palavra da secretáriario.rj.gov.br/dlstatic/10112/4535846/4128120/boletim_agosto.pdf · mais de...

7
Boletim SPM-RIO | Ano 2 nº18 - AGOSTO de 2014 SPM RIO Palavra da Secretária Maior participação das mulheres na política Faltando muito pouco para as eleições para presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais, é importante trazer à discussão o papel das mulheres na política. Reacende-se o debate e o desafio de superar a sub-representação feminina. Apesar de representarem 51,95% do eleitorado, o percentual de mulheres no Congresso Nacional não chega a 10% de acordo com o IBGE. Já dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam, por exemplo, que, dos 513 deputados federais, 45 mulheres foram eleitas nas últimas eleições gerais em 2010, o que representa 9% do total. Foram eleitas apenas duas governadoras e 134 deputadas estaduais, além, claro, da primeira presidenta da República. No âmbito municipal, o último pleito, de 2012, elegeu 657 prefeitas (11,84% do total) e 7630 vereadoras (equivalente a 13,32%) do total. Os números mostram que a participação políticas das mulheres ainda é uma das mais baixas da América Latina e Caribe, cuja média de mulheres ocupando o parlamento é de 25%. No entanto, ainda existem grandes disparidades entre os países. Os espaços de poder político são dominados pelos homens e as mulheres ainda têm muita dificuldade em transpor os obtáculos que se apresentam para sua afirmação política. A participação das mulheres na política é fundamental para a igualdade de gênero: as mulheres devem estar tão representadas quanto os homens nas esferas de poder. A presença de mulheres traz efeitos benéficos para as práticas políticas, o aprofundamento da democracia e o desenvolvimento. Como disse Michelle Bachelet, presidenta do Chile, “quando uma mulher entra na política, muda a mulher. Quando várias mulheres entram na política, muda a política”. Há pesquisas que indicam, por exemplo, que a exclusão das mulheres das instâncias formais da política é um freio para ao desenvolvimento socioeconômico dos países. Ou seja, mais mulheres no poder, maior redução da pobreza. Exatamente por considerar que uma maior equidade de gênero é condição para a melhoria do bem-estar social é que a quarta Conferência Mundial das Mulheres, realizada em Pequim, em 1995, colocou a questão do empoderamento das mulheres no centro de sua Plataforma de Ação. Um grande número de países tem adotado políticas de cotas para aumentar a participação das mulheres na política. No Brasil, as mulheres também tiveram papel importante na redemocratização do país e na nova Constituinte de 1988. Movimentos de mulheres uniram-se e fizeram pressão sobre o Congresso Nacional, obtendo uma série de conquistas, incluindo na constituição, por exemplo, a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Ainda assim, os sistemas eleitorais interferem na representação feminina. Pesquisas indicam o favorecimento dos homens em todos os tipos de apoio financeiro. A outra questão é o sistema de votação. Segundo a socióloga Clara Araújo, as cotas são mais efetivas em listas fechadas e quando há alternância obrigatória dos nomes dos candidatos segundo o sexo e o percentual definido, como na Argentina e na Costa Rica. No Brasil, onde as eleições são centradas em campanha do candidato, dependente de obtenção própria de recursos e de doações privadas, exacerbam as dificuldades enfrentadas pelas mulheres. Ações afirmativas são mecanismos válidos para reverter a sub-representação das mulheres nos espaços de poder e decisão. A legislação brasileira garante 30% das candidaturas de mulheres, 10% do tempo de propaganda eleitoral para elas e 5% do fundo partidário para a capacitação politica das mulheres. Cabe fiscalizar a aplicação em toda linha dessa legislação. Ana Rocha Secretária da SPM-Rio

Upload: trannhi

Post on 01-Dec-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Boletim SPM-RIO | Ano 2 nº18 - AGOSTO de 2014

SPMRIO

Palavra da SecretáriaMaior participação das mulheres na política

Faltando muito pouco para as eleições para presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais, é importante trazer à discussão o papel das mulheres na política. Reacende-se o debate e o desafio de superar a sub-representação feminina. Apesar de representarem 51,95% do eleitorado, o percentual de mulheres no Congresso Nacional não chega a 10% de acordo com o IBGE. Já dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

indicam, por exemplo, que, dos 513 deputados federais, 45 mulheres foram eleitas nas últimas eleições gerais em 2010, o que representa 9% do total. Foram eleitas apenas duas governadoras e 134 deputadas estaduais, além, claro, da primeira presidenta da República. No âmbito municipal, o último pleito, de 2012, elegeu 657 prefeitas (11,84% do total) e 7630 vereadoras (equivalente a 13,32%) do total.

Os números mostram que a participação políticas das mulheres ainda é uma das mais baixas da América Latina e Caribe, cuja média de mulheres ocupando o parlamento é de 25%. No entanto, ainda existem grandes disparidades entre os países. Os espaços de poder político são dominados pelos homens e as mulheres ainda têm muita dificuldade em transpor os obtáculos que se apresentam para sua afirmação política.

A participação das mulheres na política é fundamental para a igualdade de gênero: as mulheres devem estar tão representadas quanto os homens nas esferas de poder. A presença de mulheres traz efeitos benéficos para as práticas políticas, o aprofundamento da democracia e o desenvolvimento. Como disse Michelle Bachelet, presidenta do Chile, “quando uma mulher entra na política, muda a mulher. Quando várias mulheres entram na política, muda a política”.

Há pesquisas que indicam, por exemplo, que a exclusão das mulheres das instâncias formais da política é um freio para ao desenvolvimento socioeconômico dos países. Ou seja, mais mulheres no poder, maior redução da pobreza. Exatamente por considerar que uma maior equidade de gênero é condição para a melhoria do bem-estar social é que a quarta Conferência Mundial das Mulheres, realizada em Pequim, em 1995, colocou a questão do empoderamento das mulheres no centro de sua Plataforma de Ação. Um grande número de países tem adotado políticas de cotas para aumentar a participação das mulheres na política.

No Brasil, as mulheres também tiveram papel importante na redemocratização do país e na nova Constituinte de 1988. Movimentos de mulheres uniram-se e fizeram pressão sobre o Congresso Nacional, obtendo uma série de conquistas, incluindo na constituição, por exemplo, a igualdade de direitos entre homens e mulheres.

Ainda assim, os sistemas eleitorais interferem na representação feminina. Pesquisas indicam o favorecimento dos homens em todos os tipos de apoio financeiro. A outra questão é o sistema de votação. Segundo a socióloga Clara Araújo, as cotas são mais efetivas em listas fechadas e quando há alternância obrigatória dos nomes dos candidatos segundo o sexo e o percentual definido, como na Argentina e na Costa Rica. No Brasil, onde as eleições são centradas em campanha do candidato, dependente de obtenção própria de recursos e de doações privadas, exacerbam as dificuldades enfrentadas pelas mulheres.

Ações afirmativas são mecanismos válidos para reverter a sub-representação das mulheres nos espaços de poder e decisão. A legislação brasileira garante 30% das candidaturas de mulheres, 10% do tempo de propaganda eleitoral para elas e 5% do fundo partidário para a capacitação politica das mulheres. Cabe fiscalizar a aplicação em toda linha dessa legislação.

Ana Rocha

Secretária da SPM-Rio

SPM-Rio celebra oito anos da Lei Maria da Penha

Para celebrar os oito anos

da vigência da Lei Maria da

Penha (nº. 11.340),

completados no dia 7 de

agosto, a SPM-Rio realizou

uma ação no Calçadão de

Campo Grande, das 9h às

17h. Foi realizada uma

performance teatral pela

companhia de Teatro

Grafite retrata violência contra as mulheres A secretária Ana Rocha, da SPM-Rio, esteve

no dia 7 de agosto – dia em que foi

celebrado os 8 anos da Lei Maria da Penha -

no evento de encerramento do ciclo do

projeto Graffiti pelo fim da violência

doméstica na escola, que aconteceu na

esquina das ruas do Lavradio e Visconde do

Rio Branco, Centro do Rio. A celebração de

encerramento teve festival com música e

arte e que deixou para a cidade grande

mural de rua pintado pela artista Panmela

Castro – nascida e criada em subúrbio

» Saiba mais

» Saiba mais

carioca e hoje com carreira internacional, com pinturas em Berlim, Paris e Nova York -, em

releitura de desenho feito por alunos do C.E. Ignácio Azevedo, no Jardim Botânico, vencedores

de um concurso online que elegeu a melhor pintura entre as escolas que passaram pelo projeto.

Parceria do Instituto Avon e Rede NAMI, o projeto convidou jovens estudantes do Ensino Médio

de 34 escolas do Rio de Janeiro a participarem de oficinas nas quais o graffiti foi ferramenta

para o debate e reflexão sobre temas como direitos da mulher, violência doméstica, Lei Maria

da Penha e o Disque 180. Durante o processo, os jovens aprenderam a identificar situações de

violência doméstica, como ela acontece em um relacionamento, como a mulher pode buscar

proteção e que padrões de comportamento devem mudar para que os conflitos sejam resolvidos

sem violência. Mais de mil alunos passaram pelas oficinas e participaram da campanha virtual

que reforçou e debateu o tema.

Laboratório Cultural que abordou a história da lei e as situações de violência contra as

mulheres, sensibilizando o público que assistiu a encenação de 20 minutos em três

apresentações ao longo do dia. Além do evento realizado em Campo Grande, numa parceria

firmada entre a SPM-Rio, a Rioluz e a

Arquidiocese do Rio de Janeiro, o Cristo

Redentor entrou no clima da homenagem

à lei e às mulheres, na noite do dia 7. Das

19h às 20h, o monumento foi iluminado

com a cor roxa, como forma de incentivar

as(os) cariocas a denunciarem a violência

contra as mulheres.

Numa tenda montada no Calçadão de

Campo Grande, profissionais dos

equipamentos da secretaria, o Centro

Especializado de Atendimento à Mulher

CEAM Chiquinha Gonzaga e a Casa Viva

Mulher Cora Coralina, davam orientações

e divulgavam a lei e os serviços de

atendimento por meio de material com

folders e distribuição de fitinhas de pulso

com a frase “Violência contra as

mulheres – Eu ligo 180”.

35 anos da Cedaw(Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher)

No dia 22 de agosto, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) promoveu o seminário “35 anos da

convenção para a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher – Convenção

das Nações Unidas pela igualdade de gênero”. Promovido pela OAB/Mulher e pela Comissão de

Bioética e Biodireito da OAB/RJ, o seminário contou com as conferências Reflexões sobre

direitos humanos das mulheres nos 35 anos da convenção para eliminação de todas as formas de

discriminação contra a mulher, por Sílvia Pimentel - ex-presidente do Comitê sobre a

eliminação da discriminação contra as mulheres da ONU (Cedaw/ONU), e Monitoramento da

Cedaw, ação permanente do movimento de mulheres, por Télia Negrão, coordenadora do

Coletivo Feminino Plural e do Comitê Gestor do Consórcio Nacional de Monitoramento da

Cedaw.

A mesa de abertura foi composta por Rosa Fonseca, presidente da OAB/Mulher, Maíra

Fernandes, membro da OAB Mulher e da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/RJ, Bernardo

Campinho - presidente da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/RJ, Fábio Nogueira,

coordenador das comissões da OAB/RJ, e a secretária da SPM-Rio Ana Rocha. A secretária falou

da importância da convenção, que tem 188 países como signatários, sendo considerada a

primeira carta internacional dos direitos da mulher. » Saiba mais

Roda de conversa sobre visibilidade lésbica

Para celebrar o dia 29 de agosto, Dia Nacional

da Visibilidade Lésbica, a SPM-Rio realizou, no

dia 26, uma Roda de Conversa com o tema

“Visibilidade da Mulher Lésbica: preconceitos e

desafios”. O evento, que aconteceu no

auditório da SPM-Rio, contou com palestras de

Carlos Tufvesson, coordenador da

Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual

(Ceds) e de Marcelle Esteves, vice-presidente

do Grupo Arco-Íris. A mediação foi feita pela

secretária Ana Rocha.

» Saiba mais

RODADE

CONVERSASOBRE O DIA

DA VIDIBILIDADE

LÉSBICA

“É importante fazermos esse debate e valorizarmos a data nacional da visibilidade lésbica. Para

que possamos avançar e combater a descriminação e o preconceito”, disse Ana Rocha na

abertura da Roda de Conversa.

Para Tufvesson, a participação cidadã e as denúncias são essenciais para que o poder público

possa agir de forma efetiva. Ele ressaltou a importância dessa participação principalmente

hoje, com o aumento da intolerância no país. Segundo ele, nos últimos seis anos aumentaram os

crimes de ódio e a intolerância religiosa. “Os movimentos sociais lutaram por anos por

instrumentos que possam pensar e criar políticas públicas, agora precisamos usar esses

equipamentos”, declarou.

Para Marcelle, nossa sociedade não reconhece a lésbica como um ser, e os meios de

comunicação, apesar de trazerem a discussão a tona, não apresentam a realidade de todas as

lésbicas.

No dia 4, a SPM-Rio participou de evento alusivo ao Dia

Internacional da Mulher Negra Latino americana e

Caribenha promovido pelo vereador Helinho do Sindicato

no Plenário da Câmara Municipal de Angra dos Reis. A

secretária Ana Rocha fez palestra sobre os desafios da

mulher negra. A subsecretária de Gestão e chefe de

gabinete Fabiana Pinto também esteve no evento,

acompanhando a secretária.

Segundo o Dossiê da Mulher Negra, ela enfrenta

discriminação em diversas áreas. Compõe 53% da linha de

pobreza, sendo a parte da população mais vulnerável

socialmente, entre mulheres e homens brancos e homens

negros. No mercado de trabalho,71% das mulheres negras

estão nas ocupações precárias e informais. Na política,

» Saiba mais

apenas uma negra foi governadora e em 126 anos de República, apenas três mulheres negras

ocuparam cadeira no Senado Federal. Na saúde, mais da metade (57%) das gestantes que

morreram em 2009 em decorrência da gravidez ou parto são negras. As mulheres negras são

também as que menos denunciam casos de violência doméstica.

Câmara Municipal de Angra dos Reis homenageia mulher negra

Aconteceu

Em parceria com a SME, a SPM-Rio visita três Coordenadorias Regionais de Educação

Esse mês, a secretária Ana Rocha esteve na 2ª (Lagoa), 3ª (Engenho Novo) e 11ª (Ilha do

Governador) Coordenadorias Regionais de Educação (CRE), conversando com profissionais da

categoria. As atividades fazem parte da SPM-Rio Itinerante e são fruto da parceria da SPM-Rio

com o Comitê de Educação da Secretaria Municipal de Educação. Foram abordados temas como a

educação não-sexista, a Lei Maria da Penha e os tipos de violência de gênero, as conquistas da

luta das mulheres e os atuais desafios.

Ana Rocha também falou dos equipamentos da SPM-Rio: o Centro Especializado de Atendimento

à Mulher (CEAM) Chiquinha Gonzaga e a Casa Viva Mulher Cora Coralina, de abrigamento, além

de projetos como a Casa da Mulher Carioca.

“A transversalidade entre as diferentes secretarias é extremamente importante para

combatermos as opressões e descriminações de gênero. A educação, por exemplo, é

fundamental para reverter a visão da mulher como objeto e transformá-la como sujeito em nossa

sociedade", disse Ana Rocha.

Feira de Carnaval

A SPM-Rio visitou, no dia 01 de agosto, o

estande da Associação de Mulheres

Empreendedoras do Brasil – Amebras na

Carnavália-Sambacon, primeira feira de

empreendedorismo e negócios no carnaval

brasileiro que aconteceu no início do mês no

Centro de Convenções Sulamérica, no Estácio.

Vanda Ferreira, assessora de gênero e raça da

SPM-Rio, e a secretária Ana Rocha prestaram, no

dia 08 de agosto, homenagem a Vó Maria, viúva

de Donga e a mais antiga cantora do mundo a

lançar um CD – aos 92 anos, em 2003. Hoje, ela

está com 103. A celebração a Vó Maria se deu no

lançamento da revista Carioquice, do Instituto

Cultural Cravo Albin, da qual foi capa e na qual

Homenagem a Vó Maria

No dia 13 de agosto, a secretária Ana Rocha visitou os

equipamentos locais que são parceiros da Casa Viva

Mulher Cora Coralina, que abriga mulheres em situação

de violência com risco de vida, como escolas, corpo de

bombeiros e posto de saúde. A ida da secretária a esses

locais teve como objetivo agradecer a parceria e

reforçar os laços entre a Cora Coralina e os

equipamentos. Logo após, Ana Rocha almoçou com a

equipe técnica da casa.

Almoço com a equipe Casa Abrigo para reforçar parcerias locais

A Casa Viva Mulher Cora Coralina realizou

no dia 13 de agosto atividade em

comemoração aos oito anos da Lei Maria

da Penha. Foi um debate que contou com

a participação da equipe da Cora Coralina

e da defensora pública Clara Prazeres,

coordenadora do Núcleo de Defesa dos

Direitos da Mulher (Nudem) da

Casa Cora Coralina debate Lei Maria da Penha

recapitula a primeira infância passada na roça, a chegada ainda menina ao Rio e os três

casamentos.

instituição, acompanhadas por sua equipe técnica. O objetivo foi esclarecer as mulheres

abrigadas sobre as dúvidas relacionadas à

Em agosto, foi promovido o “ VI Simpósio Paternidades,

Singularidades e Políticas Públicas:Paternidade e

Cuidado”, nos dias 13 e 14 de agosto, na Universidade

Veiga de Almeida (UVA), na Tijuca. O evento, realizado

pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro

em parceria com o Instituto Promundo e o Comitê Vida,

teve como proposta reunir profissionais e gestores de

saúde, educadores e outros parceiros para discutir

formas de implementar e aprimorar políticas públicas

em favor da valorização da paternidade, por exemplo,

A importância do pai

No dia 14 de agosto, a subsecretária de ações temáticas

da SPM-Rio Helena Piragibe se reuniu com o presidente

executivo do Grêmio Recreativo Escola de Samba

Mocidade Independente de Padre Miguel Diego

Gervazoni. O presidente convidou a SPM-Rio para compor

as ações do departamento social da escola de samba,

contribuindo com a temática do carnaval 2015 da

Estrelinha da Mocidade, que terá como norteador a

campanha “Quem ama abraça, fazendo escola, no

samba”. A secretaria ministrará palestras e dará oficinas

sobre violência contra as mulheres, exploração sexual,

tráfico de mulheres e o Ligue 180. A primeira palestra

Parceria com escolas de samba

Mercedes Baptista, primeira bailarina negra

do Theatro Municipal do Rio de Janeiro,

morreu na noite de 18 de agosto.

Considerada um ícone do cenário cultural

brasileiro, Mercedes entrou no corpo de baile

do Theatro Municipal em 1948. Unindo sua

formação erudita com a valorização da

cultura negra, lançou o balé afro.

Juntamente com os carnavalescos Arlindo

Rodrigues e Fernando Pamplona, introduziu a

dança clássica no desfile do Salgueiro, em

1963, influenciando a coreografia das escolas

de samba.

Morre primeira bailarina negra do Theatro Municipal

por meio das Unidades de Saúde Parceiras do Pai, da Prefeitura. A secretária Ana Rocha

participou do debate, no qual destacou a importância do afeto paterno para o futuro das

crianças, num mundo em que homens e mulheres são provedores(as) e cuidadores(as).

No dia 19 de agosto, a secretária Ana Rocha e a

assessora de gênero da SPM-Rio Joselice

Cerqueira estiveram presentes na homenagem à

feminista Rose Marie Muraro, na Alerj. O evento,

organizado pela presidente da Comissão de

Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia

Legislativa Inês Pandeló, contou com a presença

das deputadas federais Jandira Feghali e

Benedita da Silva, da Secretária Adjunta de

Alerj homenageia Rose Marie Muraro

Articulação Institucional e Ações Temáticas da SPM/PR Ângela Fontes, da superintendente dos

Direitos da Mulher de São João de Meriti, Cilmara Santos e de Tônia Muraro, filha de Rose.

“Rose Marie Muraro nos deixou um grande legado tendo dedicado sua vida à melhoria do país e à

luta pelos direitos das mulheres. Que essa grande mulher nos inspire na construção de um

mundo mais solidário e igual”, declarou a secretária Ana Rocha.

Mulheres na ciência nas escolas municipaisAna Rocha, secretária da SPM-Rio, fala para jovens

da Escola Municipal Roma, em Copacabana, sobre

a importância da motivação, investimento e

determinação para que as meninas se tornem

mulheres cientistas. A visita serve de preparação

para o seminário 'Mulheres na Ciência", que

ocorrerá dia 25 de setembro, no Planetário da

Gávea. Uma parceria entre Fundação Planetário

do Rio de Janeiro, Consulado dos Estados Unidos,

Secretaria de Especial de Políticas para as

Mulheres e Secretaria Municipal de Educação.

será sobre a secretaria e seus equipamentos e o empoderamento das mulheres, no dia 13 de

setembro, durante oficina de artesanato com as baianas e a velha guarda da escola.

A SPM-Rio também está construindo parceria com a Estação Primeira de Mangueira, que terá as

mulheres como tema do samba de enredo de 2015.

Mulheres de raçaRealizado no dia 20 de agosto, o evento 'Mulheres de raça”

homenageou 14 mulheres negras com atuação marcante na

cidade do Rio de Janeiro em atividades que promovem a

igualdade racial e de gênero e o desenvolvimento de

empreendedores negros na sociedade brasileira. Entre as

homenageadas estava a assessora de gênero e raça da SPM-

Rio Vanda Ferreira. O evento foi promovido pela Secretaria

Municipal de Governo do Rio e pela Coordenadoria Especial

de Promoção das Políticas de Igualdade Racial-CEPPIR/RJ,

Visitas à SPM para discutir projetos e parceriasA SPM-Rio recebeu em sua sede em agosto instituições para discutir pautas conjuntas e futuras

parcerias. No dia 22, integrantes da ActionAid Brasil e da Redes de Desenvolvimento da Maré

estiveram em reunião na secretaria para falar da campanha Cidades Seguras para as Mulheres,

promovida pela ActionAid. No dia 25, foi a vez de Leila Linhares, diretora da Cepia (Cidadania,

Estudo, Pesquisa, Informação e Ação) sentar com a secretária Ana Rocha. Também estiveram na

SPM-Rio a coordenadora da bancada feminina da Câmara dos Deputados Jô Moraes (26) e Celia

Domingues, coordenadora da Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil – Amebras (27).

Reunião com técnicas do CeamNo dia 26 de agosto, um lanche da tarde serviu de oportunidade para a secretária Ana Rocha

trocar ideias sobre futuras ações e os atuais desafios no atendimento à mulher com as técnicas

do Centro Especializado de Atendimento à Mulher Chiquinha Gonzaga, equipamento da SPM-Rio.

Tribunal de Justiça debate Lei Maria da PenhaA 27ª reunião do Fórum Permanente de Violência Doméstica Familiar e de Gênero do Fórum de

Justiça do Rio, realizada dia 29 de agosto, discutiu e celebrou os oito anos da Lei Maria da Penha,

completados no dia 7. A mesa foi coordenada pela juiza Adriana Ramos de Mello, titular do I

Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, e composta pelas juízas Teresa

Cristina Cabral e Andréa Pachá, a socióloga e consultora da ONU Mulher Wânia Pasinato e a

secretária da SPM-Rio Ana Rocha.

As debatedoras falaram sobre os avanços, obstáculos e desafios da lei. Elas concordaram que

apesar do número de denúncias estar crescendo bastante nos últimos anos, ele ainda é pequeno

comparado com a realidade de mulheres em situação de violência. De acordo com pesquisa feita

pelo Instituto Patrícia Galvão, muitas mulheres ainda sentem medo em denunciar o agressor ou

estão desinformadas sobre as leis e equipamentos especializados no amparo à vítima de

violência doméstica.

em comemoração ao dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha, no Centro Cultural José

Bonifácio, na Gamboa. Na ocasião, foi lançado o portal eletrônico “Cores do Rio” no endereço:

http://www.coresdorio.com e o livro de poemas “O leito do silêncio”, da escritora angolana

Isabel Ferreira.

Estado do Rio divulga dados sobre violência contra as mulheresO Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro lançou em agosto o Dossiê Mulher

2014, que traz dados sobre a violência contra as mulheres no estado. Segundo o relatório, no

ano passado, 356 mulheres foram assassinadas, sendo 52 vítimas de ex-companheiros. No

ranking da violência, homicídio doloso, tentativas de estupro e de homicídio lideram as taxas

de crescimento (17%, 50% e 9% respectivamente). Outras ocorrências de formas de violência

variaram pouco, com diminuição ou crescimento de menos de 2%. Já os casos de violência

moral aumentaram 5%. O dossiê pode ser acessado no site do ISP: .www.isp.rj.gov.br

7 de agosto – Sanção da Lei 11.340/06 – Lei Maria da Penha

9 de agosto – Dia Internacional dos Povos Indígenas

19 de agosto – Dia Nacional do Orgulho Lésbico

29 de agosto – Dia da Visibilidade Lésbica no Brasil

AGOS

TO

Fotografia: Jeanne Mello

12 de agosto – Dia Nacional de Luta Contra a Violência no Campo – Marcha das Margaridas

Para as mulheres camponesas, o dia 12 de

agosto é o Dia de Luta contra a Violência no

Campo e por Reforma Agrária. A data lembra

o assassinato de Margarida Alves, em 1983,

uma grande lutadora contra as injustiças no

campo que foi morta em Alagoa Grande, na

Paraíba. A líder sindical foi a primeira

mulher a ocupar o cargo de presidente do

Sindicato dos Trabalhadores Rurais do

município e lutou para que os trabalhadores

do campo tivessem seus direitos

respeitados, como carteira de trabalho assinada, férias, 13º salário e jornada de trabalho de

8 horas diárias. Seu assassinato, encomendado por fazendeiros, foi uma tentativa de abafar

as denúncias de abusos e desrespeito aos direitos dos trabalhadores nas usinas da região,

feitas pela sindicalista.

Em seu discurso na comemoração do Dia do Trabalhador, em 1º de maio de 1983, Margarida

Maria Alves denunciou que vinha recebendo ameaças de morte e disse sua frase mais famosa:

“É melhor morrer na luta do que morrer de fome”. No dia seguinte, ela foi assassinada. O

crime teve repercussão internacional mas nenhum acusado por sua morte foi condenado.

Margarida transformou-se em símbolo de resistência e luta contra a violência no campo, pela

reforma agrária e fim da exploração dos trabalhadores rurais. Hoje, a Marcha das Margaridas

simboliza a continuidade dessa luta.

Seminário discute trabalho, cuidado e políticas sociais

O seminário internacional "Trabalho, cuidado e políticas sociais: Brasil-França em debate"

abordou o tema do trabalho das mulheres em sua relação tanto com a esfera privada, da

família, como com a esfera pública, das empresas e corporações, nos espaços tradicionais e

nos novos empregos qualificados. O programa se desdobrou em seis sessões que aconteceram

em São Paulo, nos dias 26 e 27 de agosto, e no Rio de Janeiro, no Instituto de Filosofia e

Ciências Sociais da UFRJ, nos dias 28 e 29 de agosto. O evento discutiu sobre as múltiplas

desigualdades que se interseccionam no mercado de trabalho, como as de gênero, de raça e

de classe social, colocando em debate as configurações por elas assumidas, na França e no

Brasil. Foi introduzido um novo tema, o do cuidado (care), focalizando-o tanto enquanto

trabalho, quanto na sua relação com as políticas públicas, o direito e a cidadania. A secretária

da SPM-Rio Ana Rocha e a assessora de gênero Joselice Cerqueira participaram dos debates.