pais e adolecentes
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Cartilhaparapais deadolescentes
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Presidncia da Repblica
Vice-Presidncia da Repblica
Gabinete de Segurana Institucional
e Conselho Nacional de Polticas sobre Drogas
Secretaria Nacional de Polticas sobre Drogas
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2 edioBraslia, DF - 2010
Presidncia da RepblicaGabinete de Segurana InstitucionalSecretaria Nacional de Polticas sobre Drogas
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Dados internacionais de catalogao na publicao (CIP)
Brasil. Presidncia da Repblica. Secretaria Nacional de Polticas sobreDrogas Drogas : cartilha para pais de adolescentes / Secretaria Nacional dePolticas sobre Drogas. - Braslia : Presidncia da Repblica, SecretariaNacional de Polticas sobre Drogas, 2010.
44 p. : il. - (Srie Por dentro do assunto)
Contedo e texto original de Beatriz H. Carlini.
Adaptao para esta edio: Secretaria Nacional de Polticas sobreDrogas. 2 edio
1.Uso de drogas - preveno. 2. Adolescente - educao.3. Pais - orientao. I. Carlini, Beatriz H. II. Ttulo. III. Srie.
CDU 613.83-053.6
B823d
Copyright 2010Secretaria Nacional dePolticas sobre DrogasDisponvel em: www.senad.gov.brTiragem:51.000 exemplaresImpresso no Brasil
EdioSecretaria Nacional dePolticas sobre DrogasEndereo para correspondncia:Esplanada dos MinistriosBloco A - 5 AndarBraslia - DFCEP:70.050-907
Secretria Adjuntae Responsvel Tcnica pela SecretariaNacional de Polticas sobre DrogasPaulina do Carmo Arruda Vieira Duarte
Contedo e Texto originalBeatriz H. Carlini, MPH, PhD
Adaptao para esta edioSecretaria Nacional dePolticas sobre Drogas
Projeto Grfco
Lew Lara
IlustraoToninho Euzbio
DiagramaoPonto Dois Design GrcoBruno Soares
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Apresentao Os novos tempos de governo, marcados pela nfase
na participao social e na organizao da sociedade, valori-zam a descentralizao das aes relacionadas preveno
do uso de drogas e ateno e reinsero social de usurios
e dependentes.
No desenvolvimento de seu papel de coordenao e arti-
culao de aes voltadas a esses temas, a Secretaria Nacionalde Polticas sobre Drogas apresenta a Srie Por Dentro do As-
sunto, com o objetivo de socializar conhecimentos dirigidos a
pblicos especcos.
Esta srie, construda com base nas necessidades ex-
pressas por mltiplos setores da populao e em conhecimen-tos cientcos atualizados, procura apresentar as questes de
forma leve, informal e interativa com os leitores.
A iniciativa norteada pela crena de que o encaminha-
mento dos temas de interesse social s ser efetivo com a alian-
a entre as aes do poder pblico e a sabedoria e o empenhode cada pessoa e de cada comunidade.
Acreditamos estar, dessa forma, contribuindo com a
nossa parte.
Secretaria Nacional de Polticas sobre Drogas
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Quando tudo vai bem
na vida dos seus lhos,
as pessoas dizem que
voc teve muita sorte.
Quando alguma coisa
sai errada, acusam
voc de ter falhado
como pai ou me.
Simplistas e injus-
tas, essas noes so frequentes.
Muitos pais tendem a no valorizar o esforo
imenso que fazem para que seus lhos sejam
sadios fsica e emocionalmente, sentem cul-
pa e angstia quando algo no vai exatamen-
te como gostariam e se perguntam onde
foi que eu errei?.
Quando o problema com os
lhos envolve o consumo de dro-
gas as coisas parecem ainda mais di-
fceis. A preocupao dos pais pode ser to
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intensa que, como no lme O bicho de sete cabeas, a tenta-
tiva de ajudar o lho e redimir a culpa transforma um problema,
possivelmente passageiro e de soluo possvel, numa tragdia
que afeta violentamente a vida da famlia e do jovem.
Essa cartilha visa orientar pais de adolescentes e ofere-
cer informaes e orientaes para ajud-los a transformar a
energia muitas vezes consumida pela ansiedade, em iniciativas
produtivas que contribuam para que os riscos de seus lhos te-
rem problemas com bebidas alcolicas, cigarro e outras drogas
sejam minimizadas.
As orientaes aqui contidas so insucientes, caso seu
lho ou sua lha j estejam enfrentando problemas com o con-
sumo de lcool e outras drogas. Nesse caso, necessrio bus-
car ajuda especializada.
O contedo das orientaes preventivas desta cartilha foi
dividido em quatro partes: uma mais geral, com algumas suges-
tes sobre como conversar a respeito de limites com seus lhos;
as outras trs tratam de situaes que ocorrem frequentementena convivncia entre pais e lhos adolescentes, como por exem-
plo: as relaes com as ms companhias, as conversas sobre
drogas, as reaes dos pais quando encontram drogas no quar-
to do(a) lho(a), entre outras.
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Tentando acertar:
o tom, a hora e o localdas conversas...
Nossos filhos mudam tanto e to rpido e surpreenden-
temente que difcil acompanh-los. Quantos pais j chega-
ram em casa com uma boneca nova para a filha e descobrem
que o que ela queria mesmo era o CD de uma banda que
quase nenhum adulto conhece? Ou convidaram o filho para
ver o ltimo desenho da Disney, e acabaram percebendo que
ele queria assistir um filme de ao?
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Esse processo no muito diferente quando se trata
de comportamentos de risco, como o consumo de bebidas, de
cigarros, de outras drogas. Aquela criana, que odiava cheiro
de cigarros, pode virar um adolescente atrado pela imagem
transgressora do jovem fumante. O filho que, diligentemen-
te, amarrava o cinto de segurana to logo subisse no carro,
pode parar de us-lo, e, alm disso, associar algumas cerve-
jas ao hbito de dirigir.
A tendncia mais frequente dos pais, ao perceberem
todas essas mudanas, tentar conversar, expressando pre-
ocupaes, definindo regras e impondo limites.
No entanto, parece que o passatempo favorito de nos-
sos filhos adolescentes (ou quase adolescentes) discordar
de qualquer coisa que dizemos. A comunicao com adoles-centes, sobre qualquer assunto, torna-se um desafio, uma
arte, principalmente quando esse adolescente seu filho.
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A reao de nossos filhos, quando tentamos conversar,
, em geral, pouco encorajadora: ficam impacientes, sonolen-
tos, mudam de assunto, irritam-se (voc no entende, no
nada disso). Nos dias em que esto de bom humor, talvez
nos brindem com comentrios como t bom me, j sei, voc
j falou mil vezes; t bom, pai, agora posso sair?
Ser que vale a pena? Alm de provocar desnimo e
frustrao nos adultos, a sensao que esse tipo de conversa
suscita de total perda de tempo.
As pesquisas, no entanto, dizem que vale a pena con-
versar. Nosso desnimo, embora compreensvel, no deve
nos impedir de continuar tentando. Entre um comentrio im-
paciente e um bocejo, nossos filhos esto nos ouvindo e nos-
sas mensagens esto sendo assimiladas e levadas em conta.
Por isso, acertar o tom, o horrio e o local das conver-
sas to importante.
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O tom das conversas
Evite expressar raiva
Comportamento de adolescente, muitas vezes, irrita. D
vontade de sair perguntando quem voc acha que ?, achaque eu tenho cara de palhao?, quando vai usar a educao
que recebeu?. Quem j perdeu a pacincia, e at saiu gritando,
sabe como isso alivia a tenso, mesmo que depois reconhea
que exagerou.
Mas, se o objetivo estabelecer algum canal de comuni-cao real com seu lho ou lha, esse tipo de abordagem s vai
piorar a situao. Eles, provavelmente, se distanciaro ainda mais,
omitiro seus problemas e se trancaro ainda mais no quarto.
Se o objetivo abrir os canais de comunicao com seu
lho, reconhea sua raiva e irritao, mas pense em outras for-mas de alivi-la: converse com outros pais que esto enfren-
tando desaos semelhantes, escreva seus sentimentos para ler
mais tarde, saia para dar uma arejada...
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Convide seu flho a reetir sobre a situao
Alm de manter a calma, tente abrir espao para ree-
xo. Seja franco e honesto, mas no raivoso. Expresse preo-
cupaes e mgoa, se for o caso. Transmita seus sentimentos
e convide-o a reetir, d espao para que ele se expresse, d
tempo para que ele pense (voc quer pensar nisso que eu te
falei e conversar mais tarde?; Depois a gente conversa de novo
sobre isso, pois eu gostaria muito de saber sua opinio).
No humilhe, no rotule, no use sarcasmo
Pessoas expostas ao ridculo e humilhao fazem qual-
quer coisa para no serem expostas de novo. No humilhe seu
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lho com comentrios que o desvalorizem, desconsiderem seu
ponto de vista ou diminuam seu orgulho prprio. Esse tipo de
abordagem receita certa para que seu lho evite conversar
com voc de novo, guarde mgoa, sinta-se desqualicado.
Comentrios do tipo s podia ser voc mesmo ou voc
s me traz desgosto, mesmo que sejam sinceros da sua parte,
devem ser evitados. Esse tipo de rotulao provoca pouca vontade
de mudar naquele que est sendo criticado. (se meus pais acham
que eu s trago desgosto mesmo, por que tentar melhorar? Eu no
vou conseguir mesmo.).
Sarcasmo e humilhao so armas perigosas, que po-
dem ferir, de modo profundo, a auto-estima dos adolescentes.
Estabelea limites e expresse suas razes
Comentrios vagos do tipo voc vai se ver comigo, caso
faa isso de novo podem gerar um certo receio, mas tendem a
no ser muito efetivos quando nossos lhos cam mais velhos.
Deixe claro seus valores e expectativas em relao aocomportamento dos seus lhos (na nossa casa no se fuma)
e expresse as razes (de curto prazo) de seus valores (eu no
quero lho meu com dentes amarelos, mau hlito, roupa fedida
melhor do que dizer fumar vai te matar de cncer quando
voc chegar nos seus 50 anos).
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Horrio
Do ponto de vista de adulto, dez horas da manh de do-
mingo pode parecer o momento ideal para conversar com o lho.Mas, quase com certeza, no ser o melhor momento, do ponto
de vista do adolescente. Em geral, essa faixa etria marcada
por uma mudana de ritmo de sono, com tendncia a adorme-
cer e acordar tarde. Mesmo que isso no seja possvel todos os
dias, no m de semana esse ritmo predomina.
Procure sentir quando um momento adequado para
conversar, sem muita formalidade. Mas tambm no adie de-
mais, esperando a situao ideal. Negocie horrio, pergunte
quando, no v simplesmente impondo preciso conversar ago-
ra, pare tudo que est fazendo. Obviamente tambm no preciso aceitar as condies que ele(a) tentar impor (s posso
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conversar depois da meia-noite), mas usar o bom-senso para
estabelecer condies razoveis para os dois.
Tente tambm garantir um ambiente no qual vocs tero
privacidade para conversar e no sejam interrompidos.
Local
Sentar no sof e comunicar-se olho no olho como, ge-
ralmente, um adulto imagina uma conversa sobre um tpico queenvolve coisas srias e sentimentos.
No raro, no entanto, as conversas so muito mais francas
e produtivas se usarmos locais e situaes alternativos. Sair para
dar uma caminhada, conversar num passeio ou durante um pro-
grama de televiso, pode, eventualmente, funcionar melhor. Parans pode parecer que estamos tentando evitar a conversa, mas
para o adolescente pode ser uma maneira de deix-lo mais von-
tade, de dar espao para ele(a) evitar o olhar, para poder expres-
sar sentimentos mais delicados. O barulho (mesmo que da TV)
pode preencher momentos de silncio que sejam difceis de lidar.
Alm disso, as interaes pessoais nas novas geraes tm sido
cada vez mais combinadas com algo a mais (msica alta, internet,
vdeo). Ficar sentado no sof parece ser coisa do tempo antigo.
Alm disso, sentar com ele numa sala silenciosa, olhando-o seria-
mente nos olhos, pode sugerir a ele que: l vem bronca!. Esse
cenrio pode intimidar seu lho e atrapalhar a conversa.
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O contedo denossas aes e conversas
As ms companhias
Durante a adolescncia, a famlia passa a ser uma refe-
rncia menos importante no dia-a-dia do que os amigos. Muitos
pais se assustam com isso: ser que uma turminha da pesada
vai colocar a perder todos esses anos de educao moral slida,
de afeto abundante e de proteo vigilante, levando seus lhos
delinquncia e s drogas?
importante tecermos algumas consideraes sobre o
fantasma das ms companhias que, to frequentemente, ron-
da suas noites de insnia (aquelas interminveis noites em que
vocs esperam os meninos chegarem da festa). humano e compreensvel sentir tentao de simples-
mente proibir seu lho (ou lha) de sair com algum adolescente
que se comporte de modo desviante para seus critrios. Mas
esse gesto deve ser reservado realmente para situaes extre-
mas, e muito bem pensado, pois pode ter um efeito diferente do
desejado. muito provvel que, a partir dessa recomendaoou proibio, o adolescente que ressentido, rebele-se contra
sua deciso e aumente a conexo com esse amigo que tem
conduta inapropriada. Neste caso, a chamada m companhia
passa ser muito mais poderosa e sedutora.
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Uma outra alternativa expressar, claramente, seu desa-
grado com a amizade, oferecer exemplos concretos erecentes
que ilustrem esse seu sentimento, e tentar negociar alguns limi-
tes de convivncia entre seu lho/lha e as pessoas com cujasatitudes voc no concorda. Evitar ser irnico e demonstrar con-
ana na capacidade de fazer escolhas de seu lho tambm
pode ajudar muito.
s vezes, temos diculdade de aceitar certos compor-
tamentos mais pelo esteretipo que a sociedade construiu so-
bre eles do que pela sua real nocividade. necessrio explorarmelhor seus sentimentos sobre o que est sendo to incmodo
nessa relao de amizade de seu lho: a gente se choca com
um determinado modo de vestir, o cabelo pintado de verde, o
piercing... Que tal convidar essa gurinha estranha para almo-
ar ou jantar na sua casa, e tentar v-la com um olhar menos cr-
tico? Muitas vezes, por trs de uma imagem agressiva existe umadolescente doce, com conitos normais da idade, e fazendo
do seu corpo uma vitrina de sua transio para o mundo adulto.
Alarmismo
Voc vive dizendo para os seus lhos que a epidemia dedrogas no Brasil est cada vez mais sria? No perde a oportu-
nidade de lhes dar artigos de jornais que armam que so pou-
cos os jovens que ainda escapam de usar drogas?
Esse enfoque, mesmo carregado de boas intenes, nem
sempre o mais adequado.
O ser humano, particularmente durante a adolescncia,
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procura, constantemente, aprender e assimilar as regras de
comportamento do seu grupo social e etrio e quer se comportar
de acordo com as normas do grupo a que pertence.
O fato de a grande maioria dos jovens no usar drogase relativamente poucos fumarem ou beberem exageradamente
so fatos que, se claramente divulgados, tm o poder de de-
sencorajar os jovens a consumirem substncias. A tendncia
humana a de se conformar com o padro de conduta de seu
grupo de referncia.
Pesquisas recentes vm detectando que os jovens que
abusam de lcool acham que todo o mundo age como eles. Sua
percepo do que seja o comportamento da maioria das pesso-
as de sua idade, sexo e realidade social distorcida. Quando
convidados a estimar o consumo tpico de pessoas de sua con-
vivncia, os bebedores abusivos tendem a superestimar o usomoderado de bebidas, expressando a opinio de que quase
todo o mundo se comporta do mesmo jeito que eu .
Com base nesses dados, possvel organizar campa-
nhas educativas que corrijam a percepo distorcida de que
todo mundo est usando, de que so raros os casos de quem
ca sbrio numa festa e de que todo mundo bebe para conse-guir danar. Os resultados dessa inverso de abordagem tm
sido positivos.
Esclarecer que somente uma minoria bebe demais, fuma
ou usa outras drogas pode ser ferramenta til para desencorajar
a experimentao, alm de ser o mais correto, do ponto de vistadas estatsticas brasileiras.
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Amedrontar pode ser sedutor
Nos anos 60, quando o uso de drogas comeou a se
transformar num problema de sade pblica, a primeira reao
de adultos preocupados com a questo foi bastante natural: va-
mos explicar para os nossos jovens que as drogas matam, en-
louquecem, aleijam, deixam as pessoas sexualmente incapaci-
tadas. Passou-se, dessa forma, a usar a tcnica da preveno
pelo amedrontamento. Por meio dela, descrevem-se os efeitos
das diversas drogas com bastante exagero, generaliza-se, apre-
sentando como certos e inevitveis alguns riscos aos usurios,
fala-se de completa mudana de personalidade, assegura-se a
morte por overdose. Objetivo? Gerar medo e assim afastar os
adolescentes do uso de drogas.
A avaliao desse tipo de estratgia preventiva que soa,
muitas vezes, to razovel aos nossos ouvidos, mostra que
esse tipo de mensagem incentiva a experimentao e o uso de
drogas. Os resultados dessa abordagem so opostos ao que se
planejava por vrios motivos:
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a) as mensagens assustadoras caem como uma luva para
adolescentes que esto exercendo o direito de ser o que so:
pessoas em busca de suas prprias identidades que, para
isso, precisam se contrapor ao mundo e aos valores adultos,praticando atos que estes consideram arriscados ou inapro-
priados;
b) por meio de conversas com amigos, ou at pela experin-
cia prpria, aqueles jovens mais atrados por usar drogas j
aprenderam, na prtica, que no todo mundo que enlouque-
ce, morre ou ca sexualmente incapacitado por usar substn-
cias. Na verdade, muito provvel que eles conheam muita
gente que usa algumas drogas e que no apresenta proble-
mas evidentes de sade fsica ou mental. Ao se insistir numa
mensagem que no admite possibilidades, mas s a certezade um destino trgico, acabamos desacreditados.
Caminho sem volta tem volta?
A maioria dos artigos de jornais, panetos, livros, propa-gandas e cartilhas de preveno no Brasil conta - nas mais di-
ferentes formas e verses - uma nica e mesma estria. Ela
mais ou menos assim:
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Fulano experimentou maconha s por curiosidade, no
embalo da turma. Depois disso foi querendo usar cada vez
mais e mais, sempre achando que quando quisesse parar era
s parar. At que resolveu experimentar outras drogas e -
sempre achando que quando quisesse iria mudar de vida - foi
se afastando do estudo, da famlia, trocou de namorada. Hoje
est completamente dependente de cocana ou crack. J tentou
se tratar vrias vezes, mas sempre recai rapidamente e agora
apenas um espectro pattico daquilo que um dia poderia ter sido.
Vocs, pais de adolescentes, frequentemente reforam ou
veiculam esse mesmo tipo de mensagem: anal todo o mundoconhece ou j ouviu falar em um caso semelhante ao descrito.
Mas vrios especialistas na rea da preveno, de di-
ferentes pases, consideram que essas descries trgicas
(embora algumas vezes verdadeiras) devem ser evitadas ao
mximo.
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Aqui vo alguns dos argumentos
que sustentam tal posio:
a) O jovem que j usa alguma droga ilegal, e que est inco-
modado com seu comportamento, vai ficar desestimuladoa procurar ajuda. Esse tipo de abordagem passa a ntida
impresso de que basta um primeiro uso de drogas para
virar um caso perdido. Para que se lanar a uma batalha
impossvel?
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b) Os indivduos no usurios de drogas ilegais, ou seja, a
ampla maioria, tendem a ter um olhar mais preconceituoso
com aqueles que apresentam comportamento diferente do
deles nessa rea. Se algum que elas conhecem usa drogas,mas no dependente e se d bem com a famlia, porque
ainda no chegou nesse ponto, mas , inevitavelmente, um
caso perdido. Por isso melhor no conviver, no acreditar
na sua mudana. Mesmo involuntariamente, os no usurios
de drogas (ilegais) contribuem para um fenmeno muito fortee bastante estudado pela Psicologia Social: a teoria da pro-
fecia auto-realizadora. Esta teoria diz que a sociedade tem
o poder de transformar indivduos naquilo que socialmente
se acredita que eles tm que ser. Por exemplo: de tanto se
acreditar que o fulano maconheiro vai acabar na sarjeta, ele
acaba mesmo sendo empurrado para ela.
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c) Finalmente, a descrio insistente de casos como o descri-
to acima, passando a impresso de que todo mundo que ex-
perimenta drogas vai acabar virando dependente, no reete
a trajetria mais frequente dos usurios. Somente uma par-cela pequena dos que experimentam drogas vo percorrer
trajetria to trgica. Assustar jovens contando esses casos,
muitas vezes reais, mas felizmente no to frequentes, acaba
contribuindo para desmoralizar mensagens preventivas mais
pertinentes. O exagero acaba gerando desconana nosadolescentes, alm da que naturalmente eles j apresentam.
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Coisa de quem no tem o que fazer...
Com tanto medo de que o lho que com muito tempo li-
vre e vire um intil, muitos pais tentam enfrentar o problema de
um jeito nem sempre eciente: pem o lho no Ingls, jud, na-
tao, reforo escolar, grupo de teatro... Faz-se qualquer coisa
para no deixar os lhos na situao que mais aterroriza alguns
pais: desocupados.
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Esse tipo de atitude nem sempre ajuda muito. Estudos
que comparam jovens lotados de atividades extracurriculares
com aqueles relativamente menos ocupados no vm encon-
trando diferenas signicativas no uso de drogas entre os dois
grupos. Em outras palavras: a pura e simples falta de tempo
no parece ser suciente para evitar que jovens se envolvam na
busca de substncias que mudem sua percepo da realidade.
Pode ainda dar origem a outra complicao: o estresse provoca-
do pelo excesso de atividades supervisionadas pode tornar-seum fator de risco para a procura de drogas que ofeream relaxa-
mento de modo rpido, embora perigoso.
Especialistas na rea de preveno vm sugerindo que
o critrio de ocupar o tempo livre - determinado em geral pela
angstia dos adultos - seja substitudo pelo critrio do interes-
se e desejo que diferentes atividades extracurriculares possam
despertar no jovem.
As atividades extracurriculares podem cumprir o papel de
oferecer alternativas sadias busca natural de novidades e mu-
danas que os adolescentes requisitam. Mas, para tal, preciso
que eles tenham voz e escolham o que vo fazer.
Se o curso de teatro ou bateria assim to importante
para ele, talvez possa ser combinado (ao invs de substitudo)
pelo curso de Ingls que os pais acham importante. uma ques-
to de negociar.
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Talvez caiba tambm aprender a tolerar que seu lho te-
nha tempo livre. No fazer nada, segundo a sua percepo, tal-
vez signique ver o programa de TV preferido, car na Internet,
telefonar para os amigos..., com frequncia desfrutando de umlazer (quase) inofensivo e legtimo.
Dilogo, exemplo e expresso de amor
Na tentativa de dialogar com o lho sobre a forma de ocu-par o tempo livre, sempre possvel discutir alternativas que
incorporem valores nos quais acreditamos.
Grupos de jovens, atividades voluntrias e engajamento
em projetos comunitrios so aes que permitem aos adoles-
centes desenvolver o sentimento de pertencer a um grupo, me-lhorar a auto-estima e realizar um trabalho til para a sociedade.
O adolescente tem um idealismo natural, que pode ser
orientado para esse tipo de atividade. necessrio, no entanto,
respeitar suas decises e no criar atritos caso ele no opte por
uma atividade que julgamos oportuna.
Acima de tudo, na sua relao com os lhos, importante
assumir uma atitude honesta e coerente. Os pais tm suas limita-
es e no necessrio que estejam o tempo todo expondo-as.
Mas tambm no adianta ngir que no se bebe nunca ou mesmo
que no se fuma, se este for o caso.
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Servir de exemplo no signica no ter comportamentos
a serem revistos, mas mostrar a disposio de mudar e a dicul-
dade que, muitas vezes, so enfrentadas para faz-lo.
Assim como o adolescente, necessrio preservar sua
intimidade e liberdade.
preciso saber expressar, seja num momento de colocar
limites e marcar posio, seja numa conversa difcil ou delicada,
seja ainda na busca de caminhos, o quanto vocs amam seuslhos e o quanto querem e lutam pela felicidade deles.
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Recursos comunitrios
Apresentamos, abaixo, algumas indicaes de institui-es pblicas, privadas e rgos no-governamentais das quais
voc poder dispor na sua cidade ou regio caso queira obter
maiores informaes sobre o assunto abordado nesta cartilha.
Secretaria Nacional dePolticas Sobre Drogas - SENAD
SENAD
Esplanada dos Ministrios Bloco A - 5 Andar
Braslia - DF. CEP:70.050-907
www.senad.gov.br
Central de Atendimento VIVA VOZ
0800 510 0015
http://psicoativas.ufcspa.edu.br/vivavoz/index.php
Observatrio Brasileiro de Informaes
Sobre Drogas - OBID
www.obid.senad.gov.br
No Observatrio Brasileiro de informaes sobre Drogas
(OBID) voc vai encontrar muitas informaes importantes: contatos
de locais para tratamento em todo o pas, instituies que fazem
preveno, grupos de ajuda-mtua e outros recursos comunitrios.
So disponibilizadas, ainda, informaes atualizadas sobre drogas,
cursos, palestras e eventos.
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Dentro do OBID, h dois sites especcos voltados para os
jovens: Mundo Joveme Jovem sem Tabaco, alm de uma relao
de linkspara outros sitesque iro ampliar o seu conhecimento.
Mundo Jovemwww.obid.senad.gov.br/portais/mundojovem
Jovem sem Tabaco
www.obid.senad.gov.br/portais/jovemsemtabaco
Outras Referncias Ministrio da Sade
www.saude.gov.br
Disque Sade: 0800 61 1997
Centros de Ateno Psicossocial - CAPS
www.saude.gov.brDisque Sade: 0800 61 1997
Programa Nacional de DST e AIDS
www.aids.gov.br
Secretaria Nacional da Juventude- SNJ
Contatos: [email protected]
Tel.: (61) 3411-1160
Conselhos Estaduais sobre Drogas
Para saber o endereo dos Conselhos do seu estado consulte
o site: www.obid.senad.gov.br
Conselhos Municipais sobre Drogas
Para saber o endereo dos Conselhos do seu municpioconsulte o site: www.obid.senad.gov.br
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Cartilha para pais de adolescentes
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Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do
Adolescente - CONANDA, Conselho Estadual dos Direitos
da Criana e do Adolescente - CEDCA, Conselho Municipal
dos Direitos da Criana e do Adolescente - CMDCA
www.presidencia.gov.br/sedh
Grupos de auto-ajuda
Alcolicos Annimos - AA
www.alcoolicosanonimos.org.br
Central de Atendimento 24 horas: (11) 3315 9333Caixa Postal 580 CEP 01060-970 - So Paulo
AL-ANON E ALATEEN(Para familiares e amigos de
alcolicos)
www.al-anon.org.br
Amor-exigente (Para pais e familiares de usurios de drogas)
www.amorexigente.org.br
Grupos Familiares - NAR - ANON(Grupos para familiares e
amigos de usurios de drogas)
www.naranon.org.br
Narcticos Annimos - NA
www.na.org.br
Associao Brasileira de Terapia Comunitria -
ABRATECOM
www.abratecom.org.br
Pastoral da Sobriedade
www.sobriedade.org.br
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Leituras que ajudam
Srie de publicaes disponibilizadas pela Senad:
As publicaes listadas abaixo so distribudas gratuitamente eenviadas pelos Correios. Podem ser solicitadas no site da SENAD
(www.senad.gov.br) ou pelo telefone do servio VIVA VOZ. Esto
tambm disponveis no portal do OBID (www.obid.senad.gov.br) para
download.
Cartilhas da Srie Por Dentro do Assunto.
Secretaria Nacional de Polticas sobre Drogas, 2010
Glossrio de lcool e Drogas.
Secretaria Nacional de Polticas sobre Drogas, 2010
Livreto Informativo sobre Drogas Psicotrpicas.
Leitura recomendada para alunos a partir do 7 ano do ensinofundamental. Secretaria Nacional de Polticas sobre Drogas
- SENAD e Centro Brasileiro de Informaes sobre Drogas -
CEBRID, 2010
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Outras referncias de leituras
Adolescncia e drogas.
Ilana Pinsky, Marco Antnio Bessa (orgs). So Paulo:
Contexto, 2004.
Anjos cados - Como prevenir e eliminar as
drogas na vida do adolescente.
Iami Tiba. So Paulo: Gente, 1999.
A Sade mental do jovem brasileiro.
Bacy Fleitlich-Bilyk, Enio Roberto de Andrade, Sandra
Scivoletto, Vanessa Dentzien Pinzon. So Paulo: Edies
Inteligentes, 2004.
Desafo da convivncia - Pais e Filhos.
Ldia Rosenberg Aratangy. So Paulo: Gente, 1998.
Depois Daquela Viagem: Dirio de Bordo de uma Jovem
que Aprendeu a Viver com Aids.
Valeria Piassa Polizzi. So Paulo: tica, 2003
Doces Venenos: Conversas e desconversas sobre drogas.
Ldia Rosenberg Aratangy. So Paulo: Olho D gua, 1991
Drogas - mitos e verdades.
Beatriz Carlini Cotrim. So Paulo: tica, 1998.
Drogas, Preveno e Tratamento - O que voc queria saber
sobre drogas e no tinha a quem perguntar.
Daniela Maluf e cols. So Paulo: Cia Editora, 2002.
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Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituda.
Kai Herman. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
Esmeralda - Por que no dancei.
Esmeralda do Carmo Ortiz. So Paulo: Editora Senac, 2001.
Cuidando da Pessoa com Problemas Relacionados com
lcool e Outras Drogas - Coleo Guia para Famlia. v.1.
Selma de Lourdes Bordin; Marine Meyer; Srgio Nicastri; Ellen
Burd Nisenbaum e Marcelo Ribeiro. So Paulo: Atheneu, 2004
Liberdade poder decidir.
Maria de Lurdes Zemel e Maria Elisa de Lamboy.
So Paulo: FTD, 2000.
Obrigado por no fumar: o cigarro no sublime.
Srgio Honorato dos Santos. Rio de Janeiro: Ed. Senac/Rio, 2007.
O que toxicomania.
Jandira Masur. So Paulo: Brasiliense, 1986.
O Vencedor.
Frei Betto. So Paulo: tica, 2000.
Pais e Filhos - companheiros de Viagem.Roberto Shinyashiki. So Paulo: Gente, 1992.
Satisfaam minha curiosidade - Drogas.
Susana Leote. So Paulo: Impala Editores, 2003.
Tabebuias: ou Histrias Reais daqueles que se livraram
das drogas na Fazenda da Esperana.Christiane Suplicy Teixeira. So Paulo: Cidade Nova, 2001.
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Filmes sobre o tema
28 dias, 2000.
Direo: Betty Thomas
A corrente do bem, 2000.
Direo: Mini Leder
Bicho de sete cabeas, 2000.
Direo: Las Bodanzky
Dirio de um adolescente, 1995.
Direo: Scott Kalvert
Despedida em Las Vegas, 1996.
Direo: Mike Figgis
Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituda, 1981.
Direo: Uli Edel.
Ironweed,1987.Direo: Hector Babenco
La Luna, 1979.
Direo: Bernardo Bertolucci
Maria cheia de graa,2004.
Direo: Joshua Marston
Meu nome no Johnny,2008.
Direo: Mauro Lima
Notcias de uma guerra particular,1999.
Direo: Joo Moreira Salles e Ktia Lund
O Casamento de Rachel, 2008.Direo: Jonathan Demme
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O Informante, 1999.
Direo: Michael Mann
Por volta da meia noite, 1986.
Direo: Bertrand Tavernier
Quando um homem ama uma mulher,1994.
Direo: Luis Mandoki
Ray,2004.
Direo: Taylor Hackford
Rquiem para um sonho,2000.Direo: Darren Aronofsky
Todos os coraes do mundo, 1995.
Direo: Murillo Salles
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O QUE O VIVAVOZ ?O VIVAVOZ uma central telefnica de orientaes e informaes sobre a
preveno do uso indevido de drogas. O telefonema gratuito e o atendi-
mento sigiloso. A pessoa no precisa se identicar.
BOM FALAR COM QUEM ENTENDE
O atendimento realizado por consultores capacitados e supervisionadospor prossionais, mestres e doutores, da rea da sade
Os prossionais indicam locais para tratamento
Oferecem aconselhamento por meio de interveno breve para pessoas
que usam drogas e seus familiares
Prestam informaes cientcas sobre drogas
O horrio de funcionamento: segunda a sexta, das 8h s 24h
O VIVAVOZ resultado de uma parceria entre a Secretaria Nacional de Pol-
ticas sobre Drogas - SENAD e a Universidade Federal de Cincias de Sade
de Porto Alegre. Aps 4 anos de funcionamento, os resultados positivos e a
demanda do pblico para o teleatendimento apontaram para a necessidade
de ampliao do servio. Para isto, uma parceria com o Programa Nacional
de Segurana Pblica com Cidadania (PRONASCI), do Ministrio da Justia,
permitiu a ampliao do perodo de atendimento.
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DROGAS
Cartilha para pais de crianasCartilha para pais de adolescentes
Cartilha lcool e jovensCartilha para educadoresCartilha sobre tabacoCartilha sobre maconha, cocana e inalantesCartilha mudando comportamentos
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Venda
Proibida