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PAINEL: “TURISMO EM CIDADES HISTÓRICAS E FORTIFICAÇÕES”
Marcelo Brito
Diretor do Departamento de Cooperação e Fomento
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN
Seminário Valor/O Globo: INVESTE TURISMO – SEGURANÇA JURÍDICA GERA EMPREGOS
INSTITUTO TOMIE OHTAKE – SÃO PAULO, SP – BRASIL 06 DE JUNHO DE 2018
I. Construir um novo modelo de Cooperação entre Cultura e Turismo, apoiando-se no fator de que “o turismo gera enormes oportunidades de crescimento econômico integrador e de desenvolvimento sustentável, criando postos de trabalho, regenerando zonas rurais e urbanas e valorando e protegendo o patrimônio natural e cultural” e que “o turismo cultural pode contribuir notavelmente ao desenvolvimento socioeconônico e ao empoderamento das comunidades locais”.
II. Considerar que a salvaguarda da cultura em suas diversas manifestações é garantia de desenvolvimento sustentável, como se reafirma em diversos instrumentos internacionais, como a Convenção do Patrimônio Mundial (1972) e a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Imaterial (2003).
PRESSUPOSTOS PARA UMA AÇÃO CONJUNTA ENTRE O CAMPO DA CULTURA E DO TURISMO
DECLARAÇÃO DE SIEM REAP (2015) – OMT/UNESCO – Conferência Mundial sobre Turismo e Cultura
III. Igualmente, considerar que o Código de Ética Mundial para o Turismo (1999/2001) destaca a importância do patrimônio cultural como recurso e que o turismo deve contribuir para a sua valoração.
IV. Assinalar a vontade de criar novos modelos de associação entre o turismo e a cultura, integrando à agenda de desenvolvimento, fomentando e facilitando as alianças entre as organizações governamentais, privadas e comunitárias no campo do turismo e do patrimônio cultural.
V. Dotar os sítios patrimoniais de maior competitividade turística, promovendo a qualidade dos serviços, o uso da tecnologia e a informação para visitantes.
VI. Promover vínculos mais estreitos entre o turismo, as culturas vivas e a economia criativa e reconhecer a contribuição do turismo cultural ao desenvolvimento urbano das cidades.
PRESSUPOSTOS PARA UMA AÇÃO CONJUNTA ENTRE O CAMPO DA CULTURA E DO TURISMO
DECLARAÇÃO DE SIEM REAP (2015) – OMT/UNESCO – Conferência Mundial sobre Turismo e Cultura
O Patrimônio Cultural é ativo para o Turismo Cultural
I. Refirmar que o turismo é “um fator de aproveitamento e enriquecimento cultural dos povos”.
II. Destacar a necessidade de reforçar as sinergias entre o turismo e a cultura e impulsionar a contribuição do turismo cultural para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os seus 17 ODS.
III. Fomentar a coordenação e a cooperação entre os agentes do turismo e da cultura dos setores público e privado, bem como das comunidades locais.
IV. Promover uma gestão responsável e sustentável do turismo nos sítios patrimoniais – Sítios do Patrimônio Mundial.
PRESSUPOSTOS PARA UMA AÇÃO CONJUNTA ENTRE O CAMPO DA CULTURA E DO TURISMO
DECLARAÇÃO DE MASCATE (2017) – OMT/UNESCO – Conferência Mundial sobre Turismo e Cultura
V. Fomentar a sensibilização a respeito do patrimonio cultural material e imaterial das localidades visitadas, promovendo experiências de turismo cultural que tenham em conta a diversidade cultural.
VI. Gerar oportunidades de negócio no âmbito do turismo cultural e a potencialização dos benefícios socioeconômicos das cidades, em particular em termos de criação de empregos e empreendimentos.
VII. Explorar as interconexões entre cultura e natureza no turismo sustentável, buscando a integração da gestão entre as políticas relativas ao patrimônio natural e cultural, mediante um programa de turismo cultural, a promoção de roteiros e itinerários nacionais e transfronteiriços.
PRESSUPOSTOS PARA UMA AÇÃO CONJUNTA ENTRE O CAMPO DA CULTURA E DO TURISMO
DECLARAÇÃO DE MASCATE (2017) – OMT/UNESCO – Conferência Mundial sobre Turismo e Cultura
O Patrimônio Cultural em sua Diversidade
O CASO DAS CIDADES HISTÓRICAS
MONUMENTOS
I. POTENCIAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL COMO RECURSO PARA A ATIVIDADE TURÍSTICA• A PROMOÇÃO DE DESTINOS TURÍSTICOS PATRIMONIAIS
ALHAMBRA, GRANADA
O CASO DAS CIDADES HISTÓRICAS
CONJUNTOS URBANOS
I. POTENCIAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL COMO RECURSO PARA A ATIVIDADE TURÍSTICA• A PROMOÇÃO DE DESTINOS TURÍSTICOS PATRIMONIAIS
CENTRO HISTÓRICOPORTO
O CASO DAS CIDADES HISTÓRICAS
MONUMENTOS
II. EXIGÊNCIA QUANTO À APRESENTAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E INTERPRETAÇÃO DO BEM PATRIMONIAL• O DESFRUTE DE DESTINOS TURÍSTICOS PATRIMONIAIS
RUÍNAS DE SÃO MIGUEL ARCANJO
O CASO DAS CIDADES HISTÓRICAS
CONJUNTOS URBANOS
II. EXIGÊNCIA QUANTO À APRESENTAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E INTERPRETAÇÃO DO BEM PATRIMONIAL• O DESFRUTE DE DESTINOS TURÍSTICOS PATRIMONIAIS
CENTRO HISTÓRICOGUIMARÃES
CONVENTO DO CARMO, SALVADOR HOTEL HISTÓRICO
85 CONJUNTOS URBANOS TOMBADOS
CONGONHAS
TURISMO
CIDADE
PRODUTO
RECURSO
PATRIMÔNIO
CULTURAL
Turismo
Urbano
Turismo
Cultural
Cidade
Histórica
PROCESSO
CHT = Cidade Histórico-Turística
Fonte: Elaboração própria, a partir de ASHWORTH (2003).
CHT
CONFIGURAÇÃO DA CIDADE HISTÓRICO-TURÍSTICA
GESTÃO
TURÍSTICA
GESTÃO
URBANA
URBANISMO/TERRITÓRIO
CULTURA/PATRIMÔNIO TURISMO
GCHT = Gestão da Cidade Histórico-Turística
Fonte: Elaboração própria.
GESTÃO
PATRIMONIAL
Infra-estruturas
Turísticas
Produtos
Turístico-
Culturais
Patrimônio
Cultural Urbano
GCHT
CONFIGURAÇÃO DA TRÍPLICE ALIANÇA NA GESTÃO DA CIDADE HISTÓRICO-TURÍSTICA
MODELOS DE GESTÃO PÚBLICO- PRIVADO: CONSÓRCIOS
I. CARACTERIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA
Categorização: Bem cultural, Bem seriado.
Tipologia: Monumento, Arquitetura Militar.
Cronologia: Do século XVI ao XIX.
Descrição: Trata-se de um conjunto de fortificações que contempla uma seleção de dezenove monumentos de arquitetura militar, representativos das construções defensivas implantadas no território brasileiro, nos pontos que serviram para definir as fronteiras marítimas e fluviais que resultaram no maior País da América Latina: o Brasil.
O CASO DAS FORTIFICAÇÕES
II. UNIVERSO
O CASO DAS FORTIFICAÇÕES
FORTES E FORTALEZAS
Forte de São Antônio de Ratones (Florianópolis) – SCFortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim (Governador Celso Ramos) – SC
Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande (Guarujá) – SPForte de São João (Bertioga) – SP
Fortaleza de Santa Cruz da Barra (Niterói) – RJFortaleza de São João (Rio de Janeiro) – RJ
Forte de Nossa Senhora de Monte Serrat (Salvador) – BAForte de Santo Antônio da Barra (Salvador) – BA
Forte de Santa Maria (Salvador) – BAForte de São Diogo (Salvador) – BA
Forte de São Marcelo (Salvador) – BAForte de São Tiago das Cinco Pontas (Recife) – PE
Forte de São João Batista do Brum (Recife) – PEForte de Santa Cruz / Forte Orange (Ilha de Itamaracá) – PE
Forte de Santa Catarina de Cabedelo (Cabedelo) – PBForte dos Reis Magos (Natal) – RN
Fortaleza de São José do Macapá (Macapá) – APForte Príncipe da Beira (Costa Marques) – RO
Forte de Coimbra (Corumbá) – MS
Conjunto de Fortificações Brasileiras
Candidatura a Patrimônio Mundial
III. ANÁLISE DO MODELO DE GESTÃO
ESTRUTURA DE GOVERNANÇA
Administração feita por órgão público
Administração feita em colegiado de órgãos
públicos
administração feita por órgãos públicos,
possuindo instância consultiva com entes da
sociedade civil e iniciativa privada
Administração por órgãos públicos com
instância consultiva formal (sociedade civil e
iniciativa privada)
Instância consultiva e deliberativa com
representantes públicos e privados.
Administração privada e controle e
planejamento público
Administração privada e controle e
planejamento público com participação da
sociedade civil.
ANÁLISE DO MODELO DE GESTÃO
AUTONOMIA FINANCEIRA
Administração é feita exclusivamente por recursos orçamentários, sendo que sua previsão orçamentária não é específica ao equipamento.
Administração é feita por recursos orçamentários cuja previsão orçamentária é específica para o equipamento.
Administração é feita com recursos públicos e há receita pequena e esporádica proveniente de exploração do potencial econômico do bem.
Administração é feita com recursos públicos mas há parcela considerável e segura de recursos provenientes da exploração do potencial econômico do bem.
Administração é feita com recursos de origem orçamentária mas é feito contrato de gestão que prevê lucratividade da atividade.
Administração é feita por meio de contratação e a fonte de recursos provém da exploração do potencial econômico do bem.
a. Burocrático; manutenção e promoção do espaço é dependente do
orçamento público e sua estrutura de governança é governamental;
b. Negocial; a estrutura de governança é integralmente governamental,
mas a receita advinda da exploração do potencial econômico do bem
atinge uma soma e previsibilidade que permite sua inclusão na
programação de manutenção e promoção do bem;
c. Participativo; a estrutura de governança possui a participação de
segmentos da sociedade civil e/ou iniciativa privada, mas há a
integral dependência econômica do orçamento público para a
manutenção e promoção do bem;
d. Gestão Socioeconômica; a estrutura de governança possui a
participação de segmentos da sociedade civil e iniciativa privada que
atuam na promoção do bem, cuja exploração do potencial econômico
permite a inclusão de recursos financeiros não governamentais na
programação de ações da fortificação.
IV. IDENTIFICAÇÃO DO MODELO DE GESTÃO
DO BEM PATRIMONIAL
ParticipativoGestão
Socioeconômica
Burocrático Negocial
AUTONOMIA FINANCEIRA
G
O
V
E
R
N
A
N
Ç
A
POUSADA CASCAISCIDADELA HOTEL HISTÓRICO E DISTRITO ARTÍSTICO
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL
DEPARTAMENTO DE COOPERAÇÃO E FOMENTO
www.iphan.gov.br