palácio da justiça

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Palácio da Justiça Francisco Marcolino Pereira Jr. Aline Pinheiro Andrei Pinheiro

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Page 1: Palácio da Justiça

Palácio da Justiça

Francisco Marcolino Pereira Jr.

Aline Pinheiro

Andrei Pinheiro

Page 2: Palácio da Justiça

A historia da construção do palácio• A história da construção do palácio da

justiça iniciou em 1893 quando o governador Eduardo Ribeiro solicitava a verba necessária para a construção. O plano de orçamento já estava organizado e o governador justificava a conveniência de um edifício vasto para servir como a função de palácio da justiça de Manaus. A execução da obra foi contratada com as empresa Moers & Morton e iniciada em 1894 mas em março de 1897 encontrava-se paralisada os empresários responsáveis pela mesma havia solicitado a rescisão do contrato por reconhecerem-se incapazes de cumpri-lo em virtudes de maus orçamentos.

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• Em mensagem de janeiro de 1898 o governador Fileto Pires Ferreira comunicava que o projeto original do palácio da justiça sofrerá modificações no sentido de evitar futuros prejuízos e em abril de 1898 o diretor interino de Repartições de Obras Públicas, Candidato Mariano, comunicava ter recebido duas propostas para conclusão da obras: uma de Josué Amaral e outra de José Gomes Rocha mas a escolha se fez no âmbito do favoritismo, considerando que a proposta do primeiro era mais vantajosa e foi preterida pela segunda porque seu proponente não era ainda suficientemente conhecido no Amazonas como empreiteiro de obras e por apresentar preços inferiores aos correntes da Diretoria de Obras e do Mercado.

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• Tais justificativas eram no mínimo curiosas e mesmo daquela época geraram desconfianças mas o diretor explicava que o governador havia ponderado o exposto pelo conselho, mas depois de ouvir o chefe da Seção de Arquitetura da Comissão de Saneamento deliberou pela aceitação de José Gomes da Rocha, que segundo o diretor alem de possuir a capacidade profissional comprovada para trabalhos de construção, já tinha cumprido satisfatoriamente outros contratos de obras com o estado. Na verdade o nome de José Gomes da Rocha apareceu algumas vezes relacionado a obras de estuque no teatro Amazonas.

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• Em julho de 1898 o governador Ramalho Jr. incluía a construção do palácio entre as obras que se achavam em andamento:concluíra-se o prédio, o muro e algumas obras internas, mas o final do primeiro semestre de 1900, o edifício ainda não fora inaugurado. Durante esse semestre o jornal A federação forneceu alguns dados sobre o andamento da obra: em 2 de março notificava-se o pagamento de duas medições em favor de José Gomes da Rocha referente a trabalhos executados no palácio da justiça: em29 do mesmo mês, previa-se para abril a conclusão da obra, mas em 8 de maio justificava-se o adiantamento da inauguração do edifício porque a madeira que era confeccionada pela Marmoraria Brasileira encontrava-se retida no Rio de Janeiro por falta de vapores, sendo expostas ao público, recebeu grandes elogios através do artigo do jornal A Cidade do Rio de Janeiro e que foi transcrito pela A Federação em 16 de junho de 1900.

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• Apesar de cessarem as notas sobre as prováveis datas de inauguração da obra, em 12 de junho de 1900 a A Federação informava que entre as três mediações passadas pela Secretaria da indústria, havia uma definitiva em favor de José Gomes da Rocha. Que se interpreta como conclusiva. Em mensagem de julho de 1900 o governador Ramalho Jr. anunciava para breve a inauguração do Palácio da Justiça e do monumento à abertura dosa portos do Amazonas, na oportunidade afirmava serem construções que nos recomendam que atestarão os progressos.

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• Provavelmente a inauguração dessa obra ocorreu antes do dia 23 de julho daquele ano data em que o governador deveria transferir a administração a Silvério José Nery, parcialmente confirmada pela placa fixa da na muralha da edificação na qual indica o ano de 1900 como data de sua conclusão durante a administração de Ramalho Jr. Más em julho de 1903, a obra voltou a se mencionada nos documentos oficiais quando o governador Silvério Nery comunicou estarem em vias de conclusão alguns trabalhos indispensáveis ao prédio.

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Projeto• A costumeira falta de dados a respeito de autoria

das obras também ocorre com o palácio da justiça: nem os documentos oficiais, nem as notas em jornais indicam o autor da obra gerando grande controvérsia na atualidade. Sabe-se que, inicialmente, a construção esteve a cargo da firma inglesa Moers & Morton, posteriormente sua conclusão foi contratada com José Gomes da Rocha. Entretanto o historiador Clarival Vallades baseado em afirmações de Mário Ypiranga Monteiro afirma que o prédio foi construído por Manuel Coelho de Castro, o mesmo empresário que contratou obras do teatro Amazonas todavia, os documentos consultados não relacionam o nome deste construtor às obras do palácio além disso existe um projeto de fachada do palácio datado de 1897, assinado pelo arquiteto francês Charles Peyroton. Provavelmente foi a elaboração deste projeto que levou o governador Filleto Ferreira a anunciar em janeiro de 1898, que o projeto original havia sido modificado.

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• O Palácio da Justiça esta localizado na mais tradicional artéria de Manaus, a avenida Eduardo Ribeiro, confrontando-se com a face posterior do Teatro Amazonas, erguido sobre uma área acima do nível da rua, é protegido por um forte muro com pedra jacaré arrematado pro balaustradas. Nas últimas décadas, a fachada do prédio recebeu diferentes tons de azul com detalhes brancos, atualmente mantém o azul e branco. Suas linhas estruturais estão intimamente comprometidas com a tradição renascentista. A proporção, a simetria e a simplicidade de suas linhas equilibradamente distribuídade4 em horizontais e verticais contribuem para rara elegância da construção demonstrando a elegância de um projeto racional e vigorosa comprometido com o classicismo. Em sua fachada apresemta elementos decorativos que derivam do repertório clássico, mas é bastante comedido no uso destes orçamentos.

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Fachada• O prédio apresenta 2 pavimentos, sendo o andar

térreo revestido com alvenaria e tratado com bossagem ou rusticação, enquanto que o segundo revestimento do pavimento é feito com alvenaria lisa, bem de acordo com as indicações de John Summerson que afirma ser a rusticação uma inovação do século 19, quando passou a ser aplicada em arcos e paredes da fachada de palácios. Baseado em Serlio o historiador Summerson adota o termo “rusticação” e após estudar variações desse tipo de revestimento, associou-as com a ordem toscana sendo, portanto coerente o uso deste tratamento nesta obra que apresenta colunas da ordem toscana no térreo.

• O edifício è composto por 5 corpos sendo o central e os extremos um pouco mais proeminentes. Todas as janelas do primeiro pavimento são todas janelas de púlpito, com verga reta, emolduras por edículas com frontões curtos e triangulares. O corpo central apresenta um pórtico com 4 colunas e 2 pilastras

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• em cada um dos andares, adotando-se ordem toscana no primeiro pavimento e ordencompósita no segundo.

• Cada um dos corpos laterais possui quatro janelas em cada pavimento, enquanto que os corpos das extremidades somente duas janelas.

• Sobre o entablamento do segundo pavimento ergue-se uma segunda ergue-se uma platibanda com balaustras, interronpidas por pedestais. Em cada uma das quatro extremidades da balaustrada central há um pedestal sustentado um grande vaso e, sobre o frontão retangular ergue-se uma escultura de mulher, representando Têmis, a deusa da justiça, mas esta obra escultórica não adotou as convenções definidas para tal alegoria, pois devia ter os olhos vendados e manter equilibrada a balança que leva nas mãos contudo essa versão mantêm os olhos abertos e sua balança apoiar-se displicentemente sobre os joelhos pendendo para u dos lados e comprometendo a noção da imparcialidade que deveria sugerir.

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Interior• O interior do edifício contrasta marcadamente com a

sua fachada apresentando um aspecto eclético, resultado da diversificação de materiais e variedade de ornamentos. No vestíbulo há colunas e pilastras de ordem dupla, tendo a parte inferior do fuste tratada na ordem toscana, enquanto que a parte superior do fuste e o capitel são de ordem compósita. A adoção dessas colunas de dupla ordem parece uma tentativa de relacionar o aspecto estilísticos desses elementos com a aparência da fachada do edifício.

• As colunas de rall do Palácio da Justiça sustentam vigas que dividem o teto em caixões totalmente revestidos com ricos estuques em motivos predominantemente vegetais. Originalmente as paredes eram pintadas imitando mármore, mas atualmente foram uniformizadas num tom verde, demasiado vibrante.

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• Uma bela escada com guarda-copo metálico conduz ao segundo pavimento, cuja entrada é recortada por três arcos. Sobre as faces internas das pilastras que sustentam estes arcos estão fixados alguns elementos decorativos que lembrem as cariátides gregas, no entanto estas figuras não são apresentadas de corpo inteiro e da cintura para baixo assumem a forma de pilastras. A estes elementos o historiador Nicolau pevsner denominou de hermas, mas outros autores chamam de cariátides. São seisas cariátides do palácio e apresentam um ar bastante sensual, não só pelos seios desnudos como pela sugestão do sorriso um tanto maroto e que faz uma leve referência ao sorriso arcaico grego notando ainda que essas figuras encontra-se nos corredores de um prédio onde funcionava o Tribunal da justiça e se comparando-as com as cariátides do palco do Teatro Amazonas, pode-se que as da casa de espetáculos são muito mais pudicas e contidas que estas aparentem melhor acabamento técnico.

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• Assim como no pavimento térreo o segundo andar é profusamente decorado: balaustras, óculos, tetos revestidos com estuques, colunas compósitas, cartelas decoradas, e as paredes era originalmente marmorizadas. O interior do Palácio da Justiça é talvez p que apresenta maior decoração mais rica e elaborada entre os prédios da cidade, com uma profusão de orçamentos que misturam elementos de variados repertórios estilísticos, destacando-se um tratamento especialmente teatral, que parece na ter considerado a função do edifício. Além disso, este interior de aspecto barroco contrasta acentuadamente com a fachada sóbria e austera do edifício, revelando também uma dualidade, característica da arquitetura o século 19, que é eclética. O Palácio da justiça e talvez o o prédio mais imponente e elegante da arquitetura eclética de Manaus e nem mesmo sua desvantajosa localização em relação ao teatro Amazonas é capaz de ofuscar sua beleza e elegância.

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Foto antiga do Palácio da Justiça

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Foto externa do Palácio da Justiça

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Foto interna do Palácio da Justiça

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Foto tirada por satélite do Palácio da Justiça

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