paisagens digitais

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Paisagens Digitais ecoclics.com.br /2013/07/15/paisagens-digitais/ Capturar imagens de paisagens com filme (a verdadeira fotografia na acepção do termo) envolvia o emprego de várias técnicas de fotografia que permanecem válidas, tais como: utilizar tripé, seguir regras tradicionais de composição e estar presente no lugar certo, na hora certa. Com tecnologia digital, entretanto, foram introduzidos recursos poderosos que aumentaram significativamente as possibilidades de obter melhores resultados, inclusive em situações em que a película não teria sensibilidade suficiente para registrar. Para começar, desde a fase de planejamento podemos utilizar o Google Earth para, com a ferramenta “Luz do Sol”, verificar as condições de luz locais em diferentes momentos do dia, de forma a estarmos no local e hora certas para capturar a imagem idealizada. A foto de satélite ao lado, após ativado o ícone indicado com círculo vermelho, mostra as sombras na Serra da Carioca, Rio de Janeiro, onde está a estátua do Cristo, às 3h da tarde, por exemplo. Além disso, úteis informações sobre o local estão na Grande Rede a poucos cliques. Uma vez no local tiraremos partido dos recursos digitais de nossas câmeras, a começar pela checagem da exposição com o histograma, que pode ser visualizado na LCD de muitas máquinas (consulte o manual). Frequentemente, com regulagens adequadas pode-se melhorar a imagem in loco, como explicado no artigo Histograma, esse incompreendido.. .”.

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Page 1: Paisagens Digitais

Paisagens Digitais

ecoclics.com.br /2013/07/15/paisagens-digitais/

Capturar imagens de paisagens com filme (a verdadeira fotografia na acepção do termo) envolvia o emprego de

várias técnicas de fotografia que permanecem válidas, tais como: utilizar tripé, seguir regras tradicionais de

composição e estar presente no lugar certo, na hora certa. Com tecnologia digital, entretanto, foram introduz idos

recursos poderosos que aumentaram significativamente as possibilidades de obter melhores resultados, inclusive

em situações em que a película não teria sensibilidade suficiente para registrar.

Para começar, desde a fase de planejamento podemos utilizar o Google Earth para, com a ferramenta “Luz do

Sol”, verificar as condições de luz locais em diferentes momentos do dia, de forma a estarmos no local e hora

certas para capturar a imagem idealizada. A foto de satélite ao lado, após ativado o ícone indicado com círculo

vermelho, mostra as sombras na Serra da Carioca, Rio de Janeiro, onde está a estátua do Cristo, às 3h da tarde,

por exemplo. Além disso, úteis informações sobre o local estão na Grande Rede a poucos cliques.

Uma vez no local tiraremos partido dos recursos digitais de nossas câmeras, a começar pela checagem da

exposição com o histograma, que pode ser visualizado na LCD de muitas máquinas (consulte o manual).

Frequentemente, com regulagens adequadas pode-se melhorar a imagem in loco, como explicado no artigo

“Histograma, esse incompreendido...”.

Page 2: Paisagens Digitais

Uma dessas regulagens, que pode ser aplicada individualmente para cada foto, é a sensibilidade ISO do sensor.

A evolução eletrônica já chegou ao nível de permitir fotografias de céus estrelados, graças a ISOs cada vez

maiores e de melhores resultados. Mas mesmo em condições de iluminação favoráveis, o ISO pode ser

empregado para capturar imagens mais rapidamente, imobilizando-se, assim, movimentos indesejados, como o

da vegetação em dias de vento. Alternativamente, utilizando-se aberturas menores, somente possíveis muitas

vezes com ISOs mais elevados, pode-se aumentar a profundidade de campo (Distância entre o objeto mais

próximo e o mais distante na imagem que se apresentam com nitidez aceitável). Vale a pena se aprofundar no

tema lendo o artigo “O Valor da ISO”

Ainda no campo, pode-se tirar partido da “gratuidade” das fotos (cada clic tem um pequeno custo, na realidade)

obtendo-se tantas fotos quantas forem necessárias para se conseguir um produto de qualidade. A propósito disso,

é possível maximizar a qualidade de imagem obtendo-se múltiplas imagens do mesmo quadro e processando-

as conforme explicado a seguir, de acordo com o efeito desejado:

FOCO EM TODA A IMAGEM

Utilizando-se o computador consegue-se aumentar

dramaticamente a profundidade de campo de uma imagem

final, resultante do processamento de várias imagens, obtidas

com regulagem do foco a diversas distâncias. Isso é

particularmente útil quando se tem, digamos, um campo florido

em primeiro plano, uma árvore extraordinária em segundo e

uma imponente montanha ao fundo. Nesse caso tiraríamos

três fotos, cada uma focada em dos elementos citados. Com

um aplicativo apropriado, então, são descartadas as áreas

fora de foco das diversas fotos, aproveitando-se os

elementos nítidos para formar uma imagem com profundidade

de campo praticamente ilimitada. Além do Photoshop, isso pode ser feito com o programa Zerene Stacker (em

inglês, sorry, ao custo de US$89,00 em julho/2013).

OTIMIZAÇÃO DA GAMA DE TONS (HDR)

Um dos problemas do fotógrafo de natureza é conseguir mostrar a gama de tons do cenário, desde as altas luzes

até os pretos. A exemplo do descrito acima, com o Photoshop ou outros programas, utilizando-se diversas fotos,

cada uma com uma exposição diferente, é possível gerar uma imagem em que podem ser vistos detalhes tanto

das áreas mais iluminadas como como das sombras mais acentuadas. A última geração de dSLR, todavia,

apresenta sensíveis melhoramentos no que se refere a amplitude da escala tonal capturada, o que vem tornando

menos necessária a produção de imagens usando-se esse artifício.

Além disso, efeitos similares podem ser obtidos tratando uma única foto com o filtro degradê ou com o pincel de

pintura, dentre outras ferramentas do Lightroom.

ALTA RESOLUÇÃO DE GRANDES IMAGENS

Já vai longe o tempo em que imagens panorâmicas tinham que ser montadas manualmente usando fotos

impressas, tesoura e cola, como foi o caso da foto da enseada de Botafogo mostrada na página principal deste

Pedro
Texto digitado
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Site (ver blog “Baía de Guanabara”). Naturalmente, ao se juntar diversos arquivos no computador utilizando-se o

Photoshop ou outro programa apropriado, conseguem-se impressões de maior tamanho sem necessidade de

ampliações exageradas. Dessa forma, é possível montar grandes painéis com excelente resolução gráfica, ou

seja, de maior nitidez , trabalho antes somente possível com as dispendiosas câmeras de grande formato.

Forte abraço,

Pedro
Texto digitado
Pedro Trindade
Pedro
Texto digitado
Pedro
Texto digitado
Pedro
Texto digitado