade e possa causar prejuízo, é preciso, ainda que tenha sido feito com intenção dolosa ( RT que tenha sido feito com intenção dolosa ( RT 445/384). 445/384).

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IG 10-11 Art. 24. Ao comparecer para depor, a testemunha declarará

seu nome, idade, estado civil, residência, profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente de alguma das partes e, em caso positivo, o grau de parentesco.

Art. 25. As pessoas desobrigadas por lei de depor, em razão do dever de guardar segredo relacionado com a função, ministério, ofício ou profissão, desde que desobrigadas pela parte interessada, poderão dar o seu testemunho.

116


IG 10-11 Art. 26. Quando a residência do denunciante ou ofendido, da

testemunha ou do sindicado estiver situada em localidade diferente daquela em que foi aberta a sindicância e ocorrendo impossibilidade de comparecimento para prestar depoimento, a inquirição poderá ser realizada por meio de precatória, expedida pelo sindicante.

Art. 27. Constará da precatória, o ofício com pedido de Art. 27. Constará da precatória, o ofício com pedido de inquirição, a inquirição, a cópia da portaria cópia da portaria de instauração da sindicância e de instauração da sindicância e a relação das perguntas a serem feitas ao inquirido.a relação das perguntas a serem feitas ao inquirido.

Art. 28. As testemunhas serão ouvidas, individualmente, de Art. 28. As testemunhas serão ouvidas, individualmente, de modo que uma não conheça o teor do depoimento da outra.modo que uma não conheça o teor do depoimento da outra.

117


IG 10-11 Art. 26. Quando a residência do denunciante ou ofendido, da

testemunha ou do sindicado estiver situada em localidade diferente daquela em que foi aberta a sindicância e ocorrendo impossibilidade de comparecimento para prestar depoimento, a inquirição poderá ser realizada por meio de precatória, expedida pelo sindicante.

Art. 27. Constará da precatória, o ofício com pedido de Art. 27. Constará da precatória, o ofício com pedido de inquirição, a inquirição, a cópia da portaria cópia da portaria de instauração da sindicância e de instauração da sindicância e a relação das perguntas a serem feitas ao inquirido.a relação das perguntas a serem feitas ao inquirido.

Art. 28. As testemunhas serão ouvidas, individualmente, de Art. 28. As testemunhas serão ouvidas, individualmente, de modo que uma não conheça o teor do depoimento da outra.modo que uma não conheça o teor do depoimento da outra.

118


IG 10-11 Art. 29. Os depoimentos serão tomados durante o dia, no

período compreendido entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, salvo em caso de urgência inadiável, devidamente justificada pelo sindicante em termo constante dos autos.

Art. 30. O denunciante ou ofendido e o sindicado poderão indicar cada um, no máximo, 3 (três) testemunhas, podendo o sindicante, se julgar necessário à instrução do procedimento, ouvir outras testemunhas.

119


QUANTIDADE DE TESTEMUNHAS Ensina Célio Lobão que deve ocorrer tratamento paritário

dos sujeitos parciais do processo penal (Direito Processual Penal Militar. Ed. São Paulo: Método, 2009, p 461).

Excertos de Decisão do STM O tratamento que o CPPM dispensa à acusação e à defesa,

no tocante ao número de testemunhas, é evidentemente discrepante, o que afronta o art. 5º, caput, da Carta Política, levando à conclusão da não-recepção do art. 417, § 2º, do Código de Processo Penal Militar, pela vigente ordem constitucional (HC 33680 RJ 2001.01.033680-0, Relator Ministro FLAVIO FLORES DA CUNHA BIERRENBACH).

120


SUBSTITUIÇÃO DE TESTEMUNHAS SUBSTITUIÇÃO DE TESTEMUNHAS Excerto de Decisão do STFExcerto de Decisão do STF Anulou processo porque, certificado pelo Oficial de

Justiça que as testemunhas não foram encontradas por estarem viajando, assiste ao acusado, ao menos, o direito de substituí-las, o que no caso não ocorreu (HC 68900).

121


IG 10-11 Art. 31. As testemunhas do denunciante ou ofendido serão

ouvidas antes das do sindicado.

122


INVERSÃO DA ORDEM DE OITIVA DE TESTEMUNHAINVERSÃO DA ORDEM DE OITIVA DE TESTEMUNHA Excerto de Decisão do STJExcerto de Decisão do STJ A inversão da ordem de oitiva de testemunhas de defesa e A inversão da ordem de oitiva de testemunhas de defesa e

de acusação, bem como a juntada posterior de de acusação, bem como a juntada posterior de documentos pela Comissão Processante não acarreta a documentos pela Comissão Processante não acarreta a nulidade do Processo Administrativo Disciplinar, se, em nulidade do Processo Administrativo Disciplinar, se, em razão disso, não houver qualquer prejuízo para defesa do razão disso, não houver qualquer prejuízo para defesa do acusado (MS 24487/GO, Rel. Min. Félix Fischer). acusado (MS 24487/GO, Rel. Min. Félix Fischer).

123


IG 10-11 Art. 32. Será admitida a realização de Art. 32. Será admitida a realização de acareaçãoacareação sempre sempre

que houver divergência em declarações prestadas sobre o que houver divergência em declarações prestadas sobre o fato.fato.

Art. 33. O sindicante, ao realizar Art. 33. O sindicante, ao realizar acareaçãoacareação, esclarecerá , esclarecerá aos depoentes os pontos em que divergem.aos depoentes os pontos em que divergem.

Art. 34. Se o sindicado for Art. 34. Se o sindicado for menor de 18 (dezoito) anos,menor de 18 (dezoito) anos, o o sindicante deverá comunicar o fato à autoridade sindicante deverá comunicar o fato à autoridade instauradora, para que seja ouvido com a presença do pai instauradora, para que seja ouvido com a presença do pai ou responsável.ou responsável.

124


IG 10-11 Art. 35. No decorrer da sindicância, se for verificado

algum impedimento, o sindicante levará o fato ao conhecimento da autoridade instauradora para designar, por meio de portaria, novo sindicante para concluí-la.

125

SindicânciaSindicância

IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO (CPPM, Artigos 37 e 38) SUSPEIÇÃO Amigo intimo ou inimigo; ter aconselhado a parte; ter

atuado como defensor em procedimento anterior; ter interesse na causa; estar em litígio ou algum parente com a parte; responder a demanda com objeto semelhante; ter participado da AFDM; Ser credor ou devedor; Ser sócio; etc

126


IG 10-11 Art. 36. A sindicância poderá ser ostensiva ou sigilosa,

conforme o fato em apuração, e deverá ser classificada pela autoridade instauradora.

127


PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS CF, Art. 5º, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos CF, Art. 5º, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos

atos processuais quando a defesa da intimidade ou o atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;interesse social o exigirem;

128


IG 10-11 Art. 37. Os recursos dos militares e os procedimentos

aplicáveis na esfera disciplinar são os prescritos no Regulamento Disciplinar do Exército.

129


RECURSOS Lei 11817/2000, Art. 51, § 1º - Todos os recursos

disciplinares têm efeito suspensivo, ficando sobrestado o recolhimento do militar até que sejam julgados, em última instância administrativa, todos os recursos ao seu alcance.

130


IG 10-11IG 10-11 Art. 38. Integram as presentes Instruções Gerais os Art. 38. Integram as presentes Instruções Gerais os

modelos exemplificativos anexos, que deverão ser modelos exemplificativos anexos, que deverão ser adaptados conforme cada caso.adaptados conforme cada caso.

131

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINARPROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

“ “Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós..." Tiago Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós..." Tiago 4:84:8

Cap VILMARDE BARBOSA DA COSTACap VILMARDE BARBOSA DA COSTAEspecialista em Direito Penal e Processo PenalEspecialista em Direito Penal e Processo PenalProfessor de Direito Penal e Processo Professor de Direito Penal e Processo Administrativo DisciplinarAdministrativo Disciplinar

palestra ig 10 11 bp gd

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