Paolo Barnard

Palestina Israel:10 Respostas Documentadas

Paolo Barnard

Palestina Israel:10 Respostas Documentadas

Traduo e adaptao:

Informao Incorrecta

2015

H mitos duros a morrer.

Este dossier responde a 10 perguntas acerca do relacionamento entre Israel e a Palestina: argumentos normalmente utilizados pela comunicao social ou especialistas com o intuito de defender o terrorismo de Tel Avive e o genocdio do povo palestino.

AVISO:

Mais uma vez bom lembrar: anti-sionismo no significa anti-semitismo.

Os sionistas so a elite criminosa judaica que domina a Palestina e a regio hebraica desde o final de sculo XIX at hoje.

Os semitas so o povo judeu e o povo palestino, pessoas comuns exploradas pela elite sionista.

S os ignorantes, os falsos ou os idiotas apresentam o anti-sionismo como anti-semitismo.

1. Os palestinianos sempre odiaram os judeus que emigraram para as terras hebraicas para escapar perseguio na Europa. Estes sempre foram imediatamente atacados.

Esta uma mentira histrica.

Ao longo de todo o sculo XIX e o incio do sucessivo, os palestinianos receberam com boas-vindas a emigrao judaica europeia, com amizade e at entusiasmo. A tal ponto que as mesmas autoridades religiosas judaicas na Europa assim testemunharam.

O eminente rabino Yosef Tzvi Dushinsky, em 1947, testemunhou perante a Comisso Especial da ONU sobre a Palestina e as suas palavras foram inequvocas:

Nunca houve um momento na imigrao dos judeus ortodoxos da Europa [referindo-se a perodos anteriores ao fenmeno sionista, ndt] em que os rabes resistissem. Pelo contrrio, os judeus eram bem-vindos por causa dos benefcios e do progresso econmico que implicavam pelos habitantes locais, que nunca temeram ser submissos. Era de conhecimento geral que os judeus s vinham por razes religiosas e no tinham dificuldades em estabelecer relaes de confiana e verdadeira amizade com as comunidades locais. (1)

O mesmo tom, muitos anos mais tarde, nas palavras de outro rabino de grande renome, Baruch

Kaplan, conhecido por liderar a Beit Yaakov Girls School em Brooklin (New York, EUA), mas que passou a juventude na escola religiosa Yeshiva de Hebron, na Palestina, durante a dcada dos anos '20:

Os rabes eram sempre muito amigveis e ns judeus compartilhvamos a vida com eles em Hebrom, com relacionamentos de boa amizade. [...] Tenho conhecimento duma carta do Gro-Rabino do Gerrer Hassidim, o polaco Avraham Mordechai Alter, que dizia respeito sua viagem na Terra Santa. O propsito da viagem era compreender que tipo de pessoas eram os palestinianos. Na carta, ele escreveu que os rabes eram um povo amigvel e muito aprecivel. (2)

Declarao da Comisso Shaw, do governo britnico, sobre a violncia entre rabes e sionistas em 1929:

... antes da Grande Guerra (1915-1918), rabes e judeus viviam lado a lado, se no em amizade, pelo menos com tolerncia; [...] nos 80 anos anteriores [antes do fenmeno sionista, ndt] no existem memrias de violentos confrontos. (3)

2. Nunca existiu um verdadeiro povo palestiniano. Eram apenas tribos espalhadas e poucos indivduos que viviam nas terras da Bblia. De facto, um dos histricos fundadores do movimento sionista, Israel Zangwill, declarou no incio do sculo que "a Palestina uma terra sem povo, ns judeus somos um povo sem terra ".

Trata-se duma mentira refutada pelo mesmo movimento sionista europeu.

No 7 Congresso Sionista, em 1905, um dos lderes, Yitzhak Epstein, afirmou:

Sejamos honestos: existe na nossa amada terra de Israel uma nao palestiniana, que vive a h sculos e que nunca pensou em abandon-la." (4)

3. ignbil definir os sionistas, que migraram para a Palestina para escapar da perseguio, agressores coloniais. Era o oposto: os palestinianos desprezavam-nos.

uma mentira. O movimento sionista nasceu racista, violento e abusivo (como hoje). Aps a chegada na Palestina, trataram desde logo os palestinianos como animais, porque eles assim os consideravam. Foram os sionistas a comear violncia e as atrocidades contra os palestinianos.

No princpio do sculo XX, numa troca de cartas entre um fundador do movimento sionista, Chaim

Weizmann (que ser o primeiro presidente de israel, em 1948) e os donos coloniais ingleses, pode ler-se:

Os britnicos disseram-nos que na Palestina h alguns milhares de negros (Kushim) que no valem nada. (5)

Mas acima de tudo: o mais famoso sionista humanista, Ahad Ha'am, lanou um aviso contra

a violao dos direitos dos palestinianos por parte dos sionistas, j em 1891:

E o que est a fazer o nosso povo na Palestina? Eram escravos nas terras da dispora e, de repente, encontraram-se com uma liberdade sem limites, e essa mudana tem despertado neles uma inclinao para o despotismo. Tratam os rabes com hostilidade e crueldade, negam os direitos deles, ofendem-nos sem motivo, e at mesmo se vangloriam desses actos. E ningum entre ns se ope a essas tendncias desprezveis e perigosas. (6)

Passaram mais de 100 anos e a situao no mudou, bem pelo contrrio.

4. Os anti-semitas atiraram-se contra o povo judeu em fuga desesperada dos horrores do

Holocausto, enquanto estes apenas procuravam refgio na Terra Prometida.

Esta uma mentira. histrica. Ao longo de quase 50 anos antes do Holocausto, os sionistas que emigravam para a Palestina atacavam os palestinianos e planeavam os detalhes da limpeza tnica na regio com mtodos violentos e terroristas. Isso j 50 anos antes de Hitler.

O pai do movimento sionista, Theodore Herzl, morreu em 1904. Pouco antes tinha afirmado:

Vamos tentar empurrar a populao (palestiniana) para a misria, para alm das fronteiras, procurando-lhe emprego nas outras naes, enquanto vamos negar-lhe qualquer trabalho na nossa terra [...] Tanto o processo de expropriao quanto a expulso dos pobres devem ser realizados discretamente e secretamente. (7)

Outra importante personalidade sionista do final de '800, Leo Motzkin, decretou:

A colonizao da Palestina faz-se colonizando o Israel bblico e deportando os palestinianos para outros lugares. (8)

bvio, portanto, que a limpeza tnica dos palestinianos tinha sido projectada 50 anos antes do Holocausto. Mas mesmo nas dcadas seguintes o racismo e a limpeza tnica contra os palestinianos permaneceram prioridades judaicas. No final dos anos '30, o lder sionista Yossef

Weitz tinha antecipado os protocolos nazistas de Wannsee com os "Registos das aldeias", onde estavam listadas todas as famlias palestinianas para serem deportadas com a fora. (9)

Efraim Katzir, que sucessivamente ser o quarto presidente de Israel entre 1973 e 1978, trabalhou num laboratrio para encontrar um veneno que pudesse cegar os palestinianos. O lder histrico sionista Ben Gurion tinha elaborado o plano Dalet para a completa limpeza tnica da Palestina antes da chegada dos refugiados hebraicos dos campos da Alemanha nazista. No seu dirio, Gurion escrevia:

Precisamos duma reao brutal. Devemos ser especficos sobre os que atingimos. Se acusarmos uma famlia palestiniana no tem que se distinguir entre culpados e inocentes. Precisamos de aleija-los sem piedade, caso contrrio no seriam medidas eficazes. (10)

A violncia sionista contra os civis palestinianos j no sculo XIX, o sadismo da limpeza tnica, os massacres de mulheres e crianas (documentados pelo historiador hebraico Benni Morris), a tortura de prisioneiros (tudo antes do Holocausto) levaram um ministro do primeiro governo de Israel, Aharon Cizling, a declarar em 1948:

Agora os judeus tambm se comportaram como nazistas, e estou chocado. (11)

5. E ento a agresso rabe contra os judeus em 1948? Todos os pases rabes perto da Palestina tentaram exterminar os judeus, que felizmente venceram a guerra, caso contrrio teria sido um outro Holocausto. Na verdade, os lderes rabes exortavam atravs da rdio palestiniana os civis a abandonar as suas aldeias para permitir o extermnio dos judeus. Os palestinianos afastaram-se voluntariamente.

Esta uma mentira, boa parte da qual foi "construda" na poca.

Alm de ser obrigatrio considerar a violncia perpetrada pelos sionistas desde o sculo anterior, como vimos, a "guerra" de 1948 foi uma total encenao organizada de modo que os sionistas ganhassem graas a acordos secretos entre Ben Gurion e o Rei da Transjordnia, Abdullah. As alegadas exortaes por rdio so um falso histrico, inventado pelos sionistas.

O comandante das tropas rabes, um funcionrio anglo-rabe de nome Glubb Pasha, escreveu nas suas memrias que a guerra de 1948 foi uma "guerra falsa" porque o lder sionista Ben Gurion j tinha secretamente assinado um acordo com o Rei da Transjordnia, Abdullah, para fingir uma luta que tinha como objectivo dividir a Palestina. Abdullah controlava as nicas tropas que poderiam ter preocupado os sionistas na altura, o resto nem podem ser considerados verdadeiros exrcitos, sem treino e com armas do sculo anterior. Metade dos egpcios pertenciam Irmandade Muulmana (perto do Rei Abdullah); os libaneses nunca lutaram; os srios estavam armados mas eram poucos; os iraquianos estavam sob as ordens do mesmo Abdullah.

Ben Gurion, durante a "guerra" de 1948, escreveu para o exrcito Hagana (que depois tornar-se- as foras armadas de Israel):

Mantenham as melhores tropas para a limpeza tnica da Palestina, de acordo com o Plano Dalet. (12)

E falando das transmisses de rdio, estas foram negadas pela BBC de Londres que acompanhava de perto todas as comunicaes no Oriente Mdio em 1948 (e que podem ser encontradas transcritas no Museu Britnico). Nelas no h qualquer vestgio de uma nica ordem de evacuao por

qualquer rdio rabe dentro ou fora da Palestina; pelo contrrio, h apelos aos civis palestinianos para permanecer a proteger as suas casas. Em 1948, a limpeza tnica sionista j tinha expulsado 750.000 palestinianos, todos civis. (13)

6. Novamente, na Guerra dos Seis Dias de 1967 os rabes tentaram exterminar os hebreus

que, com uma prova de herosmo militar, foram capazes de prevenir um outro Holocausto.

Esta verso uma farsa, vergonhosamente destruda pelos documentos secretos da CIA. No apenas os israelitas no correram qualquer perigo real na chamada Guerra dos Seis Dias, como at os rabes tentaram de tudo para no lutar e foram ignorados por Tel Aviv e os EUA. O governo de Israel em vez aterrorizou a populao judaica na poca, sabendo muito bem que iria atacar primeiro e teria ganho.

A verdade foi revelada em 2005 por documentos secretos desclassificados do governo dos EUA

(Biblioteca do Presidente Johnson), ou seja: a prova de que foi Israel a agredir os rabes e no o

contrrio. (14)

Os israelitas sabiam muito bem que iriam destruir os exrcitos rabes de forma bastante rpida. A CIA estava perfeitamente tranquila neste aspecto e nem foi obrigada a prestar qualquer tipo de ajuda militar especial para Israel, porque sabia que este teria aniquilado os rabes. Quando o chefe do Mossad (o servio secreto de Israel.), Meir Amit, no dia 03 Junho de 1967 se encontrou com o ministro da Defesa McNamara no Pentgono, recebeu esta pergunta: "Quanto tempo esta guerra?" e Amit respondeu: "Vai durar sete dias ". Ele afirmou isso no dia 03 de Junho, isso , dois dias antes que a guerra iniciasse; Israel sabia antes da ecloso do conflito quanto tempo este teria durado. (15)

Segundo a narrativa oficial, Nasser (o presidente egpcio) tinha assinado um acordo com alguns Pases rabes (Sria, Jordnia, etc.) com o objectivo de atacar Israel. Mas Nasser tentou desesperadamente estabelecer contactos com os britnicos e os americanos para evitar a guerra. Enquanto Meir Amit estava em Washington para declarar ao governo americano que Israel teria atacado com antecedncia e que teriam destrudo os rabes em sete dias, Nasser enviava Zakariya Mohieddin, seu ministro das Relaes Exteriores, em Washington para tentar negociar a paz. Mas na altura em que Mohieddin estava prestes a sair para os EUA, Israel atacou o Egipto e destruiu o seu exrcito. (16)

Muito anos mais tarde, o primeiro-ministro israelita Menachem Begin confessou que o ataque dos rabeas foi um falso:

Em Junho de 1967 novamente nos deparamos com uma escolha. A armada egpcia no Sinai no era a prova que Nasser teria atacado. Temos de ser honestos com ns mesmos. Ns decidimos ataca-lo. (17)

A imagem de Israel como constante vtima das agresses rabes nasce duma historiografia oportunamente distorcida: a elite militar sionista precisa de falsas agresses rabes para expandir-se assim como precisa da ameaa rabe para manter-se no poder.

7. Foi a Palestina que recusou o plano de paz da Resoluo 181 da ONU em 1947. Desde ento sempre recusou a paz.

exactamente o contrrio. Os sionistas rejeitam as tentativas de paz pois a liderana sionista

sobreviveu at hoje s por causa da estratgia de tenso que criaram com a violncia.

O plano de paz de 1947, a Resoluo 181 da ONU, teria entregue aos judeus 56% da terra e isso enquanto estes eram a minoria absoluta. O Negev teria passado para Israel com 600 residentes judeus e 90.000 rabes; o nico porto comercial vivel, Haifa, para os judeus; 86% das terras frteis, laranjeiras, oliveiras e trigo, para os judeus; aos palestinianos teriam sido negados "corredores" com a Sria, onde existem as fontes de gua. Aos palestinianos foi proposta uma soluo absurda, que era impossvel de aceitar. (18)

Lord Alan Cunningham, o ltimo Alto Comissrio britnico na Palestina, escreveu ao lder supremo

sionista, Ben Gurion, em Maro de 1948 que "os palestinianos so calmos e razoveis, vocs sionistas fazem tudo para provocar a violncia". (19)

O diplomata americano Mark Ethridge, enviado para a Conferncia de Paz de Lausanne, em 1949, declarou: "Se ns no chegarmos paz primariamente por culpa de Israel". (20)

Em 1971, o presidente egpcio Sadat tinha oferecido a paz a Israel em troca do Sinai ocupado ilegalmente. Tel Aviv reagiu enviando Ariel Sharon a fazer a limpeza tnica no Sinai, onde Sharon provocou massacres horrendos condenados pela ONU e que desencadearam a Guerra do Yom Kippur em 1973. (21)

A invaso israelita do Lbano, em 1982 (19.000 civis rabes mortos), no foi causada por ameaas contra Israel, aconteceu o exacto contrrio. Um eminente historiador israelita escreveu:

Israel enfrentou um srio problema em 1982: a oferta de paz da OLP de Arafat. (22)

Bastante claro...

Arafat e a sua Autoridade Palestiniana fizeram tudo para travar os extremistas islmicos, at o ponto que o chefe dos servios secretos de Israel (Shab'ak), Ami Ayalon, disse ao governo de Tel Aviv:

Arafat est a fazer um grande trabalho, atirou-se de corpo e alma contra os terroristas. (23)

A maior oportunidade para a paz foi a reunio em Camp David, em Julho de 2000, com Clinton,

Arafat e o primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak. A imprensa mundial informou que foi Arafat a rejeitar o acordo de paz, mas isso falso: foi o oposto.

Aos palestinianos no foi apresentada nenhuma proposta escrita, foi-lhes pedido para abdicar de 9% das terras em troca de 1%, foi negada qualquer discusso sobre o regresso dos refugiados expulsos pela limpeza tnica pre-1948 (como consagrado pela resoluo n 194 da ONU) e no receberam indicaes sobre como dividir Jerusalm. Aceitar o qu? (24)

Est provado que, enquanto oficialmente rezava a paz, Israel secretamente planeava a limpeza tnica da Palestina, o assassinato de Arafat e uma guerra civil. Foram descobertos cinco planos secretos da Defesa de Israel para estes fins:

1996: Plano Field of Thorns; 2000: 2 Plano Field of Thorns; 2001: Plano Dagan; 2001: Plano Shaul Mofaz; 2002: Plano Eitam. (25)

Em 2003, os EUA propuseram a paz no documento The Road Map, que decretava tambm que Israel cessasse toda a violncia contra os civis palestinianos. Os palestinianos aceitaram e declararam um cessar-fogo. Tel Aviv apresentou 14 alteraes proposta que, de facto, ficou destruda. Mas no s: Ariel Sharon intensificou os assassinatos de suspeitos (mas no processados) membros de Hamas, muitas vezes matando tambm esposas e filhos e, obviamente, exacerbando as tenses. (26)

Os cessar-fogos de Hamas foram quase sempre violados por Israel, a tal ponto que em 2006, numa conversa secreta entre os lderes do Hamas em Gaza e Damasco, estes afirmaram "No temos recebido nenhum benefcio dos nossos cessar-fogos por um ano inteiro, Israel continuou a violncia

contra civis, e estamos a perder a reputao com os civis palestinianos." (27)

No famoso sequestro do soldado israelita Gilad Shalit, perpetrado por Hamas, omitida a

verdade inconveniente: no dia anterior Israel tinha sequestrado dois mdicos palestinianos, sem qualquer mandato legal. Nunca foram processados, simplesmente desapareceram. (28)

Num artigo do Washington Post, em Julho de 2006, o lder de Hamas, Ismail Haniyeh,

reconheceu definitivamente o direito de Israel em existir, assim como a paz entre "todos os povos semitas da rea". Fez isso apesar de saber que quando Arafat tinha reconhecido Israel, em 1993, no

conseguiu absolutamente nada, s violncia. Tel Aviv ignorou a oferta de Haniyeh. (29)

Em 2007, os Estados Unidos ofereceram o tratado de paz de Annapolis. Mas, dado que o texto da Casa Branca continha a frase "acabar com o terrorismo palestiniano e israelita", Israel

boicotou o negociado. (30)

Mesmo do interior das foras militares de Israel chega a admisso de que Tel Aviv a boicotar a paz. O ex-chefe do Mossad, Efraim Halevy, declarou em 2009:

Se Israel realmente quisesse eliminar a ameaa dos foguetes de Hamas, deveria permitir que os civis de Gaza sobrevivessem, permitindo-lhes receber os bens vitais atravs da fronteira com o Egipto, no estrangul-los fome. Isso garantiria a paz em Israel durante dcadas. (31)

Robert Pastor, professor da American University, era um enviado do ex-presidente americano Jimmy

Carter nos territrios ocupados, ou seja, a Cisjordnia e Gaza. As suas palavras so explcitas, Israel que boicota a paz:

Hamas tinha parado o lanamento de foguetes, desde Junho at Novembro de 2008, mas Tel Aviv no s renegou a promessa de abrandar o estrangulamento da populao civil de Gaza com alimentos, medicamentos, e gua, mas bombardeou um tnel do desespero, aqueles que fazem passar algumas coisas do Egipto para os palestinianos [...] Comuniquei claramente ao governo israelita que Hamas teria prorrogado o cessar-fogo se o cerco de Gaza fosse abrandado, ignorou-me completamente. (32)

Escreve o lendrio reprter investigativo americano Symour Hersh:

O ataque a Gaza [em 2008, ndt] por Israel e os massacres que se seguiram, aconteceram quando o governo turco tinha conseguido mediar com os diplomatas em Tel Aviv um completo acordo para a retirada israelita do Gol, ilegalmente ocupado por Israel. Mas bvio que o ataque a Gaza destruiu toda a mediao. No uma coincidncia. (33)

O Huffington Post escreve:

O cessar-fogo de Hamas em 2008, foi realizado muito bem. Foi Israel que matou primeiro, em 4 de Novembro. Ento um ataque areo israelita matou seis outros palestiniano, apesar do cessar-fogo [...] Ns fizemos uma pesquisa sria sobre quem, entre Israel e Hamas tivesse quebrado vrias vezes um cessar-fogo em quase 10 anos, com a ajuda da organizao israelita B'Tselem. sem dvida Israel que mata primeiro durante um cessar-fogo em 78% dos casos. Hamas violou a trgua apenas em 8% dos casos. Mas se falarmos de trguas longas, de mais de 9 dias, Israel violou em 100% dos casos. (34)

Tudo isso sem esquecer que, mesmo em tempos de cessar-fogo, Israel continua a sua poltica de limpeza tnica contra os palestinianos, contra o seu direito de comer, com raptos de crianas que desaparecem e tortura de prisioneiros sem julgamento.

8. Israel o nico Estado democrtico na regio, vergonhoso chama-lo um Estado

racista.

O racismo era e a alma de todo o movimento sionista. Hoje Israel o nico Estado moderno que mantm um sistema de apartheid feroz contra os palestinianos, to revoltante ao ponto de ser condenado em todo o mundo. A democracia de Israel respeita s a populao judaica, e nem toda.

Os incio do sculo XX j foram mencionados no incio deste dossier. Poucos sabem que as leis promulgadas nas dcadas seguintes pelo Jewish National Fund acerca das terras da Palestina por eles ocupadas determinam que 90% da terra reservada aos judeus; os palestinianos esto proibidos de alugar ou comprar aquelas terras que antes (d coloizao sionista) eram deles. Em 2003, o Instituto Israeliano para a Democracia Israel fez uma pesquisa entre os judeus e estes foram os resultados:

53% afirmaram que os palestinianos no tm direito de igualdade cvica com os judeus 57% disseram que os palestinianos deveriam ser simplesmente expulsos com a fora.

O Comit da ONU sobre os Direitos Econmicos, Sociais e Culturais, denunciou em termos trgicos a falta de democracia em Israel: tambm os cidados israelitas de origem rabe esto excludos da residncia em 93% das terras; esto excludos da maioria dos sindicatos, servios pblicos (tais como gua, electricidade, habitao, sade) e so relegados para as escolas piores; os seus salrios so sempre inferiores aos dos judeus. Por fim, afiram o relatrio da ONU, o tratamento reservados aos beduno fica no limite dos crimes contra a humanidade. (36)

No muito "democrtica" a declarao do ex-primeiro-ministro israelita Ariel Sharon, efectuada perante a imprensa europeia:

No h nenhum Estado judeu sem a expulso dos palestinianos e a expropriao das suas terras. (37)

No mnimo chocante foi a declarao oficial escrita por um jurista sul-Africano, o Prof. John Dugard, especialista do Apartheid, enviado pela ONU nos territrios ocupados e tambm em Israel:

As leis e as aces de Israel nos Territrios Ocupado certamente reflectem partes do Apartheid na frica do Sul [...] possvel negar que o objectivo destas aces e de tais leis manter a dominao de uma raa (judeus) sobre outra raa (palestinianos) para esmag-los sistematicamente? (38)

Israel tambm tolera entre os partidos do Parlamento o National Union Party, que invoca abertamente a destruio da populao palestiniana e nega-lhe o direito de existir, enquanto Hamas, como mostrado acima, j reconheceu o direito de Israel de existir, oficialmente. Israel o nico Pas

do mundo onde, em 1995, o governo introduziu o conceito de "grupos populacionais", distinguindo o grupo "judeus e outros" do grupo "rabes". O primeiro inclui judeus e cristos no-rabes, o segundo muulmanos e cristos rabes. O nico outro Estado no mundo que tinha um distino parecida era o Ruanda sectrio (mas hoje j no tem). (39)

Pior: um representante do partido israelita Jewish Home, Ayelet Shaked, e um acadmico israelita, Mordechai Kedar, da Universidade Bar Ilan (Israel), escreveram que as famlias (isso : crianas, esposas, avs...) dos "terroristas" de Hamas "devem ser exterminados" e que as suas irms e mes "devem ser estupradas".

Finalmente, para aqueles que no tiverem a certeza sobre o racismo obsceno de Israel possvel ler quanto publicado pelo Prof. Joel Beinin, que ocupa o cargo de Donald J. McLachlan Professor of History na Stanford University (USA), no ensaio intitulado "O racismo o pilar da operao Protective Edge de Israel". (40)

Apartheid, racismo e discriminao no so as marcas duma Democracia.

9. Israel um Estado de paz, constantemente ameaado pelo terrorismo palestiniano e com o direito de se defender. No possvel definir Israel como "terrorista".

Esta frase seria perfeitamente e historicamente correcta, mas precisa inverte-la de 180 graus: a Palestina era uma nao pacfica, ameaadas h mais de 100 anos pelo terrorismo sionista, e que tem o direito de se defender. O facto trgico que a opinio pblica ocidental nada sabe sobre os 60 anos de atrocidades sionistas contra os palestinianos: 60 anos que precedem o nascimento do terrorismo palestiniano, 60 anos de exasperao, massacres, limpeza tnica, estupros, perseguio e tortura sionista.

OLP, Hamas e os grupos armados palestinianos chegaram a utilizar a violncia s depois de 60 anos de horrores sofridos entre a indiferena do mundo. Deles no e nunca foi o terrorismo. Foi e a reaco, coisa imensamente diferente. O verdadeiro grande terrorista era e ainda o sionismo de Israel. Note-se que o primeiro ataque suicida palestiniano contra Israel teve lugar em 1994,

exatamente aps um sculo de terror sionista.

Dos arquivos do governo colonial britnico:

Durante os anos da Segunda Guerra Mundial o uso do terrorismo pelos sionistas descrito num documento oficial do governo britnico de ento. (41)

O ministro britnico para o Oriente Mdio, Lord Moyne, assassinado por dois membros do grupo judaico Stern, no Cairo. As aes terroristas dos grupos judaicos Irgun e Stern foram condenadas pelo porta-voz da comunidade judaica. (42)

Em 22 de Julho de 1946, a campanha realizada pelas organizaes terroristas sionistas atingiu novos nveis, com uma exploso que destruiu uma ala do Hotel King David em Jerusalm, que

continha os escritrios da secretaria do governo britnico e o quartel geral britnico, matando

86 colaboradores, rabes, judeus e britnicos, e 5 transeuntes [58 is feridos, ndt]. (43)

Esta campanha terrorista contra os rabes palestinianos e contra os britnicos atingiu tais

propores que Churchill, um forte defensor dos sionista, disse Cmara dos Comuns:

Se os nossos sonhos para o sionismo tm que acabar no fumo das pistolas dos assassinos e se os nossos esforos para o futuro do sionismo devem produzir um novo grupo de criminosos dignos da Alemanha Nazista, muitos como eu tero de reconsiderar as posies mantidas por tanto tempo. (44)

A comunidade judaica da Palestina ainda se recusa publicamente a ajudar a Administrao (ONU) para suprimir o terrorismo sionista. Um dos actos mais sangrentos do terrorismo [sionista, ndt] contra a populao civil [palestiniana, ndt] foi registado em Abril de 1948, em Deir Yassin, uma aldeia palestiniana perto de Jerusalm. Um ex-governador militar israelita de Jerusalm confessou: "Em 9 de Abril sofremos uma derrota moral, quando duas gangues [sionistas, ndt] lanaram um ataque no provocado contra a aldeia de Deir Yassin. Era uma pacata vila, que no tinha ajudado as tropas rabes ao longo da fronteira e que nunca tinha atacado as reas judaicas. A quadrilha [sionista, ndt] tinha-a escolhido apenas por razes polticas. Foi um acto de puro terrorismo. s mulheres e s crianas no foi dado o tempo para fugir e muitos deles estavam entre as 254 vtimas do assassinato". (45)

Em 1948 os judeus no foram apenas capazes de defender-se, mas tambm de cometer atrocidades em massa sobre os civis palestinianos. De acordo com o ex-director dos arquivos do exrcito israelita: "Em quase todas as aldeias ocupadas por ns durante a Guerra da Independncia, foram cometidos actos que so definidos como crimes de guerra, tais como assassinatos, massacres e estupros.

Uri Milstein, uma autoridade no ambito da historiografia militar israelita, vai ainda mais longe, afirmando que "cada pequeno choque terminava num massacre dos rabes". (46)

Folke Bernadotte [que salvou os judeus do Holocausto, nda] foi nomeado mediador na Palestina pela Assemblia Geral da ONU, mas antes que a ONU pudesse considerar as suas observaes no terreno, foi assassinado pela quadrilha [sionista, ndt] Stern. (47)

Em 1953, a Resoluo 101 condenava os massacres terroristas da conhecida Unidade 101 israelita, comandada por Ariel Sharon, o futuro primeiro-ministro, responsvel pelo massacre de Qibya em

West Bank no dia 14 de Outubro de 1953. Sharon, naquela ocasio, fez explodir 45 prdios, matando

69 civis rabes, metade dos quais eram mulheres e crianas. (48)

Desde a proclamao do Estado de Israel (14 de Maio de 1948) e durante as sucessivas trs dcadas, o terrorismo israelita focaliza-se em particular nos territrios ocupados com uma srie de actos

criminosos contra a populao civil palestiniana, ao ponto de exigir a interveno indignada da ONU, em 1977, cuja condenando clara:

A Assembleia condena as seguintes polticas e prticas de Israel:

[...]

c) A evacuao, deportao, expulso e transferncia dos habitantes rabes dos territrios ocupados e a negao do direito ao regresso.

d) A expropriao e o confisco de propriedades rabes nos territrios ocupados

e) A destruio e a demolies de casas

f) As prises em massa e os maus tratos da populao rabe

g) Os maus-tratos e a tortura dos presos [...] que so considerados crimes de guerra e uma afronta humanidade. (49)

Em 1981, o ento primeiro-ministro Menachem Begin admite a destruio voluntria de infra-estruturas civis palestinianas por parte do exrcito de Tel Aviv, com relativas vtimas:

Houve repetidas represlias contra populaes civis rabes; a aviao os tem atingidos; os danos foram focados em estruturas como canais, pontes e transporte. (50)

O ex-embaixador israelita ONU Abba Eban comentou pouco depois aquelas palavras:

O retrato que emerge o dum Israel que inflige descontroladamente cada possvel horror de morte e angstia sobre as populaes civis palestinianas, numa atmosfera que lembra-nos regimes que nem eu nem o Sr. Begin ousamos mencionar pelo nome". (51)

Em 1982, Israel invadiu o Lbano novamente; o ministro da Defesa era Ariel Sharon. Um dos crimes de guerra e actos terroristas mais atrozes dos ltimos 50 anos aconteceu sob o controle dele: foi o massacre de civis palestinianos em Sabra e Chatila, cujo autores foram as milcias falangistas libaneses sob o completo controle israelita.

O 15 de Setembro de 1982, Bashir Gemayel, presidente do Lbano, foi assassinado. No mesmo dia, as foras israelitas avanaram em Beirute Ocidental. Em 17 de Setembro chegaram notcias de que grupos armados tinham invadidos os campos de refugiados de Sabra e Shatila, em Beirute Ocidental e que estavam a massacrar a populao civil. Em 18 de Setembro foi confirmado que um terrvel massacre tinha sido realizado. Centenas de cadveres de homens, mulheres e crianas foram descobertos, alguns mutilados, outros aparentemente morto enquanto tentavam escapar; muitas casas foram destrudas com no interior os ocupantes.

A cumplicidade israelita no crime est documentado alm de qualquer possvel dvida. A comisso de inqurito do governo israelita, a Comisso Kahan, no seu relatrio de 8 de Fevereiro de 1983

afirma que:

Menachem Begin [o ento primeiro-ministro de Israel, ndt] foi responsvel [...] Ariel Sharon foi responsvel [...] A nossa concluso que o Ministro da Defesa [Sharon, ndt] pessoalmente responsvel. (52)

A invaso israelita do Lbano, em 1982, custou a vida de cerca de 19 mil civis (mais de seis vezes os mortos do 11 de Setembro), exterminados pelo bombardeamentos indiscriminados das foras "de defesa" de Israel em reas residenciais. No s o terrorismo, mas verdadeiros crimes de guerra. (53)

Em 1988, em plena Intifada na Palestina, a Comisso das Naes Unidas sobre os Direitos Humanos votou uma resoluo denunciando o terrorismo de Israel:

Na resoluo 1.988 / 1A, a Comisso reitera a sua condenao das polticas israelenses de violncia nos Territrios Ocupado, onde so quebrados os ossos de crianas, mulheres e homens, e onde as mulheres abortam por causa dos espancamentos. (54)

A destruio arbitrria de casas de civis palestinianos, dos seus campos e dos seus meios de

subsistncia por parte das foras israelitas nos territrios ocupados uma das mais odiosas prticas terroristas documentadas, parte do plano de limpeza tnica. Teve incio a partir de 1967 e destina-se a ser uma "punio coletiva" dos palestinianos, sem julgamento, sem qualquer possibilidade de defesa.

Em 1999, Amnesty Internacional publicou um relatrio onde a dureza da sentena clara:

Desde 1967, ano da ocupao israelita da Cisjordnia, Jerusalm Oriental e Gaza, milhares de casas palestinianas foram destrudas [...] Trata-se de casas mobiladas, muitas vezes ocupadas por vrias famlias com muitas crianas, s quais muitas vezes so dados apenas 15 minutos para recolher as suas coisas e ir-se embora. Os palestinianos so atingidos por nenhuma razo, alm pelo facto de ser palestinianos. (55)

Um dos mais grave actos terroristas israelita, em violao de todas as normas morais e legais internacionais, o indiscriminado ataco armado contra mdicos e operadores paramdicos que ajudam os civis palestinianos e os e militares feridos durante os confrontos. Tambm este indizvel

prtica documentada para alm de qualquer dvida.

As Foras de Defesa de Israel atiraram contra veculos que tentavam chegar aos hospitais, resultando em mortes e ferimentos. Mdicos e funcionrios paramdicos foram mortos por golpes de armas de fogos enquanto viajavam em ambulncias, em clara violao do direito internacional. (56)

Esta prtica desprezvel continua hoje.

Israel lana ataques em Gaza com o pretexto de defender-se contra os foguetes de Hamas. Mas os chamados "msseis" de Hamas so tubos rudimentares cujo potencial letal mnimo. Em 14 anos de

aplicao, estes "msseis" mataram entre 33 e 50 civis israelitas: em apenas seis anos, Israel matou um total de 2.221 civis palestinianos. Somente na Operao Chumbo Fundido (2008), os bombardeamentos indiscriminados sobre Gaza mataram 759 civis, incluindo 344 crianas e 110 mulheres.

Na Operao Escudo de Proteo, em Julho de 2014, Israel matou 1.462 civis palestinianos, dos quais 495 eram crianas e 253 mulheres. (59)

Quem tem mais direito de se defender depois de um sculo de horrores sionistas?

10. H indivduos amigos de Hamas ou activistas pr Palestina que acusam os sionistas (passados e presentes) de ser agressores neonazistas. Este absurdo seria suficiente para acabar com o assunto.

O primeiro que definiu "nazistas" os sionistas foi um grande amigo dos sionistas, o ultra conservador Winston Churchill, que numa reunio de Gabinete em Londres apelidou o exrcito sionista "uma nova espcie de gangsters dignos da Alemanha nazista." (60)

Durante o mesmo perodo, em 1948, Albert Einstein e Hannah Arendt escreveram no New York Times um veemente protesto contra a brutal ferocidade sionista, chamando-a de "semelhante em organizao e mtodos aos Partidos nazistas e fascistas". (61)

No mesmo ano, foi um ministro do primeiro governo do Estado de Israel, Aharon Cizling a declarar: "Agora judeus tambm se comportaram como Nazis, e eu estou chocado". (62)

Escreve o professor norte-americano de cincia poltica (e judeu) Norman Finkelstein:

Para suprimir a resistncia palestiniana, um alto funcionrio israelita apelou ao exrcito para analisar e implementar as lies sobre como o exrcito alemo lutou no Gueto de Varsvia.

O mesmo Finkelstein, filho de vtimas do Holocausto, escreve de forma sucinta:

Mas se os israelitas no querem ser acusados de ser como os nazistas, devem simplesmente parar de agir como nazistas. (63)

Notas:

(1) The U.N. Special Committee on Palestine: Statement by Chief Rabbi Yosef Tzvi Dushinsky, July 16, 1947, United Nations Trusteeship Library.

(2) Neturei Karta: Interview with Rabbi Baruch Kaplan, 2003. Publicao de alguns trechos transcritos duma entrevista gravada com Kaplan vinte anos antes.

(3) ONU: A questo palestiniana. Report of the Commission on the Palestine Disturbances of August 1929, Cmd.3530 (1930), p. 150.

(4) 7 Congresso Sionista de 1905, transcrio das intervenes.

(5) Nur-eldeen Masalha, Towards the Palestinian Refugees, 08/2000

(6) ONU: A questo palestiniana, Kohn, Hans, Ahad Haam: Nationalists with a difference, in Smith, Gary (ed.), Zionism: the Dream and the Reality (New York, Harper and Row, 1974)

(7) ONU: A questo palestiniana. Herzl, Theodor, The complete diaries (N.Y. Herzl Press,

1969) vol. I, p. 88.

(8) Sefer Motzkin, ed. Alex Bein, Jerusalem, 1939

(9) ONU: A questo palestiniana. British Government, survey of Palestine. - The Ethnic Cleansing

of Palestine, by Ilan Pappe, 2007, Kindle Edition - Ben Gurions Diary, 1 Jan. 1948

(10) The Ethnic Cleansing of Palestine, by Ilan Pappe, 2007, Kindle Edition - Ben Gurions Diary, 1

Jan. 1948

(11) Transcrio da reunio israelita de 17 de Novembro de 1948, arquivos do Kibbutz Meuhad, citada por David McDowall, Palestine and Israel, I.B. Tauris & Co Ltd, 1989, p. 195.

(12) The Ethnic Cleansing of Palestine, by Ilan Pappe, 2007, Kindle Edition

(13) Ibidem

(14) Office of National Estimates, Appraisal of an estimate of the Arab-Israeli Crisis by the Israeli

Intelligence Service, 25 May 1967,FRUS, 19641968, XIX, doc. 61; Freshwater, 34; Helms, A

Look Over My Shoulder, 299.

(15) Helms, A Look Over My Shoulder, 299300; Michael B. Oren, Six Days of War: June 1967 and

the Making of the Middle East (New York: Oxford University Press, 2002), 146, citing interview

with and writings of Meir Amit; Meir Amit quoted inThe Six-Day War: A Retrospective, ed.

Richard B. Parker (Gainesville: University Press of Florida, 1996), 136, 139; Ian Black and Benny

Morris, Israel's Secret Wars: A History of Israel's Intelligence Services (New York: Grove

Weidenfeld, 1991), 22022;

(16) Nolte reported in telegram 8471 from Cairo, June 4, that the Embassy had informed Riad of the

contents of telegram 207861 to Cairo (see footnote 2, Document 134), and that he planned to take

up the subject of Mohieddin's visit with Nasser when presenting his credentials on June 5. (National

Archives and Records Administration, RG 59, Central Files 1967-69, POL ARAB-ISR) Rusk

responded to the latter point in telegram 207994, June 4, which reads in part: "The great value of

Mohieddin's visit is opportunity for private discussions. The less said about it the better." (Johnson

Library, National Security File, Country File, Middle East Crisis, Anderson Cables)

(17) New York Times, 21 Agosto, 1982.

(18) Plano de paz de 1947, resoluo da ONU 181

(19) ONU: A questo palestiniana. British Government, survey of Palestine.

(20) FRUS, Ethridge, US delegate at Laussanne, Top Secret, Paris, Paris June 12, 1949, pp.1124-25

(21) Haaretz, Oct. 6, 2006, Danny Yatom and Moshe Amirav

(22) Avner Yaniv, Political Science Professor, Univ. of Haifa

(23) Do dirio israelita Haaretz, 6 de Abril de 1998.

(24) Paolo Barnard: Entrevista com Robert Malley do International Crisis Group gravada em Washington pouco antes da morte de Yasser Arafat.

(25) Asa primeiras revelaes acerca do plano Fields of Thorns foram publicadas por Amir Oren no dirio israelita Haaretz de 23 de Novembro de 2001. Alguns trechos do plano de 15 de Outubro de 2000 foram publicados em 6 de Julho de 2001 no Maariv. Para a cronologia dos ataques terroristas palestinianos:

- Israel Ministry of Foreign Affairs, Suicide and Other Bombing Attacks in Israel Since the Declaration of Principles 1993 (publ. 2005)

- Amos Harel, Rightist ex general propose massive invasion of territories, Haaretz daily, 31 de Janeiro de 2002.

(26) Noam Chomsky, Confrontation with Hamas and Hezbollah, July 29, 2006. Israeli Cabinet

Statement on Road Map, July 9, 2004

(27) Seymour Hersh, The New Yorker, August 16, 2006

(28) Gideon Levy, A Black Flag, Haaretz, July 2, 2006; Christopher Gunness, Statements by the

United Nations Agencies Working in the Occupied Palestinian Territory, July 8, 2006; Amnesty

International press release, Israel/Occupied Territories: Deliberate Attacks a War Crime, AI

Index: MDE 15/061/2006 (Public), News Service No. 169, June 30, 2006. - Noam Chomsky,

Confrontation with Hamas and Hezbollah, July 29, 2006. Israeli Cabinet Statement on Road Map,

July 9, 2004

(29) Aggression under false pretenses, The Washington Post, July 11, 2006

(30) Annapolis Agrrement: full text, US Department of State, Novembre 2007

(31) Counter Terrorism and State Political Violence, Critical Terrorism Studies, Scott Poynting &

David Whyte

(32) Democracy Now: January 22, 2009, Ex-Carter Admin Official: Israel Ignored Hamas Offer

Days Before Attacking Gaza; Violated Ceasefire with Attacks, Blockade

(33) Seymour Hersh: The New Yorker, 31/3/2009

(34) Huffington Post, Nancy Kanwisher, Reigniting Violence: How do ceasefires end? 2012

(35) Ur Shlonsky, Zionist Ideology, the Non-Jews and the State of Israel, July 24, 2002 Israeli

Democracy Institute, May 2003 Report

(36) UN Committee on Economic Social Cultural Rights, 23 May 2003

(37) Agence France Press, Nov. 1998

(38) Prof. John Dugard, Relatrio Special Rapporteur on Human Right in Palestina para a ONU,

2007

(39) Steven Zunes, Asia Times, The Rise and Rise of Hamas, July 7, 2007 - Ur Shlonsky, Zionist

Ideology, the Non-Jews and the State of Israel, July 24, 2002

(40) Haaretz, 22 de Julho de 2014 - Joel Beinin, Donald J. McLachlan Professor of History Stanford

University USA, Racism is teh foundation of Israel's operation protective edge"

(41) ONU: A questo palestiniana. British Government, The political history of Palestine (Memorandum to the United Nations Special Committee on Palestine, Jerusalem 1947, p. 30).

(42) Ibidem

(43) Ibidem

(44) ONU: A questo palestiniana. British Government, survey of Palestine, vol. 1, p. 73.

(45) ONU: A questo palestiniana. Official records of the General Assembly, Second Session,

Supplement No. 11, document A/364, vol. II, p. 28. 47 ONU: A questo palestiniana. Joseph,

Dov, The Faithful City (N.Y. Simon & Schuster, 1960), pp. 71-72.

(46) The Origin of the Palestine-Israel Conflict, Published by Jews for Justice in the Middle East

P.O. Box 14561, Berkeley, CA, 94712.

(47) ONU: A questo palestiniana. Official records of the Security Council, Third Year,

Supplement for October 1948, pp. 4-9, documents S/1018.

(48) Foreign Relations of the United States, 1958-1960, Volume XII, Near East Region; Iraq; Iran;

Arabian Peninsula: Statement by the National Security Council of Long Range U.S. Policy Toward

the Near East. 100 United Nations Security Council Resolution 101 (1953), 24 November 1953.

(49) ONU: La questione palestinese. General Assembly resolutions 32/91 C of 13 December 1977 &

Commission on Human Rights resolution 1 (XXXIII) of 15 February 1977.

(50) Menahem Begin, letter, Haaretz, August 4, 1981.

(51) Abba Eban, Morality and Warfare, Jerusalem Post, August 16, 1981.

(52) Relatrio da Comisso de Investigao Kahan acerca do acontecimentos nos campos de refugiados de Beirut (fevereiro de 1983).

(53) Estimativas sobre as vtima scivis da invaso israelita do Lbano de 1982: Estimates of 5

March 1991 AP - Israel: 657 killed, Syrians: 370, PLO: 1,000, Lebanese and Palestinians: 19,000 +,

mostly civilians, e Robert Fisk, The Awesome Cruelty of a Doomed People, The Independent, 12

de Setembro de 2001, p. 6.

(54) ONU: A questo palestiniana. Comisso ONU sobre os Direitos Humanos, relatrio da 44 Sesso, Maro de 1988.

(55) Amnesty International Reports, London. AI 12/1999 Israel and the Occupied Territories

Demolitions and Dispossession.

(56) Amnesty International Reports, London. Israel/Occupied Territories 03/2002, Attacks on health

personnel and disrupted health care.

57) BBC, Analysis: Palestinian suicide attacks, 29/01/2007.

(58) IDF. "Rocket Attacks on Israel from Gaza Strip". idfblog.com/facts-figures/. Israel Defense

Forces. Retrieved 15 August 2014. "Attacks on Israeli civilians by Palestinians". B'Tselem. 24 July

2014.

(59) BBC: Gaza Crisis, toll of operations in Gaza, 1 de Setembro de 2014, dados ONU e BTselem.

(60) ONU: A questo palestiniana. British Government, survey of Palestine, vol. 1, p. 73

(61) The NYT, Books section p. 12, 4 dic. 1948)

(62) Reunio de governo de 17 de Novambro de 1948, Kibbutz Meuhad Archives, section 9 file 1)

(63) Norman G. Finkelstein, First the Carrot, Then the Stick: behind the carnage in Palestine, 14

de April 2002 e Haaretz, 25 de Janeiro de 2002, 01 de Fevereiro de 2002.

Paolo Barnard:http://paolobarnard.info/

Texto original:Come asfaltare chi difende Israele con 10 autorevoli risposte.

Um obrigado! para Dario ZamperinEm memria de Vik Arrigoni

Informao Incorrecta:informacaoincorrecta.blogspot.com

Abril de 2015